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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO – IFMA
CAMPUS SÃO RAIMUNDO DAS MANGABEIRAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM INFORMÁTICA NA
EDUCAÇÃO

A TECNOLOGIA COMO CAMINHO PARA UMA EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

Fabio Silva Bezerra


Fbio5654@gmail.com

Alexandre Buhatem
e-mail

Resumo

O empreendedorismo vem ganhando cada vez mais importância na economia atual,


tendo grande participação na geração de empregos e no fornecimento de produtos e
serviços para a sociedade, com isso surge o questionamento: Como a aplicação da
tecnologia, pode influenciar no desempenho competitivo e trazer resultados
satisfatórios para a educação empreendedora? O objetivo geral da pesquisa foi de
compreender o uso da tecnologia como caminho para a educação empreendedora.
A pesquisa será de natureza aplicada, pois irá gerar conhecimentos para a aplicação
prática voltada à solução de problemas específicos, este trabalho se trata de uma
pesquisa qualitativa, do tipo revisão de literatura. Os resultados das habilidades de
empreendedor, gestão e vinculação mostram que essas habilidades precisam ser
desenvolvidas. Esses resultados podem apontar para estratégias desenvolvidas nas
escolas para garantir o desenvolvimento das competências dos alunos utilizando a
educação para o empreendedorismo como método de inovação. Concluindo assim
que a educação para o empreendedorismo reforça a crença num futuro melhor que
todos podem construir. Para isso, precisa-se criar um ambiente propício a uma
cultura empreendedora, juntamente com os professores empreendedores.

Palavras-chave: Tecnologia. Empreendedorismo. Educação Empreendedora.

Abstract

Entrepreneurship is gaining more and more importance in the current economy,


having a great participation in the generation of jobs and in the supply of products
and services to society, with this the question arises: How the application of
technology can influence competitive performance and bring results satisfactory for
entrepreneurial education? The general objective of the research was to understand
the use of technology as a path to entrepreneurial education. The research will be of
an applied nature, as it will generate knowledge for practical application aimed at
solving specific problems. This work is a qualitative research, of the literature review
type. The results of relationship, management and bonding skills show that these
skills need to be developed. These results may point to strategies developed in
schools to ensure the development of students' skills using entrepreneurship
education as a method of innovation. Concluding that education for entrepreneurship
reinforces the belief in a better future that everyone can build. For this, we need to
create an environment conducive to an entrepreneurial culture, together with
entrepreneurial teachers.

Key-words: Technology. Entrepreneurship. Entrepreneurial Education.

1 INTRODUÇÃO

Essa pesquisa é muito importante, no Brasil, o termo 'empreendedor' tornou-


se quase obrigatório no mercado, seja uma empresa ou uma atitude no trabalho.
Aumento da lucratividade e da competitividade nos negócios, maior crescimento
empresarial, liderança de mercado e, principalmente, preocupação em oferecer aos
consumidores novos produtos e serviços diante do fenômeno da globalização é o
fator que fomenta o empreendedorismo nas pessoas.
Há muitas coisas que são exigidas dos professores universitários. Aquisição
de conteúdo e tecnologia relacionados a práticas, atitudes e ações positivas,
entendimento de regulamentos de graduação e projetos educacionais, pesquisador
e excelente professor, transmissor de conhecimento e provedor de um ambiente de
libertação Alunos com experiência de mercado que apoiam o ensino crítico e
reflexivo.
O desenvolvimento tecnológico também exige o surgimento de mais e mais
empreendedores tecnológicos a cada dia, diante da competição econômica e da
geração de riqueza, que está se tornando uma necessidade constante, com isso
surge o questionamento: Como a aplicação da tecnologia, pode influenciar no
desempenho competitivo e trazer resultados satisfatórios para a educação
empreendedora?
O objetivo geral da pesquisa foi de compreender o uso da tecnologia como
caminho para a educação empreendedora. Os objetivos específicos são de:
Compreender os impactos das tecnologias no âmbito educacional, conhecer o
empreendedorismo no Brasil e apresentar o comportamento da educação
empreendedora.
Daí o interesse pelos temas propostos neste artigo, onde a educação
envolve ensinar e aprender. É um fenômeno presente em todas as sociedades e é
responsável pela manutenção e permanência dos meios culturais necessários à
convivência na sociedade de seus membros desde a transmissão para a próxima
geração. A educação neste sentido coincide com os conceitos de socialização e
inculturação.
O tema deste trabalho é relevante porque a educação empreendedora
beneficia estudantes de todas as origens socioeconômicas. Porque a educação
empreendedora incentiva as crianças a raciocinar fora da norma, cultivar talentos,
criar talentos, garantir a justiça social e incentivar a crença em si mesmas. 

2 METODOLOGIA

A metodologia adotada para o trabalho consiste, realizar-se-á uma pesquisa


de natureza básica, com o objetivo de compreender a o uso da tecnologia na
educação empreendedora. A pesquisa se trata de uma pesquisa qualitativa, do tipo
revisão de literatura. Conforme Gil (2012), a revisão de literatura resulta no
levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de
pesquisa escolhidos.
A fim de atender aos objetivos propostos, foi realizada uma revisão de
literatura dos estudos e materiais já elaborados e publicados, através da pergunta de
investigação: Como a aplicação da tecnologia, pode influenciar no desempenho
competitivo e trazer resultados satisfatórios para a educação empreendedora?
Os dados foram obtidos através de bases de dados, são elas: Google
Academy e Science Direct. A vista dos procedimentos técnicos a pesquisa
bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente
de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, monografias,
dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o
pesquisador em contato direto com o material já escrito sobre o assunto da
pesquisa.
Foram utilizados como critérios de inclusão artigos publicados em português e
inglês, no recorte temporal entre os anos de 2013 a fevereiro de 2023. Foram
excluídos os artigos publicados nos demais idiomas, e fora do recorte temporal.
O dado qualitativo é uma forma de quantificação do evento qualitativo que
normatiza e confere caráter objetivo a observação, assim sendo constitui-se em
pesquisas qualitativas que também se ocupa da investigação de eventos
qualitativos, mas com referenciais teóricos menos restritivos oportunizando a
manifestação da subjetividade do pesquisador (PEREIRA, 2014).
Será realizado a leitura completa dos artigos selecionados, fazendo o uso
complementar da técnica de análise temática de conteúdo através da leitura e
releitura dos resultados dos estudos para identificar os tópicos mais importantes das
produções.
No intuito de determinar os artigos adequados ao tema proposto, a busca
bibliográfica foi realizada nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino-
Americana em Ciências (LILAC), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), através
do acesso pela Biblioteca Virtual (BV).
Em relação a aspectos éticos, por tratar-se de revisão de literatura, não há
necessidade de aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos,
porém a autora se compromete em referenciar os autores que publicaram os artigos
científicos.

3 OS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS NO ÂMBITO EDUCACIONAL

No final do século XX, a Tecnologia Digital de Informação e Comunicação


(TDIC) foi estabelecida. Porque permeiam as relações sociais e profissionais e
garantem a mudança contínua na forma de comunicação e construção do
conhecimento.
Interação, discussão e várias formas de colaboração nesse contexto, o uso da
tecnologia nos processos de ensino e aprendizagem tem gerado constantes debates
em diversas instituições. Por isso, é importante pensar no seu impacto na educação
(SANTANA; PINTO; COSTA, 2015).
Segundo Moran (2018, p. 9):

As tecnologias digitais de hoje são abundantes, acessíveis, prontamente


disponíveis e podem ser usadas em qualquer lugar, a qualquer hora e de
várias maneiras para aprender. Não é o aplicativo em si que faz a diferença,
mas as mãos de educadores, administradores (e alunos) de mente aberta e
criativa que podem engajar, sonhar e inspirar as pessoas. Professores
interessantes organizam atividades interessantes e gravam vídeos
envolventes. Os professores emocionais podem se comunicar
genuinamente com seus alunos por meio de qualquer aplicativo, plataforma
ou rede social.

O professor tem papel fundamental no uso da tecnologia em sala de aula e


deve desenvolver sua criatividade buscando a atualização contínua. Moran (2018)
acredita que a introdução da tecnologia no ambiente escolar não apenas promove a
autonomia do aluno, incentivando-o a compartilhar suas ideias, mas também torna o
ensino mais relevante e interessante.
Segundo Oliveira, Moura e Sousa (2015), o TDIC contém recursos técnicos
integrados que permitem automatizar e comunicar processos relacionados à
pesquisa científica e ao ensino e aprendizagem. Assim, os processos de ensino e
aprendizagem que compõem as TDIC estimulam a autonomia e a criatividade de
alunos e professores e estimulam a produção de pesquisas e conteúdo que os
ajudem a explorar novos horizontes em seus campos acadêmicos e profissionais. 
No entanto, integrar o TDIC nos métodos tradicionais de ensino e
aprendizagem é um desafio para as escolas. Isso porque, segundo Oliveira, Moura e
Sousa (2015), os professores ainda são vistos como portadores do conhecimento,
intervindo no ensino e aprendizagem, apoiando os alunos e atualizando
constantemente esforços em tecnologia para apoiar a aprendizagem. papel a
desempenhar. prática educacional.
Nesse sentido, segundo Cury (2014, p. 121),

acrescenta que o TDIC é “um recurso, não um substituto para a orientação


do professor ou domínio e conhecimento''. Para os autores, essas
tecnologias são um suporte para ampliar as oportunidades de aprendizagem
dos alunos. No entanto, deve ser planejado e organizado sob a orientação
de um professor”.

Portanto, o TDIC não é responsável por estimular o aprendizado do aluno.


Cabe ao professor dar sentido ao uso do TDIC em sala de aula e estimular a
autonomia e o interesse do aluno pela aprendizagem e pela investigação. Segundo
Lima e Lima (2019, p. 128), "São necessários para a autonomia. Repensar a
metodologia, os materiais utilizados pelos professores, as tecnologias de
comunicação e informação utilizadas."
Os autores propõem que o desenvolvimento da autonomia por meio da
aprendizagem dos alunos depende não apenas dos alunos e de sua motivação para
aprender, mas também do preparo dos professores para usar a tecnologia de
maneira contextual e planejada.
Habowski e Conte (2020) afirmam que os desafios do uso da tecnologia na
educação se revelam por meio das relações entre o conhecimento, o mundo e os
aspectos humano-sociais da aprendizagem.
A tecnologia, portanto, torna-se significativa para as pessoas quando
associada às realidades sociais e à vida cotidiana. Porque a tecnologia é pautada e
fundamentada no comportamento e nas relações pedagógicas com os outros que
são objetos, sujeitos e sociedades. Cada projeto educacional é resultado do sentido
e do significado que os sujeitos atribuem à tecnologia. 
Carvalho (2014, p. 13) corrobora esse pensamento:

“Para esta nova geração de formandos, as novas tecnologias devem ser


encaradas como parte integrante do ambiente escolar, sendo necessário
compreender o papel que desempenham na educação relevante para a
mudança social quotidiana e para o compromisso com o futuro da Nação”.

Os autores acreditam que o uso da tecnologia no ensino e aprendizagem


deve ser significativo para os envolvidos. Isso permite que os alunos compreendam
sua importância e implicações para suas carreiras acadêmicas e profissionais e
lidem com a realidade, experiências e vivências. relacionados com a sua experiência
social.
Para Fagundes et al. (2019, p. 7),

“O uso da tecnologia no processo educacional é mais do que apenas uma


ferramenta para ensinar tecnologia, ela transforma o conhecimento, amplia
o conhecimento e qualifica como especialista''. Esse processo pode
desenvolver habilidades, ampliar conhecimentos e inspirar criatividade em
professores e alunos. Além disso, ao trabalhar os sentidos cognitivos
humanos e fortalecer o poder de inovação, é possível conectar
conhecimentos de diferentes áreas”. 

Sobre esse aspecto, Segundo Cury (2014), refere-se em seu livro ao filósofo
francês Pierre Lévy, que defende que a tecnologia desenvolve a inteligência das
pessoas, também melhora as habilidades cognitivas. Memória, raciocínio, pesquisa,
compreensão de leitura, representação mental para desenho, síntese de imagens e
dados digitais com compreensão.
Portanto, é importante que os professores se tornem facilitadores da
aprendizagem dos alunos.
A tecnologia, que é considerada parte integrante de nossas vidas diárias,
desempenha um papel nas expectativas educacionais de hoje. Cabe aos
professores reconhecer as oportunidades de esclarecimento e pensar como
podem utilizar de forma produtiva os recursos disponíveis (inclusive, como
comentei anteriormente, dos próprios alunos, como smartphones e tablets).
Ensinar, trabalhar e pesquisar longe das ferramentas que atuam como
mediadoras da aprendizagem (BRAGA; MARRONI; FRANCO, 2015, p.
206).

Nesse sentido, o papel do professor em relacionar tecnologia e educação é


fundamental para garantir que o conhecimento seja construído e que os alunos
compreendam a importância de inserir essa tecnologia no contexto escolar.  

3.2. EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O conceito de empreendedorismo é bastante difundido no Brasil,


principalmente nos últimos anos, quando ganhou força no final da década de 1990,
conforme citado pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas) e pela SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software),
exportação foram estabelecidas.
Assim como menciona Dornelas (2015, p. 26).

“O movimento empresarial brasileiro começou a tomar forma na década de


1990, com a criação de organizações como o SEBRAE (Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a Softex (Empresa Brasileira de
Exportação de Software). Antes disso, pouco se falava em
empreendedorismo ou em abrir um pequeno negócio. O ambiente político e
econômico do país não era propício, e o empresário realmente não
encontrou informações que o auxiliassem em sua trajetória
empreendedora”.  

Antes das duas empresas, SEBRAE e Softex, o governo não dava muita
importância aos empreendedores, então não havia ajuda para eles se manterem
empreendedores. Como o SEBRAE é uma instituição que ajuda os pequenos
empreendedores, pôde dar todo o suporte e assessoria para solucionar os
problemas das empresas. A Softex é uma empresa que ajuda a trazer empresas
nacionais de software para o mercado externo gestão e tecnologia (SEBRAE, 2016).
Portanto, após a criação do SEBRAE e do SOFTEX, o governo passou a dar
mais atenção aos interessados em empreender. Com isso, eles se interessaram e
apoiaram a criação de pequenos negócios para que pudessem se estabelecer no
mercado. mortalidade corporativa. No entanto, para além do apoio destes dois
organismos, é evidente que ainda existem empresas que não se enquadram no
mercado e saem do mercado. 
Para Dolabela (2018), duas das três empresas que foram fundadas fecharam.
As pequenas empresas (menos de 100 funcionários) fecham com mais frequência
de 99% das falências são de pequenas empresas. Alguns têm sucesso sem suporte
e a maioria falha desnecessariamente.
Existem muitas startups que falham por razões óbvias. A falta de meios para
ser mais competitivo, o corte de custos e as culturas ultrapassadas muitas vezes
levam as empresas ao fracasso. Apesar desse alto índice de insucesso empresarial,
fica claro que muitas novas empresas estabeleceram seu espírito empreendedor no
Brasil desde a década de 1990 até os dias atuais.
Além disso, como Donellas (2015) deixa claro, a busca pela dependência
financeira e pessoal fez com que naquela época muitos se tornassem os novos
jovens milionários, independentes, donos de seus próprios narizes, era um dos
motivos pelos quais eu estava tentando. Pessoas que herdaram um negócio de seus
pais ou parentes e desejam continuar um negócio que foi estabelecido décadas
atrás também devem ser consideradas. 

3.3 EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

Programas de educação empreendedora desenvolvidos em instituições ao


redor do mundo contribuem para a formação desses profissionais. Os profissionais
não apenas adquirem informações e expertise em sua área de atuação, mas
também recebem referências importantes para sua condição profissional. Um mundo
cheio de oportunidades ao seu redor (ANDRADE, 2021). 
Kirby (2013) constatou há quase uma década que os antigos programas
americanos voltados para a formação de novos empreendedores para iniciar
negócios e pequenos empresários foram substituídos por graduados mais criativos e
capacitados estudante, aprender através da Educação para o Empreendedorismo. 
O conceito mais aceito, apresentado pelo economista Joseph Schumpeter, é
que os empreendedores são pessoas que inventam novas formas de criar novos
mercados, novos produtos, novos serviços, novos métodos de produção e
distribuição, afirmou (DYER, 2015).
É oportuno afirmar que a educação empreendedora é um processo orientado
para o desenvolvimento humano no quadro do reconhecimento e exploração de
oportunidades e da sua concretização. Uma sociedade na qual os humanos estão
integrados.
O Professor Fernando Dolabela, destacado docente e autor na área da
educação para o empreendedorismo, recomenda que esta educação se baseie em
fatores motivacionais e competências comportamentais e não em conteúdos
instrumentais (LOPES et al, 2020, p.46). 
A educação para o empreendedorismo é adaptada às necessidades
profissionais e inserida num ambiente de aprendizagem ativa e intencional através
da prática. Internacionalmente, as diferenças e peculiaridades do
empreendedorismo e da educação empreendedora são reconhecidas e debatidas.
Uma mudança no sistema educacional começa com uma transformação
filosófica das atitudes dos professores. Lá, é importante focar nos objetivos de
aprendizagem, perguntar o que os alunos querem e, em vez disso, motivá-los e
autorregular-se para buscar conhecimento. de tópicos programados abordados
apenas em sala de aula.

A educação para o empreendedorismo não vem do ensino básico ou das


escolas regulares. Historicamente, o empreendedorismo foi desenvolvido
nas escolas de negócios dos Estados Unidos. O primeiro Curso de
Empreendedorismo foi realizado na Universidade de Harvard em 1947,
conduzido pelo professor Myles Mace (LOPES, 2020, p. 61).  

A educação para o empreendedorismo deve desenvolver as qualidades e


habilidades necessárias para se tornar um empreendedor. De acordo o Consórcio
para a Educação Empreendedora (2014) apud LOPES, segundo TEIXEIRA (2020),
esta formação envolve identificar oportunidades, perseguir essas oportunidades,
gerar novas ideias, organizar os recursos necessários, inclui habilidades de
pensamento crítico. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a intromissão da tecnologia nas atividades disciplinares, fica difícil não


pensar no ensino e no processo educacional diante de tantas mudanças, o conceito
de empreendedorismo é entendido como incluindo indivíduos que criam
oportunidades dentro da sociedade e se engajam na atividade econômica de forma
organizada.
As tecnologias de informação e comunicação desempenham um papel muito
importante na construção do conhecimento, pois estimulam mentes múltiplas e
facilitam o processo educacional. O empreendedorismo é dinâmico e existem
algumas diferenças no que leva as pessoas a participar. Alguns empreendedores
veem uma oportunidade e se motivam, enquanto outros agem porque não
encontram outras formas de gerar renda (GOMES, 2016).
Segundo Dornelas (2015), quebrando barreiras comerciais e culturais,
fechando distâncias, globalizando e inovando conceitos econômicos, criando novas
relações laborais e novos empregos, quebrando paradigmas e criando riqueza para
as empresas.
As escolas são locais de educação e transformação de todos os indivíduos e
porque a introdução da tecnologia no ambiente escolar facilita a aprendizagem e
facilita o desenvolvimento de competências cognitivas, não deve ficar fechada a esta
nova realidade tecnológica. Segundo Cury (2014), empreendedor é alguém que
corre riscos em busca de seus sonhos, enfrenta obstáculos, é um ser autêntico e
consciente, enfrenta obstáculos e alcança o sucesso.
O termo da educação empreendedora é abordado na literatura científica em
muitos aspectos e termos mais amplos incluem criação de conhecimento,
desenvolvimento da cultura empreendedora, empreendedorismo, competência e
conteúdo para apoiar o empreendedorismo, refere-se a métodos de ensino,
aprendizagem e atividades. Os comportamentos, atitudes, intenções e valores que
são essenciais para os indivíduos viverem, trabalharem e criarem valor
compartilhado na sociedade.  
Quadro 1 - Comparação entre Ensino Tradicional e Educação Empreendedora segundo
KIRBY (2013).

Fonte: Adaptado pelo Autor (2023).


Um exemplo desse fenômeno tecnológico é a forma como atualmente nos
comunicamos com pessoas em locais remotos por telefone, e-mail ou redes sociais.
Oliveira (2013) argumenta que a apropriação da tecnologia é fundamental para a
inserção dos indivíduos na sociedade, mas a apropriação envolve mais do que
conhecer e usar os mecanismos impostos pela tecnologia. 
Começa com os alunos desenvolvendo projetos, este é o projeto futuro que o
aluno quer fazer, alcançar ou se tornar. E encontre uma maneira de realizar esse
sonho. Para fazer isso, precisamos reconhecer e aprender o que é necessário para
que isso aconteça. Atualmente, o uso da tecnologia está sendo lentamente integrado
à educação básica e, embora a tecnologia seja reconhecida como essencial ao
ensino, é importante que os professores explorem e usem a tecnologia de forma
educacional para seus alunos, ainda há muito pouco a fazer. 
Carvalho (2014, p. 13) desenvolveu um modelo visionário, explicando que os
empreendedores de sucesso possuem três categorias visionárias baseadas em
sistemas de relacionamento, aspectos de liderança, energia e percepções. No
Quadro 2, demonstra o modelo visionário.
Quadro 2 - Modelo visionário.

Fonte: Adaptado pelo Autor (2023).


Novas visões, como citam os autores, surgem de oportunidades de produtos
que podem ser lançados no mercado. A visão central busca nichos e escopos de
atuação, onde novos produtos chegam ao mercado. As visões complementares
servem para apoiar e dar continuidade à visão central.
Para Moran (2016), “a tecnologia nos ajuda a alcançar o que já estamos
fazendo ou queremos fazer”. Esses recursos são projetados para despertar a
curiosidade e o interesse e facilitar o aprendizado e a interação entre alunos e
professores. Empreendedores não são pessoas que esperam, são pessoas que
perseguem seus objetivos, não desanimam facilmente e deixam seus planos de
lado.
Gomes (2016) afirma que os professores são facilitadores e sua tarefa é
ajudar os alunos a usar a tecnologia corretamente para aprimorar seus
conhecimentos e realizações e desenvolver uma série de habilidades, no entanto,
não há certeza de que alguém terá sucesso como empreendedor. 
O processo de construção de novos padrões do comportamento está na
formação, sobretudo, nos anos iniciais, onde a criança precisa descobrir como se
guiar em meio ao mundo de significados que a sua realidade possui, e que a
qualidade de sua formação e aprendizado exercerá grande influência sobre seu
comportamento na vida futura.
Para tanto, as ações educacionais do SEBRAE, além de desenvolverem e
aplicarem instrumentos voltados para o desenvolvimento de competências para abrir
e gerenciar negócios, tem hoje, também, um novo enfoque de por meio da educação
formal gerar um novo empreendedor.
Uma proposta desafiante para a instituição, e, ao mesmo tempo, uma
estratégia para desenvolver, no país, uma cultura empreendedora, dentro de uma
perspectiva de fomentar o desenvolvimento local sustentável, por meio do
comportamento arrojado que se articula com cidadania, cooperação e
responsabilidade social.
Não há dúvidas de que as novas tecnologias fazem parte da vida das
pessoas. É por isso que as crianças de hoje também nascem imersas neste mundo
digital. Foi pensando nisso que o SEBRAE desenvolveu o Programa Nacional de
Educação Empreendedora. O curso promove o desenvolvimento do
empreendedorismo e estimula crianças e jovens a assumirem cargos de liderança,
contribuindo assim para o desenvolvimento do local e para as mudanças culturais
associadas ao empreendedorismo no Brasil junto às futuras gerações. 
Segundo informações disponíveis no site do SEBRAE, o curso Primeiros
Passos do Jovem Empreendedor (JEPP) foi implantado no SEBRAE/SP em meados
de 2001 e vem sendo aplicado em número crescente de estados desde 2002. O
curso propõe a disseminação da cultura empreendedora e de cooperação nas
instituições de ensino, desenvolvendo novas competências nos educadores e alunos
envolvidos, e na comunidade escolar para oportunidades de inovação no processo
de ensino e aprendizagem do ensino fundamental a partir do 19º ano (GIOGINO et
al, 2015). 
Fundamental, Médio e Superior, com o “objetivo de ampliar, promover e
disseminar a Educação Empreendedora nas instituições de ensino por meio da
oferta de conteúdos de empreendedorismo nos currículos, objetivando a
consolidação da cultura empreendedora na Educação”, de acordo com o Manual de
Gestão do Programa Nacional de Educação Empreendedora (2017, p. 96).
Nessa nova concepção do SEBRAE, o comportamento empreendedor
passou a ser entendido como uma atitude, uma atitude perante a vida, um estado de
espírito que motiva o indivíduo a sonhar e agir, tornando-se, em última instância,
agente de mudança e transformação, desenvolver o empreendedorismo significa
promover o desenvolvimento sustentável da região. 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na realização deste trabalho, as bibliografias pesquisadas confirmaram que a
falta de conhecimento sobre empreendedorismo ainda prevalece no Brasil, com
muitos pequenos negócios aparecendo desorganizados sem programação e
planejamento, uma empresa que irá à falência no futuro. 
O presente estudo teve como objetivo principal de compreender o uso da
tecnologia como caminho para a educação empreendedora. Ensinar
empreendedorismo nas escolas ajuda a melhorar habilidades como flexibilidade e
comunicação. A criação de jovens empreendedores cria um impulso para
desenvolver as características da atividade empreendedora.
Com base nos resultados, espera-se que este trabalho ajude a traçar uma
estratégia para minimizar esse problema que atinge toda a sociedade. Os alunos
devem ser orientados a planear o futuro, identificando oportunidades de realização,
desenvolvendo o espírito empreendedor, encontrando e capitalizando oportunidades
de integração no mercado de trabalho ou de criação de negócio próprio.
A bibliografia encontrada traz muitas informações sobre sonhar e estimular
alunos a sonhar, a ter comprometimento e vontade de mudar as coisas, e a buscar a
autonomia em nós mesmos e nos alunos. Um dos fatores proeminentes no
surgimento do empreendedorismo é a disponibilidade de educação e treinamento
que ajudam a promover o empreendedorismo, desenvolvendo conhecimentos,
atitudes, habilidades e aumentando a conscientização sobre o potencial da carreira
empreendedora.
Portanto, acredita-se que após revisão da literatura, fica claro sobre
empreendedorismo mostra que administrar um negócio é um ato complexo, mas não
é difícil. Muitos empreendedores enfrentam dificuldades porque não adquiriram
desde a infância as habilidades importantes para quem quer abrir um negócio.
Por fim, demonstra-se a eficácia da metodologia de uso da tecnologia para a
educação empreendedora no processo de ensino e aprendizagem, levando ao
desenvolvimento de habilidades empreendedoras como criatividade, inovação,
liderança, trabalho em equipe e autorregulação entre os acadêmicos. 
Por fim, é importante ensinar empreendedorismo desde cedo. Esta prática
incute o espírito empreendedor nos jovens e aumenta a sua comunicação,
flexibilidade e capacidade de adaptação face aos obstáculos. Porque ideias simples
podem desenvolver projetos de grande porte, revolucionários, complexos e valiosos
como resultado da educação empreendedora.
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