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Materiai de Consttução Civil e Princt'paoa de

c;eraJdo Cechella lsaia (Organizador/Editor)


20 10 IBRACON. Todos direitos reservados.

Capítulo 30

Produtos de Ciment o Portland


.lndré Tavares da Cunl,a Guimarães
fundação Universidade Federal de Rio Grande

Fema11do A11to11io Piaut1 Rece11a


Pontifícia Universidade Católica

Fema11da Macedo Pereira


Universidade Luterana do Brasil

30.1 Introdução

As primeiras peças construídas com material que pode ser


considerado como o precursor do concreto armado. assim conhecido
nos dias de hoje , envolviam pequenos volumes de uma argamassa.
Eram pequenas e permitiam o manuseio por apenas uma pessoa,
constituindo- se , portanto, em artefatos de cimento pré-moldado s.
Outra preocupação tão antiga como o próprio material residia em
reduzir seu peso, tanto que o prédio que hoje abriga o MARGS
(Museu de Arte do Rio Grande do Sul) apresenta pilaretes formando
umbrais pré-moldado s em concreto produzido com agregados leves.
Infelizmente, esses agregados apresentavam minerais que, com o
tempo , desenvolvera m reações expansivas . Com isso, fez necessária a
realização de intervenções reparadoras de monta, passados 80 anos da
construção do edifício .
Jean-Louis Lambot, apresentou oficialmente o primeiro artefato de
cimento armado: uma pequena embarcação, na França, em 1850
(Carvalho e Rocha, 2003, p . 23), construído com material identificado
na época como "ferrocimen to" ou cimento armado.
Dois barcos com aproximadam ente 3,60 m de comprimento , 1,20 m
de larguia e espessura de argamassa armada entre 25 e 38 mm foram
retirad , rfo fundo do lago da fazenda de Lambot em 1955 (Figura 1)
(HAN l ! 92, p. 19).
Figura 1- Um dos barcos de Lambot no Museu de Brignoles (HANAI, 1992, p20).

Mesmo a técnica sendo pouco usada, Lambot solicitou . a patente e


expôs seu barco de concreto na Exposi~ão ~niv_ersal de Pans , em_ 1855.
Joseph Monier, que era comerciante e pa1sag1st~, mteress~u-se pelo Clffie~to
armado, pois tinha problemas de conservaçao de caixas de madeua
(CARVALHO e ROCHA, 2003, p. 14). Depois de conhecer o barco de Lambot
na feira de Paris, Monier começou a executar caixas, vasos e outro
equipamentos de jardins de cimento armado. Estes foram os primeiro
artefatos de cimento produzidos em escala comercial de que se têm notícia,.
1,~um ., · Ami1
Monier também patenteou outros artefatos de cimento armado inclu ive tubo.
(Figura 2) (CARVALHO e ROCHA, 2003, p . 14).
,~º inicio da décad~ de 1930, já havia no Brasil a comercializa ção 1t' J,i ~lll 19
vanos a.rtefatos de cimento , conforme anúncio da R evista A Ca a em
1931 (Figura 3) (CARVALHO e ROCHA , 2003, p. 66).
1.'im~nto. NL•:
~squisa dt·
~·onl't~to til'

Figura 2 - Tubo de M . .
on1cr proJetado em 1867.
U.P. UISILBII R PltlltTII C1
CIIEl11111111
ESCRIPTORIO,
'
Rua dos Ourlve1, 88
Tel, 4-3144-Calxa poat, 1924
PABRICA,
Delpdo da Carvalho, 100
. (Larro 2 ª, feira)
PEÇAM CATALOGO

Figura 3 - Anúncio de artefatos de cimento na Revista A Casa, em 1931 (CARVALHO e ROCHA , 2003 ,p. 66).

. Já em 1942 havia, no Brasil, a preocupação com a durabilidade de artefatos de


cunen.to. Nesse ~o, ~ Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo publicou
pesqmsa de Molinan (1942) sob o título "Informações sobre o cimento e 0
concreto de tubulões expostos à água do mar".

30.2 Artefatos de cimento

Sob o título "artefatos de cimento" abrigam-se indistintamente os materiais


produzidos tanto com concreto como com argamassa, em suas várias
apresentações , sempre empregando como aglomerante principal o cimento
Portland. Seria difícil criar uma classificação dos artefatos conhecidos em função
das características específicas de cada situação ou de cada variação do material
que, em sua essência, é o mesmo. Assim, esses produtos a base de cimento
poderão ser produzidos tanto com concreto como com argamassa, considerando
e~ta um tipo particular de concreto produzido sem agreg.ado graúdo. Deve ~er
amda ler r do O cimento amianto, já que as peças produzidas com esse matenal
também ._,m ser classificadas como artefatos de cimento (ver Capítulo 31 -
4

Prod.utc F brocimento) . A pasta, constituída de cimento e águ~, tem utilização


restrita endo considerada neste texto. Todo aglomerado de cimento Portland
que atendam às

'lõcos vazados de concreto para alvenaria


Os blocos vazados de concreto são classificados, quanto ao u ~· em blocos
com função estrutural (classes A, B ou C) e blocos sem .funsao estrutural
(classe D - alvenaria de vedação). Os parâmetros de. ace1taçao dos bloc~s
vazados de concreto simples para execução de alvenaria com ou ~em funçao
estrutural são estabelecidos na NBR 6136 (ABNT, 2007), a 1m como a
normalização dos matérias a serem utilizados, as condiçõe de execução, as
dimensões e suas tolerâncias e os ensaios necessários para ua aprovação.
Esses materiais apresentam vantagens, como a pos ibilidade de
modulação, evitando desperdícios e perdas, e permitem a execução das
instalações de dutos praticamente sem a necessidade da realização de rasgos
na alvenaria.
As primeiras edificações realizadas com blocos vazado de concreto com
função estrutural foram, possivelmente . construções executadas em 1966.
em São Paulo, com quatro pavimentos. Em 1972. foi erguido o Condomínio
Central Parque Lapa.~ constituído de quatro bloco com 12 pavimentos
(RAMALHO e CORREA. 2003. p. 5). Posteriorment e, o Edifício ~luriti. em
São Jo~é dos Campos. !~i_ergui~o com 16 andares (COÊLHO. 1998. p. 15).
Poss1velmente. o edifício ma1s alto atualmente con truído em alvenaria
estru1?™ (ver Capítulo 30), com blocos vazados de concreto. é o Hotel
E~c~b~r, em _L~ Vegas. Trata-se de uma edificação com quatro torre
p~cpai~ c~nstitu1da de 28 pavimentos executados com bloco de concreto cu ·a
res1stencia a compressão é de 28 MPa (RAMALHO e CORRÊA. 2003. p. -l).J

30.2.1.1 Materiais
O _co?creto utilizado para execução dos blocos v . d ~ d .
const1tu1do de cimento Portland a d , u1a os e\ e er
utilizados aditivos adições ou i ~e;~~fªd os e agua. podendo ainda er
comprometa_m a q~alidade dos ~~cos. ' esde que esses componente: não
Os matenais empregados na produ ã d
especificações brasileiras e a dimens;-- ç o .os blocos de, ('m .itender às
não deve ultrapassar a m;tade da ao ~áx1ma caractcnsticu dt) agregado
menor espessura da parede do hloco . ...
30 .2 .1 .2 Execução
Os blocos devem ser produzidos e , , .
concreto homogêneo e compacto t d cdurados de (orma a ohtt·r-. , um
A Figura 4 mostra um exemplo' ªden f en o às carnct , · ·t·
q~e, após a mistura dos materiais ªbt
b . , l: t ts tca~ dt· tll rm
nca!ão de hlnco . . dt· u,11 rcl J c m
vibração (vibro-prensa) sobr~ 'is ocos sao moldado . . po1 1.. ,Hlll •
submetidos à cura. ase removível . SL'ndn pn~terh 1h.'
(a)
(b)
Figura 4 - (a) Fabricação e (b) Cura de blocos vazados de concreto (gentileza de Artefatos de Cimento Pedro
Osório - ACPO-RS).

30 .2.1.3 Qualidade
Os b~o~os vazados_ de co?creto devem atender aos requisitos de resistência
caractenstlca, a~sorçao de agua e retração linear por secagem, especificados
conforme a classificação quanto ao uso, com ou sem função estrutural.
Para os blocos de concreto para alvenaria com função estrutural a resistência
característica deve ser maior ou igual a 6,0 MPa, 4,0 MPa ou 3,0 MPa para as
classes A, B ou C, respectivamente. Os blocos para alvenaria sem função
estrutural devem apresentar valor de resistência característica superior ou igual a
2,0 MPa.A absorção de água média e a retração linear para ambos os tipos de
blocos deve ser menor ou igual a, respectivamente, 10% e 0,065%.
Além desses requisitos, os blocos devem apresentar arestas vivas, sem trincas,
fraturas ou outros defeitos que prejudiquem a qualidade da construção.

30.2.1 .4 Dimensões
Os blocos são designados conforme a dimensão nominal por M20, M15,
M12,5, MlO e M7,5, correspondendo à largura de 190 mm, 140 mm, 115 mm, 90
mm e 65 mm, respectivamente. Suas dimensões permitem modular as paredes de
forma a evitarem-se desperdícios.

30.2.1.5 Ensaios
A inspeção dos blocos de concreto, incluindo a formação de lotes, ida~es de
controle e ensaios é estabelecida na NBR 6136 (ABNT, 2007). Os ensaios de
verificação dos blocos de éoncreto r~comendados_ na n:ferid~ no~a. são
resistência à compressão, análise dimensional, abs~rçao de agua, area líqmda e
retração linear por secagem, os quais devem ser re~lizados de acor~o com a NB~
1211 8 (ABNT, 2010). Para blocos aparentes tambem deve ser realizado o ensaio
de penneabilidade, de acordo com aASTM E 514 (ASTM, 2009).
30.2 2 t Materiais . cimento Portland ou cimento
~drilhos hidráulicos são prod~zt~~~ c~:Vet com a espessura da peça, ~m
branco e agregados de granulometnl f: bdcação com cimento branco P:rmite
geral de baixo módulo de fin~~·. da maior rendimento na obtençao de
emprego de pigmentos, poss1bilitan o
diferentes colorações.

30.2.2.2 Execução . "d , li é um procedimento realizado com uso


A produção de ladrilhos hidra~ cos considerado um processo artesanal
intenso de mão-de-obra, po en o ser
(Figura 5). ,. . fi ai d ladrilho da quantidade, das cores e da
Dependendo da aparencia n ° ' d ,, ·
l drilh s hidráulicos podem ser produzidos em c~a . a umca com a
textura, orais ad o sas de cimento Portland ou em multtplas camadas,
cor natu as argamas '
sofisticando O processo e, evidentemente, elevando o c?s!º·
o molde naturalmente poderá ser complexo quanto a nqueza de detalhes que
se deseja obter na peça pronta, sendo, em geral, _c?mpost~ P?r fund? com o
desenho em relevo ou liso, a lateral e a tampa que rra ~o~pnmrr o lad~o.
Quando a peça deve apresentar acabamento mais liso e~ cor umca ou
colorações diferentes, inicialmente é colocada m!1a pasta de cnnento ou uma
argamassa com areia fina pigmentadas ou não (Figura 5c). Sobr~ essa cama~a
que constituirá a face do ladrilho, é colocada uma argamas.sa de cunento e areia
de consistência seca que constituirá·o substrato da peça (Figura 5e).
Para execução de ladrilhos com mais de uma cor, após a fixação do fundo à
lateral, é colocada uma grelha formando desenhos (Figura 5h). Nas diversas
divisões da grelha, são colocadas pastas com as cores desejadas.
Em peças mais completas, antes da colocação da argamassa de substrato, é
possível empregar uma argamassa dita "secante", muito seca, que tem como
finalidade fixar as pastas de cores diferentes, impedindo a mistura e,
conseqüentemente, a inutilização da peça (Figura 5d). h~ tipo
E_m se~ida, é co!oca~a a tampa, que r epresentará o papel de êmbolo. Esse '"lqi1llllca, é I
conJunto e submetido a prensagem, que poderá ser manual mecânica ou f!artcida com
automatizada _de acionamento hidráulico, para promover O adensamento da ªPasta cor
argamassa (F~gura 5f). O ladrilho é desmoldado imediatamente após sua
pren~agem (Figura 5g). A cura do material deverá ser tão eficiente quanto
danificar
poss1vel, podendo ser empregado qualquer processo conhecido.
contrári
~tan~
ta) \lq a
·As l:
Figura 5 - Fabricação de ladrilhos hidráulicos a) fundo do molde sendo lubrificado, b) montagem da lateral,
c) colocação de pasta de cimento ou argamassa com areia muito fina, d) colocação da argamassa secante,
e) regularização da argamassa de substratato após sua colocação, f) prensagem após colocação da tampa,
g) ladrilho desmoldado logo após a prensagem, hJ molde com maiores detalhes cm relevo.

. Outro tipo de lajota utilizada atualmente, e muito parecida com a lajota


hidráulica, é mostrada na Figura 6. Essa lajota é moldada manualmente de forma
parecida com os JadriJhos hidráulicos. Em moldes plásticos, inicialmente coloca-
se a pasta com cor, deixando curar por um tempo que não fique muito mole para
não dani t,.:ar com o lançamento da camada de concreto, nem seque muito, pois,
caso cc I á:io, após curada, irá se soltar da camada de concreto. A seguir é
c?n~ret a segunda camada; o fundo será a face sup~ri,.<>r ~o piso (Fi.gura 6,
direita , jotas só são desmo ldadas após obterem rcs1stcnc1a nccessána.
Figura 6 - Lajota fabricada manualmente em fônnas plásticas (gentileza de ACPO-RS)

30.223 Qualidade .. _
A fabricação de ladrilhos hidráulicos deverá penmtlr a obtençao de peças ~ue
atendam aos requisitos especificados na NBR 9457 (AB!IT, 1986) ~m" en~ruos
realizados para a determinação do teor de absorção de agua, da res1stencia ao
desgaste por abrasão e do módulo de ruptura à flexão.
O valor médio da absorção não deve ultrapassar 8%; a resistência ao desgaste
por abrasão não deve ser superior a 3 mm em 1000 m; o módulo de ruptura à
flexão médio não deve ser inferior a 5 MPa e o valor individual a 4,6 MPa. As
tolerâncias quanto às dimensões são para mais ou para menos 10% na espessura
e 0,2% na largura e no comprimento.

30.22.4 Dimensões
E~ geral, o ladrilho hidráulico apresenta forma quadrada com
aproXImadamente 20cm, 25cm ou 33 cm de lado, seguindo a recomendação da
NBR 9459 (ABN'!', 1986). No entanto: existem no mercado peças de argamassa
e concreto ~!11 ?ifere~tes formas e dunensões que são avaliadas conforme as
mesmas exig~nc1as feitas na NBR 9457 (ABNT, 1986), por inexistência de
normas específicas.

30.2.2.5 Ensaios
Os ~nsaios d~ ~ontrole dos ~adrilhos hidráulicos devem ser realizados com base
0
i;~~todos utilizados para pisos cerâmicos, disponível na NBR 13817 (ABNT.
1

3023 Granilitas

Granilita ou granitina é o nome dado a t' . .


empregado para revestimento d . b um tpo especial de m1cr mcrcto
e pisos, ancadas, degraus de escada~ ,ras e
parapeitos de uma maneira geral, podendo ..
fundido no local, passando por um ter outras utilizações. Nommt1Jmdld
polimento. A superfície torna-se bri~ :so de acabamento que inclui :é
empregado, podendo também ser empreg da com a exposição do agregado
a na forma de placas.
30.2.3.l Materiais
Este microconcreto pode ser obtido com ai .
de regra, é obtido a partir do emprego de ci~u qu~r tipo de cimento Portland. Via
o agregado empregado, chamado de gran·: to dranco,. com ou sem pigmentos.
acabamento do material. É escolhido fund~ a, etemunará o padrão final de
função do efeito estético desejado e'é sem r=~~n ~e, por sua c?l~raçã_o em
material fino ou qualquer outra impureza. 0 ~nei ne iciado para eliminaç~o de
do tam~ o dos grãos, garantindo a homog eneida ~:n~~ g~:1~ n:iregulandade
Poderao ser empregados agregados de qual u tu pe · ·
que apresentem condições de serem utilizadoi :~;a reza ~neral ógica desde
Assim, poderão ser empregados agregados de na~r:grzaeggaranº~tparadconcret~.
d d " · · ,, , 1 1ca, os quais
eco~e O no~e ~ granitina .' marmore ou basalto, mais comumente. No
revest1dmento_ . e, pisods submetidos à abrasão, é preferível empregarem-se
agrega os ong1nar1os e rochas de boa resistência mecânica.

30.2.3 .2 Execu ção


A granitina pode ser molda do ~o loc~ ou aplicado sobre uma peça previamente
executada em concre to convencional. E possível produzir a granitina de forma
convencional, em betoneiras. O material é aplicado sobre a base e polido
pessurn im~diatamente após a obtenç ão de uma resistência suficiente ao esforço de
polimento sem quebras e arrancamentos, mas não elevada a ponto de dificultar o
polimento.
Em outra técnica , é aplica da sobre a superfície o material sem a granilha numa
espessura de 10 mm a 20 mm. Em seguida, aspergida a granilha, pré-misturada
no caso de serem empre gados agregados de tamanhos e cores diferentes, de
maneira unifor me. A granilh a é levemente alisada, e a superfície do material é
u~onn izada com desem penade ira de aço. Quando o. material apresentar a
re~1stência adequ ada, é iniciad o O mesmo process? de polimento, manual ou com
maquina polido ra com O auxílio de abrasivos npo carborundum ou pedras na
fonna de discos.' A gradua ção do abrasivo vai sendo alt~rada em . ordem
decrescente até O empre go de um material,muit~ fino para final1~ar o pol~e nto.
Essa segund a técnic a permite a incorporaçao de ~m~ quantidade maior de
graru·lha por uni'd ad e d e supe rf;1c1·e , possibilitando var1açoes no aspecto final do
material.

30.2.3.3 e, e
alaced,o pereira
'ãltJ17JJ Rêcena e F. u~·
~m, f;.~. r,

ura devem ser procedidos de


0 adensamento e ª e é necessário para não
e •b:n~:thldos a. O adensame;~ garantir a estabilidade de
8!111:! falhas e vazios; e a cura, ~o e evitando a contaminação
~, i:atºocorrênc ia de tiss~::;:~ m O produto.
V.w ~'.
por suJettaS ou ma teriais que possam

. _ e ado como acabamento nos


302.3.4D1Dle~oe~ material que pode ser e~Jr~ião de dimensões. A única
~or ~e tratar :pos de peças, não há esl>fc 1
-i
a esse aspecto refere-se à
mms difere~tes ue de ser feita com re aça material é empregado no
recoi:n~~da~:o d~ od6rrerem fissuras quando r~recomendável modular a área
poss1~ilidato de superfícies extensas. Sempre se espessura desse revestimento,
revesttmen . ompatível com a 2O nfo
?
a ser revestida de ~ane1~ c m distâncias inferiores a 1 m a ' m, co rme
fonnando juntas de dil~taçao co to e a espessura do p1so. , . -
0 ambiente ao qual o piso será expos . nh relacionado as cond1çoes de
ld d t''m seu tama o
As ~ças pré-mo a ~ ecomo à facilidade de aplicação.
manuse10 e ao transporte, m

30.2.3.5 Ensaios ncreto ou uma argamassa. O controle


f
o material poderá se~ ~tado como um ~cimento de parâmetros de referência
de produção
, está
. " · condic1on_ado oªº estabe
câruca s mesmos cn·te'n'os de durabilidade devem ser
quanto a res1stênc1a m.e · 1h ao que é considerado para o concreto.
aplicados a esse _matenal em s~t~e ~~~ão ser avaliadas em analogia às normas
As peças produzidas com graru ma po
referentes a materiais similares produzidos em concreto ou argamassa.

302.4 Blocos para pavimentação

Blocos de concreto para pavimentação são elementos P:é-moldados co1;1. forma ,como em!
geométrica regular, destinados à pa~i?1entação _de vias urbanas, panos de
estacionamento ou similares, com reqms1tos precoruzados na NBR 9781 (ABNT,
1987). ,
A utilização de blocos de concreto pode ser adotada como alternativa viavel de
pavimentação e apresenta vantagens, como baixo custo de manutenção. rápida
liberação do tráfego, boa superfície de rolamento, variadas possibilidades de
ordem estética, além da facilidade de colocação, já que não é necessário o
emprego de mão-de-obra especializada.
As peças para pavimentação, uma vez adequadamente assentadas, comportam-
se como uma camada flexível, em função da capacidade de transmissão de carga
superticiais pelo atrito entre as faces laterais, que determina o intertrc1\ ,1rncnto
entre os elementos e confere estabilidade à camada de rolamento.
_Diverso.s são os fo~a.tos de peças de concreto disponíveis para pa, im ,ação.
Sao pre!endas, pela fac1hdade de produção, transporte e montagem. a, p • com
d1mensoes menores, as quais podem ser facilmente carregadas com ap uma
Figura 7 - Peças de pavimentação do tipo (a) "UniSlein"; (b) "Duplo r· e (e) "Holandês" (gentilei.a de TECMOLD
lnd. e Com. Ltda - RS).

30.2.4.l Materiais
~ esco~a dos mat~riais par.a confecção de blocos de concreto para
pav1mentaça? deve segurr as especificações da NBR 9781 (ABNT, 1987), em que
são estabelecidos os mesmos materiais e recomendações sugeridos para os blocos
vazados de concreto.

30.2.4.2 Execução
Para a fabricação de blocos de concreto para pavimentação, destacam-se os
processos que utilizam as vibro-prensas (Figura 8), as quais apresentam
vantagens sobre outros tipos de equipamentos, como as mesas vibratórias. As
vibro-prensas apresentam compactação hidráulica, além de vibração,
possibilitando a obtenção de produtos finais com melhor desempenho, como
superior resistência ao desgaste e acabamento superficial, em relação aos
produtos obtidos utilizando-se mesas vibratórias.
Blocos de concreto podem ser produzidas tanto com máquinas de pequeno
porte, como em grandes unidades automatizadas de produção em massa.

a viável
ção, rápidJ
·dades
il1 . o de
.,cessár1°

. tação tipo Unistein (gentileza de ACPO-RS) .


. F, bricação de blocos para pavimen
B[):S~4S.f~üâlidade . ão constituem a camada de suporte do
o.s blõCOS de concreto para pavim en: do diretamente o efeito mecânico de
tráfego a que estarão subme: ,~~sd:~ ~ p:vimen to a ser executa do, além de ser
~stre s e veículos. A dura. 1 ª ção pressupõe que as peças de concreto
função de um adequado pr~Jeto e execu ,
apresentem quali~ade cond;~n Je· é necessário que as peças de pavimentação
Para a garanti~ da qua t a e brasileira NBR 9781 (ABNT, 1987), a qual
atendam às especificaçges .da ;o~acirculação de veículos comerc iais de linha
estabelece que peças. ;~~i:ac::acterística à compressão não inferior a ~~ MPa.
:::~J~~~:::; 0
re;~~v~r tráfego de veículos
de abrasão, não deve ser mfenor a 50 MPa.
especiais, ou grandes solicitações
. .
As peças não devem apresentar defeitos que preJudiquem o assenta mento, a
durabilidade e a estética do pavimento. A forma e o tam~o das peças devem ser
mais uniforme possível, a fim de garantir um adequado mtertra vament o entre as
0
faces laterais e uma superfície de rolamento plana.
meios
30.2.4.4 Dimensões
Conforme a NBR 978 J (ABNT , 1987), os blocos de concret o para cialm
pavimentação devem apresentar comprimento máximo de 400 mm, largura mente,
mínima de 100 mm e altura mínima de 60 mm. mente
A altura das peças normalmente varia entre 60 mm e 100 mm em função das 10b).
solicitações do tráfego. No caso de tráfego leve (calçadas, pequen os logrado uros, ós um
entre outros), é possível a utilização de peças com 60 mm de altura, podend o-se
utilizar corantes (Figura 9). Para locais com tráfego de veículo s comerc iais, a
altura mínima da peça deve ser 80 mm. Já para áreas submet idas a tráfego pesado,
como zonas portuárias, industriais ou urbanas, a altura recome ndada é de 100 mm
(ABCP, 1998, p. 19).As variações máximas permiss íveis entre as dimens ões
nominais e as reais da peça não devem ser superiores a 3 mm no compri mento e
largura e a 5 mm na altura.

ri

Ap·
u igura l
ªPtad
ntes : Par
lllbra. ~ se
nto P i
Ort
Figura 9 - Blocos de concreto colorido (gentileza de ACPO-RS).
,O 2.4.5 Ensaios
. Â NBR 9781 (ABNT , 1987) d _.,. __
obtenção de amost~ as de um lote de filo
0
submet idas a ensaio s, bem como os 'Cl'it'ério
rejeição d? lote. . " .
0 ensaio de res1ste nc1a à compr essão e a detertnina i d
dimens ões das peças devem ser realiza dos de acordo com a R 97 o
(ABNT, ~ 987). . " .
o ensaio de reSiste ncia à compr essão é realiza do de forma imilar a
corpos -de-pro va de concre to.- A p~ça deve ser capead a com argama a
de enxofr e com espess ura inferio r a 3 mm. A re i tência obtida
dividin do-se a carga de ruptur a pela área do corpo- de-pr a
multip licando -se pelo fator "p", confor me a altura da peça en aiada:
0,95 , 1,00 e 1,05 para altura nomina l da peça de 60 mm O mm e 100
mm respec tivame nte.

30.2.5 Meios-fios

Os meios -fios podem ser execut ado manua lmente .


prefer encial mente em fôrmas metáli cas, ou em máqui na .
Manua lmente , pode-s e utiliza r fôrma para desmo ldar o meio -fio
imedia tament e, tanto para meio-f io reto (Figur a IOa). como e ~ cur a
(Figura 10b). També m há fôrmas para desmo ldagem po, tenor. em
geral após um dia (Figur a 10c) (ABCP , 1983. p . 3).

(a} (e)

Figura 10 - Fôrmas para meio fio: a) reta para desfo~ a unediªta • b) curva) para de fômta imedi:it:l. ~) l\'t:l par'J.
A •

desfôrma postenor (ABCP, 1983 • p. 3 ·

,, . de fabri car peças de pa,·in1t·n~o .


A Figura 11 mostra uma maq~i naf or vibraç ão e compre:: ao.
1
adaptad a para confec cionar meios- ~s Pf.os devem er --uraJt, : 3
A d ·t dos os meios- 1 .. -
ntes de serem epos1 a , ução do meio,' -tH. : : at,
som bra . Os maten.a1s. empregado ,, s para exec
ciment o Portla nd, agrega dos e agua .
Figura 11 - Fabricação de meio-fios (gentileza de ACPü-RS).

30.2.6 Telhas
Telhas podem ser produzidas com diversos materiais, inclusive com
aqueles que empregam O cimento Portland, bem como argamassas,
concretos e cimento amianto, nos mais variados ta1;1anhos e fo_ri:nas, desde
unidades pequenas com dimensões semelhantes aquelas venficadas ~as
telhas cerâmicas até em elementos estruturais em concreto protend1do
(consultar TERZIAN, 2009). São abordadas, neste texto, as telhas de
pequenas dimensões. . . . , .
A NBR 13858-2 (ABNT, 1997) estabelece os reqms1tos ex1g1ve1s para o
recebimento e aceitação de telhas de concreto destinadas à execução de
telhados.

30.2.6.1 Materiais
Telhas de concreto são produzidas com cimento Portland, agregado e água,
podendo conter ainda pigmentos, aditivos ou adições. Normalmente, o material
empregado para sua confecção é uma argamassa produzida com agregados de
módulo de finura baixo, com reduzida quantidade de água. O emprego de
pigmentos permite a obtenção de telhas de cores variadas.

30.2.6.2 Produção
As telhas de concreto são produzidas através de conformação por
compac~ação ou por extrusão. Podem ser fabricadas em grande quantidade
por eqmpamentos de alta produtividade com processos de adensamento
sempre_ associados_ à prensagem de grande capacidade. A argamassa,
produzida º:~essanamen te de forma muito homogênea , é depositada sobre
formas metahcas e prensadas a partir de um êmbolo capaz de tr~ 1 mitir o
esforço uniformemen te em toda a u rft
de uma das faces da telha, norrnabn~t ~ da P~9&, o q
acabamento por perma~ecer a vi ta no t Ih Jpenor, a qual"requer
Normalmente , esse tipo de peça a re a º· .
detalhes, os quais permitirão, po teri~rrn:nta uma n~ueza muito grande de
a obter um telhamento uniforme e princi ~te, 0 encaixe das peças de forma
de encaixes, saliências, frisos e curvatu~as":tente e~tanque. As quantidades
agregado fino na argamassa. A cura como etermmam o emprego de um
cimento Portland, deverá ser proc~d·d d em qualquer ag}omerado de
oarantindo a obtenção plena das caract~rt!1st· ª m~lh_or maneira possível,
o tcas ex1g1das do material.
30.2.6.3 Qualidade
A qualidade do produto final está condicionada à d d
, f' ·" · d ·
e a e 1c1enc1a o equipamento utilizado devendo t osagem a argamassa
t · d à
,. . .
suas caractenstica s operac1ona1s.. . O raço es ar aJusta o s
Os parâmetros de qualidade e tão apresentados na NBR 13858-2
(ABNT,,. ~009)., de~end? ser atendidos os requisitos quanto às
carac:enstica s d1?1ens1ona1~ e geométricas. além de requisitos físicos.
Ale.m d?s ensaios preconizados em norma. no recebimento desse tipo de
matenal, ~ fundamental proceder-se a uma inspeção visual criteriosa, em
que deverao ser refugadas todas a peças que destoarem do padrão médio
do lote, em cor, porosidade. definição de formas e retilinidade de arestas,
fissuras ou danos decorrrentes de choques. bem como lascamentos,
desagregaçõe s, bolhas, rebarbas e quebra

30.2.6.4 Dimensões
Como as argamassas de cimento Portland apresentam uma massa
específica elevada, normalmente o produto obtidos com o emprego desse
material apresentam massas elevada . o que limita o tamanho das peças
para facilitar principalmen te o seu manu eio.
As formas podem ser bastante variada . desde planas (Fig~ra 12a) até
do e mais sofisticadas. Geralmente são retangulares com perf1 l ondulado
o maier. (Fig ura 12b). A NBR 13858-2 (ABNT, 2009) estabelece valores para
características geométricas , além de recomendar os detalhes construtivos
egacb para as telhas .
prego

1 (a)

Figura 12 _Telha em conereto (a) plana e (b) ondulada


(ABNT 2009) definem parâmetros
~ ·stos na NBR 13 b
8582
comd sonoridade, empenamento
0 desempenho d~ peça, em a de ruptura à flexão e peso da~
:::oNl<>~e atgua impenneabilt~ d;, ~~r;ainel de telhas. Ou seja, as telha~
telhas esquadro, gap e e~tanque1... a ~ pessoas durante a montagem do
deve~ pennitir a m~v1mentaçao ar:ntir, em inspeções ~ eve,ntuais
telhamento e postenor~ente , ~r serem pouco permeáve1s, alem de
manutenções, a estanqueidad~, pd uando saturadas.
permitir acréscimo de carga e ma ~ da sobre plano horizontal , não deve
st1
A telha de concreto quan_do apoia Vazamentos ou form ação de gotas
5
apresentar afastamento super~or ª_I • m:itidos. É admitido no entanto, o
na face inferior da telha na~ sao .~:de quando realizado o e nsaio de
aparecimento de mancha~ ; ~mi da telha de concreto não deve ser
permeabilidade. A absorçao e gua flexão varia de 1200N a 2400N,
superior a 10%, e a carga de ruptura por
conforme o perfil da telha.

30.2.7 Equipame,ztos básicos de saneamento

30.2.7.1 Materiais diversos . _


Mesmo que já sejam produzidos em outr~s mate n a1s , ainda sao
tradicionalmente utilizados tanques, fossas, caixas d~ g:'rdura , filtros
fabricados com cimento Portland, principalmente em habJtaçoes p~pulares.
Em geral, essas peças são produzidas com argamassa e~ funç_ao de sua
pequena espessura, embora agregados graúdos de pequena d1mensao possam
igualmente ser empregados. Algumas peças, com o o s tanques,
eventualmente podem receber alguma armadura, normalmente concentrada,
o que não caracteriza a técnica conhecida como argamassa annada que 2.1 Peça
pressupõe uma alta taxa de aço colocado sob a forma de armadura difusa, 'camente
normalmente em telas industrializada s. Fossas sépticas , por se tratarem de
peças de maior tamanho, são sempre armadas. Podem ser construídas em
. Sua pr,
argamassa armada ou mesmo em ferro cimento, em que a taxa de armadura de COffi]
é significativamente superior para permitir a aplicação da argamassa sem o ,estas espe
auxílio de fôrmas. devem re~
Alguns equipament~s, tais ~~mo vas,?s sanitários, lavatórios . pias e :lli.ios, método
tanques podem ser fabricados utilizando formas (Figura ] 3) q ue pe rmitem o ~~tos órgão
empreg~ de uma argamassa mais plástica. Isso melhora O acabamento da 4n.lindo valon
superf!c1e, da peça, o que permitirá a aplicação de uma pintura. Acabamento
~ são restnt
postenor a moldagem ~orno algum tipo de estucamento o u Ji xam ento pode
ser adotado para garantir o acabame nto desejado na peça . ~ devisi
Esses produtos recebem normalmente uma pintura com t· ta , ·ca , ente d
estável à á s- f b . d

m po11men
. _ gua .. _ ao a n ca os prefere nciaJmente por cooperati as ou
mu?roes ~m reg1oes onde ? percentual de casas com aparelhos .,ar , "ÍOS é
~ inteªº
f\.:_to ~..._
mmto baixo . E sses equipame ntos que substitue m a louça :ária
.~as"' •actll

t de e
ro, co
ra de el'in.
~g
e

.
----~-
Figura 13 - Moldes em fibra de vidro para fabricação de eq · ; . . .
mpamentos sanitários: (a) stfão para vaso (b) vaso (e)
1avat6 no e tanque, (d) pia de cozinha, (e) tanque. , ,

30.2.7.2 Materiais de saneamento


Por ~a:eria is de saneamento devem ser entendidos os artefatos empregados na
c?mpos1çao .~e redes de esgotos sanitário e pluvial. Sabe-se que, no Brasil, as
diversas regioes ap~se n~ nomes diferentes para algumas peças especiais;
outras net? mesmo sao utilizadas, s~~do, por esse motivo, muito difícil abranger-
se a totalidade ~essas peças especiais. De uma maneira geral, os materiais de
saneamento fabncados com cimento Portland podem ser representados por tubos
galerias , poços de visita e caixas de calçada. '

30.2.7.2.1 Peças especiais


Praticamente as peças especiais não são cobertas por normas em âmbito
nacional. Sua produção e seu recebimento são condicionados por especificações
próprias de companhias de saneamento de cada Estado da Federação. Em muitos
casos, estas especificações abrangem tão-somente a forma e as dimensões que as
peças devem respeitar, não havendo qualquer orientação quanto à realização de
ensaios, métodos ou parâmetros a serem atingidos .
Muitos órgãos de saneamento desenvolveram seus próprios métodos de ensaio
definindo valores a serem atingidos na avaliação do desempenho das peças, mas.
como são restritos deixarão de ser citados no presente texto.
Poços de visita ;ão formados por tubos de diferentes comprimentos, diâmetro
normalmente de 1 m , dispostos na posição ve~i~al p_ara permitir o aces.so de
pessoas ao interior da tubulação. Os poços de visita sao fechados com laJes de
concreto armado e com tampas que ficam expostas ao tráfego na via pública.
Caixas de calçada são dispositivos semelhantes ~ u~ tud? de. pe~ueno
diâmetro 'e m fundo empreg ados para promover a ligaçao res1denc1al a rede
coletora sgoto e ~ermit ir O acesso para manutenção da rede. O processo de
30.2.7.2.2 Tubos · d - d fl ·
Tubos são cascas cilíndricas que, unidos, penrutem a con uçao e u1dos.
Com o cimento Portland podem ser produzidos, segundo a NBR ~890 (ABNT,
2008) tubos com a finalidade de comporem redes de transporte de aguas pluviais
e rede; de transporte de esgotos sanitários. , .
Tubos para esgoto sanitário apresentam ~o~o caractenst1ca~ que os
diferenciam o comprimento, que deve ser no ?,lmuno de 2 ~· e o s~stema de
ligação, que deve ser feito com o emprego de aneis de borracha mtroduz1~os entre
a extremidade ponta de um tubo e a extremidade ~oIsa de ?u~o, caract~nzando o
sistema de ligação do tipo "ponta e bolsa" com Junta elastic~. Esse s1s~ma de
ligação, ao mesmo tempo em que garante a total estanque1dade do s~stema,
permite que a tubulação possa sofrer pequenas deflexões sem comprometimento
da eficiência do sistema pela ocorrência dos sempre indesejáveis vazamentos.
Já os tubos destinados a redes pluviais apresentam comprimento mínimo de 1
me sistema de ligação rígido. através do encaixe do tipo macho e fêmea, obtido
pelo argamassamento da junta. Um tubo fabricado para atender às especificações
estabelecidas para peças destinadas a esgoto sanitário pode perfeitamente ser
empregado na composição de redes pluviais, mas o inverso não.
Para as duas utilizações, são previstos, por norma, tubos de concreto armado e
de concreto simples, cuja utilização está vinculada a condicionantes de projeto,
como, por exemplo, profundidade da rede, tipo e altura do reaterro da cava sobre
a tubulação, fluxo e tipo de tráfego sobre a rede, entre outros. O tubo de concreto
simples sempre será mais barato, mas terá utilização restrita.
, Um tubo de concreto simples rompe de forma instantânea, sem qualquer aviso.
Ja o tubo de concreto armado pode apresentar um intenso estado de fissuração
com .~ande defo~ção, se1!1 entrar em colapso. Esse comportament o define~
condiçao de ensaio qu~ con~1d~ra c~mo limite duas situações: a situação em que
surge fissura que permlte seJa 1dent1ficada a carga de trinca do tubo e a situação
em que o tubo_transf':~ ª a carga r~cebida em deformação (carga de ruptura), não
exer~e~do mais reaça~ a carg? aplicada pelo equipamento de ensaio. Essas duas
cond1çoes de cargas sao defirudas na NBR 8890 (ABNT, 2008).

A) Materiais
Os materiais empregados na produção do concreto para fabricação de tubos são
os mesmos empregados
_ na produçã d al
o e qu quer concreto, devendo receber a
~esma_aten~a? e ods mesmos cuidados quanto à verificação de sua qual1d·1de A
dimensao maX1ITia o agr d 'd d ' ' ·
arede do tubo difi ilm ega º1 grau o everá ser compatível com a esi ura da
P , 1c ente u trapassando os 19 mm.
Como se trata de um artefato de .
movimentado co~ º . . a~o de equiparne
preferível o emprego de cimentos de alta •:i
moldagem, a res1stenc1a do concreto d:~e~lOli:lêtn;~ ..
e!ey~ t i ~
durabilidade do tubo, considerando O amb· se:
outro lado, deve-se ter cuidado de empregar- ª ~cial em sua produção.
cunento adequado 9l188to à
transportado no seu interior, principalmen~en ex~1:11º e o ma~nal a ser
ambiente marítimo. em am tentes agressivos como
A armadura, quando utilizada, é composta por telas el tro Idadas
ou duas camadas. dependendo da exigência de resistê .e sso ·c1a Em' em uma
alm nt d nc1a requen . outros
casos, ~orm <: ~ p~a ~ pro ução de tubos para esgoto sanitário, a armadura é
produzida na propna fabnca. Constitui elementos mais robustos di te d ·
· " · fi ·ta · d , an a ma10r
ex1gencia ei ª esse tip? e material. Também é possível o reforço estrutural
com fibras de aço normalizadas conforme a NBR 15530 (ABNT, 2007).
B) Execução
A ~:re~ç a de execução dos vários tipos de tubos está basicamente no tipo e
na e~c1encia do processo. de adensamento. De uma maneira geral, é possível
r~Iac10_nar~m-se co1:110 °2_aIS empregados atualmente os sistemas que envolvem
v1braçao sunples , v1braçao com prensagem e centrifugação radial.
Em todos os casos, o concreto deve apresentar uma elevada consistência obtida
com o emprego de uma quantidade muito pequena de água, principalmente por
que as fôrmas são empregadas apenas durante o adensamento. Terminada essa
etapa, os tubos são desmoldados e devem permanecer em pé sem apresentar
deformações. A fôrma é constituída por três partes. Uma é chamada interna, que
nada mais é do que um cilindro responsável pela conformação da superfície
interna do tubo . Outra é externa "fêmea" responsável pela conformação da
superfície externa do tubo. A terceira, chamada "anel", é fixada à fôrma "fêmea",
que serve como base para o tubo durante a moldagem.
O procedimento consiste em acoplar-se o anel à fôrma externa, e esse conjunto
envolve a fôrma interna . O espaço existente entre as duas fôrmas é preenchido
com concreto após a colocação da armadura no caso de concreto armado.
Após o adensamento, a fôrma interna é removida, podendo retrair abaixo do
nível do piso. O conjunto fôrma externa mais anel é removido com a ajuda de
empilhadeira ou ponte rolante e transportado até o local de cura qu~ndo aquela,
sempre bi-partida, é removida, ficando o tubo asse~te s?bre o anel ate, o mome,n!o
de ser removido pai·a O estoque , quando o anel e retirado. Logo, e ne~essano
dispor de um número de anéis igual ao número de tubos a serem pro~uz1dos em
um dia e de um conjunto de fôrmas. O processo de prensag~m simples, ou
associado com vibração, é utilizado exclusivamente para a produçao de tubos sem
armadura em geral de pequeno diâmetro. No processo d~ adensamento en: que
ãode~ ~e utiliza 11 vibradores, esses podem estar colocados na forma externa, na fonna
11do ·da6
a qualt interna l em ambas. . fi" · t , móvel provida de
a espess No ac!'" an1ento por centrifugação radial, ª otma m erna e '
atguma excentricidade juntalJlCD~ ~om a fôrma interna
ereto contra a fônna externa. '!- ni:;on~ ~osd equipamento~
associados que podem ser aciona os 1so a amente ou em

deVe ser extn:mamente bem realizada, para evitar-se o aparecimento d


. Nio é empregada cura a vapor, embora o método clássico de molhagei:;
tio C)OOCl'dO seja o mais comum. A proteção das peças moldadas por coberturas
ilnpenll<ávei para proteção do vento, agente que favorece a evaporação, também
é uma técnica (mgamente empregada. As Figuras 14 a 16 mostram exemplos d
equipamentos para fabricação de tubos. e

dade
"ncia à
finida na
deve ser~r.
nsaios de
(a) (b) nto quand
~gura 14 -molda
Fabàcação de do
tubotubo
semconfionn
annadura1 até 600mm·
e descrito
eqmpnmento a parede d . (a) fônna metálica
. externa, em que o cabeçote do
· e ança o o concreto e funcio
interna; (b) saliências laterais do cabeçote que comprunem
. na como
ft
ormade
.
deslizante da superfície
tar defeit
o concreto (gentileza ACPO-RS).
hilidade e ~
defeitos só ~
mm ser campa~
~ção. Bolli
,~ou inferior a
~ verificar-si
-abarito é colocac
ndo rolado com
~ Parte central

Fi - a
igura 15
v·b -
-
p~e:a~pósª
Fabricação de tubo5
localizado
concretagem)·
,
(b) fôd:
com ou se
fora do conjunto fôa;:ad~ra
nna externa
comediâmetro
as mterna
d
até 600mm·
externa (nes .
. · (a) eqmpamento
se conJunto i A .
com o motor de
fêmea das cone - , anna ura e anéis colocados , a onna mtema e retirada
xoes dos tubos (gentileza
. nos topos • tionnando
de ACPO-RS). 1acho e a
(b)
Figura 16 - Fabricação ~e tubo. co_m_ diâmetro superior a 600 mm: (a) equipamento com base giratória e (b)
nbrador po 1c1onado dentro da fôrma (gentileza de ACPO-RS).

e. Qualidade
A resistência à compre são diametral que o tubo deve atender é relativa à sua
classe. definida na NBR 8890 (ABNT, 2008). O teor de absorção de água do
concreto deve er no máximo de 6% para esgoto e 8% para água pluvial.
Nos ensaio de permeabilidade e estanqueidade, os tubos não devem apresentar
vazamento quando ubmetidos a uma pressão por um determinado tempo,
conforme de crito no item E - Ensaios, abaixo. Os tubos não devem, ainda,
apresentar defeito que prejudiquem a sua qualidade quanto à resistência,
penneabilidade e durabilidade.
Os defeito ó podem ser reparados após vistoria pela fiscalização. Os reparos
devem ser compatíveis com os defeitos e previamente estabelecidos junto com a
fiscalização. Bolha ou furos superficiais só podem ser aceitos com diâmetro
ioual ou inferior a 10 mm e profundidade máxima de 5 mm.
b Para verificar- e a uperfície interna do tubo, usa-se o gabarito da Figura 17. O
gabarito é colocado na uperfície interna com seu eixo paralelo ao eixo do tubo.
sendo rolado com movimentos circulares. Os tubos cujas paredes não são tocadas
pela parte central do gabarito são aprovados.

3 ± 01
t, +- , 1~±0.1
l 015 ± 0 2
~ - - --, 1 0 19±0 2

250 ± 1
D1mensões em mm

Figura 1- .
"unto para Yerificação de ahnhamen °
t da superfície interna dos tubos (NBR 8890, ABNT. ::!008).
_ . trai d ate nder às exigências da NBR 8890
aio de compressao d1ame . eve
8), sendo realizado confonne a Figura 18.

p p
½L

.....,vlgota
..... bor
racha

DN /10
(mínimo 20 mm)
°"vigas

Figura 18 - Esquema do ensaio de compressão diametral (NBR 8890. ABNT, 2008).

A resistência obtida nesse ensaio define a classe do tubo, e o valor a ser atingido
para satisfazer a especificação é uma função do diâmetro nominal. Assim, tubos
para condução de águas pluviais podem pertencer às classes PS 1 e PS2 em se
tratando de tubos sem armadura, os quais, no caso de tubos para esgoto sanitário,
devem pertencer a uma única classe ES. Já tubos com armadura podem pertencer orme a
às classes PAI, PA2, PA3 e PA4 em se tratando de águas pluviais e às classes ~ to, supo
EA2, EA3 e EA4 em se tratando de material para esgoto sanitário. ~ çã o d
Tubos sem armadura são classificados conforme a carga de ruptura a qu
'Y.l'iQS
unicamente. Os tubos armados, além da carga de ruptura, têm sua avaliação feita e e~plo, na
com base em uma carga de trinca ou de fissura determinada com au xílio de uma
lâmina-padrão de 0,25 mm de espessura e largura de 12,7 mm afinada até 1,6 mm,
~O ré Utili
cuja ponta é arredondada (Figura 19). Considera-se como carga de trin ca aquela
que determina o aparecimento de uma fissura com O,25 mm de abettura (limite ~ ~riais
~ · ~Xecu
lVtdactec
1 ! Í
1
Espeaa...., 0,25

-8 ! :
~---- .-J.

25,4

Figura 19 - Lâmina-padrão para medida de abertura de fissura 0,25 mm (NBR , ABNT, ).


8890 2008
~o ens~o de permeabilida~e,r~ali~d o para avaliar o desempenho de tubos
de,sti?ados a rede_ de esgoto .s~1ru~o, sao empregados dois tubos unidos por junta
elasttca de ,manerra a pemuti r, sunultaneamente, a avaliação do desempenho da
junta atraves de sua estanqueidade.
Apó~ a mon~g em, o conjunto com os dois tubos é cheio de água e submetido
à p~e,s~ao de ate ?,1
MPa ?ll: 0,05 ~a, para tubos para condução de esgoto
sarutano ou J?ara aguas pluviais, respectivamente. Essa pressão é mantida por 30
rnin ou 15 mm para tubos de esgoto ou tubos de águas pluviais, respectivamente.
Embora não possa haver vazamento na junta ou na parede do tubo, gotas
aderentes e manch as de umidade não são consideradas sinais de vazamento. No
caso de tubos para rede de águas pluviais com junta rígida, o ensaio é facultativo,
sendo realizado em apenas um tubo que, após ser vedado, é cheio de água e
submetido à pressão elevad a até 0,05 MPa, mantida por 15 min. A parede do tubo
não deve apresentar vazamento.
Após realizado o ensaio de compressão diametral, retiram-se do tubo ensaiado
duas amostras sem partes soltas ou pulverulentas da parede do tubo com sua
2
espessura e uma área entre 100 cm e 150 cm2 para realização de ensaio de
absorção de água. O teor de absorção de água é obtido pela diferença de massa
verificada nos corpos -de-pro va secos em estufa e após saturação, conforme o
procedimento descrit o na NBR 8890 (ABNT, 2008), expresso em termos
r atingioo percentuais, calcula do sobre a massa seca.
. tuboS
un,
S2 e01 30.2.7.23 Aduela s , ·
Conforme a NBR 15396 (ABNT, 2006),_ adu~la~ s~o condutos _r~g1dos;
sanitárl portanto , suporta m as cargas com sua própna res1stenc1a. ~or p~rm1t1rem a
pertenct canalização de grande s volume s de água e podere m ser d1mens_i?nadas aos
ciasst esforços a que estarão sujeita s as aduelas são freqüentemente ut~hzad astfp?r
exempIo , na canalizaçao - de n·o's que. cortam grandes centros, cuJa supe 1c1e
superior é utilizad a como base para pista de rodagem.

A) Mater •1s d Q d
- ser utilizados cimentos Portlan . uan o a
Para e · uçao de aduela s, Pº?e!11 . uerer deve-se utilizar cimento
agressiv1 e l, tipo de agress1v1dade assun req '
tilizadas com aprovação do comprador. Os
tJ~~ adições d~difi~em 8:'suretardadores ou aceleradores de pega podem
~ plastificantes, flw can ' e outras substâncias deletérias ao
set utilizados desde que isentos ndde c~~:sências da NBR 7211 (ABNT, 2009)
concreto. Os agregados devem ate er . r agZO% da espessura de cobrimento d~
cuja maior dimensão não dev~ ser supe~fas soldadas e as emendas podem ser por
J
aço. As annaduras podem ser arras ou 118 (ABNT,' 2007). A água, por sua vez,
transpasse ou solda, co~oi:me ª NB~ cliquem a durabilidade das aduelas.
deve ser isenta de substancias que preJu

B) Execução . 1h se mais a uma concretagem convencional, já


O processo pr~dfiu~vo as!eme ndª~ecimento do concreto pela dificuldade que
que a desforma e eita apos o e .
re resentaria tal procedimento ser realizado imed1atame~te em 1:111ª peça co°:
p ~
arestas, o que 1a talm t
en e na-0 poderia ser feito sem a mtroduçao de danos a

gal~~~tas vezes, é empregado concreto plástico com a~atim:,nto pelo tronco de


cone em tomo de 50 mm, adensado por vibradores de lillersao. O ade~samento
deve ser executado por vibração ou método que apr~sente qua}i?ade de
adensamento igual ou melhor. Deve-se garan~ o cobnmento nnmmo das
armaduras com a utilização de espaçadores. As formas. devem ser estanqu~s e
rígidas, permitindo a produção de aduelas com defeitos dentro dos limites
estabelecidos pela NBR 15396 (ABNT, 2006). A cura deve ser exec~tada ~e
forma a obter um concreto com as características previamente estabelecidas, tais
como permeabilidade e absorção.

C) Qualidade
A dosagem do concreto deve seguir as recomendações da NBR 12654 (ABNT,
1992). A relação água/cimento máxima é de 0,50 e um consumo mínimo de
cimento é de 250 kg/m3 • A resistência à compressão mínima é de 25 MPa (C25),
e a absorção máxima é de 8%. As superfícies internas e externas devem ser
regulares e homogêneas, não devendo apresentar irregularidades que
prejudiquem a resistência, permeabilidade e durabilidade das aduelas. Fissuras
com aberturas iguais ou menores que O,20 mm e profundidade até 1Omm podem
ser reparadas com aprovação do comprador, sempre com técnicas e materiais
adequados. Podem ser aceitas bolhas com diâmetro até 1O mm e profundidade
máxima de 5 mm. Entre 5 mm e 10 mm podem ser reparadas.

D) Dimensões
Normalmente, as ~duelas possuem.seção transversal retangular, podendo ser
fechada ou ª ?erta (Figura 20). O encaixe é do tipo macho e fêmea. A folga deve
ser preferenc1alm~nte l~calizada na parte interna da aduela (Figura 21 ). O valor
de 11 deve ser maior ou igual a 12, sendo que 12 deve ser maior ou igual 7 O cm.
A seção transversal pode ser quadrada ou retangular. A seção mínim ie 1 m
de largura por 1 m de altura, e a seção máxima é de 4 m de largura m de
r
m
ep
i.-
/

h,
-
b,
b
m
r7
1~ J
(a)
(b)
Figura 20 - Aduelas de seção transversal {a) fechada e (b) abena (NBR 15396, ABNT, 2006).

'p

Folga de encaixe ~( ~1
Figura 2 1 - Detalhe do encaixe (NBR 15396, ABNT, 2006).

E) Ensaios
A resistência à compressão do concreto utilizada na execução de aduelas deve
atender às exigências da NBR 12655 (ABNT, 2006). O ensaio de absorção do
concreto deve ser de acordo com a NBR 15396 (2006), similar ao descrito para
tubos de concreto com seção circular.
ar podendo
'A folga de 302.8 Mourões
a. Ovai
ra 21). 70c
igualª, d~ 1 São trr os tipos de moirões para execução de cercas com arame: m?irões de
"111·ma e4 (11 suporte, t nados somente a suspender e manter os fios praticamente
ra por
1 M reriais _ tados concretos com cimento
30.2.8. f: b:cação dos moirões, sao exe_:u que atenda às exigências de
Para a ados e água, em proporçao
Po~and, agrNBegR 7176 (ABNT, 1982).
qualidade da

30.2 8 2 Execução fôrmas metálicas . Os furos são


0 ~ ~ourões são moldados normal~endte emlogo após início de pega do
O
·
executados com pmos q ue são retira os · d
. odem ser retira as em I d' d
ia e a e
. 22) A fôrmas laterais P . _ - d
concreto (Figura . s
fundo em 3 dias. O adensamento é re tza
ar do por vtbraçao e a cura nao eve
deixar de ser realizada.

Figura 22 - Fabricação de mourões (gentileza de ACPO-RS) .

30.2.8.3 Qualidade
Os mourões não devem apresentar defeitos como trincas, a restas
esborcinadas, saliências ou ninhos devi do a fa lhas de conc re tagem . Não
é permitida pintura ou reparos com o objetivo de oc ultar os defeitos .
30.2.8.4 Dimensões
Embora a NBR 7176 (1982) descreva mourões com seções tri angulares,
hoje são normalmente executados com seção quadrada. Os mourões de
suporte e os esticadores podem ser retos, com a face latcrn l a ser
posicionada na posição vertical, ou podem possuir um trecho com a face
lateral a ser posicionada na posição vertical e um trecho supcrio, oni a face
lateral a ser posicionada na diagonal. Os mourões de supo e os
30 2 .8 .5 Ensaios
Os e n s a io s d e fl~xão s ã o normalizado n
a N B R 7 l' Í 6 (A:B
0 ensaio d e a b s o r ç a o d e á g u a d e v e s e g u ir m é to d o d e s
(ABNT, 1982). O c ri to n a ..~.... - ,.

30.2.9 Muros de placas


Muros de placas d e concreto são constituíd
os por colunas em forma d e H
em que são encaixadas placas. Cada painel será
placas conforme a altura do muro. c o n s ti tu íd o d e d uas ou mai

30 .2 .9 .1 Materiais
Para fabricação das colunas e das placas,
são utilizados cimento Portland,
agregados e água.

30.2.9.2 E x e c u ç ã o
a fabricação p a ra escala comercial, os ele
mentos do muro de placa de
concreto são moldados e m fôrmas metálic
as (Figuras 23 e 24), sendo possível
também a utilização e m fôrmas de madeira
.

ro'i de pl acas (gcntite,,a de ACPO-RS).


u n 23 - Fabricação de colun ru. para mu
( tiJeza de ACPO-RS).
Figura 24 - Fabricação de placas para muro gen

barras de aço de 4,2 mm a cada 20 cm


A placa pode ser armada com tel~
10
ex
al da coluna é de 6 mm e os estribos de
aproximadamente. A armadura ngitu n imadamente e alternados (Figura 25)
4,2 mm em forma de ''Z' a cada 30 cm aprox
(ABCP, 1978, p. 2).

µ20
=µs 60

100

~
100
z O:,
34

Estribo 0 4.2
c. nJ alternados
4 06,0
Seção transversal
Medíd as em mm

Figura 25 -Armadura da coluna do muro de placas de concreto (ABCP, 1978, p. 2).

As laterais da fôrma dos montantes podem ser desformados em 24 h. O fundo


dos montantes e as placas podem ser desformados em 48 h. Deve-se realizar cura
úmida dos elementos por 7 dias.

30 .2.9 .3 Qualidade
Deve-se ter cuidado com o posicionamento das armaduras, pois, devido às
pequenas dimensões do montante e da placa. os cobrimentos não serão muito
grandes. Em ambientes de agressividade forte ou muito forte, devem-se executar
os elementos do muro com concreto de baixa relação água/cimento e cimento
próprio para o tipo de ataque a que ficarão submetidos.
30.2.9.4 Dimensões
As dimensões variam conforme o fabricante. Quanto maior o compritm nlo da
placa, menor será a quantidade de coluna por metro linear de muro, nu . ll'ílOS
30.2.10 Postes
Os primeiros postes em concreto armadO ~
0
do século XIX. No Brasil a produção ~ executados na França no fim
produzidos postes para diversas finalidad em séne teve início em 1940. São
elétrica, redes de telecomunicação espee~, _como P<?stes. para redes de energia
,. N .
metro. este item, serão descritos os ' c1rus para ilumma - linh .cJ:.
t .. çao, a 1çrrea e
elétrica por serem estes os mais utilizado!'°~~s ulíbzados em redes de energia
para postes e cruzetas de concreto estão ~en:irva-~e que as Norm~ !3rasileiras
ABNT e em breve serão submetidas ao pl'loc redvisadas pelo c?rrute CB18 da
esso e consulta nac10nal.
30.2.10.1 Materiais
A NBR ~451 (ABNT, 19~8) especifica a utilização de cimento Portland
comum ou cunento de alta resistên.cia inicial . A a'gua dest·mada ao amassamento
deve estar de acordo com as especificações de da NBR 15900-3 (ABNT 2009)
Os agregados devem atender às exigências da NBR 7211 (ABNT, 2009).' ·

30.2.10.2 Execução
A execução de postes é realizada por meio de três principais técnicas·
centrifugação, vibração ou simples socamento. ·
Quanto aos furos destinados à fixação dos equipamentos, esses devem
apresentar seu eixo perpendicular ao eixo do poste. Devem ser totalmente
desobstruídos, atendendo às exigências da NBR 8452 (ABNT, 1998).

30.2.10.3 Qualidade
Os postes devem apresentar superfície suficientemente lisa, sem fendas ou
h. o fundo fraturas visíveis a olho nu. A armadura não deve ser exposta, e só é permitida
ealizar cura pintura de identificação. , .
A vida útil prevista deve ser, no mínimo, de 35 anos. E admissível. nesta idade.
uma falha máxima de 6% assim distribuída: um percentual de falha de 1% nos
10 primeiros anos e I % a ~ada 5 anos. Entende-se por falha do concreto armado
0 desagregamento do concreto e/ou a deterioração do aço.
A armadura deve apresentar um cobrimento mínimo de 15 mm. A NBR 845 l
(ABNT, 1998) recomenda apenas que, nos furos, não deve. haver ar~adura
exposta. Para as armaduras transversais dos postes duplo T, admite-se cobnmento
mínimo de IO mm
A absorç O de água máxima para concretos do poste não deve ultrapassar 6%
Para a mér lc.ts amostras e a 7,5% para cada corpo-de-prova.
# Illim.ens6es d seção circular e duplo T são
)\i, dim nsões e suas tolerâncias para po~s e primento dos postes de seção
~nta
:as
.
cucúlar vanam
na NBR 8452 (ABNT, 1998). copomstes de seção duplo T variam
de 9 m a 20 m (Figura 26)' e os
de 9 ma 18 m (Figura 27)·
121 A Dimensões em milímetros i
11
14 1 -·,----

- - - 4__ =:I1 ---e---


--r--19
+S
-3
Cart1AB
ld entificaçã o
L

Traço de referência
Furos para
passagem do
cabo de
aterramento
4000±50

3000±50

+
30 ..::.·2-+---t---.

e
-.il-+s 19 -3 J

0B

Figura 26 - Poste de seção circular.

30 .2 .1 O.5 Ensaios
Ensaios de flexão e ruptura, assim como o ensaio de elasticidade, são
executados conforme a NBR 8451 (ABNT, 1998) e NBR 6124 (ABNT 1980).
A NBR 6124 (ABNT, 1980) também regula medição do cobrim1.:1"to de
armadura e ensaio de absorção. A verificação do cobrimento da ai -l:ldura
pode ser realizada em postes já rompidos, em cinco pontos ao longe , J ste.
Ver detalhe e

Detalhe B Dimensões em mlllmetros

Figura 27 - Poste d e seção duplo T


.

JOl.JJ D o rmentes de c o n c r
eto
O dorme são dos principais elementos das
vias férreas, com as eguintes
OS'trilhos, manter o eixo da via constante ': ~m itir ao lastro
e horizontais dos eixos dos veículos feno '?~o s.
cente preocupação relativa à questão ecologica e pre~rvação
ttormentes de concreto vêm sendo u~d os ,C?mo altemativ~ aos
tes de made ira por apresentare m maio r VJda util, com reduçao da
en . -
necessidade de manutenção. As condiçoes exigiv · , eis para os dorm entes de
concreto são apresentadas na NBR 11709 (ABNT, 2009). .
Existem dois tipos mais usuais de dormentes de con~:to: dodti~ mo~~~{oco,
constituído por uma peça única de concreto protendi 0 , ou 0 po 1- oco,
, · s de concreto armado unidos por um e1emento de aço
constituído por blocos ng1do
(Figura 28).

Figura 28 - Donnentes (a) bi-bloco e (b) monobloco.

30.2.11.1 Materiais
O concreto empregado na produção de dormentes é produzido com os mesmos
materiais tradicionais com os quais usualmente é produzido o concreto de cimento
Portland. A resistência característica (fck) para a fabricação de dormentes não deve ser
inferior a 40 .MPa para dormentes bi-bloco de concreto rumado e 45 MPa para
dormentes monobloco de concreto protendido. O cimento. agregado miúdo e graúdo,
água e aditivos devem atender aos padrões de qualidade exigidos pela normalização
específica para cada material, conforme orientação e especificações complementares
apresentadas pela NBR 11709 (ABNT, 2009) . Na rumadura passiva. de erá ser
empregado aço do tipo CA-50 ou equivalente; para proten ão. deverão er
empregados fios ou cordoalhas CP-170 RB ou CP-175 RB, com acabamento liso ou
entalhado (ver Capítulo 34 - Produtos de aço para Estruturas de Concreto e Alvenaria).
As vigas de interligação, no caso de dormentes bi-bloco. devem er produzidas a prutir
de perfis estruturais laminados a quente, em aço estrutural de baixa liga. soldávei .
Como são estruturas submetidas a esforços dinâmico repetitiv ~~ . ~s dl)tn1entes
devem apresentar resiliência compatível com as solicitaçõe . Por i, so. ,,1 ) muitas
vezes, empregadas fibras na composição do concreto.
.302.112 Execução
A execução de do~entes de con~
considerados na produçao de peças Pré-mo}~ =
equipamento empregado. As peças em concreto .
pré-tensionamento com ancoragem na própria f=ndidb
J0.2.11.3 Qualidade
Os donnentes de concreto devem ser isentos d . . .
escamações, rebarbas, deformações ou outros de: ~guland~~, trincas, lascas,
ou possam diminuir sua vida útil. Devem apresen~; que PTeJudiquem ~ seu uso
e limpa, apoio para trilhos plano e liso. Não é permitid~~ com superfíCie re~
de defeito estrutural que exponha ou atinja O nível das = ! ; ~ u e r tipo
dormente, ou que possa comprometer a fixação dos trilh R d mas do
50, podem ser execu~do~ se os procedimentos
. os. eparos no ormente
tiverem sido incluídos na d · -
do processo de f~ncaçao (NBR 11709, ABNT, 200 ). escnçao
9
A arm~dura ativa deve possuir cobrimento mínimo de 30 mm na base e 20 mm
nas demais faces.

30.2.11.4 Dimensões
Os ~tes dimensionais para os dormentes monobloco e bi-bloco são
es~belec1dos na NB~ 11709 (ABNT, 2009), de maneira a possibilitar O uso de
eqmp~entos padroruzados nas operações de instalação e manutenção do lastro
e demais componentes da superestrutura da via permanente.
30.2.11.5 Ensaios
A NBR 11709 (ABNT, 2009) estabelece os métodos para ensaios em dormente
de bitola mista, ensaios sobre o concreto, ensaios de homologação de projeto,
ensaios para o controle da produção e os procedimentos de ensaios sobre os
om os mesnn donnentes. Para o concreto são especificados os ensaios que devem ser realizados
~eto de cimento nos materiais constituintes, no concreto fresco e no concreto endurecido. No
tes não deve ser concreto endurecido são recomendados o ensaio de resistência à compressão,
, 45 lvf:Pa para segundo a NBR 5739 (ABNT, 2007), e ensaios para determinação da resistência à
piúdo egraúdo. tração por compressão diametral e determinação da resistência à tração na flexão.
rmplementare'
nonnaJízaÇã.1 Sobre os donnentes são indicados os ensaios de carga vertical e carga repetida no
apoio do trilho, ensaios de momento negativo e momento positivo no centro de
a deverá ser dormentes monobloco e bi-bloco, ensaios de aderência, ancoragem e carga de
deverão ser ruína e ensaio dos insertos das fixações.
ento liso.~
e A]venanª. 302.12 Blocos de concreto celular
.daS apartir
UZI JcJáVeÍ'· Por tratar-se de material leve, os blocos de concreto celular autoclava?o sã~
ga, so nte' no~almente maiores que os blocos cerâI~icos ou de concreto. Com isso. e
s ,..,dorme 'til'
flltll Püssivel rerli ?ir-se tempo e custo na execuçao de paredes. . _
sao. A leve7 blocos também permite economia na estrutura da ed1ficaçao,
~ o custo normalmente
maior dos blocos de concreto celular

~~~~blocos de e~~~ e de ~ n = que uma parede de 10 cm de


?~ih\~~~~vantagem é a res1stencia témncade bloco cerâmico ou a uma de 30 cm
deteto celular equivale a uma de 25 cm
de bloco de concreto (RIPPER, 1995 , P· ól). b O ão de água menor em relação
o concreto celular autoclavadotri're~nta ~ ~!nana (RIPPER, 1995, p. 61).
a outros materiais normal~ente u iza ~s ecom serrote especial, assim como a
O
Esse tipo de bloco é fac~ente C_?rta b tidas é facilmente realizada com
abertura de canaletas para mstalaçoes e'!1. u
instrumento dentado especial para esta abv1dade.

30.2.12.1 Materiais , . d la mistura de cimento, cal, areia


Concreto celular autoclavado e fab~ca º,P~e alumínio. O aditivo expansor
e aditivo expansor, com~, _por exe~p ?· poli das Esse é o motivo do bom
produz bolhas de ar esfencas e nao mter ga · _ ,
desempenho térmico e acústico e da baixa absorçao de 3t:.01J~ do concreto
· · uh·1·12ad os em alvenana ·
autoclavado em relação a outros matena1s

30.2.12.2 Execução ,
Após moldado, 0 concreto celular autoclavado e cortado em blocos _?U
painéis que são colocados em ~utocl~v~s com elev,ad~ tempe~tura ~ Pfes~ªº,·
Nessas condições, são produzidos silicatos ~e cálc10 que _dã,? r~s1s:en~1a a
compressão. Devido às bolhas de ar, o matenal oferece res1stenc1a temnca e
acústica.

30 .2 .12 .3 Qualidade
A NBR 13438 (ABNT, 1995), estabelece os critérios de qualidade dos blocos
de concreto celular. A resistência à compressão média mínima é de 1 ;2 MPa, 1,5
MPa, 2,5 MPa ou 4,5 MPa, conforme a classe dos blocos sejam C12, C15, C25
ou C45, respectivamente. Embora seja um material leve, permite execução de
alvenaria estrutural, possibilitando a construção de até quatro pavimentos. A
densidade máxima para os blocos de classe Cl2, C15, C25 e C45 é de 450
3 3
kg/m , 500 kg/m , 550 kg/m e 600 kg/m3 , respectivamen te.
3

30.2.12.4 Dimensões
Os blocos para alvenaria podem ser encontrados nas dimensões de 400 mm
x 600 mm e espessuras de 90 mm, 110 mm, 140 mm, 170 mm, 190 mm e 250
~m. Para uso em laje nervurada ou outra utilização, podem ser fabricados em
d1mensões conforme a necessidade.

30.2.12.5 Ensaios
A NB~ 13439 (A_B~T, 1_995), normaliza o ensaio de resistência à
compressao. E~se e~sa10 e realizado em cubos extraídos de blocos. Em blocos
com espessura mfenor a 100 mm, os cubos devem ter are ta de 75 ~ ; e em
0 11
blocos com espessura superior a 100 mm
100 mm. ' o cubo dê em P'iSIUõ•
A obtenção de densidade de massa a
13440 (AB_NT, 1995), também utilizand~arente seca é obtida seguidd(j a
de-prova sao secos em estufa a uma tem corpo -de-prova cábicos O s ~
perda de massa superior a I g entre peratura de 105:tS°C até que não hâja
realizada a cada 24 h. uma pe agem e outra que deve ser

30.2.13 Outros elementos

Podem, ainda, ser produzidos pré-moldad d'


e balaústres, além de produtos de dim os_ ivers~s como elementos vazados
fabricados, estacas, terças, passarelas ané:nsoes maiores, como galpões pré-
túneis, peças para construção de obras ~ostett:se~mentados para re~estimento de
podem possuir massa de 40 toneladas entre ,troomo tetrápodes (Figura 29), que
' ou s.

dadedo
de 1;2 j
Figura 29 - Tetrapodes: (a) fôrma para moldagem e (b) ob ação de ondas.
C12, C15 e:
·te execução de
pavimentos. A 30.2.13.1 Dosagem de concreto para pré-moldados
C45 é de 4,o E1:1 te~e, a dosagem de concreto, independentemente de seu emprego. deve
seguir pnncípios básicos e universalmente aceitos, baseando- e na lei de Abrams.
~o entanto, deve ser lembrado que, no enunciado dessa lei, há referência ao
campo dos concretos trabalháveis" , ou seja, concretos plásticos de emprego
comum em obras, permitindo supor tratar-se de concretos bem dosados, com
teo~es adequados de argamassa e volume de pasta suficiente para preencher os
vazios existentes entre os agregados, além de permitir que seja obtido um bom
~cab~ento nas peças concretadas. Nesses concretos, a variação da relação
agua/cunento determina variações na densidade da pasta e, conseqüentemente, na
~ensidade do concreto alterando sua resistência mecânica. Assim, menor relação
ª?Ua/cimento corresp~nde a maior densidade e maior resistência mecânica, e
vice versa, ,e ido essa a base da lei de Abram · ,
Em pro 10 industrial de peças pré-moldada , em que o concreto e
• ..,..1.,.~ãoágua/cÍJllento é obtida com urn
~~:r~ ~ ' ~a baixa ..~ vezes isso conduz a um volume de
itõ baixo de c1D1ento. Mw~ tame~te os vazios deixados pelos
eie.tlfe para preencher com1:n~tos espaços vazios que podem ser
:a Q$, determinan~o a presença de a seção resistente da peça ou de urn
e ~di<fos como defe1t~s que reduze~ de de carga e, conseqüentemente
coqx,•de-prova, dim~umd? a capac1 a ,
reduzindo a resistência medida. quantidade possível de cimento para
Se o objetivo é empregar-se ~ ~enor equisitos mínimos de resistência e
que as peças pré-moldadas atin13:n;ira providência reside em dosar os
durabilidade ao me~or cu , ª Pst0 tamento obtido com a mistura dos
agregados de ~ane~a .qu~ 0
O
~~~~ de vazios da mistura, exigindo um
agregados pernuta dnmnurr hê los Assim não estará errado relacionar-
menor volume de pasta para preenc - · btidos 'com um mesmo volume de
se a resistência mecâruca de concretos o
pasta com sua densidade. e·" ·
Em pré-moldados, a experiência da Fundação de 1enc1a e ecno o~ia -
Ti 1 ·
CIENTEC _ RS tem mostrado que, fundamenta~~ nte, d~ve ~er pesqmsada
uma mistura de agregados, com a maior massa ~mtana po~s1vel, ~ortanto, com
uma composição granulométrica contínua. Em linhas ger~s, o metodo adotado
pela CIENTEC-RS trabalha exaustivamente c?m ~ rmdstura de a~r~~addos
graúdos, experimentalmente a partir ~a determmaçao a massa umtana e
misturas de agregados em proporções diferentes, sempre tomando como ponto
de partida as curvas de Lobo Carneiro, apresentadas P::1º 11!-éto~o de dos~gem
do INT-RJ (PETRUCCI, 1998) ou pelo Método Alemao Srmplificado, citado
por Recena (2002), em que o volume de vazios da mistura é medido
diretamente com água.
Definida a melhor composição a partir dos agregados graúdos disponíveis,
são desenvolvidos concretos de mesmo traço, mas com teores diferentes de
argamassa, com os quais são moldados corpos-de-pro va para determinação da
resistência à compressão simples. Como a única variável nesses concretos é o
teor de argamassa, já que se trata da reprodução de um mesmo traço com
mesma relação água/cimento e mesmos materiais, a maior resistência
mecânica determinará o melhor teor de argamassa para a mistura. São
cal~ulados, então, diferentes traços com a mesma proporção entre agregados
gr~ud_os ~ ~esmo teor de argamassa a serem experimentad os em produção na
propna fabnca.
Assjm, diferentes traços com diferentes consumos de cimento são
reprodu_zidos n~ fábrica para que, com esses concretos, sejam fabricadas peças
que ser~o"en~aiadas_ segundo o método específico. A partir do relacionamento
das resIS!~ncias obtidas pelo ensaio das peças experimentais com o traço em
:;:;:sa u~zado em ca?a lote, é possível definir-se o traço mais adequado por
fun 1i 1
'Jªºi, ~ quantidade ~~ água deverá ser aproximadam ente igual ern
ç aim ª aixa trabalhabilidade exigida do concreto e em função da
norm ente elevada capacidade de vibração dos equipamentos err pregados
na produção dessas peças. Ainda, determina a quantidade dê ili
empregada para o grau de acabamento que se deseja obter nas
minimi zação das perdas por deform ação das peças ou falhas por falta it
coesão do concreto.
Como estão ~nvolvidos aspectos de acabamento e perdas durante a
produção, capacidade de adensamento prestada por cada tipo particular de
equipamento e sua regulagem, e como o concreto sempre será muito seco,
comparável a uma farofa, jamais será possível reproduzirem-se as condições
de operação em laboratório. Por esse motivo, a definição do traço é obtida a
partir do ensaio de desempenho das peças moldadas em condições de fábrica,
sejam essas peças para pavimentação, tubos, blocos para alvenaria ou qualquer
outra que empreg ue na sua fabricação concreto seco.
Concre tos trabalh áveis convencionais serão dosados por métodos
convencionais em laboratório.

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