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Aula 08

PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa, entre 25 e 30 linhas, sobre o tema: Inteligência artificial e
os obstáculos para democratização do ensino. Apresente proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I:
Inteligência artificial (IA) é uma tecnologia programada para simular a inteligência humana e, assim, ter algum nível de autonomia para
tomar decisões e resolver problemas lógicos. A ideia de uma máquina que "pensa” nasceu com o matemático e criptógrafo Alan Turing,
em 1950, e só evoluiu desde então. Hoje, a tecnologia já não é mais algo distante e faz parte do nosso dia a dia, estando presente
em algoritmos de redes sociais, em assistentes de voz como Siri e Alexa e até mesmo no reconhecimento facial do seu celular. Além
disso, as IAs vêm conquistando cada vez mais o interesse do público, principalmente devido à ascensão de ferramentas como DALL-E
2 e ChatGPT.
(https://www.techtudo.com.br/guia/2023/03/o-que-e-inteligencia-artificial-veja-como-surgiu-exemplos-e-polemicas-edsoftwares.ghtml)

Texto II:
A publicação da Unesco "Artificial Intelligence in Education: Challenges and Opportunities for Sustainable Development"Abre
em uma nova guia (Inteligência Artificial na Educação: Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Sustentável,
tradução livre), lista seis desafios relacionados à incorporação da IA na educação como forma de melhorar a equidade e
qualidade do ensino e possíveis maneiras de lidar com eles. Confira:
 Primeiro desafio: políticas públicas de IA abrangentes para o desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento de políticas públicas sobre IA em educação ainda está em sua infância, mas é um campo que
provavelmente crescerá exponencialmente nos próximos dez anos. Alguns países estão desenvolvendo laboratórios e
incubadoras por meio de parcerias com o setor privado para implementar ou ampliar ecossistemas de IA.
 Segundo desafio: garantir a inclusão e equidade em IA na educação
Estudos recentes, como o do professor Benjamin Nye,Abre em uma nova guia da University of Southern California,
mapearam os obstáculos para a introdução IA na educação em países em desenvolvimento, como baixo acesso a energia
elétrica, hardware e internet; habilidade básica dos alunos em TICs; falta de conteúdo culturalmente apropriado ou em outro
idioma. Para remover esses obstáculos, múltiplas políticas devem ser colocadas em prática.
 Terceiro desafio: preparar os professores para atuar com IA na educação e preparar sistemas que atendam às
demandas educacionais
Para que sistemas de análise de aprendizagem sejam eficazes, é necessário ter utilidade e relevância para estudantes e
educadores. O processamento de dados em tempo real deve se traduzir em feedback em tempo real, intervenção mais
rápida e instrução individualizada. Professores e diretores precisam de autonomia suficiente para gerenciar suas respectivas
salas de aula e escolas, pois são eles que estão mais familiarizados com as necessidades de seus alunos. No entanto, para
serem capazes de usar tecnologias de IA de forma eficaz, novas competências precisam ser assimiladas pelos professores,
tais como crítica, analítica e habilidades para dados, ressaltam Rose Luckin e outros pesquisadores.
 Quarto desafio: desenvolvimento de sistemas de dados inclusivos e de qualidade
Um sistema com dados abrangentes e atualizados abre possibilidades para algoritmos preditivos e de aprendizado de
máquina. No entanto, muitos países ainda lutam para coletar dados educacionais básicos. Os dados educacionais devem ser
abertos e sistemas de informações gerenciais devem ser capazes de gerar análises granulares o suficiente para ajudar
professores e gestores a entenderem os principais desafios. Também devem conseguir agregar dados para revelar
tendências que podem subsidiar o desenvolvimento de políticas. Embora as tecnologias para capturar dados estão realmente
se tornando cada vez mais poderosas, é necessário reconhecer que seus custos podem ser proibitivamente altos,
particularmente para países de baixa e média renda.
 Quinto desafio: fazer pesquisas significativas sobre IA em educação
A pesquisa tem um papel fundamental para a investigação mais aprofundada sobre o papel que as soluções de tecnologia
desempenham na melhoria da qualidade da educação. As pesquisas educacionais, no entanto, têm condições limitantes para
realizar generalizações, o que afeta sua contribuição na criação de teorias universalmente válidas. Assim, é fundamental que
sejam desenvolvidas pesquisas locais e descentralizadas, para compreender o que está acontecendo nas salas de aula, em
especial no contexto dos países em desenvolvimento.
 Sexto desafio: ética e transparência na coleta, no uso e na disseminação de dados
Diversos estudos já evidenciaram os vieses dos algoritmos e como eles podem funcionar de maneira discriminatória e não
transparente, entre eles o artigo da ProPublica, de 2016;Abre em uma nova guia o artigo da Mic, 2016;Abre em uma nova
guia e o livro “Algoritmos de Destruição em Massa” de Cathy O’Neil. Na educação, isso pode ter impactos negativos.
Instituições educacionais que usam, por exemplo, algoritmos de aprendizado de máquina para aceitar ou rejeitar alunos
podem ter dois potenciais problemas: falta de informações sobre a "caixa preta" e discriminação injusta. Outra questão é a
concentração de dados pessoais. As plataformas educacionais atuais são de propriedade de poucas empresas, o que gera
risco de privacidade e monopólio de dados. O ecossistema fAIr LACAbre em uma nova guia, iniciativa do Grupo Banco
Interamericano de Desenvolvimento – Grupo BID e parceiros composta por especialistas e profissionais da academia,
governo, sociedade e setor privado, atua na América Latina e Caribe para promover o uso ético e responsável da IA a fim de
melhorar a prestação de serviços sociais e criar oportunidades de desenvolvimento. Para tal, estão sendo desenvolvidos
projetos-piloto para o bem social e também ferramentas para mitigar os possíveis riscos associados aos sistemas de IA.
(https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/inteligencia-artificial-na-educacao)

Rua Gavião Peixoto 124 – Salas 508 e 509– Ed. Manhattan – 2601-0195 / 9870-10195
Texto III:
Como o ChatGPT pode impactar na Educação?
A questão do emprego e do papel dos educadores também se torna um debate quando falamos da presença da
Inteligência Artificial na educação. Fabrício Spricigo, pedagogo do Câmpus Criciúma do IFSC e doutor em Educação pela
Udesc com uma tese sobre as transformações da educação no contexto da sociedade 4.0, lembra que algumas
instituições de ensino já adotam, por exemplo, robôs para a correção de provas de estudantes, o que pode reduzir
postos de trabalho e prejudicar a qualidade do ensino.
"Outra questão que assusta os professores é a questão do próprio plágio e da fonte. Se o estudante consulta suas
produções textuais somente a partir dessa base de dados, como já temos o Google, o Chat GPT vem nesta mesma linha
mas de modo mais aperfeiçoado, porque a Inteligência Artificial já faria esse trabalho [de conexão dos conteúdos], o
que poderia ser utilizado de forma a burlar o sistema educativo, a forma como a avaliação é realizada hoje", afirma. [...]
Qual é o futuro da escola?
O pedagogo do IFSC Fabrício Spricigo sustenta que as mudanças são mais amplas que o uso de assistentes virtuais ou
outros recursos por alunos e professores. As transformações no mundo do trabalho provocadas pela tecnologia
exigem que a própria escola se transforme. Se a Inteligência Artificial pode executar tarefas repetitivas, ocupando até
mesmo o lugar do humano, e auxiliar estudantes e professores na busca de informações e na solução de problemas, o
papel da escola deveria se ampliar, promovendo uma formação de cidadãos capazes de encarar o mundo em
constante transformação.
"O mundo do trabalho está exigindo cada vez mais o desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais. A maioria das
empresas contrata profissionais pela dimensão cognitiva, mas o número de demissões é cada vez mais pela dimensão
sócio-emocional. Esse mundo cada vez mais incerto e imprevisível exige do sujeito cada vez mais o domínio dessa
dimensão que é extra-cognitiva. Eu acredito que, para além do cognitivo, a dimensão sócio-emocional da instituição de
ensino nunca vai se perder", afirma.
Spricigo reforça que acesso à informação é diferente de conhecimento, e é papel da escola formar cidadãos críticos e
com capacidade de reflexão e ação diante dos problemas que se apresentam. Mais do que o acesso à informação, será
necessário que o profissional e cidadão do futuro seja capaz de transformá-la em conhecimento, a partir da reflexão
sobre a ação.
"A escola, historicamente, sempre privilegiou o conhecimento puramente teórico. Porém, essa realidade vem mudando.
A mudança nas políticas educacionais contemporâneas aponta para a necessidade de desenvolvimento de outros
conhecimentos que perpassem o saber-pensar e o saber-agir, diminuindo a distância entre teoria e prática no intuito
de promover mudanças e produzir novos conhecimentos que beneficiem o organismo social", diz o pedagogo do
Câmpus Criciúma. "Nesse processo, o papel do professor não será como o de outrora em que tal personagem era a
única fonte de conhecimento. Hoje e no futuro se desenham cenários em que a docência exercerá muito mais o papel
de mediação pedagógica entre os objetos de conhecimento e os estudantes. Por isso, o educar pela pesquisa e
extensão se tornam tão significativos", propõe.
(https://www.ifsc.edu.br/web/ifsc-verifica/w/quais-os-impactos-do-chatgpt-e-da-inteligencia-artificial-na-educacao-#:~:text=Ela
%20est%C3%A1%20ajudando%20a%20personalizar,nas%20necessidades%20individuais%20dos%20alunos. /acesso:
23/03/2023)
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/04/01/inteligencia-artificial-entenda-por-que-cientistas-estao-preocupados-
com-avanco-rapido-da-tecnologia.ghtml

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/04/01/inteligencia-artificial-entenda-por-que-cientistas-estao-preocupados-
com-avanco-rapido-da-tecnologia.ghtml

vídeo: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/04/01/inteligencia-artificial-entenda-por-que-cientistas-estao-
preocupados-com-avanco-rapido-da-tecnologia.ghtml

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