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TÉCNICAS DE SECRETARIADO
1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
B677g
ISBN 978-65-5646-102-1
ISBN Digital 978-65-5646-103-8
1. Desenvolvimento organizacional. – Brasil. Centro Universitário
Leonardo Da Vinci.
CDD 658.406
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL: ATORES,
RECURSOS, PROFISSIONALISMO E LIDERANÇA.......................7
CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO
E CONTROLES...............................................................................65
CAPÍTULO 3
SECRETARIADO: HISTORICISMO, NORMATIZAÇÃO,
ROTINAS, TÉCNICAS E PROCESSOS....................................... 111
APRESENTAÇÃO
A disciplina de Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado tem como
objetivos oferecer ao aluno ferramentas e técnicas para o exercício de sua
profissão no que tange ao Desenvolvimento Organizacional, em seus atores,
recursos, entre outros. Também no que diz respeito ao profissionalismo e liderança
para compor o ambiente de trabalho com a gestão de equipes.
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Com o pensamento voltado à história, no ápice da Revolução Industrial,
encontraremos todo o processo nascituro da Administração. No final do século
XIX, na transição do trabalho artesanal para a produção em massa, surge a
necessidade de promover o pensamento administrativo para o desenvolvimento
das fábricas, incluindo todos os seus recursos e processos de operação.
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
2 FUNDAMENTOS DO
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL: PRINCÍPIOS,
RECURSOS E ATORES
A origem do desenvolvimento organizacional se deu a partir de 1962, não
com um único autor, mas com um complexo conjunto de ideias a respeito do
homem, da organização e do ambiente (CHIAVENATO, 2014). O desenvolvimento
organizacional se trata de um intenso movimento congregando diversos autores
no sentido de aplicar as ciências do comportamento – principalmente a teoria
comportamental – na administração (SILVA, 2013). No sentido amplo, as origens
do desenvolvimento organizacional podem ser atribuídas a uma série de fatores,
orquestrados nas diferentes escolas da Administração.
A teoria clássica proposta por Taylor e Fayol deu ênfase à organização formal
e à racionalização dos métodos de trabalho. A organização científica do trabalho
trouxe uma abordagem rígida e mecanicista, que considerava o homem sob um
ponto de vista atomístico e simplista, com um apêndice da máquina.
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
2.1 FUNDAMENTOS DO
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
Conforme Chiavenato (2014), o Desenvolvimento Organizacional (D.O.)
representa uma das Teorias Gerais da Administração (Teoria do Desenvolvimento
Organizacional). Coloca-se, em uma posição antagônica à Escola Clássica,
segundo as concepções de Taylor, Fayol e Ford (SILVA, 2013). Esses primeiros
formuladores da “administração científica” adotaram uma posição exclusivamente
empresarial, equiparando o homem à máquina. Acompanhe, a seguir, no Quadro
1, as dissonâncias entre a administração tradicional e a nova proposta, vindoura
do D.O.
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
Por fim, tem-se que a tarefa básica do D.O. é mudar a cultura e melhorar o
clima da organização, questões que serão abordadas mais adiante. Acompanhe
agora os princípios do D.O.
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
2.3 PRINCÍPIOS DO
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
Enquanto princípios, o D.O. demonstra a preocupação em otimizar processos,
pessoas e estrutura para a eficácia organizacional. Para tanto, apresenta modelos
de aplicação empresarial, a fim de implantar novos modelos de negócio e
reestruturar as empresas (JONES; GEORGE, 2012).
2.4 MODELOS DE
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
Os modelos de D.O. se baseiam em quatro variáveis básicas: ambiente,
organização, grupo e indivíduo. Alguns autores esforçaram-se em desenvolver
modelos de D.O. no intuito de apoiar as empresas na implantação de mudanças
e sensibilização das equipes para a nova cultura. Conheceremos dois deles a
seguir.
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2010), este modelo representa uma
teoria que foi muito utilizada como referência para diversos estudos nacionais
e internacionais sobre liderança. O referido modelo traz diferentes variações e
combinações de estilos de liderança, com o intuito de ser um guia para as ações
administrativas. Seus criadores propõem uma representação gráfica de visão
bidimensional dos estilos de lideranças, a saber:
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Capítulo 1
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Capítulo 1
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2.6 APRENDIZAGEM
ORGANIZACIONAL E
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
A aprendizagem organizacional, no campo da Administração, representa o
alcance de novos conhecimentos de forma variável e constante sob as dinâmicas
e demandas empresariais, de maneira direta ou indireta, dentro ou fora das
empresas (LACOMBE, 2011). O processo vivenciado pelas organizações em
termos de mudanças para a competitividade caracteriza-se, cada vez mais, por
mudanças rápidas, profundas e abrangentes em contraste às transformações
evidenciadas em décadas passadas, quando o diferencial competitivo centralizava-
se na questão do preço e qualidade do produto (ROBBINS; DECENZO; WOLTER,
2014).
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
Administração
Outros
FONTE: <http://claudiooliveirati.blogspot.com/2014/04/evolucao-
dos-modelos-de-gestao.html>. Acesso em: 5 ago. 2020.
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Capítulo 1
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
2.7 RECURSOS DO
DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
Cada organização é um sistema complexo e humano, com características
próprias, com sua própria cultura e seu próprio clima organizacional. Todo
esse conjunto de variáveis deve ser continuamente observado, analisado e
aperfeiçoado para que resulte motivação e produtividade (BOHN; ZONATTO;
HEIN, 2018).
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Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
A essência da cultura de uma empresa é expressa pela maneira como ela faz
seus negócios, como ela trata seus clientes e funcionários, o grau de autonomia
ou liberdade que existe em suas unidades ou escritórios e o grau de lealdade
expresso por seus funcionários com relação à empresa (FERNANDES NETO
et al., 2019). A cultura organizacional representa as percepções dos dirigentes
e funcionários da organização e reflete a mentalidade que predomina na
organização. Por esta razão, ela condiciona a administração do capital intelectual
(PEREIRA, 2014).
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Capítulo 1
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O CLIMA ORGANIZACIONAL
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tendem a ter seu valor depreciado com o tempo, o conhecimento cresce cada vez
que é utilizado e deprecia quando não utilizado (SVEIBY, 1997).
FONTE: <https://ocw.unican.es/pluginfile.php/925/course/
section/1033/Tema5_marca_cartera_productos.pdf>. Acesso em:
6 ago. 2020.
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Capítulo 1
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3 PRESSUPOSTOS DE
ASSESSORAMENTO E CONSULTORIA
AO DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
Para que o desenvolvimento organizacional seja passível de continuidade
e êxito, é viável e importante o assessoramento por meio de consultoria
especializada.
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
3.2 PRESSUPOSTOS DE
ASSESSORAMENTO E CONSULTORIA
Para Azevedo (2011), os pressupostos que englobam a consultoria se
referem ao conhecimento, ao processo e ao preparo do consultor, ou seja, para
dar conta das demandas, o consultor necessita compreender antecipadamente
os aspectos que fundamentam sua assessoria, entendendo todo o contexto do
ambiente em que aplicará seus préstimos. Diante disso, tem-se as aplicações
específicas, que são os tipos de consultoria (CROCCO; GUTTMANN, 2005). O
consultor tem o desafio de, além de traçar o diagnóstico da situação quo, fazer
um relatório com os apontamentos para as resoluções demandados em tipos de
consultoria.
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
Empresa: __________________________________________________
7. Sistema de Remuneração
Responder: Haverá um sistema de recompensas? (remuneração = salário + benefícios sociais,
qual será o tipo de sistema de remuneração? Estratégica, por habilidades, por competências etc.).
8. Plano de Desenvolvimento de Pessoal
Responder: A empresa operará com um plano de carreira? Como será chamado? (Ex. “PDI”).
9. Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas
Responder: Haverá um plano de aprendizagem contínua (Treinamento & Desenvolvimento)?
FONTE: Adaptado de ACB Assessoria Empresarial (c2020)
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
• Estrutura simples.
• Burocracia mecanizada.
• Burocracia profissional.
• Forma divisionalizada.
• Adhocracia.
Os processos organizacionais, por sua vez, são as formas com que as tarefas
transcorrem nas estruturas por meio de fluxos, com apoio dos sistemas, das
pessoas e dos equipamentos. O ambiente como um todo representa o conjunto
dos processos e da estrutura organizacional (CHIAVENATO, 2014).
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
4 PARADIGMAS PROFISSIONAIS,
LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPES
Nesta seção, compreenderemos alguns conceitos de paradigmas, liderança
e gestão de equipe, bem como técnicas e ferramentas para o melhor desempenho
de uma equipe de trabalho. Com o foco voltado ao secretariado, perceber-se-á
que, muito se evoluiu na área, nas últimas duas décadas.
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4.3 LIDERANÇA
A liderança, enquanto campo teórico e empírico de pesquisa, tem se
desenvolvido diversamente, considerando as concepções e preferências
metodológicas adotadas pelos pesquisadores. Percebe-se que o aspecto mais
controverso deste campo de pesquisa se refira aos diferentes e, por vezes,
contraditórios fundamentos epistemológicos que recortam e embasam os estudos
sobre liderança (AVOLIO; WALUMBWA; WEBER, 2009).
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Capítulo 1
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Para tanto, fica explícito que não há respostas ou visões seguras, mas, sim,
a preocupação em tomar medidas que esclareçam os valores. A resposta aceita
nesta abordagem é a de que não há como resolver um problema específico,
porém há como mobilizar o sistema social para produzir uma nova adaptação
suficiente que vise enfrentar o desafio (HEIFETZ, GRASHOW; LINSKY, 1994).
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
As organizações necessitam alinhar as estratégias dos recursos humanos às
estratégias organizacionais, a fim de obter uma gestão sólida e consciente acerca
de seus recursos, missão, visão e valores. Só assim é possível equalizar recursos
internos X desafios externos.
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Capítulo 1
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nesse capítulo foi possível vislumbrar o desenvolvimento organizacional
em seus atores, recursos, profissionalismo e liderança. Também foi possível
aprofundar os temas tratados a partir de leituras complementares, estudos de
caso e pesquisas.
Vimos que o D.O. é imprescindível para uma empresa que deseja evoluir e
permanecer no mercado, por meio de suas pessoas, estrutura e processos. O D.O
exige aprendizagem organizacional, mudanças e percepções do ambiente. Os
líderes detêm um forte papel nisso, conduzindo suas equipes para a sustentação
do negócio com excelência nos resultados.
Os estudos do Capítulo 1 trouxeram uma visão ampla e geral acerca dos
pressupostos de D.O., com conceitos, ferramentas de apoio e uma visão voltada
ao desenvolvimento das pessoas. Esse trabalho é feito por todas as pessoas nas
organizações, e isso não seria diferente para o secretariado.
Agora é o momento de compreendermos as ferramentas que apoiam
o desenvolvimento organizacional, ou seja, planejamento, organização,
acompanhamento e controles. Acompanhe no Capítulo 2.
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
Profissionalismo E Liderança
REFERÊNCIAS
ACB. ASSESSORIA & TREINAMENTOS EMPRESARIAIS. Especialistas em
gestão empresarial. c2020. Disponível em: https://www.acbassessoria.com/.
Acesso em: 22 ago. 2020.
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
CAPRA, F. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. 2. ed. São
Paulo: Cultrix, 2002.
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Desenvolvimento Organizacional: Atores, Recursos,
Capítulo 1
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HEIFETZ, R. Liderança adaptativa: por que quase ninguém faz. Revista HSM, n.
115, p. 52-55, 2019.
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Capítulo 1
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C APÍTULO 2
Planejamento, Organização,
Acompanhamento E Controles
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No Capítulo 1, foi possível compreender o desenvolvimento organizacional
nas organizações, por meio de pessoas, processos e estruturas. Foi visto o
assessoramento ao D.O. por meio da consultoria e o papel do secretariado nisso
tudo. Foram apresentados os paradigmas profissionais e o que é necessário
para romper uma prática e dar início a outra. Com base nisso, inicia-se agora o
Capítulo 2, que trará as formas de planejar, organizar, acompanhar e controlar
mudanças e inovações.
Coelho (2008) afirma que a partir dos anos 1960 a prática administrativa
nas empresas começou a mudar e não parou mais. Algumas décadas depois,
procurando encontrar um modelo ideal para levar sua empresa ao sucesso, os
administradores e profissionais das áreas de administração, suporte técnico,
secretariado e desenvolvimento começaram a perceber que não é possível
ter sucesso sem compreender bem o que acontece fora da empresa e em seu
ambiente externo. Esta análise é feita por meio de um planejamento eficaz,
assunto a ser tratado neste capítulo.
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
2 PRECEITOS DE PLANEJAMENTO,
ORGANIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO
E CONTROLE
O mundo atual é altamente complexo. Vivemos numa sociedade em que
os elementos que a compõem são intrinsecamente ligados uns aos outros,
de maneira que se torna pouco produtivo estudar um assunto em separado
dos demais. Quando se trata da administração de organizações, mais ainda é
necessário olhar o ambiente em que elas estão inseridas (COELHO, 2008).
2.1.1 Planejamento
Chiavenato (2016) afirma que o planejamento se constitui na primeira
função do processo administrativo, permitindo o estabelecimento dos objetivos
organizacionais em função dos recursos necessários para atingi-los de maneira
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
Enquanto que o planejamento operacional representa a formalização
dos objetivos e procedimentos, sua execução e implementação das ações
previamente listadas via ferramentas, como o ciclo PDCA, que veremos mais
adiante. O planejamento operacional envolve cada tarefa ou atividade de forma
isolada, preocupando-se com o alcance de metas específicas e deve conter
recursos necessários para sua implantação, os procedimentos básicos a serem
adotados, os resultados esperados, os prazos estabelecidos e os responsáveis
pela sua execução (BEZERRA, 2014).
2.1.2 Organização
“Organização é o ato de estruturar relações de trabalho de
Organização é o
modo que os membros de uma empresa interajam e cooperem para
ato de estruturar
relações de trabalho atingir os objetivos da organização” (JONES; GEORGE, 2012, p. 7).
de modo que os Quando da organização de pessoas em departamentos e processos
membros de uma de trabalho por fluxogramas de tarefa, tem-se uma melhor disposição
empresa interajam das tarefas e seu respectivo cumprimento. De acordo com os tipos de
e cooperem para tarefas específicas que cada profissional realiza, são vistas as linhas de
atingir os objetivos
autoridade e responsabilidade entre os diferentes indivíduos e grupos.
da organização”
(JONES; GEORGE, Os administradores precisam decidir qual a melhor forma de organizar
2012, p. 7). os recursos (SILVA, 2013).
Segundo Jones e George (2012), o resultado da organização é a criação
de uma estrutura organizacional, um sistema formal de tarefas e relações entre
superiores e subordinados que coordena e motiva os membros de modo que
trabalhem juntos para atingir os objetivos que tangenciam o êxito e o desempenho
da empresa.
Organizar é ter a garantia de que quando algo precisa ser consultado ou
encontrado, detém seu local próprio, seja no organograma da empresa, seja
no departamento ou mesmo, em uma pasta do servidor. A organização permite
a agilidade na resolução de problemas e a confiabilidade de um trabalho pelas
partes envolvidas (LAUDON; LAUDON, 2010).
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
2.1.3 Acompanhamento
Acompanhar é o ato de estar presente, de dar continuidade, de se fazer valer
perante um projeto, uma ação. Líderes setoriais acompanham o desempenho
das atividades de seus subordinados, seja por meio do apoio, de reuniões, de
orientação ou mesmo, estar junto, mobilizando-se para fazer acontecer (HEIFETZ;
GRASHOW; LINSKY, 2009).
Quando um projeto é acompanhado, significa dizer que ele recebe a devida
importância que merece e é de incumbência dos profissionais envolvidos que o
façam. No acompanhamento de uma determinada demanda, líderes e liderados
engajam-se com responsabilidade na entrega com qualidade. Para que o
acompanhamento seja de qualidade, dispõe-se de ferramentas para o apoio
gerencial nesta ação, bem como a solicitude de um profissional exímio e dedicado
com a empresa (CHIAVENATO, 2016).
2.1.4 Controles
Controlar significa avaliar em que grau a empresa atingiu seus objetivos e
tomar as devidas medidas corretivas para o caso do não cumprimento da totalidade
de determinada ação. Controlar também é monitorar o desempenho dos indivíduos
no que tange a sua produtividade. A tarefa de controle possibilita aos profissionais
da área administrativa avaliar o nível de excelência de seu próprio desempenho,
mediante as outras três tarefas da administração (planejamento, organização e
liderança) e tomar as medidas corretivas (JONES; GEORGE, 2012).
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
2.3.1 Estruturas
Segundo Llatas (2011), a estrutura necessita estar em conformidade aos
objetivos e estratégias estabelecidos pela empresa e funciona como a espinha
dorsal da organização, o esqueleto que sustenta e articula todas as suas partes
integrantes, tanto quanto demonstra a configuração dos órgãos e equipes
da organização. Na estrutura são delineadas as funções de cada unidade da
organização e os modos de colaboração entre as diversas unidades. Com vistas a
uma estrutura organizada, tem-se os benefícios, a saber:
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
FONTE: <https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/
2016/10/5-apresentacoes-inspiradoras-de-steve-jobs-que-voce-
precisa-assistir.html>. Acesso em: 7 ago. 2020.
Segundo Jones e George (2012), a teoria geral de sistemas tem por objetivo
fazer uma análise da natureza dos sistemas e da inter-relação entre eles em
diferentes espaços, assim como a inter-relação de suas partes. É conhecida
também como TGS, e adentrou rapidamente na teoria administrativa por duas
razões: a necessidade de integração das teorias que a precederam e, para os
avanços da tecnologia da informação aplicados à Gestão.
Quanto aos sistemas, podem ser considerados como: físicos ou concretos
(equipamentos, máquinas); abstratos ou conceituais (planos, hipóteses,
ideias). Os sistemas detêm três princípios básicos: sistemas existem dentro de
sistemas; sistemas devem ser considerados abertos, pois coadunam em um
mesmo ambiente, em constante interação com o meio; e, o sistema em si possui
uma estrutura singular, que o torna voltado para uma determinada finalidade
(BALLESTERO-ALVAREZ, 2010).
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
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maior capital, pois sem ele não conseguimos ter o conhecimento suficiente para
produzirmos capital financeiro que talvez nos dará condições de ter a terra. Pense
nisso.
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
Analisando resultados:
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
FONTE: <https://www.vendamais.com.br/teste-administracao-
do-tempo/>. Acesso em: 5 jun. 2020.
Lembre-se...
Você é o ator principal de sua vida, portanto, conforme o autor
Augusto Cury, devemos assumir nosso lugar ao palco! Você decide
a quem e a que deve destinar seu bem mais precioso: o seu tempo!
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
FONTE: A autora
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
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DIAS DA SEMANA %
DEFEITO TOTAL
SEG TER QUA QUI SEX
A – RISCADO II I II III I
B – QUEBRADO I I I I
C – AMASSADO I I
D – FURO MENOR III II I II
E – OXIDAÇÃO IIIII IIII II III IIIIII
F – OUTROS II I I I II
FONTE: A autora
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
Com base no princípio de Pareto, poucas causas são vitais, sendo a maioria
delas triviais. O Gráfico de Pareto serve para apontar quantitativamente as
causas mais significativas, em sua ordem decrescente, identificadas a partir da
estratificação (AGUIAR, 2002).
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FONTE: A autora
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
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Gestão Secretarial e Técnicas de Secretariado
FONTE: A autora
Para que se possa mensurar a produtividade, é possível ter o valor das saídas
úteis dividido pelos custos totais para obtenção das saídas. Em outras palavras,
divide-se o valor da receita total pelo custo total. Assim: produtividade = saídas/
entradas. Além disso, essa fórmula se adapta facilmente a outras situações, como
cálculo de produtividade de mão de obra, por exemplo. Para tanto, basta trocar
pelos fatores específicos, como horas/trabalhador. Tem-se a seguir um exemplo
prático de aplicação da fórmula, acompanhe.
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
Você tem um negócio que fatura 50 mil reais por mês com 10 funcionários.
Cada funcionário trabalha 160 horas/mês, desta forma, podemos calcular que:
• Ao seu desempenho.
• Ao cumprimento fiel de especificações.
• Ao seu padrão de excelência com relação a um padrão mínimo
exigido.
• Que possa ser avaliada a partir da análise da relação custo versus
benefício.
• Às condições de atendimento durante o processo de aquisição (o
produto pode ser bom, mas o atendimento pode não ser).
• A sua tradição no mercado.
• À segurança que oferece.
• À adequação ao uso.
• À totalidade de características especificadas, exigidas e esperadas.
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FONTE: <https://blog.admooh.com/pt/o-impacto-de-um-
bom-atendimento/>. Acesso em: 7 ago. 2020.
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
Uma reclamação de um cliente pode levar a uma descoberta,
acompanhe este famoso caso a seguir:
“Esta é a segunda vez que envio uma carta para vocês, e não os
culpo por não responder. Eu posso parecer louco, mas o fato é
que nós temos uma tradição em nossa família, que é a de tomar
sorvete depois do jantar. Repetimos este hábito todas às noites,
variando apenas o tipo do sorvete, e eu sou o encarregado de
ir comprá-lo. Recentemente comprei um novo Pontiac e, desde
então, minhas idas à sorveteria se transformaram num problema.
Sempre que eu compro sorvete de baunilha, o carro não funciona,
mas se compro qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona
normalmente. O fato é que estou muito irritado com meu Pontiac”.
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Como você pode ver, chegamos ao final de mais um capítulo de seu livro
didático. Os conteúdos aqui dispostos compreenderam o planejamento, a
organização, o acompanhamento e os controles nas organizações. Foram vistos
os mais diversos tipos de estrutura e processos organizacionais. Vimos também
as ferramentas necessárias na aplicação dos controles. Na última seção você
conseguiu verificar a importância da produtividade, qualidade e eficiência.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, S. Integração das ferramentas da qualidade ao PDCA e ao
Programa Seis Sigma. São Paulo: DG, 2002.
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
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Capítulo 2 Planejamento, Organização, Acompanhamento E Controles
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C APÍTULO 3
Secretariado: Historicismo,
Normatização, Rotinas, Técnicas
E Processos
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Capítulo 3 Secretariado: Historicismo, Normatização, Rotinas, Técnicas E Processos
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A história da humanidade foi construída por muitos momentos diferentes
que constituíram o presente. O atual cenário, por exemplo, demonstra um
momento de evolução histórica no que tange aos avanços da tecnologia. Neste
pleito, tem-se o apoio do trabalho de assessoria para dar conta de todas as
demandas corporativas. Como era antes? Era diferente em processos, mas
a assessoria prestada pelo secretariado remonta de longa data. Não se pode
precisar exatamente a data do surgimento da profissão de secretário, mas há
indícios de que o início foi no Egito, em 500 a.C. Antes disso, havia os “escribas”,
considerados os primeiros secretários da história da humanidade, sendo poucos,
pois eram raras as pessoas que dominavam a escrita.
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2 HISTORICISMO, NORMAS
E REGULAMENTAÇÃO DO
SECRETARIADO
Conforme Lourenço e Cantarotti (2010), a palavra secretário tem sua origem
do latim, que significa “Secretum e secretarium”, correspondente a um lugar
retirado, ou seja, trata-se de uma pessoa que mantém sigilo, particularidades
sobre algo especial, a quem se deposita confiança e tarefas que exigem segredo.
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Capítulo 3 Secretariado: Historicismo, Normatização, Rotinas, Técnicas E Processos
Santos (2008) afirma que, muito embora tenham ocorrido mudanças positivas
e conquistas no crescimento da profissão, alguns profissionais ainda se sentem
desvalorizados dentro das empresas da iniciativa privada, tendo em vista as
cobranças e os desafios do cotidiano. Alguns segmentos de mercado e modelos
de empresas com a cultura mais rígida, que ainda não adentraram a complexidade
do mundo digital, tampouco acompanham a evolução desse profissional, delegam
a ele somente atribuições operacionais.
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Art. 17º. Cumprir e fazer cumprir este Código é dever de todo Secretário.
Art. 18º. Cabe aos Secretários docentes informar, esclarecer e orientar os
estudantes, quanto aos princípios e normas contidas neste Código.
Art. 19º. As infrações deste Código de Ética Profissional acarretarão
penalidades, desde a advertência à cassação do Registro Profissional na forma
dos dispositivos legais e/ou regimentais, através da Federação Nacional das
Secretárias e Secretários.
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2.2 REGULAMENTAÇÃO DA
PROFISSÃO
A profissão de secretário executivo é regulamentada no Brasil pelas Leis
nº 7.377, de 30 de setembro de 1985 e nº 9.261, de 10 de janeiro de 1996. O
cargo de secretário executivo, na esfera pública, foi criado no Serviço Público
Federal diante da reestruturação do Plano de Carreiras dos Cargos Técnico-
Administrativos em Educação (PCCTAE), por meio da Lei nº 11.091, de 11 de
janeiro de 2005. A partir desse momento, o Ministério da Educação (MEC) passou
a disponibilizar códigos de vagas do cargo às Instituições Federais de Ensino
Superior, que promoveram concursos públicos para o provimento desses cargos
(LEAL; FIATES, 2013).
2.2.1 Regulamentação do
profissional da categoria
O registro do profissional de secretariado ocorre na Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), mediante o enquadramento na Lei
de Regulamentação Profissional. Conforme a Lei de Regulamentação (BRASIL,
1985), há dois níveis de registro:
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3 TÉCNICAS E ROTINAS
SECRETARIAIS APLICADAS AOS
PROCESSOS ORGANIZACIONAIS
Com o aumento da demanda de profissionais no mercado de trabalho e seus
desafios, exige-se a existência de profissionais competentes que apresentam
determinadas habilidades de acordo com a área de atuação, estes se mostram
atentos e dedicados nas demandas organizacionais. Aborda-se que sempre houve a
necessidade de colaboradores eficientes nos processos de trabalho. Neste sentido,
é necessária a identificação de cada profissional, possibilitando o desempenho em
determinado papel organizacional. Nesse panorama, agregam-se as competências
relacionadas ao profissional de Secretariado Executivo, com ênfase para aquelas que
surgem como uma resposta diferenciada de capacitação (MOREIRA et al., 2016).
Desse modo, o secretário possui funções, como o planejamento, a
organização e o controle de trabalhos rotineiros (reuniões, viagens etc.). Necessita
de atributos que englobam criatividade, liderança, flexibilidade, dinamismo,
iniciativa, eficiência, discrição, cooperativismo, ética, comprometimento, agilidade
na tomada de decisões e não menos importante, paciência. Essas competências
citadas possibilitam ao secretário desenvolver habilidades para atuar em funções
operacionais, controlando trabalhos rotineiros, e gerenciais, como distribuição de
responsabilidades (MOREIRA et al., 2016).
O profissional desta formação, assim como todos os outros, precisa estar
disposto e apto a mudanças, interpretar e identificar as novas qualificações
exigidas pelo mercado de trabalho, resultado da globalização, com o objetivo
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3.1 PROCEDIMENTOS
Procedimentos são tarefas cotidianas a serem cumpridas, seguindo-se
um padrão e uma ordem necessários para dar conta das funções de um cargo.
Cada procedimento obedece a uma escala de prioridade tanto quanto de prazo,
normatização e conformidade.
3.2 AGENDA
Considerada a ferramenta mais importante no ambiente de trabalho
secretarial, a agenda é um dos símbolos do bacharelado em Secretariado
Executivo ou Tecnólogo em Secretariado, conforme mostra a Figura 2.
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Desta forma, por mais que tenhamos meios tecnológicos, como o e-mail,
mensagens por redes sociais, o telefone continua sendo o recurso primordial
e mais utilizado no mundo corporativo. É por meio dele que, na maioria das
vezes, o cliente tem o primeiro contato com a empresa (LEGER, 2008). Em
meio à comunicação, podem ocorrer erros por conta de falhas técnicas ou por
parte do receptor, em que a falta de atenção, a falta de interesse, o nervosismo
ou a dificuldade de compreensão dificultam significativamente no processo da
comunicação, acarretando em informações e anotações erradas (VEIGA, 2009).
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3.4 FORMALIDADES EM
CORRESPONDÊNCIAS,
DOCUMENTOS, E-MAILS, WHATSAPP
BUSINESS
Na área do secretariado, é necessário ter algumas condutas na comunicação
por escrito, tratando sempre com cordialidade, seriedade e presteza que
dispensamos a um atendimento telefônico ou contato direto com o cliente, sendo
elas em correspondências, e-mails, WhatsApp, entre outros meios. Nos e-mails
recebidos devemos levar em conta o prazo para responder, sendo este em 24
horas no máximo. Salienta-se a importância da gestão do tempo, nas atividades e
respostas do profissional aos compromissos em pauta. Sua eficácia está atrelada
diretamente à forma com que conduz o seu tempo, em prioridades. Outra conduta
a ser tomada é que não devemos subestimar nenhuma mensagem recebida, por
mais simples ou sem sentido que lhe pareça, pois pode conter relevância para
quem a recebe, nem sempre o julgamento é correto. Outro aspecto importante é
ficar atento às regras gramaticais e ortográficas, e revisar o texto antes de remetê-
lo para o cliente (VEIGA, 2009).
O técnico em secretariado oferece todo apoio e suporte operacional,
diante disso é sabido dizer que é de sua responsabilidade o encaminhamento
dos documentos, bem como registro, distribuição, organização e a manutenção
dos arquivos. De acordo com seus diversos elementos, formas e conteúdos, os
documentos podem ser caracterizados a partir de seu gênero, espécie e natureza,
e existem distintos documentos como: documentos textuais; documentos
cartográficos; documentos iconográficos; documentos filmográficos; documentos
sonoros etc. (OLIVEIRA, 2011). As funções básicas do arquivo são:
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São muitos os modelos de ata a serem adotados pelo(a) secretário(a),
lembrando-se sempre do teor de sua importância e a veracidade com o teor de
seu conteúdo. Acompanhe a seguir um modelo.
Aos dez dias do mês de agosto de dois mil e vinte, reuniram-se na sede da Empresa Alfa, na
Sala de Reuniões 01, os(as) Senhores(as)... para apreciar e deliberar a seguinte pauta do dia:
- Assunto 1
- Assunto 2
- Assunto 3
De acordo, assinam:
__________________________________
Fulano de Tal
Diretor Executivo
FONTE: A autora
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Vale salientar que, para melhorar sua performance e otimizar seu tempo,
é importante a educação continuada, visando ao aprimoramento de seus
conhecimentos e o desenvolvimento de novas habilidades.
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4.3 COMPETÊNCIAS DO
PROFISSIONAL DE SECRETARIADO
EXECUTIVO
Conforme descrito anteriormente, o perfil do secretário executivo é
tangenciado de competências humanas, técnicas e conceituais. Tais competências
tornam este profissional competitivo e, quanto mais conhecimentos absorver,
maior será seu diferencial no mercado. As competências mais solicitadas para a
atualidade dizem respeito ao comportamento. Por isso, destaca-se a seguir alguns
tópicos acerca da convivência social, das interações e do autoconhecimento.
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• Percepção
Para Robbins, Judge e Sobral (2010), a percepção pode ser definida como
o processo pelo qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões
sensoriais com a finalidade de dar sentido ao seu ambiente, ou seja, é a sua
maneira particular de perceber o seu meio, sua visão de mundo. É a maneira
como nós vemos, julgamos, conceituamos e qualificamos as coisas no mundo e
em nós mesmos.
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• Autopercepção
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• Heteropercepção
• Emoções e sentimentos
Ainda de acordo com os autores, quando uma emoção negativa como a raiva
é desencadeada em um momento de mau humor, poderá durar por horas. As
emoções necessitam de um autocontrole intenso por parte do ser humano, pois a
depender do ato em momentos inoportunos, pode trazer graves consequências à
vida de outrem e de si próprio.
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que não entregou a matéria-prima, quando percebe que seu organismo fica
debilitado, adquire um resfriado que o deixa acamado dois dias. Pronto, o caos
estabeleceu-se. Isto lhe é familiar? Então, pense: de alguma maneira, quando
não há o equilíbrio entre corpo e alma, trabalho e família, descanso e produção,
intelecto e exercício físico, o corpo padece. Ele dá sinais de que algo não
está bem. É nesta hora que a sensibilidade do(a) secretário(a) entra em ação,
acionando seu lado humano para aceitar e compreender as diferenças humanas.
Alguns dos conselhos mais nobres referem-se a um momento para a
meditação, o yoga, entre outras atividades alternativas que liberem as “toxinas”
da mente, purificando os pensamentos e trazendo a pessoa para um contexto
mais transcendente, que não apenas o uso da razão e da lógica. Não importa
a religião que se segue, mas as pessoas, em geral, que são adeptas a uma
crença, enfrentam com maior facilidade as intempéries e os dissabores da vida
(MCSHANE; GLINOW, 2014).
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A globalização, os mercados e as corporações transitam por mudanças e
inovações constantes, fazendo com que as competências dos responsáveis pelas
decisões sejam aceleradoras de sucesso e desenvolvimento empresarial.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, W. G.; ROGEL, G. T. S.; SHIMOURA, A. S. Mudanças de paradigmas
na gestão do profissional de secretariado. Revista de Gestão e Secretariado,
São Paulo, v. 1, n. 1, p. 46-68, jan./jun. 2010.
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