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323-60
CURSO MEGE
1
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Rodada 4
CPF: 018.442.323-60
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
HEMANUELA DE SA DINIZ | 99984092003 | manudiniz.09@gmail.com | CPF: 018.442.323-60
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 3
DOUTRINA .................................................................................................................................. 5
JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................................... 62
CPF: 018.442.323-60
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APRESENTAÇÃO
Prezado aluno, nesta rodada cuidaremos de temas caros em provas de processo civil
de procuradorias organizadas pelo Cebraspe/Cespe. Uma boa forma de estudá-los é através
do presente material aliado a leitura dos dispositivos pertinentes do Código de Ritos (CPC).
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Ao final do estudo, sugerimos que cada #megeano elabore ao menos 1 (um) mapa
mental, esquematizando cada uma das perguntas com as suas respectivas respostas,
podendo, ainda, acrescentar ramificações dessa pergunta.
Além disso, cumpre esclarecer que tais PERGUNTAS CENTRAIS se traduzem em mais
uma eficiente ferramenta/técnica de estudo, que deve ser incluída em sua preparação, não
substituindo nenhuma outra técnica, tais como a resolução de questões de provas anteriores
ou simulados; além de tudo, favorece as suas revisões periódicas.
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DOUTRINA
Em seus artigos 139-143, o CPC nos remete a uma série de poderes, deveres e
reponsabilidade do magistrado. Cuida-se da consagração de uma série de princípios, de forma
que, para otimizar o estudo do aluno, recomendemos a reiterada leitura dos referidos
dispositivos legais.
Também é dever do juiz velar pela duração razoável do processo. É ainda sua
obrigação prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça. O CPC, a
propósito, contém diversas normas que atribuem ao juiz poderes de repressão de atos
desleais das partes.
Pela importância, destacamos o juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna
ou obscuridade do ordenamento jurídico, só decidindo por equidade nos casos previstos em
lei (princípio da indeclinabilidade da jurisdição).
Depreende-se do art. 139, IV, que a lei muniu o juiz de poderes para valer-se não
apenas das medidas executivas típicas, expressamente previstas em lei, mas também de
quaisquer outras, que se mostrem efetivas, para alcançar o resultado pretendido.
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O juiz exerce o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além
da segurança interna dos fóruns e tribunais: cumpre ao juiz velar para que os trabalhos
judiciários se realizem de maneira segura, tomando as providências necessárias para tanto.
Dessa forma, para garantir uma prestação jurisdicional justa, o NCPC traz o que se 6
entende por impedimento e por suspeição do magistrado, que nada mais são que situações
nas quais a imparcialidade do juiz estará (impedimento) ou poderá estar (suspeição) viciada
em razão de alguma situação especifica relacionada às pessoas envolvidas no processo. Assim,
vamos iniciar nosso estudo sobre as hipóteses de impedimento do juiz.
Pois bem; é preciso saber que as causas de impedimento podem ser detectadas
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objetivamente, ou seja, basta a observância de uma dessas hipóteses que já estará
configurado o impedimento. As hipóteses de impedimento do magistrado estão previstas no
art. 144 do NCPC.
ATENÇÃO
“Decisão que não aprecia o mérito não gera impedimento por parentesco entre
magistrados.
Ex.: em uma ação que tramitava na 1ª instância, o juiz proferiu decisão interlocutória e,
contra ela, o autor interpôs agravo de instrumento. No Tribunal, a relatora deste agravo foi
a Des. Maria. O agravo foi extinto sem julgamento do mérito por um “vício” processual
neste recurso. Passado mais algum tempo, o juiz sentenciou o processo. Contra a sentença,
o autor interpôs apelação e foi sorteado como relator do recurso no Tribunal o Des. João.
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João é marido de Maria. Mesmo assim ele não está impedido de julgar porque sua esposa
não apreciou o mérito da causa no julgamento anterior.
STJ. 3ª Turma. REsp 1673327-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/9/2017 (Info
611)”. (Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Decisão que não aprecia o mérito não
gera impedimento por parentesco entre magistrados. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/3a2a9aef4cbed8124
4820a091667c0bd>. Acesso em: 03/07/2021). (Negrito nosso).
O art. 145, por sua vez, estabelece que haverá a suspeição do juiz quando: a) ele for
amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou seus advogados; b) alguma das partes for
credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive; c) receber presentes de pessoas com interesse
na causa antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar alguma das partes acerca do
objeto da causa ou subministrar meios para atender às despesas do litígio; d) ele for
interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes; e) houver razões de foro
íntimo.
STJ. 1ª Seção. PET no REsp 1339313-RJ, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min.
Assusete Magalhães, julgado em 13/4/2016 (Info 587). (Fonte: Dizer o Direito). (Negrito
nosso).
Obs. 1: Insta salientar ainda que o Superior Tribunal de Justiça ao analisar a questão do
impedimento e suspeição assentou que o Magistrado deverá observar a ética judicial,
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Da suspensão do processo
De acordo com o art. 313, III, do NCPC, suspende-se o processo pela arguição de
impedimento ou suspeição.
Do Ministério Público
b) Fiscal da Ordem Jurídica – Art. 178 – O Ministério Público será intimado para, no
prazo de 30 dias, atuar como FISCAL DA ORDEM JURÍDICA. Vê-se, portanto, que o NCPC não
adotou a terminologia “fiscal da lei”, adotada pelo CPC de 1973.
Auxiliares da justiça
O CPC, art. 149, faz uma enumeração daqueles que devem ser considerados
auxiliares do juízo: o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário,
o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o
distribuidor, o contabilista e o regular de avarias.
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Os incapazes, para irem a juízo, terão que integrar suas capacidades pelos
mecanismos da representação e da assistência, que, no processo, far-se-ão pelos mesmos
meios que no direito civil: os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais,
tutores ou curadores.
O CPC, art. 77, enumera, em seus incisos, obrigações a serem observadas, que
transcendem hoje as partes e procuradores, para abarcar um universo maior de pessoas, que
incluem todos aqueles que, de qualquer forma, participem do processo: também estão
sujeitos a elas os intervenientes, o Ministério Público, os funcionários do Judiciário, os peritos
e assistentes técnicos, as testemunhas e até outras pessoas que, embora não participem de
forma direta do processo, são responsáveis pelo cumprimento das decisões judiciais.
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Dos procuradores
Da advocacia pública
Breves considerações:
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Intimação Pessoal – A intimação dos advogados públicos sempre será pessoal, o que
poderá ser feito por meio de carga, remessa ou meio eletrônico.
DO LITISCONSÓRCIO
Se denomina litisconsórcio a situação em que duas ou mais pessoas litigam, no
mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente (art. 113 do NCPC). É hipótese,
portanto, de cúmulo subjetivo (de partes) no processo. Aceita-se uma ampliação subjetiva da
relação processual por meio do ingresso de pessoas no feito sob a condição de terceiros
quando demonstrarem interesse jurídico.
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Modalidades
a) Ativo (autores), Passivo (réus) e Bilateral (autores e réus) - Leva em conta o polo
onde estão localizados os litisconsortes.
d) Unitário e Simples:
b) queCPF: 018.442.323-60
esta relação jurídica seja indivisível.
O litisconsórcio simples, por sua vez, é aquele que decorre de uma relação jurídica
cindível. Logo, podem existir decisões diferentes para cada litisconsorte.
e) Facultativo e Necessário:
O litisconsórcio facultativo (previsto no art. 113 do NCPC), por sua vez, é aquele que
pode ocorrer de acordo com a vontade das várias partes. A ideia de litisconsórcio facultativo
se faz por exclusão, de maneira que será facultativo quando não for necessário.
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Com relação à unitariedade da relação jurídica envolvida, pode-se afirmar, então, que,
EM REGRA, o litisconsórcio unitário (uma única relação jurídica indivisível) será necessário,
nos termos do artigo 114 do NCPC.
A ideia é que, se diversas pessoas serão atingidas pelos efeitos da decisão que se
espraiarão sobre a mesma relação jurídica indivisível, estas devem ser citadas/intimadas para
integrar algum dos polos da relação processual ou para, ao menos, terem ciência da existência
do processo.
Pode existir litisconsórcio facultativo unitário, mas apenas no polo ativo. Isto é, mesmo que
a relação jurídica seja única e indivisível (litisconsórcio unitário), o litisconsórcio ativo será
facultativo, uma vez que não se pode obrigar ninguém a litigar em juízo. Exemplos de
litisconsórcios ativos facultativos unitários: a) ação reivindicatória de coisa comum proposta
por qualquer dos condôminos (art. 1.314 do Código Civil); b) ação proposta por um dos
herdeiros para haver de terceiros a universalidade da herança (art. 1.791 do Código Civil);
c) ação popular; etc.
O litisconsórcio necessário pode ser simples (não unitário), mas apenas nas hipóteses
em que a lei determina a citação/intimação de todos os interessados (por imposição legal).
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Desta forma, pode ser que a lei determine a formação obrigatória do litisconsórcio,
sem que este litisconsórcio seja unitário (nos casos em que a relação jurídica em disputa não
é única ou, sendo, não é indivisível).
ATENÇÃO!
Imprescindível trazer breves, mas salutares comentários do Professor Fredie Didier Jr., a
respeito do: a) litisconsórcio sucessivo; do litisconsórcio eventual; e c) do litisconsórcio
alternativo:
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direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de
conhecimento / Fredie Didier Jr. – 20ª ed. - Salvador: Ed. Jus Podivm, 2018, p. 547)”.
Como cediço, o litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela
natureza da relação jurídica controvertida (incindível), a eficácia da sentença depender da
citação de todos que devem ser litisconsortes, de forma que se questiona: o que ocorre se o
litisconsorte necessário não participar do processo?
O art. 115 do NCPC regulamentou a questão de forma mais abrangente do que o CPC
de 1973 (art. 47, parágrafo único).
Vê-se, pois, que, nos casos em que o litisconsórcio, além de ser necessário, for
também UNITÁRIO (inciso I), a sentença será NULA (inciso I).
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Cumpre ressaltar que a lei não indica o número de litisconsortes, deixando sua
determinação a cargo do juiz; aliás, conquanto seja recorrente na jurisprudência o número de
dez litisconsortes, encontram-se também julgados admitindo número maior.
ATENÇÃO! Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre
rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio, nos termos do artigo 1.015, VIII, do NCPC.
Obs.: Segundo o inciso VII do art. 1.015, do CPC/2015: “cabe agravo de instrumento contra as
decisões interlocutórias que versarem sobre exclusão de litisconsorte”.
Essa previsão abrange somente a decisão que exclui o litisconsorte.
Assim, cabe agravo de instrumento contra a decisão interlocutória que exclui o litisconsorte.
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Por outro lado, não cabe agravo de instrumento contra a decisão que indefere o pedido de
exclusão de litisconsorte (decisão que mantém o litisconsorte).
STJ. 3ª Turma. REsp 1724453-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/03/2019 (Info 644).
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Princípio da autonomia
De acordo com o art. 229 do CPC, os litisconsortes poderão ter prazo em dobro em
suas manifestações, desde que atendidos alguns requisitos:
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Frise-se que este prazo em dobro NÃO SE APLICA AOS PROCESSOS ELETRÔNICOS
(art. 229, § 2º, do NCPC), porque, nesse caso, NÃO HÁ A DIFICULDADE DE ACESSO aos autos
que justifique o referido prazo diferenciado.
ATENÇÃO!
c) NÃO SE aplica a contagem do prazo em dobro ao prazo para oferecimento dos embargos
à execução, conforme artigo 915, § 3º, do NCPC (art. 915, § 3º Em relação ao prazo para
oferecimento dos embargos à execução, não se aplica o disposto no art. 229.).
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
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Note que, se o litisconsorte que contestou e contesta um fato que é comum a um
outro litisconsorte que não contestou, o juiz irá julgar o fato da mesma forma, mesmo que se
trate de litisconsórcio simples.
Recurso
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DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
A intervenção de terceiro consiste na permissão legal para que um sujeito alheio à
relação jurídica processual originária ingresse em processo já em andamento, ampliando
subjetivamente a relação processual.
Mudanças do NCPC
Uma das mudanças promovidas pelo NCPC foi em relação à intervenção de terceiros,
pois a oposição deixou de ser intervenção e passou a ser procedimento especial (NCPC, art.
682 e seguintes). A nomeação à autoria foi excluída das espécies de intervenção de terceiro e
passou a ser mera correção do polo passivo da demanda (vide artigos 338 e 339 do NCPC).
Apesar da mudança supracitada promovida pelo NCPC, Daniel Amorim aduz que nem
todas as intervenções encontram sua justificação nessas modalidades típicas de intervenção
de terceiros, o que demonstra que o rol é meramente EXEMPLIFICATIVO.
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Mudança da competência
ATENÇÃO!
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Concluindo:
ATENÇÃO! Em que pese a previsão legal, da decisão que admite OU INADMITE a intervenção
do amicus curiae no processo NÃO CABE RECURSO, tendo em vista o artigo 138 do NCPC, bem
como o que fora decido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, recentemente, no
julgamento do RE 602.584, conforme será exposto mais abaixo.
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Vamos, agora, analisar detalhadamente cada uma das espécies típicas de intervenção
de terceiros prevista no NCPC.
Assistência
A assistência será cabível quando um terceiro, que ainda não é parte no processo,
tem interesse JURÍDICO na solução do processo, ou seja, quando o terceiro tem interesse em
que a sentença seja favorável a uma das partes.
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É modalidade interventiva voluntária, pois o próprio terceiro, por suas forças, decide
intervir no processo.
Tipos
Uma vez tendo sido feito o pedido de assistência e não sendo o caso de
improcedência liminar, as partes terão o prazo de 15 dias para se opor a tal pedido de terceiro.
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Como o assistente simples NÃO defende direito próprio na demanda, mas apenas
auxilia o assistido na defesa do seu direito, a atuação do assistente simples está condicionada
à vontade do assistido, NÃO se admitindo que sua atuação contrarie os interesses deste.
Isso NÃO significa que o assistente simples só possa praticar os atos que o assistido
já tenha praticado. O assistente simples pode, sim, praticar atos na omissão do assistido.
Exemplo: o assistente pode requerer a produção de provas mesmo quando o assistido ficou
em silêncio a respeito, mas o assistente NÃO pode requerer a produção de provas quando o
assistido pediu o julgamento antecipado da lide.
Ou seja, o art. 122 do NCPC, que determina a natureza acessória da assistência, NÃO
será aplicado em relação à assistência litisconsorcial, considerada AUTÔNOMA em relação à
ação principal. Além disso, na assistência litisconsorcial, o assistente também NÃO será o
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substituto processual do assistente revel, porque o assistente está em nome próprio litigando
direito próprio.
Exceções: há, contudo, duas situações nas quais o assistente NÃO sofre o efeito da
imutabilidade e indiscutibilidade da justiça da decisão:
Denunciação da lide
A denunciação da lide é cabível para que uma das partes traga ao processo um
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terceiro que tem responsabilidade ressarci-la pelos eventuais danos advindos do resultado
desse processo. O direito regressivo da parte contra terceiros, portanto, é o fator principal
que legitima a denunciação da lide.
Com ela, instaura-se uma nova demanda no mesmo processo, que será, em verdade,
uma “ação regressiva, in simultaneus processus”, ou seja, uma ação de regresso antecipada
em caso de sucumbência do denunciante.
Características
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e) Facultativa
ATENÇÃO!
Ademais, deve-se observar que o próprio “caput” (ao contrário do que fazia o artigo 70 do 24
CPC/73) afirma ser ADMISSÍVEL a denunciação da lide, e não obrigatória.
ATENÇÃO!
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Segundo o artigo 88 do CDC, “na hipótese do art. 13, PARÁGRAFO ÚNICO deste código, a
ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de
prosseguir-se nos mesmos autos, VEDADA A DENUNCIAÇÃO DA LIDE”.
Neste mesmo sentido, o STJ começou ampliando a vedação da denunciação à lide para as
hipóteses de responsabilidade para FATO DO SERVIÇO TAMBÉM – artigo 14 do CDC (já
houve uma ampliação, pois o art. 88 do CDC refere-se apenas ao artigo 13 do CDC, que trata
da responsabilidade pelo fato do produto) (REsp 1.165.279-SP).
Não bastasse isto, o STJ vem ampliando, CADA VEZ MAIS, as hipóteses de vedação à
denunciação da lide nas relações de consumo, existindo diversos julgados proibindo a
denunciação da lide, GENERICAMENTE, EM QUALQUER CASO DE RESPONSABILIDADE
CONSUMERISTA (AgInt no AREsp 803824 / RJ), e, até mesmo, em outros julgados,
mencionado, especificamente, a vedação à denunciação da lide nos casos de VÍCIOS DO
PRODUTO OU SERVIÇO (AgRg no REsp 1191577 / RS). 25
Não afirmaria que a vedação da denunciação da lide é pacífica nos casos de VÍCIO DO
PRODUTO, pois na maioria dos julgados, nos quais se afirma, genericamente, a vedação da
lide nas relações de consumo, trata-se de discussão por fato do produto ou serviço.
Todavia, acredito que esta seja a tendência, e se perguntarem em prova, afirmaria “ser
vedada a denunciação da lide em qualquer
CPF: lide consumerista”.
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Hipóteses da Cabimento
Se o adquirente de um imóvel for demandado por um terceiro, que alega ter direito
sobre este imóvel, esse adquirente (réu) pode denunciar a lide à pessoa que lhe vendeu o
imóvel, a fim de que esta responda pelos prejuízos caso venha a ser sucumbente na ação.
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Embora a denunciação da lide per saltum fosse admitida no CPC-1973, de forma que o
denunciante podia escolher qualquer um dos sujeitos que participou da cadeia de
transmissão do bem, inclusive aqueles com quem NÃO manteve relação jurídica, o NCPC
repudiou a denunciação per saltum ao prever expressamente que a denunciação da lide
deve ter como denunciado o alienante “imediato”. A denunciação per saltum foi VEDADA
pelo NCPC.
É a hipótese mais comum de denunciação da lide, na qual a pessoa que está sendo
processada (réu) denuncia à lide um terceiro que tem obrigação legal ou contratual de lhe
indenizar. Exemplo típico é o da seguradora que é denunciada à lide para ressarcir o réu em
eventual condenação pelo acidente de veículo que provocou.
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Apesar de ser mais comum o réu denunciar à lide, nada impede que o autor também
o faça, nos termos dos artigos 126 e 127 do NCPC.
Caso a denunciação seja feita pelo autor, deverá ser requerida na própria petição
inicial ou através de petição de aditamento a esta última. Na petição inicial, será pedida a
citação do denunciado, juntamente com a do réu.
Procedimento
b) se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa,
eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
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Fosse um assistente simples, o denunciado estaria nas mãos do réu, que poderia
reconhecer a procedência do pedido sem poder fazer nada, ante a redação do artigo 122 do
NCPC (A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do
pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre
direitos controvertidos.).
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Corroborando com tal entendimento, o NCPC trouxe em seu art. 128, parágrafo único,
a possibilidade expressa de cumprimento de sentença direto contra o denunciado:
Chamamento ao processo
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Se a ação de cobrança for ajuizada contra o “devedor principal”, não poderá este chamar
ao processo seu fiador (mesmo na hipótese em que o fiador seja também “principal
pagador”, como prevê o art. 828, II, do CC), pois a relação de direito material evidentemente
não lhe autoriza qualquer pretensão de regresso contra o fiador.
Não é adequado o chamamento ao processo (art. 77, III, do CPC) da União em demanda
que verse sobre fornecimento de medicamento proposta contra outro ente federativo.
Com efeito, o instituto do chamamento ao processo é típico das obrigações solidárias de
pagar quantia. Entretanto, a situação aqui controvertida representa obrigação solidária
entre os Municípios, os Estados, o Distrito Federal e a União, concernente à prestação
específica de fornecimento de medicamento. Neste contexto, por se tratar de hipótese 30
excepcional de formação de litisconsórcio passivo facultativo, não se admite interpretação
extensiva do referido instituto jurídico para alcançar prestação de entrega de coisa certa.
Além do mais, a jurisprudência do STJ e do STF assentou o entendimento de que o
chamamento ao processo (art. 77, III, do CPC) não é adequado às ações que tratam de
fornecimento de medicamentos, por ser obstáculo inútil ao cidadão que busca garantir
seu direito fundamental à saúde. Frisa-se, ainda, que a referida questão foi decidida em
sede de recurso repetitivo CPF: 018.442.323-60
na 1ª Seção. REsp 1203244-SC, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 9/4/2014. Outros precedentes citados do STJ: AgRg no AREsp 13.266-SC,
Segunda Turma, DJe 4/11/2011; e AgRg no Ag 1.310.184-SC, Primeira Turma, DJe 9/4/2012.
Precedente do STF: RE 607.381 AgR-SC, Primeira Turma, DJe 17/6/2011.
“Obs.: Há dúvidas se o STJ manterá esse entendimento considerando o que decidiu o STF
no RE 855178 ED/SE abaixo:
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<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b139e104214a08ae
3f2ebcce149cdf6e>. Acesso em: 03/07/2021).
Caso o chamado estiver em outro foro ou estiver em local incerto, este prazo será de
dois meses.
A matéria agora prevista no CPC/2015, nos arts. 133 a 137, já está positivada há
algum tempo em nosso ordenamento jurídico. Neste particular, uma das novidades trazidas
pelo NCPC foi a previsão do incidente de desconsideração da personalidade jurídica como uma
espécie de intervenção de terceiros.
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ATENÇÃO!
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Como dito acima, existem núncias acerca do tema, motivo pelo qual se transcreve um
quadro explicativo do autor Márcio André Lopes Cavalcante:
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Caso concreto: consumidor comprou um imóvel de uma cooperativa habitacional, mas este
nunca foi entregue; o consumidor ajuizou ação de cobrança contra a cooperativa, tendo o
pedido sido julgado procedente para devolver os valores pagos; durante o cumprimento de
sentença, o juiz, com base na teoria menor, fez
a desconsideração da personalidade jurídica para atingir o patrimônio pessoal dos
membros do Conselho Fiscal da cooperativa; o STJ afirmou que eles não poderiam ter sido
atingidos.
A despeito de não se exigir prova de abuso ou fraude para fins de aplicação da Teoria Menor
da desconsideração da personalidade jurídica, tampouco de confusão patrimonial, o § 5º
do art. 28 do CDC não dá margem para admitir a responsabilização pessoal de quem jamais
atuou como gestor da empresa.
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STJ. 3ª Turma. REsp 1766093-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 12/11/2019 (Info 661). Fonte: Dizer o direito. (Negrito nosso).
ATENÇÃO! Caso o pedido de desconsideração seja feito na própria petição inicial, dispensa-se
a instauração do incidente, devendo o sócio ser citado, juntamente com a pessoa jurídica,
conforme dispõe o artigo 134, § 2º do NCPC (Dispensa-se a instauração do incidente se a
desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que
será citado o sócio ou a pessoa jurídica).
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O incidente deverá ser julgado pelo juiz logo após a defesa ou depois de realizada a
instrução, se necessária, por meio de decisão interlocutória, contra a qual caberá agravo de
instrumento (arts. 136, caput, e 1.015, IV, do CPC).
Se o incidente for resolvido em sede recursal, pelo relator, a decisão será atacável
por meio de agravo interno (art. 136, parágrafo único, do CPC).
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Resumo:
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Enunciado
CPF:77018.442.323-60
da II Jornada de Direito Comercial: As alterações do
plano de recuperação judicial devem ser submetidas à assembleia
geral de credores, e a aprovação obedecerá ao quorum previsto no art.
45 da Lei n. 11.101/05, tendo caráter vinculante a todos os credores
submetidos à recuperação judicial, observada a ressalva do art. 50, §
1º, da Lei n. 11.101/05, ainda que propostas as alterações após dois
anos da concessão da recuperação judicial e desde que ainda não
encerrada por sentença.
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Amicus curiae
O amicus curiae tem por objetivo melhorar o debate processual e contribuir para uma
decisão mais justa e fundamentada.
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O amicus curiae pode ser pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada,
com representatividade adequada (art. 138 do CPC).
Exige-se do amicus curiae, que poderá ser pessoa natural ou jurídica, órgão ou
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entidade especializada, ‘representatividade adequada’, isto é, que mostre satisfatoriamente
a razão de sua intervenção e de que maneira seu ‘interesse institucional’ – que é o traço
distintivo desta modalidade interventiva, que não se confunde com o ‘interesse jurídico’ das
demais modalidades interventivas – relaciona-se com o processo.
Sua intervenção é meramente colaborativa, isto é, não tem por função comprovar
fatos, mas, sim, opinar sobre eles, interpretá-los segundo seus conhecimentos técnicos
específicos, a fim de auxiliar o juiz no julgamento do feito. Pela especialidade da intervenção
colaborativa, não se há de cogitar de preclusão a seu respeito.
Cassio Scarpinella Bueno, porém, ensina que o ingresso do amicus curiae deve ser
admitido apenas até o julgamento da ação. O STF, nos julgamentos de ações de controle
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ATENÇÃO!
No entanto, conforme exposto, o amicus curiae não tem por função comprovar fatos, mas,
sim, opinar sobre eles, interpretá-los segundo seus conhecimentos técnicos específicos, a
fim de auxiliar o juiz no julgamento do feito.
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Embora não tenha previsto, de maneira expressa, os atos que o amicus curiae possa
praticar, é certo que a lei NÃO o autorizou a interpor recursos, em regra. Apenas lhe permitiu
opor embargos de declaração (art. 138, § 1º, “in fine”, do CPC) e recorrer da decisão que julgar
o incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 138, § 3º, do CPC).
ATENÇÃO!
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O PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, em 17/10/2018, no julgamento do RE
602.584, em sede de repercussão geral, decidiu “é irrecorrível a decisão denegatória de
ingresso no feito como amicus curiae. Segundo o Ministro Fux, condutor do voto vencedor,
tanto o artigo 7º, §2º, da Lei nº 9.868/99 como o artigo 138 do NCPC vedam a interposição
de recurso contra a decisão do relator que decide sobre a possibilidade de ingresso do
amicus curiae no processo, seja essa decisão de admissão ou de inadmissão. Outrossim,
concluiu o Ministro, “o amigo da Corte não é parte, nem terceiro, mas apenas agente
colaborador. A razão é meramente colaborativa, não constitui um direito, mas apenas um
privilégio para aquele que pleiteia”.
Desta forma, tanto a decisão do Relator que ADMITE como a que INADMITE o ingresso do
amicus curiae é irrecorrível. STF. Plenário. RE 602584 AgR/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio,
red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 17/10/2018 (repercussão geral) (Info 920).
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O amicus curiae NÃO tem legitimidade para propor ação direta; logo, também NÃO possui
legitimidade para pleitear medida cautelar.
Assim, a entidade que foi admitida como amicus curiae em ADPF NÃO tem legitimidade para,
no curso do processo, formular pedido para a concessão de medida cautelar.”STF. Plenário.
ADPF 347 TPI-Ref/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 18/3/2020 (Info 970). (Fonte: Dizer o Direito).
Deslocamento de competência
A legislação atual (art. 138, § 1º, do CPC) foi expressa em determinar que a
intervenção do amicus curiae “NÃO implica alteração de competência”, razão pela qual, ainda
que o terceiro seja ente da administração pública federal, não haverá, nos processos afetos a
outras justiças, o deslocamento de competência para a justiça federal (NCPC, art. 138, § 1º,
primeira parte). Isso se deve à circunstância de que o interveniente, “in casu”, não assume a
qualidade de parte.
Art. 5º. A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como
autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista e empresas públicas federais.
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DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
Para que haja a formação do processo, basta que a petição inicial seja protocolada,
de forma que se observa que não é preciso a citação do réu para a formação do processo. Isto
é, desde o protocolo da petição inicial já existe uma relação jurídica processual linear entre o
autor da ação e o juiz.
A citação do réu não diz respeito à formação do processo, mas à relação jurídica
44
processual, que, após a citação válida, deixa de ser linear a passa a ser tríplice, completando
toda a relação jurídica processual.
Suspensão do processo
Suspensão do procedimentoCPF: 018.442.323-60
Em que pese a regra seja o andamento do processo sem interrupções, há situações
em que, em razão de determinadas circunstâncias, é preferível a sua suspensão.
Observe que o que se suspende é o procedimento e não o processo em si, pois o que
realmente cessa é tão somente o seu regular andamento por um determinado momento.
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Efeitos
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ao substituto legal do juiz acusado de ser parcial a prática de tal espécie de ato, mesmo
quando o procedimento principal ainda está suspenso.
Morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante
legal ou de seu procurador
Morte da parte
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Esta perda da capacidade processual do advogado deve ser lida de forma ampliativa,
de forma que o processo deve ser suspenso não só quando o advogado perde a sua
capacidade civil, mas também quando perde sua capacidade postulatória, quando, por
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exemplo, é suspenso pela OAB.
Veja que a suspensão só tem razão de ser quando este advogado for o único
advogado constituído pela parte.
O processo pode ser suspenso por convenção das partes, sendo esta uma das
especificações da cláusula geral dos negócios jurídicos processuais.
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Essa suspensão por convenção das partes pode durar até quanto tempo? Esse acordo
específico de suspensão do processo tem uma limitação temporal, pois NÃO pode ser superior
a 06 meses.
ATENÇÃO! Esse prazo não é aplicável à execução, a qual poderá ser suspensa, por acordo
entre as partes, pelo prazo necessário para que o executado consiga cumprir a obrigação (Art.
922. Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo concedido pelo
exequente para que o executado cumpra voluntariamente a obrigação).
Não obstante a previsão de prazo máximo de suspensão de 6 meses, cumpre lembrar que o
NCPC, em seu artigo 139, VI, permite ao juiz dilatar os prazos processuais, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
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Nesse caso, o artigo 314 do NCPC veda ao juiz proferir qualquer decisão, inclusive os
atos urgentes necessários para evitar dano irreparável.
O tempo de suspensão será de até 1 ano. Esgotado esse prazo, o processo volta a
correr normalmente, salvo decisão do relator prorrogando este prazo, conforme dispõe o
artigo 980 e Parágrafo único do NCPC:
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Prejudicialidade
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Torna-se imprescindível lembrar que, quando duas ações possuírem causas de pedir
em comum ou, quando duas ações distintas puderem gerar risco de decisões conflitantes, o
NCPC determina que elas deverão ser reunidas para julgamento conjunto, atendendo-se as
regras do artigo 55, caput, §§1º e 3º do NCPC.
Essa suspensão em razão da prejudicialidade pode durar até quanto tempo? Essa
suspensão do processo tem uma limitação temporal, pois NÃO pode ser superior a 01 ano.
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Força maior
Havendo motivo de força maior, o processo será suspenso. Entende-se por força
maior como qualquer evento insuperável, alheio às vontades dos sujeitos processuais e que
os impeça de praticar atos processuais (exemplo: epidemias, calamidades públicas etc.).
Observe, contudo, que o processo NÃO deve ser suspenso pelo simples fato de tratar 52
desses assuntos; é preciso se interpretar esse dispositivo legal da seguinte maneira: já estando
em trâmite processo perante esse tribunal administrativo e, sendo a questão lá discutida
repetida no processo judicial, caberá a suspensão do processo JUDICIAL.
Por óbvio, o Tribunal Marítimo NÃO integra o Poder Judiciário, sendo um órgão
vinculado ao Ministério da Marinha. As decisões do Tribunal Marítimo quanto à matéria
técnica têm valor probatórioCPF: 018.442.323-60
e se presumem certas, mas são suscetíveis de reexame pelo
Poder Judiciário (art. 18 da lei nº 2.180/1954).
O art. 313, VIII, do NCPC traz um rol de causas para a suspensão do processo
meramente EXEMPLIFICATIVO.
Gravidez ou adoção
Os prazos processuais serão suspensos por 30 dias quando a advogada der à luz ou
adotar, desde que seja a ÚNICA advogada de uma das partes.
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Quando o fato ensejar tanto uma ação cível quanto uma ação criminal, é possível a
suspensão da ação cível enquanto tramita a ação penal que lhe é prejudicial.
Extinção do processo
O artigo 316 do NCPC dispõe que a extinção do processo se dá por meio de
SENTENÇA, mas é preciso nos lembrarmos também de que, embora todo processo seja
extinto por meio de sentença, nem toda sentença extingue o processo, como é o caso
daquelas que dependem de atos subsequentes para a satisfação do direito nelas reconhecidos
(é o que ocorre, por exemplo, com as sentenças condenatórias, executivas e mandamentais),
pois, nessa hipótese, a sentença NÃO extingue o processo, mas apenas a fase procedimental
de conhecimento.
Cumpre lembrarmos que o processo foi projetado pelo legislador para resultar,
sempre que possível e em regra, num julgamento de MÉRITO (sentença definitiva), mas há
situações em que impreterivelmente haverá a extinção do processo por meio de sentença
terminativa (aquela que não analisa o mérito da questão). Contudo, o NCPC é claro ao dispor
que esse fim anômalo do processo (sentença terminativa, ou seja, SEM julgamento do
mérito) deve ser evitado sempre que possível.
54
Assim, com fulcro no princípio da cooperação e princípio da extinção do processo
com resolução de mérito, o artigo 317 do NCPC, consubstanciando a regra que já era prevista
no artigo 6º do NCPC, exige que, antes de proferir sentença terminativa, cabe ao juiz
conceder à parte oportunidade, sempre que possível, de corrigir o vício.
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Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz
deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, CORRIGIR O
VÍCIO.
TÍTULO II
DO LITISCONSÓRCIO
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou
passivamente, quando:
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Art. 114. O litisconsórcio será NECESSÁRIO por disposição de lei ou quando, pela natureza da
relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam
ser litisconsortes.
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o
processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor 55
que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar,
sob pena de extinção do processo.
Art. 116. O litisconsórcio será UNITÁRIO quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver
de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos
devem ser intimados dos respectivos atos.
TÍTULO III
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
CAPÍTULO I
DA ASSISTÊNCIA
Seção I
Disposições Comuns
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Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado
em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será
deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para
intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.
Seção II
Da Assistência Simples
Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos
poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente
será considerado seu substituto processual.
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do
pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre
direitos controvertidos. 56
Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este
não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi
impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
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II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa,
não se valeu.
Seção III
Da Assistência Litisconsorcial
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença
influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
CAPÍTULO II
DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
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II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o
prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for
indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
§ 2º Admite-se UMA ÚNICA denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu
antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não
podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual
direito de regresso será exercido por ação autônoma.
Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor,
ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos
previstos no art. 131.
Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de
litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-
se em seguida à citação do réu.
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, 57
eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante
poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a
procedência da ação de regresso.
CPF:
Parágrafo único. Procedente o pedido018.442.323-60
da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer
o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste
na ação regressiva.
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da
denunciação da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido
examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de
sucumbência em favor do denunciado.
CAPÍTULO III
DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento
da dívida comum.
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo
réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem
efeito o chamamento.
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que
satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada
um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar.
CAPÍTULO IV
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e
requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão
interlocutória.
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Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.
CAPÍTULO V
DO AMICUS CURIAE
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a
interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do
§ 3º.
TÍTULO IV
LIVRO VI
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DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
TÍTULO I
DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a
propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que
for validamente citado.
TÍTULO II
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
I – pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo
constituir a única patrona da causa; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 3º No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência
de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no
prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito,
se o autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à
revelia do réu, se falecido o procurador deste.
§ 4º O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do
inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.
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§ 6º No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir
da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de
nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial
que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. (Incluído pela Lei nº
13.363, de 2016)
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz,
todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no
caso de arguição de impedimento e de suspeição.
§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do
ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente
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a questão prévia.
§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano,
ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º.
TÍTULO III
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DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
SÚMULA 529
No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro
prejudicado direta e exclusivamente em face da seguradora do apontado causador do dano.
SÚMULA 537
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JURISPRUDÊNCIA
AgRg no CC 122.940-MS, Rel. Min. Regina Helena Costa, Primeira Seção, por unanimidade,
julgado em 07/04/2020, DJe 16/04/2020
• CPF: 018.442.323-60
RATIO DECIDENDI (FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA): Segundo o inciso VII do art. 1.015,
do CPC/2015: “cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
versarem sobre exclusão de litisconsorte”. Essa previsão abrange somente a decisão
que exclui o litisconsorte. Assim, cabe agravo de instrumento contra a decisão
interlocutória que exclui o litisconsorte. Por outro lado, NÃO cabe agravo de
instrumento contra a decisão que indefere o pedido de exclusão de litisconsorte
(decisão que mantém o litisconsorte).
Intervenção de terceiros - STJ. 3ª Turma. REsp 1.726.292-CE, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 12/02/2019 (Info 642).
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aos autos toda universalidade de sujeitos indeterminados para que integrem o polo
passivo da demanda se assim desejarem, elimina a figura do terceiro nesse
procedimento tão peculiar.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Prefeitura prejudicarão os outros, mas os poderão
de Caruaru - PE Prova: FCC - 2018 - beneficiar.
Prefeitura de Caruaru - PE - Procurador do
Município CPF: 018.442.323-60
c) será unitário por previsão legal ou
quando, pela natureza da relação jurídica
O litisconsórcio controvertida, a requerimento da parte
adversa, a eficácia da sentença depender
a) necessário poderá ser limitado pelo juiz da citação de todos que devam ser
quanto ao número de litigantes na fase de litisconsortes.
conhecimento, na liquidação de sentença
ou na execução, quando o número d) implica sempre a necessidade de o juiz
excessivo de litigantes comprometer a decidir o mérito de modo uniforme para
rápida solução do litígio ou dificultar a todos os litisconsortes.
defesa ou o cumprimento de sentença.
e) também ocorre quando terceiro jurídica
b) conduz a que os litisconsortes sejam ou economicamente interessado em que a
considerados, em suas relações com a sentença seja favorável a uma das partes,
parte adversa, como litigantes distintos, passe a integrar o polo ativo ou passivo da
exceto no litisconsórcio unitário, caso em lide.
que os atos e as omissões de um não
RESPOSTA: Letra B. Justificativa:
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em fraude contra credores, será nula em E – INCORRETA: Dispõe o art. 134, §3º, do
relação ao adquirente. CPC/15, que "a instauração do incidente
suspenderá o processo, salvo na hipótese
b) É cabível em todas as fases do processo do §2º", que é justamente aquela em que a
de conhecimento, inclusive no desconsideração da personalidade jurídica
cumprimento de sentença e na execução é requerida na petição inicial, senão
fundada em título executivo extrajudicial. vejamos: "§2º. Dispensa-se a instauração
do incidente se a desconsideração da
c) Após a instauração do incidente, o sócio personalidade jurídica for requerida na
ou a pessoa jurídica serão intimados para petição inicial, hipótese em que será citado
manifestar-se e requerer as provas o sócio ou a pessoa jurídica".
cabíveis no prazo de quinze dias.
4. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: PGE-MT
d) Concluída a instrução, se necessária, o Prova: FCC - 2016 - PGE-MT - Procurador
incidente será resolvido por sentença. do Estado
e) A instauração do incidente suspenderá Sobre as previsões do novo Código de
o processo ainda que a desconsideração Processo Civil a respeito da intervenção do
da personalidade jurídica tenha sido amicus curiae, considere:
requerida na petição inicial.
I. A intervenção de amicus curiae é
RESPOSTA: Letra B. Justificativa: admitida expressamente tanto no juízo de
piso como perante órgãos colegiados.
A – INCORRETA: CPC: Art. 137. Acolhido o
pedido de desconsideração, a alienação ou II. A intervenção de pessoa natural ou
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a oneração de bens, havida em fraude de jurídica, órgão ou entidade especializada
execução, será ineficaz em relação ao na condição de amicus curiae independe
requerente. de pedido das partes, pois a lei prevê
expressamente a possibilidade de ser
B – CORRETA: É o que dispõe o art. 134,
determinada de ofício pelo magistrado.
caput, do CPC/15: "O incidente de
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desconsideração é cabível em todas as III. A intervenção de pessoa jurídica de
fases do processo de conhecimento, no direito público na condição de amicus
cumprimento de sentença e na execução curiae pode ensejar a modificação da
fundada em título executivo extrajudicial". competência e a remessa dos autos ao
juízo competente.
C – INCORRETA: CPC: Art. 135. Instaurado
o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica IV. Da decisão que admite a intervenção
será citado para manifestar-se e requerer de amicus curiae, cabe recurso pela parte
as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) interessada.
dias.
Está correto o que se afirma APENAS em
D – INCORRETA: CPC: Art. 136. Concluída
a instrução, se necessária, o incidente será a) I, II e III.
resolvido por decisão interlocutória.
b) I e IV.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida
pelo relator, cabe agravo interno. c) III e IV.
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CPF:
Afirmativa II: certo, CPC: art 138. 018.442.323-60
RESPOSTA: Letra A. Justificativa:
Afirmativa III: errado. CPC: Art. 138, §1º, do A – CORRETA: CPC: Art. 114. O
CPC/15, que "a intervenção de que trata o litisconsórcio será necessário por
caput [intervenção do amicus curiae] não disposição de lei ou quando, pela natureza
implica alteração de competência...". da relação jurídica controvertida, a eficácia
Afirmativa incorreta. da sentença depender da citação de todos
que devam ser litisconsortes.
Afirmativa IV: errado: CPC, art. 139, caput:
“O juiz dirigirá o processo conforme as B – INCORRETA: CPC: Art. 117. Os
disposições deste Código, incumbindo-lhe: litisconsortes serão considerados, em suas
(...)” relações com a parte adversa, como
litigantes distintos, exceto no litisconsórcio
5. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura unitário, caso em que os atos e as omissões
de Campinas - SP Prova: FCC - 2016 - de um não prejudicarão os outros, mas os
Prefeitura de Campinas - SP - Procurador poderão beneficiar.
Quanto ao litisconsórcio, é correto afirmar: C – INCORRETA: CPC: art. 113, §1º, que "o
juiz poderá limitar o litisconsórcio
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