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DIREITO CIVIL
Comunicação dos Atos Processuais
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
Comunicação dos Atos Processuais
Gustavo Deitos
Sumário
Comunicação dos Atos Processuais.. ........................................................................................... 3
1. Disposições Gerais e Teoria da Comunicação dos Atos Processuais................................ 4
2. Citações......................................................................................................................................... 7
3. Cartas........................................................................................................................................... 26
4. Intimações.. ................................................................................................................................. 29
Exercícios......................................................................................................................................... 34
Gabarito............................................................................................................................................ 45
Gabarito Comentado.....................................................................................................................46
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Comunicação dos Atos Processuais
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Comunicação dos Atos Processuais
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Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio do Fó-
rum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um grande prazer
verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
TÍTULO II
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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Gustavo Deitos
Desde já, saiba que a carta, genericamente, será expedida quando o juízo não tiver poderes
para intervir em determinada situação, e precisar da cooperação de outro órgão judiciário para
tomar alguma providência.
A carta tem várias espécies:
1) Carta Precatória;
2) Carta Rogatória;
3) Carta de Ordem;
4) Carta Arbitral.
§ 2º O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos
limites territoriais do local de sua sede.
§ 3º Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecno-
lógico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
Existem cartas precatórias que são cumpridas mediante videoconferências. Grande exem-
plo é o da carta precatória para oitiva de testemunha que resida em outra comarca, que com-
parece ao fórum da comarca de sua residência para depor, mediante videoconferência, ao juiz
da comarca onde o processo tramite.
A Carta de Ordem é expedida pelo tribunal para que algum juiz vinculado ao tribunal cum-
pra alguma providência.
O tribunal, por se situar na capital do Estado, pode não ter viabilidade prática para fazer um
interrogatório ou uma inspeção judicial, por exemplo. Nestes casos (exemplificativos), poderá
o tribunal expedir uma carta de ordem para que um juiz vinculado ao tribunal realize a atribui-
ção, em razão de maior praticidade, normalmente em razão da proximidade com o objeto da
providência.
II – rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacio-
nal, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
A Carta Rogatória é expedida por um órgão jurisdicional do exterior que solicite a coopera-
ção do Poder Judiciário brasileiro para a prática de algum ato processual.
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Para que uma carta rogatória seja cumprida no Brasil, é necessário que lhe seja concedido
o chamado exequatur, que é uma medida de análise de adequação do conteúdo da carta com
a ordem pública brasileira.
A concessão de exequatur às cartas rogatórias compete originariamente ao STJ (art. 105,
inciso I, alínea i, CF/1988).
O exequatur consiste numa autorização do STJ para que a carta rogatória seja cumprida
no Brasil, concedida após um juízo de admissibilidade relativo ao atendimento das normas
brasileiras, de modo que sejam afastadas eventuais “aberrações jurídicas” decorrentes das
diferenças entre o direito brasileiro e o direito do país prolator da carta.
III – precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na área
de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão
jurisdicional de competência territorial diversa;
Exemplo: O juiz de uma das Varas Cíveis de São Paulo (SP) precisa ouvir uma testemunha que
resida em Macapá (AP). Neste caso, poderá o juízo paulista expedir carta precatória ao juízo
amapaense, para que seja ouvida uma testemunha que resida no Amapá.
IV – arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de
sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo
arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
A Carta Arbitral é expedida pelo juízo arbitral, que pede a órgão do Poder Judiciário que pra-
tique determinado ato, para dar efetividade àquilo que houver sido fixado na decisão do árbitro.
Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior
houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo
estadual da respectiva comarca.
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Normalmente, o STJ e o STF expedem cartas de ordem a juízes federais. Todavia, em algu-
mas localidades, não existem Varas Federais. Nestas situações, poderão ser deprecados os
juízes de direito estaduais.
A mesma regra será observada quando a carta de ordem for expedida por um TRF, ou quan-
do for expedida carta precatória por outro juiz federal de igual hierarquia.
Conclusão: não havendo juízo federal na localidade, a carta pode ser cumprida pelo juiz de
direito da Justiça Estadual.
2. Citações
CAPÍTULO II
DA CITAÇÃO
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar
a relação processual.
Parágrafo único. A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura
da ação. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
Sempre que alguém deva integrar o processo, isto é, participar dele pela primeira vez (“en-
trar” no processo, a grosso modo), este alguém será CITADO.
Quando a pessoa já estiver participando do processo e deva ser comunicada de algum ato
processual, ela será intimada, e não citada.
O PULO DO GATO
Um sujeito processual é citado apenas uma vez ao longo do processo.
A citação é o primeiro ato de comunicação do processo.
Para ilustrar:
A partir da alteração promovida pela Lei n. 14.195/2021, a citação tem um prazo máximo
para ser promovida pelo Poder Judiciário: 45 dias, a partir do momento da propositura da ação.
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Lembre-se que, conforme o art. 312 do CPC, “considera-se proposta a ação quando a petição
inicial for protocolada”.
Portanto, dou-lhe as seguintes dicas:
DICA!
1) Se a banca afirmar que a citação deve ser promovida no pra-
zo de 45 dias a contar da propositura da ação, essa afirmação
será correta, pois reproduz a literalidade do art. 238, parágrafo
único, do CPC.
2) Se a banca afirmar que a citação deve ser promovida no
prazo de 45 dias a contar do protocolo da petição inicial, essa
afirmação também será correta, uma vez que o protocolo da
petição inicial é um ato de sistema cuja substância configura
o ato processual de propositura da ação, conforme o art. 312
do CPC.
3) Se essas duas afirmações estiverem na mesma questão,
prefira aquela que reproduz a literalidade do art. 238, parágra-
fo único, do CPC (dica n. 1).
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas
as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
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Neste caso, o réu somente será citado se o autor apelar, caso em que a citação será para
o oferecimento de contrarrazões à apelação (art. 332, § 4º).
Imagine que a citação do réu tenha sido nula (deveria ter sido feita por correios ou por
meio eletrônico, mas foi feita por edital). O réu, por ter a maior sorte do mundo, leu o Diário
Eletrônico justamente no dia em que lá constava sua citação por edital. Nesta situação, se o
réu comparecer em juízo mesmo tendo sua citação sido nula, esta nulidade será convalidada,
e o prazo para contestação (processo de conhecimento) ou embargos à execução (processo
de execução) será contado a partir da data em que comparecer em juízo.
Exatamente a mesma lógica vale para o caso de inexistência de citação. Se o réu “ouvir
dizer” que foi processado, mesmo sem ter sido citado, ele poderá comparecer em juízo, e a ine-
xistência da citação poderá ser suprida pelo comparecimento (rara hipótese de convalidação
de uma inexistência).
Imagine que o réu alegue que sua citação foi nula, requerendo, por consequência, a nulida-
de de todos os atos processuais posteriores à citação nula.
O juiz, ao analisar os autos, verifica que a citação se deu pelo meio correto, e que o réu não
tem razão. Neste caso, serão normalmente aplicados os efeitos da revelia, se o réu tiver perdi-
do o prazo para contestar (processo de conhecimento).
Se se tratar de processo de execução, a execução terá regular prosseguimento, uma vez
que não há revelia por falta de oposição de embargos à execução.
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, tor-
na litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei
n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido
por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
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O caput e o § 1º do art. 240 positivam os efeitos imediatos da citação, quando esta ocorrer
de forma válida. A citação provoca, portanto, os seguintes efeitos:
1) Indução de litispendência: realizada a citação, serão nulos os processos futuros com
iguais partes, causas de pedir e pedidos. Afinal, com a integração do réu ao processo (pela
citação), ficarão preenchidos todos os elementos identificadores da ação (partes, causa de
pedir e pedido).
2) Qualificação de coisa como litigiosa: se a ação versar sobre uma coisa (bem móvel ou
imóvel), depois da citação do réu, a coisa terá o caráter de objeto litigioso, e, se for alienada a
terceiro de boa-fé, poderá provocar o fenômeno da evicção (art. 450 do Código Civil).
3) Constituição do devedor em mora: se a ação tiver por objeto a exigência de uma obriga-
ção, o devedor (réu) será considerado em mora a partir de sua citação válida, correndo, a partir
desta data, os riscos por conta do devedor, isso sem falar em juros de mora.
Não será constituída a mora nas seguintes situações:
inadimplemento de obrigação positiva e líquida (a mora é constituída já no termo final da
obrigação – art. 397 do Código Civil). É a obrigação de pagar quantia certa de valor exato.
obrigação decorrente de ato ilícito (mora é constituída desde a prática do ato ilícito – art.
398 do Código Civil).
4) Interrupção da prescrição: a interrupção do prazo prescricional é o fenômeno jurídico
que faz com que um prazo prescricional em curso seja zerado, isto é, elimina todo o tempo já
decorrido do prazo prescricional, como se ele nunca tivesse se iniciado. A interrupção aconte-
ce somente uma vez (art. 202 do Código Civil).
Todos os efeitos que você estudou acima são produzidos MESMO QUE o juízo que operou a
citação seja INCOMPETENTE, seja esta incompetência relativa ou absoluta.
Trata-se de um efeito universal da citação.
Esta regra é muito cobrada em provas. Lembre-se dela!
Para fins de segurança jurídica, o legislador, a partir da Lei n. 14.195/2021, determinou que
as citações sejam promovidas no prazo máximo de 45 dias a partir da propositura da ação.
Afinal, já se enfrentaram na prática muitos problemas em razão de o fenômeno da interrupção
da prescrição depender da citação, e a citação demorar a ser realizada pelo Poder Judiciário.
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar
a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
Se o autor não adotar tais providências no prazo de 10 dias (grave este prazo), a prescrição
não será interrompida.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
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Imagine que o autor tenha, de fato, tomado todas as providências para a citação do réu
(informação de endereço e tudo mais). Todavia, o órgão judiciário, por ter grande volume de
processos, demorou demais para realizar tal citação. Neste caso, o autor não será prejudicado,
desde que tenha feito a sua parte.
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos
previstos em lei.
Como regra geral (art. 207 do Código Civil), a decadência não se sujeita a causas suspen-
sivas, impeditivas ou interruptivas, como a prescrição. O mesmo dispositivo permite que a lei
crie exceções.
Aqui, estamos diante de uma exceção: o prazo decadencial TAMBÉM PODE ser interrom-
pido pela citação.
Art. 241. Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação,
incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
Sim, é possível que um réu seja beneficiado por uma sentença de mérito a seu favor sem
sequer ter sido citado. É o caso da improcedência liminar do pedido (art. 332 do CPC), estuda-
da na aula sobre o Procedimento Comum.
De qualquer forma, o réu ficará sabendo dessa sentença quando ela transitar em julga-
do, mas não mediante citação, e, sim, mediante intimação, pois não terá nada mais a fazer
no processo.
Obs.: Lembre-se de que, se o autor tiver apelado dessa sentença, o réu será citado para apre-
sentar contrarrazões (art. 332, § 4º do CPC).
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou
do procurador do réu, do executado ou do interessado.
Embora a citação seja um ato pessoal como regra, ela pode ser feita na pessoa do repre-
sentante legal (nos casos de pessoas jurídicas ou de incapazes) do réu.
Grandes litigantes costumam cadastrar advogado para receber as citações de seus pro-
cessos. Isso é mais comum quando as citações do réu são realizadas por meio eletrônico o
por Diário. Poderão, portanto, as citações ser destinadas ao procurador indicado pelo réu em
cadastro para citações enviadas por meio eletrônico.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, pre-
posto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
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Simples: quando o objeto da ação disser respeito a ato praticado por mandatário, adminis-
trador, preposto ou gerente, a citação poderá ser feita diretamente em relação a estes.
Obs.: O requisito para a citação na pessoa desses sujeitos é a ausência do citando (réu). Se
o réu tiver condições de receber pessoalmente a citação, não será realizada a citação
na pessoa dos sujeitos acima mencionados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa
do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habili-
tado para representar o locador em juízo.
Quando uma ação for ajuizada tendo por objeto um imóvel locado, e o locador estiver no
exterior, poderá a citação ser feita na pessoa do administrador do imóvel incumbido de receber
aluguéis (imobiliária).
Obs.: Uma condição para que o administrador do imóvel seja representante do locador em
juízo é o fato de o locador não ter conferido poderes para nenhum advogado. Se ele
tiver conferido tais poderes a algum procurador no Brasil, o administrador do imóvel
não poderá representar o locador em juízo.
§ 3º A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública res-
ponsável por sua representação judicial.
Obs.: As bancas tentam confundir o candidato, dizendo que as citações poderiam ser dirigi-
das ao Chefe do Poder Executivo, o que está errado. Elas são dirigidas aos Procurado-
res do ente/entidade.
Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o
interessado.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não
for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.
Não existe lugar exato para a realização da citação. Poderá o réu ser citado em qualquer
lugar onde se encontre.
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O servidor público militar poderá ser citado, pessoalmente, na unidade militar em que estiver
trabalhando, caso não seja encontrado em sua residência ou seja ela desconhecida.
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
Abaixo, você verá várias hipóteses em que o respectivo réu não poderá ser citado. Todavia, tais
hipóteses não prevalecerão quando a citação for necessária para evitar o perecimento (ruína)
de um direito, conforme o caput.
Obs.: Associe a tradição religiosa do “sétimo dia de falecimento” a este dispositivo, e você não
o confundirá com o período de impossibilidade de citação por ocasião de casamento.
O doente, por sua vez, só não pode ser citado enquanto seu estado estiver grave ou pior. Se
a doença for moderada, ele poderá, sim, receber citações.
Obs.: Não se exige que o doente esteja inconsciente. Basta que seu estado esteja grave,
independentemente de estar consciente ou não.
Somente o culto religioso é protegido contra a citação. Atos de manifestação política, por
sua vez, não são protegidos.
Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está im-
possibilitado de recebê-la.
§ 1º O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência.
§ 2º Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5
(cinco) dias.
§ 3º Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2º se pessoa da família apresentar declaração do
médico do citando que ateste a incapacidade deste.
§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua
escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5º A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando.
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Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias
úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo
citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de
Justiça. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
A partir das alterações promovidas pela Lei n. 14.195/2021, a citação não é mais feita, em re-
gra, pelo correio. De agora em diante, a forma preferencial de citação, nos casos em que o réu
tem cadastro para tanto, é a citação por meio eletrônico. Como veremos, somente se for frus-
trada a citação por meio eletrônico é que o Judiciário tentará fazer a citação por outros meios.
O § 1º esclarece que todas as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter ca-
dastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações
e intimações. A partir da Lei n. 14.195/2021, essa obrigação passou ao status de dever pro-
cessual das partes (art. 77, VII, CPC).
Dessa forma, a primeira tentativa de citação será sempre feita por meio eletrônico, se a
pessoa citanda for obrigada a manter tal cadastro (empresas públicas e privadas).
A primeira citação, a ser feita por meio eletrônico, deverá ser promovida dentro dos dois
dias úteis seguintes à decisão que determinar a citação.
Esse prazo de 2 (dois) dias úteis tem início a partir da decisão que determinar a citação. Leia
essa “decisão” como o tradicional despacho inicial do juiz, que recebe a petição inicial e, não
sendo caso de improcedência liminar do pedido, determina a citação da parte ré.
A banca poderá tentar te confundir, dizendo que tal prazo corre a partir de outro evento. Por
isso, farei as considerações a seguir.
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Quando você leu o parágrafo único do art. 238, viu que a citação deve ser promovida em
até 45 dias da propositura da ação. No entanto, você precisa aprender essa regra com cuidado.
Esse prazo de 45 dias, caro(a) aluno(a), é um prazo-limite para que a citação, sob quais-
quer de suas formas (eletrônica, por via postal, por oficial de justiça etc.), seja efetivada.
O prazo instituído pelo caput do art. 246, por sua vez, é um prazo máximo destinado ape-
nas à citação de forma eletrônica.
Situarei cada regra a partir de um exemplo prático.
Exemplo:
João da Silva ajuíza uma ação contra a empresa XXX, a qual, logo em seguida ao protocolo da
petição inicial, é distribuída à 1ª Vara Cível de Campo Grande (MS), em 8/11/2022. A Secretaria
da Vara promove a citação eletrônica da empresa XXX, ré, em 2 (dois) dias úteis após o des-
pacho inicial, que foi publicado em 14/11/2022. No entanto, por ter sido a citação eletrônica
infrutífera, a Secretaria, após 12 dias úteis, renovou a tentativa de citação por correios. Ainda
sem sucesso, a Secretaria, após 18 dias úteis, promove a citação mediante oficial de justiça,
quando, enfim, obtém êxito em citar a parte ré.
Neste exemplo, a Secretaria levou 35 dias úteis, após a propositura da ação (configurada pelo
protocolo da petição inicial – art. 312 do CPC), para conseguir citar a empresa ré. De modo global,
o órgão observou o prazo do art. 238, parágrafo único, que determina que a citação seja efetiva-
da dentro de 45 dias (úteis, embora o dispositivo não seja explícito) após a propositura da ação.
§ 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
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O propósito do CPC é de fazer com que todas as empresas venham a ter o referido cadastro.
§ 1º-A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação: (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
I – pelo correio; (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
II – por oficial de justiça; (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; (Incluído pela Lei n.
14.195, de 2021)
IV – por edital. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas previstas nos incisos
I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do
recebimento da citação enviada eletronicamente. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º-C Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5% (cinco por
cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da
citação recebida por meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
Veja bem.
O destinatário da citação feita por meio eletrônico tem 3 (três) dias úteis para confirmar o
recebimento da citação. Dessa informação, decorrem as seguintes:
1) Se, após esse prazo, o réu não confirmar o recebimento, a citação será feita pelos outros
meios previstos em lei, de acordo com as circunstâncias do caso concreto (correios, oficial de
justiça, pelo servidor se o réu comparecer em Secretaria ou por edital).
2) Se, citado por correios, oficial de justiça, pelo servidor presencialmente em Secretaria ou
por edital, o réu deverá, em sua primeira manifestação processual, apresentar justa causa para
não ter confirmado o recebimento da citação por meio eletrônico.
3) Se o réu, citado por correios, oficial de justiça, pelo servidor presencialmente em Secre-
taria ou por edital, não apresentar justa causa para a ausência de tal confirmação de recebi-
mento, ficará sujeito a multa por AADJ (ato atentatório à dignidade da justiça) de ATÉ 5% do
valor da causa.
Nem todas as pessoas são obrigadas por lei a manter dados cadastrais atualizados perante o
Poder Judiciário. Tais dados são exigidos daquelas pessoas que tenham o dever de viabilizar
eventuais citações e intimações por meio eletrônico. Tais pessoas são as empresas públicas
e privadas (art. 246, § 1º, CPC).
Embora exista regra programática no sentido de que, futuramente, todas as pessoas naturais e
jurídicas sejam citadas/intimadas por meio eletrônico (art. 270 do CPC), o ordenamento jurídi-
co, por enquanto, somente obriga as empresas públicas e privadas a manter dados cadastrais
perante o Poder Judiciário para o recebimento de comunicações processuais em geral por
meio eletrônico.
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Perceba que a “justa causa” não tem uma definição própria no CPC. Tal terminologia signi-
fica qualquer justificativa idônea e verdadeira que tenha levado o réu a não confirmar o rece-
bimento da citação por meio eletrônico.
Exemplos: Perda recente da senha do e-mail, ato faltoso de funcionário da empresa, direciona-
mento do e-mail de citação à caixa spam, dentre outras possibilidades.
Ademais, o § 1º-C qualifica, de pleno direito, a ausência de justa causa para a não confir-
mação do recebimento como ato atentatório à dignidade da justiça.
O juiz, no caso concreto, não terá margem de escolha para qualificar tal conduta como
atentatória, ou não, à dignidade da justiça. A margem de escolha do juiz existirá apenas quanto
à fixação do valor da multa, que será limitado a 5% do valor da causa.
O PULO DO GATO
Ao estudar os parágrafos anteriores, você percebeu que não existe presunção de recebimento
de citação feita por meio eletrônico. É por isso mesmo que o recebimento de tal citação deve
ser confirmado para ser considerado realizado, custe o que custar (inclusive a custo de multa
processual, como visto).
§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às enti-
dades da administração indireta.
Os entes políticos, igualmente, são obrigados a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações.
Obs.: Não existe nenhum dispositivo no CPC, nem mesmo dentre os incluídos ou alterados
pela Lei n. 14.195/2021, que exima as pessoas jurídicas de direito público da multa
por ato atentatório à dignidade da justiça, em caso de ausência de confirmação do
recebimento da citação eletrônica sem justa causa. Se essas pessoas, inclusiva os
entes federados, cometerem tal ato, serão sancionadas com a multa prevista no §
1º-C. Eventual culpa de agente público, para fins de ação regressiva, será, naturalmen-
te, aferida em âmbito administrativo-disciplinar.
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Se, todavia, a usucapião for pleiteada com relação a um apartamento, a citação dos vi-
zinhos não ocorrerá, pois, neste caso, as “divisas” são naturalmente muito bem delimitadas
(porta para dentro, porta para fora).
§ 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para realização da
confirmação de recebimento e de código identificador que permitirá a sua identificação na página
eletrônica do órgão judicial citante. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
Você, imaginando-se na posição do réu citado por meio eletrônico, possivelmente se as-
sustou com as disposições dos §§ 1º a 1º-C. No entanto, o § 4º foi incluído para garantir ao
citando que a sua citação deve ser acompanhada de corretas e claras orientações a fim de que
a confirmação do recebimento seja válida.
O § 4º ainda esclarece que a citação conterá um código identificador a fim de que o citan-
do tenha sua autenticidade comprovada na página eletrônica do respectivo órgão do Poder
Judiciário.
Embora o § 4º não fale a respeito, as citações por meio eletrônico conterão ao menos um
parágrafo com informação relativa à penalidade prevista no § 1º-C. Dessa forma, o citando não
poderá sequer alegar escusa por desconhecimento da sanção de multa de até 5% do valor da
causa, em caso de ausência injustificada de confirmação do recebimento da citação eletrônica.
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A finalidade do legislador (mens legislatoris) é clara: promover maior efetividade nas cita-
ções e intimações, evitando que processos contra ME e EPP tramitem à revelia, e ao mesmo
tempo proporcionar maior facilidade e simplicidade a essas empresas. Afinal, toda empresa já
é obrigada a manter cadastro junto à Administração Tributária, e a legislação autoriza que esse
mesmo cadastro seja utilizado pelo Poder Judiciário como fonte de informação dos endereços
das pequenas empresas.
A legislação exige da ME e da EPP, para a concretização de tal benefício, uma única con-
trapartida: a obrigação de manter atualizados seus endereços junto à Administração Tributária
(Redesim). Essa é, inclusive, a razão da inclusão do inciso VII ao art. 77 do CPC, que prevê tal
contrapartida como um dever processual.
Art. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País,
exceto: (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
I – nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º;
II – quando o citando for incapaz;
III – quando o citando for pessoa de direito público;
IV – quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V – quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Antes das alterações promovidas pela Lei n. 14.195/2021, a citação por correios, em todo
caso, era preferencial. Agora, a citação por correios é excepcional nos casos em que o réu ti-
ver a obrigação de manter cadastro, perante o Poder Judiciário, para citações eletrônicas (as
empresas públicas e privadas, além das pessoas jurídicas de direito público).
A citação por correios apenas é ordinária – e, ainda assim, concorrente com a citação ele-
trônica – nos casos em que o réu seja sujeito desobrigado a manter o cadastro referido acima
(pessoa natural).
Há hipóteses, todavia, em que a lei, excepcionalmente, determina que a citação deva ocor-
rer por outro meio. Tais hipóteses excepcionais são:
1) Ações de estado (divórcio, separação, anulação de casamento etc.);
2) Quando o citando for incapaz (será necessário o acompanhamento de um representante
ou assistente);
3) Se o citando for pessoa jurídica de direito público (deverá ocorrer por meio eletrônico,
conforme o art. 246, § 2º);
4) Se os Correios não atenderem à região onde a citação deva ser entregue (será a citação
realizada por oficial de justiça);
5) Se o autor apresentar justificativa para que a citação seja feita por outro meio.
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Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando
cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do
juízo e o respectivo cartório.
§ 1º A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que
assine o recibo.
Os elementos do caput devem constar da citação, que deverá ter seu respectivo recibo
assinado e devolvido ao carteiro.
§ 2º Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de
gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de cor-
respondências.
§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega
do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entre-
tanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário
da correspondência está ausente.
Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou
em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio.
Quando for frustrada a citação pelo correio – nos casos em que não tenha sido possível a
citação por meio eletrônico –, será realizada a citação por oficial de justiça.
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Como regra geral, a citação por oficial de justiça é subsidiária: quando a citação por correio
ou por meio eletrônico for impossível ou for frustrada, ou, ainda, quando o CPC ou outra lei
exigir que a citação, em determinada causa, seja mediante oficial de justiça. Exemplos claros
constam do art. 247, em que se apontam várias circunstâncias que exigem a citação por oficial
de justiça.
Embora estes seis elementos do mandado sejam importantes de se conhecer, eles quase
não são explorados em provas. De qualquer forma, aconselho-lhe lê-los atentamente para gra-
var o máximo possível.
Faço apenas um alerta: lembre-se que, no mandado, deve haver previsão de que a ausência
de contestação implica revelia. Se este aviso não constar do mandado, poderá o réu requerer
o desfazimento de eventual revelia declarada.
Art. 251. Incumbe ao oficial de justiça procurar o citando e, onde o encontrar, citá-lo:
I – lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II – portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III – obtendo a nota de ciente ou certificando que o citando não a apôs no mandado.
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicí-
lio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa
da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a
citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida
a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de
correspondência.
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Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho,
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da au-
sência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção
ou subseção judiciárias.
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que hou-
ver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar
a receber o mandado.
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família
ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador espe-
cial se houver revelia.
Os arts. 252 e 253 traçam os requisitos para a validade da citação por hora certa. Esta for-
ma especial de citação funciona, sinteticamente, da seguinte maneira:
1) Na segunda vez em que o oficial de justiça tentar fazer a citação, ele avisará algum vizi-
nho ou pessoa residente no local de que voltará num dia e horário específicos, a fim de que o
citando seja avisado para, na hora marcada, permanecer em casa para receber a citação. É um
puro “combinado” entre o oficial de justiça e os familiares/vizinhos do citando.
2) No horário marcado, o oficial de justiça voltará a fim de citar o réu. Se não o encontrar, o
oficial de justiça poderá considerar realizada a citação, deixando a contrafé com algum fami-
liar ou vizinho que ali aparecer.
3) A citação por hora certa será, igualmente, válida se o vizinho ou familiar recusar
a contrafé.
O PULO DO GATO
A citação por hora certa ocorrerá no dia útil seguinte àquele em que tiver ocorrido a segunda
tentativa de citação. A rigor, a citação por hora certa ocorre na terceira tentativa.
A realização de citação por hora certa NÃO, não depende de despacho do juiz. Trata-se de for-
ma de citação que pode ser levada a feito por iniciativa do oficial de justiça, após a frustração
da segunda tentativa de citação real.
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado
ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta,
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
A citação por hora certa não termina no dia da citação. A Secretaria da unidade judiciária
deve providenciar a remessa ao réu de carta, telegrama ou e-mail informando que ocorreu a
citação por hora certa.
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Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região me-
tropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações,
penhoras e quaisquer outros atos executivos.
O PULO DO GATO
Lembre-se: o oficial de justiça pode fazer tudo nestes três locais (quaisquer atos executivos e
de comunicação). Não deixe o examinador te enganar ao dizer que o oficial de justiça pode fa-
zer algumas coisas, e outras não, em comarcas contíguas ou da mesma região metropolitana.
É importantíssimo conhecer as hipóteses de citação por edital, uma vez que as provas costu-
mam envolvê-las em questões que cobrem a forma adequada de citação para certas situações.
A citação por edital é uma forma ficta de dar ciência ao réu da existência do processo. Ela
é a última alternativa de citação, só ocorrendo quando não houver nenhuma outra forma de
citar o réu sem que o andamento do processo seja atrapalhado.
A citação por edital consiste em chamada do réu para integrar o processo mediante publi-
cação de ato de comunicação na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribu-
nal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça.
Obs.: É facultado ao juiz determinar a publicação do edital em jornal local de grande circula-
ção, embora isso não seja um requisito legal do edital (art. 257, parágrafo único).
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Obs.: Título ao portador é aquele que não é nominal, e não se sabe ao certo a quem seria
destinado o título.
• Em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a provocação, para par-
ticipação no processo, de interessados incertos ou desconhecidos (art. 259 – essencial);
• Em outras hipóteses expressamente previstas na legislação (acidental ou essencial, a
depender da hipótese).
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento
de carta rogatória.
Se o réu se situar em país que não queira executar as cartas rogatórias expedidas pelo
Poder Judiciário brasileiro, ele será considerado em local inacessível, passível, portanto, de
citação por edital.
§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será di-
vulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua locali-
zação, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros
de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
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O chamado “local incerto e não sabido” será declarado quando o endereço atualizado do
réu for pesquisado em todos os convênios judiciários disponíveis, e sem êxito.
Esgotadas todas as buscas pelo endereço do réu, será ele citado por edital.
O réu revel citado por edital tem direito a um curador especial, conforme o art. 72, inciso II
do CPC. A observância da curatela especial deverá ser objeto de advertência no próprio edital.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal lo-
cal de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção
ou da subseção judiciárias.
Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circuns-
tâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.
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Imagine que o autor faça um grande alerta na sua petição inicial, dizendo que o réu estaria
em local desconhecido, ou que ninguém sabe do paradeiro do réu. O autor, todavia, faz isso de
má-fé, com dolo, sabendo que o réu poderia facilmente ser citado por outro meio.
Neste caso, o autor deverá pagar ao citando (réu) uma multa de 5 salários-mínimos.
Obs.: Se o autor não tiver dolo/má-fé em sua alegação, a multa não será devida.
Estas hipóteses foram citadas e abordadas nos comentários aos artigos imediatamente
anteriores.
3. Cartas
CAPÍTULO III
DAS CARTAS
Os requisitos do art. 260 se aplicam a todas as espécies de carta, inclusive à carta arbitral,
conforme o § 3º.
O documento original, quando for objeto de exame pericial, deverá ser encaminhado com
a carta, pois a providência do órgão deprecado recairá diretamente sobre o documento origi-
nal (§ 2º).
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Art. 261. Em todas as cartas o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das
comunicações e à natureza da diligência.
§ 1º As partes deverão ser intimadas pelo juiz do ato de expedição da carta.
§ 2º Expedida a carta, as partes acompanharão o cumprimento da diligência perante o juízo desti-
natário, ao qual compete a prática dos atos de comunicação.
§ 3º A parte a quem interessar o cumprimento da diligência cooperará para que o prazo a que se
refere o caput seja cumprido.
Não existe um prazo certo para o cumprimento da carta. O juiz fixará um prazo para cada
diligência, em atenção à complexidade do ato a ser realizado.
As partes deverão ser intimadas quando a carta for expedida, a fim de que possam super-
visionar o regular atendimento de suas pretensões e a legalidade do procedimento.
Eventuais comunicações (intimações, em geral) relativas aos atos de competência do juízo
deprecado deverão ser expedidas pelo próprio juízo deprecado.
Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimen-
to, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Parágrafo único. O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao ór-
gão expedidor, que intimará as partes.
O caráter itinerante da carta (de qualquer espécie) consiste na possibilidade de o juízo de-
precado, por iniciativa própria, encaminhar a carta a outro juízo, para que algum ato acessório
da diligência seja praticado, independentemente de ordem do juízo deprecante originário.
O caráter itinerante é evidenciado pelo fato de um juízo poder passar a carta para outro, que
pode passar para outro, e assim sucessivamente, desde que as deprecações tenha utilidade
para o cumprimento da diligência.
Obs.: O órgão expedidor (deprecante originário) será sempre notificado quando a carta for
remetida a juízo diverso, a fim de realizar o acompanhamento de seu cumprimento.
Art. 263. As cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em que a
assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
A expedição da carta por meio eletrônico é preferencial, isto é, facultativa. Na prática, qua-
se todos os juízos valem-se dessa faculdade e expedem a carta de forma eletrônica.
Se a carta for expedida de forma eletrônica, a assinatura do juiz deverá, obrigatoriamente,
ser também eletrônica.
Art. 264. A carta de ordem e a carta precatória por meio eletrônico, por telefone ou por telegrama
conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 250, especialmente no que se
refere à aferição da autenticidade.
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Os requisitos do art. 250 devem ser substancialmente contidos na carta, isto é, devem se
fazer presentes mesmo que de maneira informal.
A maior formalidade está na garantia da autenticidade da carta, isto é, a garantia de que a
ordem judicial é, de fato, emanada da autoridade judiciária indicada na carta.
Art. 265. O secretário do tribunal, o escrivão ou o chefe de secretaria do juízo deprecante transmitirá,
por telefone, a carta de ordem ou a carta precatória ao juízo em que houver de se cumprir o ato, por
intermédio do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício
ou de uma vara, observando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. 264.
§ 1º O escrivão ou o chefe de secretaria, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ou enviará
mensagem eletrônica ao secretário do tribunal, ao escrivão ou ao chefe de secretaria do juízo depre-
cante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que os confirme.
§ 2º Sendo confirmada, o escrivão ou o chefe de secretaria submeterá a carta a despacho.
Havendo mais de uma unidade judiciária na localidade, a carta de ordem ou a carta preca-
tória serão transmitidas à primeira Vara (ou primeiro ofício) da localidade.
A carta não será cumprida de imediato: o servidor da primeira Vara (ou primeiro ofício)
requererá, por telefone ou por e-mail, a confirmação dos termos da carta.
Art. 266. Serão praticados de ofício os atos requisitados por meio eletrônico e de telegrama, deven-
do a parte depositar, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a impor-
tância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato.
Art. 267. O juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, devolvendo-a com decisão
motivada quando:
I – a carta não estiver revestida dos requisitos legais;
II – faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Parágrafo único. No caso de incompetência em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz deprecado,
conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribunal competente.
Se algum dos requisitos do art. 250 estiver faltando, o juízo deprecado recusará o cumpri-
mento da ordem contida na carta.
Ainda, se houver razoável dúvida acerca da autenticidade da carta (não se sabendo ao
certo se a carta realmente foi expedida pelo juízo indicado), ela também não será cumprida, e
o juiz proferirá decisão motivada neste sentido.
Por fim, o juiz também recusará o cumprimento quando for material ou funcionalmente
incompetente para tanto.
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Art. 268. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem no prazo de 10 (dez) dias, independen-
temente de traslado, pagas as custas pela parte.
O art. 268 é importante em razão do prazo para devolução da carta cumprida: 10 DIAS.
Não há necessidade de realizar cópias (traslado) da carta.
4. Intimações
CAPÍTULO IV
DAS INTIMAÇÕES
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do cor-
reio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
É possível que os advogados intimem o advogado da parte contrária para fins de tratamen-
to de alguma situação de relevância processual, mediante correio. A cópia dessa intimação
deverá ser juntada aos autos para que ela seja reconhecida e levada em conta para eventuais
consequências processuais.
§ 2º O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.
§ 3º A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública res-
ponsável por sua representação judicial.
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Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o dis-
posto no § 1º do art. 246.
Art. 271. O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposição em
contrário.
Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publi-
cação dos atos no órgão oficial.
Uma alternativa igualmente bem-vista pelo CPC é a intimação mediante publicação no Di-
ário Eletrônico. Para que essa intimação seja válida, deve ser observado especialmente o re-
quisito do § 2º.
§ 1º Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da
sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de
seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se
assim requerido, da sociedade de advogados.
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Leve para a prova que a publicação da intimação no Diário Eletrônico deve conter os no-
mes das partes e de seus advogados com números da OAB, sob pena de nulidade. Todavia,
lembre-se que, se não houver prejuízo, essa nulidade não será declarada, ante o princípio da
transcendência.
Se a parte tiver mais de um advogado habilitado nos autos, será direito desses advogados
requerer que as intimações sejam feitas em nome de um deles, especificamente.
O descumprimento dessa indicação, pelo Judiciário, implica nulidade, salvo se não decor-
rer prejuízo desse equívoco.
§ 6º A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa creden-
ciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defenso-
ria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo
retirado, ainda que pendente de publicação.
Ao levar os autos consigo em carga, o advogado é tido por intimado de qualquer decisão
judicial proferida nesses autos, mesmo que não publicada na imprensa oficial.
Imagine que haja um defeito formal na intimação da parte, que, em razão desse suposto de-
feito, só pôde praticar o ato fora do prazo. É possível que a parte tivesse o direito de ser intimada
por meio eletrônico, mas a intimação tenha sido feita pelos correios com endereço incorreto.
Em situações como essa, poderá a parte, após o término do prazo, praticar o ato que de-
via praticar, desde que alegue, em item preliminar, a nulidade da intimação e o porquê des-
sa nulidade.
§ 9º Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos
autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da
intimação da decisão que a reconheça.
Este parágrafo se aplica mais a processos que tramitem em meio físico. Se os autos esti-
verem com a outra parte ou com o juiz, poderá a parte alegar tão somente a nulidade.
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Art. 273. Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na localidade publicação em
órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar de todos os atos do processo os
advogados das partes:
I – pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo;
II – por carta registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus represen-
tantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em
cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos,
ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva
não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do
comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.
Art. 275. A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio eletrô-
nico ou pelo correio.
§ 1º A certidão de intimação deve conter:
I – a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número
de seu documento de identidade e o órgão que o expediu;
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
As intimações por correios ou por meio eletrônico são preferenciais. Quando for frus-
trada a intimação pelo correio ou por meio eletrônico, será realizada a intimação por ofi-
cial de justiça.
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Como regra geral, a intimação por oficial de justiça é subsidiária: quando a intimação por
correio ou por meio eletrônico for impossível ou for frustrada, ou, ainda, quando o CPC ou outra
lei exigir que a intimação, em determinada causa, seja mediante oficial de justiça.
§ 2º Caso necessário, a intimação poderá ser efetuada com hora certa ou por edital.
Não são somente as citações que podem ser feitas por hora certa ou por edital. Também as
intimações podem ser feitas destas formas.
Os pressupostos de validade da intimação por hora certa ou por edital são os mesmos aplicá-
veis à citação (arts. 252 a 259 do CPC, comentados nesta aula).
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EXERCÍCIOS
001. (2020/CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO) Caso um órgão da administração pública
direta ou indireta seja polo passivo de uma demanda jurisdicional, sua citação deverá preferen-
cialmente se realizar por
a) edital.
b) hora certa.
c) via eletrônica.
d) via postal.
e) oficial de justiça.
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c) será expedida, preferencialmente, por meio físico, salvo quando enviada a órgão jurisdicio-
nal integrante do mesmo tribunal, caso em que adotará preferencialmente o meio eletrônico.
d) não poderá, em nenhuma hipótese, ter seu cumprimento recusado pelo juízo deprecado, sob
pena de, assim o fazendo, incorrer em responsabilidade funcional.
e) deverá ser transmitida por correio, malote, pela internet ou por qualquer outro meio idôneo
que garanta a aferição da sua autenticidade, sendo vedada a transmissão por telefone.
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dias de antecedência. Caso o réu não tenha interesse na sua realização, manifestará por peti-
ção com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
c) Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo
invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para subs-
tituição do réu.
d) Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido
no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
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Proposta ação de reparação de dano, a citação deverá ser realizada na Procuradoria do Estado
do Amazonas, que terá o prazo em quádruplo para apresentação da sua defesa.
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É correto afirmar que, após a citação válida da autarquia, o objeto da demanda se tornou
oficialmente litigioso, mas não é acertado dizer que o demandado foi constituído em mora,
uma vez que ainda inexiste certeza acerca da veracidade dos fatos narrados pelo autor
na inicial.
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031. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Acerca das normas aplicáveis diretamente aos sujeitos pro-
cessuais, nos termos do Código de Processo Civil, consideradas as alterações legislativas
ulteriores, julgue o item subsequente:
É dever das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem
do processo informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário e, em algumas situações, da Administração Tributária, para recebimento de citações
e intimações.
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035. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação, que
se dá pelo protocolo da petição inicial.
036. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 3 (três) dias úteis,
contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo ci-
tando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional
de Justiça.
037. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Até a primeira audiência designada no processo, o réu que não tenha sido citado por meio
eletrônico, e que tiver obrigação legal de manter cadastro nos sistemas de processo em autos
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038. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de 5% (cinco por cento)
do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da cita-
ção recebida por meio eletrônico.
039. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
As microempresas e as pequenas empresas somente terão o dever de manter cadastro nos
sistemas de processo em autos eletrônicos quando não possuírem endereço eletrônico cadas-
trado no sistema integrado da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legaliza-
ção de Empresas e Negócios (Redesim).
040. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A ausência de confirmação, em até 5 (cinco) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação por outros meios legalmente tipificados.
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GABARITO
1. c 15. a 29. C
2. a 16. b 30. E
3. c 17. a 31. C
4. c 18. E 32. E
5. c 19. C 33. e
6. b 20. E 34. d
7. a 21. C 35. C
8. b 22. C 36. E
9. c 23. E 37. E
10. d 24. C 38. E
11. e 25. C 39. C
12. d 26. C 40. E
13. a 27. C
14. a 28. E
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GABARITO COMENTADO
001. (2020/CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO) Caso um órgão da administração pública
direta ou indireta seja polo passivo de uma demanda jurisdicional, sua citação deverá preferen-
cialmente se realizar por
a) edital.
b) hora certa.
c) via eletrônica.
d) via postal.
e) oficial de justiça.
Trata-se da regra do art. 246, § 2º, que determina a observância da regra de que as citações e
intimações da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das entidades da ad-
ministração indireta ocorre pelo meio eletrônico (§ 1º do art. 246).
Letra c.
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a) diário oficial.
b) mandado.
c) meio eletrônico.
d) edital.
e) carta com aviso de recebimento.
Trata-se da regra do art. 246, § 1º, do CPC, cuja atual redação apresenta:
As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em
autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio.
Letra c.
a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 260 do CPC.
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b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 244 do CPC.
c) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta contraria o disposto no caput do art.
240, que estabelece exceções à regra geral da litispendência, coisa litigiosa e constituição da
mora no momento da citação. As exceções constam dos remetidos arts. 397 e 398 do Código
Civil: inadimplemento de obrigação positiva e líquida (a mora é constituída já no termo final
da obrigação) e a obrigação decorrente de ato ilícito (mora é constituída desde a prática do
ato ilícito).
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 235 do CPC.
Letra c.
A ausência de manifestação do MP não causa a nulidade do processo se ele tiver sido regu-
larmente intimado (art. 279 do CPC); somente seria possível falar em nulidade se o MP, além
de não intimado, alegar a existência de prejuízo (art. 279, § 2º). Ademais, a citação dos con-
finantes e do Município deveria ter sido pessoal (art. 243, § 3º), e não o foi. Todavia, o com-
parecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação (art.
239, § 1º do CPC). Logo, como os réus compareceram à audiência mesmo tendo sido citados
erroneamente, não haverá que se falar em nulidade.
Letra c.
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a) deverá ser instruída com as cópias necessárias à realização do ato deprecado, vedada, em
qualquer hipótese, a remessa de documento original.
b) tem caráter itinerante, podendo, mesmo antes de lhe ser ordenado o cumprimento, ser enca-
minhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
c) será expedida, preferencialmente, por meio físico, salvo quando enviada a órgão jurisdicio-
nal integrante do mesmo tribunal, caso em que adotará preferencialmente o meio eletrônico.
d) não poderá, em nenhuma hipótese, ter seu cumprimento recusado pelo juízo deprecado, sob
pena de, assim o fazendo, incorrer em responsabilidade funcional.
e) deverá ser transmitida por correio, malote, pela internet ou por qualquer outro meio idôneo
que garanta a aferição da sua autenticidade, sendo vedada a transmissão por telefone.
a) Errada. Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido
em original, ficando nos autos reprodução fotográfica (art. 260, § 2º).
b) Certa. Trata-se da regra literal do art. 262, caput.
c) Errada. As cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em
que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei (art. 263, caput).
d) Errada. Conforme o art. 267,
o juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada
quando:
I – a carta não estiver revestida dos requisitos legais;
II – faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
e) Errada. A carta de ordem e a carta precatória por meio eletrônico, por telefone ou por telegra-
ma conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 250, especialmente
no que se refere à aferição da autenticidade (art. 264).
Letra b.
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d) Errada. A citação pelo correio é preferencial. A citação será feita por meio de oficial de justi-
ça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio
(art. 249).
e) Errada. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma re-
gião metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações,
notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos (art. 255).
Letra b.
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d) transitada em julgado a sentença de improcedência antes da citação do réu, este deverá ser
comunicado de seu teor;
e) o novo Código de Processo Civil aboliu a modalidade citatória da hora certa.
a) Errada. A citação é o ato que convoca o réu/executado para integrar o processo, não neces-
sariamente para oferecer contestação. Afinal, é possível que o réu deva participar de outros
atos antes da contestação (como audiência de conciliação).
b) Errada. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade
da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embar-
gos à execução (art. 239, § 1º).
c) Errada. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendên-
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor (art. 240).
d) Errada. O art. 332, § 2º determina que, não interposta a apelação, o réu será intimado do
trânsito em julgado da sentença de improcedência liminar do pedido.
e) Errada. A citação por hora certa continua existindo (art. 254 do CPC).
Letra d.
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A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública respon-
sável por sua representação judicial.
Letra a.
Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou inte-
ressado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, tele-
grama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
Letra a.
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dias de antecedência. Caso o réu não tenha interesse na sua realização, manifestará por peti-
ção com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
c) Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo
invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para subs-
tituição do réu.
d) Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido
no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
a) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta contraria o disposto no art. 254 ape-
nas no tocante ao prazo, que é de 10 (dez) dias.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 334, caput e § 5º do CPC.
c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 338 do CPC.
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta encontra-se em literal conformidade
com o art. 350 do CPC.
Letra a.
a) Errada. É o contrário: a intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realiza-
ção por meio eletrônico ou pelo correio (art. 275).
b) Certa. É a regra literal do art. 274, parágrafo único do CPC.
c) Errada. Pode, sim, haver intimação por hora certa (art. 275, § 2º).
d) Errada. O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposi-
ção em contrário (art. 271).
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e) Errada. A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe
caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido (art. 272, § 8º).
Letra b.
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O único erro está no prazo para a defesa do ente público, que é apenas dobrado, conforme o
art. 183, caput do CPC. As demais informações estão corretas, de acordo com o art. 242, § 3º:
A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsá-
vel por sua representação judicial.
Errado.
Trata-se da regra do art. 246, § 2º, que determina a observância da regra de que as citações e
intimações da União, dos estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das entidades da ad-
ministração indireta ocorre pelo meio eletrônico (§ 1º do art. 246).
Certo.
O prazo em que a citação não poderá ocorrer é nos sete dias seguintes ao falecimento do pai
de Rodrigo (art. 244, II, CPC).
Errado.
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Em processo judicial cível no âmbito do DF cuja parte autora seja patrocinada por advogado
particular e cuja parte ré seja assistida por defensor público da DPDF, somente este defensor
terá a prerrogativa de ser intimado pessoalmente.
Os advogados privados não têm o privilégio da intimação pessoal, tudo pelos Defensores Pú-
blicos (art. 186, § 1º), assim como pelos advogados públicos e pelo Ministério Público.
Certo.
Trata-se da regra do art. 240, § 1º: “A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que
ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositu-
ra da ação”.
Certo.
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uma das varas federais de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido
nenhum feriado até a data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo a comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
A citação da autarquia foi realizada no órgão da advocacia pública responsável pela represen-
tação judicial dessa autarquia.
A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsá-
vel por sua representação judicial.
Certo.
A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada
a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pú-
blica ou pelo MP implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que
pendente de publicação.
Certo.
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uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável
pela sua representação judicial.
A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsá-
vel por sua representação judicial.
Certo.
sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de
gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de
correspondências.
nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do
mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entre-
tanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário
da correspondência está ausente.
Certo.
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Se o oficial de justiça verificar que o réu que reside em condomínio edilício está se ocultando
para não receber a citação, o juiz deverá intimar o funcionário da portaria a informar o citando
sobre o dia e o horário que o oficial de justiça retornará para efetuar a citação.
Questão capciosa. Quem intimará não é o juiz, e sim o oficial de justiça (art. 252). A possibili-
dade de intimação mediante entrega da comunicação ao funcionário da portaria é prevista no
parágrafo único do mesmo artigo.
Errado.
O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde
estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do
administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado
para representar o locador em juízo.
Certo.
A intimação por Diário Eletrônico não é considerada uma intimação pessoal. Pessoal é a inti-
mação destinada por portal eletrônico em que o ente público tiver cadastro. É o entendimento
expresso no Enunciado n. 401 do FPPC: “Para fins de contagem de prazo da Fazenda Pública
nos processos que tramitam em autos eletrônicos, não se considera como intimação pessoal
a publicação pelo Diário da Justiça Eletrônico”.
Errado.
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031. (QUESTÃO INÉDITA/2021) Acerca das normas aplicáveis diretamente aos sujeitos pro-
cessuais, nos termos do Código de Processo Civil, consideradas as alterações legislativas
ulteriores, julgue o item subsequente:
É dever das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem
do processo informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário e, em algumas situações, da Administração Tributária, para recebimento de citações
e intimações.
Trata-se do dever processual incluído ao rol do art. 77 pela Lei n. 14.195/2021. É o novo inciso
VII desse dispositivo.
Certo.
As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efe-
tuadas preferencialmente por esse meio (art. 246, § 1º, CPC). O § 2º desse dispositivo enuncia:
“O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às
entidades da administração indireta”.
Errado.
a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é consonante ao teor do art. 244,
inciso III, do CPC.
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b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é consonante ao teor do art. 244,
inciso IV, do CPC.
c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é consonante ao teor do art. 244,
inciso II, do CPC.
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta é certa, porque a expressão ad do-
mum refere-se à citação por hora certa, que é autorizada pelo art. 253 do CPC.
e) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta, e esta afronta o disposto no art. 253, §
2º, do CPC:
A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver
sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a
receber o mandado.
Letra e.
a) Errada. A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que
proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação (art. 240, § 1º, CPC).
b) Errada. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Có-
digo ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio (art. 249 do CPC).
c) Errada. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendên-
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e
398 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) – art. 240, caput, do CPC.
d) Certa. Trata-se do teor literal do art. 245, caput, do CPC.
e) Errada. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante
legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado (art. 242, caput, do CPC).
Letra d.
035. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
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A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação, que
se dá pelo protocolo da petição inicial.
A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação (art.
238, parágrafo único, do CPC). Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for pro-
tocolada (art. 312 do CPC).
Certo.
036. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 3 (três) dias úteis,
contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando
no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça.
Tal prazo é de 2 (dois) dias úteis (art. 246, caput, do CPC). Não o confunda com o prazo para o
réu confirmar o recebimento da citação por meio eletrônico, o qual, de fato, é de 3 (três) dias,
de acordo com o § 1º-A do art. 246.
Errado.
037. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Até a primeira audiência designada no processo, o réu que não tenha sido citado por meio
eletrônico, e que tiver obrigação legal de manter cadastro nos sistemas de processo em autos
eletrônicos, deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento da
citação enviada eletronicamente.
Tal justificativa deverá ser apresentada na primeira oportunidade em que couber ao réu falar
nos autos (art. 246, § 1º-B, CPC).
Errado.
038. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de 5% (cinco por cento)
do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da cita-
ção recebida por meio eletrônico.
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Embora o percentual referido no art. 246, § 1º-C, do CPC realmente seja de 5% do valor da cau-
sa, o erro do item está em apontar esse percentual de modo estático. A multa, na verdade, é de
até 5% do valor da causa. Logo, pode o juiz aplicar tal multa em percentual inferior, possibilida-
de esta que o item sob julgamento indevidamente exclui ao suprimir a palavra “até”.
Errado.
039. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
As microempresas e as pequenas empresas somente terão o dever de manter cadastro nos
sistemas de processo em autos eletrônicos quando não possuírem endereço eletrônico cadas-
trado no sistema integrado da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legaliza-
ção de Empresas e Negócios (Redesim).
040. (QUESTÃO INÉDITA/2021) No que toca às normas do Código de Processo Civil sobre a
comunicação dos atos processuais, à luz de todas as alterações legislativas posteriores, jul-
gue o item subsequente:
A ausência de confirmação, em até 5 (cinco) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação por outros meios legalmente tipificados.
Tal prazo, na verdade, é de 3 (três) dias úteis. Não o confunda com o período após o qual co-
meçam os prazos decorrentes de citações e intimações eletrônicas, que, de fato, é de 5 (cinco)
dias úteis (art. 231, inciso IX, CPC).
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Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do Tribunal Superior do
Trabalho (Gabinete de Ministro).
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região.
Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.
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