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Indústria e varejo buscam parceria em parque tecnológico
A região tem 11.405 empresas de base tecnológica, diz Paulo Cereda, gerente regional do
Sebrae no Grande ABC. Ele considera essa quantidade relevante, se comparada,
proporcionalmente, a Santa Catarina, por exemplo. De acordo com relatório da Associação
Catarinense de Tecnologia (Acate), o Estado abrigava mais de 17 mil empresas do em 2021.
“O ABC tem densidade grande. E isso aponta para o que vai ser a economia mundial, que é a
economia digital. Foi vanguarda de desenvolvimento na época de industrialização, agora está
promovendo outra era nas mesmas empresas”, opina Cereda. De mais de 327 mil empresas
na região, 22,7 mil são de grande porte, segundo dados do Sebrae em fevereiro de 2023. As
demais estão entre microempreendedor individual e empresas de pequeno porte, sendo que o
número de startups cresceu 134%.
Conectar empresas com startups acelera a inovação, diz Magnani. Se tem serviço ou
tecnologia que os fornecedores não queiram implementar, a startup faz. O Parque tem
aproximado os diferentes tipos de empresas e instituições.
“Quando se fala em reindustrialização, se não estivermos com universidades, empresas e
startups, e não discutirmos temas como metais leves, energia renovável, produtos
sustentáveis, tudo fica desconectado do que o mundo todo está discutindo hoje”, diz Evandro
Banzato, secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego da Prefeitura de Santo André,
à qual o Parque está vinculado.
Mesmo com o encolhimento, o setor industrial exibe vigor. Em Santo André, de 60% a 65% das
atividades são voltadas para serviços. Mas 50% do Produto Interno Bruto (PIB) vêm das
indústrias química e petroquímica - há cerca de 1.200 delas no ABC.
“[O Parque] nos possibilitou contato com empresas e universidades que normalmente não
teríamos acesso”, afirma Francisco Ruiz, gerente-executivo do Comitê de Fomento Industrial
do Polo do Grande ABC (Cofip), ao citar a Universidade Federal de Santa Maria (RS).
“Tem mais de 2 mil laboratórios no Brasil. Imagina para o empresário identificar qual vai
resolver o problema dele”, acrescenta Ricardo Magnani, diretor técnico do Parque. São 500
empresas do setor metal mecânico em Santo André e milhares no ABC. É uma área que
perdeu competitividade em um mercado de US$ 35 bilhões no mundo, e o Brasil tem menos
de 1%, diz o diretor.
Magnani diz que o Parque reuniu 16 empresas do ABC e interior de São Paulo e de outros
Estados, a Universidade Federal do ABC e unidades do Senai para desenvolver rotas de
crescimento para a indústria metal mecânica. É um projeto de R$ 2,7 milhões, sendo R$ 1,9
milhão da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), aprovado em dezembro e
prazo de 20 meses para conclusão.