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Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Bif

Gera.Ido Cechella Isaia (Organizador/Bditor)


«.'> 2010 IBRACON. Todos direitos reservados.

Capítulo 16

Agregados p a r a a Construção Civil


Márcio Muniz de Farias
E11nio Marques Palmeira
Universidade de Brasília

16.1 Introdução

Agregados são fragmentos de rochas, popularmente denominados


"p ed ra s" e "a re ia s" . Fr ag m en to s de ro ch as com ta m an ho
propriedades adequadas são utilizados em quase todas as obras e
de
infra-estrutura ci vi l, como em edificações, pavimentação, barragen
se
saneamento. E ss es m at er ia is incluem, por exemplo, blocos, pe dr
as ,
pedregulhos, ca sc al ho s, se ix os , britas, pedriscos, areias, et c. A faixa
de
tamanho de ss es fr ag m en to s é ba st an te ampla, desde blocos co
m
dezenas de ce nt ím et ro s, co m o os "e nr oc am en to s" us ad os
em
barragens, até pa rt íc ul as m il im ét ri ca s, como os "a gr eg ad os " usados
na
confecção de co nc re to pa ra a m ai or ia das edificações.
F ra gm en to s de ta m an ho s re la ti va m en te un if or m es po de m se
r
utilizados pa ra co ns tr uç ão de muros e estruturas de co nt en çã o,
por
ex em pl o. E m ou tr as ap li ca çõ es , co m o em ba se s ro do vi ár ia
s, é
neces sá ri o ut il iz ar -s e um a m is tu ra de fr ag m en to s de di ve
rs os
tamanhos, de m od o a ga nh ar mais es ta bi li da de ou re si st ên ci a, o qu
e se
denomina es ta bi li za çã o gr an ul om ét ri ca . M ai or es ta bi li da de ta m
bé m
pode ser alcanç ad a ad ic io na nd o- se al gu m tipo de m at er ia l ag lo m er
an te
à mis tura de ag re ga do s, co m o o ci m en to us ad o na fa br ic aç ão
de
"con creto de ci m ento Po rt la nd " , ou o ci m en to as fá lt ic o usad
o na
produção de "c on cr eto be tu m in os o" .
Mat er ia is pé tr eo s, is ol ad os ou es ta bi li za do s , são os m at er ia is
de
co ns tr uç ão m ai s em pr eg ad os na en ge nh ar ia ci vi l. P or ta nt
o, a
classificaçã o de ss es m at er ia is e a de te rm in aç ão de suas pr in
ci pa is
propri ed ad es de en ge nh ar ia , be m co m o a es pe ci fi ca çã o li m it
es de
aceitabili da de , sã o fu nd am en tais pa ra o bo m de se m pe nh o de um a
ob ra .
Entretant o~ es sa não é um a ta re fa m ui to si m pl es , um a ve z qu
e há
muita s cl as si fi ca çõ es , depe nd en do da ap li ca çã o es pe cí fi ca . D a m
es m a
ela propriedade que seja relevante para utilização de uni
omo componente de um concreto de c1!11e_nto ~ortland pode
relevante para aplicação como base rodov1á!ia: Amda que uma
esJ11a propriedade (resistência, por exemplo) seJa importa_nt~ para
guas aplicações diferentes, é de se esperar que valores hm1te de
aceitabilidade sejam diferentes em cada caso.
De todos os modos, este capítulo apr ese nta um a classificação
genérica e define as principais propriedades dos agr ega dos . _Para tanto,
citam-se, inic ialm ent e, as propriedades das rochas de on~ em , para
dep ois se ana lisa rem os fra gm ent os iso lad os e um a ~~s tur a de
par tícu las . A seguir, os limites e as particularidades par a ut1l~zação de
agr ega dos em gra nde s obr as de inf ra- est rut ura , tais com o
pav ime nta ção e est rut ura s de con ten ção , ser ão exp lor ado s em iten s
sep ara dos . Ap lica çõe s em edi fic açõ es, tais com o ped ras de
rev est ime nto , arg am ass as e con cre to de cim ent o Po rtla nd, serão
tratadas por out ros aut ore s em cap ítul os esp ecí fic os des te liv ro' .
16.2 Rochas

Em bor a est e cap ítu lo tra te mais esp eci fic am ent e de agr ega dos ou
fra gm ent os de roc ha, est es her dar ão a min era log ia e mu itas das
pro pri eda des físi cas e me cân ica s da roc ha mã e, a par tir da qua l for am
obt ido s. Ess as pro pri eda des são inf lue nci ada s des de a for ma ção da
roc ha e alte rad as pel os pro ces sos de int em per ism o aos qua is a roc ha de
ori gem é sub me tid a. Qu ant o à gên ese , as roc has po dem ser
cla ssi fic ada s em trê s gra nde s gru pos : ígn eas (ou ma gm áti cas ),
sed im ent are s e me tam órf ica s.
As roc has ígn eas ou ma gm átic as são for ma das pel a con sol ida ção do
ma gm a por res fria me nto . Qu and o o res fria me nto se dá na sup erf íci e da
cro sta ter res tre , ess as roc has são dit as ext rus iva s, a exe mp lo do que
oco rre com o bas alt o . Ca so o res fria me nto oco rra a gra nde s
pro fun did ade s, têm -se as roc has int rus iva s, a exe mp lo do gra nit o. Há
ain da o cas o de roc has que se res fria m em pro fun did ade s
int erm edi ári as, as roc has sub vul cân ica s ou hip oab iss ais , a exe mp lo do
dia bás io. Qu ant o ma ior a pro fun did ade , ma is len to o res fria me nto , o
que per mi te ma ior cri sta liz açã o dos mi ner ais , res ult and o, ger alm ent e ,
em roc has ma is res iste nte s e me lho res agr ega dos .
As roc has sed im ent are s for ma m- se po r trê s pro ces sos pri nci pai s: (a)
pel a dep osi ção (se dim ent açã o) das par tíc ula s ori gin ada s pel a ero são de
out ras roc has e, nes se cas o, são con hec ida s com o roc has \e< lim ent are s
elá stic as ou det ríti cas ; (b) pel a pre cip ita ção de sub stâ nci a\ 1..., "ol uçã o
e, nes se cas o, são dit as roc has sed im ent are s qu ím ica s: ot ~) pel a caso
dep osi ção dos ma ter iai s de ori gem org âni ca. a<, qu ais . e1J1 r li, não ocha. i
são de int ere sse na con str uçã o civ il. As roc has scd im cnt ar1;: ríti cas 0 min·
1
e en
Ver capítulos 11 - Microestrutura dos materiais cerâmicos e 15 Roei ,. l'.011u1 Matc:rial de C'on
são menos resistentes que as rochas í nea
tipo de ~gen!e cimentante, que pode 8
sílica cnstahna, aumentando a coesão n
!, Jif::a
6
:oeslo depend
e erto, carbon~c,n
a
altamente anisotrópicas, isto é, suas pro~:f!i~~de~ í ~ssas rochas .são
dependem da direção em que são medidas es s1cas e mecânicas
sedimentação . São exemplos clássicos d:m re I;ção ao. plano de
detríticas o arenito, o siltito e o argilito. Rochas s:odc1·mªesntsed1meínt~es
- f madas pela · · - . ares qu m1cas
sao or precipttaça<? de sais a partir de solu ões a uosas
satu~adas (por ~xemplo, evaponto) ou pela atividade de o~anis~os em
ambientes marinhos (por exemplo calcário) o cal á · é h
. ,. . . , . c no a roe a
se_d1me!1tar quimi~a mais _comum no Brasil. Os calcários contêm
mmerais em quantida~es acima de 30% de carbonato de cálcio (calcita,
CaC03). Quando o mmeral pre~o~i?ante é ~ dolomita (CaMg{C0 }i
ou CaC03.MgCO }), .ª rocha calcaria e denommada calcário dolomítico. 3
,, Rochas m~tamorf1cas são formadas a partir de outros tipos de rochas
(1gneas_, sedimentares, ou mesmo outras rochas metamórficas) , quando
submetidas a elevad~s temperaturas e pressões no interior da terra,
num processo denominado metamorfismo . As características finais da
rocha m_etamórfica dependem da rocha original e do grau de
intempensmo (alto, médio ou baixo). Como exemplos de rochas
metamórficas de baixo grau de intemperismo têm-se o filito e a
ardósia, resultantes da transformaçã o de siltitos e argilitos,
respectivamen te. Os xistos são rochas oriundas da metamorfizaç ão de
médio grau de argilitos. O mármore, o quartzito e o gnaisse são
exemplos de rochas metamórficas que podem resultar de intemperismo
de baixo ou alto grau, gerando rochas com propriedades muito
variáveis . O mármore é proveniente da transformação de calcários e
dolomitos ; o quartzito é formado a partir de arenitos ou veios de
quartzo; já o gnaisse pode ser formado a partir de vários tipos de
rochas ígneas ou sedimentares .

16.3 Fragmentos de rochas e frações granulométricas

Fragmentos de rochas são pedaços da rocha intacta, provenientes da


desagr egação natural devida aos agentes de intemperismo , ou da
desagregação artificial por um processo mecânico qualquer. Esses
fragmentos são popularment e conhecidos como "pedras". E~tretan:o,
recebem denominaçõe s específicas de acordo com suas d1mensoes
representativ as , enquadradas em determinadas "classes texturais" ou
"frações granulom é tricas" . O termo textura refere-se ao ta°:1anh~ dos
grãos, no caso de fragmentos , e também ao tamanho do~ m1nera1s no
caso de rochas intactas (também se usa o termo granulaçao). .
As denoriinaçõe s granulométri cas variam bast~nte e~tr~ leigos,
geólogos e nge nheiros . Mesmo entre os engenhe1ros ha diferentes
tip o de ap lic aç ão es pe cí fic a

Pa ra fin s de te rm in ol og ia , é co m um di vi di re m -s e os m at er ia is
g ra nu la re s, do po nt o de vi st a ex cl us iv am en te te xt ur a! , em di ve rs as
fr aç õe s. En tre ta nt o, os lim ite s su pe rio re s e in fe rio re s de ca da cl as se
sã o ar bi trá rio s e va ria m co nf or m e a or ig em do ag re ga do (n at ur al ou
ar tif ic ia l) e de ac or do co m os cr ité rio s e as ne ce ss id ad es da s
or ga ni za çõ es te cn ol óg ic as e no rm at iv as de ca da pa ís .
N o B ra si l, os pr of is si on ai s lig ad os à co ns tru çã o ci vi l te nd em a
se gu ir te rm in ol og ia da A B N T (A ss oc ia çã o B ra si le ir a de N or m as
Té cn ic as ), en qu an to os pr of is si on ai s qu e at ua m no m ei o ro do vi ár io
te nd em a ad ot ar a te rm in ol og ia do D N IT (D ep ar ta m en to N ac io na l de
sp or te s) , ex -D N ER . O s ge ot éc ni co s , em ge ra l ,
In fr a- Es tr ut ur a de Tr an
te nd em a us ar a no m en cl at ur a do Si st em a U ni fic ad o de Cl as si fic aç ão
ST M (A m er ic an So ci et y fo r Te st in g an d
de So lo s (S U C S) da A
M at er ia is ).

16 3 .1.1 Cl as se s te xt ur ai s pa ra materiais naturais


A s pr in ci pa is cl as se s te xt ur ai s pa ra so lo s e m at en a1 s na tu ra is em
in ol og ia da s no rm as N B R 99 35 (A BN T,
ge ra l, de ac or do co m a te rm
95 ), do M an ua l de Pa vi m en ta çã o (D N IT ,
20 05 ) e N B R 65 02 (A B N T, 19
87 (A ST M , 20 06 ) , sã o m os tr ad as no
20 06 a) e da no rm a A ST M D 24
Q ua dr o 1.

iai s na turais seg un do vá ria s no rm as (di me nsõ es em mm).


Qu ad ro 1 - Cl ass es tex tur ais pa ra mater

NB R9 93 5 NBR 6502 DNIT (2006a) ASTM D 2487


Classe textura!
Matacão > 100 > 200 25 0- 10 00
Pedra de mã o - 60 -2 00 75 -2 50
2- 10 0 2- 60 2- 75 4,8 - 75
Pedreaulho
0, 07 5- 2 0,0 60 -2 0,0 75 -2 0,075 - 4,8
Areia
0,002 - 0,060 0,005 - 0,075 < 0,075 (IP<4)*
Silte
< 0,002 < 0,005 mm < 0,075 (1P~)
Argila
* IP = Índice de Plasti cid ad e.

H á vá ri as di sc re pâ nc ia s no s li m ite s da s di ve rs as cl as se s. Co m
re la çã o a ar ei as e pe dr eg ul ho s ta m bé m há di fe re nt es su bd iv is õe s
cl as si fi ca nd o em fi no s (F ), m éd io s (M ), gr os so s (G ) e m u ito gr os so s
(M G ). Ta m bé m nã o há co nc or dâ nc ia co m re la çã o ao s lim ite ... de ss as
su bd iv is õe s, co m o po de se r vi su al iz ad o na F ig ur a 1.
8grtgado

pó-de-pedra r- . . . -+---:-Jl!!!dd!!O~-~
fflNl;.;.;:.;::do::__ _ _

PednlCO brita bloco


- --~r-..:.F_:r-!!!,M~PGYr,11..µ2~3~~--,. .T"I--
"'> q, cq_ Y:fatialadããal
~
ci' ~
C)
~
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Q.
g :'!á
0 00 NBR9935

1 -
finos
areia I pedregulho I matacão
--~~~~F-NT
1 1~~~1~G+~F+I.-M~.~1G41~~~~---,..-,-Malerialnabr.ll
,..,. "t. ('4. o_ cq_ o_ Q o_ a.oan9935
~ ~fBg O -N"lt ~
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sim e a,gdal , F areia

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1

8.
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sile • a,g,la 1 areia pedregulho


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Material natural
.ASTM D 2487
~ ,q-_
o
N ...,,- O IO O
~
o N I'--

Figum l - Compnrnçiio entre as classes texturais segundo várias normas.

Algun tem1 e pe ífico têm conotação mais ligada à origem, mineralogia ou


fomia de fragn1entação. O tern1os "areia" e "argila", muitas vezes, também são
usado con1 urna conotação não granulométrica, e sim mineralógica.
Engenheiro ' . geraln1ente, a sociam "areia" com grãos de quartzo, uma vez que
este realmente é o nuneral mais presente em areias naturais. O termo argila
também é u ' ado indi crin1inadan1ente para se referir a "argilo-minerais". Em caso
de dúvida. o n1ai aconselhável é usar os te1mos "fração areia" e "fração argila"
quando 'e refrrir à granul01netria.
O tem10- '\.'a ~...,alho e eixo" também são associados a fragmentos com
tamanho · -.'~ud1.. ~ ·1sticos na fração pedregulho ou um pouco maior (até 100 mm).
Quando - _ii _ tên1 fonna arredondada, são denominados "seixos'' (seixo
rolado . p, :: er " \., '\. J a o teimo cascalho se refere a partículas com dimensões
de 4.8 ..,, ~ur1. nms não têm conotação quanto à forma ou arredondamento
(cascal "'l • ür exen1plo).
==-~·-, p
·-"' ar a m at er ia is pr oc es sa do s . . .
o u ª'pedra britad a" se re fe re a m ~t er ia 1~ pr ?v em en te s da
ecâriica de rochas. O in te rv al o de d1 m en so es e da C? rd em de
m m , segundo a no rm a N B R 99 35 (A B N T , 20 05 ). D iz -s e, qu e
es tã o pr es en te s fr ~g m e~ ,to s de v~ na s
a ~ ,c-graduadan quando a . ou
nsões numa seqüência cont ín ua . F al a- se em bn ta da nu m er ad
ag m en to s se en co nt r~ m em fa ~x as
lassfficada, quando os fr co ns e_ c~ t!v as
~ u lo m é tr ic a s definidas pe la ab er tu ra de du as _ pe ne ir as
pa ra m at er ia is gr an ul ar es ar t1 f! ci ai s,
(F R A Z Ã O , 20 02 ). Os termos usados pe ri or da
T , 20 05 ) sã o m os tr ad os na pa rt e su
segundo a N B R 9935 (ABN
Figura 1. et ro en tr e 0, 07 5 m m e 4, 8 m m , ou
A fração de material britado com di âm
o, é ta m bé m re fe ri ~o . co m o ar ei a
parte dessa fração dependendo do órgã 1t es en tr e as
artificial, areia de brita ou arei a br it ad a. N ov am en te , os hm
classes de areia fina, m éd ia e gr os sa nã o sã o m ui to pr ec is os ·
5 m m é ta m bé m ch am ad o de m at er ia l
O material menor que O,07 m o pó
) se re fe re a es sa fr aç ão co
pulverulento, e a N B R 9935 (ABNT, 2005 nf us as . O
pó de pe dr a ta m bé m sã o co
de pedra. As definições de pedrisco e m o m at er ia l
Manual de Pavimentação (DNIT , 20 06 a) de fi ne pe dr is co co
a co m di âm et ro en tr e 2, 0 m m e 6, 4 m m e
proveniente da britagem de pedr , ai nd a, o
et ro < 2, 0 m m . D is ti ng ue
pó-de-pedra co m o o m at er ia l com diâm in aç õe s:
e us a as se gu in te s de no m
processamento manual d a ro ch a bruta ns , ta is
al ha da pa ra de te rm in ad os fi
• pe dr a afeiçoada: pe dr a br ut a trab
co m o pa ra le le pí pe do , m ei os -f io s, etc.; rã o"
ut a fr ag m en ta da po r m ei o de "m ar
• pe dr a m ar ro ad a: pe dr a br is qu e
ar re ta ) , co m di m en sõ es ta
(espécie de m ar te lo gr an de de ferro, m
po ss a se r m an us ea da ; a.
to de ro ch a nã o tr ab al ha da , ou ro ch a br ut
• pe dr a nã o marroada: fr ag m en
Outros te rm os co m un s, de ac or do co m B au er (2 00 0) , sã o:
no es ta do em qu e se en co nt ra n a sa íd a do
• bi ca co rr id a: m at er ia l br it ad o
de ix a o br it ad or pr im ár io e te m
britador, é di ta pr im ár ia qu an do
m m , e di ta se cu nd ár ia qu an do de ix a
gr ad ua çã o ap ro xi m ad a de O a 30 0
çã o ap ro xi m ad a d e O a 7 6 m m ;
o br it ad or se cu nd ár io , co m gr ad ua
no br it ad or pr im ár io e é re ti do na
• ra ch ão : m at er ia l br it ad o qu e pa ss a
de 76 m m d a b ic a co rr id a pr im ár ia ,
pe ne ir a de 76 m m , é a fr aç ão ac im a
te nd o as m es m as di m en sõ es d e pe dr a de m ão .
çõ es em en g en h ar ia c o n fo rm e su a
A p ed ra b ri ta d a te m v ár ia s ap li ca
sã o u sa d o s p ri n c ip al m en te em
g ra n u lo m et ri a. P ed ri sc o e p ó -d e- p ed ra
ai s n o b re ) é u sa d a em L o n c re to s
m as sa s as fá lt ic as . a b ri ta l (m
u b -b as es ro d o v iá ri as <! ra n de s
b o m b ea d o s, a b ri ta 2 em b as es e s
é ti li za d a e m la st ro t \; < \ iá ri o.
v o lu m es d e co n cr et o , a b ri ta 3 u
sã o u sa d o s em co lc h õ e s 11 n te s e
B lo co s m ai o re s d o ti p o ra ch ão
n d a m ai o re s sã o u ~o co m o
m u ro s d e g ra v id ad e. F ra g m en to s ai
en ro ca m en to d e b ar ra g en s.
J6.3.l .3 Agregados
A norma NBR 9935 (ABNT 2005) define
com propriedades adequadas, natural ou r:ado
como o material
artificial de pedra, de dimensão nominal máxima • ~ ~or fragmentação
1

dimensão nominal mínima igual ou superior a O ;~ enor a 100 ml!l e de


0
tamanho, os agregados são ainda divididos em 'raúdmm. N~~sa faixa de
0 )imite entre estes grupos o diâmetro de 4 8 m g
Figura J• '
º:
e mt~dos, sendo
m, coniorme Ilustrado na
Para a norma NBR 7211 (ABNT, 2009) 0 termo d .,
t . -
refere a ragmen os com d1mensoes nominais entre o
f ' agrega o mmdo se
150
rom, enquanto que agregados graúdos se referem a grão~
entre 4,75 mm e 75 mm. com imensoes
!7
rr:if!l e 4 5
Em algumas publicações do meio rodoviário a d' t' -
d "d · 'd , 1· · ,
o1s mçao ( entre
agrega , o grau
, d o e mm o e 1m1tada
. pela dimensão de 2 , mm ·
peneira
# 1OJ. E grau o o agregado retido na peneira # I o (britas p d lh
, · 'd d , e regu os
etc), e e mtu o tu. o qu,e passa na #10 e fica retido na# 200 com abertura
de 0,07? mm (areia, po de pedra etc). Define-se, ainda, fíler ou material
de ~nch1men_to con::o o qu~ passa pelo menos 65% na# 200. Nessa classe
s<:_ incluem ~m,os nao P!ast2cos. tais como cal extinta, cimento Portland e
po de chamrne, os quais sao usados para alterar a viscosidade do ligante
asfáltico em misturas asfálticas.

1632 Características dos agregados

O conhecimento das característica s dos agregados é fundamental para


a perfeita dosagem de concretos hidráulicos ou betuminosos. Também é
imprescindív el para escolherem-s e os materiais e misturas granulares a
rocha briia. serem usados em camadas de bases de pavimentos, lastros de ferrovias
ou em outras estruturas de interesse de engenharia.
na saída As propriedades do concreto (hidráulico ou betuminóso) dependem da
ário e massa específica aparente , da porosidade, da composição
ando deiJI granulométri ca, da forma e da textura dos agregados. A composição
mineralógica dos agregados, bem como sua porosidade, afeta a
mm: resistência, a compressibil idade e a sanidade dos concretos endurecidos.
é retido O consumo de cimento Portland ou de ligante betuminoso é altamente
a priroãtJl dependente da superfície específica e da porosidade dos grãos de
agregados .
forrne As característica s do agregado dependem da microestrutur a da rocha
mente e matriz, expressas pela sua porosidade, massa específica e composição
concret mineralógica , bem como de sua exposição prévia (grau de
orande íntemper ismo) e das condicionant es do processo de fabricação, tais
rr~víáft como uso de explosivos, tipo de britadores, etc. De acordo com esses
nante condicionante:, as propriedades dos agregados podem ser divididas em
oS cO três grupos (iv1BHTA e MONTEIRO, 1994):
ticas dependentes da po~osidade: massa e~~ecífica
ate absorção de água, resistência, módulo de elasticidade e
amdade; , . .
• características dependentes da composiçã? q~nmica e, ~meralógica:
resistência, módulo de elasticidade, substancias deletenas presentes
e cargas elétricas; , . . .
• característica s dependentes das condições previ~s e condicionantes
de fabricação: tamanho , forma e textura das parttculas.
Algumas propriedades físicas são definidas para . uma partícula
individual, mas, na maior parte dos casos, são determinadas para um
conjunto ou massa de partículas dentro_ de uma dada. classe
granulométri ca, representand o um valor médio para aquel;i faixa. Em
geral, há procedimento s específicos para agregados graudos e para
agregados miúdos.

16.3.2.1 Índices físicos


Alguns índices físicos revelam propriedades inerentes a u~ dado
material, ou seu estado e estrutura atuais. Muitas dessas propnedades
são especificada s, estabelecend o-se limites de aceitação ou rejeição do
material para uma dada aplicação. Dentre os índices físicos mais
importantes em um agregado, citam-se: umidade, absorção, massa
específica e porosidade aparente.
Esses índices são determinado s com base em ensaios normatizado s, os
quais são, geralmente, realizados sobre uma amostra de agregados numa
dada classe granulométr ica mais ou menos uniforme.

16.3 2 .1.1 Absorção e umidade


Umidade refere-se ao teor de água presente em um material. Pode-se
definir umidade em termos volumétrico s ou gravimétric os, sendo esta il
última mais comum. Assim, umidade é definida como relação ,_nt
percentual entre a massa de água contida em uma amostra e a m assa da Qsgrã
amostra totalmente seca (massa de sólidos) e é calculada c omo: água
~1~rfíci
M. ~cu\1
W = agua .100 (Equação 1)
Msólídos
,repo
.;ão de
Quanto à condição de umidade , uma amostra pode se encontrar em .turad
quat!o situações diferentes , ilustradas na Figura 2: (a) condição Uiru
amb1~n:e ou seca ao ar; (b) condição saturada com superfície úmida~ (e) i~fi
cond1çao saturada com superfície seca (SSS), e (d) co ndição \~
completame nte seca.
Úmida DO ambiente óU
seca ao ar (A=M.....>
lmmlo por24h
• (Umidade absorvida)

.fl ºi M
rci
i·~ ~·e
~

~1
w-~.100
=6
it
IGC:a

Vazios não !-1 Musa


>'a· volume (1
e:
comunicantes
(Umidade absorvida)

Completamente
seca {D=Mscc.)
.-------------------.
Estufa por 24 h

Figura 2 - Teor de umidade e absorção.



Saturada Sup.
seca{C=M.)

, Na c~ndição ambiente, uma amostra sempre absorve alguma quantidade de


agua,.seJa da c~uva, ,do len_çol freático ou do próprio ar; porém, raramente essa
quantidade de agua e suficiente para saturar a amostra, ou seja, para preencher
totalmente os seus vazios inter-comunicantes. Mesmo quando seca ao ar, a
amostra ainda mantém alguma umidade, elita higroscópica.
A amostra é dita saturada quando todos os seus vazios comunicantes (entre
grãos e nos grãos) estão preenchidos com água. Considera-se que uma amostra
esteja saturada após imersão em água por 24 horas. Entretanto, mesmo nessas
condições, podem restar bolhas de ar oclusas nos vazios e, eventualmente, deve-
se recorrer a outros métodos, como o uso de vácuo e agitação, para se livrar
totalmente das bolhas.
Os grãos de agregado de uma amostra saturada, quando retirados da água, além
da água absorvida nos poros internos mantêm uma película de água em sua
como:
superfície que determina o que se chama de umidade livre. Nessa condição, as
partículas são consideradas saturadas com superfície úmida (SSU). A umidade
livre pode ser eliminada secando-se a amostra com um pano absorvente ou sob a
ação de uma suave corrente de ar; assim, as partículas passam à condição dita
saturada com superfície seca (SSS).
Uma amostra é considerada totalmente seca quando se livra de toda a umidade.
Para fins práticos, considera-se a amostra totalmente seca após ficar em estufa a
105ºC ± 5ºC até constância de peso, o que, geralmente, se observa após 24 horas.
Nesse caso, tem-se a massa da amostra igual à massa de sólidos CMs6lictos = Mseca)·
Pode-se definir o teor de umidade para qualquer situação da amostra: natural,
seca ao ar, totalmente seca, totalmente saturada, partículas saturadas com
superlície úmida ou partículas saturadas com superfície seca. A massa de água é
a diferença entre o peso da amostra (sólidos e água) e O peso da
• t1tP1Jrn1ente seca. 5 na com p~cula s na
~o é uma medida de umidade para a am~
concll~ aturada com superfície seca (SSS). ou se}ª• ª abso~o mede a
quantidade de água que pode preencher os poros comurucantes no_s graos de _uma
massa de agregados. Calcula-se a absorção de acordo com ª segwnte equaçao:
a-M- -M_• . 100
M_. (Equação 2)

A absorção do agregado está diretamente relacio~ada ~~m a quantidade os


vazios comunicantes ou porosidade aparente dos graos ~oli~os. _Os valores da
absorção das rochas ígneas e metamórficas geralmente sao infenor es a 0,5% e
raramente excedem 1,0%. Alguns tipos de basalto são exceções e ~em ter alta
absorção. As rochas sedimentares têm maior capacidade de a~sorça o: Agregados
Jateríticos ou lateritas são altamente porosos e a absorçao de agua chega
facilmente aos 10% (MOIZINHO, 2007).

1632. 12 Massa específica


Define-se massa específica (-y) como a relação entre a massa (lv[) e o volume
(V) de um material. Da mesma forma que umidad e, pode-se definir massa
específica para o material em diversas condições, tomand o a massa (M)
correspondente (úmida natural, seca ao ar, grãos saturad os com superfí cie úmida,
grãos saturados com superfície seca, totalmente saturad a ou totalme nte seca).
Para caracte rizar um agregad o, indepen dentem ente de seu teor de umidad e, deve-
se tomar sua massa comple tamente seca. Por outro lado, o volume ocupad o pelo
material pode se referir ao volume real (Vr) ocupad o pelos sólidos . descont ando-
se todos os vazios permeá veis (nos grãos e entre grãos). ou ao volume aparente
(V8) , o qual inclui todos os vazios permeá veis. Dessa forma. disting ue-se entre
massa específ ica real ou absolut a de um agregad o C-Yr) e massa específ ica aparente
C'Ya):
(Equaç ão 3)

A definição massa específica real ('Yr) geralmente não considera os poros não
comunicantes internos aos grãos. Para eliminar o efeito des es poro totalmente
fechados, o material deveria ser pulverizado, o que é bastante trabalhoso e
sensível ao tamanho a que os fragmentos foram reduzido · t~lOlZINHO, 2007).
O volume real ocupado pelos grãos é obtido do volun1e de água deslocado
pelos sólidos. A massa específica dos sólidos em agregados 1niudo~ usados em
pa~unentação é calculada de acordo com norma ME l Q-+ ~DNIT. }l)98a), que
1nd1ca o uso do frasco de Chapman (um frasco de vidro graduado l'On1t111" bulbos
e um gargalo graduado) para a determinação do Yolun1e Ol'Upad l p '" vazios.
Para agregados miúdos usados em concretos hidraulK'l'~ . a lllWn1a r NM 52
(ABNT, 2009) substituiu o frasco de Chap man po .
volume aferid o. num novo tipo defíâscofcb,n
para agregados graúdos usados em pavimentàção ,
absorção são determinadas de acordo com a norma ~ ~sa es~í fica e a
qual prescreve o uso da balança hidrostática para a d te . (!>NIT, 1997a), a
sólidos. e muna çao do volume de
o Quadro 2 apresenta a massa específica de agregados d d"
rochas (NEV ILLE , 1997). A maioria tem mass a espec ífic: d~ve :; ~po s de
3
2,60 e 2:70 g/cm • O basalto apresenta valores médios um pouc J e~v:~~~
em funça~ da prese nça comu m de ferro. Concreções lateríticas, descontando-se
maf:
08 poros mtem os, ultrap assam uma mass a específica real de 3 00 g/
- d alt te d , "d d
funçao os os ores e OXJ os e ferro e de alumínio (MOIZINH
3
' O, 2007)
cm .em

Quadro 2 - Valores de Massa Específica de algumas rochas mais comuns (NEVJLLE, 1997).

Grupo Massa Específica Intervalo de valores


do aoreaado Ca/cm3) (a/cn,3}
Basalto 2,80 2,60- 3,00
Granito 2,69 2,60 3,00
Arenito 2,69 2,60 2.90
Calcário 2,66 2,50 2,80
Quartzito 2,62 2,60 2,70
Lateritas* 3,17 3,00 3,30
(*) Fonte: Moizinho (2007).

16.3.2.2 Resistência a esforços mecânicos


Os agregados são sujeitos a esforços mecânicos de compressão, tração e flexão,
transmitidos pelos carregamentos externos atuantes na estrutura na qual foram
utilizados. Os agregados usados em construção também estão sujeitos a esforços
de impacto, esmagamento, desgaste e abrasão. Há vários ensaios que tentam
reproduzir cada um desses esforços, sendo o ensaio de abrasão o mais comum.
Os agregados usados em concretos, ou em camadas granulares de pavimentos,
(EquaçãQ3 em lastros de ferrovias, e em aterros em geral devem resistir aos esforços de
abrasão a que estão sujeitos tanto durante o processo construtivo, quanto em
serviço. O ensaio mais utilizado no Brasil para verificar a resistência do agregado
os porosnao a essas solicitações é o de "Abrasão Los Angeles", normatizado pela NBR NM 51
os totalmente (ABNT, 2000) e ME 035 para aplicações rodoviárias (DNIT, 1998b).
trabalhOS0 O ensaio usa um tambor giratório feito de aço de alta dureza. Uma amostra de
02(1)7), agregado de massa M 1, numa certa faixa granulométrica, é introduzida no tambor
a d~sJocado juntamente com certo número de esferas de aço padronizadas. O número de
esferas e a massa a ser utilizada no ensaio por faixa granulométrica são prescritos
s usadosen
na norma. O tambor gira a 33 rpm durante 15 ou 30 minutos, dependendo da
19988),que graduação da amostra. O tambor possui aletas internas que capturam os agregados
doisbul: e esferas, os quais caem por gravidade quando atingem a parte mais alta (Figura
Jos v'áfJí. 3). Dessa fonna a amostra de agregados é triturada, tanto pela ação do atrito (com
RrnA ··
l'()Utros fmgmentoi9 com as paredes internas do tambor e com as esferas), corn.0
pelo impacto da queda das esferas.

Peneira de
Tambor 1,7mm

Massa
perdida

Figura 3 - Ilustração do ensaio Los Angeles.

Ao final do ensaio ' os aQTeoados


1:> 1:>
são retirados do tambor e peneirados num
numa peneira com malha de abertura de 1,7 mm, restando uma massa M2 retida
nessa peneira. O "Desgaste Los Angeles" é a perda de massa percentual conforme
a expressão:

(Equação 4)

Quanto menor o valor do desgaste Los Angeles, melhor é o material. Em


complemento ao ensaio de abrasão, também é realizado o ensaio de resistência ao
esmagamento (ME 197, DNIT, 1997b).

16.3.2.3 Forma dos grãos e textura superficial


A forma dos agregados se refere à sua geometria tridimensional. Como é difícil Figura4 - 1
representar corpos tridimensionais irregulares, é mais conveniente definir certas
caracteristicas geométricas desses corpos, tais como alongamento, achatamento,
cubicidade, esfericidade, angulosidade etc. atentar p2
A rocha submetida à fragmentação mecânica produz fragmentos com m eu tai
diferentes tamanhos e formas. A forma dos agregados é bastante influenciada pela agre~ad
estrutura e textura da rocha mãe. Rochas de estrutura maciça, como os basaltos
compactos, produzem britas de forma cúbica. Por outro lado, rochas com
oional. f
estrutura xistosa, como é típico em rochas sedimentares e alguns tipo~ de rochas uperfi
metamórficas formadas a partir destas, com freqüência produzem fragmentos de eJrun
...,
formas alongadas e lamelares. O processo de britagem também inf.ucncia no Jun
formato dos agregados. Em
Há diversos métodos para avaliação da forma de agregados. Alguns ~ão diretos dura
b \#
e se baseiam em medid~ de um número significativo de partículas, usando-se um
paquímetro, como descnto nas n~~as _NBR 7809 (ABNT, 2008) e NBR 6954
(ABNT,_ 1989). O~tros mé_todos sao mdrretos e usam gabaritos comparativos, ou
uma séne de peneiras e cnvos de formatos e aberturas diversas.
A nonna NBR 780~ (AB~, 2(l<?8) define o grau de cubicidade do agregado
~údo, usando duas d1mensoes obtidas com o Método do Paquímetro. Por outro
fado a NBR 6954 (ABNT, 1989) ~sa três dimensões para definir duas relações
entre lados do agregado. lmagmando-se uma partícula inscrita em um
paralelepí~do ima~~n~io, toma-se a sua dim~nsão maior (comprimento,A), sua
dimensão m~rmed1_ana (largura, B) e sua dimensão menor (espessura, C). o
alonITTllllento e medido pela relação espessura/largura (C/B) e o achatamento ou
Jameridade é medido pela relação largura/comprimento (B/A). Tomando-se essas
duas medidas em conjunto, definem-se as seguintes formas: cúbica (B/k-0,S e
CJB>0,.5), alongada (B/A<0,5 e C/B>0,5), lamelar (B/A>0,5 e C/B<0,5) e
alongada-lamelar (B/A<0,5 e CIB<0,5). A Figura 4(a) resume essa classificação.
A norma ME 086 (DNIT, 1994a) define o índice de forma com base em uma
série de peneiras com crivos de abertura circular e um conjunto de redutores.
Utiliza-se uma fórmula baseada nos pesos retidos nesses crivos para o cálculo do
índice de forma.

0.10 020 0.3) 0.40 0.60

Lamelar Cúbica
0.5 1---- - - + - - ----i

Alongada- Alongada
lamelar
o 0,5 1,0 Muito Sub - Sub -
C/8 Angular Angular Angular redonda redonda
(a) (b)
Figura 4 - (a) Formas dos agregados; (b) Arredondamento (Powers, 1953).

Deve-se atentar para o fato de que a forma das partículas bri~das varia de
acordo com seu tamanho . Grãos menores em geral sao mais alongados.
Para os agregados graúdos, de~e-se . dar preferência à forma
equidimensional. Partículas que se distanciam dessa forma tendem a ter
maior área superficial . Partículas alongadas ou lamelares tendem a se
acomodar segundo um plano e se ro~pem_ em_ flexão quando
compactadas, funcio nando como pequenas vigas b1-apoiadas sobre outras
partículas . Em concretos hidráulicos, partículas lamelares podem
prejudicar a dJrabilidade, devido à acu~ulação de bolhas de ar e agua ~e
exsudação sob elas (NEVILLE, 1997). E indesejável a presença de mais
de partículas alongadas em concreto._
1 sificaçã o da Figura 4a, a rigor, determ~na uma relação de
mensftes. Uma partícu la com uma relaçao , B/A,=C ~B.=l é
cequidimensional, mas não se pode dizer se a particu la e c_ub1ca ou
esférica. O arredo ndame nto representa a agudez a ou ª!1gulos1dade das
arestas ou cantos das partícu las. ~egund ~ Neville (1 ~97), 0
arredondamento depende da resistência a abrasao da r~cha mae e das
ações a que esta foi submet ida. Em caso de agregad os britado s, depende
da natureza do mineral e do tipo de britador. . .
Com relação ao arredon damen to, Powers (1953) class1f tca as
partícu las como: bem arredon dada (esféri ca), arredon danda
subarre dondad a, subang ulosa, angulo sa e muito angulo s~ (Figura 4b):
Do ponto de vista de resistên cia, as partícu las angulo sas sao preferíveis,
pois implica m melhor entrosa mento (imbric amento ) en:re as p~rtículas
individ uais. Por outro lado, partícu las angulo sas tem ma10r área
superfi cial e exigem uma maior quantid ade de água para a mesma
trabalh abilida de em concre tos hidrául icos.
A textura superf icial do agrega do tem influên cia sobre sua aderênc ia
com a pasta de ciment o Portlan d e com o ligante betumi noso. A
classif icação da textura superfi cial se baseia no grau de polime nto da
superfí cie das partícu las. A norma inglesa BS 812 (BSI, 1985) disting ue
as seguin tes textura s superfi ciais: vítrea, granulo sa, áspera , cristali na e
alveola r. Agrega dos com textura mais áspera favore cem a aderên cia com
a pasta de ciment o ou com o ciment o asfáltic o. Isso influen cia na
resistê ncia do concre to (hidráu lico ou betumi noso), princip alment e
quando subme tidos à flexão.

16.3.2.4 Superfí cie específ ica


Superf ície especí fica (Se) é a relação entre a superf ície e o volum e de
uma partícu la sólida. Embor a esse concei to seja tradici onalme nte
volum étrico, por razões prática s, prefere -se exprim ir a relação em
termos de massa, ou seja (S"e):

(Equação S)

em que S é área da superf ície, V é volum e do grão e y é a m assa


especí fica do grão. A superf ície especí fica volumé trica (S;)
é expres sa
em m 2/m 3 e a gravim étrica (S "J é expres sa em m2/k g.
Para uma partícu la esféric a com diâme tro D te m -se Se=6ID. e nquant o
que para uma cúbica de lado L, Se=6/L. Tom a ndo - se du as partícu l as ,
uma esféric a e outra cúbica , com o mesm o volum e, isto é , D~n I 6 ,
pode-~ e determ inar que a superf ície especí fica da partícu l l t fé rica é,
aproxi madam ente, 90% daque la da partícu la cúbica (Figura 5)
trD
r - -6

2
A -2 7x 6( L ) -18L2 ;S . 18
3 • L

Fig ura 5 - Superfície específica de partículas esférica e cúbica.

Em todos os casos, a superlície específica é inversamente propor


cional à
dimensão "n om in al " da partícula. Tomando-se, po r exemplo, 1 kg de
um a rocha
com massa específica de 2,65 g/cm3 , é possível moldar um corp
o-de-prova
cúbico co m 0 ,3 35 4 m de lado , ou seja, co m um a superlície de 0,675
m 2, ou um
quadrado co m 0 ,8 22 m de lado. Se dividirmos o lado po r 3 em ca da
direção, a
superfície específica triplica (ver Figura 5). Se dividirmos ca da lado
do cubo
original po r 10 , pa ra ob te rm os partículas do tamanho de brita 3 (L=33,
54 m m ), o
mesmo quilo do m at er ia l equivaleria a um a área de 6,75 m2, ou um
pe qu en o
quarto . O m esm o peso co m partículas de areia grossa (L=3,354
mm) te m
superfíci e equivalente a um pequeno apartamento (67 ,5 m2). Se as
partículas
tiverem di mensão de si lte (L =0 ,0 33 m m ), a superfície de um quilo de
material é
equivalente à de um ca m po de futebol. O m es m o quilo de argila (L=0
,003 m m )
já equivaleria a uma área de 67 50 2 m2, ou aproximadamente a 10 ca m
po s de
fute bol.
Do ex em pl o ac im a, po de -se perc eb er a importância da superfície
específica
dos agregados na do sa gem de concretos. O co nsum o de ág ua de m
ol ha ge m em
concretos de ci m en to Po rt la nd é de ce rc a de 1O litros po r metros
cú bi co s pa ra
partículas co m di âm et ro de 38 m m a 76 m m (brita 3-4) , cu ja superfíc
ie es pe cí fi ca
média é de 105 m 2/ m3. E ss e co nsum o so be pa ra 300 litros po r metros
cú bi co s pa ra
partículas co m di âm et ro de 0,15 m m a 0,30 m m (a re ia fi na ), cu
ja superfície
específica m éd ia é de 26 670 m 2/m 3. O co nsum o de lig an te asfá
ltico ta m bé m
aumenta m ui to co m o co nt eúdo de pa rt íc ul as fi na s na m as sa
de co nc re to
betuminoso.

16.3 .2 .5 Análise mineralógica .


A anális e m in er alóg ic a do s ag re ga do s pa ra uso uma ob ra de enge
. .
nh ar ia ci vi l
ajuda a idem ific.a r: (a ) a pr es en ça de m iner ai s dele té ri os ou no
ci vo s; (b ) as
i~ üí mi ca s dependen
ma s propriedades de ligan
,Ul&',;S&u,ilidade.
itistincias del eté ria s po dem inc lui r im pu rez as or gã ni~ . fin os arg ilos os,
torrões de argila e par tícu las friá vei • ma ter ial pul rul ent ~. ale !Il de ou tro s: com o
sais e minerais rea tiv os. Im pu rez as org ãni as pod em _ •!1flutr nas rea çoe s de
hidratação do cim ent o em con cre to hid ráu lico~ . Ma ten ru ?º ? 8 po dem for ma r
um a pel ícu la sup erf ici al no s agr ega do • pre jud ica nd o a ade ren c1~ cm ~ ~ pas ta de
concreto ou com o lig ant e asf áltico . Ma teriai , pu lve rul ent os nao pla stic os nem
sempre são nociv os, des de qu e sej am são e ine rte s: po rem . dev ~1! 1 ser evi tad os
em qu ant ida des ex ces siv as. po is. de vid o à gm nd e s~p erf ic1 e esp ecí fic a,
aum ent am não só o con sum o de asf alt o em con cre tos be tun un oso s, co mo tam bém
a demand a de ág ua em con cre tos hid ráu lic os. Al im dis so. cer tos mi ner ais dos
agregados podem reagir co m os ák ali s presentes no cimento.

16 32 5. 1 Impurezas orgânicas .
Deve- se av eri gu ar a pre sen ça de co mp ost os ,.1r gàn ico s no civ os em . are ias a
serem usa das em arg am ass as e con cre to lde cim en to Po rtla nd ou be tur mn oso ).A
norma M E 05 5 (D NI T. 19 95 ) fix a o pro ced im en to pa ra ide nti fic açã o des ses
materiais po r colorimetria.
Pa ra o ensai o, são pre via me nte pre par ada s du as sol uç õe : um a de hid róx ido de
sódio a 3% em ág ua de sti lad a. e ou tra . cha n1 ada de sol uç ão pa drã o, qu e us a 3 ml
de áci do tânico a 2% em álc oo l ma is 97 1111 da sol u 'ão de hid róx ido de sód io a
3% . A seguir, um a am ost ra de 20 0 g do ag reg ad o sec o ao ar é co loc ad a em um
recipiente, ao qu al se ad ici on am 10 0 ml da so lu --ão de hid róx ido de sód io,
agitando-s e a mi stu ra vig oro sam en te. O rec ipi en te co m o ag reg ad o na sol uç ão é
de ixa do em rep ou so du ran te 24 ho ra . Ao me sm o te1 np o, un1 ou u·o rec ipi en te co m
100 ml da so luç ão pa drã o tam bé m é de ixa do e1n rep ou so po r 24 ho ras . Ap ós ess e
pra zo , as du as so luç õe s são fil tra da en1 pa pe l filt ro qu ali tat ivo e rec olh ida s cad a
um a de las em tub os, pa ra a co mp ara çã o das cores .
Ca so a am os tra co lhi da da so luç ão da mi stu ra ~o m ag reg ad o sej a ma is esc ura
qu e a solução pa drã o, é um ind ica tiv o da pre sen ça de co mp os tos org ân ico s
nocivos na are ia. En sai os po ste rio res de ve m ser rca li, ad o , isa nd o à ace ita ção ou
rejeição do material.

16.32 .5 2 Finos argilosos


Agregados miúdos usad os en1 co nc reto bl'tum ino so ou arg an1 ass as asf áltica s
como AAUQ (Areia As fal to Us ina da a Qu t'n tc) dcY cn1 ser livres de fin os
argilosos. Uma me dida da qu an tidad e de fin os t' da da pd o en sai o de Eq uiv ale nte
de Areia de acord o co m a no rm a rod oY iár ia T\ lF 05. .t. (D Nl T 19 97 c) . No en saio, a
fração que pa ssa na pe ne ira de 4,8 111111 0 a~ ita da t'll t'r~ ica 1ne nte e1n un 1a pro ve ta
graduada, contend o um a so luç ão pa dro ni1 ad a. O m~ llt'r ial e, en tão . de ixa do em
repouso por 20 minutos, enqu an to a art 'Í~\ se .h M.' llt. \ th.) fun do da P• )ve ta e a
fração argilosa fica em su sp en são . De ter m ina ~1..' . na pn ,, cta gra du nd a. a leitur a
EA Leitura no topo da areia
- Leº1tura no topo da argila .100

Quanto maior o valor de EA, mais livre de finos argilosos será d


miúdo. o agrega o

J6 3 2 5 3 Torrões de argila e partículas friáveis


A d~terminação da quantidade de torrões de argila e partículas friáveis é
normatJ.Zado na !'JBR 7218 .CABNT, 2010). Para os agregados miúdos, toma-se
u~~ ~ostra r~tida na penerra de 1,~ 8 mm; enquanto os agregados graúdos são
divididos em diferentes amostras retidas nas peneiras de 4,8 mm, 9,5 mm, 19,0
mm e 37,5 mm. A massa de cada amostra é especificada na norma. Cada amostra
seca é _pesada .(Mi) e depois espalhada em um recipiente inoxidável com
dimensoes sufic1e~tes para formar uma camada delgada de agregado no fundo do
recipiente. A segurr, co~re-se a amostra com água destilada e deixa-se em repouso
por 24 h + 4 h. Postenormente, tenta-se romper as partículas de cada amostra,
pressionando-as entre os dedos indicador e polegar. Todas as partículas que
possam ser rompidas dessa forma são classificadas como torrões de argila ou
partículas friáveis. A seguir, cada amostra é recolhida, e os detritos são separados
por peneiramento úmido nas peneiras previamente listadas , vertendo-se um jarro
de água sobre a peneira enquanto se agita manualmente. As partículas retidas em
cada peneira são removidas cuidadosamente e, depois, secas em estufa até
constância de massa.
Após esfriar, cada amostra é pesada novamente (M:J e calcula-se a diferença
de massa percentual em cada peneira, p = 100.(M1-M:i)/M 1• O teor de torrões de
argila e partículas friáveis no agregado miúdo é dado pela perda de massa na
peneira de 1,18 mm. Para os agregados graúdos, toma-se a média ponderada das
·amais est'U!'à perdas nas diversas peneiras, tomando-se como fator de ponderação as
tos orgântros percentagens retidas em cada peneira na composição original do agregado
à aceita~ooir graúdo.

1632.5 .4 Material pulverulento


Material pulverulento é constituído por todas as partículas minerais com
dimensões inferiores a 0 ,075 mm, inclusive os materiais solúveis em água,
presentes no agregado. As normas NBR NM 46 (~NT, 2003) e ME 266 (D~,
1997d) fixam os proced imentos da determ inação do teor de matena1s
pulverulentos em agregados para concretos.
O ensaio toma duas amostras com massas definidas em função da dimensão
máxima caracteristica do agregado. As amostras são secas em estufa, pesadas
para a detemli nação da massa inicial (Mi) e, depois, colocadas em um recipiente
de vidro com água limpa. O material é cuidado sament e agitado com um bastão
iç ã o e suspensão da s p ar tí cu la s fi n as .. A ág u a co m
u m co n ju n to co m as p en ei ra s de 1, 2 m ~
1 , vertida sobre lo ca d o d e v o lt a no
O material retido nas p en ei ra s é co
agem é re p et id o at é q u e a ág u a d~ ~a va ge rn
~1 a,...!~·~e~ e o p ro ce ss o d e lav al . A .o
ão co m a la v ag em o n g m
~ i\f1sualmente limpa em comparaç tu fa , e é de te rm in ad a
Íll d o p ro ce ss o , a amostra é novamen te se ca em es
p u lv er u le n to s é d ad o p el a dife re nç a
ai;lilassa fi n al (M ,) . O te o r d e materiais m é_ dio d as du as
as sa p er ce n tu al , 1 0 0 .( M i- M r) /M • Tom a- s~ o _v alor
âe m 1
d 1 fe n r en tr e s1 em m ai s de
am o st ra s; o s v al o re s in d iv id u ai s nã o d ev em
ú d o s o u 1 % p ar a ag re g ad o s m iú d o s.
0 ,5 % p ar a ag re g ad o s g ra

1 6 3 2 5 5 Partículas reativas es tu d o s se d ev e a re aç õe s
U m p ro b le m a q u e tem d em an d ad o v ár io s
a p as ta d e ci m en to . U m a an ál is e d et ~ lh ad a da s
en tr e o s ag re g ad o s e as
d o es co p o d es te ca p ít u lo . E n tr et a~ to ,_ c1 ta m -,se
re aç õ es es tá fo ra li s
ca li -s íl ic a e ál ca li -c ar b o n at o . N a p ri m ei ra , o s al ca
ch am ad as re aç õ es ál
rt o s ti p o s d e sí li ca s re at iv as q u e . p o d em ~ st ar
d o ci m en to at ac am ce ci a
o s, fo rm an d o u m g el q u e p o d e d es tr u ir a ad er en
p re se n te s n o s ag re g ad
ta d e ci m en to . P o r o u tr o la d o , as re aç õ es ál ca li -
en tr e o ag re g ad o e a p as
e al g u n s ag re g ad o s ca lc ár io s d o lo m ít ic o s e os
ca rb o n at o o co rr em en tr
ál ca li s d o ci m en to . o m a r e e m ar ei as de
ei as d ra g ad as d
A p re se n ç a d e sa is , co m u n s e m ar o er a ar m ad u ra de
O s sa is p o d em co rr
d es er to s, ta m b é m d ev e se r ev it ad a. d e , p ro v o ca n d o
c o n c re to a rm a d o , a lé m d e a b so rv e r u m id a
aço e m E V IL L E ,
p ec to d es ag ra d áv el n a su p er fí ci e d o c o n c re to (N
d ep ó si to s d e as
1997).

1 6 3 .2 .5 .6 Durabilidade in a r a re si st ên ci a à
sa io d e d u r a b il id a d e te m p o r o b je ti v o d e te rm
O en ito so é m u
d o s a g re g a d o s su je it o s à aç ão d o te m p o . Is
d e si n te g ra ç ã o
u e a p re se n ta m m in er ai s p o u c o s e st á v e is , c o m o é o
im p o rt a n te e m ro c h a s q
lt o s a lt e ra d o s, m u it o c o m u n s n o B ra si l.
c a so d e a lg u n s ti p o s d e b a sa
IT , 9 9 4 b ) a p re se n ta o p ro c e d im e n to p ar a
A n o rm a M E 0 8 9 (D N 1
d e a g re g a d o p e lo e m p re g o d e so lu ç õ e s de
ava li a ç ã o d a d u ra b il id a d e
a g n é si o . O e n sa io c o m e ç a c o m a an ál is e
su lf a to d e só d io o u d e m
, d iv id id o e m d u a s fr a ç õ e s: a p a rt e g ra ú d a,
g ra n u lo m é tr ic a d o a g re g a d o
ir a d e 4 ,8 m m , e p a rt e m iú d a . P a ra c a d a fr aç ão
c o m m a te ri a l re ti d o n a p e n e
e so s d e fi n id o s d e a m o st ra s e n tr e a s v ár ia s
is o la d a m e n te sã o to m a d o s p
a s a m o st ra s sã o im e rs a s n a so lu ç ã o p o r u m
p e n e ir a s d a sé ri e n o rm a l. E ss
m p e ra tu ra d e 2 1 ºC + 1 ºC . A p ó s a im e rs ã o ,
período d e 1 6 a 1 8 h o ra s n a te
ç ã o e d re n a d a p o r 1 5 + 5 m in u to s e , e m
a a m o st ra é re ti ra d a d a so lu
ra se c a r e m e st u fa a 1 0 5 ºC a 11 O ºC a té c o n ~ tâ n c ia de , arenit
se g u id a , c o lo c a d a p a
a te m p e ra tu ra J n b ie n te .
p e so . A p ó s a se c a g e m , a a m o st ra é e sf ri a d a a té
é
entre 0
a lt e rn a d a c o n st it u i u m c ic lo . o q u a l
O p ro c e ss o d e im e rs ã o e se c a g e m eo teor
repetido ~té o número desejado de ciclos. Geralmen - .
ciclos (Figura 6). Esse processo acelera a de . te, sao_ tomados etnco
simulando º. efeito do tempo. Após o números1:teg~açao da ~ostra,
frações maiores são examinadas qualitaf e ciclos desejado, as
identificar visualmente sinais de fendil~vamente, procurando-se
esmagamento, quebra, laminagem, etc. amento, desintegração ,

M1
~~~-- Solução, Peneira de
~ 17h, Tamb ~controle

Massa
perdida

Figura 6 - Ilustração do Ensaio de Durabilidade.

Tanto a fração graúda quanto a miúda são novamente pesadas, para


calcular-se a perda de massa em relação ao peso original de amostra retida
em cada peneira da série normal. O valor da durabilidade para a fração
graúda e miúda é dado pela média ponderada das perdas entre cada
peneira da série normal na fração, tomando-se como fator de ponderação
as percentagens retidas em cada peneira na análise granulométri ca
original.
A norma aconselha, ainda, que se misturem novamente os agregados
após o processo de desintegração acelerada e que se faça nova análise
granulométrica para se determinar a variação no "módulo de finura".

16.3.2.6 Cargas superficiais


Ao se fragmentar uma rocha, devido à sua estrutura interna, a superfície
do agregado tende a apresentar fracas cargas eletrostáticas , de acordo com
a natureza da rocha. Rochas vulcânicas ácidas, com teor de sílica (Si0 2)
acima de 65%, tendem a gerar agregados com cargas eletronegativ as;
enquanto rochas básicas (%Si02 < 55%), geralmente, são eletropositiv as
(SANTANA , 1993). São exemplos de agregados eletronegativ os: granito,
gnaisse, arenito e areias quartzosas. São eletropositiv os o calcário e o
basalto, entre outros. A Figura 7 mostra a relação entre a carga de algumas
rochas e o Leor dr sílica ou de álcalis.
IO 100

•.. Arenito ..
...• -
Basalto

1ôo eb io 1b
.
.Calc6.rlo
80
-
D la b ú lo

so 40 30 20 10 o
T e o r d e Alcalls %
gr eg ad os el et ro po si tiv os e el et ro ne ga tiv os .
Fi gu ra 7 - A

a d o in flu e n cia na ad erê n c ia en tre est e e o a g e nte


. A carga na sup e rfíc ie d o a g re g u sa m
a r ti c u la r m e n te im p o rt a n te q u a n d o s e
c im e n ta n te . I s s o é p e m c a rg as
, n a s q u a is o s g ló b u lo s d e a s fa lt o p o s s u
emulsões a s fá lt ic a s a n iô n ic a s ). A s
s c a ti ô n ic a s ) o u n e g a ti v a s (e m u ls õ e s
p o s it iv a s (emulsõe s e r m e d id a s c o m u m a p a re lh o
c a rg a s d o s a g re g a d o s e e m u ls õ e s p o d e m
c h a m a d o " Z e ta Meter"2.
r a d e p a r t íc u la s d e v á r io s t a m a n h o s
1 6 .4 M is t u
a n h o ra ra m e n te s ã o u s a d a s p a r a c o m p o r
P a r tí c u la s d e um m e s m o ta m u
d o v iá ri a o u u m c o n c re to (h id rá u li c o o
o c o r p o d e u m a te r r o , b a s e ro
s a c o m p a rt íc u la s d e m e s m o ta m a n h o
b e tu m in o s o ) , p o r q u e u m a m a s
r e s e n ta u m a b a ix a e s ta b il id a d e , is to é ,
d e ix a m u it o s v a z io s inte r n o s e a p
s o li c it a n te s . P o r o u tr o la d o , q u a n d o se
p o u c a r e s is tê n c ia a o s e s f o r ç o s
a tr a v é s d e u m a c a m a d a g r a n u la r , c om o
d e s e ja f a c il it a r o f lu x o d e á g u a
n a g e m , o s v a z io s s ã o n e c e s s á r io s e
n o c a s o d e p r o b le m a s d e d r e
c o m ta m a n h o u n if o r m e s ã o u ti li z a d o s .
m a te r ia is g r a n u la r e s

1 6 .4 .1 G r a n u lo m e tr ia
iv e r s o s ta m a n h o s d e g r ã o s n u m a m a s s a
O e s tu d o d a d is tr ib u iç ã o d o s d
é c h a m a d o d e a n á li s e g r a n u lo m é tr i c a .
d e m a te r ia is g r a n u la r e s
e r o c h a p o d e s e r m e d id o d ir e ta o u
O ta m a n h o d o s f r a g m e n to s d
s d e p e n e ir a m e n to e s e d im e n ta ç ã o . A
in d ir e ta m e n te p o r m e io d e e n s a io
a a o s f r a g m e n to s in d iv id u a is m a io re s
m e d iç ã o d ir e ta c o m tr e n a s e a p li c
d o p a r a a g r e g a d o s g r a ú d o s e m iú d o s .
q u e 7 5 0 m m . O p e n e ir a m e n to é u s a
e te r m in a ç ã o in d ir e ta d o ta m ,n h o d e
A s e d im e n ta ç ã o é u s a d a p a r a a d
p a r tí c u la s f in a s ( < O ,0 7 5 m m ) .
f o r n e c e a p r o p o r ç ã o rc la t' a , e m
A distribuição g r a n u lo m é tr ic a

2Ver Capítulo 14 - Determinação do potencial zeta


per cen tag em da ma a do fragmente om ~U -h if;
faixas gra n~ lo~ tric a • m relação ao peso tot-1 d _; s etDc d
A det erm ma ao da di trib uiç ão granulometr· a
agregados par a con cre to é
~tah'
normatizada pela 1Nl3rr pene amen(() jê
200 I ) . As pen eir as padronizadas têm aberturas quadraNMdas 248d (AB,Nrdã'
duas sen . , ·es · a ~ · I . . , sen o usa s
. en e nor ma e a sér ie mte rme di'ári e
a. 19 -
ompoem a sén e .
norma I as pene1ra com aberturas de: 76 mm 38 mm
4 .8 mm, -· ? 4 m
m, I ..,
·- mm . o •6
mm , O 3 mm'
e o 15 ,
mm mm , 9 ,5 mm ,
· d· ' · - ' , A ·
· s peneiras
interme t~n ~ sao u ada apenas para auxiliar na elaboraçã o da curva
gra nul om etn ca e com pre end em as aberturas de: 64 mm 50 32
,, 5
25 mm. 1..... mm e 6 .L.... mm. , mm, mm ,
Os lab ora tór io de Pav im ent açã o, de acordo com as normas ME 051
0?1:'fIT. 1994c) e M~ 080 (~N IT, 199 4d) , costumam usar as peneiras da
ser !ª A~'!'M (A ~e nc an S0~1ety for Testing and Materiais). As peneiras
mais uttl1zadas tem a seg urn tes aberturas (entre parênteses valores em
polegada ou a nu me raç ão# ): 50, 8 mm (2" ), 38 I mm (1 1/2:') 25 4 mm
(l" ), 19,1 mm (3/ 4'') . 9.5 mm (3/ 8") , 4,8 mm '(# 4), 2,0 9 m'm (# 10) ,
0,4 2 mm (# 40 ). 0,1 5 mm (# 100 ) e 0,0 75 mm (# 200 ). Pel a AB NT , a
abertura de ma lha das pen eir as das sér ies normal e int erm edi ári a foi
ade qua da ao pad rão int ern aci ona l con for me a nor ma NB R NM ISO
331 0-1 (A BN T, 200 4) Pen eir as de ens aio - Re qui sito s e ver ific açã o.
Parte 1: Pen eir as de ens aio com tela de tec ido me táli co

16. 4.1 .2 Cu rva s gra nu lom étr ica s


O res ult ado da aná lise gra nul om étr ica é mais fac ilm ent e int erp ret ado
gra fic am ent e com o aux ílio de cur vas gra nul om étr ica s, nas qua is as
ord ena das rep res ent am as por cen tag ens acu mu lad as pas san tes e__ a
abs cis sa mo str a a abe rtu ra das pen eir as ou o diâ me tro dos grã os em
esc ala log arí tm ica . No te- se que as abe rtu ras das pen eir as da sér ie
nor ma l ob ede cem a um a pro gre ssã o geo mé tric a de raz ão 2 e, por tan to,
ficam igu alm ent e esp aça das num grá fic o log arí tm ico .
Qu ant o à for ma d/ cur va gra nu lom étr ica , exi ste m vár ias
den om ina çõe s. Di z-s e qu e um a cur va é contínua qua ndo apr ese nta
par tíc ula s de tod os os diâ me tro s int erm edi ári os des de um val or mí nim o
(d0 ) até um val or má xim o (D ); apr ese nta m a for ma de um "S " sua ve e
alo nga do na ho riz on tal , . Em con tra po siç ão, diz -se qu e a cur va é
descontínua (ga p gra de d) se fal tar alg um a fra ção int erm edi ári a - nes se
caso , a cur va ten de a apr ese nta r um pat am ar ho riz on tal na fra ção
aus ent e . Um a cu rva é dit a un ifo rm e qu and o a ma ior par te das
par tíc ula s per ten ce a ape nas um a fra ção gra nu lom étr ica , co m d ~ O,5D.
0
Cu rva s un ifo rm es apr ese nta m um a for ma de int egr al J, ou um "S "
along ado na ve rtic al, e são típ ica s de agr ega do s do tip o "m aca da me ". A
Fig ura 8 ilu str a vá rio s tip os de cur vas .
A: Continua, bem graduada

B: Descont inua~
y,cc('(6@~

0,01 10 100
Diâmetro dos grãos (mm)

Figura 8 - Exemplos de curvas granulométricas.

Uma curva contínua pode ser razoavelmente aproximada por uma expressão
matemática do tipo:

d-d )n (Equação 7)
p(d) = o
( D-do

em que é "p" é a porcentagem acumulada passante na peneira de diâmetro " cf' , e


"n" é um expoente entre O e 1. Diâmetro máximo (D) é abertura da malha da
menor peneira na qual passam, no mínimo, 95% do material. O diâmetro mínimo
(d0 ) é abertura da malha da maior peneira na qual passam, no máximo, 5% do
material.
Uma curva contínua é dita bem graduada entre os limites d 0 e D quando as
frações menores existem em quantidade suficiente para preencher os vazios entre
as partículas maiores, propiciando o menor volume de vazios possível. Uma
curva bem graduada possui um expoente " n" em torno de O,5. Dentre estas
curvas, é famosa e bastante utilizada a curva de Fuller, em que d0 = O (ou a peneira
de 0,075 mm, para fins práticos):
0,5

p(d) = (_!!_)
Dmax
(Equação 8)

IG
Valores de n < O,35 indicam excesso de fi nos, e valores de n > O,55
indicam falta de finos. A curva de Fuller, além de bem graduada, é
também dita densa ou fechada. O termo fechado, nesse caso, se refere
à textura superficial da massa de concreto, a qual resulta mais \isa
quando há boa quantidade de fino s ( d 0 ::::0 ) e O,35 < n < O,55. Por outro
lado, diz-se que a graduação é aberta, resultando num.1 textura
superficial rugosa, quando não há fi nos suficientes (0 ,55 < n < O.75).
Uma curva é do tipo " macadame" quando é uniforme cün1 1, 0,5D e
n::::! ,O (DNIT, 2006a).
As vezes , é conveniente expressarem -se alguma~ caractc 1cas <la
curva granulométrica por meio de índices ..A..:.. d....
~.::..·,
quais se destacam: 011 pauuuetro , ' w l l ~ /ef
• módulo de finura: corresponde à soma das .
acum Uladas nas peneira · s da sene
, . normal dº ·did
percentagens retidas
que é interpr etado como o tamanho médi~ ;;1
d a :oriOO , n~mero
qual o materia l é retido - quanto mais grosso~ era o a p;neira ,na
o módulo de finura da curva (este parâmetro ~rbo atgrega o,dma1or
· fi caçõ d d as ante usa o nas
e~peci _ :s. e agrega os para concreto de cimento Portland)·
• dmzensao max1ma caracte rística· corresponde a' ab rt ·' 1
·r1 d ·
~m mi .~~tro, a malha da peneira da série normal ou e ura nomma ,
rnt~rm edtana, na. qual o. agregad o apresen ta uma percentagem
retida acumu lada igual ou imedia tament e inferior a 5% em massa·
• diâmet ro efetivo (dio): é o diâmet ro da peneira na qual 'a
percent agem passan te acumul ada é de t O%·
• diâmet ro médio (dso): é o diâmet ro da peneira na qual a
percen tagem passan te acumul ada é de 50%;
• coefic_iente de uniform idade (Cu): é definid o com a razão Cu=d /d ,
relaçao que expres sa o alonga mento horizon tal da curva 60 10

etro ''ih granulo métrica e, portant o, a "não uniform idade" da curva (areias
a lllaJha ~ com Cu menore s que 2 são conside radas uniform es);
tro'l!ÚJinJo • coefici ente de curvat ura (Cc): definid o com a razão Cc=
2
mo, 5%do (d 30) /d10,d60, é um coefici ente que detecta melhor o format o da
curva granul ométri ca e é usado juntam ente com o Cu para definir se
quando as um materi al é bem gradua do ou mal gradua do (uma areia, por
exemp lo, é consid erada bem gradua da se tiver Cu > 6 e 1 < Cc < 3).
azios entre Alguns desses parâme tros são usados em correla ções empíri cas,
íveJ. Uma outros são usados para especif icação de materia is granula res ou em
ntre estas sistema s de classif icação .
apeneira Um índice muito utiliza do em pavime ntação é o Índice de Grupo
(IG), que combi na a percen tagem de materia l passan do na peneir a# 200
(p200) e os limites de consist ência (LL e IP) da fração fina do materi al
de acordo com a expres são:

IG = O, 2a + O, 005ac + O, Olbd (Equação 9)


> 0.55
uada. é
e refere em que a= p 200 - 35, limitad o ao interva lo O< a_< _4 0; b = ~2oo - 15,
is Jisa limitado ao interva lo O < b < 40; e = LL - 35, limitad o ao interva lo
r outro O< e < 20 ; d = IP - 10, limitad o ao interva lo O <d< 20. Os limites de
textura consistência (Limit e de Liquid ez, LL e Limite Plastic idade, LP) são
o.75). determinados de acordo com as norma s ME 122 (DNIT , 1994e) e ME
~D
,- e 082 (DNIT , I 994f), respec tivame nte , e IP é o Índice de Plastic idade
dado por IP=LL -LP. O índice de grupo IG varia de O a 20, e valore s
próxim os a zero indica m a ausênc ia de finos plástic os.
.awv, ua,a forma que para uma fração granulométrica o~ uma amostra da
sã, ,alg uns índices físicos são usados para caractenzar o estado do
,.;u)&"'w.J!üo das partículas numa dada massa de mistura de agregados. Dentre os
~i.....

vários índices, citam-se os mais importantes: teor de umidade, absorção


massa específica dos grãos, porosidade e índice de vazios. '
A rigor, os conceitos físicos e as definições de umidade, absorção, massa
específica e porosidade são os mesmos para um conjunto de partículas de
diferentes tamanhos, para uma massa de partículas uniformes ou para um
único fragmento de rocha. Entretanto, para um conjunto de partículas, os
valores dessas propriedades refletirão uma espécie de média das propriedades
dos diversos fragmentos individuais. Em certas propriedades, prevalecem os
valores dos agregados graúdos e, em outras, as propriedades dos agregados
miúdos.

16.4.2.1 Ma ssa esp ecíf ica


A mas sa esp ecíf ica (real) dos grãos de uma mis tura de agregados é
fun dam enta l par a a dos age m de concretos betu min oso s, emb ora seja de pouco
uso em con cret os de cim ento Por tlan d. A amo stra de agre gad os é divi dida em
dive rsas fraç ões . A mas sa esp ecíf ica de uma mis tura de partículas de
agr ega dos ( Yn) é calc ulad a pela média:
J
Ym - - - - - - (Equação 10)
P, + P2 + ... + Pn
Y1 Y3 Yn

em que Yi e Pi são a mas sa esp ecíf ica e a perc enta gem retida par a cad a fração
individual.
Um a gra nde za mai s util izad a é a mas sa esp ecíf ica apa rent e dos agregados
(ref erin do- se à mis tura ), tam bém des igna da de mas sa unit ária na dos age m de
con cret os. A mas sa unit ária é defi nida pela rela ção entr e a mas sa do con junt o de
agr ega dos e o vol um e que ele ocu pa, incl uind o os todo s vaz ios perm eáv eis:

(Eq uaç ão 11)

Essa grandeza pode ser determinada em laboratório com os agregados


soltos ou compactados de acordo com a norma NBR NM 45 (ABNT, 2006).
Em campo, a massa específica aparente dos agregados é determinada pelo
método do Frasco de Are ia de acordo com a norma ME 092 (D NIT 1994g) .
A ma ssa esp ecí fica apa ren te pod e ser calc ula da par a qua lqu er ~itu açã o de
um ida de des eja da (tot alm ent e sec a, sec a ao ar, nat ura l úm ida , satu ra la, etc .).
16.4.2.2 Porosidade e índice de vazios
A quantidade relativa de vazios num dado vol de •
paro.sidade (n) ou pelo índice de vazios (e). A~=g;io s é ~ d a ~
volume ocupado pelos vazios (V") e o volume ocu a relaçao entre o
a!!(egados ( V); ao passo que o índice de vazios é apareldo i:or toda a amostra de
- · (v ) I d açao
vaz.ros , e o vo ume ocupa o apenas pelas partículas sólid d entre o volume de
Como ( V= V,.+ V.s)• essas grandezas são relacionadas entre s1· asd e agrerdgados (V.J.
, eaco o com:
V
n _-!:.. . e -J-:, e
V • - · n--
V. · l+e (Equação 12)

Aj'°ro:i~de é. ge~me,nte. expressa em percentagem e é sempre menor que


100 .e. O mdice de vazios e, geralmente, expresso como um número decimal.
J6A23 Absorção e teor de umidade
A abso:_ÇãO de água J?Clos agrega~os !em.a mesma definição que a apresentada
na Equaça~ 2. O e~s~o de absorçao e feito apenas com agregados maiores e
agregados representara uma media da absorção das várias faixas constituintes da mistura. A
ejade absorção~ mistura de partículas é dada pela média ponderada das absorções de
dividi~ cada fraçao:
artícuJas:
(Equação 13)

uação 10) em que~ e Pi são a absorção e percentagem retida para cada fração individual.
Enquanto a absorção mede a quantidade de água na condição saturada seca
superficialmente (SSS), a umidade (w) mede a quantidade de água na condição
real. O teor de umidade é obtido pesando-se a mistura de agregado no estado
cada fração úmido (MJ e, depois, no estado seco (MJ após 24 horas em estufa:

agregados
osagem de (Equação 14)
[~nj~to de
ave1s: O teor de umidade é expresso em percentagem e é normatizado pela ME 196
(DNIT, 1998c) para agregados graúdos e pela ME 213 (DNIT, 1994h) para solos.
Também há outros procedimentos para obtenção rápida da umidade em campo,
como o método do Speedy, normalizado pela ME 052 (DNIT, 1994i).

gregados 16.4.2.4 Superfície específica do conjunto d~ partí~ulas ,, .


?006). A superfície específica do conjunto de partículas e dada pela media ponderada
ad; pelo das supetfícies específicas para cada fração granulométrica:
1994g).
1 (Equação 15)
ação de - (p1Se1 + p?S·"'
Se = -100 - ~-
+ · · · + p"Sª")
a. etcJ
em que a superfície específica para uma fração entre duas peneiras de
Os índices físicos de massa un itá ri a, po ro si da de e ín di ce de va zi os sã o
de certa forma, medidas da compaci da de do ar ra nj o de to da s as pa rtí cu la ~
sólidas de uma mistura de ag re ga do s. A ss im , a °:1 i~ t~ ra se rá tã o m ai s
co m pa ct ad a qu an to mais pr óx im a a m as sa un 1t an a fo r da m as sa
específica dos grãos, ou qu an to m en or fo r a po ro si da de e o ín di ce de
vazios. Essas grandezas de fi ne m o es ta do at ua l de co m pa ci da de da
m is tu ra . M ed id as re la ti va s de co m pa ci da de po de m se r ob tid as
co m pa ra nd o- se o es ta do atual co m os es ta do s ex tr em os qu an do a m is tu ra
es tiv er no se u estado mais fo fo ('Ymi n ou em a,) ou m ai s de ns o ('Y ma x ou em in) .
A de ns id ad e re la tiv a de um a m is tu ra de ag re ga do s po de se r au m en ta da
pe lo pr oc es so de compact aç ão m ec ân ic a. E m ag re ga do s úm id os , es sa
co m pa ct aç ão po de se r fe ita po r im pa ct o, es m ag am en to ou vi br aç ão ,
ut ili za nd o- se ge ra lm en te ro lo s co m pa ct ad or es ou ou tr os eq ui pa m en to s
ap ro pr ia do s no ca m po . E m la bo ra tó ri o, a co m pa ct aç ão é ge ra lm en te
re al iz ad a po r im pa ct o, utiliza nd o um pi st ão co m um a m as sa pa dr ão o
qu al ca i de um a de te rm in ad a al tu ra vá ri as ve ze s so br e um a am os tr a. Em
co nc re to de ci m en to Po rt la nd fres co , re al iz a- se o "a de ns am en to " po r
meio de vi br aç ão .
A co m pa ct aç ão do s ag re ga do s so lto s é co nt ro la da pe lo te or de um id ad e
da m is tu ra e pe lo ní ve l de en er gi a de co m pa ct aç ão ut il iz ad o. O te or de
um id ad e fa ci li ta o pr oc es so de co m pa ct aç ão at é ce rt o va lo r ót im o ( w 01
),

pa ra o qu al se at in ge um a m as sa es pe cí fi ca ap ar en te se ca m áx im a ( "Y dm a,J .
Pa ra te or es de um id ad e m ai s el ev ad os , pa rt e da en er gi a de co m pa ct aç ão
ág ua no s po ro s , ob te nd o- se va lo re s m ai s
pa ss a a se r ab so rv id a pe la
ba ix os de m as sa es pe cí fi ca . A Fi gu ra 9 m os tr a um a cu rv a de co m pa ct aç ão
te or de um id ad e no ei xo da s ab sc is sa s
tí pi ca ob ti da em la bo ra tó ri o, co m o
e a m as sa es pe cí fi ca ap ar en te se ca no ei xo da s or de na da s .
A en er gi a de co m pa ct aç ão (E ) em la bo ra tó ri o de pe nd e do pe so (P ) do
tu ra de qu ed a (h ) . do nú m er o de go lp es do
pi st ão ut il iz ad o, de su a al
de ca m ad as (N ) de co m pa ct aç ão . H á
pi st ão po r ca m ad a (n ) e do nú m er o
ad os em or de m cr es ce nt e de en er gi a:
tr ês ní ve is pa dr on iz ad os , de no m in
ct or In te rm ed iá ri o (m ét od o B ) r Pr oc to r
Pr oc to r N or m al (m ét od o A ), P ro
co m pa ct aç ão Pr oc to r é pa dr on iz ad o.
M od if ic ad o (m ét od o C ). O en sa io de
se gu nd o a M E 129 (DNIT, 1994j).
Peao(P),;
Linhadu
aú.~frn11
alturadequedah
', D golpes porC8IJllda
Ncamadu '
''
Modificado (C) ' E• n.N.P.h
'' y

Nonnal (A)

Wot Umidade(%)
Figura 9 - Esquema do ensaio de compactação.

Em_ campo, a energia de c~'!1pactação é controlada pelo peso dos rolos,


pressao dos pneus (se pneumat1cos), freqüência de vibração (se vibratórios)
e número de passadas. A norma ME 092 (DNIT, 1994g) fixa as diretrizes
para controle de compactação de obras rodoviárias. Para uma dada energia,
define-se Grau de Compactação como a relação percentual entre massa
específica aparente seca medida no campo ('Yd campo) e a massa específica
aparente seca máxima ('Ydmax) medida em laboratório, como mostrado na
Umidadé equação a seguir:
teor de
mo (wOI), GC = Yd campo .100
a ('ydinu,), (Equação 16)
Ydmaidab
pactação
res mais
pactação 16.4A Estabilidade e estabilização
rbscissas
16.4.4.1 Estabilidade
fo (P) do Uma massa de partículas granulares, submetida a esforços externos, fica
sujeita a esforços normais e cisalhantes atuantes em um plano qualquer
~lpes d~
ção. ~a passando pelo seu interior (Figura 10) para que satisfaça às condições de
energia: equilíbrio. A menos que os esforços externos sejam isotrópicos (isto é ,
proctor iguais em todas as direções) , sempre haverá planos onde as tensões
nizado, cisalhantes atuantes ( 'T8 ) internamente serão não nulas . Portanto, a massa de
partículas deve exibir certa resistência ao cisalhamento ('T r), de modo a não
se romper ao longo deste plano. Isto é, a condição para que não haja ruptura
é que 'T3 < 'Tr. A maior ou menor proximidade da condição de ruptura, ou
estabilidade, é medida por um fator de segurança (FS) contra a ruptura por
cisalhamenlo dado pela relação:
(Equação 17)

Tensões Na ruptur a
internas (o;r) (Mobr -Coulo mb):
em equilfbrio: "rup - e + atgq,

Figura 10 - Condição de estabilidade e critério de ruptura de Mohr-Coulomb.

Dessa forma, um FS= l ,O significa que o material está na iminência de ruptura,


enquanto que um FS-2 ,0 significa que o material ainda resistirá a tensões
cisalhantes duas vezes superiores à que está submetido no momento. O FS não
pode ser menor que 1,0, pois isso implica que o corpo já teria rompido.

16.4.4.1.1 Resistência ao cisalha,mento


A resistência ao cisalhamento ao longo de um plano no interior de um corpo
puramente granular é basicamente friccionai, isto é, deve-se ao atrito interno entre
suas partículas. Para um bloco que desliza sobre uma superfície rugosa qualquer,
a força de atrito (f) é proporcional à força normal (N), e a constante de
proporcionalidade é o chamado coeficiente de atrit o(µ) , ou seja, f µN. O mesmo
ocorre quando se consideram duas porções de um material granular deslizando
uma sobre a outra. Nesse caso, o coeficiente de atrito (µ) é expresso como a
tangente de um ângulo (µ=tgcp), sendo <!> chamado ângulo de atrito interno.
Dividindo as forças de atrito (f) e normal (N) pela área (A) em que estão atuando,
obtêm-se as tensões: norm al (a) e cisalhante (T) e a equação de resistência ao
cisalhamento de um material pura men te granular é dada por:

(Equ ação 18)

Portanto, a estab ilida de de um mate rial gran ular su.1e 1to a um 1;: sforç o
exte rno depe nde, basi cam ente , de seu âng ulo de atrit o inter no ( <\>). () .:ngulo
de atrito inter no é funç ão prin cipa lmen te da rugosida<le ou textu ra f icial
das partí cula s e do grau de inter trava men to o u imbr icam cnto 1 re as
-r:,. - e+ a.tgq, (Equação 19)

16.4.5 Propriedades me
cânicas
As propriedades mec
compactado, como um ân icas mais relevantes de um m
aterro ou uma ca aciço de agregados
relacionada s co m sua re mada de base granul
sistência ao cisalhamento e com ar, estão
sua deformabilidade.
16.4.5 .l Resistência ao
A forma mais apro p C isalhamento de Agregados
riada de medir resistênc
en aio que p rm itam o ia ao cisalhamento é po
bter diretamente os par r meio de
âmetros de resistência d
e Mohr-
·am, a coesão (e) e O ângulo de atrito<<!>>· Em solos e agregad0s
1Pldl,,....,,,..,,.....,,ente comum realizar ensaios desse bpo, como, por exemplo
..õ aé Cisalhamento Direto e O Ensaio Triaxial (HEAD, 1986). Entretanto'
dimensões dos equipamentos e O nível de tensões exigidas geralmen~
dificultam ou inviabilizam esses ensaios para agregados graúdos e enrocamentos.

16.452 Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR) . .


A medida de "resistência" mais comumente utilizada para o d1mens10namento
de pavimentos rodoviários e aeroportuários que empreguem solos ou agregados
britados em suas camadas é O índice de Suporte Califórnia - ISC (ou CBR _
Califomi~ Bearing Ratio - sigla em inglês, que é mais utilizada). . .
O ensaio de CBR é normatizado na ME 049 (DNIT. 1994k). Imc1aJmente, é
de,te?ID11a~a a curva de compactação para a energia desejada, molda~do-se no
1D1mmo cmco corpos-de-prov a em umidades diferentes. Para cada umidade, ou
mais freqüentemente apenas para a umidade ótima. o corpo-de-prova compactado
é deixado em imersão em água por quatro dias. para medir-se sua expansão. Esta
é dada pelo aumento percentual na altura do corpo-de-prova, devido à saturação
e eventual presença indesejável de minerais expansivos.
Após o período de imersão. o corpo-de-prova é levado para uma prensa
padronizada. onde um pistão penetra a uma dada velocidade (1 ;2..7 mm/min) em
contato com uma certa área (A) na uperfície da amostra. Registram-se as forças
(F) e as penetrações (d) ao longo do ensaio de modo a traçar uma curva de pressão
(p=F/A) versus penetração (Figura 11).

Força (F)
Pressão: FIA

1 1
' _,

CBR; maior entre


100.pl
_ 100.p2
_.;;;..-=- e _ __,;;;,_:;;.. Amostra
7,0 10,5 compactada

2,54 5,08 Penetração (mm)

Figura 11 - Ensaio de Índice de SuJX>ne Calif6m1.i <COR)

Após eventuais correções na curva, se necessário e de acordo l:O nonna.


determinam-se as pressões p1 e p2, necessárias para penetra õe d mmt:
CB R- Picm•dlt1o> .100 ou CB R- p 2<-uo>.100
P1cpa,1r&>> P2cpo1Ha>

o valor de CBR. ~ expres~o em percentagem e não raramente excede 100%


caso o agregado utthzado seJa de melhor qualidade do que a brita ·d c1a'
- A -d
padrao. pressao e re1erencia para a b"nt a padrão é 7 ,O kN/m2 para aco nS ie ra
.i:. -- •
pe ne traçã o
de 2,54 mm e,,10_,5 kN/m2 para a penetração de 5 ,08 mm.
Há controver~1~ s~bre que m~dida de "~e~istência" o CBR expressaria devido
ao modo de solic1~açao, o qual e um~ espec1e de punção. Além do mais, não se
trata de um ensaio de ruptura, e sim um índice de pressão para uma dada
deformação, portanto, uma medida de "deformabilidade".

16.4.5.3 Deformabilidade dos agregados


Medidas de deformabilidade são fundamentais para se prever o
comportamento de aterros. Nesse tipo de obra, o carregamento, majoritariamente
devido ao peso próprio , é estático. Outras medidas de deformabilidade, sob
condições de carregamento dinâmico e cíclico, são necessárias para caracterizar
o comportamento dos agregados e dimensionar estruturas de pavimentos
(rodoviários, aeroportuários ou ferroviários) com métodos mais racionais, ditos
"mecanísticos".
(F) O parâmetro de deformabilidade mais utilizado para rochas e concretos é o
são:F/A Módulo de Elasticidade. Infelizmente, materiais granulares não coesivos, como
agregados e enrocamentos, têm comportamento altamente não-linear. D es sa
forma, não existe um "módulo de elasticidade" único, mas vários módulos qu
e
dependem dos níveis de tensão confinante (dada pela tensão principal menor, cr
3)
e dos níveis de tensão desvio (dada pela diferença entre as tensões principal mai
or
e menor, crd=cri-cr3), atuantes em "c ad a ponto" do maciço. D es sa maneira, o us
o
de um módulo de elasticidade secante requer a definição de um ponto co
m
tensões "representativas" daquelas atuantes em m éd ia no maciço. Valores
de
módulos po de m se r obtidos em laboratório a partir de ensaios triaxiais estátic
os
com diferentes níveis de tensão confinante. A in da assim, a determinação
em
campo ou em laboratório desses módulos de elasticidade é um tanto questioná
vel
e está fora do alcance deste liv ro .
Para carregamentos cíclicos, o material tende a se co m po rta r elasticamen
te
após vários ciclos de ca rr egam en to e descarregamento, co m o é típico do es fo
rç o
gerado pe lo tráfego em pa vi m en to s. N es se ca so , o m ai s apropriado é utilizar-s
eo
chamado Módulo de Resiliência (M R) , cu jo en sa io é pa dr on iz ad o pe la no
rm a
ME 131 (DNIT, 19941). O m ód ul o de resiliência é obtido em ensaios triaxiais
~l.U ilr cco d ilín'dr ico é su bm eti_do a vá
nfirio s cic los de
- rpo- e-prova e diferenteS ten so es co na ntes ( cr ) e
:ç,;....,.-n" · d
;a..u,,....uenc1a e 1
Hz para terial tra r 3
~

veis de tensão desvio (c rr a1-a3). Após O ma en na 1 ase


ô\Módulo de Resiliência é definido como:
(E qu aç ão 21)

em que Bc é a deformação axial elástica ou recuperável. , .


Ainda que o módu lo de res iliê nc ia se ja um mó du lo el ~t ic o, tra ta- se de um a
grandeza altamen te nã o linea r, de pe nd en do tan to da s ten so es co nf ina nte s co mo
das tensões desvio. Vá rio s mo de los nã o lin ea res po de m se r en co ntr ad os na
literatura; atualm en te, há um a ten dê nc ia, no Br as il, de se ad ota r um mo de lo mi sto
do tipo:
(Equação 22)

em que k 1, k 2 e k 3 sã o pa râm etr os do s ma ter iai s. M ed ina e M ot ta (2 00 5) dis cu tem


várias dessas relaçõe s e of ere ce m alg un s va lor es da s co ns tan tes pa ra alg um as
britas utilizadas no Brasil.

16 .4 .6 Propriedades hidráulicas

Em pr ob lem as en vo lv en do flu xo , dr en ag em , fil tra ge m e inf ilt raç õe s, é


fundamental o conhecim en to da s pr op rie da de s hid ráu lic as do s ag reg ad os ,
misturas ou conc ret os en vo lvi do s. A pr inc ipa l pr op rie da de hi dr áu lic a de um
mater ial é su a co nd uti vid ad e hid ráu lic a ou pe rm ea bil ida de (k) .
A permeabilidade é um a co ns tan te qu e ex pr es sa a pr op or cio na lid ad e en tre a
velocidade de fluxo (v) e o gr ad ien te hid ráu lic o (z) , de ac or do co m a lei de Da rcy
(v=k.z). Es sa co ns tan te me de a fac ili da de co m qu e a ág ua pe rc ol a atr av és do s
po ro s do material. A de ter mi na çã o da pe rm ea bi lid ad e po de se r fe ita em ca m po ou
em laboratório.
Em bo ra haja procedimentos be m de fu úd os pa ra a de ter mi na çã o de pe rm ea bil ida de ,
essa é a grandeza de engenharia co m ma ior fai xa de va ria çã o. O va lo r do co efi cie nte
penneabilidade é alt am en te de pe nd en te do vo lum e de va zio s do ma ter ial . Se u va lor
pode variar de 100 cm /se m ag reg ad os gr aú do s até 10 -8 cm /so u me no s em arg ila s.
Na ausência de ensaios e no ca so de are ias pu ras pa ra dr en ag em , é co m um ad ota r-
se a fónnula empírica de Hazen, se gu nd o a qu al:

(Equ ar ão 23)

em qu e C é um co ef ici en te qu e va ria en tre 10 0 e 15 0. dm é o di âtn et r fetivo


(p ar a o qu al pa ss am 10 % da s pa rtí cu las em pe so ) em ce nt im etro k é a
pe rm ea bi lid ad e em cm /s.
t6.5 Agregados para pavimentação'

Pavimentos rodoviários9 aeroportuários ou fe no vi ãn os wt,po to (Wiv.)jfâ


estrutu~al, são ca'l}a~as de. m~ter~ais construídas apôs a fert'apJagem e que
se, destmam a res1st1r e d1stnbmr ao subleito os esforços produzidos pelo
trafego. Po r terraplanagem entende-se todo O conjunto de operações de
movimentação de terr~ .e r~chas, visan_do a conformar a superfície do
terren~ _com as espec1f1caç~es do proJeto geométrico de uma via. A
supef!1c1e do terrapleno é o leito, e todo o maciço abaixo dela é chamado de
suble!tº: O suble1to é, portanto, a fundação de um pavimento, não se
const1tumdo em uma parte ou camada do pavimento propriamente dito.
16 5.1 Pavimento rodoviário

Um pavimento rodoviário sempre tem uma camada chamada de ba se , a


qual é o principal componente estrutural que recebe as cargas do tráfego,
absorve as tensões e transmite os esforços às camadas inferiores em valores
compatíveis com su a resistência. A camada de base pode ser composta de
materiais granulares não coesivos ou materiais granulares aglutinados po r
algum agente cimentante. Os materiais granulares utilizados são solos
naturais, ag re ga do s, ou uma mi stu ra de ste s, ate nd en do a ce rta s
especificações. Eventualmente, por motivos econômicos, a camada de ba se
pode se r di vi di da , e a porção inferior, de menor qualidade, é ch am ad a de
sub-base.
Para que um a rodovia se ja considerada pavimentada, su a superfície de ve
ter coesão su fic ien te pa ra resistir aos esforços horizontais do tráfego. Pa ra
tal fin ali da de , po de -s e ut ili za r uma ca ma da ad ici on al, ch am ad a de
de entre a revestimento . Es sa ca m ad a pode se r flexível, constituída de co nc re to
. de Darcy asfáltico, ou rígida , co ns th uí da po r placas de concreto de cim en to Po rtl an d .
avés dru A Fi gu ra 12 ilu str a a es tru tu ra típica de um pavimento rodoviário.
campoou
Superflclc do terreno original
abilidade,
oeficiente / Corte
(tcrrnplenagem)
seu valor NlvcJ
de água
argilas.
adotar· ' \

'
Maciço '
Dreno "'
---
l·irurn 12 Componentes típicos na estrutura de um pavimento rodoviário.

' Ver também C'upít11I,, 15 <·1111, relo As fál ti; deste livro e Capítulo 42 - Pavimentos viários e p~sos
indus~~s de
concreto cln Jiv111: ISAtA , <; < (ed .J Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. São Paulo, lnstltu
to Bras1lerro do
Concreto, 00'i.
1
tos rígidos, as pl ac as ~ e co nc re ~ _têm ta nt o a fu nç ã? ~e
to a função estrutu ra l pr in ci pa l de re sist ir ao s es fo rç os ve rti ca is
tb , a placa de concre to te m as fu nç õe s de re ve st im en to e ba se ,
sente diretamente no subl ei to ou so br e um a c ~ a d a de su b- ba se .
de m el ho ra r a ca pa cida de de su po rte do
s..se caso, a camada de sub-base, além su bl ei to
ev it ar a sa íd a de fi no s do
uõleito, serve principalmente para _m ~d a de
tre as ju nt as da s pl ac as de c~ nc re to . A ca
(bombeamento) pelo espaço en co ns titm da de
sub-base, na maioria dos casos, é gran ul ar , po de nd o ta m be m se r
). .
concreto compactado a rolo (CCR da s em pa vr m en taçã o
Portanto, grandes quantidades de ag re ga do s sã o ut ili za
es de ba se s e su b- ba se s gr an ul ar es e co m o
rodoviária como partes constituint ag re ga d? s
fle xí ve l. E m to do s o~ ca so s, os
camadas de revestimento rígido ou ge nh ar ia .
to às su as pr op ne da de s de en
devem atender a certas especificações quan
se e ba se ro do vi ár ia . , .
16.5.l .l Agregados nas camadas de sub-ba xa m a s1 st em at ic a
As especificações ES 301 e ES 303 (D N IT , 19 97 e, 19 97 f) fi
ito s pa ra os m at er iais co nc em en t~ ~ pa ra
de execução, bem como os requis hz ad as
em su b- ba se s e ba se s es ta b1
emprego, respectivamente, 4
ou em
m ad iç ão de ca l ou ci m en to
granulometricamente. Bases e sub-bases co ca pí tu lo .
çõ es e nã o se rã o ab or da da s ne st e
concreto constam de outras especifica E S 30 1
es ta bi liz ad a gr an ul om et ri ca m en te , a
Quanto ao material de sub-base
(DNIT, 1997e) fa z as se gu in te s ex ig ên ci as pr in ci pa is :
lo s, m is tu ra s de so lo s, m is tu ra s de so lo s e
• os constituintes podem ser so
materiais britados, es có ri as ou pr od ut os to ta is de br ita ge m ;
up o (I G ) ig ua l a ze ro , o qu e im pl ic a a au sê nc ia
• o material deve ter índice de gr
de finos plásticos (argila); s,
) de ve se r co ns tit uí da de pa rt íc ul as du ra
• a fração retida n a # 10 (2,0 mm
at er ia l or gâ ni co ou ou tr as su bs tâ nc ia s
isentas de fragmentos moles, m
prejudiciais;
SC ou C B R ) de ve se r su pe ri or a 20 % e a
• o Índice de Suporte Califórnia (I
pa ct aç ão m ét od os B ou C , co nf or m e M E 12 9,
expansão inferior a 1,0% (com
m e M E 04 9, D N IT , 19 94 k) .
DNIT, 1994j; e C B R co nf or
li za da gr an ul om et ri ca m en te , a E S 30 3
Quanto ao material de base estabi
(DNIT, 1997 f) fa z as se gu in te s ex ig ên ci as pr in ci pa is :
ra s de so lo s, es có ri a, m is tu ra s de so lo s e
• os constituintes sã o solos, mistu
materiais britados ou pr od ut os pr ov en ie nt es de br it ag em ;
fa ix a es pe cí fi ca (A a F ) de ac or do co m o
• granulometria en qu ad ra da nu m a
ar a te r as fa ix as d is cr im in ad as );
tráfego es ti m ad o (v er a n o rm a p
a le ve , o C B R de ve rá se r su pe ri or a 60 %
• para rodovias de tráfego m od er ad o
er gi a de co m pa ct aç ão Pr oc to r
e a expansão no m áx im o 0,5 % co m a en
Intermediária (M ét od o B , M E 12 9, D N IT , 19 94 j) :
o C B R de ve rá se r su pe ri or a ,% , e a
• pa ra :o do vi as de tráfego pesa do ,
or M od if ic ad a (M ét od o (' E 12 9,
energia de co m pa ct aç ão se rá a P roct
DNIT, 1994j);

4 sunto, ver Capítulo 27 - Solo-cimento e solo-cal.


Para mais detalhes sobre o as
• 0agregado retido na# 10 (2J) mm) ddv$ -~~~
e resisten te • ise~tas de fragmentos motes, afongacki ou a c b ~
isento de matéria vegetal ou outras substâncias prejud:ici · o
desgas te Los Angele s ME 035 (DNIT. 1998b) não :!~erâ
ultrapa ssar a 55%.

16.5.1.2 Agregados na camada de revestimento asfáltico


Existe~ d!ferentes tipos de mi~tura entre agregados e materiais betuminosos
para const1tmr a_ camada de re~est1ment~ flexível. Os materiais betuminosos são
tratad~s no Cap_1tulo 42 deste hvro e ~s tipos de mistura asfáltica no Capítulo 45.
Cada upo d~ rmstura t~m s~~s especificações e tecnologias particulares. Os dois
tipos ~e m1stu~ mais utrhzados no Brasil são o Concreto Asfáltico (ou
Betuminoso) Usmado a Quen_t~ (CAUQ ou ~BUQ) em rodovias de tráfego
pesado e os tratamentos superf1c1es duplos ou simples (TSD e TSS) em casos de
rodovias com tráfego médio a leve.
A principal especificação dos agregados para a camada de revestimento
asfáltico é quanto à sua granulometria. Nos concretos asfálticos (CAUQ), a
oranulometria dos agregados deve ser enquadrada em certas faixas
w-anulométricas, dependendo do tráfego. Para tráfego pesado. as faixas mais
comuns são a "C" e a "B". A faixa "C" é a mais bem graduada de todas, com um
diâmetro máximo D= 19 mm (3/4"), diâmetro mínimo d :::0 e um expoente "n" em
0
tomo de 0,5, portanto, próximo à curva teórica de Fuller. A faixa "B" tem
granulometria um pouco mais aberta. Ambas as faixas pressupõem uma mistura
de agregados graúdos e miúdos para o perfeito enquadramento das curvas
a ªUSêncà granulométricas.
Da mesma forma que para a camada de base. é possível. por razões
ulas duras econômicas, dividir-se a camada de revestimento asfáltico em duas (ou mais): a
ubtância, camada inferior, geralmente de menor qualidade. é chamada de camada de
ligação ou binder; enquanto que a mais superficial é chamada de camada de
a 20%ea rolamento.
e ME 129. A norma ES 031 (DNIT, 2006b) fixa as especificações para agregados miúdos
1994k). e graúdos para uso em concretos asfálticos usinados a quente. Os materiais
ES 303 constituintes do concreto asfáltico são: agregado graúdo, agregado miúdo,
material de enchim ento (fíler) e ligante asfáltico. Todos devem atender às
e solos e especificações aprovadas pelo DNIT.
A norma ES 031 (DNIT, 2006b) estabelece que o agregado graúdo deve
com 0 atender às seguintes características:
0
• pode ser pedra britada, escória , seixo rolado preferencialmente britado ou
as):
outro materia l indicad o nas Especificações Comple mentare s;
ora 60CJ
proctor • desgaste Los Angele s igual ou inferior a 50% (ME 035, DNIT, 1998b) ;
• índi ce de for ma superi or a 0,5 (ME 086, DNIT, 1994a );
• du rabilid ade : perda inferio r a 12% (ME 089, DNIT, 1994b) após
cinco ci clos.
Para o agrega do m iúdo, a ES 031 (DNIT, 2006b) estabe lece as
seguintes características :
• pode ser areia, pó-de-pedra ou uma mistura de ambos, ?u ou~ ~!teriat
indicado nas Especificações Complemen~ s, as partí,..cul~ md!v1duais
devem ser resistentes e livres de torrões de argila ou substancias nocivas;
• o equivalente de areia deve ser igual ou supe~or a 55% ~ 054? J?Nrr,
1997c). A ES 031 (DNIT, 2006b) especifica ronda as seguintes exigencias
para o filer (material de enchimento): .
• quando da aplicação, deve estar seco ~ 1sent~ de grumos;
• ser constituído de minerais finamente divididos, tms como crmento Portland,
cal extinta, pó calcário, cinza volante, de acordo com a norma EM 367
(DNIT, 1997g);
• deve atender à seguinte granulometria (ME 083, DNIT, 1994m): 100%
passando na# 40 (0,42 mm). 95-100% passando na# 80 (0,18 mm) e 65-
100% passando na# 200 (0,075 mm).
A composição da mistura de a!!feoados graúdos, miúdos e fíler deve ser nas
o o d f.
faixas "A", "B" ou "C'". descritas na ES 031 (DNIT, 2006b), sen o a mxa "A"
exclusiva para a camada de ligação (binder), a faixa "B" para camada de ligação
ou de rolamento e a faixa "C'' para a camada de rolamento.

16.5.1.3 Agregados na camada de revestimento rígido


A norma PRO 054 (DNIT. 2004a) descreve os procedimentos para estudo de
traços e ensaios para caracterização de materiais para pavimentos rígidos. Essa
norma fixa que a dimensão máxima do agregado graúdo deve ser de 1/5 a 1/4 da
espessura da placa de concreto e nunca superior a 50 mm, portanto, limitado à
brita 3 no máximo.
A Especificação de Material EM 037 (DNIT, 1997h) apresenta os requisitos
exigidos para a produção e recepção de agregado graúdo para emprego em
concreto de cimento Portland destinado a obras rodoviárias. As principais
exigências são:
• Composição (Exame Petrográfico ABNT NBR 7389-2: 2009): minerais duros.
duráveis e limpos, sem substâncias que afetem a hidratação do cimento,
proteção da armadura ou durabilidade;
• Material Deletério (Ensaio de reação álcali-agregado): ausência de materiais
deletérios;
• Granulometria (ME 083, DNIT, 1994m): de acordo com tabela especificada
na norma;
• Torrões de argila e partículas friáveis (NBR 7218 , ABNT, 2010):
- concreto cuja aparência é importante:< 1%;
- concreto submetido a desgaste superficial : < 2%;
- demais concretos: < 3%;
• Material pulverulento (ME 266, DNIT 1997d): < 1 ,O% cm peso:
• Materiais carbonosos (ASTM C 123, ASTM, 2004):
- concreto cuja aparência é importante: < 0,5% ;
- demais concretos: < 1%;
.e
ntlnet·~ ·~
bidrataçã§),
• Material Del.eté11:fiH1
materiais d e l e t é r i os ;,.-,,::::
,.-:er;r.~
• Oranulometria ( M B
especificada n a n o r m a
1 > '8
- peneiras d a s é r i e no :
rmal: de OJ)l
- não deve p o s s u i r m
ais de 4 5 % pass
retido n a s e g u i n t e ;
- Módulo d e F i n u r a e
n t r e 2,3 e 3 , 1 , sem v._
mesmo m a t e r i a l ; ........ ,..."!!!'
• Torrõ<?s d e a r g i l a
• Matenal pulverulent ( N B R 7 2 1 8 , AB , 2 0 O
o ( M E 2 6 6 , D IT, 1997d); ,
- concreto submetido
a desgaste superfici
- demais concretos: < al: < 3 J ) % · '-""i!-~i=t'f,:il,)1~-l
• Materiais carbonoso 5 % ; :~~
s (ASTM C 123, AST
- concreto c u j a aparê M, 2004):
n c i a é importante: < 0
- demais concretos: < .5%;
• Impurezas o r g â n i c a 1 % ;
s (Ensaio colorimétri
não d e v e a p r e s e n t a r s c o ME 0 5 5 , D N I T , 1
o l u ç ã o m a i s e sc u r a q u 995):
contrário, fazer e n s a i e a solução padrão; ca
o d e q u alidade; s o
• Ensaio de q u a l i d a d e
( r e s i st é n c i a a c o m p r e
1987d): r e s i s t é n c i a e s s ã o , N B R 7 2 2 1 , AB
m c a d a idade s uperio NT,
argamassa padrão; r a 85% d a o b t i d a c o m
a
• Durabilidade ( ME
0 8 9 , D N IT, 1 9 9 4 b):
i m e r s ã o - s e c a g e m em perda em cinco cicl
~olução d e s u l f a t o d os de
i n f e r i o r a 10%. e sódio ou magnésio

16.6 Agregados p a r a estr


utu ras de contenção
Os agregados são matcrh
ií '> extremamente comun
estruturas de contcnçã<, s na execução de obras d
, J>odcm ~ r utílí'l.ados e
propriame nte d ita ,,u fa na confecção d a estrut
ze rem parte de compone ura
drenagem ou fu e,' . A H ntes destas, como sistem
gura 13 aprc ~nta algum as de
as estruturas de contenç
ão
(a) Muro de concreto.
parede de concreto grampo
tirante
, projetado /
/
' /
',

pareci~

-
1
{e) Parede atirantada. {d} Solo grampea do.
Figura 13 -Algumas estruturas de contenção típicas.

16.6.1 Agrega dos para execução de estruturas de contenção

Existem diversos tipos de estruturas de contenção, e a maioria delas envolve


algum tipo de utilização de agregados. Nas estruturas com componentes em
concreto armado, o agregado miúdo deverá consistir de areia natural, formada
unicamente por grãos de quartzo (GEORIO, 1999). O agregado graúdo deve ser
constituído de pedra britada oriunda de rocha sã. Seu emprego deve ser feito
com a mistura em proporções convenientes, obedecendo às prescrições
estabelecidas quanto ao traço e às granul ometri as dos materiais. As
propriedades dos agregados devem obedecer às especificações da norma NBR
7211 (ABNT, 2009) e devem ser armazenados separadamente, isolados do
terreno natural por assoalho de madeira ou camad a de concreto magro
(GEORIO, 1999).
A pedra-de-mão para utilização em concreto ciclópico deverá ser oriunda de
rocha sã, com qualidade idêntica à exigida para a pedra britada t < agregado
graúdo. As pedras devem ser isentas de incrustações nocivas e t dimensão
máxima inferior a 30 cm e serem menores que a metade da dim > mínima
do elemento _a, ser construído.
A água utilizada para concretagem não deve cõ .
aos agregados. Os limites de matéria orgânica 1:!e~dsubstlil~1as agtessi~as
cloretos e açúcar devem obedecer aos estabele' 'd 8 uos sólidost sulfatos,
(ABNT, 2007). ci os na nol'1l)a NBR 6118
Algumas obras de contenção utilizam concreto ·

~:;:~~ac:~~~;
estrutura ou para revestimento superficial do maci proJetado como face da
utilizada deve ~ser. formada ~~r pedregulhos naturai~

=
O
bri~ a Jer
de rochas estaveis, com d1ametro máximo do agregado . fi . a, o~n as
(GEORIO, 1999). _Iss.o possibil~ta se obter uma superfíciera~~:~~~~!nte
e de forma a se evitar segregaçao durante o processo de bomb Ap .
· d . . eamento. areia
de~e t~r ongem e q~artzo ou artificia)' proveniente do britamento de rochas
estave1s e teor de. unudade entre 3% e 7% em caso de processo de jateam t
de concreto por via seca (ABNT, 2005). °
en
Nas estru:°ras de.contenção do tipo muros de gabiões, devem ser utilizados
pedra-~e-~ao ou ~~1xos rolados. Recomenda-se que as pedras-de-mão tenham
procede?cia ~arut1ca. O_pes? específico da estrutura em gabiões, depois de
preenchida, nao deve ser mfenor a 17 kN/m3 • Devem ser excluídos os materiais
com baixo peso específico ou que se fragmentem com facilidade (GEORIO,
1999).
Na construção de revestimentos para canais, barragens de terra e escadas
dissjpadoras, podem ser aplicados colchões do tipo Reno. Esses colchões são
estruturas retangulares caracterizadas por sua grande área e pequena espessura,
fabricados com malha hexagonal de arames. Quando instalados e cheios de
pedras, os Colchões Reno se convertem em elementos estruturais drenantes de
alta flexibilidade . Quando da utilização de colchões Reno, recomenda-se que a
camada de pedras seja compacta e com peso específico não inferior 20 kN/m3
(AGOSTINI et al. , 1985).
as envolve
16.6.2 Agregados para dispositivos de drenagem interna de estruturas de
r?entes em contenção
~, formada
~o deve ser Os agregados são utilizados em drenos e filtros de obras de contenção, com
e ser feiro o objetivo de facilitar a saída da água do maciço e manter a estabilidade interna
rescrições , da estrutura. Para um filtro funcionar a contento, é necessária transição
~riais. As 1

granulométrica adequada entre materiais no filtro e a compatibilidade deste


rma NBR com o solo de base, como esquematizado na Figura 14. Os agregados,
~lados do particularmente as areias e britas, podem ser utilizados na confecção de
o magro dispositivos de drenagem, chamados de barbacãs, e de colchões drenantes de
estruturas de contenção, como mostrados na F igura 15. Podem ser agregados
·undade compostos ou não, contendo pedregulho natural ou britado. Devem ser
grega~º formados de partículas resistentes e duráveis, limpas e isentas de finos, ~~téria
'JJlensao orgânica e substâncias agressivas que possam comprometer a sua durab1hdade
1cnfní111a ou desempenho .

..
transição
granulométrica solo base
4 +

Figura 14 - Transição granulométrica em um filtro .

barbacã
/

colchão drenante

tubo perfurado

Figura 15 - Sistemas de drenagem típicos em obras de contenção.

Segundo a GeoRio ( 1999), os agregados utilizados como elementos


drenantes devem apresentar desgaste inferior a 50% no ensaio de
abrasão Los Angeles e perdas inferiores a 10% no ensaio de
durabilidade , em face do sulfato de sódio, após cinco ciclos.
O material filtrante também deve ser composto de elementos durávei
e sua granulometr ia estabelecida de forma a atender aos critério de
filtro para o solo de base. A espessura do filtro não deve ser inferior a
20 cm, para construção manual, ou 45 cm no caso de utilização de
máquinas (GEORIO. 1999).
A composição granulomét rica do material de filtro deYe er
estabelecida de forma que o sistema mantenha sua permeabi lidade
elevada e a capacidade de retenção dos grãos do solo de ba~e. O Quadro
3 e o Quadro 4 apresentam, respectivamente, as condiçõe 3 erem
atendidas quanto às característic as granulométr icas de 1nateriai~ de
filtro e os valores típicos de coeficientes de permeabilid ade
mca par a mat eria l filtr ante de menos subtenilneos con stru ído s com tub os P0l'Osos de
concreto (GE OR IO, 1999).

Percenta em em massa, an do %
mm
100
95 -1 00
45 -8 0
10 -3 0
0,15 2- 10

Especificaçõ es e rec om en da çõ es ad icion ais so br e sis tem as de dre nagem


podem ser encontradas na s no rm as ES 01 5 (DNI T, 20 04 b) e ES 01 6/2 00 4 (D Nf r,
2004c) e em Ge oR io (1 99 9) e Ge rsc ov ich e Co sta (2 00 4) .

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