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COMPORTAMENTO

ORGANIZACIONAL
PROF.DR. ACYR SELEME

Dezembro 2012
SOBRE A DISCPLINA DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Seleme, 2012

A Área de Comportamento valores são exemplo de fatores que o


Organizacional é formada por um indivíduo traz consigo. Sobre estes fatores
conjunto de conhecimentos de cabe as organizações filtrarem os
diferentes ciências. Está reunião se deve aqueles que elas julgam relevantes em
pelo fato de que o ambiente seus processos de seleção.
organizacional constitui-se em arena
Os fatores individuais anteriores são
onde indivíduos, grupos e sistemas por
importantes porque irão atuar sobre
eles construídos e reproduzidos,
outros que o indivíduo irá manifestar
simultaneamente atuam para gerar
dentro do ambiente organizacional, e
determinado desempenho.
que são de interesse gerencial das
A reunião de fatores que estão em jogo organizações como motivação, atitudes
nas organizações estabelece uma e comportamentos, processo de decisão
complexidade peculiar para a área de individual; ou outros, no nível coletivo,
Comportamento Organizacional, como comunicação, liderança, trabalho
exigindo que ela se aproprie dos de grupo, e processos de negociações.
conhecimentos de ciências como
Ainda mais, indivíduos e grupos
psicologia, sociologia e antropologia
interagindo entre si – ao longo do tempo
para que possa entende como os fatores
– vão construindo padrões, regras,
humanos estruturais afetam o
estruturas formais, normas implícitas, etc.;
desempenho das organizações e como
que afetam no presente e irão atuar
podemos gerenciar tais fatores.
sobre indivíduos e grupos no futuro.
Vejamos os fatores relativos aos
Para tratar desta complexidade a
indivíduos. Uma parte significativa da
disciplina de Comportamento
formação do indivíduo não se dá na
Organizacional está estruturada em três
organização onde trabalha, ela é
blocos ou conjuntos de fatores que
construída anteriormente. Suas
atuam entre si e que impactam tanto no
características biográficas, como sexo,
desempenho de indivíduos e grupos
raça, estado civil, idade; assim como sua
como no desempenho da organização
personalidade, maturidade emocional,
como num todo.
estilo de aprendizagem ou boa parte dos
Neste curso – devido ao tempo experimentar algum
disponível que temos – selecionamos diagnóstico.
determinados fatores que possam
 Percebam como os fatores
representar os três blocos (individual,
destacados podem ser úteis
coletivo e dos sistemas organizacionais)
quando estiverem envolvidos
para compor o universo das questões
ou responsáveis por eles.
relativas a esta disciplina e dar aos
participantes um razoável entendimento
sobre estes assuntos.
Prof. Dr. Acyr Seleme -UFPR
Esta apostila é formada por alguns
Primavera de 2012
assuntos essenciais para se entender o
Comportamento Organizacional. De
início, tratamos de contextualizar o leitor
sobre a abrangência e relevância desta
área de conhecimento gerencial.

Minha expectativa é a de que os


participantes:

 Percebam a utilidade do
Comportamento
Organizacional, e consigam
Uma breve evolução histórica da papel da dimensão humana nas empresas.
Nesse período aprofundam-se estudos sobre
1
Área comportamento individual e coletivo nas
empresas, entre os quais a noção de grupo de
Acyr Seleme /UFPR trabalho informal e das condições de satisfação
psicológicas dos trabalhadores. Foram em
Na virada para o século XX já podemos encontrar
meados dos anos 40 que a preocupação com os
em algumas indústrias americanas preocupações
fatores humanos tomou contornos científicos e as
com o controle da dimensão humana nas
experimentações laboratoriais com as variáveis
empresas. Neste período é possível observar
humanas ganharam substantivo apoio nos EUA.
ações concretas seja com o bem estar dos
São criados diversos institutos e grupos de
trabalhadores e familiares; com planos de
trabalho em diferentes universidades;
benefícios econômicos e de saúde para
destacando-se, entre outros, o Centro de
trabalhadores; seja com o papel das empresas
Pesquisas para dinâmica de grupo no
no bem-estar das comunidades (como no
Massachusetts Institute of Technology - MIT e o
financiamento de escolas e centros
Instituto de Pesquisas sociais da Universidade de
comunitários). Embora pontuais estas
Michigan (1945), além do surgimento do
preocupações reforçavam que a ética humanista
Laboratório Nacional de Treinamento. Todos
religiosa deveria anteceder às regras econômicas
dedicados a estudar e também treinar
vigentes. (Barley & Kunda,1992)
administradores em técnicas de relações
O período que marca efetivamente o início humanas (Barley & Kunda;1992). Como observa
sistemático de interesse para com as variáveis Kleiner (1996), neste período pesquisadores
humanas está aproximadamente entre 1920 e surgiram de diferentes locais alertando sobre a
1940. Trata-se de um período diversificado de incongruência entre o poder das empresas e a
preocupações: primeiro com a Escola de forma precária ou equivocada de lidar com a
Relações Humanas; depois com o surgimento da natureza das relações humanas no trabalho.
abordagem de comportamento humano. Essas No início da década de 50, as empresas
contribuições iniciais construíram as bases para timidamente começaram a por em prática as
os estudos humanos em organizações das idéias de gerenciamento de variáveis humanas
décadas seguintes. como, entre outras, motivação, satisfação,
Após a Segunda Guerra Mundial surge esquemas de participação na tomada de decisão
uma nova perspectiva nos trabalhos sobre o e enriquecimento do trabalho, impulsionando a
disseminação de novos programas acadêmicos
1
Este texto é uma versão apenas para o material didático. Apesar disto, considero-o especialmente dedicados no estudo das relações
apropriado para ao tema que estamos tratando nesta disciplina .
de trabalho em geral e de negociações coletivas organização se origina de uma combinação dos
em particular. Com decorrência, surgem nos fatores: i) individuais, que exigem conhecimento
currículos dos Cursos de Administração as de princípios e fatores da personalidade; ii) de
disciplinas de Comportamento Organizacional, grupos, que exigem princípios compreensíveis da
Relações Industriais e Administração de psicologia social, e entendimento da dinâmica de
Recursos Humanos, juntamente com os grupos; iii) organizacionais, que exigem o
primeiros serviços de consultorias e novos cursos conhecimento de princípios tradicionais de
de treinamento de gerentes para lidar com as organização de pessoas ( quadro funcional,
variáveis humanas nas empresas. Segundo o hierarquia, planejamento da produção, e assim
professor Edgar Schein do MIT, um dos por diante ); e iv) soma destes três fatores para a
representantes deste período, é a partir do visão da organização como um todo.
fortalecimento de novos termos como Psicologia O campo do Comportamento
Organizacional que muitas escolas de Organizacional firma-se centrado ao mesmo
Administração começaram a pesquisar mais tempo no agente humano (individual e coletivo) e
efetivamente os campos das relações de trabalho nos sistemas organizacionais. Os autores iniciais
e idéias de psicólogos e sociólogos reforçando o desta corrente estabeleceram as bases
campo do Comportamento Organizacional. conceituais a partir das quais o controle das
variáveis humanas passou a ser considerado
Schein considera que foi com os trabalhos de
viável pelas empresas.
Cris Argyris (1957) em Personalidade e
Organização - que sublinhava o conflito entre o Nas décadas de 60/70 os estudos com
indivíduo e a empresa, e de McGregor(1960) em ênfase na competição tecnológica e na
O Lado Humano do Empreendimento - que adaptação e controle ao ambiente externo
destacava o impacto de diferentes visões experimentaram uma expansão considerável. A
empresariais do ser humano sobre a forma de visão dominante deste período foi que a
lidar com as variáveis humanas, que a área de complexidade internacional, mudanças
Comportamento Organizacional fortaleceu-se; tecnológicas e de relacionamentos com outras
isto porque ―esta área se tornou um advogado organizações produzem incertezas e que exigem
para tratar de forma mais humana os mais atenção que o comportamento humano no
empregados, por mostrar que as pessoas eram, ambiente interno.2 Durante aproximadamente
a longo prazo, mais produtivas e criativas se elas uma década os modelos do chamado
fossem tratadas com mais seriedade.‖ Schein
(1996, pg.231) 2 Entre os problemas estudados ou enfocados neste período, incluíam-se:
 A preocupação de como as organizações enfrentavam estruturalmente as
mudanças e as incertezas ambientais,

A abordagem rotulada de Comportamento  Os trabalhos de aston (1969) e woodward (1965) sobre as variações do fluxo
de trabalho na estrutura e o impacto da tecnologia na estrutura;
Organizacional reuniu inicialmente estudos sobre  A ênfase na estratégia de negócios como elemento para moldar as
organizações a partir do topo; e, como conseqüência, muitos analistas
o funcionamento e da dinâmica das organizações começaram a ver organizações como ferramentas usadas por
administradores na tomada de ação estratégica para avanço dos seus
a partir de como os grupos e indivíduos interesses.

interagem a fim de mantê-las vivas. Segundo  A procura por leis gerais da organização pela atenção sobre as relações
entre tamanho e diferenciação estrutural.
Argyris (1957), o comportamento humano numa  O entendimento, no anos 70, de ligações mais profundas da organização
com processos macro-sociológicos.
racionalismo administrativo3 foram dominantes central para sua compreensão. Questões
entre as prescrições gerenciais. As habilidades vinculando a aprendizagem à cultura
exigidas dos grupos de topo da empresas eram organizacional envolvem, por exemplo, conceitos
no sentido de lidar com suas empresas como um como significação, valoração e reprodução do
todo. A força de trabalho era vista como conhecimento etc. Tal vinculação pode ser
adaptativa à estratégia. percebida no conceito de Shein (1984:25), onde
Porém, em meados da década de 70, a a cultura organizacional é entendida como ―um
Indústria Americana começou a sentir efeitos conjunto de pressupostos básicos que um grupo
ambientais globais (como a competição asiática e inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender
a crise do petróleo e a inflação). Seus modelos a lidar com problemas de adaptação externa e
centrados na indústria tradicional, tecnologia e integração interna [...] e funcionaram bem o
planejamentos centralizados começavam a dar suficiente para serem considerados válidos e
certo sinal de crise. Ao mesmo tempo, uma ensináveis”.
grande migração de mão-de-obra para as áreas
Enfim, apesar de encontrarmos na
de serviço começavam a se verificar, bem como
literatura trabalhos sobre aprendizagem e cultura
a mudança na fidelidade dos empregados para
sua preocupação gerencial foi incipiente nos
com as empresas indicava os sintomas da
anos 80. Porém já se acreditava que esta área
desatenção com o gerenciamento das variáveis
seria de enorme interesse futuro para o campo
humanas. Nesse novo contexto ressurge as
gerencial.
preocupações com temas como cultura
organizacional e, posteriormente, do processo de A partir da década de 90, as questões
aprendizagem. (Barley & Kunda, 1992) sobre o papel do conhecimento e da noção de
Durante toda a década de 80 houve um "organização voltada para o aprendizado"
crescente interesse pelo tema cultura popularizada por Peter Senge tomaram a cena
organizacional tanto entre os pesquisadores dos estudos organizacionais. Senge, por
quanto entre os prescritivos. No final desta exemplo, acredita que as empresas de hoje
década, as noções de cultura e de devem sua vantagem competitiva a sua
comprometimento organizacional tinham-se capacidade de aprender e de continuar
tornados disseminados por uma variedade de aprendendo, seja com elas mesmas e seja com
esforços. O entendimento da cultura outras empresas. Para as comunidades
organizacional passou a ser percebido como industriais o debate foi crescente, como
complementar ao racionalismo administrativo. descrevem Micklethwait & Wooldridge (1998; pg.
As variáveis culturais passam a exercer um 96) ―O mundo empresarial parece ter chegado ao
significativo papel para se compreender o consenso de que aprender é uma boa coisa para
processo de aprendizagem; além de que o os negócios‖.
interesse sobre as questões culturais em torno do
Hoje, apesar do consenso sobre o fato de
entendimento da mudança e inovação tornou-se
que empresas são construções humanas e que
isto implica considerá-las a partir da ação
3 Genericamente podemos considerar o movimento como racionalismo sistêmico
uma vez que neste período as teorias dominantes da prática gerencial davam mais humana, a tecnologia gerencial para lidar com os
importância as variáveis externas do que as internas, ou acreditavam que as
variáveis quantitativas eram mais importantes na equação do controle
organizacional.
fatores humanos das empresas é a tecnologia
mais defasada entre as ferramentas que as considerarmos a possibilidade de revermos
empresa utilizam. nossas pequenas teorias sobre como lidar com
pessoas. Não que achemos que este esforço
A questão então não é mais se as
seja complicado ou inútil, mas talvez porque nos
variáveis humanas são ou não são importantes, e
torna também o objeto de entendimento e nos
sim, quais são as formas de gestão que podem,
exige mudança.
num determinado contexto, contribuir para lidar
com nossas organizações.

O desafio parece estar em considerar com Referências Bibliográficas


mais seriedade que já acumulamos algo em torno 1. Aryris, C. Personalidade e Organização; O conflito entre
o sistema e o Indivíduo. Rio de Janeiro. Ed. Renes,
de 60 anos de estudos sobre o Comportamento 1957
2. Barley, S. & Kunda, G.. Design e Devotion: Surges of
Organizacional, e chegou à hora de usá-lo ao Rational and Normative Ideology of Control in
Managerial Discurse. Administrative Science Quarterly,
nosso favor. O ponto fraco é que inevitavelmente 1992. Cornell University, New York.
3. Hersey, P. & Blanchard, K.H.. Psicologia para
ainda acabamos por usar as nossas pequenas Administradores. São Paulo. Ed.EPU, 1977.
teorias (explicações mais ou menos 4. Hedberg, B. How organizations learn and unlearn. In
Nystrom, P.C. & Starbuch, W.H., Handbook of
sistematizadas da nossa prática) sobre como Organization Design , London, Oxford University Press,
vol. I, 1981.
lidar com a dimensão humana; e ao teorizarmos 5. Kleiner, A . The Age of Heretics. New York. Ed.
Corrency Doubleday, 1996
a partir de nossa prática, relutamos em aprender 6. Micklethwait J. & Wooldridge, A. . Os Bruxos da
Administração; como entender a babel dos gurus
novas maneiras de se lidar com os seres empresariais. São Paulo. Ed. Campus, 1998
7. Nina R. S. Cunha & Telma R. C. G. Barbosa.
humanos em ambientes de trabalho. Aprendizagem nas Organizações: Teorias e Reflexões .
ª
ANAIS do 21 Encontro da Associação Nacional de
Mais do que isto, freqüentemente usamos Programas de Pós-Graduação, 1997
8. Morgan,G. . Imagens of Organization. New York, Sage,
nossa pequena teoria para lidar com os outros 1996.
9. Schein, E.H. Corporative Culture. Sloan Management
humanos (generalização excessiva) e acabamos Review. Winter, 1984
10. ---------------. . How Can Organizations Learn Faster?
simplificar nossa compreensão sobre eles. The Challenge of Entering the Green Room. Sloan
Management Review, Winter, 1993.
Preferimos aprender marketing, finanças, 11. Senge, P. M. A Quinta Disciplina. São Paulo, Nova
Cultural, 1990
produção, planejamento estratégico etc, como
ferramentas gerenciais ao invés de
Comportamento ou de segunda mão, através da experiência
de outros.
Organizacional: uma visão geral Quão exatas são as generalizações que
de Stephen Robbins1 você faz? Algumas podem representar
avaliações extremamente sofisticadas de
comportamento e podem se provar altamente
eficazes na explicação e previsão de
comportamentos de outros. Entretanto, a
SUBSTITUINDO INTUIÇÃO POR ESTUDO maioria de nós também carrega consigo um
SISTEMÁTICO número de crenças que freqüentemente
erram ao explicar por que as pessoas fazem
o que fazem. Para ilustrar, vamos considerar
Cada um de nós é um estudante do as seguintes afirmações acerca de
comportamento humano. Desde nossos comportamentos relacionados a trabalho:
primeiros anos, observamos as ações dos
 Trabalhadores felizes são
outros e tentamos interpretar o que vemos.
trabalhadores produtivos.
Quer você tenha pensado explicitamente
 Todos os indivíduos são mais
nisso ou não, você vem "lendo" pessoas por
produtivos quando seus chefes são
quase toda a sua vida. Você observa o que
amigáveis, confiáveis e acessíveis.
os outros fazem e tenta explicar a si mesmo
 Os melhores líderes são aqueles que
por que eles se engajam neste
têm um comportamento constante,
comportamento. Além disso, você tem
independentemente das situações
tentado prever o que eles deveriam fazer em
que enfrentem.
diferentes conjuntos de condições.
 Todos querem um trabalho
Você já desenvolveu algumas desafiador.
generalizações que considera úteis para  Você tem que amedrontar um pouco
explicar e prever o que alguém faz ou vai as pessoas para que façam o seu
fazer. Mas como você chegou a essas trabalho.
generalizações? Você o fez observando,  A maioria das pessoas está mais
sentindo, questionando, ouvindo e lendo. Isto preocupada com o tamanho do seu
é, sua compreensão vem diretamente de sua salário do que com o tamanho dos
própria experiência das coisas no ambiente salários das outras pessoas..

1Texto resumido de Robbins, S. Comportamento


Organizacional, Pearson, 2006

9
Quantas dessas afirmações você acha geralmente há uma intenção de ser racional
que são verdadeiras? Na maior parte, são e é visto por elas como tal. Um observador
falsas. Mas se essas afirmações são geralmente vê comportamentos como não-
verdadeiras ou falsas não importa de fato, racionais porque o observador não tem
neste momento. O que importa é que muitos acesso às mesmas informações ou não
dos pontos de vista que você tem sobre o percebe o ambiente da mesma forma.
comportamento humano estão mais
Certamente existem diferenças entre
baseados em intuição do que em fatos.
indivíduos. Postas em situações similares,
Como resultado, uma abordagem sistemática
todas as pessoas não agem exatamente da
ao estudo do comportamento pode aprimorar
mesma forma. Entretanto, existem certas
suas capacidades de explicar e de fazer
consistências fundamentais subjacentes aos
previsões.
comportamentos de todos os indivíduos quê
podem ser identificadas e então modificadas
para refletir diferenças individuais.
Semelhanças versus Diferenças
Individuais Estas consistências fundamentais são
muito importantes. Por quê? Porque
permitem que previsões sejam feitas.
Abordagens casuais ou de senso Quando você entra em seu carro, faz
comum para obter conhecimento sobre algumas previsões definitivas e geralmente
comportamento humano são inadequadas. altamente acuradas sobre como outras
Lendo este material, você vai descobrir que pessoas se comportarão. Na América do
uma abordagem sistemática revelará fatos e Norte, por exemplo, você preveria que outros
relações importantes e fornecerá uma base motoristas pararão nos cruzamentos com
de como podem ser feitas previsões de placas de pare e nos sinais de trânsito
comportamento mais exatas. Subjacente a vermelho, dirigirão do lado direito da estrada,
esta abordagem sistemática está a crença de farão ultrapassagens pela esquerda e não
que comportamento não é algo aleatório. Ele cruzarão a faixa dupla continua em estradas
origina-se e é direcionado a um fim que o montanhosas. Note que suas previsões
indivíduo acredita, corretamente ou não, ser acerca dos comportamentos de pessoas
o melhor para ele. atrás dos volantes de seus carros estarão,
quase sempre, corretas. Obviamente, as
Comportamento geralmente é
regras de trânsito fazem as previsões sobre
previsível se soubermos como a pessoa
o comportamento ao dirigir bastante fáceis.
percebe a situação e o que é importante para
ela. Embora o comportamento das pessoas O que pode ser menos óbvio é que
possa não parecer racional para alguém de existem regras (escritas e não) para quase
fora, existe uma razão para acreditar que todas as situações. Portanto, pode-se

10
argumentar que é possível prever faço o que faço" e "o que faz os outros
comportamentos (sem dúvida, nem sempre fazerem o que fazem‖. Claro que uma
com 100% de exatidão) em supermercados, abordagem sistemática não significa que
salas de aulas, consultórios médicos, aquelas coisas que você acabou por
elevadores e na maioria das situações acreditar de forma não-sistemática estão
estruturadas. Por exemplo, você se vira e necessariamente incorretas. Algumas das
fica de frente para a porta quando entra num conclusões deste texto, baseadas em
elevador? Quase todos o fazem. Mas você descobertas de pesquisas razoavelmente
alguma vez leu que é isto que deve fazer? substanciais, irão apenas dar suporte ao que
Provavelmente não! Exatamente como faço você sempre soube que era verdade. No
estas previsões acerca de motoristas de entanto, você também estará exposto a
automóveis (em que há regras definidas para evidências da pesquisa que são o oposto do
estradas), posso fazer previsões sobre que você possa ter pensado que era senso
pessoas em elevadores (em que há poucas comum. Na verdade, um dos desafios de se
regras escritas). Numa sala de aula com ensinar uma matéria como comportamento
sessenta alunos, se você quisesse perguntar organizacional é superar a noção, defendida
algo ao professor, eu prevejo que você por muitos, de que "tudo é senso comum‖.
levantaria a mão. Por que você não bate Você verá que muitas opiniões que você tem
palmas, se levanta, levanta a perna, tosse ou sobre comportamento humano e que chama
grita? A razão é que você aprendeu que de senso comum estão, em um exame mais
levantar a mão é o comportamento adequado apurado, erradas. Além disso, o que uma
na escola. Estes exemplos apóiam uma pessoa considera senso comum
importante afirmação deste texto: freqüentemente é o oposto da versão de
Comportamentos geralmente são previsíveis, outra pessoa sobre o que é senso comum.
e o estudo sistemático do comportamento é Os líderes são construídos ou nascem
um meio de se fazer previsões líderes? O que motiva as pessoas no
razoavelmente precisas. trabalho, hoje em dia? Você, provavelmente,
tem respostas para estas perguntas, e outros
Quando usamos a expressão estudo
indivíduos provavelmente têm respostas
sistemático queremos dizer: observar os
diferentes.
relacionamentos, tentando atribuir causas e
efeitos e baseando nossas conclusões em
evidências científicas — isto é, em dados
coletados sob condições controladas e
medidos e interpretados de uma maneira
razoavelmente rigorosa.

Estudo sistemático substitui intuição


ou aquela "sensação forte" sobre "por que
11
O PROPÓSITO AQUI É INCENTIVÁ-LO A AFASTAR- Existem poucos, se é que existe
SE DE SUAS OPINIÕES INTUITIVAS SOBRE algum, princípios simples e universais que

COMPORTAMENTO E IR EM DIREÇÃO A UMA expliquem o comportamento organizacional.

ANÁLISE SISTEMÁTICA NA CRENÇA DE QUE ESTA Existem leis nas ciências físicas - química,
astronomia, física - que são constantes e se
ANÁLISE APRIMORARÁ SUA EXATIDÃO EM
aplicam a uma grande gama de situações.
EXPLICAR E PREVER COMPORTAMENTOS.
Elas permitem que cientistas generalizem
sobre a força da gravidade ou que mandem
astronautas, confiantemente, ao espaço para
Desafios e Oportunidades para o CO
consertar satélites. Mas, como concluiu um
renomado pesquisador, muito
apropriadamente: "Deus deu todos os
A compreensão do Comportamento
problemas fáceis para os físicos." Seres
Organizacional nunca foi tão importante para
humanos são complexos. Porque não são
os gerentes. Uma olhada rápida em algumas
idênticos, nossa habilidade para fazer
das mudanças drásticas que estão
generalizações simples, exatas e completas
acontecendo agora nas organizações apóia
é limitada. Duas pessoas, freqüentemente,
esta afirmação. Por exemplo, o empregado,
agem de formas muito diferentes numa dada
em geral, está mais velho; mais e mais
situação, e o comportamento de uma pessoa
mulheres e pessoas de raças diferentes
muda quando ela se encontra em situações
estão nos locais de trabalho; cortes de
diferentes. Por exemplo, nem todos são
pessoal e de custos estão rompendo os
motivados por dinheiro, e você se Comporta
laços de lealdade que, historicamente, uniam
de formas diferentes quando está numa
muitos empregados a seus empregadores; e
igreja num domingo e numa festa na noite
a competição global está exigindo que os
anterior.
empregados se tornem mais flexíveis e
aprendam a lidar com mudanças rápidas. Isto não significa, é claro, que não
Resumindo, existe, hoje em dia, um número possamos oferecer explicações
enorme de desafios e oportunidades para o razoavelmente acertadas sobre o
qual os gerentes utilizam os conceitos de comportamento humano ou fazer previsões
CO. válidas. Isto significa, entretanto, que os
conceitos de CO devem reconhecer
condições situacionais ou contingenciais.
Existem Poucas Verdades Absolutas em Podemos dizer que x leva a y, mas somente
se tratando dos fatores humanos sob as condições especificadas em z (as
variáveis situacionais). A ciência do CO foi
desenvolvida usando conceitos gerais e,

12
depois, alterando suas aplicações para a empresa é eficaz quando atinge seus
situação especial. objetivos de nível de vendas ou de
participação de mercado, mas sua
[...]
produtividade também depende de atingir
esses objetivos de forma eficiente. Medidas
dessa eficiência podem incluir retorno do
As Variáveis Dependentes e
investimento, lucro por reais de vendas e
Independentes
produção por hora de trabalho. Em suma, um
dos interesses principais do CO é a
produtividade. Queremos saber que fatores
Variáveis dependentes são os
influenciam a eficácia e a eficiência de
fatores-chave que você quer explicar ou
indivíduos, grupos e de toda a organização.
prever e que são afetados por algum outro
fator. Quais são as variáveis dependentes Quais são os principais determinantes
primárias em CO? Estudiosos tendem a de produtividade, absenteísmo, rotatividade e
apontar produtividade, absenteísmo, satisfação no trabalho? Nossa resposta a
rotatividade e satisfação no trabalho. Por esta questão nos leva às variáveis
causa de sua grande aceitação, devemos independentes. Coerentemente com nossa
usar estas como as variáveis dependentes crença de que comportamento
críticas para a eficácia dos recursos organizacional pode ser mais bem entendido
humanos de uma organização.. quando visto essencialmente como um
conjunto de blocos de construção cada vez
Uma organização, por exemplo, é produtiva
mais complexos, a base, ou primeiro nível do
quando atinge seus objetivos e o faz
nosso modelo, dispõe-se a entender o
alcançando resultados a baixo custo. Assim,
comportamento individual.
produtividade implica um interesse tanto por
eficácia quanto por eficiência.

Um hospital, por exemplo, é eficaz Variáveis do nível individual.


quando satisfaz as necessidades de sua
clientela com sucesso. E eficiente quando
pode fazer isto a um custo baixo. Se um Diz-se que os "gerentes, ao contrário
hospital consegue atingir resultados dos pais, têm que trabalhar com seres
melhores com seu quadro atual de humanos usados, que já não são novos -
funcionários reduzindo a média de dias que seres humanos que outros tiveram primeiro".
um paciente fica confinado a uma cama ou Quando os indivíduos ingressam em uma
aumentando o número de contatos organização, eles são um pouco como carros
funcionário-paciente por dia, dizemos que o usados. Todos são diferentes. Alguns têm
hospital ganhou eficiência produtiva. Uma uma "quilometragem baixa" - foram tratados

13
com cuidado e pouco expostos às realidades os indivíduos agindo do seu próprio jeito. A
dos elementos. Outros estão "bem complexidade de nosso modelo é aumentada
desgastados", foram dirigidos em estradas quando nós reconhecemos que os
em más condições. Esta metáfora indica que comportamentos das pessoas quando estão
as pessoas entram em organizações com em grupo são diferentes de seus
algumas características que influenciarão comportamentos quando estão Sós.
seu comportamento no trabalho. As mais Portanto, o próximo passo no
óbvias são as características pessoais ou desenvolvimento de uma compreensão do
biográficas como idade, sexo e estado civil; CO é o estudo do comportamento de grupo.
as características de personalidade, valores
e atitudes e os níveis de habilidades básicos.
Estas características estão, basicamente, Variáveis do nível da organização.
intactas quando o indivíduo ingressa na força
de trabalho, e, na maioria das vezes, a
gerência pouco pode fazer para alterar isso. O Comportamento Organizacional
Assim, elas têm um impacto verdadeiro no atinge seu nível de sofisticação mais alto
comportamento do empregado. Portanto, quando adicionamos uma estrutura formal ao
cada um desses fatores — características nosso conhecimento anterior de
biográficas, personalidade, valores e atitudes comportamento individual e de grupo. Da
e habilidades. mesma forma que grupos são mais do que a
soma de seus membros individuais, também
Existem pelo menos quatro outras
as organizações são mais do que a soma de
variáveis do nível individual que são
seus grupos de pessoas. O planejamento da
responsáveis por afetar o comportamento do
organização formal, os processos de trabalho
empregado: percepção, tomada de decisão
e cargos; as políticas e práticas de recursos
individual, aprendizagem e motivação.
humanos da organização (isto é, processos
de seleção, programas de treinamento,
métodos de avaliação de desempenho); e a
Variáveis do nível de grupo.
cultura interna tem impacto nas variáveis
dependentes.

O comportamento das pessoas em


grupo é mais do que a soma total de todos

14
MÓDULO 1
FATORES INDIVIDUAIS
DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
NOTA INICIAL SOBRE OS FATORES INDIVIDUAIS DO COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL

Seleme, 2012

Na seleção dos fatores individuais, são Em geral, a relação de causa e efeito,


objetos de interesse da área do quanto estamos falando de fatores do
Comportamento Organizacional, comportamento organizacional,
aquelas variáveis individuais que foram – possuem outras variáveis intervenientes
ao longo dos anos – identificadas como e/ou por variáveis condicionantes ou de
mais significativas para o desempenho controle.
do indivíduo no trabalho em ambientes
corporativos, assim como seus impactos Uma das variáveis individuais mais
sobre coletivos e a organização onde importantes para as empresas é a
ele trabalha. motivação. A razão para isto é que ela
está associada a um desempenho
Como comentamos, há dois grupos de individual superior tanto em qualidade
variáveis individuais que são quanto em metas. Para a área do
consideradas por esta área aquelas que comportamento organizacional a
o indivíduo traz consigo, e outras que ele motivação é igualmente uma das mais
manifesta (de forma individual ou em importantes, mas isto implica em
formação coletiva) enquanto trabalha entender uma série de variáveis
numa organização. associadas, tais como: determinadas
condições psicológicas do indivíduo, sua
O desafio aqui é avaliar quais e como
capacidade de realizar o trabalho e o
estas variáveis individuais afetam o
contexto organizacional de
comportamento dos profissionais, dos
oportunidades e de recompensas. Ou
grupos de trabalho e organizações
seja, a motivação é uma condição
como um todo; principalmente
relevante, mas gerenciá-la implica numa
considerando a diversidade de
complexidade razoável. Mas isto não
contextos e situações que encontramos
significa que não podemos obter este
no ambiente corporativo.
estado, ao contrário.
Por exemplo, sabemos que a forma
Neste módulo dos fatores individuais
como um indivíduo atua no processo
vamos tratar dos seguintes assuntos:
decisório varia de acordo com a
presença ou não de outros indivíduos,  Valores, Atitudes,
com modo como a organização está Comportamentos Individuais e
estruturada ou, ainda, de acordo com a Competências.
situação em si (pressão, risco, tempo,
etc.).  Motivação: Teorias E Aplicações

16
R E V I S A N D O   P O N T O S   E S S E N C I A I S    

• IMPORTÂNCIA E APLICABILIDADE
• ENTENDENDO FATORES 
ORGANIZACIONAIS  CRÍTICOS
• AVALIANDO  MODELOS DE 
MUDANÇA ORGANIZACIONAL 

AS EXPLICAÇÕES BASEADAS NA 
EXPERIÊNCIA VERSUS PESQUISAS  
FATORES DO NÍVEL DOS INDIVÍDUOS

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS VERSUS 
I G UA L DA D E S   C O M P O R TA M E N TA I S FATORES DO NÍVEL COLETIVO

FATORES DO NÍVEL ORGANIZACIONAL
GENERALIZAÇÕES SOBRE O 
CO M P O RTAME NTO  DA S  P ES S OA S

DESAFIOS DA  ÁREA DE 
COMPORTAMENTO  ROBBINS,2006
ROBBINS,2006 O S  FATO R ES D E  
ORGANIZACIONAL   INTERESSE DA ÁREA

1
FAT O R E S   D O   N Í V E L   D O   G R U P O

CARACTERÍSTICAS
BIOGRÁFICAS TO MADA D E LIDERANÇA
D EC I SÃO E M  
GRUPO E CONFIANÇA
P E RC E P Ç ÃO
PERSONALIDADE
E  E M O ÇÕ ES   TO M A DA  D E
DECISÃO
MOTIVAÇÃO I N D I V I D UA L
ESTRUTURA EQ U I P E S  D E
COMUNICAÇÃO DO GRUPO TRABALHO
VA L O R E S
&
AT I T U D E S
APRENDIZAGE
M
I N D I V I DUA L
HAB I LIDADES P O D ER E
CONFLITO
POLÍTICA

FATO R ES   D O   N Í V E L   I N D I V I D UA L

F AT O R E S D O N Í V E L O R G A N I Z A C I O N A L S Í N T E S E   D A   E V O L U Ç Ã O   H I S T Ó R I C A   D A   Á R E A   D E   C O M P O R TA M E N T O   O R G A N I Z A C I O N A L

POLÍTICAS
E PRÁTICAS
Inclusão de 
DE RH Primeiras medidas 
disciplinas  sobre  Primeiros sinais de 
públicas e privadas  revitalização da 
fatores humanos 
em favor dos  área de 
nas empresas. 
trabalhadores comportamento 
Primeiras empresas 
adotando organizacional

Início Crise Final Crise do Início da


CULTURA DESENHO E do sec XX de29 da 2ª GM Petróleo  Globalização
ORGANIZACIONAL ESTRUTURA DA
ORGANIZAÇÃO

Primeiros estudos  
Primeiros  empíricos sobre 
trabalhos sobre  Criação da área de  cultura  e 
MUDANÇA as questões  Comportamento  aprendizagem 
humanas nas  Organizacional  organizacional   
ORGANIZACIONAL empresas

Seleme, 2007

2
Características
Biográficas
VARIÁVEIS
DESEMPENHO
INDIVIDUAIS Habilidades INDIVIDUAL

Aprendizagem

Robbins,2006

CARACTERÍSTICAS BIOGRÁFICAS: RESUMO DOS RESULTADOS

Idade Sexo Estado Estabilidade Habilidades


Civil no emprego

Produtividade Declínio é superado


pela experiência
Não há
Influencia
Não há
estudos suficientes
Produtividade maior
devido maior Refere-se ao uso, pelo
indivíduo, de suas capacidades
experiência
Absenteísmo Idade maior diminui o Mulheres Casados Mais antigos faltam

de desempenhar diversas
número de faltas faltam menos (pesquisas
faltam mais menos
evitáveis claras)

Rotatividade Idade maior menor é


a rotatividade
Evidências Casados ficam mais
tempo no mesmo
Mais estável, menos tarefas (??!).
controversas rotativo.
emprego

Satisfação no Casados são mais


satisfeitos
Mais estável, mais A avaliação do que alguém
Evidências Não há
Trabalho
realmente faz.
satisfeito.
controversas influência (não consideram Tempo influencia mais
outras formas) que a idade

Robbins, 2002

3
CONHECIMENTOS

H a b i l i d a d e s I n t e l e c t u a i s

3 TIPOS H a b i l i d a d e s F í s i c a s

H a b i l i d a d e s E m o c i o n a i s

COMPETÊNCIA ( termo associado)

Competência é um entendimento prático de ADEQUAÇÃO APRIMORAMENTO DAS


situações que se apóia em conhecimentos HABILIDADE- HABILIDADES
adquiridos e os transforma na medida em que TRABALHO VERSUS
aumenta a diversidade das situações (ZARIFIAN,
2001). (opção mais adotada) (opção que vem crescendo)

O que efetivamente se tem potencial para fazer ( saber fazer)

ZARIFIAN, 2001

4
APRENDIZAGEM: UMA DEFINIÇÃO Ou seja,uma mudança
nos processos de
Esta definição pensamentos ou
Qualquer mudança relativamente permanente no pressupõe que a atitudes de um
Aprendizagem indivíduo, se não estiver
comportamento que ocorre como resultado de uma acompanhada de
acontece quando há
experiência. mudança de mudança no
comportamento. comportamento, não é
entendida como
Essa definição está interessada em aprendizagem.
comportamento.

AMBIENTES PARA COMPARTILHAR CONHECIMENTOS

CONHECIMENTO TÁCITO CONHECIMENTO TÁCITO


Teoria  da Aprendizagem  Social
CONHECIMENTO EXPLÍCITO

SOCIALIZAÇÃO EXTERNALIZAÇÃO
CONHECIMENTO TÁCITO

i i
i i i g i
1. Os indivíduos também aprendem  por observação 
do que acontece com as outras pessoas ou pelo que  i i
elas contam, assim como pela experiência direta.
CONHECIMENTO EXPLÍCITO
CONHECIMENTO TÁCITO

g
Nonaka & Konno, 1998

2. Muito que aprendemos vem de modelos ‐ pais, colegas, chefes, 
( e até com) professores, etc o o
g g o g
i
3. Esta visão de aprendermos tanto através da observação quanto de 
g
experiência direta foi chamada de TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL. INTERNALIZAÇÃO COMBINAÇÃO

CONHECIMENTO EXPLÍCITO CONHECIMENTO EXPLÍCITO

5
U M A D E F I N I Ç Ã O

P e r s o n a l i d a d e • soma total das maneiras como • Possui uma base de hardware no


uma pessoa reage e interage qual vamos aprendendo a criar
& E m o ç õ e s com as demais. (jeitão de ser) um software de posicionamento
em relação ao outros. Forma-se
• É um complexo mecanismo até +/- os primeiros 10 anos de
psíquico que regula nosso nossas vidas. ( mas há algumas
posicionamento em relação ao teorias que discordam).
ambiente externo. (um tipo de
R o b b i n s , 2 0 0 6
GPS)

VARIÁVEIS QUE AFETAM A PERSONALIDADE

• Hereditariedade = demarca os parâmetros


ou os limites (segundo algumas pesquisas
+/- até 50%)

• Ambiente = a cultura na qual somos criados.


T R A Ç O S D E P E R S O N A L I D A D E
Berço. Religião. Ideologia; Etc X o quanto o
indivíduo se ajusta ao ambiente. (+
determinante)
São características estáveis e
marcantes que delineiam padrões
• Situação = a forma como nos relacionamos
pode variar em determinadas situações. de comportamento de uma pessoa.

6
O Modelo Big Five – mais confiável
ATRIBUTOS DE PERSONALIDADE

1. EXTROVERSÃO - INTERSUBJETIVIDADE
2. AMABILIDADE – OUVIR E ACEITAR AS IDÉIAS DOS OUTROS
São outras características da personalidade
3. CONSCIÊNCIA – CONFIABILIDADE de uma pessoa que nos ajudam tentar prever
4. ESTABILIDADE EMOCIONAL (OU GRAU DE NEUROTISCISMO)
5. ABERTURA PARA EXPERIÊNCIAS – PREDISPOSIÇÃO PARA APRENDER
como ela se comportará (dentro das empresas,
por exemplo).

C E N T R O D E C O N T R O L E
CENTRO DE CONTROLE - internos(vol) X externos(det)
SATISFAÇÃO ABSENTEÍSMO TURNOVER DESEMPENHO
MAQUIAVELISMO – IP>Icol; pragmático; -Eemocional; COM O
TRABALHO

- + Se dão
AUTO-ESTIMA - gostar de si INTERNO
? melhor em
ambientes
mais livres
AUTOMONITORAMENTO - adaptação aos fatores externo + - Se dão

POSICIONAMENTO DIANTE DO RISCO EXTERNO


? melhor em
ambientes
mais
P E S Q U I S AS I N DI C AM Q U E E S T E S AT R I BU T O S AF E T AM SI G NI FI C AT I V AM E N T E O
orientados
C O M P O R T AM E N T O O R G AN I Z AC I O N AL
ObS: no geral os internais se dão melhor

7
EMOÇÕES
CONCEITOS ASSOCIADOS PARA COMPREENDER O
QUE SÃO EMOÇÕES

• Há centenas de •Na verdade, existem


UMA VARIEDADE DE SENSAÇÕES EPIDÉRMICAS emoções, juntamente mais sutilezas de
IMPULSIVAS EXPERIMENTADAS PELAS PESSOAS.
com suas emoções do que as
combinações, palavras que temos

Emoções:
variações,mutações e para defini-las.
são sentimentos intensos
matizes.
orientados para alguém ou para alguma coisa.

8
PRINCIPAIS CANDIDATAS E ALGUNS DOS MEMBROS DE SUAS FAMÍLIAS

• Ira: fúria, revolta, ressentimento,


raiva, exasperação, indignação,
vexame, acrimônia, animosidade,
aborrecimento, irritabilidade, hostilidade
e, talvez no extremo, ódio e violência
patológicos.

• Tristeza: sofrimento, mágoa,


desânimo, desalento, melancolia, auto-
ALGUNS TEÓRICOS PROPÕEM FAMÍLIAS BÁSICAS DE EMOÇÕES, piedade, solidão, desamparo, desespero
EMBORA NEM TODOS CONCORDEM COM ELAS. e, quando patológica, severa depressão.

Amor:
arrependimento,mortificação e contrição.
• aceitação, amizade,

• Medo: ansiedade,
alegria, alívio,
contentamento, deleite,
confiança, afinidade,
adoração, paixão, ágape.
dedicação,

apreensão, nervosismo, diversão, orgulho, prazer


preocupação, sensual, emoção, • Surpresa: choque, espanto,
consternação, cautela, arrebatamento,
pasmo, maravilha.

escrúpulo, inquietação, gratificação, satisfação,


pavor, susto, terror; e, bom humor, euforia,
como psicopatologia, êxtase e, no extremo,
fobia e pânico. mania. • Nojo: desprezo, desdém, antipatia,
• Prazer:
aversão, repugnância, repulsa.
felicidade,
• Vergonha: culpa, vexame,
mágoa, remorso, humilhação,

9
ESFORÇO EMOCIONAL
Uso mais intenso das emoções no
• Intensidade Duração: repetição desempenho das atividades profissionais.
Emocional: em que e permanência de Ex: Aeromoças
grau as emoções se uma emoção.
manifestam (forte,
moderado ou fraco)
Dissonância Emocional = discordância entre o
• Freqüência e
que estamos sentido e o manifestamos. ( obs:
se mantivermos por muito tempo entramos em
crise emocional)

EMOÇÕES SENTIDAS X EMOÇÕES DEMONSTRADAS


1
Reais x artificiais ( ou exigidas por uma função) As meninas reagem mais
emocionalmente e são mais
Falsas emoções e os sexos ( não confundir com falsas
capazes de perceber as emoções
dos outros?
emoções quando fazemos sexo !!)

10
• As evidências realmente
confirmam as diferenças• Demonstram com mais
entre homens e mulheres freqüência tanto emoções
no que se refere às positivas como negativas,
reações emocionais e à com exceção da raiva.(!!!)
habilidade para entender
as emoções alheias. • Ao contrário dos homens,
as mulheres também se
• As mulheres mostram maior sentem mais confortáveis
expressão emocional do expressando suas
que os homens; emoções.

• Elas experimentam as• Finalmente, elas se saem


emoções mais melhor na percepção de APLICAÇÕES NO ESTUDO DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
intensamente; indícios não-verbais.

O conhecimento e a administração das


emoções podem ajudar na:
• SELEÇÃO A PERCEPÇÃO é um dos assuntos mais
• TOMADA DE DECISÃO importantes para a ciência em geral e para a vida
• MOTIVAÇÃO
cotidiana.
• LIDERANÇA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ( pesquisas)
• CONFLITOS INTERPESSOAIS
Interessa tanto à filosofia e à economia, quanto ao
• ATENDIMENTO A CLIENTES
universo das preocupações mundanas sobre nossas
• DESVIOS DE COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE
TRABALHO ações pragmática do dia a dia.

11
• As possibilidades da PSICOLOGIA
natureza humana em
perceber o mundo que a • Estas duas orientações É O PROCESSO PELO QUAL INDIVÍDUOS
cerca é preocupação humanistas perturbam
constante DA FILOSOFIA. todas as demais ciências
ORGANIZAM E INTERPRETAM SUAS
aplicadas da física até a IMPRESSÕES SENSORIAIS A FIM DE DAR
• As questões cognitivas e ergonomia simbólica do
seus fatores atuantes são webdesign
SENTIDO AO MUNDO AO SEU REDOR.
preocupações da

O INDIVÍDUO QUE PERCEBE

QUANDO UM INDIVÍDUO OLHA UM ALVO E TENTA INTERPRETAR


O PRESSUPOSTO DE ROBBINS SOBRE A COMPRESSÃO DAS COISAS QUE NOS CERCAM
O QUE ELE VÊ, A INTERPRETAÇÃO É FORTEMENTE INFLUENCIADA
SOMOS MAIS ORIENTADOS POR NOSSAS PERCEPÇÕES DO QUE O PELAS CARACTERÍSTICAS PESSOAIS DO INDIVÍDUO QUE O
PERCEBE.
MUNDO É
DO QUE PELA POSSIBILIDADE DE UMA EVIDÊNCIA DEFINITIVA SOBRE O
 Necessidades insatisfeitas = fome e visão (
QUE O MUNDO É
supermercado)  Olhar ou um ouvido treinado” vê e
ouve coisas que um olhar ou ouvido
 Insegurança pessoal = pode levar pessoas comum não percebem. (
ASSIM NÃO VAMOS ALÉM DAS NOSSA PERCEPÇÕES DO QUE
a ver a dedicação dos outros como fenomenologia da obra de arte)
ACREDITAMOS QUE ELE É ameaça.

 Patologias = posturas paranóicas.

 Opiniões anteriores selecionam itens


DISCORDÂNCIA SOBRE ISTO?
que julgamos importantes (o que as
mulheres observam nos homens)

12
ERROS OU VIESES NO JULGAMENTO

1. Erro fundamental de 2. Viés de Autoconveniência =


atribuição = quando julgamos quando os indivíduos atribuem
o comportamento de uma seus sucessos a fatores internos
pessoa e tendemos a (como capacidade ou esforço)
subestimar as causas externas e seus fracassos a fatores
e a superestimar as causas externos ( como a falta de
internas. oportunidade ou a sorte) . ATALHOS FREQÜENTEMENTE USADOS NO JULGAMENTO DOS
OUTROS

P e r c e p ç ã o s e l e t i v a

• Como é impossível
assimilar tudo, então • Sabendo que somos
somos seletivos. seletivos, devemos nos
perguntar se o conjunto
• A percepção seletiva selecionado é razoável
permite que façamos para as conclusões que
E f e i t o H a l o
uma leitura dinâmica tiramos do que
dos outros, mas não percebemos? Quando temos uma impressão geral sobre
sem correr o risco de um indivíduo com base um uma única
formar um quadro característica sua, seja positiva seja
inexato.
negativa.

13
E f e i t o s d e c o n t r a s t e

Projeção De Si
• Normalmente não • Tanto para melhor
avaliamos uma quanto para pior.
pessoa isoladamente • É tendência de atribuir as características
mas sim comparamos • Isto dificulta isolarmos próprias a outras pessoas.
com outros. o indivíduo e o julgá-
• Pessoas que fazem projeções tendem a
lo enquanto tal.
perceber outros de acordo como que elas
próprias são, e não de acordo com que a
 COMO O EFEITO CONTRASTE É INEVITÁVEL, DEVEMOS ESTAR pessoa que está sendo observada realmente é.
ATENTOS QUANTO AOS PARÂMETROS ESCOLHIDOS E AS
PESSOAS QUE ESCOLHEMOS PARA.

Estereotipagem

• Quando julgamos alguém com base em nossa


percepção do grupo ao qual a pessoa pertence.

• Pode ter alguma vantagem pois simplifica o mundo


complexo, mas ao enquadrar as pessoas numa caixinha
há muitos riscos que devemos estar atentos.

 Os estereótipos são os atalhos  Seu amplo uso parece significar


mais usados para julgar as que as pessoas estão cada vez
pessoas, apesar de serem um dos menos dispostas em perceber as
menos confiáveis. diferenças e mais similaridades.

APLICAÇÕES ESPECÍFICAS NAS ORGANIZAÇÕES


Aluno é tudo ....... Professor é tudo ....

14
Expectativas sobre o desempenho

• “Existe um quantidade
Entrevista de seleção
impressionante de evidência que • Esta característica é
Estudo indicam que as decisões da maioria dos demonstram que as pessoas particularmente relevante quando
entrevistadores mudam muito pouco depois dos tentarão validar as suas consideramos expectativas de
primeiros 4 ou 5 minutos da entrevista. percepções da realidade, mesmo desempenho, comportamento e

quando estas percepções estão atitudes no trabalho”

 Segundo Robbins se a entrevista de emprego é erradas.


determinante na decisão de contratação - e geralmente é -
você deve reconhecer que a força dos fatores perceptivos
influenciam sobre quem é contratado e até mesmo a O termo PROFECIA AUTO-REALIZÁVEL ( ou efeito pigmalião) , surgiu para caracterizar o
qualidade dos empregados em uma empresa. fato de que as expectativas influem em seus comportamentos.

Avaliação de desempenho
Esforço do funcionário
• Embora a avaliação possa ser de valores, e eles são em
objetivamente quantificada, parte feitos com as • Seu futuro numa • A maioria das pessoas
muitos cargos ou imperfeições da percepção. organização são mais demitidas por
comportamentos não-técnicos
geralmente não atitudes insatisfatórias e
são avaliados segundo critérios • Logo, o que o avaliador
qualitativos. depende apenas de seu falta de disciplina do
percebe serem características desempenho. que por razões de
ou comportamentos bons ou
• Mensurações qualitativas são incompetência técnica.
maus dos avaliados
mais suscetíveis aos juízos influenciará significativamente
o resultado da avaliação.

15
Valor(es)
VALORES, ATITUDES
& SATISFAÇÃO COM O Valor é uma inclinação, uma preferência ou uma
TRABALHO avaliação adjetivada, a partir de um julgamento sobre
o que acreditamos ou o que conhecemos.

ROBBINS,2006

Robbins,2006

Valor(es)

Valor(es)

São convicções básicas que


Os nossos conhecimentos e as nossas crenças são os
algo (um comportamento ou uma elementos que dão a base para construção dos
opinião) é preferível, a outro oposto nossos valores.
ou contrário. Ou seja, eu julgo e prefiro tomando como base o que
eu sei ou que acredito sobre alguma coisa.

Seleme, 2002

16
Crenças: outras definições
Crença

 convicção profunda e sem justificativas


Crença é um tipo de ASSENTIMENTO do que é a REALIDADE ou racionais sobre qualquer pessoa ou coisa
de como ELA funciona. ( existe, atua, etc)
 disposição meramente subjetiva a considerar
ASSENTIMENTO este desprovido ou carente de Evidências ou algo verdadeiro, por força do hábito ou da
Passos Lógicos, para justificar sua validade vivacidade das impressões sensíveis

mas, aceito, considerado como definitivo ou suficiente para


 convicção de quem se persuadiu de algo pelos
caracteres de verdade que ali encontrou
representar e lidar com a realidade.
Adaptado de
Houaiss, 2003
Seleme, 1997

3
Valores têm

1
Valores atributos de
contêm um intensidade quão
importante é ,
elemento ou seja, qual a
julgador grau de
certo,bom ou importância do
desejável que é valorado. De onde vêm

2
nossos sistemas
Valores têm
de valores?
atributos de
conteúdo
(relevância)
(se algo é
importante ou
não)

17
Mais tarde....
somos expostos a
A porção mais significativa é estabelecida ao longo dos
anos. A convivência na infância outros sistemas
de onde vêm de onde vêm
de valores que
junto a família, professores,
amigos, religião, etc .
nossos sistemas nossos sistemas
conforma nossos valores básicos.
de valores? de valores? podem alterar,
reforçar
ou complementar
os valores básicos.

SISTEMA DE VALORES
IMPORTÂNCIA DOS VALORES

Sistema de Valores é um conjunto


• formam a base do entendimento
de atitudes e da forma como que resume
agimos. as nossas preferências ou
julgamentos sobre o que
• influenciam nossas percepções ( acreditamos e/ou conhecemos
Freqüentemente vemos aquilo que preferimos ver).

18
TIPO DE VALORES
HIERARQUIA DE VALORES
CLASSIFICAÇÃO DE ROKEACH

Todos nós temos uma VALORES TERMINAIS: são os objetivos últimos da vida
hierarquia de valores
das pessoas; aquilo que elas buscam para si.
que forma o nosso sistema de
valores. VALORES INSTRUMENTAIS: são orientações valorativas
que geram modos de conduta ou meios escolhidos
para o alcance dos valores terminais

Exemplos de VT E VI
Como as
VT: uma vida economicamente próspera crenças & os
VI: ambição; dedicação ao trabalho.
valores se
VT: uma vida perigosamente emocionante manifestam ?
VI: poligamia

19
OS COMPONENTES DE UMA ATI TUDE
Atitudes

 manifestação ou declaração das nossas avaliações e Componente de INTENÇÃO Comportamental - refere-


preferências. se a declaração da predisposição de se comportar de
uma certa maneira com alguém ou diante de alguma
 Pode referir-se a declaração da predisposição de se
coisa.
comportar de uma certa maneira com alguém ou
diante de alguma coisa.

 As bases para as atitudes são normalmente os valores,


Componente cognitivo - manifestação Componente Afetivo – carga emocional
mas podem ser conhecimentos, as emoções, os ou declaração das nossa avaliações e
interesses, ou fatores subjetivos. que está associada as nossas atitudes .
preferências.

ALGUÉM DIZ:
ATITUDE É O QUE VOCÊ DIZ (opinião)

“Se eu poder não vou vir nas aulas


Como as
do prof. Acyr, porque ele é muito crenças & os
medíocre e suas aulas me deixam valores se
COMPORTAMENTO É O QUE VOCÊ FAZ ( ação)
manifestam ?
irritada”

20
Satisfação no trabalho = opinião ATITUDES & COERÊNCIA
sobre o ambiente geral do trabalho (
aquilo que eu faço, as pessoas, a
Tipos de
área, a empresa).
Atitudes •

De forma geral, as pessoas procuram coerência em suas atitudes, e
entre suas atitudes e seus comportamentos.

relativas ao Envolvimento com o trabalho =


trabalho mais minha relação e opinião com aquilo
monitoradas que eu estou fazendo.
nas Empresas Isto significa que indivíduos procuram reconciliar atitudes divergentes e alinhar atitudes e
Comprometimento Organizacional = comportamentos para que pareçam racionais e coerentes.
minha relação e opinião com a
empresa na qual estou trabalhando.

1º round

ATITUDES & COERÊNCIA ATITUDES


O CIGARRO É INOFENSIVO !
indústria de cigarro
Representantes da

Você já notou como, muitas


vezes, as pessoas mudam o
que dizem para não
contradizer o que fazem ou
fizeram?
MAS OS DADOS E FATOS PROVARAM QUE O USO DO CIGARRO
PROVOCA DOENÇAS COMO O CÂNCER = COMPORTAMENTOS
PROVAM CONTRÁRIO.

21
MUDANÇA DE ATITUDE
Depois de muita pressão

OK, O CIGARRO É PREJUDICIAL


A SAÚDE, MAS FUMA QUEM QUER!
Quando há uma
incoerência, são iniciados
movimentos para fazer o ATITUDES & COERÊNCIA: OS

indivíduo retornar a um MECANISMOS DE AJUSTES

estado de equilíbrio em que


atitudes e comportamento
são, de novo, coerentes.
2º round

Isto pode ser feito:


O comportamento de um indivíduo pode ser previsto
se conhecemos sua atitude em relação a uma
1. alterando as atitudes ( como no caso questão ou situação?

ATITUDES & COERÊNCIA: OS A PREVISÃO DO COMPORTAMENTO A


MECANISMOS DE AJUSTES
anterior) ou o comportamento ( PARTIR DA ATITUDE

parando de fumar),
2. ou desenvolvendo uma racionalização
para a discrepância (arrumando uma
A resposta é SIM & NÃO
justificativa).

22
DISSONÂNCIA COGNITIVA

qualquer
incompatibilidade
O problema
que um indivíduo possa
A PREVISÃO DO COMPORTAMENTO A
PARTIR DA ATITUDE
da perceber
dissonância entre duas ou mais atitudes
cognitiva ou entre o comportamento
e as atitudes.
Festinger,1957

Como lidamos com a Dissonância Cognitiva?

Ela pode ajudar


O desejo de reduzir ou aceitar a DC depende da:
Quais as implicações a prever a
organizacionais da propensão da pessoas
- importância dos elementos que criaram tal dissonância;
teoria da dissonância
em empenhar-se em
cognitiva?
- influência que o indivíduo acredita ter sobre estes
elementos que a criaram; mudança de atitude
e comportamento
- recompensa(s) que possam estar envolvidas na
dissonância ou na sua eliminação;

23
Não parece lógico que as pessoas
façam aquilo que dizem gostar ou não
façam aquilo que dizem não gostar? Como avaliar o
quanto é válida a
Então, as Atitudes afetam o comportamento, certo?
A PREVISÃO DO COMPORTAMENTO A A PREVISÃO DO COMPORTAMENTO A
relação entre o
PARTIR DA ATITUDE PARTIR DA ATITUDE
que alguém diz
(atitude) e o que
Bem, a relação de causa e efeito entre
atitudes e comportamentos pode não faz
ser assim tão fácil de estabelecer ou
ainda pode nem existir.
(comportamento)?

ATITUDES COMPORTAMENTOS

VARIÁVEIS MODERADORAS

TEORIA DA AUTOPERCEPÇÃO

A PREVISÃO DA CONSISTÊNCIA ENTRE


ATITUDES E “ argumenta que atitudes são
1. Importância do assunto do qual emitimos nossas atitudes COMPORTAMENTOS
2. Especificidade do assunto do qual emitimos nossas atitudes usadas – depois do fato – para
3. Redundância (acessibilidade) na emissão de atitudes sobre um assunto
4. Pressão social quando emitimos nossas atitudes fazer a ação que já ocorreu ter
5. Experiência ou intimidade sobre o que estamos emitindo nossas opiniões
sentido ou uma coerência[...].”

24
A teoria da
Autopercepção preocupa-
se em avaliar quando o
comportamento antes da A PREVISÃO DA CONSISTÊNCIA ENTRE A PREVISÃO DA CONSISTÊNCIA ENTRE A validade das pesquisas
de atitudes ou de opinião
ATITUDES E ATITUDES E
COMPORTAMENTOS COMPORTAMENTOS
atitude tem uma relação
mais consistente do que
atitude antes do
comportamento.

SATISFAÇÃO COM O TRABALHO

É uma atitude geral de um indivíduo em


relação ao seu trabalho e entorno dele.

SATISFAÇÃO COM O TRABALHO

25
Satisfação x Produtividade
Trabalho mentalmente desafiador

Condições de trabalho apoiadoras


BAIXA CORRELAÇÃO
O que determina Recompensas Justas SATISFAÇÃO PRODUTIVIDADE

a satisfação no
Colegas que dêem apoio
trabalho?
MAIOR CORRELAÇÃO
Ajuste personalidade-cargo PRODUTIVIDADE SATISFAÇÃO

Genética (?!) Será que isto pode ser generalizado?

Satisfação & Rotatividade


Satisfação & Absenteísmo
Encontramos um relação negativa,
Encontramos um relação negativa constante, mas a correlação é mais forte do que
mas a correlação é moderada, geralmente a que encontramos para o
menos do que + 0,4.
absenteísmo.

26
ativo

Saída Falar

construtivo
Negligência Lealdade

passivo Passivo mas otimista na


Passivo , permite que as espera pelas coisas
Como os empregados podem condições piorem, faltando ao melhorarem. Defende
externamente a empresa e
expressar insatisfação? trabalho ou com atrasos
crônicos. confia na melhora

RELEVÂNCIA DO TEMA MOTIVAÇÃO

 A motivação é um dos  Sua importância justifica-


fatores mais importantes se porque ela afeta as
ASPECTOS CONCEITUAIS E para o desempenho das formas diferenciais pelas
PRÁTICOS SOBRE MOTIVAÇÃO
pessoas no trabalho. quais as pessoas
executam suas atividades

ROBBINS,2006

27
DIVERSOS ESTUDOS EVIDENCIAM QUE A MOTIVAÇÃO
DIVERSOS ESTUDOS EVIDENCIAM QUE A MOTIVAÇÃO
CONTRIBUI PARA LEVAR AS PESSOAS A:
CONTRIBUI PARA LEVAR AS PESSOAS A:
• TEREM MAIS pré-definidos
preocupação com a • SEREM mais atenciosas com
Qualidade do que fazem • SEREM mais receptivas a os clientes Entre os comportamentos
aprender novas formas
diferenciais, PESSOAS
• TEREM MAIS de aprimorar a maneira
preocupação com o de fazer as coisas. • FALTAREM menos ao trabalho MOTIVADAS tendem a ser
cumprimento de prazos mais cuidadosas com
• VEREM o trabalho como questões de segurança.
• TEREM MAIS parte de suas realizações
preocupação em gerar pessoais.
resultados esperados ou

O Q U E É M O T I V A Ç Ã O
RELEVÂNCIA DO TEMA MOTIVAÇÃO

Processo responsável
Os ganhos gerados pelo comportamento motivado das
pela intensidade,
pessoas no trabalho é altamente desejado e tratado por
Empresas que apresentam desempenho superior. direção e persistência
dos esforços de uma
Embora não seja tão trivial dispor de funcionários motivados, pessoa em direção ao
alcance de uma
este desafio faz parte das práticas gerenciais recomendas
determinada meta.
pela Ciência da Administração a mais de 50 anos.

28
elementos básicos da motivação PRINCÍPIOS DA MOTIVAÇÃO

As pesquisas e abordagens 2. Motivação não é um atributo


O campo da motivação busca objetivos importantes 
modernas da motivação fixo do indivíduo: a
entender, explicar e prever: (intensidade de ação).
baseiam-se em três princípios motivação pode mudar em
virtude de mudanças na
básicos:
3. Por quanto tempo um  empresa.
1. Quais, dos muitos possíveis  1. Motivação não é
indivíduo persevera na  diretamente medida (não
motivos, um indivíduo  3. A motivação tem seu
direção da realização de um  existe um motivômetro!): o
escolhe para agir. (foco) principal efeito no
que se observa é um
objetivo, especialmente  comportamento: o que o
conjunto de
quando enfrenta dificuldades  indivíduo escolhe fazer e em
2. Quanto esforço um indivíduo  comportamentos e
que intensidade.
(persistência de ação). resultados.
despende para realizar 

VALOR RELATIVO DA MOTIVAÇÃO NO TRABALHO PARA A EMPRESA

VALOR RELATIVO DA MOTIVAÇÃO NO TRABALHO PARA A EMPRESA Os estudos sobre a


Centralidade e o Trabalho
• O foco da ação nos leva à  indicam que as pessoas
questão do significado do  • Este é o interesse dos  atribuem diferentes graus

trabalho na vida das pessoas.  estudos sobre  a  de importância ao trabalho Assim, um funcionário pode


comparativamente às ser apático no trabalho, mas
Centralidade, isto é, o que é 
demais atividades que extremamente motivado
central na vida das pessoas. 
realizam, ou diferentes quando está atuando junto a
papéis que exercem nas
sua comunidade religiosa.
suas vidas.

29
Valor relativo da motivação no trabalho para a Empresa

Os estudos também  Assim, uma funcionária  que sempre 
indicam que as  demonstrou motivação no trabalho,  MOTIVAÇÃO:
quando voltando de uma licença 
pessoas variam a  maternidade, pode passar a não  4 teorias recentes sobre o tema
apresentar – por algum tempo – um 
Centralidade ao longo 
estado motivado no desempenho de 
de suas vidas. suas tarefas na Empresa. ROBBINS,2006

TEORIA DO PLANEJ A M E N T O DO TRABAL H O MODELO DE PLANEJAMENTO DO TRABALHO

 Pesquisas recentes  Então, antes de nos


“As abordagens tradicionais à motivação tendem
mostram que concentrarmos na
a focalizar as pessoas. Mas um grande desafio é
determinadas motivação como um
mudar o contexto do trabalho, antes de investir
características associadas fenômeno humano
ao trabalho podem podemos avaliar o quanto em esforços nos funcionários.”
aumentar ou reduzir a o trabalho em si pode
motivação. afetar a motivação Splitzer, 1995
daquele que o executa.

30
CARACTERÍSTICAS PERCEPÇÕES E SENTIMENTOS Resultados
DO TRABALHO EM RELAÇÃO AO TRABALHO POSSÍVEIS

POSTURA
DO FUNCIONÁRIO

• VARIEDADE DE
Alta Motivação interna
HABILIDADES
PERCEBE SEU TRABALHO do trabalho
• IDENTIDADE DA CONCLUSÃO: Mexer nas características do trabalho pode gerar
TAREFA COMO IMPORTANTE
• SIGNIFICÂNCIA DA resultados positivos desde de que os funcionários efetivamente
TAREFA
Desempenho de
alta qualidade no trabalho percebam‐no com clareza, se sintam responsáveis por ele e atribuam
CONSIDERA-SE
• AUTONOMIA RESPONSÁVEL PELO QUE importância no que fazem.
FAZ
Alta satisfação
com o trabalho
Então é relevante mudar para, ou reforçar, uma postura
• FEEDBACK TEM CLAREZA SOBRE OS
RESULTADOS DO QUE FAZ positiva dos funcionários quanto à importância de suas
Baixo Absenteísmo e
Baixo turnover atividades, por mais restritas que individualmente sejam.

MODELO DE PROCESSO DE INFORMAÇÃO SOCIAL MODELO DE PROCESSO DE INFORMAÇÃO SOCIAL

• Pessoas podem ver o  • O fato de que as pessoas  VÁRIOS ESTUDOS CONFIRMAM A Trabalho.


mesmo trabalho e avaliá‐lo  respondam aos seus  VALIDADE DO MODELO PIS. POR EXEMPLO:
de forma diferente.  empregos como elas os   Novos empregados ou aqueles
percebem em vez dos   A motivação e a satisfação recém transferidos ou
próprios empregos 
podem ser manipulada por promovidos são mais
objetivos é a tese central do 
ações sutis em comentários de receptivos à informação social
modelo de processamento 
de informações sociais.  colegas e chefes sobre os do que os demais.
desafios, crescimento, etc, no

31
SEGUNDO AS PESQUISAS SOBRE EQUIDADE

TEORIA DA EQUIDADE • A avaliação de equidade não está só baseada nos 
ganhos diretos ($). Muitas vezes julgamos os ganhos 
indiretos (status, autonomia, ambiente de trabalho, 
COMPARAÇÃO PERCEPÇÃO etc).
R/Ea < R/Eb Injustiça por ser sub‐recompensado
• os julgamentos não se referem apenas às diferenças 
R/Ea = R/Eb Eqüidade (justiça) de ganhos pelos esforços (justiça de 
R/Ea > R/Eb Injustiça por ser Super‐recompensado distribuição).
R/Ea = resultado de A/ esforço ou investimento de A 
R/Eb = resultado de B(s)/ esforço ou investimento de B
• Em muitos casos, o julgamento recai sobre os 
critérios utilizados para determinar a forma de 
distribuição das recompensas (justiça de 
processo)

Segundo Robbins(2006) algumas questões sobre esta


teoria ainda não estão claras, como por exemplo:
T I P O S   D E   E X P E C T A T I V A S
• Quando há conflito de • Quando o número de
equidade (o mercado diz ganhos diretos e indiretos
1 2 3
uma coisa, a empresa são múltiplos e muito Esforço
individual
Desempenho
individual
Recompensas
organizacionais
Metas
pessoais
defende outra) distintos caso a caso.

• Quando há falta de • Quando as formas de 1.  Na  relação  esforço‐desempenho


informações para fazer recompensas se alteram
comparações (sigilo, por constantemente. 2.  Na  relação  desempenho‐recompensa
exemplo) 3.  Na  relação  recompensa‐meta s pessoais

32
Va l o r   r e l a t i v o   d a   m o t i v a ç ã o
VA L O R   R E L AT I V O   D A   M O T I VA Ç Ã O

“Além da necessidade de ser ter Habilidade para que a 
motivação efetivamente contribua para um Desempenho 
Superior, devemos considerar também a Oportunidade ou as 
condições adequadas para que as pessoas possam atuar.”

Seleme apud Robbins, 2006 “ Quando multiplicada pela motivação, a habilidade ganha 


vida!”Spitzer, 1995

VA L O R   R E L AT I V O   D A   M O T I VA Ç Ã O ALTO NÍVEL DE NECESSIDADE DE AUTO‐REALIZAÇÃO
(PODE IGNORAR ESTÍMULOS EXTERNOS)

PLANEJAMENTO DO TRABALHO
MOTIVAÇÃO

COMPARAÇÃO
CRITÉRIOS  DOS GANHOS  
DE EQUIDADE
CAPACIDADE PARA R/IA=R/IB
DESEMPENHO

Desempenho
= f(CxMxO) ESFORÇO
INDIVIDUAL
DESEMPENHO
INDIVIDUAL
RECOMPENSAS
ORGANIZACIONAIS
OBJETIVOS
PESSOAIS

SISTEMA  REFORÇO NECESSIDADES


OPORTUNIDADE HABILIDADES OBJETIVO DE
AVALIAÇÃO DE
DOMINANTES
DESEMPENHO

33
PROGRAMAS DE RECONHECIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS

 Podem ser bem aproveitados  saturação.
ALGUMAS DAS  para se obter resultados focados 
P R I N C I PA I S   em campanhas, programas, etc.  Ter em mente que os 
P R ÁT I C A S   funcionários gostam de ser 
M OT I VA C I O N A I S    Uma variedade de formas de  reconhecidos pelo seus esforços 
A D O TA D A S   P E L A S   reconhecimentos podem gerar  é o principal valor a ser ter em 
EMPRESAS bons resultados, observando as  mente. Já as formas devem ser 
recomendações da teria do  customizadas a situação.
reforço, por exemplo, quanto a 

E X E M P LO S  D E  FO R M A S  D E  R ECO N H EC I ME NTO  P R AT I C AD OS  

 Programa Incentivo a  descanso EXEMPLOS DE PROGRAMAS DE ENVOLVIMENTO DO EMPREGADO


inovações – viagens, prêmios
 Programa de Bem com a Vida  Programa idéias & ações – de   Administração Participativa na Composição de representantes
tomada de decisão dos interessados no negócio ou
– reconhecimento via  reconhecimento simbólico até 
(normalmente liberdade de da empresa. (?)
divulgação interna carros como e não o que)
 Programa Banco de idéias – Programa os Melhores –  Programas Participação

divulgação, diploma, café da  cursos e treinamentos   Grupos de Qualidade ($!) Acionária ( incluir como sócios)

manhã especiais
 Participação Representativa
 Projeto Pensa – dias de 

34
PROGRAMAS PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA (INCLUIR COMO SÓCIOS)

Resultados são positivos se Os funcionários precisam se


associados a um estilo sentirem “sócios”, e não verem
PROGRAMAS DE ENVOLVIMENTO DO EMPREGADO
participativo de administração esta forma como um adicional
Pesquisas entre países mostram que os (permitindo que eles de salário ( que é apenas a
programas de envolvimento devem efetivamente atuem nas divisão dos lucros).
observar os achados do Modelo Globe de decisões estratégicas) e
valores, principalmente quanto aos fatores divulgação constante da
distância do poder e coletivismo. situação da empresa.

PROGRAMAS DE 
EXEMPLOS DE FORMAS DE ENVOLVIMENTOS PRATICADOS REMUNERAÇÃO   A flutuação no pagamento variável 

• Programa de orçamento grupos de Direção (NE) VA R I ÁV E L tornou‐se atraente porque transforma 

participativo ( em todos parte dos custos fixos em custos 


os níveis) • Programa de Resolução variáveis de mão‐de‐obra, reduzindo 
de Problemas ( em conseqüentemente despesas quando o 
• Programa de Grupos de todos os níveis) desempenho declina.
Análise Crítica (NO),
grupos Gerenciais (NT), • Grupos de Melhoria
A S R E GR A S D E U T I LI Z A ÇÃ O N O B R A S I L

35
PROGRAMAS
DE Programas de
remuneração
4
REMUNERAÇÃO
VARIÁVEL variável funcionam?
☻REMUNERAÇÃO POR UNIDADE PRODUZIDA
TIPOS Aumentam a
☻INCENTIVOS SALARIAIS motivação
MAIS ea
☻PARTICIPAÇÃO NO LUCROS produtividade?
COMUNS
☻PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS SEGUNDO AS PESQUISAS, PARECE QUE
PRV SIM, E SÃO COMPATÍVEIS COM A

TEORIA DAS EXPECTATIVAS

PROG R AMAS D E  R E MU N E R AÇ ÃO   VAR I ÁV E L

Alguns pontos fracos dos 
programas de remuneração 
variável as possíveis  O ESTRESSE NO 
imprevisibilidades dos ganhos; as 
expectativas de manutenção do  TRABALHO & SUA 
salário; e as possíveis ameaças de 
receber menos por desempenhos  ADMINISTRAÇÃO
gerados por fatores externos 
(2008‐2009).

36
“ Estresse é uma condição dinâmica ANTES DE LIDAR COM O ESTRESSE
na qual um indivíduo é confrontado das pessoas no trabalho, tenha
com uma oportunidade, limitação ou em mente que:
demanda em relação a alguma coisa
que ele deseja e cujo resultado é  O que a empresa considera um
percebido, simultaneamente, como estímulo positivo para manter a
importante e incerto.” adrenalina correndo nas veias
muito poderá se tornar pressão
Robbins (2006:438) excessiva sobre os empregados.

E S T R E S S E     P O S I T I V O   E   N E G AT I V O FONTES POTENCIAIS CONSEQÜÊNCIAS 

Fatores Ambientais: Sintomas fisiológicos:
Alta
•incertezas econômicas dores de cabeça
•incertezas políticas •pressão alta
•incertezas tecnológicas ESTRESSE  •doenças cardíacas
E X P E R I M E N TA D O
Fatores organizacionais:
•exigências da tarefa Sintomas psicológicos:
•exigências do papel •depressão
•exigências interpessoais •ansiedade
•estrutura organizacional •diminuição da 
•liderança organizacional DIFERENÇAS INDIVIDUAIS: satisfação no emprego
•estágio da vida  • PERCEPÇÃO
organizacional • EXPERIÊNCIAS NO CARGO Sintomas 
• APOIO SOCIAL comportamentais:
Fatores individuais: •produtividade
• CONFIANÇA NO LUGAR DE 
•problemas familiares •absenteísmo
CONTROLE INTERNO
Baixa  •problemas econômicos •rotatividade
ESTRESSE Alta  • HOSTILIDADE
•personalidade

37
MÓDULO 2
FATORES COLETIVOS
DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

17
NOTA INICIAL SOBRE OS FATORES COLETIVOS DO COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL

Seleme, 2012

Em sua grande maioria, uma outros indivíduos ou com os grupo de


organização é uma unidade social, referência, e – por decorrência – como
diferente de família ou grupo de amigos, estas relações afetam o desempenho
que foi deliberada e formalmente criada individual e coletivo. Os assuntos mais
(intesionalidade) para atingir tratados são: liderança, negociação e o
determinados objetivos por um processo de comunicação entre os
determinado ou indeterminado tempo indivíduos. No que diz respeito ao nível
de vida (perenidade). coletivo ou grupal, como uma unidade,
destacam-se os interesses pela análise
Segundo este entendimento ela se
da estrutura e dinâmica destes grupos.
enquadra no estudo da sociologia dos
grupos formais, ou dos coletivos No nível do coletivo ou social, a
formalmente criados. Para este tipo liderança é o tema de maior destaque. E
social específico, os fatores sociológicos não é só por influência de Hollywood. O
como comunicação, formação e fenômeno da liderança diz respeito,
dinâmica de grupos de trabalho, entre outras coisas, as possibilidades de
liderança e negociações estão entre os indivíduos influenciarem outros indivíduos,
temas de maior interesse, pois são grupos e organizações em determinada
considerados como aqueles que direção na busca atingir objetivos; e isto
possuem um significativo impacto sobre está no dna das organizações enquanto
o desempenho individual, coletivo e formas sociais específicas.
organizacional.
Neste módulo vamos tratar dos seguintes
Para a Área De Comportamento fatores deste nível social:
Organizacional duas dimensões destes
 Comunicação
coletivos sociais específicos são levadas
em conta: a relação dos indivíduos  Liderança
enquanto atores sociais, e a estrutura e
 Negociação
comportamento coletivo ou grupal.
Enquanto atores social, interessa avaliar  Estrutura e dinâmica de grupos e
as relações entre os indivíduos com equipes

18
27/11/2012

C O N C E I T O

PROCESSO ATRAVÉS DO QUAL AS


PESSOAS - OU SISTEMAS - PROCURAM

COMPARTILHAR SIGNIFICADOS
ATRAVÉS DA TROCA DE MENSAGENS

SIMBÓLICAS.


FUNÇÕES BÁSICAS DA COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO COMO CONTROLE DO COMPORTAMENTO

• Exigências que os subordinados feedbacks para melhorar


comuniquem a seu superior desempenho.
controle questões relativas ao trabalho.
Relatórios. Apresentação,etc. • Quando um grupo controla o
motivação comportamento de um de seus
expressão emocional • Quando se comunica aos membros comunicando qual
empregados as METAS,a deve ser o seu comportamento.
informação distância dos resultados e

1
27/11/2012

• Comunica objetivos COMUNICAÇÃO


• O ambiente de trabalho
COMUNICAÇÃO tornou-se espaço no
• Transmite reforços COMO qual as pessoas
COMO
FACILITADORA
• Fornece feedback MANIFESTAÇÃO passam a demonstrar
DE ESTADO cada vez mais seus
DA MOTIVAÇÃO
• Explicita a equidade
EMOCIONAL sentimentos e
• Oferece clareza para as expectativas emoções.
Ver emoções

• Função organizacional básica da


COMUNICAÇÃO comunicação é INFORMAR:
PARA TROCAR transmitir os dados com O PROCESSO DE
INFORMAÇÕES significados para identificar e
COMUNICAÇÃO
avaliar alternativas de escolhas.

2
27/11/2012

4 FATORES AFETAM A A FORMA DE CODIFICA R:


4 FATORES AFETAM A FORMA DE CODIFICAR

Habilidades = o sucesso em Conhecimentos = nossa


comunicar depende de habilidades como comunicação está circunscrita a extensão dos
A A nossos conhecimentos.
escrever, falar, ler, ouvir e raciocinar.
FONTE CODIFICA FONTE CODIFICA
UM PENSAMENTO
Atitudes = como sabemos,
UM PENSAMENTO Sistema sociocultural =
nossa posição no sistema sociocultural, as
temos idéias preconcebidas quanto a inúmeros crenças e valores atuam para influenciá-lo
assuntos, e nossas comunicações são afetadas como um fonte comunicadora.
por essas atitudes.

• Quando falamos, o discurso é a


mensagem. CANAL

MENSAGEM • Quando escrevemos o texto é a


mensagem.
é o meio através da
DECODIFICAÇÃO
É O PRODUTO FÍSICO qual a mensagem viaja.
REAL DA • Quando pintamos, o quadro é a mensagem. Antes da mensagem poder ser
CODIFICAÇÃO DA • Quando gesticulamos, os movimentos dos recebida os símbolos nela devem ser
FONTE. traduzidos, para poder ter algum
braços e as expressões da face são a significado ao receptor.
mensagem.

3
27/11/2012

O RETORNO

é a verificação de quanto  E R R O S D E VI D O
O RECEPTOR sucesso tivemos em AO S  ESCOLHA
P R ECONCEITOS , E R R AD A D O S  ESCOLHA DO
é o objeto transferir nossas SÍMBOLOS E
 C O D I FI C AÇ ÃO C ONHE C IME NTOS C AN AL E R R AD O
para quem a mensagens como E R R AD A , E TC ; QUE C O N FU S ÃO N O OU COM MUITO
mensagem é pretendidas
Assim como o codificador foi AFE TA M O CONTE ÚDO DA RUÍDO
dirigida. limitado por suas
originalmente. PROCESSO DE M E N S AG E M

habilidades,atitudes, D E C O D I FI C AÇ ÃO .

conhecimentos e sistema Ele determina se a


sociocultural, também o compreensão foi
receptor o é. alcançada ou não.

Redes formais em Redes de rumores: são


pequenos grupos são informais são livres e
geralmente delimitadas às movem-se em qualquer
atividades sejam verticais ou direção, os conteúdos são os
horizontais. mais diversos.

4
27/11/2012

R E D E S
• Ela não é controlada pela administração; E M

3
P E Q U E N O
S
• Ela é percebida pelos funcionários como mais G R U P O S
crível e confiável;
CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS DA
REDE DE RUMORES : • Ela é amplamente utilizada para servir aos
interesses das pessoas dentro dela.

ALGUNS RESULTADOS DE ESTUDOS SOBRE REDES INFORMAIS

 Informações sobre transferência das


ALGUNS RESULTADOS DE ESTUDOS SOBRE REDES INFORMAIS
acontecimentos de interesse informações SÃO CHAVES NO
geral tendem a fluir entre os ENTENDIMENTO DAS REDES  PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DOS ASSUNTOS
principais grupos funcionais INFORMAIS. Quais as
( isto é, finanças,  AMBIGÜIDADE DAS INFORMAÇÕES RECEBIDAS
condições que
produção,etc) mais do que  Os estudos feitos apontam
dentro deles. que , em média, 75% do que alimentam uma  ANSIEDADE PELO DESDOBRAMENTOS DE
é transmitido são exatos rede de rumores? DETERMINADAS SITUAÇÕES
 Elementos (pessoas) de
ligação fixo para a

5
27/11/2012

ALGUNS RESULTADOS DE ESTUDOS SOBRE REDES INFORMAIS


 São importantes e eficazes
A constante existência de segredos e
 Pode indicar problemas nas
competitividade interna por recursos e poder que Redes formais de comunicação
ALGUMAS CONCLUSÕES DAS
fazem parte da vida organizacional geram níveis de O que a mantém
funcionando? REDES INFORMAIS  Parece ser possível mapear
incerteza e ansiedade que mantém em níveis de
boatos e rastrear seus fluxo
funcionamento as redes de rumores. pois os boateiros são poucos
(+/- 10%) e os mesmos

REDUZINDO AS CONSEQÜÊNCIAS NEGATIVAS DOS RUMORES

 Definir um cronograma das as vantagens e as desvantagens


COM UNI C A Ç Ã O E LE T RÔNI CA
decisões importantes ( datas das das decisões e planos futuros
decisões e suas conseqüências)  E-mails
 Discutir abertamente as piores  MSN, Skipe, etc(?)
 Explicar as decisões e os possibilidades ( ex. gás boliviano)  Redes intranet e extranet
comportamentos assumidos que – nada provoca mais ansiedade
possam ser inconsistentes ou do que uma rumores  Videoconferências e audiconferências
misteriosos fantasmagóricos.  etc
 Apresentar sempre que possível

6
27/11/2012

As novas formas de
comunicações
 Como as novas eletrônicas alteram de
tecnologias alteram a modo mais radical as

maneira das pessoas noções de tempo e


espaço das atividades C O M U N I C A Ç Ã O
se comunicarem nas E L E T R Ô N I C A
C O M U N I C A Ç Ã O profissionais.
organizações? E L E T R Ô N I C A

ESPAÇO Os possíveis problemas


AQUI LONGE DAQUI
do uso intensivo das
comunicações
eletrônicas para as
COMUNICAÇÃO empresas:
AGORA

COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO

PRESENCIAL À DISTÂNCIA on line E


A QUESTÃO DO CONTROLE
TEMPO

VIRTUALIDADE

A QUESTÃO DA MOTIVAÇÃO C O M U N I C A Ç Ã O
COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO E L E T R Ô N I C A
DEPOIS

OFF LINE Remota OFF LINE A EXPRESSÃO EMOCIONAL

O FUTURO SUPERARÁ TODAS AS DIFICULDADES DA COMUNICAÇÃO VIRTUAL

7
27/11/2012

GESTÃ O DO CON HECIMEN TO E O PAPEL DA COMUN ICA ÇÃ O


• Comunicar as experiências e os conhecimentos coletivos
• Reter as experiências das pessoas que saem da organização
• Apoiar os novos projetos com as lições tiradas dos anteriores

A COMUNIC AÇ ÃO É IMP ORTANTE TANTO P ARA GE RAR AS BASE S DE


CONHE C IME N TOS QUAN TO P ARA DE CIDIR AS FORMAS DE COMP AR TILH AR

E S C O L H A DO CANAL DE COMUNICAÇÃO
MAIORES INFORMAÇÕES PROCURAR PROF. SELEME

 Conversas face a face

 videoconferências P O R QU E AS P E S S O AS E S C O L H E M U M C AN AL D E C O M U N I C AÇ ÃO E M R E L AÇ ÃO A U M O U TR O ?

 Conversas telefônicas

D i s c u r s o s
 Voice-mail
ao vivo
 CONFORTO X AVERSÃO
 G r u p o s d e d i s c u s s ã o o n - l i n e ( groupware)

 E-mails
 HABILIDADE X INABILIDADE


Discursos gravados

Memorandos, Cartas
 ANSIEDADE

8
27/11/2012

COMO GERENTES DE ALTO DESEMPENHO USAM OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO ?

 Tendem a dar mais  São mais capazes de


atenção aos meios de combinar a riqueza dos
comunicação do que os canais diante da
gerentes de baixo ambigüidade da
desempenho. comunicação.

B A R R E I R A S PARA A COMUNICAÇÃO EFICAZ

6 MAIS COMUNS ENTRE EMISSORES E RECEPTORES

F I L T R A G E M
B A R R E I R A S PERCEPÇÃO SELETIVA
PARA A
SOBRECARGA DE INFORMAÇÕES  QUESTÕES ATUAIS SOBRE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
E M O Ç Õ E S
EFICAZ
L I N G U A G E M
M E D O O U A V E R S Ã O

9
27/11/2012

COMUNICAÇÃO EM
AMBIENTES DE
PESQUISA COM EMPRESAS QUE COMUNICARAM
MUDANÇA RADICAL BEM SUAS MUDANÇAS RADICAIS

ROBBINS, 2002

ROBBINS, 2002

O VALOR DE UM PROGRAMA
DE COMUNICAÇÃO INTERNA
Sob o novo contrato, com os trabalhadores
O futuro das pessoas em uma Como isso me afetará? O VALOR
assumindo uma responsabilidade muito
empresa vem se tornando mais Por que isso está ocorrendo? DE UM
incerto. PROGRAMA maior por suas próprias carreiras, As

As pessoas, cada vez mais,


DE pessoas sentem necessidade de mais
COMUNICA
querem saber a razão que informação para que possam tomas
ÇÃO
fundamenta as decisões e decisões de carreira inteligentes.
mudanças que estão sendo INTERNA
feitas.
ROBBINS, 2002
ROBBINS, 2002

10
27/11/2012

Os empregados não querem


As pessoas estão buscando algo
ser tratados como
O VALOR da administração para compensar a O VALOR
DE UM DE UM crianças,com informação
PROGRAMA diferença entre o que eles PROGRAMA parcelada em pedacinhos ou
DE costumavam ter garantido e o que têm DE
COMUNICA COMUNICA sem informação por medo de
ÇÃO agora. UMA DESSAS COISAS É A ÇÃO que ela possa ser mal-
INTERNA INFORMAÇÃO. INTERNA
interpretada ou não entendida.
ROBBINS, 2002 ROBBINS, 2002

É melhor dar às pessoas os fatos assim que eles


se tornem disponíveis. Quando os empregados precisam de informação
O VALOR O VALOR
e não a estão obtendo,
DE UM DE UM
Isso diminui o poder dos boatos e aumenta a PROGRAMA PROGRAMA
credibilidade da gerência. DE eles caem de novo nos canais informais para DE
COMUNICA preencher o vazio, COMUNICA
ÇÃO ÇÃO
INTERNA mesmo que esses canais forneçam apenas INTERNA
O custo da não-comunicação em tempo
boatos sem fundamento.
apropriado é o descontentamento, a raiva e a
perda de confiança. ROBBINS, 2002 ROBBINS, 2002

ROBBINS, 2002

11
27/11/2012

Nas organizações onde a


Os empregados variam no tipo de informação de que
administração mantém a O VALOR
necessitam e a forma mais eficaz para a receberem.
O VALOR
informação fluindo continuamente, DE UM DE UM
PROGRAMA PROGRAMA
DE DE
os empregados tendem a aceitar COMUNICA COMUNICA
mais facilmente o erro ocasional ÇÃO Os gerentes precisam reconhecer isso ÇÃO
INTERNA e planejar seu programa de comunicação de INTERNA
ou a omissão. acordo.
ROBBINS, 2002 ROBBINS, 2002

Pesquisa com empresas norte COMUNICAÇÃO EM AMBIENTES DE MUDANÇA RADICAL

A DIREÇÃO DEVE
COMUNICAÇÃO americanas que passaram por DISCURSO
ÊNFASE NA
SABER DA COMPROMISSO EM
EM AMBIENTES algum tipo de mudança drástica, IMPORTÂNCIA DA DEVE SER COMUNICAÇÃO

DE MUDANÇA indica que as mais bem sucedidas 1 VARIÁVEL


COMUNICAÇÃO PARA
2 COERENTE
COM A
3 MANTER O FLUXO
DE COMUNICAÇÃO 4 FACE-À-FACE DEVIDO
A COMPLEXIDADE DA
RADICAL O SUCESSO DA DE MÃO DUPLA SITUAÇÃO
levaram em conta as seguintes PRÁTICA
MUDANÇA
questões: ROBBINS, 2002

ROBBINS, 2002

12
27/11/2012

COMUNICAÇÃO EM AMBIENTES DE MUDANÇA RADICAL


• TRANSMITA AS DECISÕES FUNDAMENTAIS DE MANEIRA RACIONAL

CO-RESPONSABILIDADE SEM MEDO DE LIDAR AS MENSAGENS A 5 DICAS PARA • TRANSMITA SEMPRE QUE FOR SOLICITADO, PRESTEZA É VITAL
COM AS MÁS NOTÍCIAS SEREM
PELA COMUNICAÇÃO AMBIENTES DE
5 6 7
COMUNICADAS • COMUNICAR CONTINUAMENTE, NÃO FIQUE ENTRANDO E SAINDO DO AR
COM OS EMPREGADOS OU COM AS
DEVEM SER
ENTRE DIREÇÃO E DIFICULDADES COMPREENSÍVEIS
MUDANÇA • LIGUE O “GRANDE QUADRO” COM O “PEQUENO QUADRO”
PARA O PÚBLICO
DEMAIS NÍVEIS DE ADVINDAS DA
PRETENDIDO
RADICAL • NÃO DETERMINE DE QUE MANEIRA AS PESSOAS DEVEM SENTIR-SE EM
GERÊNCIA. MUDANÇA. RELAÇÃO ÀS NOTÍCIAS
ROBBINS, 2002

ROBBINS, 2002

COMUNICAÇÃO DA MUDANÇA

• Possui como finalidade alinhar a comunicação de todos os


esforços que serão desenvolvidos.

CONSTRUINDO UM PROGRAMA  • É um esforço sistemático concebido para divulgar tanto o


DE COMUNICAÇÃO DA  andamento dos projetos como para dar visibilidade dos
MUDANÇA mesmos dentro da comunicação corporativa
SELEME,2009

13
27/11/2012

COMUNICAÇÃO DA MUDANÇA ALGUNS PARÂMETROS PARA CONSTRUIR UM PLANO DE COMUNICAÇÃO

• Os gestores da 
mudança precisam  • Usamos o termo 
dar o tom da  “Parâmetros da 
comunicação, o  Comunicação” para 
rumo que direciona  indicar balizadores 
toda a  na construção de 
comunicação, tanto  um plano de 
em forma quanto  Comunicação da 
em conteúdo. Mudança

Pressupostos Norteadores  Enquadramento Estético
1. SOBRIEDADE: o tom das  querendo saber é um bom 
comunicações deve ser o mais  ponto de partida. Imaginar ou  1. OFICIALIDADE: todas as  comunicação não 
bem cuidado em termos de  saturar os canais de 
sobriedade, tanto na forma  comunicação da empresa com 
comunicações devem ser  poluídas (a comunicação 
quanto no conteúdo. Estamos  informação sobre a mudança é  assinadas por seus  também é limpa...)
falando de uma ferramenta de  procedimento burro. responsáveis legais. 
mudança e não de um jornaleco 
do grêmio estudantil. 3. ALINHAMENTO: a criatividade é 
Todas as comunicações  3. SALIÊNCIA: busca pela 
bem vinda desde que se  corporativas devem ser  valorização individual 
2. PRESTEZA: o que deve ser  respeitem os parâmetros de  timbradas. dada pelo receptor a um 
comunicado precisa ter uma  comunicação e o cronograma de 
justificativa clara. E esta deve  execução. Nada de ações em 
determinado conteúdo e 
ser centrada no seu público‐ paralelo, ou informais. Ninguém  2. ESTILO CLEAN: formas  uma particular forma de 
alvo. Monitorar as informações  deve “atravessar o samba”.  claras e peças de  comunicação.
que os funcionários estão 

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CALENDÁRIO DE CO MUNI CAÇÃO DA M UDANÇA CO RPORATIVA

• As Mensagens e os conteúdos  Um programa de comunicação da mudança 
FORMA 
segundo seus públicos‐alvos corporativa precisa conter um calendário geral da 
E CONTEÚDO:  comunicação da mudança corporativa onde estão 
MÍDIAS E  • As mídias ou as formas de  descritos os eventos relativos aos preparativos da 
comunicar adequadas ao  mudança corporativa e relativos às fases de sua 
MENSAGENS
públicos‐alvos. execução.

 COMUNICAÇÃO ENTRE HOMENS E MULHERES A COMUNICAÇÃO É UM ATO DE


A
intimidade dá
EQUILÍBRIO CONTÍNUO, ênfase à
Existem proximidade e
diferenças ALTERANDO as coisas em
AS NECESSIDADES comum.
entre homens e
mulheres, CONFLITANTES A independência dá
DE INTIMIDADE ênfase ao
quanto à
comunicação? VERSUS posicionamento e a
INDEPENDÊNCIA diferenças.
D e b o r a h T a n n e n , 1 9 9 3

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27/11/2012

 as mulheres falam e ouvem uma


 Os homens usam o falar para dar
ênfase ao status ,
 linguagem de conexão e intimidade;

comunicação comunicação
entre homens e entre homens e
 As mulheres usam o falar para criar  os homens falam e ouvem uma
mulheres mulheres
conexão. linguagem de status e
independência.

Deborah Tannen,1993 Deborah Tannen,1993

Para muitas mulheres, as conversas são Para muitos homens, conversas são
negociações para que as pessoas busquem basicamente
 
alcançar comunicação comunicação
entre homens e para preservar a independência entre homens e
confirmação mulheres mulheres
e apoio.
para manter o status.

Deborah Tannen,1993 Deborah Tannen,1993

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27/11/2012

Mulheres criticam homens


Por que a diferença de por não saberem ouvir.
 
sexos, geralmente, criam comunicação comunicação
entre homens e entre homens e
barreiras de comunicação mulheres mulheres
Homens reclamam que mulheres
face-à-face?
falam demais sobre seus problemas.
Deborah Tannen,1993 Deborah Tannen,1993

quando homens ouvem um As mulheres apresentam o problema para ganhar


problema, eles freqüentemente
afirmam independência e controle apoio e conexão, não para receber conselhos do
oferecendo soluções.  homem. A compreensão mútua é simétrica.

comunicação comunicação
Muitas mulheres, por outro lado, entre homens e entre homens e
vêm contar um problema apenas mulheres Porém, dar conselhos é assimétrico - determina o mulheres
como um meio de obter doador de conselho como mais conhecedor, mais
confirmação e/ou apoio.
razoável e mais no controle.

Deborah Tannen,1993 Deborah Tannen,1993

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27/11/2012

Homens são, geralmente, mais


diretos do que as mulheres na Uma mulher pode dizer:
conversação.
  “Você já viu o relatório de
COMUNICAÇÃO Um homem pode dizer: COMUNICAÇÃO marketing sobre esse
ENTRE HOMENS E ENTRE HOMENS E assunto?”
MULHERES “ Eu acho que você está errada MULHERES
( a implicação é de que o relatório pode conter algo de
nesse assunto.” errado)

Deborah Tannen,1993 D e b o r a h Ta n n e n , 1 9 9 3

Os homens freqüentemente vêem a forma Os homens geralmente criticam as


indireta feminina como “sorrateira” ou
mulheres por parecer estarem se
“evasiva”.
  desculpando o tempo todo. (ruminação)
COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO
ENTRE HOMENS E Enquanto as mulheres não são tão ENTRE HOMENS E Homens tendem a ver expressões como
MULHERES preocupadas com o status e a independência MULHERES “Sinto muito” significando que a mulher
que a forma direta freqüentemente cria.
está aceitando a culpa, quando ele sabe que
ela não é culpada.
Deborah Tannen,1993 Deborah Tannen,1993

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27/11/2012

A mulher também sabe que não é culpada.

 O problema é que as mulheres Isso contribui para distanciar


COMUNICAÇÃO normalmente usam “Sinto muito” para
ENTRE HOMENS E expressar: homens e mulheres em seus
MULHERES esforços para se comunicarem.
”Eu sei que você não deve estar gostando disso; eu
também.” Deborah Tannen,1993

Deborah Tannen,1993

O SILÊNCIO COMO COMUNICAÇÃO

Quais os problemas de

COMUNICAÇÃO comunicação ao tentar
“POLITICAMENTE ser “politicamente
CORRETA” correto”?

PROBLEMA TIPICAMENTE USA

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27/11/2012

ALGUMAS DIFERENÇAS:
Como os indivíduos

podem melhorar suas   SEMÂNTICAS


comunicações comunicações
comunicações entre entre culturas entre culturas DIFERENÇAS DE TOM

culturas? DIFERENÇAS ENTRE PERCEPÇÕES

 Suponha diferenças até que as semelhanças sejam


4 provadas.

REGRAS  Dê ênfase mais à descrição do que à interpretação ou


à avaliação.
QUE
 Busque a empatia
PODEM
SER Trate suas interpretações como uma hipótese inicial.

ÚTIL

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27/11/2012

A IMPORTÂNCIA DO TEMA LIDERANÇA

LIDERANÇA:teorias &  Mobiliza pessoas em torno de metas


práticas recentes  Catalisa interesses coletivos
 Conduz processos de negociação em
situações de conflitos
 Muda comportamentos e opiniões
das pessoas
 Conduz Mudanças

O VA L O R R E L AT I V O D A L I D E R A N Ç A

 As Características das Corporações, como


DEFINIÇÃO

regras de funcionamento e delimitações


estruturais, podem restringir boa parte do
papel da liderança (Rosenzweig, 2008)

 Nem toda a liderança é “boa”, ou é pró-


mudança, muitas são pró-manutenção do
status quo, ou ainda jogam contra a
corporação.

21
27/11/2012

A PALAVRA CHAVE É INFLUÊNCIA


LIDERANÇA & LÍDER
QUEM NO QUE PARA QUE OU
COMO INFLUENCIA
INFLUENCIA INFLUENCIA POR QUE

INFLUENCIAR
com atitudes e atingir metas,
indivíduos e comportamentos,
comportamentos reforçar ou alterar
grupos, ou atitudes &
(dando exemplo), valores,
outras crenças, e
gerando promover
organizações resultados
resultados mudanças

ORIENTAÇÕES TEÓRICAS CLÁSSICAS

CONSENSO E AS DIVERGÊNCIAS SOBRE A LIDERANÇA

FOCO NOS A
QUE LIDERAM

FOCO NAS
RELAÇÕES

Bs
FOCO NOS
C
S e l e m e , 1 9 9 4

FOCO NO
LIDERADOS
CONTEXTO

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27/11/2012

enfoques ou interesses mais comuns do assunto

 Sobre os atores envolvidos (As e Bs, principalmente)


• Como ser um A? O que define um A?
• Como melhorar a posição de A? etc.
+/- +/- +/- +/-
 Sobre as diferentes atuações de A, com variados perfis 1950 1970
+/-
1985 1995 2005

de Bs, em diferentes contextos ou situações.


 Sobre os processos de influência e aceitação (relações

Liderança Distribuída
a serem aprendidos

e Comportamentos
Traços Individuais
Comportamentos

outros enfoques
entre A e B)

Características

Situação ou

Revitalização
Contexto
individuais
 Sobre os resultados da liderança (desempenho,

Seleme, 2005
mudança, resistências, etc.).

Abordagem das Características Individuais


ABORDAGENS DOMINANTES

Das Características Individuais


Sucesso
Traços ou
Comportamentais características de
individuais
Contingenciais liderar

Adaptado de Robbins, 2006

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27/11/2012

Abordagem das Características Individuais


De onde vem estes traços ou características pessoais?
Alguns traços básicos de personalidade ou
características pessoais adquiridas que os líderes
 As pessoas nascem com eles (gen A e o possuem, identificados nas pesquisas:
gen B), (gen – hormônios – padrões de
comportamento) - Ambição e energia
- Previsibilidade
 Da personalidade (perspectiva dominante
da teoria dos traços) - Autoconfiança e adaptação

 De outras características individuais


- Conhecimentos relevante ao cargo
(como inteligência emocional e estilo de
aprendizagem) - Desejo de liderar (!!)

EXEMPLOS DE TRAÇOS DE GRAU DE IMPORTÂNCIA PARA DEFINIR


CONSIDERADOS O PERFIL DO LÍDER
PERSONALIDADE & LIDERANÇA

5 elementos-chave da inteligência Grau de importância para o perfil dos


•extroversão - intersubjetividade Quando Alto (ligada a energia e ambição emocional líderes
e a habilidade de convencer)
Autoconsciência = auto-avaliação
realista e de um senso de humor
•centro de controle - internos X Líderes tendem a ser mais internais,
voltado a autocrítica.
externos com um desejo de mandar mais do
Autogerenciamento = confiabilidade e
que ser mandado.
capacidade de lidar bem a
ambigüidade OS PESQUISADORES TÊM PROCURADO
• consciência – confiabilidade Quando Alto Automotivação = orientação para DEMONSTRAR QUE, EM ALTO GRAU,
conquistas ESTES ELEMENTOS SÃO POTENCIAIS PARA
•estabilidade emocional (neuroticismo) – Quando Alta (reforça a autoconfiança
capacidade de lidar com as suas emoções Empatia = habilidade de entender e O SUCESSO DOS LÍDERES
e o equilíbrio)
lidar bem com pessoas
•posicionamento diante do risco Quando Alto
Habilidades Sociais = demonstrada
•automonitoramento - adaptação através da capacidade de mobilizar
aos fatores exte Quando Alto esforços e pessoas ,de persuasão

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ORIENTAÇÃO PRÁTICA SE ACEITARMOS A ABORDAGEM DAS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS


S o b r e a Te o r i a d o s T r a ç o s
Definir as habilidades de
2 conclusões recentes segundo Robbins (2006): liderança necessárias

• Determinados traços de personalidade (medidos


principalmente pelo teste do BIG-FIVE) e Inteligência O QUE FAZER?
Emocional elevada parecem indicar um potencial
de liderança. Identificar o perfil mais
adequado
• Porém, traços de personalidade não garantem a
Selecionar ou contratar o
qualidade da influência e dos resultados obtidos. melhor perfil

PARA OS ADEPTOS DA ABORDAGEM DAS


CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS Abordagem Comportamental
ENTENDIMENTO: as características individuais estáveis diferenciam
os líderes dos não-líderes, sendo que treinar em novas
características é um esforço pouco válido.
Descubra quais são Encontre
RECOMENDAÇÕES PARA OS PROFISSIONAIS: se você quer liderar - suas habilidades Líderes de
descubra os seus traços de personalidade, grau de inteligência
emocional, e outros atributos pessoais e saiba tirar o melhor sucesso
proveito deles, ou aprimorá-los.

RECOMENDAÇÃO PARA AS CORPORAÇÕES: construa um perfil


Depois treine as pessoas nestas
desejado para liderança para cada necessidade específica; só habilidades e você terá líderes mais bem
selecione pessoas que se aproximem dele.
sucedidos.

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27/11/2012

Modelos Comportamentais Modelos Comportamentais

 Os estudos comportamentais defendem que o sucesso dos Enfoques Recentes


líderes não depende fundamentalmente de traços pessoais.
 É preciso ir além do potencial, e identificar os Modelos que vêem os líderes
comportamentos efetivos que diferem os líderes dos como indivíduos que inspiram seus
demais.
seguidores por meio de suas
 Então seria possível capacitar as pessoas para desenvolver palavras, idéias e
estes comportamentos de sucesso.
comportamentos.

Liderança Carismática (egocêntrica)


Modelos Comportamentais
Comportamentos & Atitudes
Liderança Carismática (egocêntrica) • Vender um Propósito Maior (uma imagem articulada que
mistura solução com desejos individuais dos liderados e
Quando os seguidores do líder que provoca entusiasmo e aquiescência).
atribuem a ele capacidades • Ter Disposição (para correr riscos por esta visão, e as vezes
heróicas ou extraordinárias de consideradas por eles como uma missão de vida)
liderança, a partir da • Ter Sensibilidade (do ambiente, do momento e das
observação de determinadas necessidades ou carências dos liderados)
atitudes e comportamentos • Agir de forma incomum (ações solitárias, desafios,
enfrentamentos, etc, ou seja, quem quer se passar como
deste líder.
herói tem que adotar comportamentos julgados por seus
seguidores como heróicos)

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27/11/2012

Liderança Carismática (egocêntrica) Liderança Carismática (egocêntrica)

Dicas para tornar-se carismático PRÓS & CONTRAS

1. Demonstre sempre uma perspectiva otimista para a resolução de


problemas Prós Mais fácil de mobilizar os liderados
Mais fácil de “persuadi-los”
2. Demonstre paixão pelas coisas para gerar entusiasmo nos outros
Mais fácil fazê-los confiar na pessoa do que nas suas
3. Aprenda a se comunicar com o corpo para reforçar as palavras.
idéias
4. Descubra desejos coletivos reprimidos e os use-os para criar
vínculos e inspirar as pessoas a segui-lo. Liderados com altos graus de motivação

Resultados
5. Traga à tona o potencial das pessoas e manipule suas emoções. Liderados se sentem fazendo parte de algo maior
Liderados mais confiantes em seu líder

Eu tenho dúvidas quanto a ordem, mas que parece que pode funcionar, parece

Liderança Carismática (egocêntrica)


Modelos Comportamentais
PRÓS & CONTRAS
Li derança T ransformaci onal (alt ruísta )
Contras
• Manipulação generalizada É um tipo de liderança centrada nos liderados, que
• Adesão cega e alto grau de dependência está preocupada em fortalecer as pessoas a sua
volta oferecendo:
• Do ponto de vista sistêmico é um risco sistêmico  Apoio intelectual e
• Os que se acham carismáticos podem acabar frustrados,  Consideração individualizada
revoltados, ou até mesmo loucos.

Este enfoque tem sido alvo de enorme interesse.

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27/11/2012

Li derança T ransformaci onal (alt ruíst a ) Modelos Comportamentais


Comportamentos & Atitudes
Liderança Visionária
 Inspire os seguidores a se superarem e alinharem seus
interesses com os objetivos comuns. Comunique altas • Habilidade de explicar e esclarecer a visão para
expectativas, procure expressar propósitos importantes de forma
simples; os outros.
 Preste atenção nas necessidades de crescimento de
seus seguidores e motive-os para o aprendizado. Tenha • Habilidade de expressar a visão não apenas
consideração individualizada, trate cada empregado
individualmente. verbalmente mas através de comportamentos.
 Forneça sentido de missão, instile orgulho, ganhe respeito e
confiança. • Habilidade de desdobrar a visão aos diversos
 Promova a inteligência e orientação para solução cuidadosa de
problemas. contextos, ambientes e áreas da organização.

ORIENTAÇÃO PRÁTICA SE ACEITARMOS A ABORDAGEM COMPORTAMENTAL


PARA OS ADEPTOS DA ABORDAGEM COMPORTAMENTAL

Definir as habilidades de
liderança desejadas ENTENDIMENTO: comportamentos de liderança podem ser
desenvolvidos

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS PARA OS PROFISSIONAIS: defina que tipo


O QUE FAZER? de líder você quer ser, e encontre um programa de capacitação
que o permita desenvolver os comportamentos adequados ao
perfil desejado
Treinar candidatos

Avaliar desempenho PARA AS CORPORAÇÕES: defina o perfil ou os perfis de liderança


desejados e ofereça um programa de capacitação para
formação de lideranças.
Selecionar o melhor

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27/11/2012

Abordagem Contingencial ou Situacional Pressuposto da Abordagem Situacional

Mesmo se desenvolvermos nas pessoas os


Traços
ou
Liderança comportamentos e atitudes, descritos pelas
Comportamentos
adequados Eficaz Teorias Comportamentais, não podemos

garantir que os líderes serão eficazes em

qualquer situação.
SITUAÇÃO

Modelos Situacionais Modelos Situacionais

NÍVEIS DE ANÁLISE - Os fatores situacionais típicos: O líder situacional: dois enfoques básicos

 A situação em si (de risco, de pressão, 1. Um tipo de líder para cada situação


complexa, etc.) (líder variável com comportamentos/ atitudes fixas)
 O tipo de liderados (motivação,
competência, experiência, geração, 2. Flexibilidade do líder para cada
personalidade, etc)
situação
 As características da Empresa (estrutura
(líder fixo com comportamentos/atitudes variáveis)
das tarefas, cultura, etc)

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27/11/2012

Modelo Situacional Modelo Situacional


Teoria da Adequação da personalidade à situação
TEORIA DA RELAÇÃO LÍDER- LIDERADOS (LMX)
PERSONALIDADES
ERÓTICA
RELAÇÕES OBSESSIVA
Liderança A FORMAIS NARCISISTA
+
ESTILOS DESEMPENHOS
DIFERENTES
DE LIDERANÇA DIFERENCIADOS
+
Bons Marvados
SITUAÇÃO Maccoby, Harvard 2002

Personalidades Predominantes 1. ERÓTICOS Liderança & Personalidade 1. Líderes Eróticos

 Os líderes eróticos normalmente não se sobressaem e


podem parecer até medíocres em determinadas
 sua preocupação com aceitação é grande.
situações.
 sua tolerância a conflitos pessoais é baixa.
 sua atenção para com os outros é grande.
 Podem ter bom desempenho com equipes com
integrantes motivados (tipo de Bs), em situações onde
 é a mãezona, o ombro amigo. É O SAZON. conta com boa legitimidade (A).

 Nas demais situações são ineficientes, pelo exagero


de aceitação que precisam para liderar (por vezes
chamado de líder bundão).
Maccoby, Harvard 2002 Maccoby, Harvard 2002

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27/11/2012

Personalidades Predominantes 2. OBSESSIVO Liderança & Personalidade 2. Líderes Obsessivos

 Os líderes obsessivos são oportunos em situações em que se


 É autoconfiante e consciencioso. exige atenção aos detalhes.
 Busca criar a ordem e primam pela eficiência.
 Procura fazer as pessoas entender os objetivos e  São preocupados com os resultados e metas; em seguir o
planejamento, mostrar resultados (cultura de metas).
as regras.
 Procura resolver os conflitos.  São bons analistas de problemas, e preocupados em definir
 Está buscando atingir a melhoria em tudo. caminhos mais seguros (atuam bem em situações de
 Fala mansa. Não se altera fácil. mudança com riscos controlados)

 Se dão bem em equipes de alta influência. (operam bem


em ambiente de eficiência operacional)
Maccoby, Harvard 2002

Personalidades Predominantes 3. NARCISISTA Liderança & Personalidade 3. Líderes Narcisistas

 É independente e não se impressiona facilmente.  Os líderes narcisistas têm visões convincentes, e até
 É inovador em busca de poder e glória. emocionais e boa habilidade para atrair seguidores.
(adoram riscos e desafios)
 É o “sabe tudo”.
 Não busca ser amado e sim ser admirado ou até
 São retóricos habilidosos e sedutores. Gostam de ter
seguidores, mas não de conviver com eles ou deixá-los se
temido. É mais ele do que os outros. aproximar. Gostam de mobilizar grandes grupos de trabalho
 É mais auto-confiante. e de ter um batalhão de gente dependendo deles.
 É meio paranóico.  São convictos e pouco sensíveis às críticas. São pouco
empáticos. São competitivos e promovem a competição e,
por vezes, o conflito.
 Gostam de ambientes de inovação e mudanças.
Maccoby, Harvard 2002

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27/11/2012

Modelo Situacional

O modelo situacional de Ken Blanchard, 2007

é o modelo mais conhecido e adotado de liderança situacional Ken Blanchard,2007

A2 - TREINAMENTO
A3 – APOIO

A1- DIREÇÃO
A4 - DELEGAÇÃO

BAIXO
TRATAMENTOS
DIFERENTES PARA
PESSOAS DIFERENTES &
TRATAMENTOS
TRATAMENTOS
DIFERENTES PARA DIFERENTES PARA A
Ken Blanchard,2007 PESSOAS
DIFERENTES
MESMA PESSOA

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27/11/2012

ORIENTAÇÃO PRÁTICA SE ACEITARMOS A ABORDAGEM CONTINGENCIAL


Nível de Desenvolvimento I ndividual

 É importante não enquadrar as pessoas em Definir as habilidades


Avaliar a situação
exigidas
determinado nível de desenvolvimento para todas as
situações.

 O nível de desenvolvimento não se aplica à pessoa, O QUE FAZER?


mas sim à competência e empenho que essa pessoa tem
em atingir uma meta ou cumprir uma tarefa específica.

 Um indivíduo pode estar em determinados níveis de


Opção MIX
desenvolvimento, dependendo da meta ou tarefa.
Selecionar + Treinar

PARA OS ADEPTOS DA ABORDAGEM CONTINGENCIAL

ENTENDIMENTO: o sucesso da liderança está em descobrir os líderes


potenciais, e aprimorar suas capacidades de influência de acordo
com as situações necessárias. A LIDERANÇA DO
IMPLICAÇÕES PRÁTICAS PARA OS PROFISSIONAIS: descubra os seus
PONTO DE VISTA
traços potenciais de liderança e invista no aprimoramento das DOS LIDERADOS
respectivas habilidades associadas, e aprenda a perceber as
características dos liderados

PARA AS CORPORAÇÕES: mapeie as características individuais, defina


os estilos de liderança desejados, e ofereça cursos focados para
cada perfil, ou treine os líderes para serem flexíveis de acordo com
seus liderados

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27/11/2012

QUESTÕES EMERGENTES DO PONTO DE VISTA DOS LIDERADOS

Teoria da Transferência
A Por que os Liderados obedecem o Líder?

Porque os liderados vêem o Líder como uma


figura Paterna, Materna, o Fraterna, transferindo
TRANSFERÊNCIA
Bs as mesmas formas de obediência a estes para o
Líder.
CONFIANÇA C
FOCO NOS Michael Maccoby, Harvard Business Review,2004
LIDERADOS

CONFIANÇA DOS LIDERADOS NO LÍDER


Tipo de Características da aceitação da liderança
transferência

Paterna
Respeito, medo, aceitação firme. B necessita de
atenção exclusiva, e vê o líder como melhor que
Confiança parece ser uma
necessidade contínua das A
ele, sendo mais tolerante com as posturas do líder. lideranças
FOCO NA
Respeito, carinho, proteção. B necessita de provar RELAÇÃO
Materna que é bom, que merece colo, não quer magoar o
Confiança é fundamental
Bs
líder, e espera que o líder perdoe seus erros.
para aceitação da liderança

Fraterna
Menos respeito, medo, ou aceitação. B exige mais
espaço, cobra mais e quer o mesmo que o irmão
(LEGITIMIDADE)
C
mais velho.

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27/11/2012

Confiança dos liderados


TIPOS DE CONFIANÇA NAS RELAÇÕES ENTRE A & B

•UMA EXPECTATIVA POSITIVA QUE A OUTRA


Confiança baseada no CONTRATO
PESSOA (líder) NÃO AGIRÁ DE MANEIRA
OPORTUNISTA ou sacana. Confiança baseada no CONHECIMENTO

(ESTA EXPECTATIVA GERA UMA PREDISPOSIÇÃO PARA ACEITAÇÃO PELOS LIDERADOS)


Confiança baseada na IDENTIFICAÇÃO

Q U E S T I O N A M E N T O S C O MU N S D O S L I D E R A D O S Confiança na liderança
O líder é ou não do ramo ? O líder tem confiabilidade?
(CONHECIMENTO) (CONTRATO)  Confiança não se ganha na sorte, se
cultiva.

 Logo, trate praticar e estimular as


O líder me defende ou me protege Até onde eu posso ir com este líder? pessoas a praticar atitudes e ações que
se precisar ?
(CONTRATO E IDENTIFICAÇÃO)
(IDENTIFICAÇÃO)
gerem e reforcem a confiança.

Robbins & Finley, 1997

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27/11/2012

Exemplos de Posturas que revelam e reafirmam a confiança: Equação Econômica da Confiança

 Ser aberto, justo e estar disposto a ouvir  Segundo o especialista Stephen R. Covey, a

 Não vacilar na hora de decidir algo importante desconfiança é muito morosa e custosa.
 Não deixar ninguém na linha de tiro ou praticar fogo amigo  a confiança, ao contrário, agiliza os processos de
 Dar créditos a quem merece
negócio e reduz custos.
 Respeitar opiniões
 Estar atento aos sinais individuais
Confiança = Velocidade Custo
 Investir nas pessoas

Robbins & Finley, 1997


Confiança = Velocidade Custo

M i to s s o b r e a C o n f i a n ç a

MITO REALIDADE

A confiança é tangível, real e quantificável. Ela afeta de forma


A confiança é intangível.
mensurável tanto a velocidade quanto o custo.

A confiança é lenta. Nada é tão rápido quanto à velocidade da confiança.

A confiança é construída unicamente A confiança é uma função tanto do caráter (que inclui
Covey, 2008

sobre a integridade integridade), quanto da competência. DILUINDO A INFLUÊNCIA


DO LÍDER
Ou você confia ou não confia A confiança pode ser tanto edificada quanto destruída.

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27/11/2012

REDUZINDO AS DIFERENÇAS ENTRE A E BS


REDUZINDO AS DIFERENÇAS ENTRE A E BS

 Esta perspectiva de liderança tem sido alvo de


A um expressivo interesse.
assimetria

FOCO NA
 Aqui vamos encontrar desde as novas atribuições
RELAÇÃO de A (como servidor, coach, apoiador, etc.),

Bs  até a extinção da figura de um líder fixo e o


compartilhamento da liderança.
C
Liderança Compartilhada = relação MAIS
simétrica

Empowerment
Líder Coach e Líder Servidor

Investir nos liderados para aumentar suas


participações nas decisões e aumentar o
Criação de líderes mentores (mestre)
grau de autonomia de suas ações.
para dar apoio aos liderados (discípulos)
em suas atividades e carreira .
Rumo à Liderança Compartilhada

37
27/11/2012

Superliderança
Níveis de
 Trabalhar para que os liderados se tornem livres
liderança
de líderes quanto à motivação e orientações.

 Esforços para diminuir a dependência de


assimetria das relações A e B.
Quantos líderes existem em
uma Empresa?
(Na linha do: desperte o líder que há em você)

Concentração da influência na Organização o risco sistê m ic o da lider anç a

Exemplos do impactos negativos de riscos sistêmicos não calculados:

 Empresas familiares com pai que decide tudo (morte


inesperada e sucessão).
RISCO SISTÊMICO = PONTO DE
MÁXIMA VULNERABILIDADE DO  Empresas onde gerentes ou diretores centralizam as decisões
SISTEMA.
por muito tempo.
SE O PONTO FALHA O SISTEMA
ENTRA EM COLAPSO.
 Empresas onde um grupo de topo controla as decisões por
longos anos (comum em Estatais).

38
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Liderança é um processo social, com vários líderes


“A geração mais jovem de funcionários, muitas atuando em diferentes nós ou pontos da organização.
vezes, tem demonstrado menos interesse, tanto em
ser orientada por um mentor, como ser um mentor, Líderes de
Base ou
Locais
e mais em desenvolver uma rede de
relacionamentos de reciprocidade em redes Líderes de rede
formadas por seus pares.” Líderes de rede

Maccoby, 2004:66 Líderes de


Topo ou
Executivos

Rede(s) de liderança = Liderança Distribuída e Liderança Compartilhada

As Perspectivas Futuras para o Tema Do ponto de vista prático


CONSI DERA ÇÕE S FI NA I S

1. Traços = revitalização pelos estudos da genética. (Genes –


hormônios – padrões de comportamento – liderança potencial para um 1. A empresa precisa se
determinado perfil organizacional. )
posicionar quanto ao
2. Comportamental = crescimento da psicologia positiva e das
novas formas de aprendizagem podem revitalizar esta abordagem.
seu entendimento de
3. Contingencial = nas variáveis sobre os liderados (perfil liderança, e
geracional, por exemplo) e dos novos ambientes (virtuais, por exemplo)
4. Distribuída = diante das novas formas de organizações e dos 2. Ter uma política de
ambientes de trabalho tende a crescer os estudos nesta direção. Gestão da e pela
5. Outros Estudos = vão continuar (gênero, internacionalização, Liderança
etc.)

39
27/11/2012

Leituras Recomendadas

1. BLANCHARD, Ken. Liderança de alto nível. Porto Alegre: Bookman, 2007.


2. BRIMAN, A. Liderança nas organizações. In Handbook de Estudos Organizacionais.
Clegg, S. , Hardy, C. & Nord, W.R. Atlas, Volume 3, 1997.
3. COVEY, Stephen M. R. O poder da confiança. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
4. HALL, R. Organizações. Prentice Hall, 8º edição, 2004.
5. HESSELBEIN, F., Goldsmith, M. & Beckhard, R.. O Líder do Futuro. Futura, 4º edição,
1996
6. ROBBINS, S. Comportamento Organizacional. Prentice Hall. 11º edição, 2006
7. ROSENZWEIG. Derrubando Mitos. São Paulo: Globo, 2008.
8. MACCOBY, M.. O que fazem os Líderes. Harvard Press. 2002
9. MACCOBY, M. Por que seguimos o líder: o poder da transferência. Harvard Business
Review, 2004.
10. SELEME et. Al. Pensamento Sistêmico: caderno de campo. Porto Alegre: Bookman, 2006.
11. SENGE, P. A Dança das Mudanças. Campus, 2000.

40
27/11/2012

“ Processo que tem início quando


Conflito CONFLITO: 
uma das partes (X) percebe que
outra parte (Y) afetou, ou pode

& Negociação DEFINIÇÃO afetar, negativamente alguma


coisa que X considera
Robbins, 2006
importante.”

VISÃO TRADICIONAL
TIPO D E F I N I Ç ÃO PREDOMINÂNCIA
o conflito deve ser evitado, pois ele indica
um mau funcionamento do grupo ou grupos Conteúdo e 
organizacionais.
CONFLITO  Funcional 
DE TAREFA objetivos  ( em níveis baixo 
VISÃO DAS RELAÇÕES HUMANAS  do trabalho ou moderado) 
3
visões sobre  conflito é um estado natural e CONFLITO  Divergência 
sobre como o trabalho  Funcional 
Conflito em  inevitável em qualquer grupo e ele tem um
DE 
deve ser realizado (em 
Organizações  PROCESSO níveis baixo) 
potencial de ser uma força positiva.

Visão Interacionista Atritos e 
CONFLITO  Disfuncional
o conflito é absolutamente necessário como hostilidades  (Pelo clima 
DE 
uma força positiva para o desempenho eficaz RELACIONAMENTO interpessoais Gerado)
do grupo (se não tiver deve ser estimulado).

1
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Continuum de intensidade dos conflitos TÉCNICAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS


Conflito RESOLUÇÃO Encontros entre as partes conflitantes com o propósito de 
identificar o problema e resolve‐lo por meio de uma discussão 
ESFORÇOS EXPLÍCITOS PARA DESTRUIR
aniquilador A OUTRA PARTE
DE  PROBLEMA S aberta

Criação de uma meta compartilhada que não possa ser atingida 
AGRESSÃO FÍSICA METAS  SUPER sem a cooperação entre as partes conflitantes.
Conflito AMEAÇAS & ULTIMATOS
aberto
ORDENADAS
ATAQUES VERBAIS Quando o conflito é causado pela escassez de um recurso –
EXPANSÃO  digamos, dinheiro, oportunidade de promoção ou espaço físico 
QUESTIONAMENTOS EXPLÍCITOS &
DESAFIOS
DE  RECURSOS solução ganha‐ganha
de trabalho ‐ , a expansão desse recurso pode criar uma 
( ex. novo anexo de salas)
DESACORDOS OU MAL-ENTENDIDOS
Comportamentos Nenhum LEVES Suprimir o conflito ou evadir‐se dele
NÃO‐
conflito
ENFRENTA MENTO
Minimizar as diferenças entre as partes conflitantes  ao 
SUAVIZAÇÃO enfatizar seus interesses comuns .
O ponto alto do processo do conflito

TÉCNICAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS TÉCNICAS DE ESTIMULAÇÃO DE CONFLITOS
Utilização de mensagens ambíguas ou ameaçadoras para 
CO N C ES S ÃO Cada uma das partes abre mão de algo valiosos
COMUNIC AÇ ÃO aumentar os níveis de conflito
A administração usa sua autoridade formal para resolver 
CO M A N D O   o conflito e depois  comunica seu desejo às partes Incluir nos grupos de trabalho funcionários com histórico, 
AU TO R I TÁ R I O envolvidas INCLUSÃO  DE  valores, atitudes ou estilos gerenciais diferentes daqueles dos 
ESTRANHOS seus membros
A LT E R AÇ ÃO   D E   Utilização de técnicas de mudança comportamental, 
como treinamento em relações humanas, para alterar 
REESTURTURAÇÃO Realinhamento dos grupos de trabalho, alteração de regras e 
regulamentos, aumento de interdependência e outras 
VA R I ÁV E I S   H U M A N A S atitudes e comportamentos que causam conflitos mudanças estruturais similares que rompam o status quo

A LT E R AÇ ÃO   D E   Mudanças na estrutura formal da organização e nos  NOMEAÇÃO  DE  UM  Designação de um crítico que discuta, propositalmente, as 


posições defendidas pela maioria do grupo.
padrões de interação entre as partes conflitantes, 
VA R I ÁV E I S   através de redesenho as atribuições, transferências,  ADVOGADO DO 
EST R U T U R A I S criação de posições coordenadas etc DIABO

2
27/11/2012

Consequências funcionais

Os conflitos são construtivos quando aumentam a qualidade das


decisões, estimulam a criatividade e a inovação, encorajam o Melhora do
desempenho

NEGOCIAÇÃO
interesse e a curiosidade dos membros do grupo, oferecem um
canal para arejar os problemas e liberar as tensões, e fomentam
um ambiente de auto‐avaliação e de mudança.

Consequências disfuncionais Piora do
desempenho “ Hoje, nas organizações baseadas no trabalho em equipe, em que os membros
Os conflitos são disfuncionais quando reduzem a eficiência e a precisam trabalhar com colegas sobre os quais não têm nenhuma autoridade e
eficácia do grupo. Entre as consequencias mas indesejáveis estão
um descompasso na comunicação, a redução de coesão e com quem não podem sequer compartilhar a chefia, as habilidades de negociação
subordinação das metas do grupo às prioridades das lutas entre Consequências tornam-se críticas.”
seus componetes. Em seu estado extremo negativo, o conflito Robbins, 335:2006
paralisa e ameaça a existência de grupos e corganizações.

N e g o c i a ç ã o :   d e f i n i ç ã o

É um processo no qual duas ou mais 
partes  trocam bens ou serviços e  BARGANHA  Negocia çã o  na  qual  o  ganho 
buscam um acordo sobre as  D I S T R I B U T I VA   de  uma  parte  (A)  implica  na 
vantagens  dessa troca para elas.  (SOMA ZERO) perda  para  outra  parte  (B)

U s a m o s  o s   t e r m o s  n e g o c i a ç ã o  e   b a r ga n h a  c o m   a   m e s m a  c o n o t a ç ã o .  

3
27/11/2012

B A R G A N H A   I N T E G R AT I VA
A solução de problema opera 
Por que a negociação integradora não é tão freqüente já que aparenta ser
barganha  sob a pressuposição de que  mais vantajosa?

integrativa   existe um ou mais acordos  R = Porque ela exige que as partes sejam abertas com informações,
(soma não‐zero) honestas sobre os interesses, seja empáticas e dispostas a serem flexíveis.
que podem criar uma solução  CONTRA A LEI DE GERSON

ganha‐ganha.

Barganha distribuidora versus Barganha integradora
Esclarecimento
e justificação

Q u a n t i d a d e  f i x a  d e   Q u a n t i d a d e  v a r i á v e l
Recursos
recursos de recursos
Disponíveis
p a r a  s e r   d i v i d i d o s p a r a  s e r   d i v i d i d a
Eu ganho Eu ganho Preparação & conclusão
Motivações &
primárias Vo c ê  p e r d e Vo c ê  g a n h a planejamento implementação 
Interesses O p o s i ç ã o  d e   u m   a o   Convergente  ou coerentes
primários outro  um  com  o outra

Foco do C u r t o  P r a z o   L o n g o  P r a z o  
relacionamento

4
27/11/2012

 Qual  a  natureza  do  conflito?   Haverá  um procedimento 


específico  para seguir  caso haja 
um impasse?
 Qual  é  a  história  que  leva  a  esta   
negocia çã o?   A que  questões  a 
negocia çã o  estará  limitada ?
Definiçã o  de 
 Q u a i s   a s   r e st r i çõ e s   d e   t e m p o ?   regras  básicas 
 Quem  está  envolvid o  e  quais  são  suas 
percep ções  do  conflito? 
 Quem  fará  a negocia çã o? 
 O  que  eles  (X  E  Y)   provavelmente 
querem?   Onde  ela  acontecerá ?

 quando as posições iniciais são A essência do processo de negociação,


alteradas, tanto uma parte quanto a é o real TOMA‐LÁ‐DÁ‐CÁ ao tentar
outra parte explicarão, amplificarão, alcançar um acordo.
esclarecerão, reforçarão e justificarão
suas exigências originais.

5
27/11/2012

A L G U M A S   R E C O M E N D A Ç Õ E S

 comece com uma abertura positiva ;

 d i r i j a ‐ s e a o s p ro b l e m a s , n ã o à s p e rs o n a l i d a d e s ; O passo final no processo de negociação é formalizar


o acordo que foi elaborado e desenvolver quaisquer
 dê pouca atenção às ofertas iniciais; procedimentos que sejam necessários para sua
implementação e acompanhamento.
 crie um clima aberto e de confiança .

 dê ênfase às soluções ganha‐ga n ha ;

1. NÃO devemos  confiar  no mapeamento 


da pessoa  que vai negociar  mais  do 
que na questões  de negociação  em  si
Mediador
Negociação 
O u t r a s  2. D i fe r e n ç a s   d e   s e xo   n a s   n e g o c i a ç õ e s  
Questões na  são pouco  significativas 
com a 
Negociação Utilização de 
u m a   Te r c e i r a  
3 . D i fe re n ça s   c u l t u ra i s   n a s   n e go c i a çõ e s  
t ê m   s e   d e m o n st ra d o   m u i t o   parte Consultor
s i g n i f i cat i va s   n a   co m p re e n s ã o   d o  
p ro c e s s o   d e   n e go c i a çã o .

6
relevância do tema
• na origem, as organizações são formadas para
obter sinergia de recursos e competências para
realizar e sustentar suas atividades-fim.

• o trabalho coletivo é, portanto, uma característica


Formação &
das organizações. Ouvimos sobre, ou estamos
Desempenho de constantemente envolvidos em:
Grupos de Trabalho
 grupos de trabalho, equipes interfuncionais, comitês,
comissões, equipes de gerências, etc.
Prof. Dr. Seleme
Prof. MSc. Marcelo Moutinho

relevância do tema
 a formação e gestão de equipes tem sido
constantemente mencionada na prática gerencial como
sendo essencial para a sustentabilidade das empresas.

“o sucesso vem da utilização do conhecimento coletivo e


da riqueza dos diferentes pontos de vista”.
RELEVÂNCIA
DO TEMA  portanto, é importante que se compreenda e se lide
“Formação e Desempenho com seriedade os aspectos relacionados à formação e
de Grupos de Trabalho gestão de grupos de trabalho.

1
estruturação
Fase 2
grupos equipes

Compreendendo
Grupos De bando

Trabalho Disciplina coletiva

COLETIVOS DE TRABALHO
COLETIVOS DE TRABALHO
Objetivo Executar as tarefas de rotina ou
eventuais melhorias contínuas

 As empresas são organizadas em um Responsabilidades Individual e um responsável pelo grupo

ou mais coletivos humanos de trabalho. Natureza do trabalho Predominantemente Rotinas


definidas pela função

 Três tipos básicos de coletiv os de


Tempo de duração
Sistema de avaliação
Indeterminado

Predominantemente individual e
trabalho se destacam nas empresas: e recompensa eventualmente coletivo

BANDOS, GRUPOS E EQUIPES. Tamanho do Coletivo Varia com as demandas

Sistema de Liderança Emergente

2
mitos sobre grupos mitos sobre grupos

As Pessoas Gostam de Quanto mais pessoas no


Trabalhar Juntas grupo melhor

Falso Falso

Robbins & Finley, 1997 Robbins & Finley, 1997

mitos sobre grupos mitos sobre grupo


Não importa a composição,
O Trabalho em Grupo é podemos desenvolver um grupo
mais Produtivo do Que o através de “treinamentos de
Individual Aventura” e da prática de
esportes.
Falso
Falso
Robbins & Finley, 1997 Robbins & Finley, 1997

3
Condições Básicas Desempenho

Objetivos ou Metas

5
Recursos Físicos & Financeiros adequados

Distribuição eqüitativa do Trabalho e Alocação de Papéis

Otimizando Grupos Regras de Funcionamento e Comportamento

de Trabalho Sistema de Avaliação de desempenho & recompensas

REQUISITOS PARA FORMAÇÃO E GESTÃO EFICAZ DE GRUPO DE TRABALHO


Condições Básicas

Objetivos ou Metas

CONDIÇÕES BÁSICAS Metas mal definidas ou confusas geram alguns


efeitos comuns:
DESEMPENHO 1. OU Não entendemos o que os caras querem
DO GRUPO resolver
COMPOSIÇÃO OU FORMAÇÃO 2. OU Não acreditamos que os resultados serão
1. Resultados
2. Satisfação atingidos
3. OU Não acreditamos que os resultados vão
SISTEMA DE GESTÃO solucionar o problema
• OU um mix delas ao mesmo tempo!

Katzenbach e Smith (2001)

4
Condições Básicas
Condições Básicas
Distribuição eqüitativa do Trabalho e Alocação de Papéis
Recursos Físicos & Financeiros Adequados
Papéis Técnicos
Coordenador das atividades internas
Embaixador ou representante externo
Comunicador ou atualizador
Guardião do rumo

Papel comportamental
Posturas Pró-grupo
Freqüentemente o integrantes assumem mais de um papel e vai
depender do tipo de liderança

Condições Básicas Condições Básicas


Distribuição equitativa do Trabalho e Alocação de Papéis Distribuição eqüitativa do Trabalho e Alocação de Papéis

A indefinição na distribuição do trabalho gera uma série Papéis não Resolvidos – Cara, Isso não é Meu Trabalho
de problemas para a gestão de grupos. Assim, lembre-se
de 4 pontos: Ao definir os papéis, lembre-se que tem coisas que
ninguém gosta de fazer (ata, passar a limpo, dar más
 Todo grupo deve ter um conjunto de tarefas notícias, etc), mas:
individuais e coletivas. Regra 1: não tem almoço de graça! Todos
 Todos os integrantes devem conhecer o que será feito. devem ter tarefas relevantes e burocráticas a
 A distribuição do trabalho deve ser clara mas não fazer.
rígida.
 Todos devem verificar se o trabalho necessário está
Regra 2: distribua as tarefas de forma mais
sendo feito, seja por quem for.
equitativa, não sobrecarregue alguém em
ROBBINS & FINLEY (1997) especial.
ROBBINS & FINLEY (1997)

5
Condições Iniciais Condições Iniciais

Regras de Funcionamento Regras de Funcionamento

Não subestime ou superestime a Todo


• Exigir um tempo limite de tempo para capacidade das pessoas em seguir grupo
regras: então cuidado com as regras deve ter
execução individual: Semanas, meses.
que vão ser criadas! um
Se tornar a dinâmica do grupo conjunto
• Ter um nível de desempenho exigido. burocratizada as pessoas vão se comportar mínimo de
de formas mais extremas possíveis. regras de

• Ter um cliente
A eficácia vem antes da eficiência. Logo, comporta
mento
se as regras estão prejudicando a
realização das tarefas, mude-as.
Robbins & Finley (1997)
ROBBINS & FINLEY (1997)

janela conceitual: disciplina de grupos

Quando falamos em Disciplina de Grupos, não estamos


nos referindo a um check-list de melhores práticas.

Disciplina implica “conduta e


padrões de comportamento
metódicos ou determinados”.

Disciplinas se baseiam em
princípios fundamentais.
KATZENBACH 2001

6
Condições Iniciais Condições Iniciais

Sistema de Avaliação de desempenho Sistema de recompensas

Embora o sistema de avaliação de desempenho dos


A maioria dos líderes de grupo não têm uma
grupos de trabalho seja predominantemente cesta cheia de favores financeiros para
individual, recomenda-se a definição de um sistema distribuir pelos membros de grupo que
mereçam.
de avaliação individual e coletivo amarrado a dois
fatores: Mas há ainda muitas formas sem custo, ou
de baixo custo, para manter os membros da
1. Resultados parciais e finais. grupo envolvidos e com vontade de
2. Observância às regras ou disciplina de grupos. apresentar um desempenho.
ROBBINS & FINLEY (1997)
Robbins,2006

Condições Iniciais De acordo com Mussnugh e Hughey (1998), a criação de


grupos eficazes deve ser precedida por:

Sistema de recompensas
 Um plano de implementação realista e pragmático,
• Pessoas possuem um medo natural de
participar de grupos. Um dos motivos é o risco.  que seja complementado por uma política clara.
• Logo, precisamos oferecer algo que valha a
pena correr o risco embutido no objetivo da  que aborda o reconhecimento dos membros do
grupo da qual as pessoas vão fazer parte. grupo e

• Pessoas trabalham por dinheiro, e muito mais,


desde que o dinheiro venha e seja justo. (teoria
 que defina as recompensas que serão oferecidas a
eles.
da equidade)

ROBBINS & FINLEY (1997)

7
Condições Básicas
Por que a composição do grupo é uma
Objetivos ou Metas fase decisiva?
1. As Metas Devem ser específicas – quanto mais específicas, melhor.
2. As Metas Devem ser mensuráveis, utilizando-se uma ou mais das
Embora as opiniões se dividam sobre
seguintes categorias de medição: tempo, velocidade, custo,
quais sejam os itens a serem
qualidade em termos de defeitos ou erros apontados pelo cliente ou observados, todos os autores
resultados positivos. concordam que a composição é
3. As Metas Devem ser agressivas, mas realizáveis.
uma etapa essencial para a gestão
4. As Metas Devem ser relevantes, diretamente relacionadas com o
desafio em questão.
de grupos.
5. As Metas Devem determinar em que tempo devem ser alcançadas. Robbins, 2006;ROBBINS & FINLEY (1997)

Katzenbach e Smith (2001)

COMPOSIÇÃO
COMPOSIÇÃO Desempenho

Mapa de Competências individuais


Mapa de Competências individuais

Perfil de Personalidade** Se a empresa já dispõe de um


Mix de Diversidade mapa de competências ótimo,
Tamanho do grupo
tenha ele a mão, e o utilize.
Flexibilidade dos integrantes
Se a empresa não tem um mapa,
Preferências dos integrantes sugira que faça. Como?
Adaptado de Robbins, 2006

8
COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO

Perfil de Personalidade** Mix de Diversidade

 Estudos sobre DEMOGRAFIA Organizacional estão em


Aqui há uma grande polêmica, mas até o que grande crescimento. (Estudo dos COORTES = aqueles
a ciência comportamental sabe HOJE (2009): indivíduos que compartilham características demográficas
semelhantes (exemplo: são da mesma geração).
1. Os perfis de personalidade EXTREMADOS
afetam o desempenho das grupos. Por exemplo, estudos demonstram que grupos formados
por indivíduos de COORTES muito distantes possuem maiores
2. Se isto for considerado, então o melhor é ter os índices de rotatividade e conflitos.
perfis dos potenciais candidatos em mãos. (e
se não temos, como proceder?) Outros estudos precisam ser feitos. Adaptado de Robbins,2006

COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO

Mix de Diversidade Tamanho do grupo

Conjunto de Habilidades e Conhecimentos Para grupos envolvidos em problemas


Necessários distribuídos nos Participantes Grupo. complexos e que requerem habilidades
multifuncionais, sempre que possível use
Os grupos heterogêneos neste quesito possuem prós 7(+/-2) componentes.
(potencial de contribuições – grupos de pensamento
sistêmico) e contras (demoram mais para se entenderem, Dê preferência para números ímpares (5,7,9).
podem ter opiniões divergentes sobre um mesmo ponto Por que?
especializado).

Adaptado de Robbins,2006
ROBBINS & FINLEY (1997) Katzenbach e Smith (2001) Robbins,2006

9
COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO

Flexibilidade dos integrantes Preferências dos integrantes

• Capacidade dos integrantes em substituir 1. Vadiagem Social = estratégia do indivíduo de usar


o grupo para se esforçar menos.
ou complementar as habilidades uns dos 2. Indivíduos podem render menos em grupo, e
outros. diluem este declínio individual no desempenho
grupal
3. A folga social afeta a sinergia do grupo, e pode
• Capacidade dos integrantes em afetar a coesão.
aprender rapidamente as competências 4. O contrato psicológico e a clareza de papéis e
básicas uns dos outros. metas individuais podem corrigir ou minimizar isto.
Adaptado de Robbins,2006
Adaptado de Robbins,2006

Por que a composição da grupo é uma fase decisiva?


COMPOSIÇÃO

Preferências dos integrantes


• A função é definir o grau de “normalidade”,
porque se houver extremos no grupo, haverá
 O problema aqui é a avaliação individual sobre seu necessidade de mudanças no decorrer do
desempenho e o impacto sobre os demais do grupo, e trabalho.
vice-versa.
• A função é descobrir os pontos fortes e fracos de
 Se alguém não quer trabalhar em grupo, trate de cada um, validá-los individualmente, e sugerir que
descobrir logo.
cada um trate de gerenciar seu jeitão, afinal grupo
 Identificar os perfis de personalidade (como
de trabalho não é terapia em grupo!
maquiavélicos, internais agudos, etc) pode ajudar a
evitar problemas de pessoas que não conseguem RECOMENDAÇÃO: desenvolva um instrumento para definir
trabalhar em grupos. a composição da grupo, mas não exagere!
Adaptado de Robbins,2006

10
Muitos problemas podem ocorrer quando não levamos em
conta as recomendações para compor uma grupo. Eis alguns:
Mecanismos de gestão

 Sermos traídos pelo nosso viés de julgamento de escolha, Monitoramento de Metas

tipo efeito Halo, efeito Contraste


projeção, etc.
(o menos ruim),
Os grupos de trabalho são eficazes na
proporção direta de seu foco nos
 A possibilidade de ter que lidar com personalidades com
resultados.
perfis extremados e com psicopatologias.
 Sub-dimensionar ou super-dimensionar as habilidades
necessárias.
E é a orientação para o desempenho
 Formar uma grupo muito grande em tamanho, gerando
que realmente revela o porquê da
vadiagem social.
existência deles.
KATZENBACH, 1999

Mecanismos de gestão

Gestão de Pessoas
Gestão do Grupo Desempenho

Necessidades Individuais Versus Necessidades de


Grupo
Gestão pelos resultados
Algumas Práticas coletivas para criar e manter
Gestão das pessoas um ambiente favorável
Gestão da disciplina do grupo
Tomada de Decisões em grupo
Katzenbach e Smith (2001)

Adaptado de Robbins,2006

11
Mecanismos de gestão
Mecanismos de gestão
Gestão de Pessoas
Gestão da disciplina de grupo
Algumas demandas da gestão de pessoas em ambientes de grupo
 Elimine desperdícios e atrasos.
1. Enfrentar conflitos  Simplifique o fluxo de trabalho.
2. Exigir opiniões e argumentos pessoais de todos sobre  Consolide as interfaces de entrega de trabalhos
tudo que seja relevante. entre grupos.
3. Manter e cobrar a manutenção do foco.  Provoque a criatividade e motivação dos
4. Ter prazer em estar com pessoas e opiniões diferentes. participantes.
5. Participar das comemorações do grupo.  Procure mostrar os ganhos de aprendizagem do
6. Ouvir e contribuir. trabalho.
Robbins & Finley, 1997
ROBBINS & FINLEY (1997)

Mecanismos de gestão Mecanismos de gestão

Gestão de Pessoas Gestão da disciplina de grupo


Algumas demandas da gestão de pessoas em ambientes de grupo

 inspirar a visão até o grupo compartilhá-la.


 servir de modelo de performance.
 capacitar as pessoas para ciclos curtos de
desempenho
 tornar o grupo corajoso
 confrontar performance insuficiente. Bradford e Cohen (1985) KATZENBACH, 1999

12
COESÃO
ALTA BAIXA
NORMAS DE DESEMPENHO

NÍVEL Produtividade Produtividade


ELEVADO alta moderada

Questões relativas ao
Produtividade
NÍVEL Produtividade
baixa
moderada para desempenho de Grupos De
BAIXO baixa
Trabalho

 Coesão
O QUE PODE SER FEITO PARA AUMENTAR A COESÃO DO GRUPO?

1) Reduzir o tamanho.
2) Estimular a concordância sobre as metas.
3) Aumentar o tempo de convívio dos participantes.
4) Aumentar o status e a dificuldade de acesso.
os desafios para
transformar indivíduos
5) Estimular a competição externa.
em participantes de
6) Criar recompensas coletivas versus individuais. grupos de trabalho
7) Isolar fisicamente o grupo (setor, área, etc.).

13
As diferenças pessoais Outras restrições
Nem todas as pessoas gostam de
 a cultura nacional apóia os
atuar, ou se sentem à vontade, em
individualistas.
um grupo de trabalho.

• Muitas pessoas não são inerentemente adeptas ao  Há necessidade de formar novos


trabalho em grupo. grupos em organizações que
• Elas são individualistas ou querem ser reconhecidas
desconhecem o valor do trabalho
por suas realizações individuais. coletivo.

Para muitas pessoas é uma tarefa difícil - às vezes impossível.

As restrições organizacionais Pensamento de Grupo


 relacionado a normas.
 Muitas organizações fomentam as
realizações e competições individuais.  descreve situações nas quais o grupo
exerce pressões (tácitas ou explícitas)
 Muitas empresas não adotam práticas para que seus integrantes adotem um
de gestão para desenvolver grupos de padrão de pensamento comum,
trabalho.
 impedindo-os de avaliar criticamente
visões incomuns, minoritárias ou
impopulares. Robbins (2006), Van Der Heijden (2004)

14
Todo grupo é vulnerável ao Pensamento Grupal?
Pensamento de Grupo
As evidências sugerem que não!
“é uma doença que ataca muitos grupos
e que pode atrapalhar drasticamente o Há 3 variáveis moderadoras:
seu desempenho”.
1. a coesão do grupo (ajuda e atrapalha).
“ele descreve uma deterioração do 2. o comportamento de seu líder (controlar o
desempenho de um indivíduo quanto ao tamanho, proteger as idéias divergentes, estimular críticas a
teste de realidade e julgamento moral qualquer idéia).
como um resultado de pressões de grupo”. 3. isolamento do grupo em relação a outros grupos.
Robbins (2006)

Pensamento de Grupo Mudança de Posição Grupal

Os membros do grupo
criticam qualquer idéia
Os membros aplicam pressões
diretas naqueles que expressam
os processos de discussão em grupo
diferente daquela de discordâncias sobre o que, por podem levar a uma decisão coletiva mais
consenso que, como, etc. conservadora do que se fosse tomada
individualmente.

 também pode levar a uma decisão mais


Começa a haver uma arriscada, diluindo a responsabilidade entre
ilusão de unanimidade. os membros do grupo.
E o silêncio é tomado Aqueles membros que têm
como um SIM. dúvidas ou discordâncias
passam a evitar confrontos

15
Limites do desempenho pela adoção de decisões coletivas
Mudança de postura em Grupos

Avaliando processos de decisão individual e no grupo Decisões de alto nível


observam-se algumas diferenças:
Fatores limitantes
(pensamento de grupo e efeitos
os indivíduos podem mudar suas preferências de C/C)
alternativas durante a discussão coletiva. Decisões medíocres
• Isto vai depender da norma dominante, bem como de
outras condições individuais e estruturais que configuram
o grupo e atuam sobre sua dinâmica de discussão.

Os indivíduos podem usar o grupo para legitimar


uma decisão individual.

desempenho Limites do
+ superior desempenho pela
adoção de
decisões coletivas
+
adoção de
qualidade R1 decisões coletivas
das decisões
+
REVITALIZANDO
GRUPOS DE TRABALHO
B2 ANTIGOS
efeito coragem/
conservadorismo

B3
R1= Enlace Reforçador pensamento
de grupo
B2, B3 = Enlaces Limitadores Seleme & Moutinho (2006)

16
Fatores que afetam a senilidade
premissa

O tempo pode diminuir a consideração


Grupos de trabalho por opiniões discordantes.
antigos podem sofrer de
O passado pode levar à desatenção
“osteoporose” social com o futuro e com as necessidades de
mudanças.

A senilidade, se não gerenciada, traz


menos abertura para novas idéias e
Um dos sintomas típicos é o desaparecimento de eventos inovações.
sociais extra-empresa

Fatores de senilidade e desempenho


Sintomas da Senilidade
Grupos de trabalho antigos estão inclinados a sofrer
Grupos eficazes podem se tornar de Pensamento de Grupo.
acomodados ou perderem Seus integrantes viram VIDENTES, começam a
acreditar que podem ler o pensamento de todos e,
rendimento ao longo do tempo então, presumem que sabem o que todos estão
pensando.

O entusiasmo ou o pique inicial Seus integrantes tornam-se relutantes em expressar


seus pensamentos, e menos propensos a desafiar uns
cede lugar à apatia. aos outros, gerando uma patologia social que
enfraquece o desempenho coletivo.

17
Fatores de senilidade e desempenho O especialista Stephen Robbins sugere que:
Grupos antigos também podem resumir
qualquer novo problema à poucas soluções  Faça com que os membros entendam os
já adotadas, relutando em mudar sua forma problemas que surgem com a senilidade
de agir.
 Crie espaço para lidarem com os
Mas quando um novo problema persiste, os problemas da senilidade do grupo
processos de trabalho não funcionam mais
bem.
 Ofereça atualização em habilidades de
a comunicação piora, os conflitos aumentam trabalho em grupo e treinamento técnico
e o desempenho pode cair abruptamente. individualizado para todos

O que pode ser feito


para revigorar
grupos antigos que
apresentam osteoporose
Equipes de Trabalho & Equipes de
social?
Alto Desempenho

R: cálcio neles!!!

18
estruturação

Equipes vs. Grupos de Trabalho


 De uma forma geral, os especialistas na área são
Fase 2 unânimes quanto ao fato de que:
grupos equipes • Uma das condições básicas para a existência de uma
equipe consiste no compartilhamento e responsabilidade
mútua dos integrantes pelos processos de trabalho e pelos
resultados (padrões de desempenho).

bando
•O esforço coordenado e interdependente entre os
indivíduos gera uma sinergia na qual o nível de
desempenho é maior do que a soma das contribuições
individuais.
Disciplina coletiva BLANCHARD, 2007 KATZENBACH, 1999

Equipes vs. Grupos de Trabalho CARACTERÍSTICAS DA EQUIPE DE TRABALHO

 Com muita freqüência, grupos de trabalho são


Objetivo Específico e delimitado

chamados de EQUIPES. Porém, há diferenças Responsabilidades Individuais e coletiva


significativas entre equipes e grupos de trabalho. Natureza do trabalho Coletivo e individual

 Um conjunto de pessoas trabalhando em uma Tempo de duração Determinado


mesma tarefa não constitui necessariamente uma Sistema de avaliação e Individual e coletivo
equipe. Esse grupo pode ter o potencial para se recompensas
tornar uma equipe, desde que algumas condições Tamanho Em sua maioria menor do que 10
sejam atendidas.
Liderança Formalmente responsabilizada
BLANCHARD, 2007 KATZENBACH, 1999

19
DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE GRUPOS E EQUIPES Equipe de alto desempenho
 Trata-se de um tipo de equipe com um número reduzido de
pessoas co-responsáveis pelas metas e pelo trabalho, e
Grupo de Trabalho Equipe de trabalho onde seus participantes estão profundamente
compromissados com o crescimento e sucesso uns dos
Desempenho individual desempenho Desempenho coletivo
outros.

Indiferente coesão Positiva A equipe de alta performance apresenta níveis de


performance que estão significativamente acima de todas
Individual e Mútua as demais equipes em semelhante situação, e que
Individual Responsabilidades excedem todas as expectativas razoáveis em função de
seus participantes.
Complementares
Semelhantes & Complementares habilidades

Adaptado de Robbins,2006 KATZENBACH & SMITH(1993-4)

Quando Constituir uma Equipe


Você não precisa de equipes Você precisa de equipes
Equipe de alto desempenho
quando: quando:

As decisões são melhor tomadas  Quando são formadas para A essência alto desempenho de uma
por uma só pessoa cumprir resultados de prazo
determinado, alta prioridade, de equipe se resume a pessoas com habilidades
Decisões são predeterminadas foco único. diferentes que trabalham juntas numa mesma
O resultado não for crítico ao  Quando a contribuição coletiva
sucesso da empresa, divisão, gera melhor resultado do que a
atividade
departamento soma das contribuições
O tempo é essencial (decisão até individuais. e, se elas puderem trabalhar realmente juntas,
amanhã)  Quando a questão tratada for de
poderão captar as habilidades complementares
ROBBINS & FINLEY (1997)

O projeto puder ser levado em natureza interfuncional,


"banho-maria" ou for de baixa
transfuncional ou multidirecional uma das outras e chegar a um produto do trabalho
prioridade  Quando o resultado/decisão tem coletivo de maior valor.
potencial de alto impacto para o
departamento, divisão ou
empresa. KATZENBACH, 1999

20
Equipes de Alto Desempenho 10 razões para o fracasso das equipes
Segundo o especialista Ken Blanchard, uma equipe 1. Falta de diretrizes sólidas para o propósito da equipe e de
deve possuir: PERFORM como ela trabalhará de forma unida para alcançá-lo.

1.Propósitos claros e visão compartilhados. 2. Incapacidade de decidir no que consiste o trabalho pelo qual
a equipe é responsável de forma independente e mútua.
2. Empoderamento: competências e habilidades necessárias
3. Falta de responsabilidade mútua.
para o trabalho a ser realizado, bem como confiança mútua
4. Falta de recursos para cumprir com o trabalho, incluindo
entre os membros da equipe quanto a essas competências
e habilidades de cada um. tempo.

3.Relacionamentos e Comunicação: Comprometimento e


5. Falta de liderança eficaz e liderança compartilhada.

confiança quanto a uma comunicação aberta, sem


agendas ocultas. BLANCHARD, 2007
BLANCHARD, 2007

Equipes de Alto Desempenho 10 razões para o fracasso das equipes


Segundo o especialista Ken Blanchard, uma 6. Falta de normas que fomentam a criatividade e a excelência.
equipe deve possuir: PERFORM
7. Falta de planejamento.

4. Flexibilidade: atuação interdependente e


8. Falta de apoio da gerência.

responsabilidade compartilhada pelo desempenho, 9. Inabilidade para lidar com conflitos.


desenvolvimento e pela liderança da equipe. 10. Falta de treinamento em habilidades de trabalho em equipe,
5. Ótima Produtividade: elevados níveis de desempenho. em todos os níveis.

6. Reconhecimento e Valorização: sistema de avaliação


de desempenho e reconhecimento individual e coletivo.
7. Moral: correspondente ao empenho e motivação
geral dos membros da equipe. BLANCHARD, 2007
BLANCHARD, 2007

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PARA LEMBRAR PARA LEMBRAR

Equipe não é o nome dado para um Equipe é um medicamento gerencial


conjunto de pessoas com sentimentos de tarja preta
companheirismo
Como todo medicamento, além de tudo, o sucesso vai depender do
comportamento dos pacientes

A característica mais importante de uma equipe


Equipes de Alto desempenho são como pacientes que:
é a disciplina, e não a união. • Foram bem diagnosticados e medicados
• E que usaram corretamente as prescrições determinadas.
BLANCHARD, 2007

PARA LEMBRAR

Equipe é um medicamento gerencial


tarja preta

Só pode ser usado com receita aviada em farmácia de manipulação

Assim, devemos saber quando prescrever e definir quem é que


vai administrar as doses

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