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Projetos Elétricos

Industriais
Módulo 1
Concepção de Projeto
Elétrico Industrial
ESCOPO E FORA DO ESCOPO DO PROJETO

Definir o Escopo do Projeto é uma etapa de vital importância. Se não for feita da
forma correta, o projeto estará fadado ao fracasso, uma vez que é o escopo que determina o
que irá (e não irá) ser feito/produzido/entregue ao termino do projeto.
Detalhar o que o projeto não abrange é definitivo para que não sejam criadas expectativas
além do que será apresentado no resultado.
O escopo consiste em entregar o produto conforme os requisitos definidos pelo
cliente.
Escopo do projeto é o trabalho que precisa ser realizado para entregar um produto,
serviço ou resultado com as características e funções especificadas. Dessa forma, no escopo
deve estar detalhado todos os pontos que definem claramente o trabalho, sendo possível
precisar e controlar o que inclui ou não no projeto.
O fora de escopo significa aquilo que não compõe as entregas do projeto, ou seja, o
que não será feito no projeto.
MATERIAIS ELÉTRICOS
MISCELÂNEAS
A segurança e as vantagens dos cabos não halogenados

Toda instalação elétrica precisa de planejamento, dimensionamento correto,


materiais certificados e ter principalmente segurança. E para garantir esse último
quesito, nada melhor do que contar com os cabos elétricos não halogenados.
Mas, o que são eles? São condutores isolados, cabos uni ou multipolares cujo
material isolante não possui em sua composição o cloro, que é um material
altamente tóxico em casos de incêndio. “Os cabos não halogenados são
produzidos com materiais livres de halogênio que emitem baixa quantidade de
fumaça, gases tóxicos e corrosivos. o material ainda oferece maior segurança por
apresentar características especiais de não propagação das chamas e de
autoextinção do fogo. Os cabos elétricos não halogenados devem ser fabricados
de acordo com a NBR 13248. Aplicações São indicados principalmente para
locais com grande afluência de pessoas ou os que possuem condições difíceis de
fuga como estádios, escolas, cinemas, teatro, shopping centers, hospitais, hotéis,
centros de convenções, torres comerciais e residenciais conforme recomendado
pelas normas NBR 5410 e 13570 da ABNT. “Mas isso não impede que os cabos
não halogenados sejam instalados em casas de um ou dois andares, já que o
ponto forte do produto é garantir ainda mais a segurança da instalação elétrica”,
Conceito de Projeto

Projetar, no sentido mais geral do termo, é apresentar


soluções possíveis de serem' implementadas para a
resolução de determinados problemas.
Para o projetista, a solução procurada visa atender a
uma necessidade, um resultado desejado, um objetivo.
Por esta razão, o projetista deve preocupar-se com a
sua viabilidade, tanto do ponto de vista técnico (poderá
mesmo ser executado?), como do ponto de vista
econômico (poderá ser executado a um custo razoável?).

Outro aspecto de fundamental importância é a qualidade da solução


apresentada. Tendo em mente que em boa parte das ocasiões o projetista não
estará presente na implantação do projeto, ele deve questionar-se
objetivamente: o projeto é perfeitamente compreensível e esclarecedor?, o
projeto apresenta um nível de detalhamento tal que garanta aos seus
executores e aos seus usuários que aquilo que está sendo executado na
realidade corresponde ao que foi idealizado no projeto?
Conceito de Projeto

Vale lembrar que os cálculos, dimensionamentos e principalmente


as decisões do projetista deverão ser totalmente embasadas em
literatura técnica e normas vigentes.

Um projeto é dinâmico, portanto, pode sofrer revisões (alterações),


entretanto o ideal é que as revisões ocorram ainda na fase de projeto. É
importante observar que uma revisão que ocorra na fase de execução é
frequentemente mais onerosa do que se houvesse ocorrido na fase de
projeto, uma vez que poderá implicar em desperdício de recursos
materiais, recursos humanos e tempo. Além disso, os projetos têm um
prazo de execução e custo de implantação definidos. A frequência de
revisões na fase de execução certamente será responsável por alterações,
em geral, prejudiciais, aos cronogramas e orçamentos iniciais.
Conceito de Projeto

A Dimensão Ética do Trabalho do Projetista

O projetista, como técnico, no desempenho de suas funções,


assume uma atitude profissional de dimensão ética.

Sendo um técnico, estará sob sua Sendo um cidadão, terá em


responsabilidade a análise de mente o fato de que os seus
problemas complexos para os projetos poderão afetar a
quais se espera soluções. qualidade de vida dos usuários.

Do exposto, espera-se que as suas atividades se realizem no


mais elevado nível ético e moral, com objetivos voltados para a
segurança e benefício das pessoas.
Atualmente, as atividades no âmbito da engenharia já estão
contempladas pelo Código de Ética Profissional publicado pelo sistema
CONFEA e CREA's.
Conceito de Projeto

Responsabilidade Profissional do Projetista


O projetista, para o desempenho profissional de suas atividades, deverá
obter habilitação específica através de formação em centros educacionais
especializados (faculdades de engenharia, centros de educação
tecnológica ou escolas técnicas) e registro no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia e no conselho federal técnico.

O CREA confere ao engenheiro a habilitação necessária, especificando as


áreas e os limites de suas atribuições profissionais.

Para garantir aos profissionais registrados nos CREAs foi criada, a Anotação
de Responsabilidade Técnica – ART, através da Lei nº 6.496/77.
A ART descreve o objeto do projeto o qual, na forma da legislação em vigor,
estará sob a responsabilidade do técnico, tendo valor de um contrato.
Art. 8º O Termo de
Responsabilidade Técnica pode
ser definido como:

I - TRT de atividades técnicas que


contemplem obra ou serviço,
quando se tratar da execução de
obras ou prestação de serviços de
competência dos profissionais
Técnicos Industriais registrados
nos Conselhos Regionais dos
Técnicos Industriais;
Conceito de Projeto
Ciclo de vida de um projeto

A definição de um projeto é clara quando menciona ter “um início e fim definidos”.
Isto nos leva a identificar um Ciclo de Vida para os projetos: eles iniciam com poucos
esforços em sua estruturação; esses esforços crescem à medida que as ideias são
amadurecidas e as ações passam a ser mais efetivas, diminuindo à medida que os
objetivos do projeto começam a ser atingidos.

FASES:
R I. Conceitual
E II. Planejamento
C III. Execução
U
R IV. Conclusão
S
O

I II III IV TEMPO
Conceito de Projeto
Fase 1 - Conceitual

Fase inicial, marca a germinação da ideia de projeto.


Do nascimento até a aprovação da proposta para sua execução.

São atividades típicas desta fase:

❑ Identificação de necessidades;
❑ Equacionamento e definição do problema;
❑ Determinação dos objetivos e metas a serem alcançados.
❑ Análise do ambiente do problema;
❑ Análise das potencialidades ou recursos disponíveis;
❑ Avaliação da viabilidade de atingimento dos objetivos;
❑ Estimativa dos recursos necessários;
❑ Elaboração da proposta do projeto;
❑ Apresentação da proposta;
❑ Avaliação e seleção com base na proposta submetida;
❑ Decisão quanto à execução do projeto.
Conceito de Projeto
Fase 2 - Planejamento

Fase onde a preocupação é com a estruturação e viabilidade operacional do


projeto. A proposta de trabalho já aprovada é detalhada por meio de um
plano de execução operacional.

São atividades comuns nesta fase:

❑ Detalhamento das metas e objetivos a serem alcançados, com base na proposta


aprovada;
❑ Detalhamento das atividades e estruturação analítica do projeto;
❑ Programação das atividades no tempo disponível e/ou necessário;
❑ Determinação dos resultados tangíveis (marcos) a serem alcançados durante a
execução do projeto;
❑ Programação da utilização e aprovisionamento dos recursos humanos e materiais
necessários ao gerenciamento à execução do projeto.
❑ Delineamento dos procedimentos de acompanhamento e controle a serem
utilizados na implantação do projeto;
❑ Estabelecimento da estrutura orgânica formal a ser utilizada para projeto.
Conceito de Projeto
Fase 3 - Execução

Fase execução do trabalho propriamente dito

São atividades comuns nesta fase:

❑ Ativar a comunicação entre os membros da equipe do projeto;

❑ Executar as etapas previstas e programadas;

❑ Utilizar os recursos humanos e materiais, sempre que possível, dentro do que foi
programado (quantidades e períodos de utilização);

❑ Efetuar reprogramações no projeto segundo seu status-quo e adotando os planos e


programas iniciais como diretrizes, eventualmente, mutáveis;

❑ Gerenciar o clima e os relacionamentos no time do projeto.


Conceito de Projeto
Fase 4 - Conclusão

São atividades comuns nesta fase:

❑ Aceleração das atividades que, eventualmente, não tenham sido concluídas;

❑ Realocação dos recursos humanos do projeto para outras atividades ou projetos;

❑ Elaboração da memória técnica do projeto;

❑ Elaboração de relatórios e transferência dos resultados finais do projeto;

❑ Emissão de avaliações globais sobre o desempenho da equipe do projeto e os


resultados alcançados;

❑ Planejar um acompanhamento ex-post (após o término do projeto);

❑ Documentação do projeto;

❑ Entrega dos resultados ao cliente.


Projeto Elétrico Industrial
Conceito

É a previsão escrita da instalação, com os detalhes de:

❑ fatores internos e externos


❑ localização dos pontos de utilização da energia
elétrica,
❑ divisão em circuitos
❑ carga de cada circuito
❑ seção dos condutores
❑ dispositivos de proteção
❑ trajeto dos condutores

O objetivo de um projeto de instalações elétricas é garantir a transferência de


energia desde uma fonte, em geral a rede de distribuição da concessionária ou
geradores particulares, até os pontos de utilização. Para que isto se faça de
maneira segura e eficaz é necessário que o projeto seja elaborado, observando
as prescrições das diversas normas técnicas aplicáveis.
Projeto Elétrico Industrial
Concepção do projeto

A concepção do projeto deverá ser embasada em


literatura técnica e normas técnicas vigentes que
conduzirão ao dimensionamento do(s):

❑ condutores e dispositivos de proteção dos


circuitos alimentadores e terminais;

❑ sistemas de correção do fator de potência;

❑ sistema de aterramento e de proteção contra


descargas atmosféricas e,

❑ Sistema de subestação
Projeto Elétrico Industrial
Concepção do projeto

Ao iniciar um projeto deve-se haver um estudo


prévio da edificação em questão. As primeiras
informações devem ser obtidas através de uma visita
ao local. Nesta visita é feito um levantamento de
dados com as seguintes informações: local, condição
e distanciamento do fornecimento de energia da
concessionária ao local da obra.

Um projeto deve ser iniciado com avaliação do que se pretende alcançar em


termos de instalação elétrica. Desta forma, tornar-se necessário ter as
informações básica da extensão do projeto a ser executado, para evitar erros
futuros. Se as informações obtidas são insuficientes para se ter uma visão clara
dos objetivos a serem alcançados, é necessário um anteprojeto para ser
discutido com o solicitante e, a partir daí se definir os rumos a serem tomados
Projeto Elétrico Industrial
Concepção do projeto

Documentação

❑ Memorial descritivo;

❑ Memorial de cálculo (cálculo da demanda, correntes de curto-circuito, queda de


tensão, dimensionamento dos condutores e dispositivos de proteções),

❑ Dimensionamento dos condutos

❑ Diagramas multifilares e unifilares;

❑ Detalhes da entrada de serviço;

❑ Especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem


atender);

❑ Lista de materiais.

Após concluída a instalação deve ser revisada e atualizada de forma a corresponder


fielmente ao que foi executado (documentação "como construído", ou “as built”).
Projeto Elétrico Industrial

Concepção do projeto

Normalização

Um projeto de instalações elétricas prediais de baixa tensão


deve obedecer as seguintes normas técnicas:

❑ ABNT:
NBR-5410: Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
NBR 5419: Proteção contra descargas atmosféricas
NBR 14039: Instalações elétricas em média tensão

❑ Concessionária local:
O projetista deverá atentar para as normas técnicas da concessionária local em
que será executado o projeto.
Projetos Elétricos
Industriais
Módulo 1
Elementos de Projeto Elétrico
Industrial
Projeto Elétrico Industrial
Elementos de Projeto

Características
Funcionais da
Industria

Concepção
Suprimento de do Projeto Conjunto de
Energia Elétrico Plantas
Industrial

Acessibilidade
Flexibilidade Confiabilidade

Continuidade
Projeto Elétrico Industrial

Elementos de Projeto

Suprimento de Energia

Suprimento de Energia refere-se as condições de


Fornecimento de Energia Elétrica existente na área do projeto

✓ Garantia de suprimento de carga dentro de condições


satisfatórias;

✓ Variação da tensão de suprimento;


Responsabilidade
da Concessionária: ✓ Tensão de fornecimento;

✓ Capacidade de curto‐circuito atual e futuro do sistema;

✓ Impedância reduzida no ponto de suprimento


Projeto Elétrico Industrial

Elementos de Projeto

Garantia de suprimento de carga

A alimentação na indústria é na grande maioria dos casos, de


responsabilidade da concessionária de energia elétrica. Por isso, o
sistema de alimentação quase fica sempre limitado as disponibilidade das
linhas de suprimento existente na área do projeto. Quando a indústria é
de certo porte e a linha de produção exige uma elevada continuidade do
serviço, faz-se necessário realizar investimentos adicionais, buscando
recursos alternativos de suprimento, tais como construção de um novo
alimentador e/ou aquisição de geradores de emergência.
Para se obter o fornecimento de energia ou
aumento de carga, torna-se necessário
atender os requisitos das concessionárias de
energia local.

Estarei utilizando como exemplo, a especificação Técnica da


concessionária ENEL Rj. Assunto: Fornecimento de Energia
Elétrica em Tensão Primária de Distribuição até 34,5 kV
7.11 Projeto
O interessado deve apresentar o projeto de ligação, reforma ou ampliação da unidade
consumidora no que diz respeito ao fornecimento de energia elétrica, para análise técnica da
distribuidora ou para empresa devidamente autorizada pela distribuidora. Os projetos
elétricos devem ser elaborados por profissionais legalmente habilitados pelos respectivos
conselhos legalmente estabelecidos para a categoria. O escopo do projeto deve ser
claramente definido nos documentos de responsabilidade técnica emitidos pelos conselhos e
a divergência ou falta de detalhes podem ser motivos de não aceitação de projeto. A
execução das instalações deve seguir fielmente ao projeto liberado pela Distribuidora e ser
acompanhada pelo respectivo profissional legalmente habilitado e registrado no conselho de
categoria profissional na região onde ocorrerá a obra. O profissional deve ser contratado pelo
interessado, devendo ainda ser recolhido o respectivo documento de responsabilidade
técnicas de execução.

Toda e qualquer alteração que ocorrer durante a execução das instalações que vierem a
divergir do projeto liberado deve ser objeto de nova liberação da Distribuidora, que pode
exigir novo projeto para liberação se as alterações implicarem em questões de ordem técnica
ou de segurança das instalações ou de seus colaboradores.
O projeto deve ser apresentado em 3 (três) vias impressas e/ou em meio digital
contendo, no mínimo, os seguintes elementos:

a) Planta de situação do imóvel, para fácil localização por rua e número, em escala
1:500 ou 1:1000 ou cotada, indicando limites da propriedade da unidade
consumidora, rede de distribuição da distribuidora mais próxima com as
referências existentes (chave, transformador, número de poste, etc.), ponto de
derivação, além dos ramais de ligação e entrada, medição, até a proteção;

b) Planta de situação da SEE dentro da propriedade, em escala 1:100 ou cotada,


com a indicação da localização do poste da distribuidora mais próximo;
c) Indicação em planta do percurso dos cabos do ramal de
entrada e cortes onde indiquem a profundidade de instalação e
como será construído o duto e seu envelopamento;

d) Plantas em cortes transversais e longitudinais da SEE, que


possibilitem a visualização de todos os equipamentos
instalados, as distâncias entre os pontos, características dos
materiais e equipamentos;

e) O projeto deve conter apenas os módulos do cubículo a ser


utilizado, no caso de blindado;
f) Diagrama unifilar da entrada consumidora, incluindo os circuitos de controle e
proteção.

g) Memorial de ajuste de proteção geral

h) Memorial de cálculo do sistema de aterramento;

i) Memorial descritivo do projeto;

j) Memorial do cálculo de demanda;


k) Relação de cargas instaladas e equipamentos elétricos especiais;

l) Documentos de responsabilidades técnica dos profissionais habilitados responsáveis pelo


projeto e execução da instalação da SEE;

m) Documentos de responsabilidades técnica dos profissionais habilitados responsáveis pelo


das obras civis relativas a SEE: paredes, lajes, linhas de dutos, fundações, etc;
Projeto Elétrico Industrial

Elementos de Projeto

Conjunto de Plantas

Planta de situação
Tem a finalidade de situar a obra no contexto urbano.

Planta baixa de arquitetura do prédio


Contém toda a área de construção indicando com detalhes divisionais os ambientes de produção
industrial, escritório, dependências em geral e outros que compõem o conjunto arquitetônico.

Planta baixa com disposição física das máquinas


Contém a projeção aproximada de todas as máquinas, devidamente posicionada com indicações
dos motores e dos locais dos painéis de controle.

Planta de detalhes
Devem conter todas as particularidades do projeto de arquitetura que venham a contribuir na
definição do projeto elétrico, tais como:
• Vistas e corte do galpão industrial
• Detalhes de colunas e vigas de concreto ou outras particularidades da construção
• Detalhes de montagem de certas máquinas de grandes dimensões.
Projeto Elétrico Industrial

Elementos de Projeto

Plano de expansão

É importante na fase de projeto conhecer os planos expansionistas dos


dirigentes da empresa e, se possível, obter detalhes do aumento efetivo da
carga a ser adicionada, bem como o local de sua instalação.
Em qualquer projeto de instalação industrial devemos
considerar os seguintes aspectos:

❑ Flexibilidade – É a capacidade de admitir mudanças na localização das máquinas


sem comprometer seriamente as instalações existentes;

❑ Acessibilidade – Exprime a facilidade de acesso a todas as máquinas e equipamento


de manobras existentes;

❑ Confiabilidade – Representa o desempenho do sistema quanto as interrupções


temporárias e permanentes, bem como assegurar a proteção e a integridade física
daqueles que operam.
Projeto Elétrico Industrial
Elementos de Projeto
Esta fase do projeto requer experiência profissional do projetista. Com base na sua decisão o
projeto tomará forma e corpo que conduzirão ao dimensionamento dos materiais e equipamentos,
filosofia de proteção, etc. De um modo geral, como orientação, pode-se seguir os passos apontados
a seguir para a concepção do projeto elétrico.

1.1 Localização da subestação de transformação


Sistemas primário de
1 distribuição interna 1.2 Sistema de suprimento radial simples

1.3 Sistema radial com recurso

2.1 Sistema de distribuição

2.2 Divisão das cargas em blocos

Sistema secundário de 2.3 Localização dos quadros de distribuição e terminais


2 distribuição
2.4 Divisão de circuitos

2.5 Circuitos de distribuição e terminais

3.1 Influências externas


Influências externas e
3 graus de proteção 3.2 Graus de proteção
Concepção 1 Sistemas primário de distribuição interna
do Projeto 1.1 Localização da subestação de transformação

É comum o projetista receber as plantas já com as indicações


do local da subestação. Nestes casos, a escolha é feita em
função do arranjo arquitetônico da construção e muitas vezes
da exiguidade da área. Pode ser também uma decisão visando
a segurança da indústria, principalmente quando o seu
produto é de alto risco. Observa- se portanto, que nem sempre
o local escolhido para a subestação é o local mais adequado,
às vezes, muita afastada do centro de carga, acarretando
alimentadores longos e de seção elevada.
Concepção 1 Sistemas primário de distribuição interna
do Projeto 1.2 Sistema radial simples

Sistema radial simples é aquele em que o fluxo de potência tem um sentido único da
fonte para a carga. Entretanto, apresenta baixa confiabilidade devido à falta de recursos
para manobra, quando da perda do alimentador. Em compensação seu custo é mais
reduzido em relação a outros sistemas.
Concepção 1 Sistemas primário de distribuição interna
do Projeto 1.3 Sistema radial com recurso

Sistema radial com recurso é aquele que o sentido do fluxo de potência pode variar de acordo com as
condições de carga do sistema. Estes sistemas apresentam maior confiabilidade, pois a perda eventual de
um dos alimentadores não deve afetar a continuidade do fornecimento exceto durante o período do
fornecimento da manobra das chaves. Estes sistemas apresentam custo mais elevado devido ao emprego
de equipamento mais caro e, sobretudo pelo dimensionamento dos alimentadores que devem ter
capacidade individual suficiente para suprir a carga quando da saída de um deles. Este tipo de sistema
pode ser alimentado por uma ou mais fontes de suprimento da concessionária, que melhorará
sobremaneira a continuidade do sistema.
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.2 Divisão das cargas em blocos

Com base na planta baixa com os layout das máquinas deve-se dividir a
carga em blocos. Cada bloco de carga deve possuir um terminal com
alimentação e proteção individualizadas.

A escolha do bloco é feita, em princípio, considerando-se os setores individuais de


produção, bem como as grandezas da carga de que são constituídos para
avaliação da queda de tensão.

Obs.:
▪ Quando um determinado setor de produção está instalado em recinto fisicamente
isolado de outros setores, deve-se considerar como um bloco de carga individualizado;

▪ Podem-se agrupar vários setores de produção num só bloco de carga, desde que a queda
de tensão nos terminais das mesmas seja permissível. Isto se dá muitas vezes quando
da existência de máquinas de pequena potência.
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.3 Localização dos quadros de distribuição e terminais

Os quadros de distribuição e terminais deverão ser localizados


preferencialmente no Centro de Carga da instalação, que deverá ser definido
como o ponto ou região onde se concentram as maiores potências e que
satisfaça de um modo geral as seguintes condições:

▪ No baricentro elétrico do bloco de cargas


▪ Próximo à linha geral dos dutos de alimentação;
▪ Afastado da passagem sistemática de funcionários;
▪ Em ambientes bem iluminados;
▪ Em locais de fácil acesso;
▪ Em locais não sujeitos a gases corrosivos, inundações,
trepidações, etc.;
▪ Em locais de temperaturas adequadas.

Se o quadro estiver situado no ponto central das cargas às quais atende, considerando-se as potências
individuais das cargas e as suas distâncias em relação ao quadro, pode-se obter uma razoável
economia nos condutores, haja vista que serão reduzidos os comprimentos dos circuitos terminais,
reduzindo-se em consequência as quedas de tensão e possivelmente, a bitola dos condutores.
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.3 Localização dos quadros de distribuição e terminais

Baricentro elétrico do bloco de cargas

O baricentro (centro de cargas) é calculado considerando um sistema de


coordenadas cartesianas, concentradas em cada ponto, de cargas puntiformes
com suas respectivas distâncias à origem
y(m)

Y1 𝑋1 . 𝑆1 + 𝑋2 . 𝑆2 + 𝑋3 . 𝑆3 + … + 𝑋𝑁 . 𝑆𝑁
𝑥=
Y2
𝑆1 + 𝑆2 + 𝑆𝑆 + ⋯ + 𝑁
Y3
Y4 𝑌1 . 𝑆1 + 𝑌2 . 𝑆2 + 𝑌3 . 𝑆3 + … + 𝑌𝑁 . 𝑆𝑁
y=
Y5 𝑆1 + 𝑆2 + 𝑆3 + ⋯ + 𝑆𝑁

X(m)
X1 X2 X3 X4 X5

➢ A localização dos quadros deve também atender a outros critérios, tais como
facilidade de acesso, funcionalidade e segurança, que deverão ser considerados conjuntamente para obter-se a
melhor solução.
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.3 Localização dos quadros de distribuição e terminais

Baricentro elétrico do bloco de cargas


Exemplo
Em um projeto de instalação elétrica, após a previsão de cargas, obteve-se um baricentro localizado na
coordenada x, y de 14,6 m.

𝑋1 . 𝑆1 + 𝑋2 . 𝑆2 + 𝑋3 . 𝑆3 + 𝑋4 . 𝑆4 + 𝑋5 . 𝑆5 + 𝑋6 . 𝑆6 + 𝑋7 . 𝑆7
𝑥=
𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 + 𝑃4 + 𝑃5 + 𝑃6 + 𝑃7

𝑌1 . 𝑆1 + 𝑌2 . 𝑆2 + 𝑌3 . 𝑆3 + 𝑌4 . 𝑆4 + 𝑌5 . 𝑆5 + 𝑌6 . 𝑆6 + 𝑌7 . 𝑆7
𝑦=
𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 + 𝑃4 + 𝑃5 + 𝑃6 + 𝑃7
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.4 Divisão de circuitos

A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo


cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de
realimentação inadvertida através de outro circuito

A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, às seguintes
exigências:

▪ Segurança - por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma
área;

▪ Conservação de energia - por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação, climatização


e/ou motriz sejam acionadas na justa medida das necessidades;

▪ Funcionais - por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes;

▪ De produção - por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;

▪ De manutenção - por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo.


Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.4 Divisão de circuitos

Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle
específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros
(por exemplo, circuitos de supervisão predial).

Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras.


As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, mas
também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição.

Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de


utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais
distintos para força motriz, iluminação e para tomada.
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.4 Divisão de circuitos
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.5 Circuito de distribuição e terminais

Compreende-se por circuito de distribuição, também chamados de alimentadores, os condutores que


derivam do Quadro Geral de Força (QGF) e alimentam um os mais centros de comando (CCM ou QDL).
Os circuitos de distribuição devem ser protegidos no ponto de origem através de disjuntores ou fusíveis
de capacidade adequada à carga e às correntes de curto-circuito. Os circuitos devem dispor, no ponto
de origem, de um dispositivo de seccionamento, dimensionado para suprir a maior demanda do centro
de distribuição e proporcionar condições satisfatórias de manobra.
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.5 Circuito de distribuição e terminais

Recomendações gerais sobre projeto de circuitos terminais e de distribuição

❑ A menor seção transversal de um condutor para circuitos terminais de motor e de tomadas é de 2,5 mm2 ;

❑ A menor seção transversal de um condutor para circuitos terminais de iluminação é de 1,5 mm2;

❑ A menor seção transversal de um condutor para circuitos de motores e para tomadas de corrente é de 2,5
mm2;

❑ Deve-se prever, se possível, uma capacidade reserva nos circuitos de distribuição que vise ao aparecimento
de futuras cargas na instalação;

❑ Deve-se dimensionar circuitos de distribuição distintos para luz e força;

❑ As cargas devem ser distribuídas o mais uniformemente possível entre as fases;

❑ Deve-se prever, como reserva, nos QGF e CCM, respectivamente, circuitos de distribuição e terminal em
quantidade racional, em função das características particulares do projeto. Neste caso, não há condutores
ligados, porém há também que se prever folga suficiente nos dutos para acomodação dos circuitos-reserva;

❑ A iluminação, de preferência, deve ser dividida em vários circuitos terminais;

❑ O comprimento dos circuitos parciais para iluminação deve ser limitado em 30 m. podem ser admitidos
comprimentos superiores, dede que a queda de tensão seja compatível com os valores estabelecidos pela
NBR 5410.
Concepção 2 Sistema secundário de distribuição
do Projeto 2.5 Circuito de distribuição e terminais

Capacidade de reserva

A norma NBR 5410 estabelece que nos quadros nos quadros de distribuição (QGF, CCM, QDL),
deve ser previsto espaço de reserva para ampliações futuras, com base no número de
circuitos com que o quadro for efetivamente equipado, conforme tabela.

Quantidade de circuitos Espaço mínimo destinado a


efetivamente disponível reserva
(N) (em número de circuitos)
Até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N > 30 0,15 . N
Concepção 3 Classificação das influências externas
do Projeto 3.1 Influências externas

O termo “influência externa” refere-se às diversas condições a que estão


submetidos os componentes da instalação, incluindo sua própria utilização e as
características construtivas das edificações.
A norma NBR 5410 estabelece em 4.2.6, uma classificação e uma codificação das influências
externas que devem ser consideradas na concepção e na execução das instalações elétricas para
garantir segurança exigíveis dos componentes para que tenham um desempenho satisfatório.
Cada condição de influência externa é designada por um código que compreende sempre um grupo
de duas letras maiúsculas e um número, como descrito a seguir:
• A primeira letra indica a categoria geral da influência externa:
– A = meio ambiente;
– B = utilização;
– C = construção das edificações
• A segunda letra (A, B, C, …) indica a natureza da influência externa;
• O número (1, 2, 3, …) indica a classe de cada influência externa (grau de severidade com
que um determinado tipo de influência externa existe ou se faz presente). Em geral,
quanto maior o número, mais severa é a intensidade daquela determinada influência.

Considerar as influências externas deve ser a primeira tarefa de um projetista na


elaboração de um projeto, e ser realizada antes mesmo da marcação de pontos de utilização
em planta, pois pode-se chegar à conclusão que determinados locais do empreendimento, ou
não deverão possuir componente elétrico ou, se for imprescindível, o componente deverá
ter características específicas.
Concepção 3 Classificação das influências externas
do Projeto 3.1 Influências externas

Categoria “Meio ambiente” (Primeira letra “A”) Categoria “utilização” (primeira letra “B”)

• AA = temperatura ambiente; • BA = competência das pessoas;


• AC = altitude; • BB = resistência elétrica do corpo humano;
• AD = presença de água; • BC = contato das pessoas com o potencial da terra;
• AE = presença de corpos sólidos; • BD = condições de fuga das pessoas em emergências; e
• AF = presença de substâncias corrosivas ou poluentes; • BE = natureza dos materiais processados ou armazenados
• AG = choques mecânicos;
• AH = vibrações;
• AK = presença de flora e mofo; Categoria “construção dos prédios”
• AL = presença de fauna; (Primeira letra “C”),
• AM = influências eletromagnéticas, eletrostáticas ou
• ionizantes; • CA = materiais de construção;
• AN = radiações solares; e • CB = estrutura dos prédios.
• AQ = raios.

A NBR 5410 , em 4.2.6 publica 15 tabelas referentes a influências externas. A seguir, a título de
exemplo de aplicação, são publicadas as tabelas 4 e 5.
Concepção 3 Classificação das influências externas
do Projeto 3.1 Influências externas
Tabela 1 Tabela 2
Presença de água(extrato da tabela 4 da NBR 5410) Presença de corpos sólidos (extrato da tabela 5 da NBR 5410)

Código Classificação Características Código Classificação Características


A probabilidade de presença de
AD1 Desprezível Ausência de poeira em quantidade
água é remota AE1 Desprezível
apreciável e de corpos estranhos
Possibilidade de gotejamento
AD2 Gotejamento
de água na vertical
Presença de corpos sólidos cuja menor
Possibilidade de chuva caindo AE2 Pequenos objetos dimensão seja igual ou superior a 2,5
AD3 Precipitação em ângulo máximo de 60º com mm
a vertical
Possibilidade de “chuva” de Presença de corpos sólidos cuja menor
AD4 Aspersão Objetos muito
qualquer direção AE3 dimensão seja igual ou superior a 1
pequenos
mm
Possibilidade de jatos de água
AD5 Jatos sob pressão, em qualquer
direção AE4 Poeira leve Presença de leve deposição de poeira
AD6 Ondas Possibilidade de ondas de água
Presença de média deposição de
Possibilidade de imersão em AE5 Poeira moderada
poeira
AD7 Imersão água, parcial ou total, de modo
intermitente Presença de elevada deposição de
AE6 Poeira intensa
Submersão total em água, de poeira
AD8 Submersão
modo permanente
Exemplo:
Considere a área externa de uma indústria onde se deseja instalar luminárias sob condições de presença de água e presença de corpos sólidos
(poeira). O projetista deverá optar em adotar o código AD4, levando em conta a possibilidade de presença de chuva de qualquer direção e o
código AE4 para o caso de presença de corpos sólidos.
Concepção 3 Classificação das influências externas
do Projeto 3.2 Grau de Proteção

O grau de proteção são padrões definidos pela norma


ABNT NBR IEC 60529 que indica a resistência e a
adequação dos produtos para uso em ambiente interno ou
externo, instalados em ambientes com uma atmosfera em
condições variáveis de temperatura, umidade, ruído ou
vapores tóxicos.

Leitura do código IP
P XY

Onde IP é a sigla de Índice de Proteção, a letra


“X” é um numeral de 0 a 6 que indica a proteção
contra sólidos e “Y” é um numeral de 0 a 8 que
indica a proteção contra líquidos. Quanto maior o
número, maior sua resistência ao ingresso de
corpos estranhos.

Exemplo:
Um equipamento que possui grau de proteção IP20 não
poderá ser instalado em ambientes externos, pelo fato de
não ter nenhuma proteção contra água, assim corre o
risco de danificar os componentes internos que estão
instalados neste equipamento. Ou em outra situação, não
existe a necessidade de utilizar um equipamento que
possua grau de proteção IP68 em um ambiente interno.
Projetos Elétricos
Industriais
Módulo 2
Demanda de Energia Elétrica
e Fatores de Projeto
Demanda de Energia Elétrica
Demanda
É a potência elétrica solicitada ao sistema elétrico pela carga instalada
durante um intervalo de tempo especificado no qual se verificou tal consumo. (KW ou KVA)

É a soma das potências nominais de


𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕
todos os equipamentos consumidores
Potência instalada
de energia pertencentes a uma
(KW ou KVA)
instalação.

É a maior de todas a demandas


registrada em um intervalo de tempo
𝑫𝒎á𝒙
determinado, representando a maior
Demanda máxima
média das potências registradas em
ou de pico
intervalos regulares de 15 min) durante
(KW ou KVA)
o período de amostragem ou medição,
geralmente, 1 mês.

𝐷𝑚𝑒𝑑
Verifica-se no gráfico de demanda que para a É a potência elétrica absorvida durante
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎
análise de uma instalação e o dimensionamento um intervalo de tempo determinado.
(KW ou KVA)
dos condutores elétricos que alimentam os
quadros de distribuição e os quadros terminais,
bem como o dimensionamento de seus respectivos Potência de Alimentação, É a demanda máxima da instalação.
dispositivo de proteção, não seria razoável do Potência de Demanda ou Esse é o valor utilizado para o
ponto de vista técnico e econômico que se Provável Demanda dimensionamento dos condutores e dos
(KW ou KVA) respectivos dispositivos de proteção.
considerasse a carga utilizada, como sendo a soma
de todas as potência instaladas.
Demanda de Energia
Em uma instalação elétrica podemos constatar que a potência elétrica consumida pela mesma é variável a
cada instante. Tal fato ocorre porque as diversas cargas que compõem a instalação não estarão todas em
funcionamento simultâneo. A potência solicitada pela instalação à rede a cada instante, será, portanto,
função da quantidade de cargas em operação e da potência elétrica absorvida por cada uma delas.

A similaridade entre as siglas kWh (energia) e kW (demanda) causa confusão até mesmo aos mais
qualificados. Do ponto de vista conceitual, energia e demanda estão intimamente relacionadas.
No entanto, do ponto de vista físico, são grandezas completamente distintas.

Demanda é a potência elétrica


Consumo é a potência solicitada ao sistema elétrico pela
elétrica utilizada no tempo, carga instalada durante um
Consumo Demanda intervalo de tempo especificado,
expressa kWh.
expressa em KW

Consumo X Demanda Analogia

Consumo Energia (KWh) Representa o Trabalho realizado

Demanda Potência (KW) Representa o quanto rápido o trabalho foi feito

Calculando a demanda da instalação, pode-se projetar de uma maneira mais realista e econômica o ramal de entrada e
os circuitos alimentadores dos quadros de distribuição. Com isso tem-se a diminuição da corrente de projeto e a
consequente diminuição das seções dos condutores alimentadores e do valor de corrente de proteção dos disjuntores.
Demanda de Energia Elétrica

Determinação da Demanda de Potência

A previsão da demanda da instalação, deve ser tomada em função das


características da carga e do tipo de operação da indústria. Em uma instalação
elétrica industrial, deve-se considerar também as dependências administrativas,
cujo projeto deve obedecer as características normativas quanto ao número de
tomadas por dependência, ao número de pontos de luz por circuito, entre outras.

Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte de


uma instalação devem ser computados os equipamentos de utilização a serem
alimentados, com suas respectivas potências nominais e, em seguida,
consideradas as possibilidades de não-simultaneidade de funcionamento destes
equipamentos, bem como capacidade de reserva para futuras ampliações.
Demanda de Energia Elétrica

Demanda do Quadro de Distribuição Geral - 𝑫𝑸𝑫𝑮

A demanda do quadro de distribuição é obtida somando-se as demandas concentradas nos


Quadros de Distribuição Parcial e Centro de Controle de Motores e aplicando-se o fator de
simultaneidade adequado.
É conveniente informar-se, junto aos responsáveis pela indústria, dos planos de expansão, a
fim de prever a carga futura, deixando, por exemplo, reserva de espaço na subestação ou
reserva de carga do transformador.

De posse do conhecimento das cargas localizadas na planta de layout, pode-se determinar a


demanda de cada carga, aplicando-se os fatores de projeto adequados.

𝐷𝐷𝐺 = Demanda do quadro de distribuição


Demanda do Quadro de Distribuição Geral
geral (QDG)

෍ 𝐷𝑄𝐷𝐿𝐹 = Somatório das demandas parciais dos


quadros de distribuição de luz e força
𝑫𝑸𝑫𝑮 = ෍ 𝐷𝑄𝐷𝐿𝐹 + ෍ 𝐷𝐶𝐶𝑀 (Iluminação e tomadas de uso geral
(TUG´s) e específico (TUE´s)

Somatório das demandas parciais dos


Nos slides a seguir são apresentados as ෍ 𝐷𝐶𝐶𝑀 = quadros de comando e controle de
equações para o cálculo das demandas parciais motores (CCM´s)
Demanda de Energia Elétrica

Demanda do Quadro de Distribuição Geral - 𝑫𝑸𝑫𝑮

Demanda do CCM – Centro de Controle de Motores

𝐷𝐶𝐶𝑀 = 𝐷𝑇𝑀1 + 𝐷𝑇𝑀2 + 𝐷𝑇𝑀3 + ⋯ 𝐷𝑇𝑀𝑁 𝐷𝑐𝑐𝑚 = Demanda do centro de controle de motores

𝑛𝑀 . 𝑃𝑁 . 103 . 𝑓𝑢 . 𝑓𝑠 𝐷𝑇𝑀 = demanda do conjunto de motores de mesma potência


𝐷𝑇𝑀… = 𝜂 .cos 𝜑

𝑛𝑀 = n° de motores de mesma potência


𝑃𝑁 . 𝑓 𝑢 . 𝑓 𝑠
𝐷𝑀 = 𝐷𝑀 = demanda por motor 𝑃𝑁 = potência no eixo do motor
𝜂 .cos 𝜑 1 CV = 0,736W ou 1HP = 0,746W)

𝑓𝑢 = fator de utilização do motor


𝑓𝑆 = fator de simultaneidade

𝜂 = rendimento do motor

cos 𝜑 = fator de potência do motor


Demanda de Energia Elétrica

Demanda do Quadro de Distribuição Geral - 𝑫𝑸𝑫𝑮

Demanda do QDLF – Quadro de Distribuição de Luz e Força

𝐷𝑄𝐷𝐿𝐹 = 𝐷𝑇 𝐼𝐿𝑈𝑀 + 𝐷𝑇 𝑇𝑂𝑀 𝐷𝑄𝐷𝐿𝐹 = Demanda do quadro de distribuição de luz e força

𝐷𝑇 𝑇𝑂𝑀 = 𝐷𝑇 1 + 𝐷𝑇 2 + 𝐷𝑇 3 + ⋯ 𝐷𝑇 𝑁 𝐷𝑇 𝑇𝑂𝑀 = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑑𝑎𝑠

𝑛𝑇 . 𝑃𝑇 𝐷𝑇… = demanda do conjunto de tomadas


𝐷𝑇… = cos 𝜑 de mesma potência

𝐷𝑇 𝐼𝐿𝑈𝑀 = 𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀 1 + 𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀 2 + 𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀 3 + ⋯ 𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀 𝑁 𝐷𝑇 𝐼𝐿𝑈𝑀 = demanda total de iluminação

𝑛𝐿 . 𝑃𝐿 . 𝑃𝑟
𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀… = 𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀 = demanda do conjunto de
𝜂 . cos 𝜑 lâmpadas de mesma potência

𝑃𝑙 = potência nominal da lâmpada (W)


𝑛𝐿 = somatório de lâmpadas ou de reatores de
mesma potência
𝑃𝑟 = perdas dos reatores (W)
cos 𝜑 = fator de potência do reator
Fatores de Projeto

Na elaboração de projetos elétricos, é necessária a aplicação de alguns fatores, denominados


fatores de projeto, que constituem importantes variáveis do comportamento das cargas nas
instalações, além de possuírem influências no custo e na qualidade da energia, também
provocam impactos nas fontes de alimentação.
O fatores de projetos são definidos por coeficientes adimensionais por serem
definidos por relação de grandezas de mesma unidade.

1. Fator de
Demanda

7. Fator de
2. Fator de Carga
Serviço

Fatores
de
6. Fator de Projeto
3. Fator de
Utilização Perdas

5. Fator de 4. Fator de
Potência simultaneidade
1 Fator de Demanda (𝑭𝑫 )

O Fator de demanda (𝐹𝐷 ) representa a relação entre a demanda real (ou estimada) e a potência
total instalada, normalmente, aplicada para um quadro terminal que contempla a alimentação de
diversos circuitos.

𝐷𝑚á𝑥 𝐹𝐷 < 1 → 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 > 𝐷𝑚á𝑥


𝐹𝐷 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 𝐹𝐷 = 1 → 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝐷𝑚á𝑥

Observa-se no gráfico que a potência


instalada é 750 kW e a demanda máxima é de
480 kW, logo fator de demanda será de 0,64

480 𝐾𝑊
𝐹𝐷 = = 0.64
750 𝐾𝑊
2 Fator de Carga ( 𝒇𝒄 )

Fator de Carga (𝒇𝒄 ) representa a relação entre a demanda média registrada em um intervalo de
tempo (horas, dias ou mês) e a demanda máxima registrada no mesmo período. Quanto maior o tempo
ao qual se relaciona, menor será o seu valor (anual < mensal < semanal < diário).

𝐷𝑚𝑒𝑑
𝑓𝑐 = → 𝑓𝑐 ≤ 1
𝐷𝑚𝑎𝑥

Observa-se no gráfico que a demanda média


da instalação é 288 kW e a demanda máxima
é de 480 kW, logo fator de carga será de 0,6%

𝐷𝑚𝑒𝑑 288
𝑓𝑐 = = = 0,60
𝐷𝑚𝑎𝑥 480

O fator de carga basicamente mede a uniformidade com que a energia elétrica é consumida. Quanto mais
próximo de 1, mais uniforme é o consumo de energia.
2 Fator de Carga ( 𝒇𝒄 )

O fator de carga também pode ser obtido pelas seguintes expressões:

KWh = Energia total consumida


no período de 24ℎ
Dedução da equação
𝐾𝑊ℎ 𝐾𝑊ℎ
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝐾𝑊ℎ) 𝐷𝑚𝑒𝑑 𝐾𝑊ℎ 1 𝐾𝑊ℎ 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝐾𝑊ℎ)
𝐹𝐶𝐷 = →→→ 𝑓𝑐 = = 𝑇 = 𝑇 = . = =
𝐷𝑀á𝑥 𝐾𝑊 . ℎ 𝐷𝑚𝑎𝑥 𝐷𝑀á𝑥 𝐷𝑀á𝑥 𝑇 𝐷𝑀á𝑥 𝐷𝑀á𝑥 . 𝑇 𝐷𝑀á𝑥 𝐾𝑊 . ℎ
1

𝐹𝐶𝐷 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑑𝑖𝑎

𝐾𝑊ℎ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑔𝑖𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑚ê𝑠

𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝐾𝑊ℎ)
𝐹𝐶𝑀 =
730 . 𝐷𝑀Á𝑋

𝐷𝑀Á𝑋 = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 (𝐾𝑊)

𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑖𝑠 (24 .30 + 24.31)


730 = = 730
2
𝐹𝐶𝑀 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑚ê𝑠
2 Fator de Carga ( 𝒇𝒄 )

Exemplo
A tabela mostra os valores de demanda medidos durante um período de 24h.

O fator de carga (fc) para a maior demanda na amostragem será:

𝐷𝑚𝑒𝑑 270,625
𝑓𝑐 = = = 0,187
𝐷𝑚𝑎𝑥 1450

19ℎ → 𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 (𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑖𝑐𝑜)

Ou
𝐾𝑊ℎ 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝐾𝑊ℎ) 6495
𝑓𝑐 = = = = 0,187
𝐷𝑀á𝑥 . 𝑇 𝐷𝑀á𝑥 𝐾𝑊 . ℎ 1450 . 24

19ℎ → 𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 (𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑖𝑐𝑜)


2 Fator de Carga ( 𝒇𝒄 )

Porque o fator de carga é um indicador importante?


Este dado merece atenção porque conduz a um melhor aproveitamento da instalação elétrica, além de reduzir o
preço médio da energia (R$/kWh).

Matematicamente, o preço médio pago pela energia é inversamente proporcional ao Fator de Carga (FC), portanto
quanto maior este indicador, menor será o preço pago pelo kWh.

𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒂 𝑭𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 (𝑹$)


𝑷𝒓𝒆ç𝒐 𝑴é𝒅𝒊𝒐 𝑹$/𝑲𝑾𝒉 =
𝑫𝒆𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 𝑴á𝒙𝒊𝒎𝒂 𝑴𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝑲𝑾 . 𝑻𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒉 . 𝒇𝒄

Então como se aumenta o Fator de Carga?


Há duas formas básicas de causar uma melhora no fator de carga:

➢ Manter o consumo mas diminuir o pico de demanda. Isso se dá com o gerenciamento correto do uso de
equipamentos em diferentes horários de forma que a potência demandada seja “diluída” no período faturado,
evitando picos muito destoantes da média. Claro que a troca por equipamentos mais eficientes também é
importante.

➢ Manter a demanda e aumentar o consumo de energia por meio do aumento na produção. Para tanto, não se deve
adquirir novos equipamentos, mas sim aumentar o período de funcionamento dos equipamentos existentes.

Essas medidas reduzem a diferença entre a média de potência consumida e o pico de potência
atingido no período da fatura, homogeneizando o consumo, reduzindo o custo de demanda e
melhorando a qualidade de energia na instalação.
2 Fator de Carga ( 𝒇𝒄 )

Manter um elevado fator de carga no sistema significa


obter os seguintes benefícios:

• Otimização dos investimentos da instalação elétrica;

• Aproveitamento racional e aumento da vida útil da instalação elétrica, incluídos os


motores e equipamentos;

• Atendimento a um dos requisitos básicos para solicitação junto ao órgão federal a


redução do empréstimo compulsório (válido para média dos fatores de carga dos
últimos 24 meses igual ou superior a 30%;

• Redução do valor da demanda de pico

Quanto maior o seu valor, mais adequado e racional está sendo o


consumo de energia elétrica de uma instalação.
2 Fator de Carga ( 𝒇𝒄 )

A aplicação prática da melhoria do fator de carga de uma indústria reflete-se num


estudo global de economia de energia, que leva a dois resultados:

Deslocamento de operações de certas


máquinas para intervalos com menor Conservação de
Conservação do consumo na curva de carga. energia
consumo (KWh) e
redução dos picos de Otimização de sistemas de iluminação e Qualidade de
demanda (KW) refrigeração energia
(redução de reativos)
Kaizen

Manutenção dos produtos fabricados Eficiência


(manutenção da curva da curva) energética
Conservação da
demanda (KW) e redução Tempo menor de contato com o produto Uso racional de
do consumo (KWh) (perda de qualidade) energia
Determine o fator de carga de uma subestação que alimenta setores de uma indústria
com as potências absorvidas dada na tabela a seguir, em kW no período de 24h.

A 0,41

B 0,60

C 0,8

D 1,26

Parabéns!! Você acertou.


𝐷𝑚𝑒𝑑 694,68
𝑓𝑐 = = = 0,84
𝐷𝑚𝑎𝑥 820
3 Fator de Perda ( 𝒇𝒑 )

O Fator de perda (𝑓𝑑 ) representa a relação entre perda de potência na demanda média e a perda de
potência na demanda máxima considerando um intervalo de tempo especificado. Especificamente as
perdas estão relacionadas principalmente ao Efeito Joule quando da passagem da corrente elétrica.

𝑓𝑝 = 0,30 . 𝑓𝑐 + 0,70 . 𝑓𝑐 2

2
𝐷𝑚𝑒𝑑 𝐷𝑚𝑒𝑑
𝑓𝑝 = 0,30 . + 0,70 .
𝐷𝑚𝑎𝑥 𝐷𝑚𝑎𝑥

Tendo como base a curva de carga,


o fator de perda será:

2
288 288
𝑓𝑝 = 0,30 . + 0,70 . = 0,43
480 480
4 Fator de simultaneidade ( 𝒇𝒔 )

O Fator de simultaneidade (𝑓𝑠 ) representa a relação entre a demanda total de um grupo de cargas e
a somatória das demandas individuais do grupo de cargas.
Em uma instalação industrial, o fator de simultaneidade pode ser representado pela relação da
máxima demanda medida no transformador e a soma das demandas máximas de cada um dos quadros
que o transformador (ou quadro geral a ele associado) alimenta durante um mesmo período.

𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠


𝑓𝑠 = σ(𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑖𝑠
→ 𝑓𝑠 ≤ 1
4 Fator de simultaneidade ( 𝒇𝒔 )
Exemplo

Suponha que temos umas instalação com os seguintes equipamentos:


15 Motores de 5 CV
4 Motores de 50 CV
1 Forno resistivo de 70kW

Qual valor de potência devemos considerar para dimensionar nossa instalação elétrica?

Calculando a carga Instalada em relação a cada equipamento, teremos:

Motores de 5 CV → 15 . 5 . 0,736 = 55,2 kW (1 cv = 0,736 kW)


Motores de 50 CV → 4 . 50 . 0,736 = 147,2kW
Forno resistivo → 1 . 70 = 70 kW
Logo a Potência Instalada Total é 55,2 + 147,2 + 70 = 272,4 kW.

Multiplicando os fatores de simultaneidade correspondentes:

Motores de 5 CV: 55,2 . 0,65 = 35,88 kW


Motores de 50 CV : 147,2 . 0,80 = 117,76 kW
Forno resistivo: 1 . 70 = 70 kW

Logo, o valor que devemos considerar para a instalação elétrica é: 35,88 + 117,76 + 70 = 223,64 kW.
5 Fator de potência (𝒄𝒐𝒔 𝝋)

O Fator de Potência (cos 𝜑) representa a relação entre a potência ativa (W) e a potência aparente.
𝑃
cos 𝜑 =
𝑆
Apesar de as regras da Aneel determinarem que a cobrança de excedente de energia deve ser
calculada considerado somente a relação quadrática entre as potências ativa e reativa medidas em
valores médios a cada hora do período de medição (mês), a definição que considera a relação da
potência ativa em relação à aparente considera as correntes harmônicas na composição desta
potência aparente, distinta, portanto, do modelo de tarifação.
O fator de potência possui, portanto, importante participação na cobrança de energia reativa
excedente pelas distribuidoras. Tem ainda forte impacto na qualidade da energia das instalações e
sua correção adequada contribui para a mitigação da regulação de tensão e distorções harmônicas. A
estimativa do fator de potência das cargas na etapa de projeto já pode definir as ações corretivas de
compensação reativa e filtro de harmônicos.

Por definição do modelo, se a carga é indutiva → 0 < cos 𝜑 < 1

se a carga é capacitiva → 0 > cos 𝜑 ≻ −1


6 Fator de utilização ( 𝒇𝒖 )

O fator de Utilização ( 𝒇𝒖 ) representa o quanto de potência nominal do equipamento é absorvida de


sua demanda.

𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎
𝑓𝑢 = → 𝑓𝑢 ≤ 1
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎𝑙

Um transformador com 750 kVA de potência nominal, com demanda medida (máxima) de 500 kVA,
possuirá um fator de utilização de 500/750=66%

500 𝐾𝑉𝐴
𝑓𝑢 = 750 𝐾𝑉𝐴
= 0,66 → 66%
7 Fator de serviço ( 𝒇𝒔 )

O Fator de Serviço ( 𝒇𝒔 ) representa a capacidade de motores operarem em valores


superiores à corrente nominal em função de atendimento a cargas acima da nominal, sem
consideração de sobrecarga. Normalmente, os F.S., quando especificados, são da ordem
de 1,15 ou 1,25 e são apresentados nas placas dos motores.

O fator de serviço é o fator que, aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que pode
ser aplicada continuamente ao motor, sob condições especificadas

Note que se trata de uma capacidade de sobrecarga contínua, ou seja, uma reserva de potência que
dá ao motor uma capacidade de suportar melhor o funcionamento em condições desfavoráveis

O fator de serviço não deve ser confundido com a capacidade de sobrecarga momentânea, durante
alguns minutos

O fator de serviço FS= 1,0 significa que o motor não foi projetado para funcionar continuamente
acima de sua potência nominal. Isto, entretanto, não muda a sua capacidade para sobrecargas
momentâneas

❑ A tabela a seguir especifica os fatores de serviço de motores de Motor WEG - W21


Características Motor WEG - W21

4 Pólos – 60HZ
Exemplo de Cálculo de Demanda

Considere uma indústria representada pela figura que segue, sendo


• Motores do grupo 1 de 75CV,
• Motores do grupo 2 de 30CV e
• Motores do grupo 3 de 50CV
• 160 lâmpadas fluorescentes de 40W com reator duplo cos 0,97/Perda 4W
• 50 lâmpadas incandescentes de 100W
• 54 TUG de 200VA / cos 0,8 (cada)
Determine as seguintes demandas::
CCM1, CCM2, QDLF, QDG

Considere:
QDLF: 9 circuitos de tomadas de uso geral (6 TUG´s por circuito)
10 circuitos de iluminação fluorescente (16 lâmpadas por circuito)
5 circuitos de iluminação incandescente (10 Lâmpadas por circuito)
Característica dos Motores Característica dos Motores do Característica dos Motores do
do grupo 1 (10 motores) grupo 2 (10 motores) grupo 3 (5 motores)
P1 = 75CV P2 = 30CV P3 = 50CV
Vn = 380V Vn = 380V Vn = 380V
η = 0,93, tabela motores η = 0,91, tabela motores η = 0,924 tabela motores
Fp = 0,88, tabela motores Fp = 0,84, tabela motores Fp = 0,86, tabela motores
Fu = 0,87, tabela de Fator de Fu = 0,85, tabela de Fator de Fu = 0,87 tabela de Fator de
utilização. utilização. utilização.
Fs = 0,65 , tabela de Fator de Fs = 0,65 , tabela de Fator de Fs = 0,70 tabela de Fator de
Simultaneidade. Simultaneidade. Simultaneidade.
Exercícios

Determine a demanda de cada motor e a demanda instalada em cada CCM


➢ Consulte a tabela na Página seguinte para obter a características dos motores.

CCM-2 QDG TR M

SUBESTAÇÃO
2 2 2 2 2

2 2 2 2 2
1 1 1 1

CCM-1
3 3 3 3

1 1 1 1 1 1
QDLF

9 circuitos de tomadas de uso geral (6 TUG´s por circuito)


10 circuitos de iluminação fluorescente (16 lâmpadas por circuito)
5 circuitos de iluminação incandescente (10 Lâmpadas por circuito)
Exemplo de Cálculo de Demanda

Fatores de Demanda Para Iluminação e Tomadas


Unidades Consumidoras Não Residenciais
Exemplo de Cálculo de Demanda

QDLF - Cálculo da Demanda de Iluminação e Tomadas

𝐷𝑄𝐷𝐿𝐹 = 𝐷𝑇 𝐼𝐿𝑈𝑀 + 𝐷𝑇 𝑇𝑂𝑀 = 11,928 + 13,5 = 25,428𝐾𝑉𝐴

𝑛𝑇 . 𝑃𝑇 54 . 200
𝐷𝑇 = = = 13,5𝐾𝑉𝐴
cos 𝜑 0,8
𝐷𝑇 𝐼𝐿𝑈𝑀 = 𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀−𝐹𝑙𝑢𝑜𝑟 + 𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀−𝐼𝑛𝑐â𝑛𝑑 = 6,928 + 5 = 11,928𝐾𝑉𝐴
𝑛𝐿 . 𝑃𝐿 50 . 100
𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀−𝐼𝑛𝑐â𝑛𝑑 = 𝜂
= 1
= 5𝐾𝑊

𝑛𝐿 .𝑃𝐿+ 𝑃𝑟 /2 160 . (40 +2)


𝐷𝐼𝐿𝑈𝑀−𝐹𝑙𝑢𝑜𝑟 = = = 6,928𝐾𝑉𝐴
𝜂 .cos 𝜑 1 . 0,97

𝐴𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎


100% 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 20 𝐾𝑊 = 20 𝐾𝑊
80% para o que exceder = 0,8 . (25,428 – 20) = 4,34 KW
Total = 20 KW + 4,34 kw = 24,34 kw
Exemplo de Cálculo de Demanda

CCCM-1 - Cálculo da Demanda

𝐷𝐶𝐶𝑀1 = 𝐷𝑇𝑀1 = 381,42𝐾𝑉𝐴

𝑛𝑀 . 𝑃𝑁 . 736 . 𝑓𝑢 . 𝑓𝑠 10 . 75 . 736 . 0,87 . 0,65


𝐷𝑇𝑀1 = = = 381,42𝐾𝑉𝐴
𝜂 . cos 𝜑 0,93 . 0,88

CCCM-2 - Cálculo da Demanda


𝐷𝐶𝐶𝑀2 = 𝐷𝑇𝑀2 + 𝐷𝑇𝑀3 = 159,6 + 141 = 300,6𝐾𝑉𝐴

𝑛𝑀 . 𝑃𝑁 . 736 . 𝑓𝑢 . 𝑓𝑠 5 . 50 . 736 . 0,87 . 0,70


𝐷𝐷𝑇𝑀3 = = = 141 𝐾𝑉𝐴
𝜂 . cos 𝜑 0,924 . 0,86

𝑛𝑀 . 𝑃𝑁 . 736 . 𝑓𝑢 . 𝑓𝑠 10 . 30 . 736 . 0,85 . 0,65


𝐷𝐷𝑇𝑀2 = = = 159,6𝐾𝑉𝐴
𝜂 . cos 𝜑 0,91 . 0,84

QDG - Cálculo da Demanda

𝐷𝑇 = 𝐷𝑄𝐷𝐿𝐹 + 𝐷𝐶𝐶𝑀−1 + 𝐷𝐶𝐶𝑀−2 = 24,34 + 381,42 + 300,6 = 706,36 𝐾𝑉𝐴


Projetos Elétricos
Industriais
Módulo 3
Dimensionamento de Condutores
Critérios: capacidade de condução
e seção mínima
Revisão de Eletrotécnica
Potências em Circuitos AC

𝐾𝑉𝐴 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . 10−3

𝐾𝑊 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . cos 𝜑 . 10−3

𝐾𝑉𝐴𝑟
𝐾𝑉𝐴𝑟 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 . 10−3

𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝐾𝑊
cos 𝜑 =
𝐾𝑉𝐴 𝑐𝑜𝑠 𝜑 = 1 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜑
𝐾𝑉𝐴𝑟
𝜑 = 𝑡𝑔−1
𝐾𝑊
𝐾𝑊

𝐾𝑉𝐴2 = 𝐾𝑊 2 + 𝐾𝑉𝐴𝑟 2 → KVA = 𝐾𝑊 2 + 𝐾𝑉𝐴𝑟 2

𝐾𝑉𝐴𝑟 2 = 𝐾𝑉𝐴2 − 𝐾𝑊 2 → KVAr = 𝐾𝑉𝐴2 − 𝐾𝑊 2

𝐾𝑊 2 = 𝐾𝑉𝐴2 − 𝐾𝑉𝐴𝑟 2 → KW = 𝐾𝑉𝐴2 − 𝐾𝑉𝐴𝑟 2


Revisão de Eletrotécnica
Analogia entre as potências em circuitos AC

𝑄 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 (𝑉𝐴𝑅)


VAR

S = VA

𝑃 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑎 (𝑊)


Revisão de Eletrotécnica
Características Nominais dos Motores Elétricos de Indução
Revisão de Eletrotécnica
Características Nominais dos Motores Elétricos de Indução

Tensão Nominal
Tensão de trabalho do motor em condições normais, não deve ser excedida sob períodos prolongados de tempo sob
risco de avariar o motor. Pela norma brasileira todo o motor deve ser capaz de funcionar satisfatoriamente quando
alimentado tanto com tensão 10% abaixo como 10% acima da tensão nominal, desde que a frequência seja a nominal.

Potência Nominal
É a potência mecânica máxima que o motor pode fornecer no seu eixo em regime de trabalho normal. Potência de
saída do motor especificada na placa com valores em CV, HP ou W.

Rendimento
O rendimento define a eficiência com que é feita a conversão da energia elétrica absorvida da rede pelo motor, em
energia mecânica disponível no eixo.
𝑃𝑢(𝑊) 736 . 𝑃(𝐶𝑉) 𝑃(𝐾𝑊) 𝑋103
𝜂= = = 𝑃𝑢 𝑊 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 𝑛𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝑃𝑎(𝑊) 3 . 𝑉 . 𝐼 . 𝐶𝑜𝑠 𝜑 3 . 𝑉 . 𝐼 . 𝐶𝑜𝑠𝜑
𝑃𝑎 𝑊 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑒
736 . 𝑃(𝐶𝑉) . 100
𝜂% =
3 . 𝑉 . 𝐼 . 𝐶𝑜𝑠 𝜑

Corrente nominal
É a corrente que o motor solicita da rede sob tensão, frequência e potência nominais.
𝑃(𝐶𝑉) . 736
𝐼𝑁 = (𝐴)
3 . 𝑉𝑁 . 𝜂 . 𝐶𝑜𝑠 𝜑
Fator de serviço
O fator de serviço representa uma reserva de potência que a motor possui e que pode ser usada em regime contínuo.
Revisão de Eletrotécnica
Exemplo - Potências em Circuitos AC

𝑉 = 220 (𝐹𝐹𝐹)
𝐼 = 3𝐴
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,8
Fator de Potência
Potências
𝐾𝑊 0,914
cos 𝜑 = = = 0,8
𝐾𝑉𝐴 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . 10−3 = 3 . 220 . 3 . 10−3 = 1,143 𝐾𝑉𝐴 1,143
𝐾𝑉𝐴𝑟 0,685
𝐾𝑊 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . cos 𝜑 . 10−3 = 3 . 220 . 3 . 0,8 . 10−3 = 0,914 𝜑 = 𝑡𝑔−1 = 𝑡𝑔−1
𝐾𝑊 0,914
−1
𝐾𝑉𝐴𝑟 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 . 10−3 = 3 . 220 . 3 . 0,6 . 10−3 = 0,685 = 𝑡𝑔 0,75

𝜑 = 𝑡𝑔−1 0,75 = 36,87°


𝜑 = 𝑐𝑜𝑠 −1 0,8 = 36,87°

0,685 𝐾𝑉𝐴𝑟

0,914 𝐾𝑊
Revisão de Eletrotécnica
Exercícios - Potências em Circuitos AC

Determine o fator de potência e a potência aparente de uma instalação onde foram medidos, com
um Wattímetro 8KW e, com um Várimetro 6KVAr.

A FP = 0,65; KVA= 9

B FP = 0,8; KVA= 10

C FP = 0,9; KVA= 12

D FP = 0,95; KVA= 14

KVA = 𝐾𝑊 2 + 𝐾𝑉𝐴𝑟 2 = 82 + 62 = 10

6 𝐾𝑉𝐴𝑟
𝐾𝑊 8
𝐹𝑃 = cos 𝜑 = = = 0,8
𝐾𝑉𝐴 10
𝜑 = 𝑐𝑜𝑠 −1 0,8 = 36,87°

8 𝐾𝑊
Dimensionamento de condutores, conforme NBR 5410

O dimensionamento de um condutor deve ser precedido de uma análise detalhada das


condições de sua instalação e da carga a ser suprida.

A Capacidade de condução de corrente (6.2.5)


Conforme prescrição da NBR
5410, a seção dos condutores B Seção mínima (6.2.6.1.1)
deve ser determinada de forma
a que sejam atendidos, os
seguintes critérios:
C Limites de queda de tensão (6.2.7)

D Proteção contra sobrecarga (5.3.4 e 6.3.4.2)

A seção adotada é, em princípio, a Proteção contra curto-circuito e solicitações


menor das seções nominais que E
térmicas ( 5.3.5 e 6.3.4.3)
atenda a todos os critérios, a
chamada “seção técnica”.
F Proteção contra choques elétricos (5.1.2.2.4)
A Capacidade de condução de corrente (6.2.5)

O critério da capacidade de corrente tem por objetivo garantir condições satisfatórias de


operação aos condutores e às suas isolações, submetidos aos efeitos térmicos produzidos pela
circulação da corrente elétrica de forma a evitar dano ao condutor.

Roteiro para Dimensionamento pela Capacidade de Corrente

O tipo de isolação do condutor determinará a temperatura máxima a


1. Definir o tipo de isolação que os condutores poderão estar submetidos em regime contínuo, em
sobrecarga ou em condição de curto-circuito.

A maneira como os condutores estarão instalados (eletrodutos


embutidos ou aparentes, em canaletas ou bandejas, subterrâneos,
diretamente enterrados ou ao ar livre, em cabos unipolares ou
2. Definir o método de instalação multipolares, etc.) influenciará na capacidade de troca térmica entre
os condutores e o ambiente, e em consequência, na capacidade de
condução de corrente elétrica dos mesmos.
A Tabela 33 da NBR5410, define as diversas maneiras de instalação dos
condutores, codificando-as em letras e números

Condutor carregado é aquele efetivamente percorrido por corrente


elétrica no funcionamento normal do circuito. Neste caso, consideram-
3. N° de condutores carregados se os condutores Fase e Neutro. O condutor de proteção equipotencial,
PE, não é considerado condutor carregado. O número de condutores
carregados a ser considerado é aquele indicado na tabela 46 da NBR
5410.
A Capacidade de condução de corrente (6.2.5)

4. Cálculo da corrente de projeto


𝐼𝑃 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝐴
Circuitos Resistivos 𝑃𝑁 𝑃𝑁 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑊
𝐼𝑃 = 𝑉 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑉
F+N 𝑉
𝜂 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
F+F
𝑃𝑁 cos 𝜑 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
2F + N Indutivos 𝐼𝑃 =
𝑉. cos 𝜑 . 𝜂
Notas:
Equilibrados 1. Nos reatores para lâmpadas de descarga (lâmpadas
𝑃𝑁 fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio,
( 3F ) 𝐼𝑃 =
3. 𝑉. cos 𝜑 . 𝜂 etc.) e motores, o 𝜂 (rendimento e o cos 𝜑 (fator de
Circuitos potência) são baixos devido ao consumo de energia
Trifásicos Desequilibrado 𝑃𝑁 reativa da rede de alimentação.
( 3F + N ) 𝐼𝑃 = 2. Lâmpadas incandescentes e resistências apresentam
3 . 𝑉. cos 𝜑 . 𝜂
𝜂 =1 e cos𝜑 = 1.

Circuitos de carga genérica 𝐼𝑍 ≥ ෍ 𝐼𝑔 𝐼𝑍 = 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟


𝐼𝑔 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑔𝑒𝑛é𝑟𝑖𝑐𝑎
𝑓𝑠 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
Circuitos de motores 𝐼𝑍 ≥ ෍ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑁
𝐼𝑁 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 do motor

Circuitos de motores e outras cargas 𝐼𝑍 ≥ ෍ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑁 + ෍ 𝐼𝑔


A Capacidade de condução de corrente (6.2.5)

Tendo-se definido o Tipo de Isolação dos Condutores, a Maneira de


Instalar do Circuito, a Corrente de Projeto e o Número de Condutores
5. Determinar a seção do condutor carregados do Circuito, deve-se verificar nas tabelas 36 a 39 da NBR5410,
qual será a seção do condutor indicado para o circuito.

Para o dimensionamento de condutores será necessário efetuar


eventuais correções de modo a adequar cada caso específico às
6. Fatores de correção condições de temperatura e agrupamento de condutores da instalação,
conforme tabela 40 (Correção Temperatura – FCT ), e tabelas 42 à 45
(Correção Devido ao Agrupamento de Condutores – FCA ) da NBR 5410

É um valor de corrente do circuito, obtida pela aplicação dos fatores de


7. Correção da corrente de projeto
correção FCT e FCA à corrente de projeto.

𝐼𝑁 𝑰𝑷 = corrente de projeto corrigida


𝐼𝑃 = 𝐼𝑍 ≥ 𝐼𝑃
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 𝑰𝒁 = capacidade de condução de corrente do condutor
nas condições previstas para sua instalação
𝐹𝐶𝑇 = Fator de correção de temperatura
Circuito de força motriz 𝐼𝑍 ≥ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑁 𝐹𝐶𝐴 = fator de correção de agrupamento
IN= corrente nominal do motor
𝑓𝑠 = fator de serviço do motor

Uma vez determinada a seção do condutor pelo critério da capacidade de corrente, deve-se verificar se ele atende
às condições impostas pelo critério do limite de queda de tensão.
A Capacidade de condução de corrente (6.2.5)
Prescrição 6.2.5.2.1 NBR 5410 - A corrente transportada por qualquer condutor, durante períodos prolongados
em funcionamento normal, deve ser tal que a temperatura máxima para serviço contínuo dada na tabela 35
não seja ultrapassada.
Tabela 35
Temperaturas características dos condutores

A prescrição de 6.2.5.2.1 é considerada atendida se a corrente nos condutores não for superior às capacidades
de condução de corrente adequadamente obtidas das tabelas 36 a 39, corrigidas, se for o caso, pelos fatores
indicados nas tabelas 40 a 45.
NOTAS
1. As tabelas 36 a 39 fornecem as capacidades de condução de corrente para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C,
D, E, F e G descritos em 6.2.5.1.2, aplicáveis a diversos tipos de linhas, conforme indicado na tabela 33.

2. As capacidades de condução de corrente dadas nas tabelas 36 a 39 referem-se a funcionamento contínuo em regime
permanente (fator de carga 100%).
3. Se os condutores forem instalados em ambiente cuja temperatura difira dos valores indicados em nas tabelas 36 a 39,
sua capacidade de condução de corrente deve ser determinada com a aplicação dos fatores de correção dados na
tabela 40.
4. Para um número maior de condutores agrupados aos indicados nas tabelas 36 a 39, devem ser aplicados os fatores de
correção especificados nas tabelas 42 a 45.
Tabela 36 NBR 5410
Capacidade de condução de corrente, em A
Isolação de PVC - 70°C (30°C Ambiente ) (20°C solo)
Métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Tabela 37 NBR 5410
Capacidade de condução de corrente, em A
Isolação de EPR ou XLPE - 90°C (30°C Ambiente ) (20°C solo)
Tabela 38 NBR 5410
Capacidade de condução de corrente, em A
Isolação de PVC - 70°C (30°C Ambiente ) (20°C solo)
Métodos de referência E, F e G
Tabela 39 NBR 5410
Capacidade de condução de corrente, em A
Isolação de EPR ou XLPE - 90°C (30°C Ambiente ) (20°C solo)
Tabela 40 NBR 5410
Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes
de 30°C (Ambiente) e 20°C (solo)
Tabela 42
Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou
fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano, em camada única
Tabela 43
Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos consistindo em mais de uma camada de
condutores - Métodos de referência C (tabelas 36 e 37), E e F (tabelas 38 e 39)
Tabela 45
Fatores de agrupamento para linhas em eletrodutos enterrados
Tabela 46
Número de condutores carregados a ser considerado,
em função do tipo de circuito
B Seção mínima (6.2.6.1.1)

As seções mínimas admitidas em qualquer instalação de baixa tensão estão definidas na tabela
47, item 6.2.6.1.1 da norma. Dentre os valores ali indicados, destacamos dois: – a seção mínima
de um condutor de cobre para circuitos de iluminação é de 1,5 mm2; e – a seção mínima de um
condutor de cobre para circuitos de força, que incluem tomadas de uso geral, é 2,5 mm2.

Tabela 47
Seção mínima dos condutores
Tabela 33
Tipos de linhas elétricas
Tabela 33
Tipos de linhas elétricas
Tabela 33
Tipos de linhas elétricas
Sérgio Andolfo
Especialista Técnico em Educação Profissional
DITEP / Divisão Técnica de Educação Profissional e Certificação
GGE / Gerência de Educação Profissional
Projetos Elétricos
Industriais
Módulo 4
Método: Resistividade
C Limites de queda de tensão (6.2.7)

A queda de tensão em um circuito elétrico é a perda de tensão causada pela longa distância
entre a fonte de alimentação até a alimentação da carga. Quanto maior o comprimento do
condutor de energia, maior será a perda de tensão ao longo dele.

Em uma instalação elétrica, a tensão aplicada aos terminais das cargas deve manter-se dentro de
determinados limites. Cada equipamento possui uma tensão nominal (Vn), uma pequena variação
admitida (∆Vn). Tensões abaixo do limite, ou seja, inferiores a Vn – ∆Vn , prejudicam o desempenho
do equipamento de utilização, podendo reduzir sua vida útil ou mesmo impedir seu funcionamento.

A queda de tensão deve ser calculada durante o projeto, sendo o dimensionamento dos
circuitos feito de modo a mantê-la dentro dos valores máximos fixados pela NBR 5410.

Limites de Queda de Tensão NBR 5410 / 6.2.7.1 Valor máximo


calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso de 7%
transformador próprio.
calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da empresa 7%
distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado.
calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com 5%
fornecimento em tensão secundária de distribuição
calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio. 7%
C Limites de queda de tensão (6.2.7)

G TRANSFORMADOR OU
GERADOR PRÓPRIO

QGBT

∆𝑉 ≤ 10%
(𝑛𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟)

A Norma estabelece que, durante a


QDF partida do motor, a queda de tensão
entre a origem da instalação
e o dispositivo de partida (isto é, de
∆𝑉 ≤ 7% ∆𝑉 ≤ 7% comando funcional) do motor, não
ultrapasse 10% da tensão
nominal do motor, mantidos os
limites fixados (ver 6.2.7) para os
demais circuitos da instalação,
como
QDLF CCM mostra a Figura 60C.

Via de regra, para efeito de cálculo


da queda de tensão, considera-se,
∆𝑉 ≤ 4%
∆𝑉 ≤ 4% no circuito terminal (entre o
quadro de distribuição e o
Dispositivo de
dispositivo de partida) o fator de
partida do motor potência 0,3.

Circuitos terminais
Outras cargas M
BT C Limites de queda de tensão (6.2.7)

M MEDIDOR

QGBT

∆𝑉 ≤ 10%
(𝑛𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟)

A Norma estabelece que, durante a


QDF partida do motor, a queda de tensão
entre a origem da instalação
e o dispositivo de partida (isto é, de
∆𝑉 ≤ 5% ∆𝑉 ≤ 5% comando funcional) do motor, não
ultrapasse 10% da tensão
nominal do motor, mantidos os
limites fixados (ver 6.2.7) para os
demais circuitos da instalação,
como
QDLF CCM mostra a Figura 60C.

Via de regra, para efeito de cálculo


da queda de tensão, considera-se,
∆𝑉 ≤ 4%
∆𝑉 ≤ 4% no circuito terminal (entre o
quadro de distribuição e o
Dispositivo de
dispositivo de partida) o fator de
partida do motor potência 0,3.

Circuitos terminais
Outras cargas M
C Limites de queda de tensão (6.2.7)

Tensão do circuito

Corrente de projeto

Fator de potência do circuito


Roteiro para Dimensionamento
do Condutor pelo Limite da Tipo de isolação do condutor
Queda de Tensão
Queda de tensão admissível

Comprimento do circuito

Maneira de instalar do circuito;

Material de infraestrutura
Limites de queda de tensão

Equacionamento das expressões de queda de tensão – Método: Resistividade


𝑅
𝑉𝑁 = 𝑉 + 2 . 𝑅 . 𝐼
𝑉𝑁 cos 𝜑 = 1 2 .𝜌 . 𝑙
𝑉
𝑅=
𝜌 (Ω. 𝑚𝑚2 Τ𝑚) 𝑅 𝑆
2. 𝜌 . 𝑙
𝑉𝑁 = 𝑉 + ( . 𝐼)
𝑙 𝑆
Expressando a equação em termos de queda percentual:
2 .𝜌 . 𝑙
∆𝑉% =
100 . 𝑅 . 𝐼
= 𝑆 . 𝐼 . 100 → ∆𝑉 = 100 . 2 . 𝜌 . 𝑙 . 𝐼 (𝐹𝐹 − 𝐹𝑁)
%
𝑉 𝑉 𝑆. 𝑉
100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑍 . 𝑙
∆𝑉% = (𝐹𝐹𝐹)
𝑆. 𝑉
A seção do condutor pode ser expressa por:
𝑉𝑁 = Tensão da fonte
100 . 2 . 𝜌 . 𝐼𝑃 . 𝑙 V = Tensão da carga (V)
𝑆= ( 𝐹𝐹 − 𝐹𝑁) ∆𝑉% = Queda de tensão percentual
𝑉 . ∆𝑉%
∆V = queda de tensão (V)
𝑙 = comprimento do circuito (m)
100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑃 . 𝑙 𝜌 = resistividade do cobre eletrolítico (𝜌 = 0,0178 Ω. 𝑚𝑚2 / m)
𝑆= ( 𝐹𝐹𝐹 )
𝑉 . ∆𝑉% 𝐼𝑃 = corrente de projeto (A)
𝐼𝑁 Circuito de força motriz
FCRS =Fator de correção da resistividade do solo: 𝐼𝑃 = 𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 𝐼𝑃 =
𝐼𝑁 . 𝑓𝑠
fs = fator de serviço
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴
é utilizado para maneira de instalar “D”.
Limites de queda de tensão

Método: Resistividade Exemplo - 1

𝑉QDLF = 220 (𝐹𝐹𝐹)


Determine:
a) Corrente nominal
b) Corrente de projeto
Condutor PVC
c) Seção dos condutores
FCT = 1
d) Queda de tensão
FCA = 0,8
e) Tensão no extremo do circuito (bornes do motor)
𝑙 = 25𝑚 f) Potência aparente, em KVA
Método de instalação B1 g) Potência ativa, em KW
∆ 𝑽 % ≤ 𝟒% h) Potência reativa, em KVAr
i) Fator de potência
j) Ângulo de defasagem

𝑉 = 220 Obs.: Considerar dois circuitos passando pelo


𝑃 = 5 𝐶𝑉
𝜂 = 0,76 eletroduto, para efeito do FCA.
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88
𝑓𝑠 = 1,15
Queda de Tensão - Método: Resistividade
Determinação das correntes nominais Exemplo - 1

𝑉QDLF = 220 (𝐹𝐹𝐹)

𝑙 = 25𝑚 Condutor
𝑃(𝐶𝑉) . 736 5. 736
PVC 𝐼𝑁 = = = 14,44
∆𝑽 % FCT = 1 3 . 𝑉𝑁 . 𝜂 . 𝐶𝑜𝑠 𝜑 3 . 220.0,76 . 0,88
≤ 𝟒% FCA = 0,8
𝐼𝑁 . 𝑓𝑠 14,44 . 1,15
𝐼𝑃 = = = 20,75
Método de 𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 . 0,8
instalação
B1

𝑉 = 220
𝑃 = 5 𝐶𝑉
𝜂 = 0,76
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88
𝑓𝑠 = 1,15
Queda de Tensão - Método: Resistividade
Determinação da seção dos condutores Exemplo - 1

𝑉QDLF = 220 (𝐹𝐹𝐹)

100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑃 . 𝑙
𝑆=
𝑙 = 25𝑚 Condutor 𝑉𝑁 . ∆𝑉%
PVC 100 . 3 . 0,0178 . 20,75 . 25
∆𝑽 % 𝑆=
FCT = 1 220 . 4
≤ 𝟒% FCA = 0,8
𝑆 = 1,81𝑚𝑚2 → 𝑺𝒎𝒎𝟐 (𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂 𝟑𝟔 → #𝟐, 𝟓𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝒁 = 𝟐𝟏 𝑨)

Método de
instalação Condição
B1
𝐼𝑍 ≥ ෍ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑁

𝐼𝑍 ≥ 1,15 . 14,44

𝐼𝑍 ≥ 16,6 → 𝑺𝒎𝒎𝟐 (𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂 𝟑𝟔 → #𝟐, 𝟓𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝒁 = 𝟐𝟏 𝑨)


𝑉𝑁 = 220
𝑃 = 5 𝐶𝑉
𝜂 = 0,76
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88
𝑓𝑠 = 1,15
Queda de Tensão - Método: Resistividade
Determinação da queda de tensão Exemplo - 1

𝑉QDLF = 220 (𝐹𝐹𝐹)

100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑍 . 𝑙
∆𝑉% =
𝑆. 𝑉
100 . 3 . 0,0178 . 21 . 25
∆𝑉% =
2,5 . 220
∆𝑉% = 2,94% → 𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 (∆𝑉% ≤ 4%)

∆𝑉% . 𝑉
∆𝑉 = 𝑉𝑀𝑂𝑇𝑂𝑅 = 𝑉 − ∆𝑉
100
2,94 . 220 𝑉𝑀𝑂𝑇𝑂𝑅 = 220 − 6,47
∆𝑉 =
100 𝑉𝑀𝑂𝑇𝑂𝑅 = 213,43 𝑉
∆𝑉 = 6,47 𝑉
𝑉 = 220
𝑃 = 5 𝐶𝑉
𝜂 = 0,76
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88
𝑓𝑠 = 1,15
Queda de Tensão
Determinação das potências do circuito Exemplo - 1

𝑉QDLF = 𝑉𝑁 = 220 (𝐹𝐹𝐹)


𝑃𝐾𝑉𝐴 = 3 . 𝑉𝑁 . 𝐼 . 10−3 = 3 . 220 . 14,44 . 10−3 = 5,5 𝐾𝑉𝐴

𝐾𝑊 = 3 . 𝑉𝑁 . 𝐼 . cos 𝜑 . 10−3 = 3 . 220 . 14,44 . 0,88 . 10−3 = 4,84 𝐾𝑊


𝐾𝑉𝐴𝑟 = 3 . 𝑉𝑁 . 𝐼 . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 . 10−3 = 3 . 220 . 14,44 . 0,47 . 10−3 = 2,58

𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑 = 1 − 0,882 = 0,47

𝐾𝑊 4,84
cos 𝜑 = = = 0,88
𝐾𝑉𝐴 5,5
𝐾𝑉𝐴𝑟 2,58
𝜑 = 𝑡𝑔−1 = = 0,533
𝐾𝑊 4,84
𝑉 = 220
𝑃 = 5 𝐶𝑉 𝜑 = 𝑡𝑔−1 0,533
𝜂 = 0,76
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88 𝜑 = 28,06°
𝑓𝑠 = 1,15
Queda de Tensão - Método: Resistividade
Exemplo - 2
Considerando os ramais 4, 5, 6 e 7, determine:
a) Corrente nominal b) Corrente de projeto c) Seção dos condutores d) Queda de tensão

QGBT
Características dos motores
1
M2 M3
QDF M1
𝑉 = 220 𝑉 = 220
Condutor PVC 𝑉 = 220
P = 5 𝐶𝑉 𝑃 = 7,5 𝐶𝑉
FCT = 0,94 / FCA = 0,70 𝑃 = 3 𝐶𝑉
𝜂 = 0,82 𝜂 = 0,85
4 𝜂 = 0,8
2 𝑙 = 10𝑚
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,82 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,85 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,87
Método de instalação B1 𝑓𝑠 = 1,15 𝑓𝑠 = 1,15
𝑓𝑠 = 1,15
∆ 𝑽 % ≤ 𝟐%
QDLF CCM
5 6 7
3 Condutor PVC Condutor PVC Condutor PVC
FCT = 0,94 FCT = 0,94 FCT = 0,94
FCA = 1 FCA = 1 FCA = 1
𝑙 = 10𝑚 𝑙 = 15𝑚 𝑙 = 20𝑚
Método de instalação B1 Método de instalação B1 Método de instalação B1
∆ 𝑽 % ≤ 𝟒% ∆ 𝑽 % ≤ 𝟒% ∆ 𝑽 % ≤ 𝟒%

Iluminação
Tomadas M1 M2 M3
Projetos Elétricos
Industriais
Módulo 4 (continuação)
Queda de Tensão
Queda de Tensão - Método: Resistividade
Determinação das correntes de projetos Solução – Exemplo - 2

QGBT
σ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑁
𝐼𝑃 =
1 𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴
(𝑓𝑠1 . 𝐼𝑁1 ) + (𝑓𝑠2 . 𝐼𝑁2 ) + (𝑓𝑠3 . 𝐼𝑁3 )
QDF 𝐼𝑃 =
0,94 . 0,70
1,15.8,3 + 1,15.13,85 + (1,15.19.6)
4 𝐼𝑃 =
2 0, , 94 . 0,70
𝐼𝑃 = 72.96 𝐴

QDLF CCM
5 6 7
3 𝐼𝑁 . 𝑓𝑠 𝐼𝑁 . 𝑓𝑠
𝐼𝑁 . 𝑓𝑠 𝐼𝑃 =
𝐼𝑃 = 𝐼𝑃 = 𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴
13,85 . 1,15 19,6 . 1,15
8,83 . 1,15 𝐼𝑃 =
𝐼𝑃 = 𝐼𝑃 = 0,94 . 1
0,94 . 1 0,94 . 1
𝐼𝑃 = 16,95 𝐼𝑃 = 23,98
𝐼𝑃 = 10,8

Iluminação
Tomadas M1 M2 M3
Queda de Tensão - Método: Resistividade
Determinação das seções dos condutores Solução – Exemplo - 2

QGBT
Condição
1
QDF 𝐼𝑍 ≥ ෍ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑁
100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑃 . 𝑙
𝑆= 𝐼𝑍 ≥ (𝑓𝑠1 . 𝐼𝑁1 ) + (𝑓𝑠2 . 𝐼𝑁2 ) + (𝑓𝑠3 . 𝐼𝑁3 )
4 𝑉 . ∆𝑉%
2
100 . 3 . 0,0178 . 72,96 . 10 𝐼𝑍 ≥ 48,01
𝑆=
220 . 2
𝑆 → #𝟏𝟎, 𝟎𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝒁 = 𝟓𝟎 𝑨)
𝑆 = 5,11𝑚𝑚2 → #𝟔, 𝟎𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝒁 = 𝟑𝟔 𝑨)
QDLF CCM
5 6 7
100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑃 . 𝑙 100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑃 . 𝑙 100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑃 . 𝑙
𝑆= 𝑆= 𝑆=
3 𝑉 . ∆𝑉% 𝑉 . ∆𝑉% 𝑉 . ∆𝑉%
100 . 3 . 0,0178 .10,8 . 10 100 . 3 . 0,0178 .16,95 . 15 100 . 3 . 0,0178 .19,6 . 20
𝑆= 𝑆= 𝑆=
220 . 4 220 . 4 220 . 4
2
𝑆 = 0,38𝑚𝑚2 𝑆 = 0,89𝑚𝑚2 𝑆 = 1,37𝑚𝑚

𝑺𝒆çã𝒐 𝒎í𝒏𝒊𝒎𝒂 𝑺𝒆çã𝒐 𝒎í𝒏𝒊𝒎𝒂 𝑺𝒆çã𝒐 𝒎í𝒏𝒊𝒎𝒂


→ #𝟐, 𝟓𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝒁 = 𝟐𝟏 𝑨) → #𝟐, 𝟓𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝒁 = 𝟐𝟏 𝑨) → # 𝟒𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝒁 = 𝟐𝟖 𝑨)

Iluminação
Tomadas
M1 M2 M3
Queda de Tensão - Método: Resistividade
Determinação das quedas de tensão Solução – Exemplo - 2

QGBT
1
QDF
100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑍 . 𝑙
∆𝑉% =
𝑆. 𝑉
2 4 100 . 3 . 0,0178 . 50 . 10
∆𝑉% =
10 . 220
∆𝑉% = 0,7%
QDLF CCM
5 6 7

3 100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑍 . 𝑙 100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑍 . 𝑙 100 . 3 . 𝜌 . 𝐼𝑍 . 𝑙


∆𝑉% = ∆𝑉% = ∆𝑉% =
𝑆. 𝑉 𝑆. 𝑉 𝑠. 𝑉
100 . 3 . 0,0178 . 21. 10 ∆𝑉 = 100 . 3 . 0,0178 . 21. 15 100 . 3 . 0,0178 . 28. 20
∆𝑉% = % ∆𝑉% =
2,5 . 220 2,5 . 220 4,0 . 220
∆𝑉% = 1,17% ∆𝑉% = 1,76% ∆𝑉% = 1.96%

Iluminação
Tomadas M1 M2 M3
Limites de queda de tensão

Equacionamento das expressões de queda de tensão – Método: Condutividade

𝑅 𝑉𝑁 = 𝑉 + 2 . 𝑅 . 𝐼

𝑉𝑁 cos 𝜑 = 1 2 .𝑙
𝑉 𝑅=
𝜎. 𝑆
𝜎 (𝑆 . 𝑚 Τ𝑚𝑚2 ) 𝑅
2 .𝑙
𝑉𝑁 = 𝑉 + .𝐼
𝜎. 𝑆
𝑙
Expressando a equação em termos de queda percentual:
2 .𝑙
100 . 𝑅 . 𝐼 𝑅 . 𝐼 . 100 . 𝐼 . 100 100 . 2 . 𝑙 . 𝐼
∆𝑉% = = = 𝜎 . 𝑆 → ∆𝑉% = (𝐹𝐹 − 𝐹𝑁)
𝑉 𝑉 𝑉 𝜎 . 𝑆. 𝑉
100 . 3 . 𝐼𝑍 . 𝑙
∆𝑉% = (𝐹𝐹𝐹)
A seção do condutor pode ser expressa por: R = Resistência do fio. 𝜎 . 𝑆. 𝑉
𝑉𝑁 = Tensão da fonte ( v)
V = Tensão de alimentação na carga (V)
100 . 2 . 𝐼𝑃 . 𝑙
𝑆= ( 𝐹𝐹 − 𝐹𝑁) ∆𝑉% = Queda de tensão percentual
𝜎 . 𝑉 . ∆𝑉% ∆V = queda de tensão (V)
𝑙 = comprimento do circuito (m)
100 . 3 . 𝐼𝑃 . 𝑙 𝐼𝑃 = corrente de projeto (A)
𝑆= ( 𝐹𝐹𝐹 ) 𝜎 = condutividade do cobre (𝜎 = 56 𝑆. 𝑚/𝑚𝑚2 )
𝜎 . 𝑉 . ∆𝑉% Circuito de força motriz
𝐼𝑁
𝐼𝑃 = 𝐼𝑁 . 𝑓𝑠
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 𝐼𝑃 = fs = fator de serviço
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴
Limites de queda de tensão

Método: Condutividade Exercício - 4

𝑉QDLF = 220 (𝐹𝐹𝐹)

1. Determine pelo método da condutividade:


Condutor PVC
FCT = 1 a) Corrente nominal
FCA = 0,8
b) Corrente de projeto
𝑙 = 25𝑚 c) Seção dos condutores
Método de instalação B1 d) Queda de tensão
e) Tensão no extremo do circuito (bornes do motor)
∆ 𝑽 % ≤ 𝟒%
f) Potência aparente, em KVA
g) Potência ativa, em KW
h) Potência reativa, em KVAr
i) Fator de potência
j) Ângulo de defasagem

➢ Compare os valores obtidos com os do exemplo 1


(Método: Resistividade).

𝑉 = 220
5 𝐶𝑉
𝜂 = 0,76
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88
𝑓𝑠 = 1,15
Queda de Tensão - Método: Condutividade
Exercício - 5
Utilizando o método da condutividade, determine:
a) Corrente nominal b) Corrente de projeto c) Seção dos condutores d) Queda de tensão
➢ Compare os valores obtidos com os do exemplo 1 (Método: Resistividade).

QGBT
Características dos motores
1
M2 M3
QDF M1
𝑉 = 220 𝑉 = 220
Condutor PVC 𝑉 = 220
P = 5 𝐶𝑉 𝑃 = 7,5 𝐶𝑉
FCT = 0,94 / FCA = 0,70 𝑃 = 3 𝐶𝑉
𝜂 = 0,82 𝜂 = 0,85
4 𝜂 = 0,8
2 𝑙 = 10𝑚
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,82 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,85 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,87
Método de instalação B1 𝑓𝑠 = 1,15 𝑓𝑠 = 1,15
𝑓𝑠 = 1,15
∆ 𝑽 % ≤ 𝟐%
QDLF CCM
5 6 7
3 Condutor PVC Condutor PVC Condutor PVC
FCT = 0,94 FCT = 0,94 FCT = 0,94
FCA = 1 FCA = 1 FCA = 1
𝑙 = 10𝑚 𝑙 = 15𝑚 𝑙 = 20𝑚
Método de instalação B1 Método de instalação B1 Método de instalação B1
∆ 𝑽 % ≤ 𝟒% ∆ 𝑽 % ≤ 𝟒% ∆ 𝑽 % ≤ 𝟒%

Iluminação
Tomadas M1 M2 M3
Projetos Elétricos
Industriais
Módulo 4
Continuação:
Limites de queda de tensão
Método V/A.Km
Método: Impedância
Limites de queda de tensão
Equacionamento da expressão da queda de tensão – Método: Método V/A.Km

𝑉 . ∆𝑉% ∆𝐕 = Queda de tensão unitária dada em V/A.km


∆𝑉 =
𝐼𝑃 . 𝑙 ∆𝑉% = Queda de tensão percentual (V)
𝑰𝑷 = Corrente de projeto (A)
𝒍 = Comprimento do circuito (Km)
O valor calculado deverá ser aplicado à tabelas de quedas de tensão unitárias indicadas pelos
fabricantes, adequando-se ao valor imediatamente inferior ao calculado, tendo como base o
fator de potência da instalação e o tipo de agrupamento dos cabos.

Para aplicação do método, definir:


Tipo de alimentação (monofásico ou trifásico)
Tensão nominal da linha
Corrente a ser transportada
Queda de tensão percentual máxima para o circuito
Comprimento do circuito
Tipo de isolamento do condutor
Tipo de agrupamento dos cabos
Tipo de infraestrutura

A queda de tensão obtida pela seção escolhida, será dada pela expressão:

100 . ∆𝑉 . 𝐼𝑃 . 𝑙
∆𝑉% =
𝑉
Queda de Tensão - Método: V/A.Km
𝑉 . ∆𝑉% 220 . 0,04 Exemplo - 3
∆𝑉 = = = 16,95 V/A.km
𝐼𝑃 . 𝑙 20,75 . 0,025

Valor imediatamente inferior ∆𝑉 = 12,4 → # 2,5𝑚𝑚2

100 . ∆𝑉 . 𝐼𝑃 . 𝑙 100 . 12,4 . 20,75 . 0,025


𝑉QDLF = 220 (𝐹𝐹𝐹) ∆𝑉% = = = 2,92%
𝑉 220

𝐶𝑎𝑏𝑜 𝑃. 𝑉. 𝐶 70° 𝑎𝑔𝑟𝑢𝑝𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑡𝑟𝑖𝑓ó𝑙𝑖𝑜 Atende ao critério da queda de tensão e atende


ao critério da seção mínima.
𝐸𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑃. 𝑉. 𝐶
𝑙2 = 25𝑚

∆ 𝑽 ≤ 𝟒%

𝑓𝑠 = 1,15

𝑉 = 220 / 𝑃 = 5 𝐶𝑉/𝜂 = 0,76


𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88
Seção mínima → # 2,5𝑚𝑚2 ≫ ∆𝑉 = 12,4 V/A.km
5 . 736 Atende ao critério da queda
𝐼𝑁 =
3 . 220 . 0,76. 0,88
= 14,4 𝐴 𝐼𝑁 . 𝑓𝑠 14,44 . 1,15 de tensão e seção mínima.
𝐼𝑃 = = = 20,75
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 . 0,8
Queda de Tensão - Método: Método: V/A.Km
Exercício - 6
Utilizando o método da Método: V/A.Km, determine:
a) Corrente nominal b) Corrente de projeto c) Seção dos condutores d) Queda de tensão
➢ Compare os valores obtidos com os do exemplo 1 e 2 (Métodos: Resistividade e Condutividade).

QGBT
Características dos motores
1
M2 M3
QDF M1
𝑉 = 220 𝑉 = 220
Condutor PVC 𝑉 = 220
P = 5 𝐶𝑉 𝑃 = 7,5 𝐶𝑉
FCT = 0,94 / FCA = 0,70 𝑃 = 3 𝐶𝑉
𝜂 = 0,82 𝜂 = 0,85
4 𝜂 = 0,8
2 𝑙 = 10𝑚
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,82 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,85 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,87
Método de instalação B1 𝑓𝑠 = 1,15 𝑓𝑠 = 1,15
𝑓𝑠 = 1,15
∆ 𝑽 % ≤ 𝟐%
QDLF CCM
5 6 7
3 Condutor PVC Condutor PVC Condutor PVC
FCT = 0,94 FCT = 0,94 FCT = 0,94
FCA = 1 FCA = 1 FCA = 1
𝑙 = 10𝑚 𝑙 = 15𝑚 𝑙 = 20𝑚
Método de instalação B1 Método de instalação B1 Método de instalação B1
∆ 𝑽 % ≤ 𝟒% ∆ 𝑽 % ≤ 𝟒% ∆ 𝑽 % ≤ 𝟒%

Iluminação
Tomadas M1 M2 M3
Queda de Tensão - Método: Impedância

𝑉𝑁 cos 𝜑 < 1
𝑉
𝑍

∆𝑉 = 2. 𝐼. 𝑙(r. cos 𝜑1 + 𝑥𝑙. 𝑠𝑒𝑛 𝜑) → 𝐹𝐹 𝑜𝑢 𝐹𝑁 𝑉𝑁 = tensão na fonte (volts)


𝑉 = tensão na carga (volts)
I = corrente absorvida pela carga (ampères)
∆𝑉 = 3. 𝐼. 𝑙(𝑟. cos 𝜑1 + 𝑥𝑙. 𝑠𝑒𝑛 𝜑) → 𝐹𝐹𝐹
𝑐𝑜𝑠 𝜑1 = fator de potência da carga
xL = reatância indutiva do condutor (ohm/km) > Tabela
∆𝑉 . 100 r1 = resistência do condutor (ohm/km) >> Tabela
∆𝑉% =
𝑉 ℓ = distância da alimentação à carga (km)
Tabela 1
Resistências elétricas e reatâncias indutivas de cabos unipolares
isolados em PVC EPR e XLPE (Ω/Km)
Queda de Tensão - Método: Impedância

Circuitos de força motriz

Durante o processo de partida do motor, a queda de tensão máxima permitida é de 10% entre a origem da
instalação e os terminais do dispositivo de partida do motor, e as demais condições devem ser respeitadas.
O cálculo da queda de tensão na partida deve ser feito com o valor da corrente de partida e considerando-se
fator de potência de 0,3.
Queda de tensão na partida ≫ 𝐜𝐨𝐬 𝝋 = 𝟎, 𝟑 (𝑵𝑩𝑹 𝟓𝟒𝟏𝟎)
Nas condições de operação considera-se o fator de potência nominal do motor. Assim, não é possível utilizar
as tabelas de queda de tensão dos fabricantes, pois elas são elaboradas considerando fatores de potência de
0,95 e 0,8. Portanto, no caso dos motores, a queda de tensão deve atender a condição de partida e de
regime, calculada através das seguintes expressões:
❖ 𝑸𝒖𝒆𝒅𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒅𝒖𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓 𝑉𝑁 = tensão na fonte (volts)
𝑉 = tensão nominal do motor (volts)
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑) Ip = corrente de partida do motor (A)
𝑐𝑜𝑠 𝜑 = 0,3 → fator de potência do motor durante
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 . (𝑟. 0,3 + 𝑥 . 0,95) a partida (NBR 5410)
xL = reatância indutiva do motor durante a partida
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑 = 0,95 r1 = resistência do condutor (ohm/km) >> Tabela
𝐜𝐨𝐬 𝝋 = 𝟎, 𝟑 (𝑵𝑩𝑹 𝟓𝟒𝟏𝟎) ℓ = comprimento do circuito (km)
𝑰𝒑ൗ
𝐼𝑝 = 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 → 𝑰𝒑 = 𝑰𝑵 . 𝑰𝑵
𝐼𝑁 = corrente nominal do motor (A)
❖ 𝑸𝒖𝒆𝒅𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒆𝒎 𝒓𝒆𝒈𝒊𝒎𝒆 Iz = capacidade de condução de corrente do condutor (A)
fs = fator de serviço do motor
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑧 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)
𝑐𝑜𝑠 𝜑 = fator de potência do motor em regime
xL = reatância indutiva do condutor >> Tabela
𝐼𝑍 ≥ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑁 r1 = resistência do condutor (ohm/km) >> Tabela
Queda de tensão em regime normal de operação
Exemplo - 4
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑧 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)
𝑉QDLF = 380 (𝐹𝐹𝐹)
∆𝑉 = 3 . 0,01 . 50 . 2,19 . 0,89 + 0,15 . 0,46 = 1,75 𝑉
𝐵1 − 𝐶𝑎𝑏𝑜 𝑃. 𝑉. 𝐶
𝐼𝑁 29,25
𝐼𝑝 = = = 29,25 𝐴
𝐸𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑃. 𝑉. 𝐶 𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 . 1
𝑙2 = 10𝑚
𝐼𝑍 ≥ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑝 ≥ 1,25 . 29,25 ≥ 36,5𝐴
𝐹𝐶𝑇 = 1
𝐹𝐶𝐴 = 1
𝑟 = 2,19 ΩΤ𝐾𝑚
#10𝑚𝑚2 ( 𝐼𝑍 = 50 𝐴 ) 𝑇𝑎𝑏. 1
𝑥 = 0,15 ΩΤ𝐾𝑚
𝑠𝑒𝑛𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠𝜑 2 = 0,46
∆𝑉 . 100 1,75 . 100
∆𝑉% = = = 0,46%
𝑉 380

Queda de tensão na partida

∆𝑉 = 3 . 𝑙 . Ip. (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)


V = 380 / P = 20 CV ∆𝑉 = 3 . 0,01 . 242,36 . 2,19 . 0,3 + 0,15 . 0,95 = 3,35 𝑉
𝜂 = 0,86 / fs = 1,25
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,89 1 − 𝑐𝑜𝑠𝜑 2 = = 1 − 0,32 = 0,95
IP/IN = 8,3
Ip = 8,3 . 29,2 =242,36A 𝑠𝑒𝑛𝜑 =

20 . 736
𝑁𝐵𝑅 5410 → 𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,3
𝐼𝑁 = = 29,25𝐴
3 . 380 . 0,89 . 0,86
∆𝑉 . 100 3,35 . 100 Como a queda de tensão máxima permitida
∆𝑉% = = = 0,88% na partida é de 7%, o condutor de
𝑉 380
10𝑚𝑚2 atende essa condição
Projetos Elétricos
Industriais
Módulo 4
Continuação:
Método: Impedância
220/127𝑉
Queda de Tensão - Método: Impedância
Exercício - 7
QGBT
Condutor PVC
FCT = 1
1 FCA = 0,80
B - (Tab. 36 NBR 5410)
∆𝑉 ≤ 3%
𝑙 = 5𝑚
QDF
Condutor PVC
Condutor PVC
FCT = 1
FCT = 1
FCA = 1
2 4 FCA = 0,8
B - (Tab. 36 NBR 5410) B - (Tab. 36 NBR 5410)
∆𝑉 ≤ 2% ∆𝑉 ≤ 2%
𝑙 = 5𝑚 𝑙 = 5𝑚
QDLF CCM
Condutor PVC
Condutor PVC
FCT = 1
FCT = 1
3 FCA = 1
FCA = 1
B1 - (Tab. 36 NBR 5410) 5
Método de instalação B1 (Tab. 36 NBR 5410)
∆𝑉 = 2%
∆𝑉 = 2%
𝑙 = 10𝑚 𝑙 = 10𝑚
𝑃𝐶𝑉 . 736
𝑉 = 220 (𝐹𝐹𝐹) 𝐼𝑁 =
𝑉 = 220 (𝐹𝐹𝐹) 8𝑋103 10 x 5 𝐶𝑉 3 . 𝑉 . cos 𝜑 . 𝜂
𝑃 = 4 𝑋 8𝐾𝑊 = 32𝐾𝑊 𝐼𝑁 = = 23,32 𝜂 = 0,76 5 . 736
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,9 3 . 220 . 0,9 𝐼𝑁 = = 14,4 𝐴
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,88 3 . 220 . 0,76. 0,88
Fs = 1,15 IP/IN = 6
Alimentadores dos circuitos terminais do CCM

Queda de tensão na extremidade de cada circuito terminal Solução - Exercício - 7


3
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑧 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)
∆𝑉 = 3 . 0,01 . 28. 5,52 . 0,9 + 0,16 . 0,43 = 2,44𝑉
𝐼𝑁 23,32
𝐼𝑝 = = = 23,32 𝐴
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 . 1

𝐼𝑍 ≥ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑝 ≥ 1 . 23,32 ≥ 23,32𝐴

#4𝑚𝑚2 ( 𝐼𝑍 = 28 𝐴 ) 𝑇𝑎𝑏. 1 𝑟 = 5,52 ΩΤ𝐾𝑚


𝑥 = 0,16 ΩΤ𝐾𝑚

∆𝑉 . 100 2,44 . 100


∆𝑉% = = = 1,1%
𝑉 220

2 Queda de tensão no QDLF

∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑧 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)


∆𝑉 = 3 . 0,005 . 110. 0,63 . 0,9 + 0,13 . 0,43 = 0,59 𝑉
𝐼𝑁 (4 . 23,32)
𝐼𝑝 = = = 93,28 𝐴
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 .1
𝐼𝑍 ≥ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑝 ≥ 1 . 93,28 ≥ 93,28𝐴
𝑟 = 0,63 ΩΤ𝐾𝑚
#35𝑚𝑚2 ( 𝐼𝑍 = 110𝐴 ) 𝑇𝑎𝑏. 1 𝑥 = 0,13 ΩΤ𝐾𝑚

∆𝑉 . 100 0,59 . 100


∆𝑉% = = = 0,26%
𝑉 220
5 Circuitos terminais do motores Alimentador do CCM

Queda de tensão em cada motor


4 Queda de tensão no CCM
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑧 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑧 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)
∆𝑉 = 3 . 0,01 . 21. 8,87 . 0,88 + 0,16 . 0,47 = 2,8 𝑉
𝐼𝑁 14,4 ∆𝑉 = 3 . 0,005 . 207. 0,23 . 0,88 + 0,11 . 0,47 = 0,45 𝑉
𝐼𝑝 = = = 14,4 𝐴
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 . 1 𝐼𝑁 10 . 14,4
𝐼𝑝 = = = 180 𝐴
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 . 0,8
𝐼𝑍 ≥ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑝 ≥ 1,15 . 14,4 ≥ 16,56𝐴

𝑟 = 8,87 ΩΤ𝐾𝑚 𝐼𝑍 ≥ ෍ 𝑓𝑠 . 𝐼𝑝 → 𝐼𝑍 ≥ 1,15 . 180 = 207,


#2,5𝑚𝑚2 ( 𝐼𝑍 = 21 𝐴 ) 𝑇𝑎𝑏. 1
𝑥 = 0,16 ΩΤ𝐾𝑚
Τ
∆𝑉 . 100 2,8 . 100 𝑇𝑎𝑏. 1 𝑟 = 0,23 Ω 𝐾𝑚
∆𝑉% = = = 1,27% #95𝑚𝑚2 ( 𝐼𝑍 = 207 𝐴 ) 𝑥 = 0,11 ΩΤ𝐾𝑚
𝑉 220
∆𝑉 . 100 0,45 . 100
∆𝑉% = = = 0,2%
𝑉 220
Queda de tensão na partida de cada circuito motor
∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑃𝐴𝑅𝑇𝐼𝐷𝐴 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)
∆𝑉 = 3 . 0,01 . 86,4. 8,87 . 0,3 + 0,16 . 0,95 = 4,2 𝑉

𝐼𝑃𝐴𝑅𝑇𝐼𝐷𝐴 = 6 . 𝐼𝑁 = 86,4
∆𝑉 . 100 4,2 . 100
∆𝑉% = = = 1,9%
𝑉 220
Alimentador do QDLF
Solução - Exercício - 7

1 Queda de tensão no QDLF

∆𝑉 = 3 . 𝑙 . 𝐼𝑧 . (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝜑)

∆𝑉 = 3 . 0,005 . 314. 0,12 . 0,9 + 0,08 . 0,43 = 0,38𝑉


𝐼𝑁 93,28 + 144 237,28
𝐼𝑝 = = = = 296,6 𝐴
𝐹𝐶𝑇 . 𝐹𝐶𝐴 1 . 0,80 0,80

𝐼𝑍 ≥. 𝐼𝑝 ≥ 296,6 A

𝑟 = 0,12 ΩΤ𝐾𝑚
#185𝑚𝑚2 ( 𝐼𝑍 = 314 𝐴 ) 𝑇𝑎𝑏. 1
𝑥 = 0,08 ΩΤ𝐾𝑚

∆𝑉 . 100 0,38 . 100


∆𝑉% = = = 0,17%
𝑉 220
Projetos Elétricos Industriais

Proteção Contra Sobrecorrentes


Curto-Circuito Simétrico
Método: Impedância a Montante
Módulo 5

Neste módulo, você estudará o equacionamento da corrente


de curto-circuito para o correto dimensionamento dos dispositivos
de proteção contra sobrecorrentes nos circuitos alimentadores
e terminais de forma a garantir o desempenho da instalação
dentro de suas características de segurança funcionais.
Curto-circuito
Curto-circuito é uma conexão entre condutores sob potenciais diferentes. Tal contato pode ser direto
(franco ou através de impedância) ou indireto (através de arco voltaico).

Corrente de curto-circuito é definida como o resultado do curto-circuito.


Corrente
São correntes de valores elevados (entre 10 a 100 vezes a corrente nominal),
de curto-circuito
e duração de frações de segundos.

- Perda da isolação de elemento energizado devido a excessivas sobrecorrentes.


Causas - Descargas disruptivas durante sobretensões.
- Arco elétrico.

- Interrupção da fonte de energia.


Consequências - Destruição de componentes do sistema.
- Incêndios.

O estudo de curtos-circuitos tem por finalidade


possibilitar o dimensionamento dos condutores,
barramentos e dispositivos de proteção quanto
às solicitações dinâmicas e térmicas decorrentes
do curto-circuito, de consequências
extremamente danosas aos sistemas elétricos,
se não forem prontamente eliminados
pelos dispositivos de proteção.
Curto-circuito
Tipos de curtos-circuitos

Curto-circuito Trifásico, sem contato de terra Curto-circuito Bifásico, com contato de terra

𝐾 3𝐹
𝐾 2𝐹+𝑇

Curto-circuito Bifásico, sem contato de terra Curto-circuito Monofásico ou curto para terra

𝐾 2𝐹
𝐾 𝐹+𝑇

Valores médios para a ocorrência dos tipos de defeitos:


• curtos-circuitos trifásicos: 5%;
• curtos-circuitos bifásicos, sem contato de terra: 15%;
• curtos-circuitos bifásicos, com contato de terra: 10%;
• curtos-circuitos monofásicos: 70%.
Equações Para o Cálculo da Corrente de Curto-Circuito Simétrica Método de Impedâncias

r x
Este método de cálculo tende a ser conservativo, ou seja,
a favor da segurança e com um valor de corrente
X1 X3 r x
de curto-circuito (𝑰𝑲 ) superior à realmente atingida.

𝐼𝐾 = 𝑉𝑛 𝑉𝑛
X Circuito =
3 . 𝑍𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 3 . (𝑅𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 + 𝑅𝐶𝐴𝐵𝑂 )2 +(𝑋𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 + 𝑋𝐶𝐴𝐵𝑂 )2
0 equivalente

r x
𝑥 .𝑙
𝑋𝐶𝐴𝐵𝑂 =
X2 𝑁

𝐼𝑐𝑠 = Corrente de curto-circuito simétrica (KA) 𝑋𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 = 𝑍𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 2 − 𝑅𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 2


𝑆𝑁 = Potência nominal do transformador (KVA)
𝑃𝑢 = Perdas no cobre do enrolamento do transformador (W)
𝑍𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 = Impedância total de curto-circuito (mΩ) 𝑟𝐶𝐴𝐵𝑂 . 𝑙 𝑉𝑛 2
𝑅𝐶𝐴𝐵𝑂 = 𝑍𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 = 𝑍% .
𝑍% = Impedância percentual do transformador → 𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎1
𝑁 𝑆𝑁 . 100

𝑍% = Impedância total do transformador (mΩ)


𝑉𝑛 2
𝑅% Resistência percentual do transformador → 𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 1 𝑅𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 = 𝑅% .
𝑆𝑁 . 100
𝑅𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 = Resistência equivalente no secundário do transformador (mΩ)
𝑅𝐶𝐴𝐵𝑂 = Resistência total do cabo alimentador do QGBT (mΩ/m )
𝑟𝐶𝐴𝐵𝑂 = Resistência do cabo alimentador do QGBT (mΩ/m ) → 𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 2
𝑃𝑢
𝑋𝐶𝐴𝐵𝑂 Reatância total do cabo circuito de distribuição (mΩ/m ) 𝑅% =
10 . 𝑆𝑛
𝑟𝐶𝐴𝐵𝑂 = Reatância do cabo circuito de distribuição (mΩ/m ) → 𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 2
𝑁= N° de condutores por fase
Corrente de Curto-Circuito Simétrica Método de
Impedâncias
Corrente de Curto-Circuito Simétrica Método de
Impedâncias Exemplo - 1

𝑆 = 120𝑚𝑚2
150KVA Comprimento de 12m
13,8V - 220/380V r = 0,1868 mΩ
Z% = 3,5 X = 0,1076 mΩ
Pw = 2050
𝑃(𝐾𝑉𝐴) 150𝑋103
𝐼𝑁 = = = 227,9 𝐴
3 . 𝑉𝑁 3 . 380

𝐼𝐾0
𝐼𝑁 227,9 𝐼𝐾1
𝐼𝐾0 = = = 9,47 𝐾𝐴
𝑍 3,5
100 100
𝑉𝑛 𝑉𝑛 380 380
𝑰𝑲𝟏 = = = = = 𝟔, 𝟏𝟐 𝑲𝑨
3 . 𝑍𝐸𝑄 3 . (𝑅𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 + 𝑅𝐶𝐴𝐵𝑂 )2+(𝑋𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 + 𝑋𝐶𝐴𝐵𝑂 )2 3 . (13,5 + 2,24)2 + (30,9 + 1,29)2 3 . 35,83

𝑥 . 𝐿 0,1076 . 12
𝑋𝐶𝐴𝐵𝑂 = = = 1,29𝑚Ω
𝑁 1

𝑋𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 = 𝑍𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 2 − 𝑅𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 2 = (33,7𝑋10−3)2 −(13,5𝑋10−3 )2= 30,9𝑚Ω

𝑉𝑛 2 3802
𝑍 = 𝑍% . = 3,5 . = 33,7mΩ
𝑆𝑁 . 100 150 . 100
𝑟 . 𝐿 0,1868 . 12
𝑅𝐶𝐴𝐵𝑂 = = = 2,24 𝑚Ω
𝑁 1

𝑉𝑛 2 3802
𝑅𝑇𝑅𝐴𝐹𝑂 = 𝑅% . = 1,4 . = 13,5𝑚Ω
𝑆𝑁 . 100 150 . 100

𝑃𝑊 2050
𝑅% = = = 1,4%
10 . 𝑆𝑛 10 . 150
Projetos Elétricos Industriais
Aula 12

Proteção Contra Sobrecorrentes


Curto-Circuito Simétrico
Método: Fator de Potência a Montante
Equações para o Cálculo da Corrente de Curto-Circuito Método: Fator de Potência

Este método de cálculo utiliza valores médios dos transformadores comercializados,


Apresentando valores menores que 10% do método das impedâncias. Como no método das impedâncias
a jusante, este método também é conservativo a favor da segurança.

Corrente de curto-circuito presumida no


T𝒓𝒊𝒇á𝒔𝒊𝒄𝒐𝒔 22
𝐼𝐾 (𝐾𝐴) = secundário do transformador
𝟐𝟐𝟎/𝟑𝟖𝟎𝑽
484 100 . cos 𝜑0 . 𝑙 5 . 𝑙2 P(KA) 127/220 220/380
+ + 2
𝐼𝑐𝑐0 2 𝐼𝑐𝑐0 . 𝑆 𝑆 15 1,2 0,65
30 2,75 1,30
45 3,37 1,95
T𝒓𝒊𝒇á𝒔𝒊𝒄𝒐𝒔 12,7
𝐼𝐾 (𝐾𝐴) = 74 5,62 3,25
𝟏𝟐𝟕/𝟐𝟐𝟎𝑽 112,5 8,44 4,88
162 57 . cos 𝜑0 . 𝑙 5 . 𝑙2
+ + 2 150 11,25 6,51
𝐼𝑐𝑐0 2 𝐼𝑐𝑐0 . 𝑆 𝑆
225 13,12 7,59

B𝒊𝒇á𝒔𝒊𝒄𝒐 12,7
𝐼𝐾 (𝐾𝐴) = Fator de potencia de curto-circuito
𝟐𝟐𝟎𝑽 484 100 . cos 𝜑0 . 𝑙 20 . 𝑙2
+ + 𝐼𝐾0 (KA) 1,5 a 3 3,1 a 4,5 4,6 a 6 6,1 a 10 10,1 a 20 >20
𝐼𝑐𝑐0 2 𝐼𝑐𝑐0 . 𝑆 𝑆2
cos 𝜑0 0, 9 0,8 0,7 0,5 0,3 0,25

𝐼𝑐𝑐 = 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒 𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 𝑘𝐴 ;


𝑙 = comprimento do circuito [m];
𝑆 = Seção nominal dos condutores [mm2]
𝐼𝑐𝑐0 = Corrente de curto-presumida a montante (KA) → Tabela
cos 𝜑0 = fator de potencia de curto-circuito → Tabela
Corrente de Curto-Circuito Simétrica Método fator de potência
Exemplo - 1

𝑆 = 120𝑚𝑚2
Comprimento de 12m

𝑇𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜
150KVA
𝐼𝐾0
220/380 𝐼𝐾1
𝐼𝑐𝑐0 = 6,51 KA
cos 𝜑0 = 0,5

22 22
𝐼𝐾1 = = = 6,29 𝐾𝐴
𝑙2
484 100 . cos 𝜑0 . 𝑙 5 . 484 100 . 0,5 . 12 5 . 122
+ + 2 + +
6,512 6,51 . 120 1202
𝐼𝑐𝑐0 2 𝐼𝑐𝑐0 . 𝑆 𝑆
Corrente de Curto-Circuito Simétrica Método fator de potência
Exemplo - 1

Considerando as características do sistema representado abaixo,


determine a corrente de curto-circuito no QGBT.

P = 150 KVA
V = 380
𝐼𝐾0 = 6,5 KA 𝑆 = 120𝑚𝑚2
cos 𝜑0 = 0,5 Comprimento de 12m
Pw = 2050

22 22
𝐼𝐾1 𝐾𝐴 = = = 5,4 𝐾𝐴
484 100 . cos 𝜑0 . 𝑙 5 . 𝑙2 484 100 . 0,5 . 12 5 . 122
+ +
2+ 𝐼𝑐𝑐 . 𝑆
+ 2
𝑆 6,52 6,5 . 120 1202
𝐼𝑐𝑐0 0
Projetos Elétricos Industriais

Proteção Contra Sobrecorrentes


Dispositivos de Proteção
Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrentes

São dispositivos capazes de interromper correntes em condições anormais


(sobrecorrentes, limitando a ocorrência desta grandeza em módulo e tempo de duração.

A sobrecorrente é definida como sendo qualquer corrente elétrica que flui por um equipamento
com magnitude acima da qual o equipamento foi projetado para funcionar.
As sobrecorrentes podem ser sob a forma de uma sobrecarga ou curto-circuito.

❖ Corrente nominal
Corrente nominal refere-se ao valor eficaz da corrente de regime contínuo que o dispositivo
é capaz de conduzir indefinidamente, sem que a elevação de temperatura de suas diferentes
partes exceda os valores especificados em norma.

❖ Correntes de sobrecarga
As correntes de sobrecarga surgem quando os equipamentos finais requerem inesperadamente
uma corrente superior à corrente nominal prevista. Esse tipo de situação surge, por exemplo,
devido a um acionamento bloqueado. Até mesmo as correntes de partida temporárias
das máquinas são correntes de sobrecarga. Em princípio, sua ocorrência pode ser calculada,
mas elas podem variar em função da carga da máquina no momento de partida.

❖ Correntes de curto-circuito
Os curtos-circuitos podem ocorrer em caso de danos no isolamento entre condutores
que conduzem tensão operacional. Os equipamentos de proteção típicos para a desconexão
de correntes de curto-circuito são fusíveis ou corta-circuitos automáticos com mecanismos
de disparo variados. As correntes de curto-circuito devem ser desconectadas em segurança
no espaço de milissegundos.
Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrentes

Conforme prescrições da NBR 5410, os dispositivos de proteção devem poder interromper


qualquer sobrecorrente inferior ou igual à corrente de curto-circuito presumida
no ponto em que o dispositivo for instalado.

Tais dispositivos podem ser:

a) Disjuntores:
Conforme ABNT NBR IEC 60947-2, ABNT NBR NM 60898 ou IEC 61009-2.1;

b) Fusíveis tipo gG:


Conforme ABNT NBR IEC 60269-1 e ABNT NBR IEC 60269-2 ou ABNT NBR IEC 60269-3;

c) Disjuntores associados a fusíveis:


Conforme ABNT NBR IEC 60947-2 ou ABNT NBR NM 60898.
Disjuntores Termomagnéticos
Disjuntores termomagnéticos são dispositivos de proteção destinados
a interromper correntes de sobrecargas e de curtos-circuitos
sob condições especificadas do circuito.

Um disjuntor é, em regra, não previsto para operações de manobras.

Mecanismos de disparo:
Disparador térmico Disparador magnético
Composto por uma lâmina Composto por uma bobina que reage
bimetálica que reage magneticamente a correntes de
termicamente a correntes curto-circuito pela intensificação de seu
de sobrecarga com um campo magnético. A reação do campo
Disparador retardo temporal. magnético em geral ocorre dentro
magnético de três a 100 milissegundos.
Disparador
térmico

Câmara Contatos < - Disparador térmico


de extinção
de arco < - Disparador magnético
Disjuntores Termomagnéticos Características
nominais
❑ Tensão nominal (Ue)
– Os disjuntores são caracterizados pela tensão nominal de operação, ou tensão nominal
de serviço (Ue) e pela tensão nominal de isolamento (Ui). Nos catálogos dos fabricantes,
frequentemente, indica-se apenas a primeira, chamada simplesmente de tensão nominal
(Un = Ue). Geralmente, Ui é o maior valor admissível de Ue.

❑ Corrente nominal (In)


Corrente que o disjuntor pode suportar em regime ininterrupto, a uma temperatura
de referência especificada. A norma considera 30°C como temperatura ambiente
de referência.

>> Via de regra, os fabricantes de disjuntores termomagnéticos indicam,


além das correntes nominais na temperatura de referência, fatores
a aplicar para temperaturas diferentes das de referência.

❑ Corrente convencional de não atuação (Int)


– A IEC 60947-2 define a corrente convencional de atuação (I2)
e a corrente convencional de não-atuação (Int) em função
da corrente de ajustagem Ir.

❑ Correntes convencional de atuação (I2)


Corrente que assegura efetivamente a atuação do dispositivo de proteção.
Disjuntores Termomagnéticos Zonas de atuação

Zona 1
Zona de atuação do disparador
térmico que reage termicamente
a correntes de sobrecarga com
retardo temporal do bimetálico
(dois metais com diferentes
coeficientes de temperatura).

Zona 2 Zona 3
Zona indeterminada. A atuação do dispositivo Zona de atuação do disparador magnético
pode ocorrer tanto pelo disparador térmico que reage magneticamente a correntes
como pelo disparador magnético. de curto-circuito pela intensificação
de seu campo magnético na presença
de correntes múltiplas de In.
Disjuntores Termomagnéticos

Curvas características de disparo de disjuntores termomagnéticos Ref.

Curva A ou Z Curva B Curva C Curva D


Proteção de circuitos Proteção de circuitos Proteção de circuitos Proteção de circuitos
com semicondutores que alimentam cargas que alimentam especificamente que alimentam altamente
e circuitos de medição com características cargas de natureza indutiva indutivas que apresentam
Predominantemente que apresentam picos elevados picos de corrente
resistivas de corrente no momento no momento de ligação
da ligação
Disjuntores Termomagnéticos

Curvas características de disparo


de disjuntores termomagnéticos
Ref.
Disjuntores Termomagnéticos
Click para ver a
animação
𝑰𝟐
Corrente convencional
de atuação na sobrecarga.
Tempo de
disparo 𝑰𝒏𝒕
2 a 60min Corrente convencional
de não atuação na sobrecarga.

Zona de atuação do disparador


térmico (sobrecarga)

Zona de atuação do disparador


Magnético (curto-circuito

Correntes convencionais de não-atuação (𝐼𝑛𝑡 ), de


atuação (𝐼2 ) e tempo convencional para disjuntores BT

𝐼𝐸𝐶 60898 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜


𝐼𝐸𝐶 60947 − 2
Convencional
𝐼𝑛 (𝐴) de atuação
𝐼𝑛𝑡 𝐼2 𝐼𝑛𝑡 𝐼2 (h)
≤ 63𝐴 1
1,05 1,30 1,13 1,45
> 63𝐴 2

O disjuntor não atua


Múltiplo da corrente
O disjuntor atua nominal
Disjuntores Termomagnéticos
Normalização IEC de disjuntores BT
Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrentes
Fusíveis
São dispositivos destinados à proteção de circuitos elétricos
e que se fundem quando percorridos por uma corrente
de valor superior àquela para a qual foram dimensionados.

Corpo cerâmico
A atuação do fusível é baseada no princípio segundo
Areia de quartzo
o qual a corrente que passa por um condutor Elo fusível
gera calor que é proporcional ao quadrado
da intensidade da corrente.

Quando a corrente excede o valor máximo, o elo se aquece, porém não dissipa
esse calor rapidamente, fazendo com que o elemento extintor (areia de quartzo)
impeça a circulação de corrente.
Arco elétrico
Espoleta indicadora
de queima
Corpo cerâmico (Esteatite):
Possui alta resistência de solicitações dos esforços mecânicos e térmicos que ocorrem
durante as sobrecorrentes. 𝐼𝐶 = Corrente limitada
pelo fusível
Elo fusível: 𝑡𝑠 = Tempo de pré-arco
Elemento que se funde e se rompe dentro do dispositivo. Pode ser feito de chumbo
𝑡𝑙 = Tempo de arco
(Fusão -327,46ºC),estanho (Fusão - 231,93ºC) ou prata (Fusão - 961,78°C).
𝐼𝑃 = Corrente de curto-circuito
presumida
Elemento Extintor de arco elétrico:
Areia de quartzo de alta pureza química. Este material realiza a função de absorver a energia
calorífica produzida pelo arco elétrico, se transforma em pequenos granulados de vidro,
extinguindo o arco voltaico e interrompendo a passagem da corrente elétrica.
Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrentes
Fusíveis
Nomenclatura:

a Limitador de corrente de curto-circuito


Primeira letra minúscula
(Faixa de interrupção)
g Limitador de corrente de sobrecarga e curto-circuito
G Proteção de linha, uso geral
M Proteção de circuitos motores
L Proteção de cabos e uso geral
Segunda letra maiúscula
Tr Proteção de transformadores
(Categoria de utilização)
R Proteção de circuitos com semicondutores Ultrarápidos
S Proteção de semicondutores e linha

gG e gM: proteção contra correntes de sobrecarga e curto circuito;


Exemplo:
aM: utilizados apenas para proteção contra correntes de curto circuito. Assim são indicados para proteção
de circuitos de motores, supondo-se que já se tenha um dispositivo de proteção contra sobrecarga
(relé térmico térmico/bimetálico ou disjuntor térmico);

gR: proteção contra correntes de sobrecarga e curto circuito, ultra rápido aplicado na proteção
de dispositivos eletrônicos;

gS: proteção de dispositivos eletrônicos e de linhas de alimentação, utilizado normalmente nas entradas
das fontes de alimentação.
Dispositivos de Proteção Contra Sobrecorrentes Tipos de fusíveis industriais

Ação Rápida Ação Retardada


Os Fusíveis de Ação Rápida são utilizados onde a corrente Os Fusíveis de Ação Retardada, quando submetidos
do circuito em todos os momentos é inferior ao valor a uma sobrecorrente de curto-circuito. Esse tipo de
da corrente nominal do circuito e qualquer sobrecorrente fusível é recomendado para proteção de circuitos
deve ser interrompida imediatamente, como por exemplo sujeitos a sobrecargas periódicas, como por exemplo
Circuitos eletrônicos e resistivos. circuitos com motores e capacitores

Tensão máxima Capacidade de Corrente Normas de


Dados Tipo de fusível
de trabalho interrupção Nominal conformidade
gerais
Classe aR ultrarrápido
690 VAC 100 KA 20 a 1.000 A IEC 60269-4
tipo HN contato faca

Classe aR ultrarrápido
690 VAC 200 KA 450 a 2.000 A IEC 60269-4
tipo HN flush end (roscável)

Classe gL/gG retardado


500 VAC 120 KA 4 a 630 A IEC 60269-2
tipo NH contato faca

Classe gL/gG retardado


500 VAC 50 KA 2 a 63 A IEC 60269-3
tipo D (Diametral)
Curvas Tempo x Corrente Fusíveis Tipo D – Diametral (gL/gG) - 50 kA / 500 V CA
Curvas Tempo x Corrente Fusíveis NH (gL/gG) – 120 kA / 500 V CA
Dimensionamento da Proteção Contra
Sobrecargas
Conforme prescrições da NBR 5410 item 5.3.4.1, para que a proteção dos condutores
contra sobrecargas fique assegurada, as características de atuação do dispositivo
destinado a provê-los devem ser tais que atendam as seguintes condições:
𝒂) 𝑰𝑷 ≤ 𝑰𝑵 ≤ 𝑰𝒁

𝑰𝒁 = Capacidade de condução de corrente do condutor nas condições previstas


para sua instalação, submetidas aos fatores de correção FCA e FCT.

𝑰𝑵 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒çã𝑜 (𝑑𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑓𝑢𝑠í𝑣𝑒𝑙)

𝑰𝑷 = Corrente de projeto do circuito corrigida → 𝐴 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐼𝐵.

𝐼𝑁
𝑰𝑷 =
𝐹𝐶𝐴 . 𝐹𝐶𝑇

FCT = Fator de Correção de Temperatura.


FCA = Fator de Correção de Agrupamento dos circuitos.
𝒃) 𝑰𝟐 ≤ 𝟏, 𝟒𝟓. 𝑰𝒁

𝟏, 𝟒𝟓 . 𝑰𝒁 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑎𝑡é 𝑜


𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑰𝟐 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑠𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒çã𝑜.

𝟏, 𝟒𝟓 . 𝑰𝑵 ≤ 𝟏, 𝟒𝟓. 𝑰𝒁 → 𝑁𝐵𝑅 𝑁𝑀 60898 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠

𝟏, 𝟑𝟎 . 𝑰𝑵 ≤ 𝟏, 𝟒𝟓. 𝑰𝒁 → 𝑁𝐵𝑅 𝐼𝐸𝐶 60947-2


Resumo
Dimensionamento da Proteção contra correntes de sobrecarga

𝑰𝑷 𝑰𝒁 𝟏, 𝟒𝟓. 𝑰𝒁

𝑰(𝑨)
𝑰𝑵 𝑰𝟐

𝑰𝟐 ≤ 𝟏, 𝟒𝟓. 𝑰𝒁
𝑰𝑷 ≤ 𝑰𝑵 ≤ 𝑰𝒁

𝟏, 𝟒𝟓 . 𝑰𝑵 ≤ 𝟏, 𝟒𝟓. 𝑰𝒁 → 𝑁𝐵𝑅 𝑁𝑀 60898 (Disjuntor)


𝑰𝑵
𝑰𝑷 =
𝑭𝑪𝑨 . 𝑭𝑪𝑻 𝟏, 𝟑𝟎 . 𝑰𝑵 ≤ 𝟏, 𝟒𝟓. 𝑰𝒁 → 𝑁𝐵𝑅 𝐼𝐸𝐶 60947-2 (Disjuntor)
Proteção Contra Sobrecargas
Exemplo

Dimensionar o dispositivo de proteção contra sobrecargas em conformidade as normas:

a) NBR NM 60898

b) NBR IEC 60947-2 C𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 5.3.4.1 – alínea a)

𝑰𝑷 ≤ 𝑰𝑵 ≤ 𝑰𝒁

𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂 𝟑𝟔 𝑵𝑩𝑹 𝟓𝟒𝟏𝟎 → #𝟒𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝑭 = 𝟐𝟖 𝑨)


𝑄𝐷𝐿𝐹
𝑪𝒂𝒕á𝒍𝒐𝒈𝒐 𝒅𝒆 𝒇𝒂𝒃𝒓𝒊𝒄𝒂𝒏𝒕𝒆 → 𝟐𝟓 𝑨
𝑰𝑵 𝟐𝟒
𝑰𝑷 = = = 𝟐𝟒 𝑨
𝑭𝑪𝑻 . 𝑭𝑪𝑨 𝟏 . 𝟏
𝐼𝑁 = 24 𝐴
𝑆 = 4𝑚𝑚2 C𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 5.3.4.1 – alínea b)
𝐵1 𝐸𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑃. 𝑉. 𝐶
𝑫𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓 𝑫𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓
𝐹𝐶𝐴 = 1 𝑵𝑩𝑹 𝑵𝑴 𝟔𝟎𝟖𝟗𝟖 𝑵𝑩𝑹 𝑰𝑬𝑪 𝟔𝟎𝟗𝟒𝟕−2
𝐹𝐶𝑇 = 1 1,45 . 𝐼𝑁 ≤ 1,45. 𝐼𝑍 1,30 . 𝐼𝑁 ≤ 1,45. 𝐼𝑍
1,45 . 25 ≤ 1,45 . 28 1,30 . 25 ≤ 1,45 . 28
36,25 ≤ 40,6 32,5 ≤ 40,6
Carga 𝑪𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒂
𝑪𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒂
Resistiva
𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒅𝒊ç𝒂𝒐
𝐼𝑁 = 16 𝐴
Proteção contra sobrecorrentes de curto-circuito

Conforme prescrições da NBR 5410 item 5.3.5.5.1, a capacidade de interrupção de curto-circuito


do dispositivo de proteção (𝑰𝑹 ) deve ser no mínimo igual à corrente de curto-circuito
𝑰𝑹 ≥ 𝑰𝑲 presumida (calculada) (𝑰𝑲 ) no ponto onde for instalado.

𝑰𝑲 = corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação do dispositivo

𝑰𝑹 = Capacidades de interrupção nominal do disjuntor. Especificada nos catálogos como (𝑰𝑪𝑼 , 𝑰𝑪𝑵 , 𝑰𝒄𝒔 )

Valores padronizados: 1, 3, 4, 5, 6, 10, 15, 20 e 25 kA.

𝑰𝑪𝑼 – Definido pela IEC 60947-2 como capacidade final de interrupção de curto-circuito. Atingido este valor,
não será mais garantido que o disjuntor seja capaz de conduzir sua corrente nominal ou operar normalmente.

𝑰𝑪𝑵 – Definido pela IEC 60898 como capacidade limite de interrupção. Atingido este valor, não será
mais garantido que o disjuntor seja capaz de conduzir sua corrente nominal ou operar normalmente.

𝑰𝒄𝒔 – Definido pela IEC 60898 como capacidade limite de interrupção.

𝑰𝑪𝑺 é expressa nos catálogos dos fabricantes como porcentagem da 𝑰𝑪𝑼 , os valores típicos são
25%, 50%, 75% e 100% da 𝑰𝑪𝑼 .

❖ Embora a norma de instalações não inclua regras envolvendo especificamente a característica 𝑰𝑪𝑺 , é conveniente,
a fim de garantir melhor continuidade de serviço, escolher disjuntores cujo desempenho 𝑰𝑪𝑺 𝑫𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓 seja tal que:
𝑰𝑪𝑺 ≥ 𝑰𝑲

Esta condição irá garantir a continuidade do serviço para no mínimo 3 eventos de curto
circuito, voltando a operar de maneira integra após os ocorridos.
Proteção contra sobrecorrentes de curto-circuito

𝑰𝑪𝑵 →
𝑰𝑪𝑼 →
𝑰𝑪𝑺 →
Proteção contra sobrecorrentes de curto-circuito

Admite-se que um dispositivo de proteção não possua tal capacidade, desde que outro dispositivo de proteção
situado à montante dele tenha tal capacidade e ainda estejam devidamente coordenados, de modo que
a energia que o dispositivo de proteção a montante deixa passar, seja suportada pelo que está a jusante
e pelos condutores por ele protegido.

Para o atendimento dessa condição, é imprescindível que sejam determinadas as correntes de curto-circuito
presumidas (𝑰𝑲 ) em cada quadro de distribuição. Esta informação deve constar do projeto, caso contrário,
pode-se colocar em dúvida a existência da referida proteção.

Nesse particular, cabe alertar para o fato de que quantidade expressiva de instalações tem sido encontrada
sem essa efetiva proteção, por não terem sido feitos os devidos cálculos de curto-circuito presumido
e a especificação correta dos disjuntores.

Proteção Back-up
A proteção back-up permite a utilização de um dispositivo de capacidade
de ruptura inferior à capacidade de curto circuito calculada para o local.
Entretanto, deverá existir uma proteção à montante, na qual, as características
de ambos os dispositivos devam estar devidamente coordenadas, de modo que,
a energia especifica (I²t) que o dispositivo à montante deixa passar,
não seja superior à permitida, preservando o dispositivo colocado
à jusante além dos próprios condutores.
Coordenação entre as integrais de Joule do disjuntor termomagnético e condutor

Conforme prescrição da NBR 5410 item 5.3.5.5.2, a integral de Joule (energia de aquecimento) que o dispositivo
𝑡 2
deixa passar (‫׬‬0 𝐼𝐶𝑆 . 𝑡) deve ser inferior ou igual à integral de Joule necessária para aquecer o condutor (𝐾 2 𝑆 2 )
desde a temperatura máxima para serviço contínuo (𝜃𝑍 ) até a temperatura limite de curto-circuito (𝜃𝐾 ).
𝑡
න 𝑰𝑲 𝟐 . 𝑡 ≤ 𝐾 2 𝑆 2 Como o tempo de atuação do dispositivo, geralmente é inferior a cinco segundos,
0 a equação de coordenação simplifica-se na forma:

Condutor 𝑰𝑲 𝟐 . 𝒕 ≤ 𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 Portanto, o dispositivo deverá atuar num tempo dado por: 𝑻𝒅𝒅 ≤ 𝒕
Dispositivo 𝑇𝑑𝑑 = Tempo de disparo do dispositivo de proteção 𝑲𝟐 . 𝑺𝟐
𝒕 ≤
𝑰𝑲 𝟐
𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 = Integral de Joule (energia) capaz de elevar a temperatura do condutor
desde a temperatura máxima para serviço contínuo θZ até a temperatura de curto-circuito θK
indicado na Tabela. O valor de K é indicado na Tabela 30 da NBR 5410 e S é a seção
do condutor, em mm², adotada pelos critérios da ampacidade e queda de tensão.

K = fator que leva em conta


𝜃𝑍 - Temperatura máxima
a resistividade,o coeficiente
para serviço contínuo
de temperatura e suportabilidade
𝜃𝑠 - Temperatura de sobrecarga
térmica do material condutor,
𝜃𝐾 - Temperatura de curto-circuito bem como as temperaturas
iniciais e finais.
𝑡 𝟐
‫׬‬0 𝑰𝑲 . 𝑡 = Integral de Joule (energia) – Capacidade de interrupção do disjuntor. Isolação PVC = 115
>> Definida pelo fabricante como 𝑰𝟐 . 𝒕 (em ampères quadrados-segundo). Isolação ERP ou XLPE = 135

𝑰𝑲 = Corrente de curto-circuito presumida simétrica, em KA


𝒕 = Tempo de interrupção do curto-circuito, em segundos;
Coordenação entre as integrais de Joule do disjuntor termomagnético e condutor

Curva característica típica Curva característica típica Sobreposição das curvas típica
da Integral de Joule da Integral de Joule das Integrais de Joule
dos condutores dos disjuntores dos condutores e disjuntores
𝑰𝟐 . 𝒕
𝑰𝟐 . 𝒕 𝑰𝑲 𝟐 . 𝒕 ≤ 𝑲𝟐 . 𝑺𝟐
𝑰𝟐 . 𝒕

(𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 )
Integral de Joule
do condutor

𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 𝑲𝟐 . 𝑺𝟐
𝑰𝑲 𝑰𝑲
( 𝑰𝑲 𝟐 . 𝒕 )
𝑰𝒁 𝑰 𝑰𝒏 𝑰𝒎 𝑰𝒄𝒎 Integral de Joule
do disjuntor
𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 = Integral de Joule capaz de elevar
a temperatura do condutor desde θZ até θK Disparo Disparo
térmico magnético 𝑰
𝑰𝒁 = Capacidade de condução de corrente
𝐼𝑎 ≤ 𝐼𝐾
do condutor nas condições de Instalação
𝑰𝒏 = Corrente nominal
𝑰 = Limite da corrente de curto-circuito corrente
𝑰𝒂 = Corrente
de curto-circuito suportada pelo condutor θK 𝑰𝒄𝒏 = Capacidade de interrupção nominal
de atuação

𝑰𝑲 = Corrente de curto-circuito 𝑰𝒎 = Limiar de atuação magnética


Resumo das características dos dispositivos destinados a prover proteção
contra sobrecorrentes de curto-circuito

𝑰𝑲 𝒕

𝑰(𝑲𝑨) 𝒕(𝒔)
𝑰𝑹 𝑻𝒅𝒅

𝑇𝑑𝑑 ≤ 𝑡
𝑰𝑹 ≥ 𝑰𝑲
𝐾2 . 𝑆2
𝑡 ≤
𝑰𝑪𝑵 𝒐𝒖 𝑰𝑪𝑼 𝒐𝒖 𝑰𝑪𝑺 ≥ 𝑰𝑲 𝑰𝑲 𝟐
C𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 5.3.4.1 – alínea a)
Exemplo
𝑰𝑷 ≤ 𝑰𝑵 ≤ 𝑰𝒁 → 𝟑𝟒, 𝟔𝟓 ≤ 𝟑𝟕, 𝟕 ≤ 41
Fabricante: ABB / Linha SH200 T – Curva C
Ref. Norma: 𝑻𝒂𝒃𝒆𝒍𝒂 𝟑𝟔 𝑵𝑩𝑹 𝟓𝟒𝟏𝟎 → #𝟔𝒎𝒎𝟐 (𝑰𝑭 = 𝟒𝟏 𝑨)

a) NBR NM 60898 𝑪𝒂𝒕á𝒍𝒐𝒈𝒐 𝒅𝒆 𝒇𝒂𝒃𝒓𝒊𝒄𝒂𝒏𝒕𝒆 → 𝟒𝟎 𝑨 𝟑𝟎°𝑪 → 𝟑𝟕, 𝟕𝑨 (𝟒𝟎°𝑪 − 𝑪𝒂𝒕á𝒍𝒐𝒈𝒐 𝑨𝑩𝑩)


b) NBR IEC 60947-2 𝑰𝑵 𝟑𝟒, 𝟔𝟓
𝑰𝑷 = = = 𝟑𝟒, 𝟔𝟓 𝑨
𝑭𝑪𝑻 . 𝑭𝑪𝑨 𝟏 .𝟏
C𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 5.3.4.1 – alínea b)

𝑫𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓 𝑫𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓
𝑵𝑩𝑹 𝑵𝑴 𝟔𝟎𝟖𝟗𝟖 𝑵𝑩𝑹 𝑰𝑬𝑪 𝟔𝟎𝟗𝟒𝟕−2
𝑰𝑲 = 𝟐, 𝟓𝑲𝑨
𝐼2 ≤ 1,45. 𝐼𝑍 𝐼2 ≤ 1,30. 𝐼𝑍
40°𝐶 1,45 . 𝐼𝑁 ≤ 1,45. 𝐼𝑍 1,30 . 𝐼𝑁 ≤ 1,45. 𝐼𝑍
1,45 . 37,7 ≤ 1,45 . 41 1,30 . 37,7 ≤ 1,45 . 41
30°𝐶 54,66 ≤ 59,45 49 ≤ 59,45
𝑪𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒂
𝑉𝑁 = 127
𝐼𝑁 = 34,5𝐴 𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒅𝒊ç𝒂𝒐
𝑆 = 6𝑚𝑚2 C𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 5.3.5.5.1
𝐵1 𝑃. 𝑉. 𝐶
𝐹𝐶𝐴 = 1 𝑰𝑪𝑺 ≥ 𝑰𝑲 𝑫𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓
𝐹𝐶𝑇 = 1 𝑵𝑩𝑹 𝟔𝟎𝟖𝟗𝟖 / 𝑵𝑩𝑹 𝟔𝟎𝟗𝟒𝟕−2
𝑰𝑲 = 𝟐, 𝟓𝑲𝑨
𝟔𝑲𝑨 ≥ 𝟐, 𝟓𝑲𝑨
𝑰𝑪𝑺 𝑨𝑩𝑩 = 𝟔𝑲𝑨
𝑪𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒂
Carga
Resistiva
Condição 5.3.5.5.2
𝐼𝑁 = 34,65 𝐴
𝑻𝒅𝒅 ≤ 𝒕
𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 𝟏𝟏𝟓𝟐 . 𝟔𝟐
𝒕 ≤ = = 𝟎, 𝟎𝟕𝟔 𝑫𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓
𝑰𝑲 𝟐 (𝟐, 𝟓𝑿𝟏𝟎𝟑 )𝟐 𝑵𝑩𝑹 𝟔𝟎𝟖𝟗𝟖 / 𝑵𝑩𝑹 𝟔𝟎𝟗𝟒𝟕−2
𝑪𝒐𝒏𝒅𝒊çã𝒐 𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒂
𝐼𝐾 2,5𝐾𝐴
𝑀= = = 63,31
𝐼𝑁 37,7
1, 2 e
3

Referências de temperatura:
▪ 20ºC para curvas K e Z
▪ 30ºC para curvas
características B, C e D.
Fatores de correção da corrente nominal para temperatura diferente de 30°C
Fatores de correção da corrente nominal aplicados a agrupamentos de minidisjuntores
Exemplo

𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
𝑒𝑚 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
1,2 𝑎 60 𝑚𝑖𝑛

𝑻𝒅𝒅 ≤ 𝒕
𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 𝟏𝟏𝟓𝟐 . 𝟔𝟐
𝒕 ≤ = = 𝟎, 𝟎𝟕𝟔
𝑰𝑲 𝟐 (𝟐, 𝟓𝑿𝟏𝟎𝟑 )𝟐

𝟎, 𝟎𝟏 ≤ 𝟎, 𝟎𝟕𝟔

Condição atendida

𝐼𝐾 2,5𝐾𝐴
𝑀= = = 66,3
𝐼𝑁 37,7

𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
𝑒𝑚 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝐼2 ≤ 1,45 . 𝐼𝑍
𝐼2 ≤ 1,45 . 41 𝐼2
𝐼2 ≤ 59,45 𝑀
Exemplo

𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜 3600𝑠


𝑒𝑚 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
300 𝑎 3600𝑠
300𝑠

𝑻𝒅𝒅 ≤ 𝒕
𝑲𝟐 . 𝑺𝟐 𝟏𝟏𝟓𝟐 . 𝟔𝟐
𝒕 ≤ = = 𝟎, 𝟎𝟕𝟔
𝑰𝑲 𝟐 (𝟐, 𝟓𝑿𝟏𝟎𝟑 )𝟐

𝟎, 𝟎𝟎𝟓 ≤ 𝟎, 𝟎𝟕𝟔

Condição atendida

𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
𝑒𝑚 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝐼2 ≤ 1,45 . 𝐼𝑍
𝐼𝐾 2,5𝐾𝐴
𝑀 𝑀= = = 66,3
𝐼𝑁 37,7
𝐼 𝐼
Projetos Elétricos Industriais

Circuitos de Força Motriz


Dimensionamento de Dispositivos
de Proteção e Acionamento
de Motores de Indução
Circuitos de Força Motriz Limitações de potências em sistemas de partida direta
de motores de indução trifásicos

t
a) Instalações servidas por redes públicas em baixa tensão

• Limitada a potências 5 CV (cerca de 3,7 kW)


1 a 10 s
𝑡𝑎

b) Instalações alimentadas por rede pública de alta tensão

• Não existe limitação de potência. Via de regra, para


motores com potências acima da faixa de 7,5 CV a 10 20 a 30 ms
𝑡𝑠
CV (5,5 kW a 7,5 kW), a partida é realizada por I
métodos que reduzem a corrente de partida e, 𝐼𝑁 𝐼𝑎 𝐼𝑃

consequentemente, as perturbações, tais como chave Curva típicas tempo-corrente de partida do motor

estrela-triângulo, chave compensadora ou dispositivos 𝐼𝑁 = corrente nominal do motor

eletrônicos (soft-starter). 𝐼𝑃 = corrente de partida: 8 𝑎 12 𝑋 𝐼𝑁

𝐼𝑎 = corrente de transição: 5 𝑎 8 𝑋 𝐼𝑁
𝑡𝑠 = tempo da fase de transição: 20 a 30 ms

𝑡𝑎 = tempo de start-up: 1 a 10 s
Circuitos de Força Motriz
Critérios de dimensionamento
(Regime de operação S1)

Critério da capacidade de condução de corrente


(NBR 5410 item 6.5.1.3.1)

𝑰𝑷 . 𝒇𝒔 ≥ 𝑰𝑵

𝐼𝑁 = corrente nominal do motor

𝑓𝑠 = fator de serviço do motor

𝐼𝑃 = corrente de projeto nas condições de utilização

Critério da queda de tensão em regime permanente


(NBR 5410 item 6.5.1.3.2)

Conforme conceitos tratados no módulo 4 (Queda de tensão)


Circuitos de Força Motriz
Circuitos de potência típicos de motores elétricos

Alimentação
Função

Circuito de Potência Proteção contra sobrecorrentes

Dispositivo empregados
Seccionamento 1 Função
A B C D

Proteção contra Seccionador


curto-circuito 2 Seccionamento 1 Seccionador Disjuntor-
Opcional motor com
Seccionador-fusível proteção Disjuntor
Comando contra termomagnético
3 Proteção contra Fusível
funcional
curto-circuito 2 gM ou aM
Disjuntor magnético sobrecarga e
curto-circuito
Proteção contra
Proteção contra
sobrecarga 3 Relé térmico Relé térmico
sobrecarga 4
Comando Sistema de Sistema de
funcional 4 partida
Sistema de partida
partida
Sistema de partida

Motor
Circuitos de Força Motriz Proteção Contra sobrecorrentes
Curvas características tempo-corrente

Corrente de partida
do motor
t Relé térmico

Solicitação térmica
admissível dos condutores

1 a 10 s

Curva do disjuntor (limite superior


da faixa de disparo instantâneo)

20 a 30 ms
I
𝐼𝑁 "
𝐼𝑃 𝐼

Características tempo-corrente relativas às proteções contra sobrecorrentes


circuitos de terminais de motor
Circuitos de Força Motriz - Dimensionamento dos Dispositivos Sistema de Partida Direta
por contatores
3 Comando funcional ≫ K1 - Contator
Função 𝐾1 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 . (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠) Condição
𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾

1 𝑓𝑠= fator de serviço


𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor
𝐼𝑁𝐾 = Corrente nominal do contator K1

4 Proteção contra sobrecarga ≫ RT1 - Relé térmico


F1,F2,F2 2
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠 Condição
𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑅𝑇
𝑓𝑠 = fator de serviço
3 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
K1 𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor 𝐼𝑃
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = Corrente de ajuste do relé térmico 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸
RT1 4
2 Proteção contra curto-circuito ≫ F1,F2,F3
𝐼𝑃 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾
𝐼𝑁𝐹 → (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠) .
𝐼𝑁 Condições 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑅𝑇

𝐼𝑃
𝐼𝑁
= corrente de partida

𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor


𝐼𝑁𝐹 = corrente nominal do fusível para um tempo de partida (𝑡𝑃 ) especificado
(escolhido com base nas curvas característica do fusível)
Circuitos de Força Motriz - Dimensionamento dos Dispositivos Sistema de Partida Direta
Exemplo
por contatores
2 Proteção contra curto-circuito ≫ F1,F2,F3
Função
𝐼𝑃 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾
𝐼𝑁𝐹 → (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠) . (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 5𝑠𝑒𝑔. ) Condições
𝐼𝑁
1
𝐼𝑁𝐹 → 4,7 . 1,15 7,4

𝐼𝑁𝐹 → 40

F1,F2,F3 Fusível selecionado na curva característica:


2 DIAZED para Ip = 34,78 e t= 5 seg >>16 A de Ação retardada)

𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾
3 Comando funcional ≫ K1 - Contator
3
K1
𝐾1 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 . (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)
𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 Atendida
RT1 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 . (4,7 . 1,15)
4
𝐼𝑁𝐾 ≥ 6,21 Tabela de seleção >>> CWC016 (16 A)

𝑉 = 380
𝑃 = 3 𝐶𝑉 4 Proteção contra sobrecarga ≫ RT1 - Relé térmico 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑅𝑇
IN = 4,7𝐴 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
Fs = 1,15
𝐼𝑃 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 4,7. 1,15 𝐼𝑃 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 Atendida
= 7,4 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸
𝐼𝑁 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 7,05
tp = 5 seg.
Tabela de seleção >>> RW17-1D (Ajuste 7...10 A – IN = 16 A)
Tabela de seleção contatores WEG série CW

𝑁ã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 A𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜


𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑅𝑇 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾
Tabela de seleção contatores WEG série CW

𝑁ã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 A𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜


𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑅𝑇 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝐾
Curvas Tempo x Corrente Fusíveis Tipo D – Diametral (gL/gG) - 50 kA / 500 V CA

𝑡𝑝 = 15𝑠
𝑡𝑝 = 5𝑠

𝐼𝑁𝐹 → 40

Atuação entre 5 a 15 segundos


Curva Característica de Disparo Relé térmico RW17

Relé térmico
Modelo RW17

5,5 𝑠

𝐼𝑃 40
= = 5,68
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 7,05
Sistema de Partida Direta Por Disjuntor-
Motor
2 3 4 Q1 – Disjuntor-Motor com proteção contra sobrecarga e curto-circuito
𝑄1 → 𝐼𝑁𝐷𝑀 ≥ 1,15 . (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)
Função
𝑓𝑠= fator de serviço
𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor
1
𝐼𝑁𝐷𝑀 = Corrente nominal do disjuntor-motor

4 Ajuste do Relé de proteção contra sobrecarga


𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 1,15 . (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠) 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
𝐼𝑃
Q1 3 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸
𝑓𝑠 = Fator de serviço
2
𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor
I>
4 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = Corrente de ajuste do relé térmico

Trifásica Bifásica Monofásica


Circuitos de Força Motriz - Dimensionamento dos Dispositivos
Exemplo

Sistema de Partida Direta

Disjuntor Motor-Motor com proteção termomagnética

Função
2 3 4 C𝐨𝐦𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 ≫ Q1
1 𝑄1 𝑇 > 40°𝐶 → 𝐼𝑁𝐷𝑀 ≥ 1,25 . (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)
𝐼𝑁𝐷𝑀 ≥ 1,25 . (4,7 . 1,15)
𝐼𝑁𝐷𝑀 ≥ 6,76
2 3 4 Tabela de seleção
Disjuntor-Motor MPW18-3-U019 (10 A)
Q1
Modelo MPW18
4 Ajuste do Relé de proteção contra sobrecarga
45°C
𝑇 > 40°𝐶 → 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 1,25 . 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 1,25 . 4,7 . 1,15
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 6,76
𝑉 = 380
𝑃 = 3 𝐶𝑉 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
IN = 4,7𝐴 Tabela de seleção 𝐼𝑃 34,78
Fs = 1,15 MPW18-3-U019 (10 A) = = 5,15
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 6,76
𝐼𝑃 Faixa de ajuste 6,3 ... 10 A
= 7,4
𝐼𝑁
tp = 5 seg. 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜 = 6 𝑠𝑒𝑔 ≫ 𝑉𝑒𝑟 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜.
Tabela de seleção – Disjuntor-Motor série MPW18

𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 6,76

Disjuntor-Motor
Modelo MPW18
Curva característica de atuação – Disjuntor-Motor série MPW18

Disjuntor-Motor
Modelo MPW18 6𝑠

𝐼𝑃 34,78
= = 5,15
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 6,76
Curvas características integral de Joule (𝑰𝟐 𝒕) Disjuntor-Motor série MPW18

Disjuntor-Motor
Modelo MPW18
Circuitos de Força Motriz - Dimensionamento dos Dispositivos Sistema de Partida
Indireta Estrela-Triângulo

3 Comando funcional ≫ K1 e K2 - Contator


Função
𝐾1 𝑒 𝐾2 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 (0,58 . 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)

1 𝑓𝑠= fator de serviço


𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor
Partida indireta Y - ∆
𝐼𝑁𝐾1,2 = Corrente nominal do contator
𝐾3 → 𝐼𝑁𝐾3 ≥ 1,15 (0,33 . 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)
2 4 Proteção contra sobrecarga ≫ RT1 - Relé térmico
𝐼𝐿
F1,F2,F
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 0,58 . (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠) 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
3
𝐼𝑃
3 𝑓𝑠 = fator de serviço 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸
𝐼𝐾1 𝐼𝐾2 𝐼𝐾3
K1 K1 K1 𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor

4 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = Corrente de ajuste do relé térmico


RT1
2 Proteção contra curto-circuito ≫ F1,F2,F3
𝐼𝑃
𝐼𝑁𝐹 → (0,33 . 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠) . 𝐼𝑁𝐹 ≤ 1,20 . 𝐼𝑁
𝐼𝑁
Condições 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑘1,2
𝐼𝑃 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑅𝑇
𝐼𝑁
= corrente de partida
M
𝐼𝑁𝑀 = Corrente nominal do motor

𝐼𝑁𝐹 = corrente nominal do fusível para um tempo de partida (𝑡𝑃 ) especificado


(escolhido com base nas curvas característica do fusível)
Sistema de Partida Indireta Estrela-Triângulo
Exemplo
3 Comando funcional ≫ K1 e K2 - Contator
𝐾1 𝑒 𝐾2 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 (0,58 . 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)
Função
𝐾1 𝑒 𝐾2 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 (0,58 . 14,9 . 1,15)

1 𝐾1 𝑒 𝐾2 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 11,43 ≫ 𝐶𝑊𝐶016 (𝐼𝑁 = 16 𝐴)

Partida indireta Y - ∆ 𝐾3 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 (0,33 . 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)


𝐾3 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 1,15 (0,33 . 14,9 . 1,15)
𝐾3 → 𝐼𝑁𝐾 ≥ 6,5 ≫ 𝐶𝑊𝐶09 (IN = 9 A)

𝐼𝐿 4 Proteção contra sobrecarga ≫ RT1 - Relé térmico


F1,F2,F 2
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 0,58 . (𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠)
3 𝐶𝑢𝑟𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 0,58 . (14,9 . 1,15) 𝐼
(0,33 . 𝐼𝑁) . 𝑃 0,33 . 14,9 . 7,9
𝐼𝐾1 𝐼𝐾2 𝐼𝐾3 3 𝐼𝑁
K1 K1 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 = 9,94 = = 3,9
K1 𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 9,94

RT1 2 Proteção contra curto-circuito ≫ F1,F2,F3


4 𝐼𝑃
𝐼𝑁𝐹 → 0,33 . 𝐼𝑁𝑀 . 𝑓𝑠 . (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 12𝑠𝑒𝑔. )
𝐼𝑁
𝐼𝑁𝐹 → (0,33 . 14,9 . 1,15) . 7,9
𝐼𝑁𝐹 → 44,67 𝐼𝑁𝐹 ≤ 1,20 . 𝐼𝑁 → 𝐼𝑁𝐹 ≤ 1,20 . 14,9
𝑉 = 380
𝑃 = 10 𝐶𝑉 Condições 𝐼𝑁𝐹 ≤ 17,88
M IN = 14,9𝐴 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑘1,2 → 𝐼𝑁𝐹 ≤ 16 A
Fs = 1,15
𝐼𝑃 Fusível selecionado na curva característica:
= 7,9 Para Ip = 44,67 e t= 12 seg >> DIAZED >> 20 A / 50 KA 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 Atendida
𝐼𝑁
tp = 12 seg. NH >> 20 A / 120 KA
Tabela de seleção contatores WEG série CW

A𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜
𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 A𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜
𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑘3
𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑅𝑇 𝐼𝑁𝐹 ≤ 𝐼𝑁𝑘1,2
Curvas Tempo x Corrente Fusíveis NH (gL/gG) – 120 kA / 500 V CA

𝑡𝑝 = 12𝑠

𝐼𝑁𝐹 → 44,67
Curvas Tempo x Corrente Fusíveis Tipo D – Diametral (gL/gG) - 50 kA / 500 V CA

𝑡𝑝 = 12𝑠

𝐼𝑁𝐹 → 44,67
Curva Característica de Disparo Relé térmico RW17

Relé térmico
Modelo RW17

12 𝑠

𝐼𝑃
(0,33 . 𝐼𝑁) . 0,33 . 14,9 . 7,9
𝐼𝑁
= = 3,9
𝐼𝐴𝐽𝑈𝑆𝑇𝐸 9,94
Projetos Elétricos
Industriais
Luminotécnica
Projeto de Iluminação Industrial

Um projeto de iluminação industrial objetiva proporcionar melhor


produtividade com a redução dos custos operacionais, além de aumentar a
segurança dos colaboradores.

Um projeto de iluminação industrial requer


um estudo apurado para indicar a solução mais
conveniente em função das atividades
desenvolvidas, da arquitetura do prédio, do
risco de explosão e de outros detalhes
peculiares a cada ambiente.

Afim de proporcionar custos operacionais mais baixos do ponto de vista energético, estão
presentes a escolha do conjunto lâmpadas e luminárias, a definição de sua altura de
fixação, os automatismos de comando (sensores de presença, temporizadores e sensores de
iluminação), a distribuição dos circuitos elétricos, o aproveitamento da iluminação natural
e a localização dos interruptores para atender às necessidades de iluminação do local e de
seus usuários.
Projeto de Iluminação Industrial

Recomendações a serem consideradas durante a fase de projeto,


objetivando a eficiência energética

• Aproveitar a iluminação natural, que além de mais saudável é sustentável (reduz o consumo de
energia elétrica). Em galpões industriais, centros de distribuição e até mesmo em áreas de produção,
é possível utilizar sistemas de iluminação natural prismático, que durante o dia permitem manter a
iluminação artificial total ou parcialmente desligada sem comprometer as atividades do local e
atendendo aos níveis de iluminação normativos.

• Distribuir os circuitos de alimentação das luminárias para facilitar os desligamentos parciais conforme
a iluminação natural existente.

• Analisar a possibilidade de instalar um sistema de automação/controle da dimerização de luminárias


LED.

• Projetar uma iluminação ambiente específica para a circulação das pessoas, movimentação de
materiais e locais com as máquinas para proporcionar adequados níveis de iluminação para os seus
operadores.
Definições Técnicas
LUZ
Radiação eletromagnética capaz de produzir sensação visual. Quando atinge uma
superfície, pode ser absorvida, refletida ou transmitida.

A luz está composta de partículas (fótons)


que se movimento em forma de ondas.
Definições Técnicas

Espectro visível

A luz visível é uma faixa do espectro da onda eletromagnética, entre o vermelho


(𝛾 da ordem de 0,7 𝜇𝑚) e o violeta (𝛾 da ordem de 0,4 𝜇𝑚)
Definições Técnicas

Fluxo luminoso [Ф]


É o fluxo luminoso, dado em lúmen (lm), emitido no interior de um ângulo sólido de 1
esferorradiano (sr), por uma fonte pontual de intensidade igual a 1 candela, em todas as direções

Refletor seletivo

O fluxo luminoso também pode ser descrito como a quantidade


de luz (radiação luminosa) emitida por uma fonte de luz para
uma determinada direção. É medido em Lumens - (lm)
Definições Técnicas

Iluminância ou nível de iluminamento


Iluminância, também conhecida como nível de iluminamento, é a
quantidade de luz que incide (iluminando e espalhando) sobre uma
determinada área de superfície.
E = Iluminância, em lux (lx)
ф ф = Fluxo luminoso
𝐸= A = Área projetada, em m²
𝐴

A iluminância é designada pelo símbolo E. Sua unidade de medida é o lux (lx). LUX é igual a 1 lúmen
distribuído uniformemente em uma área de 1 m² de uma fonte uniforme a 1m de distância .

O nível de iluminamento indicado para um dado ambiente é obtido a partir de tabelas,


na norma NBR ISSO 8995 – 1. De acordo com a finalidade de sua utilização.

A iluminância é medida por aparelho denominado luxímetro. Um


lux é igual a um lúmen por metro quadrado (lm / m²).
Definições Técnicas
Luminância
A luminância descreve a medição da quantidade de emissão de luz que
passa através ou é refletida a partir de uma superfície em particular em
um certo ângulo.

Em termos técnicos, luminância é a quantidade de luz, dada em


cd/m², emitida por uma fonte de área emissiva igual a 1 m², em uma
determinada direção, com intensidade luminosa de 1 candela (nessa
mesma direção)

L = Luminância, em cd/m²
𝐼 I = Intensidade Luminosa,em cd
𝐿= A = Área projetada, em m²
𝐴 . cos 𝛼
α = Ângulo considerado, em graus

Quando observamos uma superfície que está sendo iluminada, a intensidade luminosa que a
superfície reflete se divide em várias áreas visíveis para os olhos, este é o fenômeno da
luminância.
É a luminância que produz a sensação de claridade. Ela também indica o quanto de energia
luminosa pode ser percebida pelo olho humano
Definições Técnicas

INTENSIDADE LUMINOSA
quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa para determinada direção.
A intensidade luminosa é a concentração de luz específica na mesma direção e
é medida em cada segundo.

WATTS
Watt é a unidade de medida que mensura o consumo de energia de uma fonte de luz.
A relação entre Lumen e Watt está proporcionalmente ligado a eficiência energética de uma
fonte de luz, ou seja, para que se tenha um bom desempenho energético, é preciso que o
produto emita um alto nível de fluxo luminoso (lumens), com um baixo consumo de energia
elétrica (watts).
Definições Técnicas

Eficiência luminosa

É a relação entre o fluxo luminoso (lumens) emitido por uma fonte luminosa e a potência
elétrica consumida pela mesma.
𝜂 = Eficiência luminosa (lm/W)
ф
𝜂= Ф = Fluxo luminoso (lm)
𝑃
𝑃 = Potência (W)
Definições Técnicas
Curva Fotométrica ou curva de distribuição de intensidades luminosas
São curvas usadas para expressar a forma que uma fonte de luz ou luminária projeta o fluxo
luminoso no espaço, as direções e as intensidades
Seu objetivo é fazer o registro da distribuição luminosa das luminárias para avaliar a classificação da
luminária e seu grau de ofuscamento, especificando o produto ideal de acordo com o ambiente.

Intensidade
candelas(cd)

Direção
graus(º)

Em um ambiente fabril é necessária a avaliação das características do mesmo para a correta


escolha das luminárias, como por exemplo, em ambientes com pé direito muito alto como galpões,
a curva de distribuição deve ser a mais concentrada possível para que o sistema seja eficaz.
Definições Técnicas
Exemplos de curvas fotométricas
Definições Técnicas

Tipos de luminárias
Definições Técnicas

Iluminância

Luminância

Fluxo luminoso (lm)


Definições Técnicas

Índice de Reprodução de Cores (IRC)


O IRC (Índice de Reprodução de Cor), consiste na relação entre a cor real de um objeto ou
superfície diante de uma fonte luminosa. O índice varia numa escala de 0 a 100, utilizada para
medir a fidelidade de cor que a iluminação reproduz nos objetos.
Definições Técnicas

Temperatura da cor
Consiste na região do espectro visível em que se concentra a luz gerada por uma determinada fonte de luz
A temperatura de cor nada mais é do que a tonalidade de cor que a iluminação apresenta. Normalmente
ela está dividida em três grupos: luz quente, luz neutra e luz fria. A temperatura de cor é medida em
Kelvin. Quanto maior o número de K, mais branca será a luminosidade, e o inverso também ocorre:
quanto menor o número de K, mais amarelada será a iluminação

Branco quente Branco neutro Branco Frio


2700 – 3500K 4000 – 3400K 5700 – 6500K
Definições Técnicas

Luz Quente
A luz quente é aquela iluminação que emite cor amarelada
(como as lâmpadas incandescente antigas), conhecida também
como luz quente, está associada a escala média de 3.000ª· K;.
Esse tom de luminosidade traz a sensação de relaxamento e
aconchego ao ambiente.

Luz Fria
A luz fria é a iluminação com tonalidade azulada/violeta esta
associada a escala que compreendem a frequência acima de
6.000ª· K.
Esse tom de cor traz às pessoas a sensação de alerta, agitação e
atenção. É utilizado principalmente em escritórios, cozinhas e outros
pontos de trabalho, onde a atenção precisa ser despertada.

Luz Neutra
Também chamada de "luz do dia" ou "branco neutro" encontra-se
acima de 3.000ª· K e menor que 6.000ª· K (lembro que o sol do
meio dia em céu aberto podemos chegar a temperatura média de
5.800ª· K, por isso chamamos de "luz do dia");
Ideal para ambientes amplos, onde temos um local de trabalho e
sala conjugados, por exemplo.
Projeto de Iluminação
Método dos Lumens ou Fluxo Luminoso

O método dos lumens consiste em determinar a quantidade de fluxo luminoso


total necessário para iluminar um determinado ambiente, com base a norma NBR
ISSO 8995-1, nas características de geometria e acabamento do ambiente e nas
características das lâmpadas e luminárias utilizadas no projeto.

Procedimentos de projeto:

1. Determinar o fluxo luminoso

ф = Fluxo luminoso (lm)


𝑬∗𝑨 E = Nível de Iluminância (lx) -> Tabela1
ф= A = Área do recinto (m²)
𝑪𝒖 ∗ 𝑭𝒅 Cu = Coeficiente de utilização -> Tabela 2
Fd = Fator de manutenção -> Tabela 4

2. Selecionar a iluminância

A seleção é feita a partir da atividade a ser exercida dentro do ambiente. (Tabela 1)


Projeto de Iluminação
Tabela 1
Nível de iluminância mantida para algumas atividades
Projeto de Iluminação
Tabela 1 (Continuação)
Nível de iluminância mantida para algumas atividades
Projeto de Iluminação

Tabela 1 (Continuação)
Nível de iluminância mantida para algumas atividades
Projeto de Iluminação

2 – Escolha das luminárias e lâmpadas


A escolha da luminária é feita por consulta a catálogos dos fabricantes.
Exemplo: Tabela 2

3 – Determinar o índice do local


O índice do local relaciona as dimensões do ambiente, comprimento, largura e altura de
montagem de iluminação (direta, semidireta, indireta ou semi-indireta) e é dado por:

K = índice de reflexão do local


𝑪. 𝒍 C = Comprimento do local (m);
𝑲= L = largura do local (m);
𝒉𝒎 (𝑪 + 𝑙) ℎ𝑚 = altura de montagem da luminária, que pode ser a distância
da fonte de luz ao plano de trabalho ou distância do teto ao
plano de trabalho (m).
Projeto de Iluminação Industrial

Tabela 2 – Exemplo de luminária (Catálogo da Philips)


Projeto de Iluminação

4- Determinar a Refletância do Ambiente:


A refletância é um índice obtido através das características de acabamento das partes internas
do ambiente, parede, teto e piso, a partir do índices indicados na Tabela 3.

Tabela 3
Índice de reflexão típica
Projeto de Iluminação

5 – Selecionar o coeficiente de utilização


A seleção do coeficiente de utilização é feito em tabelas de fabricantes, como mostra o exemplo
a seguir.

❖ O coeficiente de utilização relaciona o fluxo luminoso inicial emitido pela luminária (fluxo
total) e o fluxo recebido no plano de trabalho (fluxo útil).
Projeto de Iluminação

6 - Selecionar o fator de manutenção ou de depreciação (Cu)


A seleção do fator de manutenção é feita em tabelas fornecidas pelos fabricantes da própria
luminária. Como exemplo utilizaremos os valores indicados nas Tabelas 4 e 5.

❖ O fator de manutenção prevê a perda de eficiência de iluminação da lâmpada / Luminária ao


longo do tempo de sua vida útil. Este fator depende das características das lâmpadas e
luminárias utilizadas, das características do ambiente onde se encontram instaladas e do período
de tempo do intervalo de manutenção. Finalmente, com estas características obtém-se os
valores de FD em tabelas.

❖ A norma NBR ISSO 8995-1 traz no anexo D a explicação de como obter e tabelas que trazem
valores de fatores de manutenção.
Projeto de Iluminação

Tabela 4
Exemplos de fatores de manutenção para sistemas de iluminação de interiores com
lâmpadas fluorescentes
Projeto de Iluminação

Tabela 5
Exemplos de fatores de manutenção para sistemas de iluminação de interiores com
lâmpadas de vapor metálico
Projeto de Iluminação

7 – Selecionar o espaçamento entre luminárias em função da altura de montagem


O espaçamento máximo entre luminárias, que depende da abertura do feixe luminoso (direto,
semidireto, semi-indireto, difuso ou indireto) e está relacionado a altura de montagem,
conforme indicado na Tabela 6.
Tabela 6
Espaçamento das luminárias entre si com relação às alturas de montagem
Projeto de Iluminação

8 – Determinar o número de luminárias


O número necessário de luminárias é obtido em função do fluxo total e do fluxo da luminária
escolhida, pela expressão:

ф N = Número de luminária
𝑁= Ф = Fluxo total em lm
ф𝐿 фL = Fluxo de uma luminária em lm

9- Determinar a distribuição geométrica das luminárias através dos valores obtidos pelas
seguintes expressões:

𝐶 𝐿
𝐴= 𝐵=
𝑁𝐶 𝑁𝐿

A = Distância entre luminárias no comprimento


C = Comprimento do ambiente
𝑁𝐶 = Número de luminárias na direção do comprimento
B = Distância entre luminárias na largura
L = Largura do ambiente
𝑁𝐿 = Número de luminárias na direção da largura
Projeto de Iluminação Industrial
Projetar um sistema de iluminação para um galpão de marcenaria de
Considere: Exemplo
Dimensões:
10,50 × 42 metros, pé-direito 4,60 m.
Atividade desenvolvida:
Polimento e pintura de móveis, operação esta
realizada em mesas de 1,0 m.
Tipo de iluminação:
Semidireta com luminárias montadas a 0,80m do
teto
Tipo de luminária/lâmpada:
Fluorescentes TMS 500, com 4 lâmpadas de 32
watts — 127 volts
Projeto de Iluminação Industrial

1. Seleção da iluminância:
Tomando por base a informação sobre o ambiente de trabalho e a tabela abaixo, a
Exemplo
iluminância mantida (Em), neste caso, é de 750 lux.

Tabela 1 – Nível de iluminância mantida para algumas atividades


Projeto de Iluminação Industrial
2. Escolha das luminárias e lâmpadas
A partir do catálogo (Tabela 2), a luminária escolhida foi: industrial, com 4 lâmpadas de 32 watts
(TMS 500 c/RA 500 – K).

3. Determinação do índice de reflexão do local


Dados do projeto:
Altura da superfície de trabalho = 1m;
Pé direito de 4,6m;
Altura de montagem da luminária = 0,80m do teto

𝐶. 𝑙
𝐾= =
ℎ𝑚 (𝐶 + 𝑙)
Luminotécnica

Passo 4: Determinação da refletância


Como trata-se de uma marcenaria, podemos considerar o teto branco e as paredes e o pisos escuros, logo
o índice de refletância, conforme indicado na Tabela 3, será:

Tabela 3 – Índice de reflexão típica

1 -> Piso de superfície escura


3 -> Parede de superfície média

7 -> Teto de superfície branca

Logo, a refletância do ambiente será 731.


Luminotécnica

5 – Selecionar na tabela do fabricante o coeficiente de utilização a partir o índice do local e a


refletância, o fator de utilização
Para a luminária a ser empregada no projeto, o coeficiente de utilização será de 0,78.
Luminotécnica

6 - Seleção do fator de manutenção


Consideraremos a carga de poluição ambiente normal e luminárias fluorescentes com pequena
tendência de coleta de poeira, o fator será de 0,67, conforme indicado na Tabela 4.

Tabela 4
Exemplos de fatores de manutenção para sistemas de iluminação de interiores com
lâmpadas fluorescentes
Luminotécnica

7 - Cálculo do fluxo luminosos total

𝑬∗𝑨
ф= =
𝑪𝒖 ∗ 𝑭𝒅

ф = Fluxo luminoso (lm)


E = Nível de Iluminância (lx) -> Tabela1
A = Área do recinto (m²)
Cu = Coeficiente de utilização -> Tabela 2
d = Fator de manutenção -> Tabela 4
Luminotécnica

8 – Determinação do espaçamento entre luminárias

𝑒𝑀á𝑥 = 0,9 . ℎ𝑚 = 0,9 . 3,8 = 3,42𝑚

ℎ𝑚 = altura de montagem da luminária, que pode ser a distância da


fonte de luz ao plano de trabalho ou distância do teto ao plano de
trabalho (m).
Tabela 6- Espaçamento máximo entre luminárias
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 6

𝑒𝑀á𝑥 = Espaçamento máximo entre luminárias


Projeto de Iluminação

9 – Determinação do número de luminárias


N = Número de luminária
ф Ф = Fluxo total em lm
𝑁= = фL = Fluxo de uma luminária em lm
ф𝐿

фL = 4 lâmpadas de 32W = 4 . 2.950 = 11.800 lm


Projeto de Iluminação

10 - Distribuição geométrica das luminárias

A disposição resultante -> 14 fileiras de 4, totalizando 56 luminárias.


Sérgio Andolfo
Especialista Técnico em Educação Profissional
DITEP / Divisão Técnica de Educação Profissional e Certificação
GGE / Gerência de Educação Profissional
Projetos Elétricos
Industriais
Fator de Potência
Conceitos de cobrança de
excedentes reativos
Fator de Potência

O fator de potência é um indicador da eficiência com a qual a energia


fornecida está sendo usada pelo consumidor, especificamente do Grupo A.

Este indicador é verificado pelas concessionárias de energia por


meio de medição permanente do excedente de energia reativa
(indutiva ou capacitiva) e faturado na conta de energia para
valores inferiores a 0,92. Quanto mais próximo de um, maior a
eficiência e rendimento do sistema.

Excedentes de energia reativa podem representar


até 20% dos valor da fatura.

Clique nas tarifas e veja como são feitas as cobrança de


excedentes reativos (multas)

TARIFA AZUL TARIFA VERDE TARIFA CONVENCIONAL


Fator de Potência

TARIFA AZUL TARIFA VERDE TARIFA CONVENCIONAL

Multa
+/- 20,69%
Fator de Potência

TARIFA AZUL TARIFA VERDE TARIFA CONVENCIONAL

Multa
+/- 8,47%
Fator de Potência

TARIFA AZUL TARIFA VERDE TARIFA CONVENCIONAL

Multa
+/- 15,83
Avaliação de Excedentes Reativos do Grupo A

A tarifa de cobrança de excedentes de energia reativa é aplicada aos consumidores do


Grupos A tem seu modelo desenvolvido a partir do valor do fator de potência registrado a
cada hora do dia nos diversos períodos (ponta, fora de ponta indutivo e capacitivo) durante
os dias úteis e finais de semana.

De uma forma geral, caso o fator de potência média aferido a cada hora for inferior
a 92% nos períodos de fora de ponta e de ponta, o consumidor irá pagar uma taxa de
excedente de energia reativa calculada em função da relação do fator de potência
medido e o valor de referência de 92%.

O objetivo aqui não é avaliar a formulação proposta pela Aneel, mas sim suas
consequências na cobrança de excedentes na fatura de energia.

O que são grupos O que são períodos fora


tarifários de ponta e de ponta
Avaliação de Excedentes Reativos do Grupo A
Faturamento pelo método horário
Resolução normativa Nº 414/2010 artigo Art. 96.

Faturamento da Energia 𝑬𝑹𝑬 = valor correspondente à energia elétrica reativa


excedente à quantidade permitida pelo fator de potência
Reativa Excedente de referência “𝒇𝑹 ”, no período de faturamento, em Reais
𝑛1
(R$);
𝑓𝑅
𝐹𝐸𝑅𝐸 = ෍ 𝐸𝐸𝐴𝑀𝑇 𝑋 −1 𝑉𝑅𝐸𝐸𝐸 𝑬𝑬𝑨𝑴𝑻 = montante de energia elétrica ativa medida em
𝑓𝑇
𝑇=1 cada intervalo “T” de 1 (uma) hora, durante o período de
faturamento, em Megawatt-hora (MWh);
A expressão indica que a cobrança de excedente
𝑓 𝒇𝑹 = fator de potência de referência igual a 0,92;
reativo depende da relação 𝑓𝑅 − 1 e da energia
𝑇
consumida no intervalo medido de uma hora 𝒇𝑻 = fator de potência da unidade consumidora, calculado
(EEAMT) em cada intervalo “T” de 1 (uma) hora, durante o período
de faturamento, observadas as definições dispostas nos
incisos I e II do ‫ ׯ‬1º deste artigo;
Ex.: Considerando que fator de potência medido
foi de 85%, será cobrado um valor adicional
de 8,2% da energia consumida naquele intervalo 𝑽𝑹𝑬𝑬𝑬 = valor de referência equivalente à tarifa de energia
na tarifa especifica. "TE" da bandeira verde aplicável ao subgrupo B1, em Reais
por Megawatt-hora (R$/MWh);
Avaliação de Excedentes Reativos do Grupo A
Faturamento pelo método horário
Resolução normativa Nº 414/2010 artigo Art. 96.

𝑫𝑹𝑬 𝒑 = valor, por posto tarifário “p”, correspondente à


Faturamento da Demanda demanda de potência reativa excedente à quantidade
permitida pelo fator de potência de referência “fR” no
Reativa Excedente período de faturamento, em Reais (R$);

𝑓𝑅 𝑷𝑨𝑴𝑻 = demanda de potência ativa medida no intervalo de


𝑛2 integralização de 1 (uma) hora “T”, durante o período de
𝐷𝑅𝐸 𝑝 = 𝑀𝐴𝑋𝑡=1 𝑃𝐴𝑀𝑇 − 𝑃𝐴𝐹(𝑝) 𝑉𝑅𝐷𝐸𝐸
𝑓𝑇 faturamento, em quilowatt (kW);

𝑷𝑨𝑭(𝒑) = demanda de potência ativa faturável, em cada posto


A expressão indica que a cobrança de demanda tarifário “p” no período de faturamento, em quilowatt (kW);
𝑓
excedente depende da relação 𝑓𝑅 com a
𝑇 𝑽𝑹𝑫𝑬𝑬 = valor de referência, em Reais por quilowatt (R$/kW),
demanda do intervalo ( 𝑃𝐴𝑀𝑇 ) que serão equivalente às tarifas de demanda de potência - para o posto
comparados à demanda faturável (𝑃𝐴𝐹(𝑝) ).
tarifário fora de ponta - das tarifas de fornecimento
aplicáveis aos subgrupos do grupo A para a modalidade
tarifária horária azul e das TUSD-Consumidores Livres,
conforme esteja em vigor o Contrato de Fornecimento ou o
CUSD, respectivamente;

𝑴𝑨𝑿𝒏𝟐 𝒕=𝟏 = função que identifica o valor máximo da equação,


dentro dos parênteses correspondentes, em cada posto
tarifário “p”;
Avaliação de Excedentes Reativos do Grupo A
Faturamento pelo método mensal
Resolução normativa Nº 414/2010 artigo Art. 97.

𝑬𝑹𝑬 = valor correspondente à energia elétrica reativa


excedente à quantidade permitida pelo fator de potência
Faturamento da Energia de referência “𝒇𝑹 ”, no período de faturamento, em Reais
(R$);
Reativa Excedente
𝑬𝑬𝑨𝑴 = montante de energia elétrica ativa medida durante
o período de faturamento, em megawatt-hora (MWh);
𝑓𝑅
𝐸𝑅𝐸 = 𝐸𝐸𝐴𝑀 − 1 𝑉𝑅𝐸𝑅𝐸 𝒇𝑹 = fator de potência de referência igual a 0,92;
𝑓𝑀
𝒇𝑴 = fator de potência indutivo médio da unidade
consumidora, calculado para período de faturamento;

𝑽𝑹𝑬𝑹𝑬 = valor de referência equivalente à tarifa de energia


"TE" da bandeira verde aplicável ao subgrupo B1, em Reais
por megawatt-hora (R$/MWh);
Avaliação de Excedentes Reativos do Grupo A
Faturamento pelo método mensal
Resolução normativa Nº 414/2010 artigo Art. 97.

𝑫𝑹𝑬 = valor correspondente à demanda de potência reativa


excedente à quantidade permitida pelo fator de potência de
Faturamento da Demanda referência “fR” no período de faturamento, em Reais (R$);
Reativa Excedente
𝑷𝑨𝑴 = demanda de potência ativa medida durante o período
de faturamento, em quilowatt (kW);
𝑓𝑅 𝒇𝑹 = fator de potência de referência igual a 0,92;
𝐷𝑅𝐸 = 𝑃𝐴𝑀 − 𝑃𝐴𝐹 𝑉𝑅𝐷𝑅𝐸
𝑓𝑇
𝒇𝑴 = fator de potência indutivo médio da unidade
consumidora, calculado para período de faturamento;

𝑷𝑨𝑭 = demanda de potência ativa faturável no período de


faturamento, em quilowatt (kW);

𝑽𝑹𝑫𝑹𝑬 = valor de referência, em Reais por quilowatt


(R$/kW), equivalente às tarifas de demanda de potência -
para o posto tarifário fora de ponta - das tarifas de
fornecimento aplicáveis aos subgrupos do grupo A para a
modalidade tarifária horária azul.
Grupos tarifários

Grupos tarifários são o conjunto de tarifas aplicáveis aos componentes de consumo de energia elétrica/ou
demanda de potência, de acordo com a modalidade de fornecimento.
As tarifas de energia elétrica estão estruturas em dois grandes grupos de consumidores:

Grupo A:
Grupo composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou,
ainda, atendidas em tensão inferior a 2,3 kV a partir de sistema subterrâneo de distribuição e faturadas
neste Grupo nos termos definidos para opção do consumidor, caracterizado pela estruturação tarifária
binômia e subdividido nos seguintes subgrupos
a) Subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
b) Subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
c) Subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV;
d) Subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
e) Subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; e
f) Subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema subterrâneo de
distribuição.

Grupo B:
Grupo composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, caracterizado pela
tarifa monômia e subdividido nos seguintes subgrupos
a) subgrupo B1 – residencial;
b) subgrupo B2 – rural;
c) subgrupo B3 – demais classes; e
d) subgrupo B4 – Iluminação Pública.
Modalidades Tarifárias
Modalidade tarifária é o conjunto de tarifas aplicáveis aos componentes de consumo de
energia elétrica e de demanda de potência ativa.

Convencional Aplicada às unidades consumidoras do grupo B, caracterizada por tarifas de


 Monômia consumo de energia elétrica, independentemente das horas de utilização do
Grupo dia.
B
Aplicada às unidades consumidoras do grupo B, exceto para o subgrupo B4 e
Horária Branca para as subclasses Baixa Renda do subgrupo B1, caracterizada por tarifas
diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de
utilização do dia.

Esta modalidade foi extinta pela revisão tarifária de 2014. O consumidores


Convencional
 Binômia
até então enquadrados nesta modalidade migraram para as modalidades
horária verde ou horária azul.
Grupo
Aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas
A Horária Verde diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de
utilização do dia, assim como de uma única tarifa de demanda de potência

Aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas


Horária Azul diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de
acordo com as horas de utilização do dia;

➢ Grupo A – Aplica-se multa por baixo fator de potência


➢ Grupo B – Não se aplica multa por baixo fator de potência
❖ Conforme Art. 100 da Nº 414/2010, unidades consumidoras do grupo A podem optar por faturamento com aplicação da tarifa
do grupo B quando a soma das potências nominais dos transformadores for igual ou inferior a 112,5 KVA.
Características das Modalidades Tarifárias do Grupo B

Tarifa Horária Branca

A tarifa branca é caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com
as horas de utilização do dia.
A tarifa branca é uma novidade na modalidade tarifária no Brasil e todas as unidades consumidoras
podem aderir ao serviço. A adesão ao sistema é voluntária. Quem não quiser a tarifa branca, continuará
pegando um valor único durante o dia. Aqueles que optarem pela substituição, será necessária a troca
do medidor de energia elétrica.
A implementação da tarifa branca pelo governo brasileiro surgiu para incentivar os consumidores
residenciais a consumirem energia fora da ponta quando os picos de consumo são mais elevados.
Comparando o valor da energia elétrica convencional, o valor fora da ponta é em torno de 13% mais
barato e o valor da ponta é 80% mais caro.
No site https://www.aneel.gov.br/tarifa-branca é possível encontrar o custo de energia em cada posto tarifário

Vale a pena aderir à tarifa Branca?


A resposta é complexa e aberta a diferentes discussões. “Cada caso precisa de um estudo preliminar”. A tarifa
branca pode ser válida às pessoas que passam muito tempo em casa e utilizam de forma frequente diferentes
eletrodomésticos, como máquina de lavar, aspirador de pó, ferro de passar roupa, entre outros no mesmo dia.
Caso contrário, não se recomenda a substituição dos medidores de energia elétrica, visto que a conta
provavelmente aumentará.

Tarifa Convencional Monômia

Tarifa única de consumo de energia, independente das horas de utilização do dia. Aplicada às
unidades consumidoras do grupo B, caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica,
independentemente das horas de utilização do dia.
Características das Modalidades Tarifárias do Grupo A

Tarifa Horária Verde

Modalidade caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com
as horas de utilização do dia, e uma única tarifa de demanda de potência. Geralmente,
enquadram-se nessa modalidade indústrias e estabelecimentos comerciais de médio ou grande
porte a exemplo de supermercados.
o consumidor que optar por essa modalidade pagará uma única tarifa de demanda independente
do horário do dia em que ela for utilizada. Por outro lado, pagará valores diferentes para o
consumo de energia realizado na ponta e na fora ponta. Disponível para consumidores conectados
nos níveis de tensão A3a, A4 e AS. Portanto, proporcionalmente, quanto maior for a participação
da demanda no preço total da TUSD, melhor optar pela modalidade verde.

Modalidade aplicada a tarifas diferenciadas de consumo e de demanda de acordo com o horário


de utilização da energia no dia.
Essa tarifa apresenta duas tarifas de demanda, inclusive havendo a possibilidade de contratar
demandas diferentes na ponta e fora ponta. Entretanto, a tarifa de energia é única. Disponível
para consumidores A1, A2, A3 e A4. Nesse caso, quanto maior a participação da energia em
relação a demanda, mais adequada é a modalidade azul.
Características das Modalidades Tarifárias do Grupo A
Tarifa Horária Azul
Modalidade aplicada a tarifas diferenciadas de consumo e de demanda de acordo com o horário de
utilização da energia no dia.
Essa tarifa apresenta duas tarifas de demanda, inclusive havendo a possibilidade de contratar demandas
diferentes na ponta e fora ponta. Entretanto, a tarifa de energia é única. Disponível para consumidores
A1, A2, A3 e A4. Nesse caso, quanto maior a participação da energia em relação a demanda, mais
adequada é a modalidade azul.
Posto Tarifário

Posto tarifário é o período de tempo em horas para aplicação das tarifas de forma diferenciada ao
longo do dia, considerando a seguinte divisão:

Posto Tarifário Ponta

Período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas definidas pela distribuidora considerando a curva de
carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão ou permissão, com
exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, Corpus Christi,
Confraternização Universal, Tiradentes, Dia do Trabalho, Independência, Nossa Senhora Aparecida, Finados,
Proclamação da República e Natal.

Posto Tarifário
Intermediário
Período de horas conjugado ao posto tarifário ponta, sendo uma hora imediatamente anterior e outra
imediatamente posterior, aplicado para o Grupo B, admitida sua flexibilização conforme Módulo 7 dos
Procedimentos de Regulação Tarifária

Posto Tarifário
Fora de Ponta
Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas nos
postos ponta e, para o Grupo B, intermediário
Projetos Elétricos
Industriais
Fator de Potência
Correção de excedentes reativos
Revisão Bibliográfica
Potências em Circuitos AC

Potência Ativa
A potência ativa é aquela que efetivamente faz uso da energia aplicada (realiza trabalho),
transformando-a no resultado que se espera do equipamento.
Esta componente de potência é proporcional à parcela resistiva do circuito.

Potência Reativa
Potência reativa é aquela que não realiza o trabalho propriamente, mas cria o campo magnético
necessário que viabiliza o funcionamento dos equipamentos indutivos como motores, geradores ou
transformadores.
Esta componente oscila entre a fonte e a carga em semiciclos alternados – No primeiro semiciclo a
energia é transferida da fonte para carga e no segundo semiciclo a energia reativa é transferida da
carga para a fonte)..

Embora a potência reativa seja indispensável para o funcionamento dos equipamentos que operam
com indução, ela deve ser o mais baixa possível. As principais razões para isso podem ser assim
relacionadas:
• não realiza trabalho;
• exige condutores de seção;
• exige transformadores de maior capacidade;
• provoca aquecimento e com isso perdas;
• provoca quedas de tensão;
• resulta em maior consumo de demanda por energia.
Revisão Bibliográfica
Potências em Circuitos AC

Fator de potência
O fator de potência é um indicador da eficiência com a qual a energia fornecida está sendo usada
pelo consumidor, isto é, representa a relação entre a potência ativa (quanto da energia está sendo
transformada em trabalho) e a potência aparente (quanto a instalação está consumindo no total) e
seu valor varia de 0 a 1.

De modo geral, baixos valores para o fator de potência podem resultar de situações como:
• motores ou transformadores trabalhando em vazio (sem carga)
• motores ou transformadores superdimensionados;
• motores ou transformadores defeituosos ou antigos;
• lâmpadas que necessitam de reatores instaladas para iluminação local;
• fornos elétricos a indução ou a arco operando;
• máquinas de solda em trabalho;
• máquinas de tratamento térmico em operação;
• injetoras, guindastes, pontes rolantes, prensas, compressores e uma infinidade de equipamentos
em operação.
Revisão Bibliográfica
Potências em Circuitos AC

Quando existe um equilíbrio entre as cargas indutivas e capacitivas, o sistema de


transmissão de energia se beneficia, pois consegue transmitir a maior quantidade
de energia com a máxima eficiência pois um tipo de carga anula o efeito
eletromagnético do outro.

Entretanto existe predominância de cargas indutivas. Isso se deve ao fato que as


indústrias utilizam os mais diversos tipos de cargas indutivas no processo de produção.
Sendo assim, a transmissão de energia se faz com a presença de corrente reativa
indutiva. Essa corrente não produz qualquer energia real, e no entanto traz os
problemas típicos da transmissão de corrente elétrica, como por exemplo, perdas por
efeito Joule e queda de tensão. A solução é portanto "instalar" cargas capacitivas que
compensem os reativos indutivos da instalação.
Revisão Bibliográfica
Potências em Circuitos AC

𝐾𝑊

𝐾𝑉𝐴𝑟 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 . 10−3


FP = cos 𝜑 =
𝐾𝑉𝐴

𝑃(𝐾𝑉𝐴𝑟) = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑


𝐾𝑉𝐴𝑟
𝜑 = 𝑡𝑔−1
𝐾𝑊
𝐾𝑉𝐴𝑟
𝑐𝑜𝑠 = 𝑡𝑔−1
𝐾𝑊

𝐾𝑊ℎ
𝐹𝑃 =
𝐾𝑊ℎ2 + 𝐾𝑉𝐴𝑟ℎ2

𝐾𝑊 = 3 . 𝑉 . 𝐼 . cos 𝜑 . 10−3
Equações trigonométricas
𝑃 𝐶𝑉 . 0,736
𝑃(𝐾𝑊) = → 𝑀𝑜𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝜂
𝑐𝑜𝑠 𝜑 = 1 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜑
Revisão Bibliográfica
Potências em Circuitos AC
(P)
Potência Ativa

( +𝑸𝑳 ) ( − 𝑄𝐶 )
Potência Reativa Potência Reativa
Indutiva Capacitiva
(𝑺)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝐴𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒

(P)
Potência Ativa

Quando existe um equilíbrio entre as cargas indutivas e capacitivas, o sistema de transmissão de energia se
beneficia, pois consegue transmitir a maior quantidade de energia com a máxima eficiência pois um tipo de carga
anula o efeito eletromagnético do outro.

Entretanto na indústria existe predominância de cargas indutivas. Isso se deve ao fato da utilização dos mais
diversos tipos de cargas indutivas no processo de produção. Sendo assim, a transmissão de energia se faz com a
presença de corrente reativa indutiva. Essa corrente não produz qualquer energia real, e no entanto traz os
problemas típicos da transmissão de corrente elétrica, como por exemplo, perdas por efeito Joule e queda de
tensão. A solução é portanto "instalar" cargas capacitivas que compensem os reativos indutivos da instalação.
Revisão Bibliográfica
Analogia entre as potências em circuitos AC

𝑄 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 (𝑉𝐴𝑅)


VAR

S = VA

𝑃 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑎 (𝑊)


Correção do Fator de Potência
Equações de projeto

Potência reativa do capacitor para corrigir o FP


𝑸𝑪 Método matemático

𝑺𝟏 𝑄𝐶(𝐾𝑉𝐴𝑟) = 𝑄1(𝐾𝑉𝐴𝑟) − 𝑄2(𝐾𝑉𝐴𝑟)


𝑸𝟏
𝑺𝟐 Método tabelado

𝑸𝟐 𝑄𝐶(𝐾𝑉𝐴𝑟) = 𝐾𝑊(𝑡𝑔𝜑1 → 𝑡𝑔𝜑2 )

𝜑2
𝜑1 Coordenadas correspondentes aos fatores
multiplicadores apresentados na Tabela 1
𝑷𝟏 = 𝑷𝟐
Capacitância do capacitor
𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑎, 𝑒𝑚 𝐾𝑊
𝑄𝐶
𝑆1 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 , em KVA 𝐶𝜇𝐹 =
2. 𝜋. 𝑓 . 𝑉𝑒𝑓𝐶 2 . 10−9
𝑆2 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐴𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜, 𝑒𝑚 𝐾𝑉𝐴
𝜑1 = Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑓𝑎𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑜 𝐹𝑃 Corrente nominal do capacitor
𝜑2 = Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑠𝑒 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 𝐾𝑉𝐴𝑟 . 103
𝐼𝑁𝐶(𝐴) =
𝑄1 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜, 𝑒𝑚 𝐾𝑉𝐴𝑟 3 . 𝑉𝑒𝑓(𝐹𝐹)
𝑄2 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑅𝑒𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜, em KVAr
Correntes (Sistema sem compensação e compensado
𝑄𝐶 = 𝑄1 − 𝑄2 → 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑃, 𝑒𝑚 𝐾𝑉𝐴𝑟
𝐼𝑒𝑓1 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜, em A 𝑃(𝐾𝑊) 𝑃(𝐾𝑊)
𝐼𝑒𝑓1 = 𝐼𝑒𝑓2 =
𝐼𝑒𝑓2 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑎𝑧 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜, em A 3. 𝑉𝑒𝑓 . cos 𝜑1 3. 𝑉𝑒𝑓 . cos 𝜑2
Tabela 1
Multiplicadores para determinação dos KVAr necessários
para a correção do fator de potência

𝑄𝐶(𝐾𝑉𝐴𝑟) = 𝐾𝑊(𝑡𝑔𝜑1 → 𝑡𝑔𝜑2 )


Exemplo de Correção do Fator de Potência
𝑉 = 220 (𝐹𝐹𝐹)
P = 10𝐶𝑉
𝜂 = 0,9
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,75
→ 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑟 𝑜 𝐹𝑃 𝑝𝑎𝑟𝑎 0,92
Potência do capacitor para correção Potência reativa sem correção
Método matemático
𝑸𝟏 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 10,9 . 0,66 = 7,2𝐾𝑉𝐴𝑟
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 𝑄1(𝐾𝑉𝐴𝑟) − 𝑄2(𝐾𝑉𝐴𝑟)
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 7,2 − 3,47 = 3,73𝐾𝑉𝐴𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,752 = 0,66
Método tabelado
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 𝐾𝑊(𝜑1 → 𝜑2 )
Corrente nominal do capacitor
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 8,18 0,456 = 3,73𝐾𝑉𝐴𝑟
𝐾𝑉𝐴𝑟 . 103
𝐼𝑁𝐶(𝐴) =
Potência reativa com correção 3 . 𝑉𝑒𝑓(𝐹𝐹)

𝑸𝟐 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 3,73 . 103


𝐼𝑁𝐶 = = 5,65𝐴
3 .220
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,922 = 0,4

𝑸𝟐 = 8,9 . 0,4 = 3,47𝐾𝑉𝐴𝑟

𝑃(𝐾𝑊) 8,18. 103


𝑃 𝐶𝑉 . 0,736 10 . 0,736 𝐼𝑒𝑓1 = = = 28,62𝐴
𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = = = 8,18𝐾𝑊 3. 𝑉𝑒𝑓 . cos 𝜑1 3 . 220 . 0,75
𝜂 0,9
𝑃(𝐾𝑊) 8,18. 103
𝐼𝑒𝑓2 = = = 23,3A
3. 𝑉𝑒𝑓 . cos 𝜑2 3 . 220 . 0,92
Exemplo de Correção do Fator de Potência
𝑉 = 220 (𝐹𝐹𝐹)
P = 80𝐾𝑊
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 0,8
→ 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑟 𝑜 𝐹𝑃 𝑝𝑎𝑟𝑎 0,9 Potência do capacitor para correção
Potência reativa sem correção
Método matemático
𝑸𝟏 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 100 . 0,6 = 60𝐾𝑉𝐴𝑟
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 𝑄1(𝐾𝑉𝐴𝑟) − 𝑄2(𝐾𝑉𝐴𝑟)
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 60 − 38,22 = 21,78𝐾𝑉𝐴𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,82 = 0,6
Método tabelado
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 𝐾𝑊(𝜑1 → 𝜑2 )
𝑸𝑪(𝑲𝑽𝑨𝒓) = 80 0,266 = 21,28𝐾𝑉𝐴𝑟
Corrente nominal do capacitor

𝐾𝑉𝐴𝑟 . 103
Potência reativa com correção 𝐼(𝐴) =
3 . 𝑉𝑒𝑓(𝐹𝐹)
𝑸𝟐 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑
21,78 . 103
𝐼(𝐴) = = 33𝐴
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑 3 .220
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,92 = 0,43
Capacitância do capacitor
𝑸𝟐 = 88,9 . 0,43 = 38,22𝐾𝑉𝐴𝑟
𝑄𝐶 . 103
𝐶𝜇𝐹 =
𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = 80𝐾𝑊 2. 𝜋. 𝑓 . 𝑉𝑒𝑓𝐶 2 . 10−9
𝑃(𝐾𝑊) 80. 103
𝐼𝑒𝑓1 = = = 262,43𝐴 21,78 . 103
3. 𝑉𝑒𝑓 . cos 𝜑1 3 . 220 . 0,8 𝐶= = 52,52𝜇𝐹
2. 𝜋. 𝑓 . 2202 . 10−9
𝑃(𝐾𝑊) 80. 103
𝐼𝑒𝑓2 = = = 233,27𝐴
3. 𝑉𝑒𝑓 . cos 𝜑2 3 . 220 . 0,9
Exemplo de Correção do Fator de Potência
Em uma subestação de 1500KW/cosφ = 0,8, deseja-se adicionar uma carga de 250KW/cosφ = 0,85. Que potência de capacitor
(KVAr) deve ser adicionada a carga para que a subestação não seja sobrecarregada?

Como os 1875KVA da subestação não podem ser ultrapassados,


logo o fator de potência não pode ser inferior a:
1750
Potência reativa da carga original cos 𝜑 = = 0,934
1875

𝑸𝟏 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1875 . 0,6 = 1125 𝐾𝑉𝐴𝑟 Isto implica que o valor máximo da potência reativa ficará
limitada a:

𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,82 = 0,6 𝑸𝟑 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑

𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,9342 = 0,357
𝑷𝟏 = 1500𝐾𝑊
𝑸𝟑 = 1875 . 0,357 = 669,37 𝐾𝑉𝐴𝑟

Potência reativa da carga adcional

𝑸𝟐 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑
𝑷𝟏 + 𝑷𝟏 = 1500 + 250 = 1750 𝐾𝑊

𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
Assim, como o total de KVAr exigido pelo sistema é de 1277,88, o
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,852 = 0,52 capacitor a ser inserido a nova carga para não sobrecarregar a
subestação deverá ser de:
𝑸𝟐 = 294 . 0,52 = 152,88 𝐾𝑉𝐴𝑟
(𝑸𝟏 +𝑸𝟐 ) − 𝑸𝟑 = 1125 + 152,88 − 669,37
(𝑸𝟏 +𝑸𝟐 ) − 𝑸𝟑 = 1277,88 − 669,37
𝑷𝟐 = 250 𝐾𝑊 (𝑸𝟏 +𝑸𝟐 ) − 𝑸𝟑 = 608,31KVAr
Exemplo de Correção do Fator de Potência
Em uma instalação fabril, tem-se uma subestação de 1 500 kW com fator de potência igual a 0,8. Deseja-se adicionar uma carga
de 250 kW com f.p. de 0,85.
Que potência de capacitor (kvar) deve ser adicionada para que a subestação não seja sobrecarregada?

Potência reativa da carga adcional

𝑸𝟏 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1875 . 0,6 = 1125𝐾𝑉𝐴𝑟

𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,82 = 0,6

Potência reativa da carga adcional


𝑸𝟐 = 𝑃(𝐾𝑉𝐴) . 𝑠𝑒𝑛 𝜑

𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝜑
𝑠𝑒𝑛 𝜑 = 1 − 0,852 = 0,52

𝑸𝟐 = 294 . 0,52 = 152,88𝐾𝑉𝐴𝑟

𝑷𝟏 = 1500𝐾𝑊 𝑷𝟐 = 250𝐾𝑊
Correção do Fator de Potência em BAIXA TENSÃO
Tipos de Correção do Fator de Potência

Correção na entrada da energia de alta tensão


Corrige o fator de potencia visto pela concessionaria, permanecendo internamente todos os inconvenientes citados
pelo baixo fator de potencia e o custo e elevado.

Correção na entrada da energia de baixa tensão


Permite uma correção bastante significativa, normalmente com bancos automáticos de capacitores.
>> Utiliza-se este tipo de correção em instalações elétricas com elevado número de cargas com potências diferentes e
regimes de utilização poucos uniformes.
>>A principal desvantagem consiste em não haver alívio sensível dos alimentadores de cada equipamento.

Correção por grupos de cargas


O capacitor é instalado de forma a corrigir um setor ou um conjunto de pequenas máquinas (<10cv), instalado junto
ao quadro de distribuição que alimenta esses equipamentos.
>> Tem como desvantagem não diminuir a corrente nos circuitos de alimentação de cada equipamento.

Correção localizada
É obtida instalando-se os capacitores junto ao equipamento que se pretende corrigir o fator de potência. Representa,
do ponto de vista técnico, a melhor solução, apresentando as seguintes vantagens:
- reduz as perdas energéticas em toda a instalação;
- diminui a carga nos circuitos de alimentação dos equipamentos;
- pode-se utilizar em sistema único de acionamento para a carga e o capacitor, economizando-se um equipamento de
manobra;
- gera potência reativa somente onde é necessário.
Correção do Fator de Potência em BAIXA TENSÃO
Tipos de Correção do Fator de Potência

Correção mista
No ponto de vista ¨Conservação de Energia¨, considerando aspectos técnicos, práticos e financeiros, torna-se a melhor
solução.

Usa-se o seguinte critério para correção mista:


1. Instala-se um capacitor fixo diretamente no lado secundário do transformador;
2. Motores de aproximadamente 10 CV ou mais, corrige-se localmente (cuidado com motores de alta inércia, pois não
se deve dispensar o uso de contatores para manobra dos capacitores sempre que a corrente nominal dos mesmos for
superior a 90% da corrente de excitação do motor).
3. Motores com menos de 10 CV corrige-se por grupos.
4. Redes próprias para iluminação com lâmpadas de descarga, usando-se reatores de baixo fator de potência, corrige-
se na entrada da rede;
5. Na entrada instala-se um banco automático de pequena potência para equalização final.
Projeto da Correção do Fator de Potência em BAIXA TENSÃO
Levantamento de Dados

 Empresa em Operação
Tipo de tarifação;
Demanda contratada;
Fator de potência registrado
Conta de energia elétrica (12 meses)

Transformador
Tensão no primário;
Tensão no secundário;
Potência nominal;
Potência de curto-circuito;
Grau de ocupação;
Corrente de magnetização;
Impedância;
Cos ϕ.

Medições
Medir as tensões e as correntes ( BT ) nas seguintes condições:
Carga mínima
Carga máxima
Projeto da Correção do Fator de Potência em BAIXA TENSÃO
Levantamento de Dados

 Empresa em Projeto
1. Levantar a potência das cargas não lineares e, se estas não ultrapassarem 20% da carga total
da fábrica, pode-se corrigir o fator de potência somente com capacitores, pois é pouca a
possibilidade de haver problemas com harmônicas na instalação elétrica;

2. Se o total de cargas não lineares ultrapassar 20% da carga total instalada deverá ser
efetuada uma medição detalhada dos níveis de harmônicas. Detectando-se a existência de
harmônicas na instalação elétrica deve-se obedecer o seguinte critério:
- Limite de distorção harmônica individual de tensão deverá ser menor ou igual à 3%;
- Limite de distorção total de harmônicas de tensão (THD) deverá ser menor ou igual à 5%.
Ultrapassando estes limites deverão ser instalados indutores de proteção anti-harmônicas nos
capacitores ou filtros para as harmônicas significativas, conforme IEEE Std. 519 “Recommended
Practices and Requirements for Harmonic Control in Eletrical Power Sistems”;

3. Decidir tecnicamente pelo tipo de correção mais adequada às necessidades da Empresa;

4. Elaborar o diagrama unifilar das instalações incluindo os capacitores para a correção do


fator de potência;

5. Levantamento do ciclo operacional das cargas da empresa que deverão ser separadas em
resistivas ou ativas, indutivas lineares e indutivas não lineares;

6. Elaborar curvas de demanda para as potências ativas e reativas.


Projetos Elétricos
Industriais
SPDA
Parte 1- Princípios Gerais

Vai apresentar os princípios gerais do PDA (Proteção contra descargas atmosféricas).


O SPDA é uma parte dele.

Parte 2 – Gerenciamento de Risco

Antigamente classificava o risco de acordo com uma tabela. Na nova Norma é mais
detalhada. Se faz uma análise de risco.

Parte 3 – Danos físicos à estrutura e Perigos à vida

Na norma anterior só se considerava os danos físicos à estrutura.

Parte 4 – Sistemas Elétricos e Eletrônicos internos na Estrutura


É novidade! Entrelaça a NBR 5419 e a NBR 5410. Trata sobre os efeitos da Descarga
Atmosférica nos equipamentos. Esse assunto anteriormente não era tratado.
Temos a ameaça da Descarga atmosférica e os riscos associados à mesma.

A parte 2 da Norma apresenta a metodologia para quantificação desse risco. Fazemos uma análise se o risco é aceitável ou
não. Estabelece um n´nível de segurança que é aceitável.
Coma quantificação do risco teremos o PDA dividido em duas partes:

❑ SPDA – Medidas de proteção contra o impacto direto que vão causar dano à estrutura ou à vida (parte 3 da norma).
❑ MPS – Medidas de Proteção contra surto (Parte 4 da norma).

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