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ENSINO A DISTÂNCIA

Já que estamos falando em planejamento e desenvolvimento, gostaria de


apresentar uma sugestão para melhoria tecnológica da sua empresa. Tra-
ta-se do livro:
WEISZ, Joel. Projetos de inovação tecnológica: planejamento, formu-
lação, avaliação, tomada de decisões. Brasília: IEL, 2009.

Apresentar técnicas de planejamento, avaliação e tomada de decisões


para orientar empreendedores e empresas na elaboração de projetos de
inovação tecnológica é o objetivo do livro Projetos de Inovação Tecnológi-
ca, que está disponível para download gratuito no formato pdf.
Disponível em: http://unesp.br/nit/mostra_arq_multi.php?arquivo=5446

Indicadores de Inovação
Sabemos que a inovação causa impacto em nossa organização e no mercado como um
todo certo? Vamos clarificar essa ideia com alguns dados sobre quais os efetivos impactos.

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Figura 4: Indicadores de Impacto das Inovações nas Micro e Pequenas Empresas - Fonte: Cysneiros (2014)

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Exemplos de indicadores:
• gastos com P&D&I (% do faturamento);
• lançamento de novos produtos (% sobre o total do faturamento);
• número de patentes obtidos;
• projetos de Parceria com Universidades e Instituições de Pesquisa;
• qualificação dos recursos humanos (mestres, doutores);
• investimentos em capacitação de pessoal;
• grau de atualização da infraestrutura tecnológica.

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Figura 5: Indicadores de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - Fonte: ABDE (2017)

Políticas Públicas para Inovação


Para explicar sobre as políticas públicas para inovação será adotado o resultado de
pesquisa de Gurgel (2004, p. 84-85) no qual afirma-se que aão diversas as formas do governo
intervir politicamente no processo de inovação. De uma forma geral, as ações estão atreladas
à atividades de P&D. Esse tipo de atividade se caracteriza pelo custo elevado e retorno incerto.
Por isso, as nações industrializadas dispõem de um conjunto de políticas e instrumentos de
incentivo e fomento à P&D empresarial.
No Brasil, temos um novo marco legal de fomento (Figura 6).

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I) o acelerado ritmo das mudanças;


II) o aumento dos níveis de competitividade;
III) o processo de globalização da economia;
IV) as rápidas mudanças tecnológicas;
V) a diversidade na força de trabalho;
VI) a escassez de recursos tais como energia elétrica, água e recursos humanos especiali-
zados;
VII) a instabilidade econômica e mercadológica;
VIII) o aumento da responsabilidade social e ambiental;
IX) a crescente complexidade dos ambientes nos quais os negócios se dão e, por fim;
X) a transição que vem ocorrendo de uma economia industrial para uma economia base-
ada no conhecimento.

A autora diz, apoiada em David Garvin (2001), que os focos adotados pelas empresas
para lidar com estes desafios têm sido inúmeros, desde reengenharia, programas de melhorias
contínuas (Kaizen), programas de captação de talentos, o desenvolvimento de competências or-
ganizacionais e individuais, assim como o comprometimento com o aprendizado, o autodesen-
volvimento e o empowerment, até a prospecção e a adoção do que há de mais moderno em tecno-
logias de ponta da informação.

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Conforme Kotler (2000) toda a empresa precisa saber e bem o que vai oferecer a seus
clientes, neste sentido alguns elementos de marketing auxiliam nessa busca de sucesso da empre-
sa até para situar nosso produto no mercado, dando valor e qualidade. Veja na Figura 7 alguns
tipos de pesquisa que podemos fazer para melhorar ou estreitar nosso relacionamento com o
mercado e promover mais diretamente o que tem sido desejado.

Figura 7: Tipos de pesquisa a partir dos elementos de marketing. - Fonte: Pietri (2017)

Gurgel (2006), apoiado em Kandybin (2004), diz que o processo de inovação depende
tanto de ideias criativas quanto de competências técnicas, e que ambos estão circundados por
fatores críticos como os próprios empregados da empresa, o conhecimento tácito da empresa, as
informações do mercado e os clientes.

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Para que a inovação seja difundida, disseminada e gere resultados ela precisa antes de
tudo encontrar um ambiente propicio. Pietrovski (2011) chama esse ambiente de habitat de ino-
vação, que procura unir efetivamente talento, tecnologia, capital e conhecimento para alavancar o
potencial empreendedor, acelerar a comercialização de tecnologia e encorajar o desenvolvimento
de novas empresas. Isso se dá sob uma variedade de nomes incluindo “incubadoras”, “centros de
inovação”, “centro comercial” e “centro tecnológico e empresarial”. Os habitats de inovação são,
portanto, ambientes propícios para difusão e promoção de desenvolvimento tecnológico de for-
ma sinérgica entre todos os agentes do sistema.
Além deste ambiente, é necessário ainda que as pessoas precisam buscar dinamismo e
ampliação de conhecimento. Terra (2001 apud STOECKICHT, 2005, p. 17) enfatiza que o recurso
do conhecimento precisa ser constantemente renovado e realimentado, caso contrário as posi-
ções e vantagens adquiridas são rapidamente perdidas para novos e velhos competidores mais
inovadores, criativos e eficientes.
As organizações no século XXI devem estar preparadas para renovar seus produtos, ser-
viços e processos, competências e desenhos organizacionais de forma contínua, a fim de garantir
sua adaptabilidade e consequente sobrevivência no mercado (STOECKICHT, 2005, p. 15-16).
Apesar da inovação indicar um caminho seguro para obter vantagem competitiva sustentável e
defender posições estratégicas no mercado, o seu sucesso não é garantido, necessitando assim
que os gestores conheçam e compreendam a dinâmica dos processos da gestão da inovação den-

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tro de suas organizações e realidades específicas.

Quer aprender como inovar sua empresa? Confira o Infográfico “Como


inovar na sua empresa” elaborado por Ilka Toyomoto, consultora do Se-
brae/PR.

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O modelo de gestão da inovação de geração mais avançada requer a construção de uma


organização altamente colaborativa, horizontalmente e verticalmente, conectada em rede para
que as pessoas possam se comunicar rapidamente. As interações pessoais são incentivadas com
os vários participantes da rede de valor por meio de contatos formais e informais, visando o com-
partilhamento e disseminação do conhecimento tanto tácito quanto explícito; estratégicos para o
desenvolvimento de inovações (STOECKICHT, 2005).
Há uma série de valores e comportamentos pessoais e organizacionais necessários à sus-
tentação do processo de criação do conhecimento em empresas inovadoras, tais como a asser-
tividade pessoal, o envolvimento total de todos os colaboradores, a solicitude, a empatia ativa, a
confiança mútua, a leniência, a coragem, dentre outros - valores e comportamentos estes, funda-
mentais para o desenvolvimento deste contexto capacitante.
É necessário que as pessoas estabeleçam relacionamentos construtivos, prestimosos, coo-
perativos e positivos para que compartilhem seus insights, preocupações e conhecimentos. Para
administrar esse processo de interação e enriquecimento mútuo, os gestores devem inspirar, fo-
mentar e gerir a inovação no âmbito da empresa como um todo, e construir alianças com organi-
zações e indivíduos inovadores de dentro e fora da empresa.

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Walter Longo - Os maiores inovadores da empresa.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=I8VgXqe9OEE

Jonash e Sommerlate (2001, p. 11 apud STOECKICHT, 2005) descrevem um último nor-


teador da gestão da inovação de geração mais avançada – a aprendizagem. As empresas que
adotam este modelo são “uma máquina de aprendizado dinâmica, baseada no conhecimento e
comprometida com a inovação contínua e sustentável.” O foco é no aprendizado, a construção de
competências e o aprimoramento do desempenho. A empresa provê um ambiente de contínuo
aprendizado por meio da adoção de ferramentas como redes eletrônicas, programas de educação
continuada e a adoção de vários modelos de trabalho em equipes multifuncionais, multiculturais
e multidisciplinares, com o objetivo de alavancar a capacidade de aprendizado individual e orga-
nizacional.
Para facilitar o entendimento e aplicação de gestão da inovação como forma de melho-
rar a competitividade das empresas são apresentadas rotinas ditas “básicas” que necessitam ser
gerenciadas de forma integrada ao longo de toda a cadeia e rede de valor da empresa, desde a
concepção de uma ideia até a entrega do produto ou serviço ao usuário final.
Tem uma forte correlação com a maneira como uma empresa seleciona e gerência seus
projetos, a forma como coordena os vários recursos internos e externos disponíveis e o tipo de
relacionamentos que estabelece com seus clientes e colaboradores.

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