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Introdução à Engenharia

UNIDADE 2

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos
que possa:

> Distinguir os termos


utilizados para
descrever a atuação do
engenheiro.

> Ilustrar as principais


funções exercidas pelo
engenheiro.

> Demonstrar algumas


atividades realizadas
nas diversas funções
dos engenheiros de
produção.

SUMÁRIO 25
Introdução à Engenharia

2 O CAMPO DE ATUAÇÃO DO
ENGENHEIRO
Olá. Dando continuidade à disciplina de Introdução à Engenharia, você será apresen-
tado ao campo de atuação do engenheiro. Na verdade, esta unidade serve de apro-
fundamento sobre as diversas funções que podem ser exercidas por esse profissional.
Você vai poder observar que essas funções são, inclusive, previstas pelo principal órgão
normativo da classe, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).

Você vai perceber, também, a ênfase dada aos campos de atuação e áreas de conhe-
cimento do engenheiro de produção, previstas e apresentadas por sua entidade de
classe, a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO).

2.1 INTRODUÇÃO DA UNIDADE

Apesar da sua grande importância para a sociedade, a engenharia ainda parece ser
uma profissão distante e desconhecida para boa parte da população. Ainda é comum
pensar no engenheiro como uma pessoa introvertida, que gosta de trabalhar com
cálculos e sem a presença de outras pessoas. Mas a engenharia e suas várias facetas
estão aí para provar o contrário. Esta unidade tem como objetivo mostrar caracterís-
ticas da atuação do engenheiro, que vão desde a legislação, que prevê e define os
termos da sua atuação, até os diversos campos de atuação dos engenheiros.

Em especial, a unidade apresenta, ainda, um aprofundamento sobre o campo de


atuação do engenheiro de produção e como a sua principal entidade de classe, a
Associação Brasileira de Engenharia de Produção, divide os seus diversos campos de
atuação por áreas de conhecimento.

26 SUMÁRIO
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2.2 DEFINIÇÕES NORMATIVAS SOBRE A ATUAÇÃO


DOS ENGENHEIROS

A Resolução nº 1.073, de 19 de abril de 2016, regulamenta a atribuição de títulos,


atividades, competências e campos de atuação aos profissionais registrados no Siste-
ma CONFEA/CREA. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e os
respectivos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs) são os órgãos
responsáveis pela regulamentação e fiscalização do exercício profissional dos enge-
nheiros no Brasil.

Para tanto, define alguns termos.

Atividade profissional: conjunto de práticas profissionais que visam à aquisição


de conhecimentos, capacidades, atitudes, inovação e formas de comportamentos
exigidos para o exercício das funções próprias de uma profissão regulamentada.

Campo de atuação profissional: conjunto de habilidades e conhecimentos


adquiridos pelo profissional no decorrer de sua vida laboral em consequência
da sua formação profissional obtida em cursos regulares, junto ao sistema oficial
de ensino brasileiro.

Formação profissional: processo de aquisição de habilidades e conhecimentos


profissionais, mediante conclusão com aproveitamento e diplomação em curso
regular, junto ao sistema oficial de ensino brasileiro, visando ao exercício respon-
sável da profissão.

Competência profissional: capacidade de utilização de conhecimentos, habili-


dades e atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos profis-
sionais específicos, obedecendo a padrões de qualidade e produtividade.

Fonte: CONFEA, 2016.

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A mesma Resolução define, em seu artigo 5º, no §1º, dezoito possíveis atividades
profissionais atribuídas ao exercício de engenharia, que podem ser realizadas de
forma integral ou parcial, e de forma complementar. Você perceberá, ao longo desta
unidade, que essas atividades representam as linhas gerais para a identificação das
principais funções realizadas pelos engenheiros no mercado profissional, bem como
as áreas de conhecimento estabelecidas pelas associações específicas das diversas
habilitações da engenharia (nos fixaremos em uma, em particular) e, eventualmente,
na estruturação dos currículos dos cursos superiores responsáveis pela formação dos
engenheiros.

FIGURA 7 - ENGENHEIROS TRABALHANDO NO DESENVOLVIMENTO DE UM DRONE

Fonte: Shutterstock, 2018.

A seguir, a lista de atividades previstas pelo sistema CONFEA/CREA atribuídas aos


profissionais de engenharia:

I. Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica.

II. Coleta de dados, estudo, planejamento, anteprojeto, projeto, detalhamen-


to, dimensionamento e especificação.

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III. Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental.

IV. Assistência, assessoria, consultoria.

V. Direção de obra ou serviço técnico.

VI. Vistoria, perícia, inspeção, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técni-


co, auditoria, arbitragem.

VII. Desempenho de cargo ou função técnica.

VIII. Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação,


ensaio, divulgação técnica, extensão.

IX. Elaboração de orçamento.

X. Padronização, mensuração, controle de qualidade.

XI. Execução de obra ou serviço técnico.

XII. Fiscalização de obra ou serviço técnico.

XIII. Produção técnica e especializada.

XIV. Condução de serviço técnico.

XV. Condução de equipe de produção, fabricação, instalação, montagem,


operação, reforma, restauração, reparo ou manutenção.

XVI. Execução de produção, fabricação, instalação, montagem, operação, refor-


ma, restauração, reparo ou manutenção.

XVII. Operação, manutenção de equipamento ou instalação.

XVIII. Execução de desenho técnico.

Para conhecer um pouco mais sobre as atividades do exercício profissional do


engenheiro e suas definições formais, você pode pesquisar o Anexo I da reso-
lução 1.073, de 19 de abril de 2016, do CONFEA. Nesse anexo, você vai encon-
trar um glossário dos diversos termos utilizados no texto, que são de natureza
específica. É o entendimento desses termos que guia a atuação profissional dos
engenheiros, minimizando eventuais entendimentos distintos.

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2.3 AS FUNÇÕES DOS ENGENHEIROS

Para Cocian (2017), a atuação no campo da engenharia é formada por uma série de
funções que se diferenciam das áreas de interesse dos engenheiros, uma vez que
estão relacionadas às suas aptidões e ao seu treinamento. Ainda segundo o autor,
certas pessoas podem, por exemplo, se sair bem em atividades de pesquisa, mas
nem tanto na atividade de vendedor.

Alguns exemplos de funções no campo da engenharia são:

Pesquisa: é realizada em instituições de ensino como universidades, laboratórios


industriais, organizações patrocinadas por governos e institutos de pesquisa. Enge-
nheiros que atuam nesta função estão na fronteira do conhecimento científico,
desenvolvendo o estado da arte das suas respectivas áreas. Para tanto, é necessário
um conjunto particular de competências, dentre as quais, algumas de ordem social.
Para Cocian:

Esses engenheiros devem ser hábeis no raciocínio abstrato e indutivo, e


devem saber expressar-se de forma matemática. Os pesquisadores de enge-
nharia devem ser hábeis na concepção, execução e análise dos experimentos.
Devem estar cientes, porém, de que podem encontrar várias falhas, fracassos
e perdas antes de obter o sucesso. Para isso, é imprescindível ter imaginação,
criatividade e aceitação da incerteza (COCIAN, 2017, p. 27).

Concepção e desenvolvimento: esta função está posicionada estrategicamente entre


a pesquisa e o projeto. Tem como objetivo garantir a funcionalidade das descobertas
da pesquisa em termos de modelos funcionais, com características desejadas para
posterior entrada na fase de produção. Assim, como na função anterior, a comunica-
ção (com outros engenheiros, projetistas e pesquisadores) é primordial.

Projeto: a partir dos resultados obtidos pelos engenheiros de desenvolvimento para


criar um produto útil e economicamente viável, os engenheiros, atuando na função
de projeto, elaboram o sequenciamento das atividades necessárias para a implemen-
tação desses resultados em termos práticos. Para tanto, segundo Cocian:

[..] selecionam métodos de execução, especificam materiais e determinam


os meios de satisfazer os requisitos físicos, químicos, térmicos e elétricos. Um
bom projeto deve ser econômico em termos de materiais, fabricação, instala-
ção, operação e manutenção (COCIAN, 2017, p. 28).

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Somam-se a essas características a habilidade necessária na síntese por meio da


expressão gráfica, mas, principalmente, é imprescindível a essa função uma forte
base em economia para a realização dos estudos de viabilidade dos projetos.

Produção: esta função harmoniza aspectos técnicos como a definição de layout de


fábricas e seleção de equipamentos, com fatores humanos e econômicos. Engenhei-
ros de produção realizam estudos sobre o processo de fabricação dos mais diversos
produtos, sua sequência de atividades, ferramentas e métodos necessários à manu-
fatura eficiente. Para Cocian, os engenheiros de produção:

[...] desenvolvem estações de trabalho que facilitam os esforços humanos e


automáticos para aumentar a produção; implementam os meios e métodos
para a inspeção e teste, eliminam os funis de produção e corrigem as falhas
nos procedimentos de manufatura. Trabalham lado a lado com os projetis-
tas desde os primeiros estágios da produção e participam no reprojeto. É
sua responsabilidade converter a matéria-prima em um produto acabado de
forma mais eficiente que os concorrentes do mercado (COCIAN, 2017, p. 29).

Uma vez que enfrentam problemas tanto de natureza técnica quanto humana, é
preciso que os engenheiros de produção possuam uma formação abrangente,
incluindo, então, forte base teórica nas ciências exatas, mas também em aspectos
aplicados como engenharia econômica e controle de qualidade. Em complemento à
sua formação, sugere-se treinamento prático que pode ser obtido em visitas técnicas
a instalações fabris ou em estágios.

Construção e instalação: constitui um dos grandes segmentos da economia da maior


parte dos países, sendo responsável por uma fatia significativa do Produto Inter-
no Bruto. Os engenheiros atuando nesta função são responsáveis pela supervisão
e preparação dos ambientes que serão utilizados para a construção de estruturas
ou instalações. É a partir dos projetos desenvolvidos previamente por outros enge-
nheiros, contendo especificações técnicas, que os engenheiros de construção devem
transformar essas informações em um produto palpável e exequível. São atribuições
do engenheiro de construção a determinação dos procedimentos a serem seguidos
(tomando por base questões econômicas, de qualidade e segurança), a organização
das equipes responsáveis pela execução das obras e a gestão dos materiais neces-
sários e da montagem propriamente dita. Assim, é preciso que estes engenheiros
sejam capazes de coordenar adequadamente equipes diversas enquanto possuem
uma boa noção dos custos operacionais envolvidos e emitam relatórios técnicos às
diversas áreas da empresa.

SUMÁRIO 31
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FIGURA 8 - ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO

Fonte: Shutterstock, 2018.

Vendas, aplicações e serviços: os engenheiros de vendas, ou engenheiros de aplica-


ções, lidam com constantes análises sobre as necessidades dos clientes e a posterior
recomendação de itens para o atendimento dessa demanda. Desta forma, combi-
nam o treinamento técnico às suas competências interpessoais (o que inclui a comu-
nicação com pessoas de diversos níveis e a capacidade de convencimento). Ainda no
escopo desta função, estão a análise das reclamações dos clientes e o treinamento
de seus funcionários.,

Gestão: para Cocian (2017), o engenheiro que atua na função de gestão determina os
principais propósitos de um empreendimento, para antecipar as tendências e áreas
de crescimento, selecionando os projetos mais promissores e formulando as diretivas
a serem seguidas. Assim sendo, o engenheiro gestor estabelece a estrutura organi-
zacional e a hierarquia da empresa, selecionando os recursos humanos necessários
para a sua operação. Em termos de mercado, existe uma valorização dos engenheiros
para cargos de gestão, uma vez que possuem uma boa capacidade analítica e visão
sistêmica. Ao tratar das principais características da função de gestão na engenharia,
Cocian comenta que:

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Os requisitos principais incluem uma base sólida dos fundamentos da enge-


nharia, habilidades nas relações humanas e destreza nos negócios. [...] As
características mais importantes do gestor são a sensibilidade nas relações
humanas, o entendimento dos desejos básicos de segurança e reconhecimen-
to, e a aceitação da responsabilidade de contribuir para o bem-estar pessoal
dos seus funcionários (COCIAN, 2017, p. 32).

Consultoria: é uma atividade ampla que pode ser encontrada nos mais diversos
campos da engenharia. A principal diferença desta função em relação às demais
apresentadas está no fato de que, na consultoria, os problemas técnicos podem ser
rotineiros, e o objetivo, muitas vezes, está associado a conseguir desempenho e segu-
rança com um mínimo de custo para o cliente. Cocian ressalta, ainda, a necessidade
de os engenheiros consultores conhecerem bem seu público e venderem suas ideias:
“na maioria dos casos, seu senso comercial é tão importante quanto as suas habilida-
des técnicas na determinação do sucesso profissional” (COCIAN, 2017).

Cocian (2017, p. 33) ilustra alguns exemplos da atuação de engenheiros na


função de consultoria. De acordo com o autor, o consultor pode ser o engenheiro
civil que trata principalmente com o público e pode inspecionar a casa de uma
pessoa, esquematizar uma subdivisão de um problema para um engenheiro
de desenvolvimento, planificar uma planta de tratamento de esgoto para uma
pequena comunidade, determinar os requisitos estruturais para a obra de um
arquiteto ou definir o melhor local para uma ponte e uma autoestrada.

Da mesma forma, um engenheiro mecânico especialista em projetos pode criar


sua própria empresa e oferecer serviços a qualquer cliente que deseje contra-
tá-lo. Um engenheiro industrial com particular habilidade na automação de
processos de produção pode oferecer os seus serviços como consultor a uma
grande variedade de pequenas empresas.

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2.4 ÁREAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

De acordo com o site da Associação Brasileira de Engenharia de Produção:

Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a


melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e servi-
ços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compe-
te ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para
a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados
da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os
princípios e métodos de análise e projeto da engenharia (ABEPRO, 2018).

Ainda segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção, a atividade de


produção perpassa a simples utilização dos conhecimentos de natureza científica
e tecnológica. Assim, é preciso que haja uma integração entre fatores de natureza
diversa, dentre os quais destacam-se os fatores humanos e psicológicos em linha
com parâmetros de qualidade, eficiência e custos. Desta forma:

[...] a Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para as dimensões do


produto e do sistema produtivo, veicula-se fortemente com as ideias de
projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar
sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que
a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma
integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da
competitividade do país. (ABEPRO, 2018).

De modo a cumprir tais objetivos e, por consequência dar suporte à elevação da


competitividade do país, a engenharia de produção apresenta a característica de
ampla atuação em diversas funções e nos mais variados tipos de empresas. Assim,
a ABEPRO, principal representante da engenharia de produção no país, prevê uma
série de campos de atuação para os engenheiros de produção, estratificando também
suas subáreas. São essas áreas e subáreas que balizam a atuação dos engenheiros de
produção e delimitam também os conhecimentos necessários para tal atuação.

As dez áreas, respectivas subáreas, definições e limites de atuação


descritas a seguir estão disponíveis no próprio site da ABEPRO (2018).
São elas:

1. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO

Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os


produtos (bens ou serviços) primários da empresa.

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1.1.Gestão de Sistemas de Produção e Operações

1.2.Planejamento, Programação e Controle da Produção

1.3.Gestão da Manutenção

1.4.Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial,


layout/arranjo físico

1.5.Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos


e sequências

1.6.Engenharia de Métodos

2. LOGÍSTICA

Técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movi-


mentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando à redução
de custos e a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos
níveis de exigências dos clientes.

2.1.Gestão da Cadeia de Suprimentos

2.2. Gestão de Estoques

2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos

2.4. Logística Empresarial

2.5. Transporte e Distribuição Física

2.6. Logística Reversa

2.7.Logística de Defesa

2.8. Logística Humanitária

3. PESQUISA OPERACIONAL

Resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, por meio


de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Aplica
conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamen-
to ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir
elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem
descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que carac-
terizam os problemas.

SUMÁRIO 35
Introdução à Engenharia

3.1.Modelagem, Simulação e Otimização

3.2.Programação Matemática

3.3.Processos Decisórios

3.4.Processos Estocásticos

3.5.Teoria dos Jogos

3.6.Análise de Demanda

3.7.Inteligência Computacional

4. ENGENHARIA DA QUALIDADE

Planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que conside-


rem o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão
e a utilização de ferramentas da qualidade.

4.1.Gestão de Sistemas da Qualidade

4.2.Planejamento e Controle da Qualidade

4.3.Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade

4.4.Organização Metrológica da Qualidade

4.5.Confiabilidade de Processos e Produtos

5. ENGENHARIA DO PRODUTO

Conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, deci-


são e execução envolvidos nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvi-
mento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do
produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais
da empresa.

5.1.Gestão do Desenvolvimento de Produto

5.2.Processo de Desenvolvimento do Produto

5.3.Planejamento e Projeto do Produto

36 SUMÁRIO
Introdução à Engenharia

6. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL

Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando


em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produ-
ção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho
organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos produtivos.

6.1.Gestão Estratégica e Organizacional

6.2.Gestão de Projetos

6.3.Gestão do Desempenho Organizacional

6.4.Gestão da Informação

6.5.Redes de Empresas

6.6.Gestão da Inovação

6.7.Gestão da Tecnologia

6.8.Gestão do Conhecimento

6.9.Gestão da Criatividade e do Entretenimento

7. ENGENHARIA ECONÔMICA

Formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternati-


vas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas
que simplificam a comparação econômica.

7.1.Gestão Econômica

7.2.Gestão de Custos

7.3.Gestão de Investimentos

7.4.Gestão de Riscos

8. ENGENHARIA DO TRABALHO

Projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de traba-


lho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades,
habilidades e capacidades das pessoas visando à melhor qualidade e produtivida-
de, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na
compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema.
Pode-se, também, afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina–
ambiente–homem–organização.

SUMÁRIO 37
Introdução à Engenharia

8.1.Projeto e Organização do Trabalho

8.2.Ergonomia

8.3.Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho

8.4.Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho

9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE

Planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos


diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes desses sistemas, bem
como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social.

9.1.Gestão Ambiental

9.2.Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação

9.3.Gestão de Recursos Naturais e Energéticos

9.4.Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais

9.5.Produção mais Limpa e Ecoeficiência

9.6.Responsabilidade Social

9.7.Desenvolvimento Sustentável

10. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-gradua-


ção, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica
englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a forma-
ção de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático peda-
gógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios
de ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta
especialidade como uma “Engenharia Pedagógica”, que busca consolidar essas ques-
tões, assim como visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvol-
vidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da ativida-
de docente, campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar
estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações.

38 SUMÁRIO
Introdução à Engenharia

10.1.Estudo da Formação do Engenheiro de Produção

10.2.Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da


Extensão em Engenharia de Produção

10.3.Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção

10.4.
Práticas Pedagógicas e Avaliação Processo de Ensino-Aprendizagem
em Engenharia de Produção

10.5.Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais


de Cursos de Engenharia de Produção

CONCLUSÃO
Dando continuidade aos estudos introdutórios sobre a engenharia, esta unidade
adentrou um pouco mais no campo de atuação do engenheiro. Você pôde conhecer
um pouco sobre a legislação vigente, que define vários termos e delimita o campo de
atuação da engenharia e outras funções correlatas.

Você pôde conhecer, também, um pouco mais sobre as diversas funções que podem
ser exercidas pelo engenheiro. Essas funções são bastante amplas e diversificadas,
abrangendo desde a atuação em projetos e grandes construções até a prestação
de serviços de consultoria e pós-venda. A ideia principal com a apresentação dessas
funções foi mostrar a você que o campo profissional do engenheiro não está restrito
a um escritório ou a uma fábrica. Você pode se deparar com atividades extremamen-
te diferentes (como a análise de risco em projetos de investimento ou do impacto
ambiental da construção de um novo shopping) daquela visão tradicional de um
engenheiro fazendo cálculos sozinho em uma sala.

Por fim, entramos ainda mais no nível de detalhamento da atuação do engenheiro.


Em particular, foram apresentadas as dez áreas e subáreas de atuação do engenheiro
de produção. Elaboradas pela ABEPRO, essa subdivisão baliza a forma como a atua-
ção do engenheiro de produção é realizada no país, bem como norteia os diversos
conhecimentos necessários para tal atuação.

SUMÁRIO 39

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