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NOÇÕES DE

DIREITO CIVIL
Comunicação dos Atos Processuais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Comunicação dos Atos Processuais
Gustavo Deitos

Sumário
Comunicação dos Atos Processuais.. ........................................................................................... 3
1. Disposições Gerais e Teoria da Comunicação dos Atos Processuais................................ 4
2. Citações......................................................................................................................................... 7
3. Cartas........................................................................................................................................... 26
4. Intimações.. ................................................................................................................................. 29
Exercícios......................................................................................................................................... 34
Gabarito............................................................................................................................................ 45
Gabarito Comentado.....................................................................................................................46

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Comunicação dos Atos Processuais
Gustavo Deitos

COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS


Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! Neste cur-
so, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de Direito Civil, com o objetivo de lhe dispo-
nibilizar, de forma prática e completa, o substrato de conteúdo necessário para ter o melhor
desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você possa
tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de estudo completo e
capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, individualmente,
avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios de estudo ideais. Dessa
forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF e vídeos, ou somente com um ou
outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio de contar
com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta aula. De qualquer
forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como fonte de estudos de forma
aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. Tudo depende, unicamente, da preferên-
cia de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente o seguinte tópico de Direito Processual Civil: Co-
municação dos atos processuais.
A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abranger todos os
pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda mais solidificado. O nú-
mero de exercícios é determinado de acordo com dois parâmetros: complexidade do conteúdo
e número de questões de concursos existentes. Por resultado, o número de exercícios dispo-
nibilizados é determinado de modo que seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente
testado e fixado, mas sem que haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção
e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade
do material.
Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau de
satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso você
tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum problema,
por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar sua avaliação.
Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir quaisquer pro-
blemas nas aulas.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, que,
para nós, é sagrado.

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Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio do Fó-
rum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um grande prazer
verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!

A presente aula é atualizada em conformidade com as alterações da Lei n. 14.195/2021.

1. Disposições Gerais e Teoria da Comunicação dos Atos Processuais


Você possivelmente já leu/ouviu muitas vezes que o processo é formado por uma sequên-
cia preordenada de atos processuais. Essa “sequência”, todavia, somente pode ser considera-
da válida se houver comunicação dos atos processuais a quem tenha interesse neles.
Isso significa que qualquer conteúdo impositivo de um ato processual somente terá eficá-
cia se a parte que deva sofrer tal imposição for devidamente comunicada do ato.
Comunicar um ato processual é nada mais que dar ciência desse ato ao sujeito que seja
interessado nos respectivos resultados. Aquele que deva cumprir uma obrigação no processo
ou uma obrigação material deve ter ciência de sua obrigação, bem como aquele que teve um
direito reconhecido deve ser devidamente comunicado de seu direito.
Não existe processo sem comunicação com os sujeitos processuais. Em alguns casos, a co-
municação deve existir até mesmo com sujeitos que jamais tenham integrado o processo (como
no caso das cartas precatórias, rogatórias e cartas de ordem), a fim de que os requisitos de vali-
dade da relação processual sejam validados, especialmente o do contraditório e da ampla defesa.
A comunicação dos atos processuais pode se dar de várias formas: citação, intimação,
expedição de carta, expedição de ofício, dentre outras. Portanto, quando se fala genericamente
em “comunicação” ou “ato de comunicação”, está-se falando de dar ciência de um ato proces-
sual a alguém, por qualquer meio.
Para entendermos melhor as disposições gerais da comunicação dos atos processuais,
estudaremos com comentários individualizados a cada dispositivo do CPC.

TÍTULO II
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial.


§ 1º Será expedida carta para a prática de atos fora dos limites territoriais do tribunal, da comarca,
da seção ou da subseção judiciárias, ressalvadas as hipóteses previstas em lei.

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Desde já, saiba que a carta, genericamente, será expedida quando o juízo não tiver poderes
para intervir em determinada situação, e precisar da cooperação de outro órgão judiciário para
tomar alguma providência.
A carta tem várias espécies:
1) Carta Precatória;
2) Carta Rogatória;
3) Carta de Ordem;
4) Carta Arbitral.

§ 2º O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos
limites territoriais do local de sua sede.

O § 2º trata da específica carta de ordem. Aprofundaremos nesta espécie no comentário


ao art. 237, logo abaixo.

§ 3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecno-
lógico de transmissão de sons e imagens em tempo real.

Existem cartas precatórias que são cumpridas mediante videoconferências. Grande exem-
plo é o da carta precatória para oitiva de testemunha que resida em outra comarca, que com-
parece ao fórum da comarca de sua residência para depor, mediante videoconferência, ao juiz
da comarca onde o processo tramite.

Art. 237. Será expedida carta:

Você aprenderá, abaixo, a diferenciação entre cada espécie de carta.

I – de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2º do art. 236;

A Carta de Ordem é expedida pelo tribunal para que algum juiz vinculado ao tribunal cum-
pra alguma providência.
O tribunal, por se situar na capital do Estado, pode não ter viabilidade prática para fazer um
interrogatório ou uma inspeção judicial, por exemplo. Nestes casos (exemplificativos), poderá
o tribunal expedir uma carta de ordem para que um juiz vinculado ao tribunal realize a atribui-
ção, em razão de maior praticidade, normalmente em razão da proximidade com o objeto da
providência.

II – rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacio-
nal, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;

A Carta Rogatória é expedida por um órgão jurisdicional do exterior que solicite a coopera-
ção do Poder Judiciário brasileiro para a prática de algum ato processual.

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Para que uma carta rogatória seja cumprida no Brasil, é necessário que lhe seja concedido
o chamado exequatur, que é uma medida de análise de adequação do conteúdo da carta com
a ordem pública brasileira.
A concessão de exequatur às cartas rogatórias compete originariamente ao STJ (art. 105,
inciso I, alínea i, CF/1988).
O exequatur consiste numa autorização do STJ para que a carta rogatória seja cumprida
no Brasil, concedida após um juízo de admissibilidade relativo ao atendimento das normas
brasileiras, de modo que sejam afastadas eventuais “aberrações jurídicas” decorrentes das
diferenças entre o direito brasileiro e o direito do país prolator da carta.

A concessão do exequatur às cartas rogatórias cabe ao STJ, originariamente.


A execução das disposições das cartas rogatórias, após o exequatur, compete aos juízes fe-
derais (art. 109, inciso X, CF/1988).

III – precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na área
de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão
jurisdicional de competência territorial diversa;

A Carta Precatória destina-se à cooperação entre órgãos judiciários de igual hierarquia, ou


sem que haja relação de superioridade entre um e outro.

Exemplo: O juiz de uma das Varas Cíveis de São Paulo (SP) precisa ouvir uma testemunha que
resida em Macapá (AP). Neste caso, poderá o juízo paulista expedir carta precatória ao juízo
amapaense, para que seja ouvida uma testemunha que resida no Amapá.

IV – arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de
sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo
arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.

A Carta Arbitral é expedida pelo juízo arbitral, que pede a órgão do Poder Judiciário que pra-
tique determinado ato, para dar efetividade àquilo que houver sido fixado na decisão do árbitro.

Pode o árbitro solicitar o cumprimento de medida destinada à efetivação de tutela provisória


eventualmente concedida pelo próprio árbitro. É um detalhe do período final do inciso IV, que
pode ser explorado em provas.

Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior
houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo
estadual da respectiva comarca.

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Normalmente, o STJ e o STF expedem cartas de ordem a juízes federais. Todavia, em algu-
mas localidades, não existem Varas Federais. Nestas situações, poderão ser deprecados os
juízes de direito estaduais.
A mesma regra será observada quando a carta de ordem for expedida por um TRF, ou quan-
do for expedida carta precatória por outro juiz federal de igual hierarquia.
Conclusão: não havendo juízo federal na localidade, a carta pode ser cumprida pelo juiz de
direito da Justiça Estadual.

2. Citações

CAPÍTULO II
DA CITAÇÃO

Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar
a relação processual.
Parágrafo único. A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura
da ação. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

Sempre que alguém deva integrar o processo, isto é, participar dele pela primeira vez (“en-
trar” no processo, a grosso modo), este alguém será CITADO.
Quando a pessoa já estiver participando do processo e deva ser comunicada de algum ato
processual, ela será intimada, e não citada.

O PULO DO GATO
Um sujeito processual é citado apenas uma vez ao longo do processo.
A citação é o primeiro ato de comunicação do processo.

Para ilustrar:

O parágrafo único do art. 238 foi incluído pela Lei n. 14.195/2021.

A partir da alteração promovida pela Lei n. 14.195/2021, a citação tem um prazo máximo
para ser promovida pelo Poder Judiciário: 45 dias, a partir do momento da propositura da ação.

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Lembre-se que, conforme o art. 312 do CPC, “considera-se proposta a ação quando a petição
inicial for protocolada”.
Portanto, dou-lhe as seguintes dicas:

DICA!
1) Se a banca afirmar que a citação deve ser promovida no pra-
zo de 45 dias a contar da propositura da ação, essa afirmação
será correta, pois reproduz a literalidade do art. 238, parágrafo
único, do CPC.
2) Se a banca afirmar que a citação deve ser promovida no
prazo de 45 dias a contar do protocolo da petição inicial, essa
afirmação também será correta, uma vez que o protocolo da
petição inicial é um ato de sistema cuja substância configura
o ato processual de propositura da ação, conforme o art. 312
do CPC.
3) Se essas duas afirmações estiverem na mesma questão,
prefira aquela que reproduz a literalidade do art. 238, parágra-
fo único, do CPC (dica n. 1).

Registro, a título de conhecimento, que a criação de um prazo máximo para a realização


da citação deve-se ao fato de que a citação induz vários efeitos jurídicos importantes, como a
interrupção da prescrição, como veremos no comentário ao art. 240.

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas
as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

Regra geral e importantíssima: a citação do réu (processo de conhecimento) ou do execu-


tado (processo de execução) é pressuposto processual de validade do processo.
Sem a citação do réu/executado, o processo é integralmente nulo.
Somente nas hipóteses especificadas em lei é que o processo poderá ter um final sem a
citação do réu. Essas hipóteses excepcionais são:
1) Indeferimento da petição inicial: a análise dos requisitos da petição inicial (art. 319)
ocorre antes da citação do réu. Se o juiz der ao autor um prazo para corrigir vícios e o autor não
fizer essa correção, ele extinguirá o processo sem resolução do mérito sem sequer citar o réu.
Neste caso, o réu somente será citado se o autor apelar, caso em que a citação será para
o oferecimento de contrarrazões à apelação (art. 331, § 1º).
2) Improcedência liminar do pedido: Se os pedidos do autor se enquadrarem em uma ou
mais das hipóteses do art. 332, eles serão julgados liminarmente improcedentes, sem nem
mesmo a citação do réu.
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Neste caso, o réu somente será citado se o autor apelar, caso em que a citação será para
o oferecimento de contrarrazões à apelação (art. 332, § 4º).

 Obs.: Tanto no caso de indeferimento da inicial quanto no de improcedência liminar, a falta


de citação do réu não o prejudica: ela apenas não acontece por ser inútil, pois o réu
não terá nenhuma manifestação processual a fazer. Ele será, somente, intimado da
sentença extintiva.

§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação,


fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.

A regra do § 1º é muitíssimo cobrada em provas.

Imagine que a citação do réu tenha sido nula (deveria ter sido feita por correios ou por
meio eletrônico, mas foi feita por edital). O réu, por ter a maior sorte do mundo, leu o Diário
Eletrônico justamente no dia em que lá constava sua citação por edital. Nesta situação, se o
réu comparecer em juízo mesmo tendo sua citação sido nula, esta nulidade será convalidada,
e o prazo para contestação (processo de conhecimento) ou embargos à execução (processo
de execução) será contado a partir da data em que comparecer em juízo.
Exatamente a mesma lógica vale para o caso de inexistência de citação. Se o réu “ouvir
dizer” que foi processado, mesmo sem ter sido citado, ele poderá comparecer em juízo, e a ine-
xistência da citação poderá ser suprida pelo comparecimento (rara hipótese de convalidação
de uma inexistência).

§ 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:


I – conhecimento, o réu será considerado revel;
II – execução, o feito terá seguimento.

Imagine que o réu alegue que sua citação foi nula, requerendo, por consequência, a nulida-
de de todos os atos processuais posteriores à citação nula.
O juiz, ao analisar os autos, verifica que a citação se deu pelo meio correto, e que o réu não
tem razão. Neste caso, serão normalmente aplicados os efeitos da revelia, se o réu tiver perdi-
do o prazo para contestar (processo de conhecimento).
Se se tratar de processo de execução, a execução terá regular prosseguimento, uma vez
que não há revelia por falta de oposição de embargos à execução.

Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, tor-
na litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei
n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido
por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.

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O caput e o § 1º do art. 240 positivam os efeitos imediatos da citação, quando esta ocorrer
de forma válida. A citação provoca, portanto, os seguintes efeitos:
1) Indução de litispendência: realizada a citação, serão nulos os processos futuros com
iguais partes, causas de pedir e pedidos. Afinal, com a integração do réu ao processo (pela
citação), ficarão preenchidos todos os elementos identificadores da ação (partes, causa de
pedir e pedido).
2) Qualificação de coisa como litigiosa: se a ação versar sobre uma coisa (bem móvel ou
imóvel), depois da citação do réu, a coisa terá o caráter de objeto litigioso, e, se for alienada a
terceiro de boa-fé, poderá provocar o fenômeno da evicção (art. 450 do Código Civil).
3) Constituição do devedor em mora: se a ação tiver por objeto a exigência de uma obriga-
ção, o devedor (réu) será considerado em mora a partir de sua citação válida, correndo, a partir
desta data, os riscos por conta do devedor, isso sem falar em juros de mora.
Não será constituída a mora nas seguintes situações:
inadimplemento de obrigação positiva e líquida (a mora é constituída já no termo final da
obrigação – art. 397 do Código Civil). É a obrigação de pagar quantia certa de valor exato.
obrigação decorrente de ato ilícito (mora é constituída desde a prática do ato ilícito – art.
398 do Código Civil).
4) Interrupção da prescrição: a interrupção do prazo prescricional é o fenômeno jurídico
que faz com que um prazo prescricional em curso seja zerado, isto é, elimina todo o tempo já
decorrido do prazo prescricional, como se ele nunca tivesse se iniciado. A interrupção aconte-
ce somente uma vez (art. 202 do Código Civil).

Todos os efeitos que você estudou acima são produzidos MESMO QUE o juízo que operou a
citação seja INCOMPETENTE, seja esta incompetência relativa ou absoluta.
Trata-se de um efeito universal da citação.
Esta regra é muito cobrada em provas. Lembre-se dela!

Para fins de segurança jurídica, o legislador, a partir da Lei n. 14.195/2021, determinou que
as citações sejam promovidas no prazo máximo de 45 dias a partir da propositura da ação.
Afinal, já se enfrentaram na prática muitos problemas em razão de o fenômeno da interrupção
da prescrição depender da citação, e a citação demorar a ser realizada pelo Poder Judiciário.

§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar
a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.

Se o autor não adotar tais providências no prazo de 10 dias (grave este prazo), a prescrição
não será interrompida.

§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.

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Imagine que o autor tenha, de fato, tomado todas as providências para a citação do réu
(informação de endereço e tudo mais). Todavia, o órgão judiciário, por ter grande volume de
processos, demorou demais para realizar tal citação. Neste caso, o autor não será prejudicado,
desde que tenha feito a sua parte.

§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos
previstos em lei.

Como regra geral (art. 207 do Código Civil), a decadência não se sujeita a causas suspen-
sivas, impeditivas ou interruptivas, como a prescrição. O mesmo dispositivo permite que a lei
crie exceções.
Aqui, estamos diante de uma exceção: o prazo decadencial TAMBÉM PODE ser interrom-
pido pela citação.

Art. 241. Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação,
incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.

Sim, é possível que um réu seja beneficiado por uma sentença de mérito a seu favor sem
sequer ter sido citado. É o caso da improcedência liminar do pedido (art. 332 do CPC), estuda-
da na aula sobre o Procedimento Comum.
De qualquer forma, o réu ficará sabendo dessa sentença quando ela transitar em julga-
do, mas não mediante citação, e, sim, mediante intimação, pois não terá nada mais a fazer
no processo.

 Obs.: Lembre-se de que, se o autor tiver apelado dessa sentença, o réu será citado para apre-
sentar contrarrazões (art. 332, § 4º do CPC).

Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou
do procurador do réu, do executado ou do interessado.

Embora a citação seja um ato pessoal como regra, ela pode ser feita na pessoa do repre-
sentante legal (nos casos de pessoas jurídicas ou de incapazes) do réu.
Grandes litigantes costumam cadastrar advogado para receber as citações de seus pro-
cessos. Isso é mais comum quando as citações do réu são realizadas por meio eletrônico o
por Diário. Poderão, portanto, as citações ser destinadas ao procurador indicado pelo réu em
cadastro para citações enviadas por meio eletrônico.

§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, pre-
posto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.

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Simples: quando o objeto da ação disser respeito a ato praticado por mandatário, adminis-
trador, preposto ou gerente, a citação poderá ser feita diretamente em relação a estes.

 Obs.: O requisito para a citação na pessoa desses sujeitos é a ausência do citando (réu). Se
o réu tiver condições de receber pessoalmente a citação, não será realizada a citação
na pessoa dos sujeitos acima mencionados.

§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa
do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habili-
tado para representar o locador em juízo.

Quando uma ação for ajuizada tendo por objeto um imóvel locado, e o locador estiver no
exterior, poderá a citação ser feita na pessoa do administrador do imóvel incumbido de receber
aluguéis (imobiliária).

 Obs.: Uma condição para que o administrador do imóvel seja representante do locador em
juízo é o fato de o locador não ter conferido poderes para nenhum advogado. Se ele
tiver conferido tais poderes a algum procurador no Brasil, o administrador do imóvel
não poderá representar o locador em juízo.

§ 3º A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública res-
ponsável por sua representação judicial.

Trata-se de outra prerrogativa processual da Fazenda Pública. As citações dos entes


públicos e entidades de direito público será feita diretamente perante os procuradores do
ente público.

 Obs.: As bancas tentam confundir o candidato, dizendo que as citações poderiam ser dirigi-
das ao Chefe do Poder Executivo, o que está errado. Elas são dirigidas aos Procurado-
res do ente/entidade.

Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o
interessado.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não
for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.

Não existe lugar exato para a realização da citação. Poderá o réu ser citado em qualquer
lugar onde se encontre.

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O servidor público militar poderá ser citado, pessoalmente, na unidade militar em que estiver
trabalhando, caso não seja encontrado em sua residência ou seja ela desconhecida.

Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

Abaixo, você verá várias hipóteses em que o respectivo réu não poderá ser citado. Todavia, tais
hipóteses não prevalecerão quando a citação for necessária para evitar o perecimento (ruína)
de um direito, conforme o caput.

I – de quem estiver participando de ato de culto religioso;


II – de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha
reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV – de doente, enquanto grave o seu estado.

As bancas costumam cobrar os períodos de cada inciso. É importante gravá-los.


CASAMENTO: 3 dias seguintes.
FALECIMENTO DE PARENTE: dia do falecimento e 7 dias seguintes.

 Obs.: Associe a tradição religiosa do “sétimo dia de falecimento” a este dispositivo, e você não
o confundirá com o período de impossibilidade de citação por ocasião de casamento.

O doente, por sua vez, só não pode ser citado enquanto seu estado estiver grave ou pior. Se
a doença for moderada, ele poderá, sim, receber citações.

 Obs.: Não se exige que o doente esteja inconsciente. Basta que seu estado esteja grave,
independentemente de estar consciente ou não.

Somente o culto religioso é protegido contra a citação. Atos de manifestação política, por
sua vez, não são protegidos.

Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está im-
possibilitado de recebê-la.
§ 1º O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência.
§ 2º Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5
(cinco) dias.
§ 3º Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2º se pessoa da família apresentar declaração do
médico do citando que ateste a incapacidade deste.
§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua
escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5º A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando.

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Gustavo Deitos

A incapacidade mental ou a impossibilidade de se expressar tornam a citação praticamente


nula, pois o réu não terá consciência da relação jurídica processual que integrará.
Certificada uma dessas situações pelo oficial de justiça, o juiz nomeará um médico para
analisar se o citando realmente é mentalmente incapaz de receber a citação ou se é impossível
que se expresse. Essa nomeação será dispensada se a família do citando apresentar declara-
ção médica escrita que ateste a respectiva incapacidade.
Nestas situações, o citando receberá do juiz um curador, observada a preferência legal. A
curatela será restrita aos poderes e deveres processuais, e não terá efeito sobre outras rela-
ções jurídicas.
O curador é necessário para que receba a citação e as futuras intimações, ficando respon-
sável pela prática de todos os atos processuais pertinentes (audiência de conciliação, contes-
tação, reconvenção etc.).

Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias
úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo
citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de
Justiça. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)

A partir das alterações promovidas pela Lei n. 14.195/2021, a citação não é mais feita, em re-
gra, pelo correio. De agora em diante, a forma preferencial de citação, nos casos em que o réu
tem cadastro para tanto, é a citação por meio eletrônico. Como veremos, somente se for frus-
trada a citação por meio eletrônico é que o Judiciário tentará fazer a citação por outros meios.

O § 1º esclarece que todas as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter ca-
dastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações
e intimações. A partir da Lei n. 14.195/2021, essa obrigação passou ao status de dever pro-
cessual das partes (art. 77, VII, CPC).
Dessa forma, a primeira tentativa de citação será sempre feita por meio eletrônico, se a
pessoa citanda for obrigada a manter tal cadastro (empresas públicas e privadas).
A primeira citação, a ser feita por meio eletrônico, deverá ser promovida dentro dos dois
dias úteis seguintes à decisão que determinar a citação.

Esse prazo de 2 (dois) dias úteis tem início a partir da decisão que determinar a citação. Leia
essa “decisão” como o tradicional despacho inicial do juiz, que recebe a petição inicial e, não
sendo caso de improcedência liminar do pedido, determina a citação da parte ré.
A banca poderá tentar te confundir, dizendo que tal prazo corre a partir de outro evento. Por
isso, farei as considerações a seguir.

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Comunicação dos Atos Processuais
Gustavo Deitos

Quando você leu o parágrafo único do art. 238, viu que a citação deve ser promovida em
até 45 dias da propositura da ação. No entanto, você precisa aprender essa regra com cuidado.
Esse prazo de 45 dias, caro(a) aluno(a), é um prazo-limite para que a citação, sob quais-
quer de suas formas (eletrônica, por via postal, por oficial de justiça etc.), seja efetivada.
O prazo instituído pelo caput do art. 246, por sua vez, é um prazo máximo destinado ape-
nas à citação de forma eletrônica.
Situarei cada regra a partir de um exemplo prático.

Exemplo:
João da Silva ajuíza uma ação contra a empresa XXX, a qual, logo em seguida ao protocolo da
petição inicial, é distribuída à 1ª Vara Cível de Campo Grande (MS), em 8/11/2022. A Secretaria
da Vara promove a citação eletrônica da empresa XXX, ré, em 2 (dois) dias úteis após o des-
pacho inicial, que foi publicado em 14/11/2022. No entanto, por ter sido a citação eletrônica
infrutífera, a Secretaria, após 12 dias úteis, renovou a tentativa de citação por correios. Ainda
sem sucesso, a Secretaria, após 18 dias úteis, promove a citação mediante oficial de justiça,
quando, enfim, obtém êxito em citar a parte ré.
Neste exemplo, a Secretaria levou 35 dias úteis, após a propositura da ação (configurada pelo
protocolo da petição inicial – art. 312 do CPC), para conseguir citar a empresa ré. De modo global,
o órgão observou o prazo do art. 238, parágrafo único, que determina que a citação seja efetiva-
da dentro de 45 dias (úteis, embora o dispositivo não seja explícito) após a propositura da ação.

Para não esquecer:

§ 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)

Empresas públicas, empresas privadas e entes/entidades de direito público têm a obriga-


ção de manter tal cadastro junto ao Poder Judiciário. Esse dever passou a ter a condição de
dever processual (art. 77, inciso VII, do CPC).

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O propósito do CPC é de fazer com que todas as empresas venham a ter o referido cadastro.

§ 1º-A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação: (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
I – pelo correio; (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
II – por oficial de justiça; (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; (Incluído pela Lei n.
14.195, de 2021)
IV – por edital. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas previstas nos incisos
I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do
recebimento da citação enviada eletronicamente. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º-C Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5% (cinco por
cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da
citação recebida por meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

Veja bem.
O destinatário da citação feita por meio eletrônico tem 3 (três) dias úteis para confirmar o
recebimento da citação. Dessa informação, decorrem as seguintes:
1) Se, após esse prazo, o réu não confirmar o recebimento, a citação será feita pelos outros
meios previstos em lei, de acordo com as circunstâncias do caso concreto (correios, oficial de
justiça, pelo servidor se o réu comparecer em Secretaria ou por edital).
2) Se, citado por correios, oficial de justiça, pelo servidor presencialmente em Secretaria ou
por edital, o réu deverá, em sua primeira manifestação processual, apresentar justa causa para
não ter confirmado o recebimento da citação por meio eletrônico.
3) Se o réu, citado por correios, oficial de justiça, pelo servidor presencialmente em Secre-
taria ou por edital, não apresentar justa causa para a ausência de tal confirmação de recebi-
mento, ficará sujeito a multa por AADJ (ato atentatório à dignidade da justiça) de ATÉ 5% do
valor da causa.

Nem todas as pessoas são obrigadas por lei a manter dados cadastrais atualizados perante o
Poder Judiciário. Tais dados são exigidos daquelas pessoas que tenham o dever de viabilizar
eventuais citações e intimações por meio eletrônico. Tais pessoas são as empresas públicas
e privadas (art. 246, § 1º, CPC).
Embora exista regra programática no sentido de que, futuramente, todas as pessoas naturais e
jurídicas sejam citadas/intimadas por meio eletrônico (art. 270 do CPC), o ordenamento jurídi-
co, por enquanto, somente obriga as empresas públicas e privadas a manter dados cadastrais
perante o Poder Judiciário para o recebimento de comunicações processuais em geral por
meio eletrônico.

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Perceba que a “justa causa” não tem uma definição própria no CPC. Tal terminologia signi-
fica qualquer justificativa idônea e verdadeira que tenha levado o réu a não confirmar o rece-
bimento da citação por meio eletrônico.

Exemplos: Perda recente da senha do e-mail, ato faltoso de funcionário da empresa, direciona-
mento do e-mail de citação à caixa spam, dentre outras possibilidades.

Ademais, o § 1º-C qualifica, de pleno direito, a ausência de justa causa para a não confir-
mação do recebimento como ato atentatório à dignidade da justiça.
O juiz, no caso concreto, não terá margem de escolha para qualificar tal conduta como
atentatória, ou não, à dignidade da justiça. A margem de escolha do juiz existirá apenas quanto
à fixação do valor da multa, que será limitado a 5% do valor da causa.

O PULO DO GATO
Ao estudar os parágrafos anteriores, você percebeu que não existe presunção de recebimento
de citação feita por meio eletrônico. É por isso mesmo que o recebimento de tal citação deve
ser confirmado para ser considerado realizado, custe o que custar (inclusive a custo de multa
processual, como visto).

§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às enti-
dades da administração indireta.

Os entes políticos, igualmente, são obrigados a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações.

 Obs.: Não existe nenhum dispositivo no CPC, nem mesmo dentre os incluídos ou alterados
pela Lei n. 14.195/2021, que exima as pessoas jurídicas de direito público da multa
por ato atentatório à dignidade da justiça, em caso de ausência de confirmação do
recebimento da citação eletrônica sem justa causa. Se essas pessoas, inclusiva os
entes federados, cometerem tal ato, serão sancionadas com a multa prevista no §
1º-C. Eventual culpa de agente público, para fins de ação regressiva, será, naturalmen-
te, aferida em âmbito administrativo-disciplinar.

§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando


tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.

Se a ação de usucapião tiver por objeto imóvel comum, em solo, os fronteiriços/confinan-


tes deverão ser citados, a fim de que se garanta que a usucapião somente ocorrerá sobre as
terras do usucapido, sem invasão das terras dos vizinhos.

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Se, todavia, a usucapião for pleiteada com relação a um apartamento, a citação dos vi-
zinhos não ocorrerá, pois, neste caso, as “divisas” são naturalmente muito bem delimitadas
(porta para dentro, porta para fora).

§ 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para realização da
confirmação de recebimento e de código identificador que permitirá a sua identificação na página
eletrônica do órgão judicial citante. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

Você, imaginando-se na posição do réu citado por meio eletrônico, possivelmente se as-
sustou com as disposições dos §§ 1º a 1º-C. No entanto, o § 4º foi incluído para garantir ao
citando que a sua citação deve ser acompanhada de corretas e claras orientações a fim de que
a confirmação do recebimento seja válida.
O § 4º ainda esclarece que a citação conterá um código identificador a fim de que o citan-
do tenha sua autenticidade comprovada na página eletrônica do respectivo órgão do Poder
Judiciário.
Embora o § 4º não fale a respeito, as citações por meio eletrônico conterão ao menos um
parágrafo com informação relativa à penalidade prevista no § 1º-C. Dessa forma, o citando não
poderá sequer alegar escusa por desconhecimento da sanção de multa de até 5% do valor da
causa, em caso de ausência injustificada de confirmação do recebimento da citação eletrônica.

§ 5º As microempresas e as pequenas empresas somente se sujeitam ao disposto no § 1º deste


artigo quando não possuírem endereço eletrônico cadastrado no sistema integrado da Rede Nacio-
nal para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). (Incluído
pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 6º Para os fins do § 5º deste artigo, deverá haver compartilhamento de cadastro com o órgão do
Poder Judiciário, incluído o endereço eletrônico constante do sistema integrado da Redesim, nos
termos da legislação aplicável ao sigilo fiscal e ao tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Lei
n. 14.195, de 2021)

Até a alteração promovida pela Lei n. 14.195/2021, as microempresas (ME) e as empresas


de pequeno porte (EPP) eram dispensadas da obrigação de manter cadastro nos sistemas
de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações. No
entanto, a partir de tal alteração, passou a surgir regra diferenciada a essas duas espécies
de empresa.
Em termos simples, os §§ 5º e 6º do art. 246 do CPC querem dizer que a ME e a EPP pas-
sam a ter, perante o Direito Processual Civil, uma obrigação alternativa:
1) Manter seus endereços atualizados no cadastro da Redesim (órgão da Administração
Tributária); OU
2) Realizar cadastro no sistema do Processo Judicial Eletrônico, gerido pelo Poder Judici-
ário, mantendo seus endereços atualizados.

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A finalidade do legislador (mens legislatoris) é clara: promover maior efetividade nas cita-
ções e intimações, evitando que processos contra ME e EPP tramitem à revelia, e ao mesmo
tempo proporcionar maior facilidade e simplicidade a essas empresas. Afinal, toda empresa já
é obrigada a manter cadastro junto à Administração Tributária, e a legislação autoriza que esse
mesmo cadastro seja utilizado pelo Poder Judiciário como fonte de informação dos endereços
das pequenas empresas.
A legislação exige da ME e da EPP, para a concretização de tal benefício, uma única con-
trapartida: a obrigação de manter atualizados seus endereços junto à Administração Tributária
(Redesim). Essa é, inclusive, a razão da inclusão do inciso VII ao art. 77 do CPC, que prevê tal
contrapartida como um dever processual.

Art. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País,
exceto: (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
I – nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º;
II – quando o citando for incapaz;
III – quando o citando for pessoa de direito público;
IV – quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V – quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

Antes das alterações promovidas pela Lei n. 14.195/2021, a citação por correios, em todo
caso, era preferencial. Agora, a citação por correios é excepcional nos casos em que o réu ti-
ver a obrigação de manter cadastro, perante o Poder Judiciário, para citações eletrônicas (as
empresas públicas e privadas, além das pessoas jurídicas de direito público).
A citação por correios apenas é ordinária – e, ainda assim, concorrente com a citação ele-
trônica – nos casos em que o réu seja sujeito desobrigado a manter o cadastro referido acima
(pessoa natural).
Há hipóteses, todavia, em que a lei, excepcionalmente, determina que a citação deva ocor-
rer por outro meio. Tais hipóteses excepcionais são:
1) Ações de estado (divórcio, separação, anulação de casamento etc.);
2) Quando o citando for incapaz (será necessário o acompanhamento de um representante
ou assistente);
3) Se o citando for pessoa jurídica de direito público (deverá ocorrer por meio eletrônico,
conforme o art. 246, § 2º);
4) Se os Correios não atenderem à região onde a citação deva ser entregue (será a citação
realizada por oficial de justiça);
5) Se o autor apresentar justificativa para que a citação seja feita por outro meio.

Exemplo: É notório que o réu é desaparecido e procurado internacionalmente, e vem sendo


citado por edital em outras ações.

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Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando
cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do
juízo e o respectivo cartório.
§ 1º A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que
assine o recibo.

Os elementos do caput devem constar da citação, que deverá ter seu respectivo recibo
assinado e devolvido ao carteiro.

§ 2º Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de
gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de cor-
respondências.

O § 2º positiva a Teoria da Aparência: se a citação for de pessoa jurídica, presume-se, por


aparência, que a pessoa com poderes de gerência geral/administração tenha plena capacida-
de de gerir a atividade processual da pessoa jurídica.
Com base na mesma teoria, presume-se correta a entrega da citação a algum funcionário
cuja incumbência profissional seja de receber correspondências da empresa. Se é este o pa-
pel do funcionário, por determinação da própria ré, que o exerça e entregue a citação ao setor
responsável.

§ 3º Da carta de citação no processo de conhecimento constarão os requisitos do art. 250.

Se o processo for de conhecimento, os requisitos do mandado também deverão constar da


carta de citação enviada por correio. Tais requisitos constam do art. 250.

§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega
do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entre-
tanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário
da correspondência está ausente.

O § 4º ilustra o cenário em que o porteiro de um condomínio ou de uma residência com por-


taria se apresente ao carteiro para o recebimento de correspondências. Neste caso, também
será válida a entrega da citação pela Teoria da Aparência.
O funcionário da portaria somente poderá recusar o recebimento da citação se declarar,
sob as penas da lei, que o citando não se encontra no local. Se a declaração for falsa, poderá
haver responsabilidade criminal, inclusive.

Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou
em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.

Quando for frustrada a citação pelo correio – nos casos em que não tenha sido possível a
citação por meio eletrônico –, será realizada a citação por oficial de justiça.

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Como regra geral, a citação por oficial de justiça é subsidiária: quando a citação por correio
ou por meio eletrônico for impossível ou for frustrada, ou, ainda, quando o CPC ou outra lei
exigir que a citação, em determinada causa, seja mediante oficial de justiça. Exemplos claros
constam do art. 247, em que se apontam várias circunstâncias que exigem a citação por oficial
de justiça.

Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:


I – os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;
II – a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a
menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III – a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV – se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de de-
fensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar
do comparecimento;
V – a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI – a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem
do juiz.

Embora estes seis elementos do mandado sejam importantes de se conhecer, eles quase
não são explorados em provas. De qualquer forma, aconselho-lhe lê-los atentamente para gra-
var o máximo possível.
Faço apenas um alerta: lembre-se que, no mandado, deve haver previsão de que a ausência
de contestação implica revelia. Se este aviso não constar do mandado, poderá o réu requerer
o desfazimento de eventual revelia declarada.

Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II – portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III – obtendo a nota de ciente ou certificando que o citando não a apôs no mandado.

Na certidão de devolução do mandado, o oficial de justiça atestará o andamento de todos


estes incisos: se o citando aceitou ou recusou a contrafé, bem como todas as demais circuns-
tâncias pertinentes que tenham dificultado ou facilitado o cumprimento do mandado.
A contrafé é nada mais que a cópia idêntica do mandado e das demais peças que o acom-
panham (art. 250 e incisos).

Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicí-
lio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa
da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a
citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida
a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de
correspondência.

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Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho,
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da au-
sência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção
ou subseção judiciárias.
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que hou-
ver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar
a receber o mandado.
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família
ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador espe-
cial se houver revelia.

Os arts. 252 e 253 traçam os requisitos para a validade da citação por hora certa. Esta for-
ma especial de citação funciona, sinteticamente, da seguinte maneira:
1) Na segunda vez em que o oficial de justiça tentar fazer a citação, ele avisará algum vizi-
nho ou pessoa residente no local de que voltará num dia e horário específicos, a fim de que o
citando seja avisado para, na hora marcada, permanecer em casa para receber a citação. É um
puro “combinado” entre o oficial de justiça e os familiares/vizinhos do citando.
2) No horário marcado, o oficial de justiça voltará a fim de citar o réu. Se não o encontrar, o
oficial de justiça poderá considerar realizada a citação, deixando a contrafé com algum fami-
liar ou vizinho que ali aparecer.
3) A citação por hora certa será, igualmente, válida se o vizinho ou familiar recusar
a contrafé.

O PULO DO GATO
A citação por hora certa ocorrerá no dia útil seguinte àquele em que tiver ocorrido a segunda
tentativa de citação. A rigor, a citação por hora certa ocorre na terceira tentativa.
A realização de citação por hora certa NÃO, não depende de despacho do juiz. Trata-se de for-
ma de citação que pode ser levada a feito por iniciativa do oficial de justiça, após a frustração
da segunda tentativa de citação real.

Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado
ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta,
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.

A citação por hora certa não termina no dia da citação. A Secretaria da unidade judiciária
deve providenciar a remessa ao réu de carta, telegrama ou e-mail informando que ocorreu a
citação por hora certa.

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Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região me-
tropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações,
penhoras e quaisquer outros atos executivos.

O art. 255 é cobrado com relativa frequência em provas.

O art. 255 trata da extensão territorial das atribuições do oficial de justiça.


Não é exclusivamente na comarca do órgão jurisdicional que o oficial de justiça por atuar.
Ele poderá exercer todas as suas atribuições nos seguintes locais:
1) Comarca do órgão que servir (por óbvio);
2) Comarcas contíguas de fácil comunicação;
3) Comarcas situadas na mesma região metropolitana.

O PULO DO GATO
Lembre-se: o oficial de justiça pode fazer tudo nestes três locais (quaisquer atos executivos e
de comunicação). Não deixe o examinador te enganar ao dizer que o oficial de justiça pode fa-
zer algumas coisas, e outras não, em comarcas contíguas ou da mesma região metropolitana.

Art. 256. A citação por edital será feita:


I – quando desconhecido ou incerto o citando;
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III – nos casos expressos em lei.

É importantíssimo conhecer as hipóteses de citação por edital, uma vez que as provas costu-
mam envolvê-las em questões que cobrem a forma adequada de citação para certas situações.

A citação por edital é uma forma ficta de dar ciência ao réu da existência do processo. Ela
é a última alternativa de citação, só ocorrendo quando não houver nenhuma outra forma de
citar o réu sem que o andamento do processo seja atrapalhado.
A citação por edital consiste em chamada do réu para integrar o processo mediante publi-
cação de ato de comunicação na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribu-
nal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça.

 Obs.: É facultado ao juiz determinar a publicação do edital em jornal local de grande circula-
ção, embora isso não seja um requisito legal do edital (art. 257, parágrafo único).

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A citação por edital pode ser essencial ou acidental.


Será essencial quando o próprio procedimento legal exigir a citação por edital como condi-
ção de validade. É o caso das hipóteses do art. 259 do CPC, que serão abaixo citadas.
Será acidental a citação por edital quando ocorrer em razão da falta de resultados de ten-
tativas anteriores de citação.
Haverá citação por edital nas seguintes hipóteses:
• O lugar onde se encontre o citando é desconhecido/ignorado (acidental);
• O lugar onde se encontre o citando é incerto (ninguém tem certeza – acidental));
• O lugar onde se encontre o citando é inacessível (por alguma causa de força maior –
acidental);
• O citando não seja conhecido em nenhum lugar (desconhecido ou incerto – acidental);
• Ação de usucapião de imóvel (art. 259 – essencial);
• Ação de recuperação ou substituição de título ao portador (art. 259 – essencial);

 Obs.: Título ao portador é aquele que não é nominal, e não se sabe ao certo a quem seria
destinado o título.

• Em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para par-
ticipação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos (art. 259 – essencial);
• Em outras hipóteses expressamente previstas na legislação (acidental ou essencial, a
depender da hipótese).

§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento
de carta rogatória.

Se o réu se situar em país que não queira executar as cartas rogatórias expedidas pelo
Poder Judiciário brasileiro, ele será considerado em local inacessível, passível, portanto, de
citação por edital.

§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será di-
vulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.

O conceito de inacessibilidade é pouco determinado. Pode se tratar de um lugar onde es-


teja ocorrendo um motim, um bloqueio criminoso, um lugar radioativo, e assim por diante. Não
há uma delimitação específica de lugar inacessível.
Se o réu se situar em local inacessível, a citação também será divulgada no rádio, que é
mais provável de o réu consultar num local inacessível do que a televisão.

§ 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua locali-
zação, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros
de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.

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Gustavo Deitos

O chamado “local incerto e não sabido” será declarado quando o endereço atualizado do
réu for pesquisado em todos os convênios judiciários disponíveis, e sem êxito.
Esgotadas todas as buscas pelo endereço do réu, será ele citado por edital.

Art. 257. São requisitos da citação por edital:


I – a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autori-
zadoras;

Exemplo: Local ignorado e desconhecido, exigência legal etc.

II – a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na


plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III – a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da
data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;

Os prazos deste inciso são muito importantes para fins de prova.

O prazo de 20 a 60 dias é um prazo que, razoavelmente, possibilita o “conhecimento do


réu” acerca do edital. É claro que, na prática, tal conhecimento quase nunca ocorre. Todavia, o
estabelecimento de um interstício de 20 a 60 dias é necessário para que a presunção de co-
nhecimento seja embasada em algum parâmetro real válido (tempo suficiente para consulta
ao edital).
Lembre-se:
PRAZO DO EDITAL
20 A 60 DIAS, fixado pelo juiz

IV – a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.

O réu revel citado por edital tem direito a um curador especial, conforme o art. 72, inciso II
do CPC. A observância da curatela especial deverá ser objeto de advertência no próprio edital.

Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal lo-
cal de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção
ou da subseção judiciárias.

 Obs.: A publicação do edital em jornal local é facultativa.

Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circuns-
tâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.

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Gustavo Deitos

Imagine que o autor faça um grande alerta na sua petição inicial, dizendo que o réu estaria
em local desconhecido, ou que ninguém sabe do paradeiro do réu. O autor, todavia, faz isso de
má-fé, com dolo, sabendo que o réu poderia facilmente ser citado por outro meio.
Neste caso, o autor deverá pagar ao citando (réu) uma multa de 5 salários-mínimos.

 Obs.: Se o autor não tiver dolo/má-fé em sua alegação, a multa não será devida.

Art. 259. Serão publicados editais:


I – na ação de usucapião de imóvel;
II – na ação de recuperação ou substituição de título ao portador;
III – em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para partici-
pação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos.

Estas hipóteses foram citadas e abordadas nos comentários aos artigos imediatamente
anteriores.

3. Cartas

CAPÍTULO III
DAS CARTAS

Art. 260. São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:


I – a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II – o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advo-
gado;
III – a menção do ato processual que lhe constitui o objeto;
IV – o encerramento com a assinatura do juiz.
§ 1º O juiz mandará trasladar para a carta quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa,
desenho ou gráfico, sempre que esses documentos devam ser examinados, na diligência, pelas
partes, pelos peritos ou pelas testemunhas.
§ 2º Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original,
ficando nos autos reprodução fotográfica.
§ 3º A carta arbitral atenderá, no que couber, aos requisitos a que se refere o caput e será instruída
com a convenção de arbitragem e com as provas da nomeação do árbitro e de sua aceitação da
função.

Os requisitos do art. 260 se aplicam a todas as espécies de carta, inclusive à carta arbitral,
conforme o § 3º.
O documento original, quando for objeto de exame pericial, deverá ser encaminhado com
a carta, pois a providência do órgão deprecado recairá diretamente sobre o documento origi-
nal (§ 2º).

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Art. 261. Em todas as cartas o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das
comunicações e à natureza da diligência.
§ 1º As partes deverão ser intimadas pelo juiz do ato de expedição da carta.
§ 2º Expedida a carta, as partes acompanharão o cumprimento da diligência perante o juízo desti-
natário, ao qual compete a prática dos atos de comunicação.
§ 3º A parte a quem interessar o cumprimento da diligência cooperará para que o prazo a que se
refere o caput seja cumprido.

Não existe um prazo certo para o cumprimento da carta. O juiz fixará um prazo para cada
diligência, em atenção à complexidade do ato a ser realizado.
As partes deverão ser intimadas quando a carta for expedida, a fim de que possam super-
visionar o regular atendimento de suas pretensões e a legalidade do procedimento.
Eventuais comunicações (intimações, em geral) relativas aos atos de competência do juízo
deprecado deverão ser expedidas pelo próprio juízo deprecado.

Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimen-
to, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Parágrafo único. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao ór-
gão expedidor, que intimará as partes.

O caráter itinerante da carta (de qualquer espécie) consiste na possibilidade de o juízo de-
precado, por iniciativa própria, encaminhar a carta a outro juízo, para que algum ato acessório
da diligência seja praticado, independentemente de ordem do juízo deprecante originário.
O caráter itinerante é evidenciado pelo fato de um juízo poder passar a carta para outro, que
pode passar para outro, e assim sucessivamente, desde que as deprecações tenha utilidade
para o cumprimento da diligência.

 Obs.: O órgão expedidor (deprecante originário) será sempre notificado quando a carta for
remetida a juízo diverso, a fim de realizar o acompanhamento de seu cumprimento.

Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em que a
assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.

A expedição da carta por meio eletrônico é preferencial, isto é, facultativa. Na prática, qua-
se todos os juízos valem-se dessa faculdade e expedem a carta de forma eletrônica.
Se a carta for expedida de forma eletrônica, a assinatura do juiz deverá, obrigatoriamente,
ser também eletrônica.

Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória por meio eletrônico, por telefone ou por telegrama
conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 250, especialmente no que se
refere à aferição da autenticidade.

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Os requisitos do art. 250 devem ser substancialmente contidos na carta, isto é, devem se
fazer presentes mesmo que de maneira informal.
A maior formalidade está na garantia da autenticidade da carta, isto é, a garantia de que a
ordem judicial é, de fato, emanada da autoridade judiciária indicada na carta.

Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou o chefe de secretaria do juízo deprecante transmitirá,
por telefone, a carta de ordem ou a carta precatória ao juízo em que houver de se cumprir o ato, por
intermédio do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício
ou de uma vara, observando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. 264.
§ 1º O escrivão ou o chefe de secretaria, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ou enviará
mensagem eletrônica ao secretário do tribunal, ao escrivão ou ao chefe de secretaria do juízo depre-
cante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que os confirme.
§ 2º Sendo confirmada, o escrivão ou o chefe de secretaria submeterá a carta a despacho.

Havendo mais de uma unidade judiciária na localidade, a carta de ordem ou a carta preca-
tória serão transmitidas à primeira Vara (ou primeiro ofício) da localidade.
A carta não será cumprida de imediato: o servidor da primeira Vara (ou primeiro ofício)
requererá, por telefone ou por e-mail, a confirmação dos termos da carta.

Art. 266. Serão praticados de ofício os atos requisitados por meio eletrônico e de telegrama, deven-
do a parte depositar, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a impor-
tância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato.

As despesas processuais decorrentes da expedição de carta serão suportadas pela parte


responsável pelo seu adiantamento. O pagamento deverá ser feito perante o juízo deprecante
(que expede a carta).

Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, devolvendo-a com decisão
motivada quando:
I – a carta não estiver revestida dos requisitos legais;
II – faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Parágrafo único. No caso de incompetência em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz deprecado,
conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribunal competente.

Se algum dos requisitos do art. 250 estiver faltando, o juízo deprecado recusará o cumpri-
mento da ordem contida na carta.
Ainda, se houver razoável dúvida acerca da autenticidade da carta (não se sabendo ao
certo se a carta realmente foi expedida pelo juízo indicado), ela também não será cumprida, e
o juiz proferirá decisão motivada neste sentido.
Por fim, o juiz também recusará o cumprimento quando for material ou funcionalmente
incompetente para tanto.

 Obs.: A incompetência em razão da hierarquia é a clássica incompetência de ordem funcional.

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Ao reconhecer-se incompetente para o cumprimento da carta, o juízo deprecado terá


duas opções:
1) Simplesmente devolver a carta ao juízo deprecante;
2) Agir de modo proativo e encaminhar a carta ao órgão realmente competente, em virtude
do caráter itinerante da carta (parágrafo único).

Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem no prazo de 10 (dez) dias, independen-
temente de traslado, pagas as custas pela parte.

O art. 268 é importante em razão do prazo para devolução da carta cumprida: 10 DIAS.
Não há necessidade de realizar cópias (traslado) da carta.

4. Intimações

CAPÍTULO IV
DAS INTIMAÇÕES

Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.

Diferente da citação, a intimação é a comunicação processual referente a todos os atos e


termos do processo. A intimação pode ser dirigida a quaisquer das partes ou dos demais su-
jeitos processuais, como os terceiros intervenientes, as testemunhas, os peritos etc.
Enquanto a citação é muito mais comum para réus e terceiros forçados a intervir no pro-
cesso (como denunciados à lide e chamados ao processo), a intimação pode se dirigir a qual-
quer um dos sujeitos integrantes do processo, sem destaque para nenhum em especial.

§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do cor-
reio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.

É possível que os advogados intimem o advogado da parte contrária para fins de tratamen-
to de alguma situação de relevância processual, mediante correio. A cópia dessa intimação
deverá ser juntada aos autos para que ela seja reconhecida e levada em conta para eventuais
consequências processuais.

§ 2º O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.
§ 3º A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública res-
ponsável por sua representação judicial.

As intimações da Fazenda Pública dirigem-se diretamente ao órgão de representação judi-


cial, isto é, às Procuradorias dos entes e entidades.

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É importante, ainda, conhecer o Enunciado n. 401 do FPPC:


Enunciado n. 401 do FPPC
Para fins de contagem de prazo da Fazenda Pública nos processos que tramitam em au-
tos eletrônicos, não se considera como intimação pessoal a publicação pelo Diário da Justiça
Eletrônico.
A Fazenda Pública tem direito a intimação pessoal, conforme o art. 183 do CPC. Eventuais
intimações da Fazenda realizadas mediante Diário Eletrônico NÃO, não se consideram pesso-
ais. São pessoais as intimações destinadas ao portal eletrônico dos processos eletrônicos do
ente fazendário.
Publicação na imprensa oficial pode ser tudo, menos pessoal.

Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o dis-
posto no § 1º do art. 246.

A intimação das pessoas já integrantes do processo, com advogados constituídos, ocorre


preferencialmente (sempre que possível) por meio eletrônico.
Essa preferência é ainda mais patente no tocante ao MP, à Defensoria Pública e à Advoca-
cia Pública, que já têm preferência até para a citação eletrônica (art. 246, § 1º).

Art. 271. O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposição em
contrário.

Se um processo estiver parado/pendente, o juiz poderá de ofício determinar as intimações


necessárias para que o processo possa ter algum andamento, a menos que haja convenção
processual em sentido contrário, realizada nos termos do art. 190 do CPC.

Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publi-
cação dos atos no órgão oficial.

Uma alternativa igualmente bem-vista pelo CPC é a intimação mediante publicação no Di-
ário Eletrônico. Para que essa intimação seja válida, deve ser observado especialmente o re-
quisito do § 2º.

§ 1º Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da
sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de
seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se
assim requerido, da sociedade de advogados.

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Leve para a prova que a publicação da intimação no Diário Eletrônico deve conter os no-
mes das partes e de seus advogados com números da OAB, sob pena de nulidade. Todavia,
lembre-se que, se não houver prejuízo, essa nulidade não será declarada, ante o princípio da
transcendência.

§ 3º A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.


§ 4º A grafia dos nomes dos advogados deve corresponder ao nome completo e ser a mesma que
constar da procuração ou que estiver registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 5º Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam
feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade.

Se a parte tiver mais de um advogado habilitado nos autos, será direito desses advogados
requerer que as intimações sejam feitas em nome de um deles, especificamente.
O descumprimento dessa indicação, pelo Judiciário, implica nulidade, salvo se não decor-
rer prejuízo desse equívoco.

§ 6º A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa creden-
ciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defenso-
ria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo
retirado, ainda que pendente de publicação.

Ao levar os autos consigo em carga, o advogado é tido por intimado de qualquer decisão
judicial proferida nesses autos, mesmo que não publicada na imprensa oficial.

§ 7º O advogado e a sociedade de advogados deverão requerer o respectivo credenciamento para


a retirada de autos por preposto.
§ 8º A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba
praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido.

Imagine que haja um defeito formal na intimação da parte, que, em razão desse suposto de-
feito, só pôde praticar o ato fora do prazo. É possível que a parte tivesse o direito de ser intimada
por meio eletrônico, mas a intimação tenha sido feita pelos correios com endereço incorreto.
Em situações como essa, poderá a parte, após o término do prazo, praticar o ato que de-
via praticar, desde que alegue, em item preliminar, a nulidade da intimação e o porquê des-
sa nulidade.

§ 9º Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos
autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da
intimação da decisão que a reconheça.

Este parágrafo se aplica mais a processos que tramitem em meio físico. Se os autos esti-
verem com a outra parte ou com o juiz, poderá a parte alegar tão somente a nulidade.

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Art. 273. Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na localidade publicação em
órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar de todos os atos do processo os
advogados das partes:
I – pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo;
II – por carta registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo.

É praticamente inaplicável este dispositivo, pois todos os órgãos jurisdicionais contam


com o Diário Eletrônico, ao menos.
Se o Diário não existisse, deveriam os servidores intimar os advogados das partes pesso-
almente, isto é, ir ao escritório do advogado e entregar-lhe as intimações.
Se o advogado tiver escritório fora da sede do juízo, as intimações deverão ser dirigidas
pelos servidores por carta com aviso de recebimento.

Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus represen-
tantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em
cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos,
ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva
não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do
comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.

Para o andamento do processo, a existência de endereço atualizado nos autos é funda-


mental, uma vez que todas as intimações dirigidas às partes vão para os endereços informa-
dos nos autos. Este é, inclusive, um dever das partes (art. 77, inciso V do CPC).
Se uma das partes negligenciar o dever de manter o endereço atualizado, ela não poderá
reclamar se, em razão de intimação enviada a endereço não mais ocupado, perder um prazo
para a prática de ato processual importante.

Art. 275. A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio eletrô-
nico ou pelo correio.
§ 1º A certidão de intimação deve conter:
I – a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número
de seu documento de identidade e o órgão que o expediu;
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a apôs no mandado.

As intimações por correios ou por meio eletrônico são preferenciais. Quando for frus-
trada a intimação pelo correio ou por meio eletrônico, será realizada a intimação por ofi-
cial de justiça.

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Como regra geral, a intimação por oficial de justiça é subsidiária: quando a intimação por
correio ou por meio eletrônico for impossível ou for frustrada, ou, ainda, quando o CPC ou outra
lei exigir que a intimação, em determinada causa, seja mediante oficial de justiça.

§ 2º Caso necessário, a intimação poderá ser efetuada com hora certa ou por edital.

Não são somente as citações que podem ser feitas por hora certa ou por edital. Também as
intimações podem ser feitas destas formas.
Os pressupostos de validade da intimação por hora certa ou por edital são os mesmos aplicá-
veis à citação (arts. 252 a 259 do CPC, comentados nesta aula).

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EXERCÍCIOS
001. (2020/CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO) Caso um órgão da administração pública
direta ou indireta seja polo passivo de uma demanda jurisdicional, sua citação deverá preferen-
cialmente se realizar por
a) edital.
b) hora certa.
c) via eletrônica.
d) via postal.
e) oficial de justiça.

002. (2020/CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO) O juiz e os auxiliares da justiça de uma


localidade não têm competência para praticar diligências em comarcas diferentes das que
estão lotados. Nesse contexto, pode ser necessário, por exemplo, solicitar a avaliação de bens
passíveis de penhora que estejam em localidade diferente daquela em que corre o processo.
Em situações como essa, expede-se ato de comunicação processual entre órgãos do Poder
Judiciário, de modo a respeitarem os limites territoriais de competência das comarcas.
Tal ato de comunicação processual denomina-se
a) carta precatória.
b) carta rogatória.
c) carta de mandado.
d) carta de autorização.
e) carta de ordem.

003. (2019/CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) A intimação de empresa pública


para o cumprimento de sentença, caso não haja procurador constituído nos autos, será feita
preferencialmente por
a) diário oficial.
b) mandado.
c) meio eletrônico.
d) edital.
e) carta com aviso de recebimento.

004. (2019/FUNDEP/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Sobre os atos de


comunicação processual, é incorreto afirmar:
a) São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:
I – a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II – o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido
ao advogado;
III – a menção do ato processual que lhe constitui o objeto, e
IV – o encerramento com a assinatura do juiz.

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Comunicação dos Atos Processuais
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b) Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:


I – de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II – de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias
seguintes;
III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento, e
IV – de doente, enquanto grave o seu estado.
c) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, em qualquer circunstância. A interrupção da
prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incom-
petente, retroagirá à data de propositura da ação.
d) Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao correge-
dor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamen-
te exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.

005. (2019/VUNESP/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/PRO-


CURADOR) Fernanda propôs ação de usucapião em face de Hélio. O Ministério Público foi
intimado, mas não compareceu à audiência de conciliação. A pedido de Fernanda, Hélio, os
confinantes e o Município foram citados por meio de carta com aviso de recebimento. Consi-
derando a situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta.
a) Fernanda poderá requerer a nulidade da citação do Município.
b) O processo é nulo, uma vez que o Ministério Público, mesmo intimado não compareceu à
audiência de conciliação.
c) Mesmo sendo uma nulidade que poderia ser declarada de ofício, o juiz poderá considerar
válida a audiência se todas as partes do processo comparecerem mesmo sem terem sido re-
gularmente citadas.
d) Caso o Município não compareça na audiência, o ato será repetido mesmo que não preju-
dique nenhuma das partes.
e) Eventual erro de forma do processo promovido por Fernanda acarreta a anulação dos atos
seguintes.

006. (2019/FCC/TRF 3ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA) De acordo com


o Código de Processo Civil, a carta precatória
a) deverá ser instruída com as cópias necessárias à realização do ato deprecado, vedada, em
qualquer hipótese, a remessa de documento original.
b) tem caráter itinerante, podendo, mesmo antes de lhe ser ordenado o cumprimento, ser enca-
minhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.

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c) será expedida, preferencialmente, por meio físico, salvo quando enviada a órgão jurisdicio-
nal integrante do mesmo tribunal, caso em que adotará preferencialmente o meio eletrônico.
d) não poderá, em nenhuma hipótese, ter seu cumprimento recusado pelo juízo deprecado, sob
pena de, assim o fazendo, incorrer em responsabilidade funcional.
e) deverá ser transmitida por correio, malote, pela internet ou por qualquer outro meio idôneo
que garanta a aferição da sua autenticidade, sendo vedada a transmissão por telefone.

007. (2019/CESPE/TCE-RO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO) A respeito de


atos processuais, reconvenção e direito probatório, julgue os seguintes itens, de acordo com o
Código de Processo Civil (CPC).
I – Na hipótese de ausência de citação ou de citação defeituosa, não será possível sanar o
vício processual, mesmo que o réu compareça posteriormente ao processo.
II – Réu que não deseje contestar a petição inicial apresentada pelo autor pode oferecer ape-
nas reconvenção.
III – É vedado ao magistrado determinar, de ofício, a produção de provas no processo: essa
conduta viola o princípio dispositivo e compromete a imparcialidade do juiz.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item II está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens I e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

008. (2019/FCC/TJ-MA/OFICIAL DE JUSTIÇA) Em relação à citação, é correto afirmar:


a) Para a validade do processo é imprescindível a citação do réu ou do executado, salvo nas
hipóteses de deferimento da petição inicial ou de procedência liminar do pedido.
b) Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entre-
ga do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência,
que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que
o destinatário da correspondência está ausente.
c) A citação será sempre pessoal, podendo ser feita por mandado a ser expedido pela Serven-
tia ou por via postal.
d) A citação será feita inicialmente por mandado a ser cumprido pelo Oficial de Justiça; frustra-
do esse meio, far-se-á a citação pelo correio.
e) Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região me-
tropolitana, o Oficial de Justiça poderá efetuar citações, intimações e notificações, salvo pe-
nhoras e outros atos executivos, que por sua natureza exigem a expedição de carta precatória
para sua realização.

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009. (2019/CESPE/TJ-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Julgue os seguintes itens, acerca de cita-


ção, considerando o disposto no CPC.
I – Citação é o ato pelo qual o réu, o executado ou o interessado são convocados para integrar
a relação processual.
II – A citação do réu é indispensável para a validade do processo, ainda que haja improcedên-
cia liminar do pedido.
III – Sendo nula a citação, o comparecimento espontâneo do réu suprirá a falha e determinará
o início do prazo para contestação.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

010. (2019/FGV/TJ-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) No que se refere à cita-


ção, é correto afirmar que:
a) é o ato pelo qual o réu e o executado são convocados para que ofereçam contestação;
b) o comparecimento espontâneo do demandado não supre a sua falta, devendo o ato ser rati-
ficado por Oficial de Justiça;
c) o ato citatório válido só induzirá à litispendência caso seja ordenada por juízo competente;
d) transitada em julgado a sentença de improcedência antes da citação do réu, este deverá ser
comunicado de seu teor;
e) o novo Código de Processo Civil aboliu a modalidade citatória da hora certa.

011. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO) Citação é o ato pelo qual é convocado o réu para integrar a relação processual, cabendo
ressaltar que
a) seja lá em que situação concreta for, para a validade do processo é indispensável a cita-
ção do réu.
b) o comparecimento espontâneo do réu nos autos não supre a nulidade da citação.
c) deve ser realizada no procedimento comum, como regra, por oficial de justiça.
d) a citação por hora certa terá cabimento quando o réu estiver em local incerto e não sabido.
e) a parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstân-
cias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo.

012. (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERTÃOZINHO – SP/PROCURADOR JURÍDICO LEGIS-


LATIVO) Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito

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a) de quem estiver participando de ato de cunho político.


b) de cônjuge do morto, no dia do falecimento e nos 8 (oito) dias seguintes.
c) de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral em qualquer
grau, no dia do falecimento e nos 3 (três) dias seguintes.
d) de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento.
e) de doente, enquanto hospitalizado, independentemente do seu estado de saúde.

013. (2019/VUNESP/CÂMARA DE MONTE ALTO – SP/PROCURADOR JURÍDICO) Quanto à


comunicação dos atos processuais, é correto afirmar que
a) a parte que requerer citação editalícia alegando, dolosamente, desconhecer o endereço da
parte adversa, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo.
b) o oficial de justiça somente poderá efetuar citações e intimações na comarca em que atua,
não podendo praticar tais atos nem mesmo em comarcas contíguas.
c) na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados por meio de carta com aviso
de recebimento.
d) não se fará a citação dos noivos nos primeiros 7 (sete) dias após as bodas, salvo para evitar
perecimento do direito.
e) a citação dos municípios deverá ser feita na pessoa do Prefeito, representante do Poder
Executivo.

014. (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERRANA – SP/PROCURADOR JURÍDICO) Feita a cita-


ção com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado,
carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência, no prazo de
a) 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.
b) 15 (quinze) dias, contado da data do cumprimento do mandado.
c) 5 (cinco) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.
d) 10 (dez) dias, contado da data do cumprimento do mandado.
e) 15 (quinze) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.

015. (2019/FUNDEP/PREFEITURA DE ERVÁLIA – MG/ADVOGADO) Considerando os prazos


no Processo Civil, assinale a alternativa incorreta.
a) Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado
ou interessado, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da data da juntada do mandado aos au-
tos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
b) Ao receber a petição inicial, presentes os requisitos essenciais e não sendo o caso de im-
procedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte)

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dias de antecedência. Caso o réu não tenha interesse na sua realização, manifestará por peti-
ção com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
c) Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo
invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para subs-
tituição do réu.
d) Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido
no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.

016. (2019/FCC/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO/ADVOGADO) No que se refere às


intimações,
a) serão elas feitas pelo correio quando frustrada a realização por oficial de justiça.
b) presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que
não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não
tiver sido devidamente comunicada ao juízo.
c) podem ser feitas por edital, caso necessário, mas não por hora certa, pela natureza do ato
processual.
d) o juiz determinará, de ofício, aquelas intimações em processos findos ou pendentes, em
qualquer hipótese.
e) a parte arguirá sua nulidade em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o
qual será tido por intempestivo em caso de reconhecimento do vício.

017. (2018/VUNESP/CÂMARA DE ORLÂNDIA – SP/PROCURADOR JURÍDICO) A citação é


o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação
processual.
No que diz respeito ao tema, assinale a alternativa correta.
a) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
b) Incumbe ao autor adotar, no prazo de 5 (cinco) dias, as providências necessárias para viabi-
lizar a citação, sob pena de não interromper a prescrição.
c) A citação pelo correio pode ser feita para qualquer pessoa, incluindo as pessoas jurídicas de
direito privado e de direito público.
d) A citação será obrigatoriamente por oficial de justiça para os casos em que ignorado, incerto
ou inacessível, o lugar em que se encontrar o citando.
e) Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes, inclusive as unidades autônomas de prédio
em condomínio, serão citados pelo correio.

018. (2016/CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO) Pedro, motorista da Secretaria de


Saúde do Estado do Amazonas, conduzia um veículo do referido ente público, quando provocou
acidente automobilístico que resultou na incapacidade física e mental de Flávio. Após a interdi-
ção de Flávio, seu advogado pretende ajuizar ação de reparação de danos materiais e morais.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

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Proposta ação de reparação de dano, a citação deverá ser realizada na Procuradoria do Estado
do Amazonas, que terá o prazo em quádruplo para apresentação da sua defesa.

019. (2016/CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA ADMINISTRATI-


VA/DIREITO) No que diz respeito às normas processuais, aos atos e negócios processuais
e aos honorários de sucumbência, julgue o item que se segue, com base no disposto no
novo Código de Processo Civil.
No que se refere à comunicação dos atos processuais, aplica-se às entidades da admi-
nistração pública direta e indireta a obrigatoriedade de manter cadastro nos sistemas de
processo em autos eletrônicos, para o recebimento de citações e intimações, que serão
preferencialmente realizadas por meio eletrônico.

020. (2019/CESPE/TJ-AM/ASSISTENTE JUDICIÁRIO) Rodrigo deixou de cumprir sua par-


te em obrigação de fazer firmada com Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou
ação em desfavor de Rodrigo.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Não poderá ser feita a citação de Rodrigo caso seu pai tenha falecido trinta dias antes do
ajuizamento da referida ação.

021. (2019/CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Ainda no que diz respeito à Defensoria


Pública, julgue o item subsequente.
Em processo judicial cível no âmbito do DF cuja parte autora seja patrocinada por advogado
particular e cuja parte ré seja assistida por defensor público da DPDF, somente este defen-
sor terá a prerrogativa de ser intimado pessoalmente.

022. (2019/CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca do pedido, da tutela provisória,


da citação, da suspeição e dos recursos, julgue o item que se segue.
Em ação cível, o mero despacho do juiz determinando a citação tem o condão de interrom-
per a prescrição.

023. (2019/CESPE/PGM/CAMPO GRANDE – MS/PROCURADOR MUNICIPAL) Em 29 de


março de 2019, uma sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse
contestação a uma petição inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída
em uma das varas federais de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo
ocorrido nenhum feriado até a data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo a comunicação e
prazos processuais, contestação e reconvenção.

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É correto afirmar que, após a citação válida da autarquia, o objeto da demanda se tornou
oficialmente litigioso, mas não é acertado dizer que o demandado foi constituído em mora,
uma vez que ainda inexiste certeza acerca da veracidade dos fatos narrados pelo autor
na inicial.

024. (2019/CESPE/PGM/CAMPO GRANDE – MS/PROCURADOR MUNICIPAL) Em 29 de


março de 2019, uma sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse con-
testação a uma petição inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em
uma das varas federais de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido
nenhum feriado até a data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo a comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
A citação da autarquia foi realizada no órgão da advocacia pública responsável pela represen-
tação judicial dessa autarquia.

025. (2019/CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/CALCULIS-


TA) À luz do Código de Processo Civil, julgue o próximo item, relativos às normas fundamen-
tais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários advocatícios, à advocacia
pública e à aplicação das normas processuais.
Situação hipotética: O calculista de determinada procuradoria estadual foi devidamente cre-
denciado junto ao cartório da vara de fazenda pública para retirar os autos em carga e elaborar
seu parecer técnico acerca de cálculos de liquidação apresentados pela parte contrária. Con-
cluído seu parecer, o calculista entregou os autos ao procurador responsável, para que este
elaborasse a manifestação judicial que entendesse cabível.
Assertiva: Nessa situação, a intimação do ente público de eventuais decisões constantes nos
autos ocorreu quando o calculista retirou os autos em carga da vara, mesmo que o ato ordina-
tório de vista à fazenda pública estivesse pendente de publicação.

026. (2019/CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com
uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável
pela sua representação judicial.

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027. (2018/CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Com base no Código de


Processo Civil e no entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil, julgue
o seguinte item.
É válida a entrega de mandado de citação de pessoa jurídica feito pelo correio a funcionário
responsável pelo recebimento de correspondências, bem como é válida a entrega de mandado
de citação de pessoa física residente em condomínios edilícios a funcionário da portaria.

028. (2017/CESPE/TRF 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA-


DOR FEDERAL) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.
Se o oficial de justiça verificar que o réu que reside em condomínio edilício está se ocultando
para não receber a citação, o juiz deverá intimar o funcionário da portaria a informar o citando
sobre o dia e o horário que o oficial de justiça retornará para efetuar a citação.

029. (2017/CESPE/TRF 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA-


DOR FEDERAL) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.
O administrador do imóvel locado, quando a ação se originar de atos por ele praticados, poderá
receber citação em ação movida contra o locador, se este estiver ausente.

030. (2017/CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Jul-


gue o item seguinte, com base no que dispõe o CPC sobre atos processuais, deveres das par-
tes e dos procuradores e tutela provisória.
Situação hipotética: Em ação que tramita pelo procedimento comum, determinado município
foi intimado de decisão por meio de publicação no diário de justiça eletrônico. Assertiva: Nes-
sa situação, segundo o CPC, a intimação é válida, uma vez que é tida como pessoal por ter sido
realizada por meio eletrônico.

031. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Acerca das normas aplicáveis diretamente aos sujeitos pro-
cessuais, nos termos do Código de Processo Civil, consideradas as alterações legislativas
ulteriores, julgue o item subsequente:
É dever das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem
do processo informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário e, em algumas situações, da Administração Tributária, para recebimento de citações
e intimações.

032. (2021/CESPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) A respeito da ação de


improbidade, da prescrição contra a fazenda pública, da execução do termo de ajuste de con-
duta (TAC), do processo judicial eletrônico e do habeas data, julgue o item a seguir.
À exceção da fazenda pública, que possui garantias específicas, nos processos eletrônicos,
todas as citações, intimações e notificações serão feitas por meio eletrônico.

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033. (2021/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO) Marque a alternativa incorreta:


a) Não se fará a citação de noivos nos três primeiros dias seguintes ao casamento.
b) Não se fará a citação de doente, enquanto grave o seu estado.
c) Não se fará a citação do viúvo ou da viúva, nos sete dias seguintes ao falecimento do de cujus.
d) A citação ad domum é válida.
e) A citação por hora certa não pode ser efetivada na pessoa de vizinho intimado anteriormente
que esteja ausente no dia e horário indicado pelo Oficial de Justiça.

034. (2020/FCC/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) No tocante à citação, é correto afirmar:


a) a interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, retroagirá à data
da prática do fato que originou a demanda.
b) quando frustrada a citação pessoal, por meio de oficial de justiça, esta far-se-á por via postal
e, mostrando-se infrutífera, por edital.
c) a citação válida, salvo se ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigio-
sa a coisa e constitui em mora o devedor.
d) não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impos-
sibilitado de recebê-la.
e) a citação será sempre pessoal, salvo exclusivamente a feita na pessoa do curador do incapaz.

035. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação, que
se dá pelo protocolo da petição inicial.

036. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 3 (três) dias úteis,
contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo ci-
tando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional
de Justiça.

037. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Até a primeira audiência designada no processo, o réu que não tenha sido citado por meio
eletrônico, e que tiver obrigação legal de manter cadastro nos sistemas de processo em autos

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eletrônicos, deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento da


citação enviada eletronicamente.

038. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de 5% (cinco por cento)
do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da cita-
ção recebida por meio eletrônico.

039. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
As microempresas e as pequenas empresas somente terão o dever de manter cadastro nos
sistemas de processo em autos eletrônicos quando não possuírem endereço eletrônico cadas-
trado no sistema integrado da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legaliza-
ção de Empresas e Negócios (Redesim).

040. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A ausência de confirmação, em até 5 (cinco) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação por outros meios legalmente tipificados.

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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Comunicação dos Atos Processuais
Gustavo Deitos

GABARITO
1. c 15. a 29. C
2. a 16. b 30. E
3. c 17. a 31. C
4. c 18. E 32. E
5. c 19. C 33. e
6. b 20. E 34. d
7. a 21. C 35. C
8. b 22. C 36. E
9. c 23. E 37. E
10. d 24. C 38. E
11. e 25. C 39. C
12. d 26. C 40. E
13. a 27. C
14. a 28. E

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Comunicação dos Atos Processuais
Gustavo Deitos

GABARITO COMENTADO
001. (2020/CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO) Caso um órgão da administração pública
direta ou indireta seja polo passivo de uma demanda jurisdicional, sua citação deverá preferen-
cialmente se realizar por
a) edital.
b) hora certa.
c) via eletrônica.
d) via postal.
e) oficial de justiça.

Trata-se da regra do art. 246, § 2º, que determina a observância da regra de que as citações e
intimações da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das entidades da ad-
ministração indireta ocorre pelo meio eletrônico (§ 1º do art. 246).
Letra c.

002. (2020/CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO) O juiz e os auxiliares da justiça de uma


localidade não têm competência para praticar diligências em comarcas diferentes das que
estão lotados. Nesse contexto, pode ser necessário, por exemplo, solicitar a avaliação de bens
passíveis de penhora que estejam em localidade diferente daquela em que corre o processo.
Em situações como essa, expede-se ato de comunicação processual entre órgãos do Poder
Judiciário, de modo a respeitarem os limites territoriais de competência das comarcas.
Tal ato de comunicação processual denomina-se
a) carta precatória.
b) carta rogatória.
c) carta de mandado.
d) carta de autorização.
e) carta de ordem.

Como os órgãos jurisdicionais envolvidos (deprecante e deprecado) são de igual hierarquia,


mas de localidades diversas (prática de diligências), o instrumento é a carta precatória (art.
237, III, CPC).
Letra a.

003. (2019/CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) A intimação de empresa pública


para o cumprimento de sentença, caso não haja procurador constituído nos autos, será feita
preferencialmente por

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a) diário oficial.
b) mandado.
c) meio eletrônico.
d) edital.
e) carta com aviso de recebimento.

Trata-se da regra do art. 246, § 1º, do CPC, cuja atual redação apresenta:

As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em
autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio.
Letra c.

004. (2019/FUNDEP/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Sobre os atos de


comunicação processual, é incorreto afirmar:
a) São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:
I – a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II – o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido
ao advogado;
III – a menção do ato processual que lhe constitui o objeto, e
IV – o encerramento com a assinatura do juiz.
b) Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I – de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II – de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias
seguintes;
III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento, e
IV – de doente, enquanto grave o seu estado.
c) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, em qualquer circunstância. A interrupção da
prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incom-
petente, retroagirá à data de propositura da ação.
d) Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao correge-
dor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamen-
te exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.

a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 260 do CPC.

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b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 244 do CPC.
c) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta contraria o disposto no caput do art.
240, que estabelece exceções à regra geral da litispendência, coisa litigiosa e constituição da
mora no momento da citação. As exceções constam dos remetidos arts. 397 e 398 do Código
Civil: inadimplemento de obrigação positiva e líquida (a mora é constituída já no termo final
da obrigação) e a obrigação decorrente de ato ilícito (mora é constituída desde a prática do
ato ilícito).
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 235 do CPC.
Letra c.

005. (2019/VUNESP/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/PRO-


CURADOR) Fernanda propôs ação de usucapião em face de Hélio. O Ministério Público foi
intimado, mas não compareceu à audiência de conciliação. A pedido de Fernanda, Hélio, os
confinantes e o Município foram citados por meio de carta com aviso de recebimento. Consi-
derando a situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta.
a) Fernanda poderá requerer a nulidade da citação do Município.
b) O processo é nulo, uma vez que o Ministério Público, mesmo intimado não compareceu à
audiência de conciliação.
c) Mesmo sendo uma nulidade que poderia ser declarada de ofício, o juiz poderá considerar
válida a audiência se todas as partes do processo comparecerem mesmo sem terem sido re-
gularmente citadas.
d) Caso o Município não compareça na audiência, o ato será repetido mesmo que não preju-
dique nenhuma das partes.
e) Eventual erro de forma do processo promovido por Fernanda acarreta a anulação dos atos
seguintes.

A ausência de manifestação do MP não causa a nulidade do processo se ele tiver sido regu-
larmente intimado (art. 279 do CPC); somente seria possível falar em nulidade se o MP, além
de não intimado, alegar a existência de prejuízo (art. 279, § 2º). Ademais, a citação dos con-
finantes e do Município deveria ter sido pessoal (art. 243, § 3º), e não o foi. Todavia, o com-
parecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação (art.
239, § 1º do CPC). Logo, como os réus compareceram à audiência mesmo tendo sido citados
erroneamente, não haverá que se falar em nulidade.
Letra c.

006. (2019/FCC/TRF 3ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA) De acordo com


o Código de Processo Civil, a carta precatória

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a) deverá ser instruída com as cópias necessárias à realização do ato deprecado, vedada, em
qualquer hipótese, a remessa de documento original.
b) tem caráter itinerante, podendo, mesmo antes de lhe ser ordenado o cumprimento, ser enca-
minhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
c) será expedida, preferencialmente, por meio físico, salvo quando enviada a órgão jurisdicio-
nal integrante do mesmo tribunal, caso em que adotará preferencialmente o meio eletrônico.
d) não poderá, em nenhuma hipótese, ter seu cumprimento recusado pelo juízo deprecado, sob
pena de, assim o fazendo, incorrer em responsabilidade funcional.
e) deverá ser transmitida por correio, malote, pela internet ou por qualquer outro meio idôneo
que garanta a aferição da sua autenticidade, sendo vedada a transmissão por telefone.

a) Errada. Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido
em original, ficando nos autos reprodução fotográfica (art. 260, § 2º).
b) Certa. Trata-se da regra literal do art. 262, caput.
c) Errada. As cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em
que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei (art. 263, caput).
d) Errada. Conforme o art. 267,

o juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada
quando:
I – a carta não estiver revestida dos requisitos legais;
II – faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.

e) Errada. A carta de ordem e a carta precatória por meio eletrônico, por telefone ou por telegra-
ma conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 250, especialmente
no que se refere à aferição da autenticidade (art. 264).
Letra b.

007. (2019/CESPE/TCE-RO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO) A respeito de


atos processuais, reconvenção e direito probatório, julgue os seguintes itens, de acordo com o
Código de Processo Civil (CPC).
I – Na hipótese de ausência de citação ou de citação defeituosa, não será possível sanar o
vício processual, mesmo que o réu compareça posteriormente ao processo.
II – Réu que não deseje contestar a petição inicial apresentada pelo autor pode oferecer ape-
nas reconvenção.
III – É vedado ao magistrado determinar, de ofício, a produção de provas no processo: essa
conduta viola o princípio dispositivo e compromete a imparcialidade do juiz.
Assinale a opção correta.
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a) Apenas o item II está certo.


b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens I e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

I – Errado. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade


da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embar-
gos à execução (art. 239, § 1º).
II – Certo. Trata-se da regra do art. 343, § 6º: “O réu pode propor reconvenção independente-
mente de oferecer contestação”.
III – Errado. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas neces-
sárias ao julgamento do mérito (art. 370, caput).
Letra a.

008. (2019/FCC/TJ-MA/OFICIAL DE JUSTIÇA) Em relação à citação, é correto afirmar:


a) Para a validade do processo é imprescindível a citação do réu ou do executado, salvo nas
hipóteses de deferimento da petição inicial ou de procedência liminar do pedido.
b) Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entre-
ga do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência,
que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que
o destinatário da correspondência está ausente.
c) A citação será sempre pessoal, podendo ser feita por mandado a ser expedido pela Serven-
tia ou por via postal.
d) A citação será feita inicialmente por mandado a ser cumprido pelo Oficial de Justiça; frustra-
do esse meio, far-se-á a citação pelo correio.
e) Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região me-
tropolitana, o Oficial de Justiça poderá efetuar citações, intimações e notificações, salvo pe-
nhoras e outros atos executivos, que por sua natureza exigem a expedição de carta precatória
para sua realização.

a) Errada. As hipóteses em que será desnecessária a citação do réu são de indeferimento da


petição inicial ou de improcedência liminar do pedido (art. 239, caput).
b) Certa. Trata-se da regra literal do art. 248, § 4º do CPC.
c) Errada. Nem sempre a citação pessoal. Imagine os exemplos da citação por edital ou por
hora certa.

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d) Errada. A citação pelo correio é preferencial. A citação será feita por meio de oficial de justi-
ça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio
(art. 249).
e) Errada. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma re-
gião metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações,
notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos (art. 255).
Letra b.

009. (2019/CESPE/TJ-PR/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Julgue os seguintes itens, acerca de cita-


ção, considerando o disposto no CPC.
I – Citação é o ato pelo qual o réu, o executado ou o interessado são convocados para integrar
a relação processual.
II – A citação do réu é indispensável para a validade do processo, ainda que haja improcedên-
cia liminar do pedido.
III – Sendo nula a citação, o comparecimento espontâneo do réu suprirá a falha e determinará
o início do prazo para contestação.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

I – Certo. Trata-se do correto conceito de citação, em perfeita colocação.


II – Errado. As hipóteses em que será desnecessária a citação do réu são de indeferimento da
petição inicial ou de improcedência liminar do pedido (art. 239, caput).
III – Certo. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade
da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embar-
gos à execução (art. 239, § 1º).
Letra c.

010. (2019/FGV/TJ-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) No que se refere à cita-


ção, é correto afirmar que:
a) é o ato pelo qual o réu e o executado são convocados para que ofereçam contestação;
b) o comparecimento espontâneo do demandado não supre a sua falta, devendo o ato ser rati-
ficado por Oficial de Justiça;
c) o ato citatório válido só induzirá à litispendência caso seja ordenada por juízo competente;

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d) transitada em julgado a sentença de improcedência antes da citação do réu, este deverá ser
comunicado de seu teor;
e) o novo Código de Processo Civil aboliu a modalidade citatória da hora certa.

a) Errada. A citação é o ato que convoca o réu/executado para integrar o processo, não neces-
sariamente para oferecer contestação. Afinal, é possível que o réu deva participar de outros
atos antes da contestação (como audiência de conciliação).
b) Errada. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade
da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embar-
gos à execução (art. 239, § 1º).
c) Errada. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendên-
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor (art. 240).
d) Errada. O art. 332, § 2º determina que, não interposta a apelação, o réu será intimado do
trânsito em julgado da sentença de improcedência liminar do pedido.
e) Errada. A citação por hora certa continua existindo (art. 254 do CPC).
Letra d.

011. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO) Citação é o ato pelo qual é convocado o réu para integrar a relação processual, cabendo
ressaltar que
a) seja lá em que situação concreta for, para a validade do processo é indispensável a cita-
ção do réu.
b) o comparecimento espontâneo do réu nos autos não supre a nulidade da citação.
c) deve ser realizada no procedimento comum, como regra, por oficial de justiça.
d) a citação por hora certa terá cabimento quando o réu estiver em local incerto e não sabido.
e) a parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstân-
cias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo.

a) Errada. As hipóteses em que será desnecessária a citação do réu são de indeferimento da


petição inicial ou de improcedência liminar do pedido (art. 239, caput).
b) Errada. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade
da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embar-
gos à execução (art. 239, § 1º).
c) Errada. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Có-
digo ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio (art. 249).
d) Errada. Em tais hipóteses, far-se-á citação por edital (art. 256, I e II).

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e) Certa. Trata-se da regra literal do art. 258, caput do CPC.


Letra e.

012. (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERTÃOZINHO – SP/PROCURADOR JURÍDICO LEGIS-


LATIVO) Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito
a) de quem estiver participando de ato de cunho político.
b) de cônjuge do morto, no dia do falecimento e nos 8 (oito) dias seguintes.
c) de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral em qualquer
grau, no dia do falecimento e nos 3 (três) dias seguintes.
d) de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento.
e) de doente, enquanto hospitalizado, independentemente do seu estado de saúde.

a) Errada. Não existe tal previsão no rol do art. 244.


b) Errada. O prazo em que a citação não poderá ocorrer é nos sete dias seguintes ao falecimen-
to do cônjuge (art. 244, II, CPC).
c) Errada. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, de cônjuge, de
companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na
linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; (art. 244,
inciso II).
d) Certa. É a regra exata do art. 244, inciso III do CPC.
e) Errada. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, de doente, enquanto
grave o seu estado (art. 244, IV).
Letra d.

013. (2019/VUNESP/CÂMARA DE MONTE ALTO – SP/PROCURADOR JURÍDICO) Quanto à


comunicação dos atos processuais, é correto afirmar que
a) a parte que requerer citação editalícia alegando, dolosamente, desconhecer o endereço da
parte adversa, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo.
b) o oficial de justiça somente poderá efetuar citações e intimações na comarca em que atua,
não podendo praticar tais atos nem mesmo em comarcas contíguas.
c) na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados por meio de carta com aviso
de recebimento.
d) não se fará a citação dos noivos nos primeiros 7 (sete) dias após as bodas, salvo para evitar
perecimento do direito.
e) a citação dos municípios deverá ser feita na pessoa do Prefeito, representante do Poder
Executivo.

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a) Certa. Trata-se da regra literal do art. 258, caput do CPC.


b) Errada. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma re-
gião metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações,
notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos (art. 255).
c) Errada. Nesta ação, serão publicados editais (art. 259, inciso I).
d) Errada. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, de noivos, nos 3
(três) primeiros dias seguintes ao casamento; (art. 244, III, CPC).
e) Errada. Veja o que dispõe a regra do art. 242, § 3º:

A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública respon-
sável por sua representação judicial.
Letra a.

014. (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERRANA – SP/PROCURADOR JURÍDICO) Feita a cita-


ção com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado,
carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência, no prazo de
a) 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.
b) 15 (quinze) dias, contado da data do cumprimento do mandado.
c) 5 (cinco) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.
d) 10 (dez) dias, contado da data do cumprimento do mandado.
e) 15 (quinze) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.

A questão restringe-se a cobrar a regra do art. 254:

Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou inte-
ressado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, tele-
grama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
Letra a.

015. (2019/FUNDEP/PREFEITURA DE ERVÁLIA – MG/ADVOGADO) Considerando os prazos


no Processo Civil, assinale a alternativa incorreta.
a) Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado
ou interessado, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da data da juntada do mandado aos au-
tos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
b) Ao receber a petição inicial, presentes os requisitos essenciais e não sendo o caso de im-
procedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte)

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dias de antecedência. Caso o réu não tenha interesse na sua realização, manifestará por peti-
ção com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
c) Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo
invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para subs-
tituição do réu.
d) Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido
no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.

a) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta contraria o disposto no art. 254 ape-
nas no tocante ao prazo, que é de 10 (dez) dias.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 334, caput e § 5º do CPC.
c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 338 do CPC.
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 350 do CPC.
Letra a.

016. (2019/FCC/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO/ADVOGADO) No que se refere às


intimações,
a) serão elas feitas pelo correio quando frustrada a realização por oficial de justiça.
b) presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que
não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não
tiver sido devidamente comunicada ao juízo.
c) podem ser feitas por edital, caso necessário, mas não por hora certa, pela natureza do ato
processual.
d) o juiz determinará, de ofício, aquelas intimações em processos findos ou pendentes, em
qualquer hipótese.
e) a parte arguirá sua nulidade em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o
qual será tido por intempestivo em caso de reconhecimento do vício.

a) Errada. É o contrário: a intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realiza-
ção por meio eletrônico ou pelo correio (art. 275).
b) Certa. É a regra literal do art. 274, parágrafo único do CPC.
c) Errada. Pode, sim, haver intimação por hora certa (art. 275, § 2º).
d) Errada. O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposi-
ção em contrário (art. 271).

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e) Errada. A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe
caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido (art. 272, § 8º).
Letra b.

017. (2018/VUNESP/CÂMARA DE ORLÂNDIA – SP/PROCURADOR JURÍDICO) A citação é


o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação
processual.
No que diz respeito ao tema, assinale a alternativa correta.
a) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
b) Incumbe ao autor adotar, no prazo de 5 (cinco) dias, as providências necessárias para viabi-
lizar a citação, sob pena de não interromper a prescrição.
c) A citação pelo correio pode ser feita para qualquer pessoa, incluindo as pessoas jurídicas de
direito privado e de direito público.
d) A citação será obrigatoriamente por oficial de justiça para os casos em que ignorado, incerto
ou inacessível, o lugar em que se encontrar o citando.
e) Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes, inclusive as unidades autônomas de prédio
em condomínio, serão citados pelo correio.

a) Certa. É a regra literal do art. 240, caput.


b) Errada. O prazo é de 10 dias (art. 240, § 2º).
c) Errada. Não se fará citação por correio quando o citando for pessoa jurídica de direito públi-
co (art. 247, III, CPC).
d) Errada. Nestas hipóteses, far-se-á citação por edital (art. 256, I e II).
e) Errada. Nesta ação, serão publicados editais (art. 259, inciso I).
Letra a.

018. (2016/CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO) Pedro, motorista da Secretaria de


Saúde do Estado do Amazonas, conduzia um veículo do referido ente público, quando provocou
acidente automobilístico que resultou na incapacidade física e mental de Flávio. Após a interdi-
ção de Flávio, seu advogado pretende ajuizar ação de reparação de danos materiais e morais.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Proposta ação de reparação de dano, a citação deverá ser realizada na Procuradoria do Estado
do Amazonas, que terá o prazo em quádruplo para apresentação da sua defesa.

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O único erro está no prazo para a defesa do ente público, que é apenas dobrado, conforme o
art. 183, caput do CPC. As demais informações estão corretas, de acordo com o art. 242, § 3º:

A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsá-
vel por sua representação judicial.
Errado.

019. (2016/CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA ADMINISTRATIVA/


DIREITO) No que diz respeito às normas processuais, aos atos e negócios processuais e aos
honorários de sucumbência, julgue o item que se segue, com base no disposto no novo Código
de Processo Civil.
No que se refere à comunicação dos atos processuais, aplica-se às entidades da administra-
ção pública direta e indireta a obrigatoriedade de manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para o recebimento de citações e intimações, que serão preferencial-
mente realizadas por meio eletrônico.

Trata-se da regra do art. 246, § 2º, que determina a observância da regra de que as citações e
intimações da União, dos estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das entidades da ad-
ministração indireta ocorre pelo meio eletrônico (§ 1º do art. 246).
Certo.

020. (2019/CESPE/TJ-AM/ASSISTENTE JUDICIÁRIO) Rodrigo deixou de cumprir sua parte


em obrigação de fazer firmada com Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou ação
em desfavor de Rodrigo.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Não poderá ser feita a citação de Rodrigo caso seu pai tenha falecido trinta dias antes do ajui-
zamento da referida ação.

O prazo em que a citação não poderá ocorrer é nos sete dias seguintes ao falecimento do pai
de Rodrigo (art. 244, II, CPC).
Errado.

021. (2019/CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Ainda no que diz respeito à Defensoria


Pública, julgue o item subsequente.

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Em processo judicial cível no âmbito do DF cuja parte autora seja patrocinada por advogado
particular e cuja parte ré seja assistida por defensor público da DPDF, somente este defensor
terá a prerrogativa de ser intimado pessoalmente.

Os advogados privados não têm o privilégio da intimação pessoal, tudo pelos Defensores Pú-
blicos (art. 186, § 1º), assim como pelos advogados públicos e pelo Ministério Público.
Certo.

022. (2019/CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca do pedido, da tutela provisória, da


citação, da suspeição e dos recursos, julgue o item que se segue.
Em ação cível, o mero despacho do juiz determinando a citação tem o condão de interromper
a prescrição.

Trata-se da regra do art. 240, § 1º: “A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que
ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositu-
ra da ação”.
Certo.

023. (2019/CESPE/PGM/CAMPO GRANDE – MS/PROCURADOR MUNICIPAL) Em 29 de


março de 2019, uma sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse con-
testação a uma petição inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em
uma das varas federais de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido
nenhum feriado até a data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo a comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
É correto afirmar que, após a citação válida da autarquia, o objeto da demanda se tornou ofi-
cialmente litigioso, mas não é acertado dizer que o demandado foi constituído em mora, uma
vez que ainda inexiste certeza acerca da veracidade dos fatos narrados pelo autor na inicial.

A constituição do devedor em mora é um dos efeitos diretos da citação, conforme o caput do


art. 240 do CPC.
Errado.

024. (2019/CESPE/PGM/CAMPO GRANDE – MS/PROCURADOR MUNICIPAL) Em 29 de


março de 2019, uma sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse con-
testação a uma petição inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em

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uma das varas federais de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido
nenhum feriado até a data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo a comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
A citação da autarquia foi realizada no órgão da advocacia pública responsável pela represen-
tação judicial dessa autarquia.

Trata-se da regra do art. 242, § 3º:

A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsá-
vel por sua representação judicial.
Certo.

025. (2019/CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/CALCULIS-


TA) À luz do Código de Processo Civil, julgue o próximo item, relativos às normas fundamen-
tais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários advocatícios, à advocacia
pública e à aplicação das normas processuais.
Situação hipotética: O calculista de determinada procuradoria estadual foi devidamente cre-
denciado junto ao cartório da vara de fazenda pública para retirar os autos em carga e elaborar
seu parecer técnico acerca de cálculos de liquidação apresentados pela parte contrária. Con-
cluído seu parecer, o calculista entregou os autos ao procurador responsável, para que este
elaborasse a manifestação judicial que entendesse cabível.
Assertiva: Nessa situação, a intimação do ente público de eventuais decisões constantes nos
autos ocorreu quando o calculista retirou os autos em carga da vara, mesmo que o ato ordina-
tório de vista à fazenda pública estivesse pendente de publicação.

Trata-se exatamente do contexto da regra do art. 272, § 6º:

A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada
a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pú-
blica ou pelo MP implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que
pendente de publicação.
Certo.

026. (2019/CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com

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uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável
pela sua representação judicial.

Trata-se da regra do art. 242, § 3º:

A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsá-
vel por sua representação judicial.
Certo.

027. (2018/CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Com base no Código de


Processo Civil e no entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil, julgue
o seguinte item.
É válida a entrega de mandado de citação de pessoa jurídica feito pelo correio a funcionário
responsável pelo recebimento de correspondências, bem como é válida a entrega de mandado
de citação de pessoa física residente em condomínios edilícios a funcionário da portaria.

O art. 248, § 2º dispõe que

sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de
gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de
correspondências.

Ademais, o § 4º do mesmo artigo dispõe que

nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do
mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entre-
tanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário
da correspondência está ausente.
Certo.

028. (2017/CESPE/TRF 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA-


DOR FEDERAL) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.

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Se o oficial de justiça verificar que o réu que reside em condomínio edilício está se ocultando
para não receber a citação, o juiz deverá intimar o funcionário da portaria a informar o citando
sobre o dia e o horário que o oficial de justiça retornará para efetuar a citação.

Questão capciosa. Quem intimará não é o juiz, e sim o oficial de justiça (art. 252). A possibili-
dade de intimação mediante entrega da comunicação ao funcionário da portaria é prevista no
parágrafo único do mesmo artigo.
Errado.

029. (2017/CESPE/TRF 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA-


DOR FEDERAL) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.
O administrador do imóvel locado, quando a ação se originar de atos por ele praticados, poderá
receber citação em ação movida contra o locador, se este estiver ausente.

Trata-se da regra constante do 2º do art. 242:

O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde
estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do
administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado
para representar o locador em juízo.
Certo.

030. (2017/CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Jul-


gue o item seguinte, com base no que dispõe o CPC sobre atos processuais, deveres das par-
tes e dos procuradores e tutela provisória.
Situação hipotética: Em ação que tramita pelo procedimento comum, determinado município
foi intimado de decisão por meio de publicação no diário de justiça eletrônico. Assertiva: Nes-
sa situação, segundo o CPC, a intimação é válida, uma vez que é tida como pessoal por ter sido
realizada por meio eletrônico.

A intimação por Diário Eletrônico não é considerada uma intimação pessoal. Pessoal é a inti-
mação destinada por portal eletrônico em que o ente público tiver cadastro. É o entendimento
expresso no Enunciado n. 401 do FPPC: “Para fins de contagem de prazo da Fazenda Pública
nos processos que tramitam em autos eletrônicos, não se considera como intimação pessoal
a publicação pelo Diário da Justiça Eletrônico”.
Errado.

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031. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Acerca das normas aplicáveis diretamente aos sujeitos pro-
cessuais, nos termos do Código de Processo Civil, consideradas as alterações legislativas
ulteriores, julgue o item subsequente:
É dever das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem
do processo informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário e, em algumas situações, da Administração Tributária, para recebimento de citações
e intimações.

Trata-se do dever processual incluído ao rol do art. 77 pela Lei n. 14.195/2021. É o novo inciso
VII desse dispositivo.
Certo.

032. (2021/CESPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) A respeito da ação de


improbidade, da prescrição contra a fazenda pública, da execução do termo de ajuste de con-
duta (TAC), do processo judicial eletrônico e do habeas data, julgue o item a seguir.
À exceção da fazenda pública, que possui garantias específicas, nos processos eletrônicos,
todas as citações, intimações e notificações serão feitas por meio eletrônico.

As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efe-
tuadas preferencialmente por esse meio (art. 246, § 1º, CPC). O § 2º desse dispositivo enuncia:
“O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às
entidades da administração indireta”.
Errado.

033. (2021/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO) Marque a alternativa incorreta:


a) Não se fará a citação de noivos nos três primeiros dias seguintes ao casamento.
b) Não se fará a citação de doente, enquanto grave o seu estado.
c) Não se fará a citação do viúvo ou da viúva, nos sete dias seguintes ao falecimento do de cujus.
d) A citação ad domum é válida.
e) A citação por hora certa não pode ser efetivada na pessoa de vizinho intimado anteriormen-
te que esteja ausente no dia e horário indicado pelo Oficial de Justiça.

a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é consonante ao teor do art. 244,
inciso III, do CPC.

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b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é consonante ao teor do art. 244,
inciso IV, do CPC.
c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é consonante ao teor do art. 244,
inciso II, do CPC.
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é certa, porque a expressão ad do-
mum refere-se à citação por hora certa, que é autorizada pelo art. 253 do CPC.
e) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta afronta o disposto no art. 253, §
2º, do CPC:

A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver
sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a
receber o mandado.
Letra e.

034. (2020/FCC/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) No tocante à citação, é correto afirmar:


a) a interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, retroagirá à data
da prática do fato que originou a demanda.
b) quando frustrada a citação pessoal, por meio de oficial de justiça, esta far-se-á por via postal
e, mostrando-se infrutífera, por edital.
c) a citação válida, salvo se ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigio-
sa a coisa e constitui em mora o devedor.
d) não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impos-
sibilitado de recebê-la.
e) a citação será sempre pessoal, salvo exclusivamente a feita na pessoa do curador do incapaz.

a) Errada. A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que
proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação (art. 240, § 1º, CPC).
b) Errada. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Có-
digo ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio (art. 249 do CPC).
c) Errada. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendên-
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e
398 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) – art. 240, caput, do CPC.
d) Certa. Trata-se do teor literal do art. 245, caput, do CPC.
e) Errada. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante
legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado (art. 242, caput, do CPC).
Letra d.

035. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:

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A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação, que
se dá pelo protocolo da petição inicial.

A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação (art.
238, parágrafo único, do CPC). Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for pro-
tocolada (art. 312 do CPC).
Certo.

036. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 3 (três) dias úteis,
contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando
no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça.

Tal prazo é de 2 (dois) dias úteis (art. 246, caput, do CPC). Não o confunda com o prazo para o
réu confirmar o recebimento da citação por meio eletrônico, o qual, de fato, é de 3 (três) dias,
de acordo com o § 1º-A do art. 246.
Errado.

037. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Até a primeira audiência designada no processo, o réu que não tenha sido citado por meio
eletrônico, e que tiver obrigação legal de manter cadastro nos sistemas de processo em autos
eletrônicos, deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento da
citação enviada eletronicamente.

Tal justificativa deverá ser apresentada na primeira oportunidade em que couber ao réu falar
nos autos (art. 246, § 1º-B, CPC).
Errado.

038. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de 5% (cinco por cento)
do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da cita-
ção recebida por meio eletrônico.

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Embora o percentual referido no art. 246, § 1º-C, do CPC realmente seja de 5% do valor da cau-
sa, o erro do item está em apontar esse percentual de modo estático. A multa, na verdade, é de
até 5% do valor da causa. Logo, pode o juiz aplicar tal multa em percentual inferior, possibilida-
de esta que o item sob julgamento indevidamente exclui ao suprimir a palavra “até”.
Errado.

039. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
As microempresas e as pequenas empresas somente terão o dever de manter cadastro nos
sistemas de processo em autos eletrônicos quando não possuírem endereço eletrônico cadas-
trado no sistema integrado da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legaliza-
ção de Empresas e Negócios (Redesim).

É a regra do art. 246, § 5º, do CPC:

As microempresas e as pequenas empresas somente se sujeitam ao disposto no § 1º deste artigo


quando não possuírem endereço eletrônico cadastrado no sistema integrado da Rede Nacional para
a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim).
Certo.

040. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A ausência de confirmação, em até 5 (cinco) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação por outros meios legalmente tipificados.

Tal prazo, na verdade, é de 3 (três) dias úteis. Não o confunda com o período após o qual co-
meçam os prazos decorrentes de citações e intimações eletrônicas, que, de fato, é de 5 (cinco)
dias úteis (art. 231, inciso IX, CPC).
Errado.

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Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do Tribunal Superior do
Trabalho (Gabinete de Ministro).
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região.
Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.

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