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NOVAS INSTRUÇÕES:
O material do Curso será sempre enviado nas quartas-feiras,
via email. No caso de não recebimento nesse dia, antes de
solicitarem o reenvio, confiram a caixa de spam;
I.
3ª Rodada - Página |2
II.
MUITA ATENÇÃO: cada resposta deve ser enviada para o email
do respectivo mediador, sob pena de não ser corrigida!
III. Sumário:
QUESTÕES OBJETIVAS
Atendendo a pedidos, inserimos, a partir dessa rodada, uma sessão contendo
apenas as questões objetivas, e não o gabarito/comentários, para que, assim, os
alunos possam efetivamente treinar e simular a prova real.
DIREITO CIVIL
4. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou.
INTERNACIONAL PRIVADO
PROCESSO CIVIL
6. O valor correspondente à parte incontroversa do pedido pode ser levantado pelo beneficiado
por decisão que antecipa os efeitos da tutela, mas o montante não deve ser acrescido dos
respectivos honorários advocatícios e juros de mora, os quais deverão ser fixados pelo juiz na
sentença.
8. Deve ser declarada a nulidade de execução fiscal promovida em face de mais de um devedor,
todos coobrigados, se, apesar de não ter sido determinada a suspensão do processo a partir da
morte de um deles, até que se realizasse a adequada regularização do polo passivo, não foi
demonstrada a ocorrência de qualquer prejuízo em razão de seu prosseguimento.
10. Segundo precedente do Superior Tribunal de Justiça, compete à Justiça do Trabalho processar
e julgar ação de indenização por danos morais e materiais proposta por ex-empregador cuja causa
de pedir se refira a atos supostamente cometidos pelo ex-empregado durante o vínculo laboral e
em decorrência da relação de trabalho havida entre as partes.
PROCESSO PENAL
11. Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal, o direito ao silêncio, previsto no art. 5º, LXIII,
da CF, aplica-se também nas relações entre particulares (eficácia horizontal dos direitos
fundamentais), e não apenas nas relações com o Poder Público (eficácia vertical dos direitos
fundamentais), razão pela qual deve ser considerada ilícita a prova decorrente de confissão
concedida pelo acusado à imprensa sem que tenha sido advertido do seu direito ao silêncio.
12. Configurando o indiciamento, no caso concreto, constrangimento ilegal, é possível que ocorra o
desindiciamento a fim cessar a ilegalidade e o prejuízo para o cidadão.
DIREITO PENAL
14. Não há que se falar em inexigibilidade de conduta diversa nos crimes culposos, excludente de
culpabilidade que somente se ajusta à estrutura dos crimes dolosos.
15. A inexigibilidade de conduta diversa atua, sempre, como uma causa supralegal de exclusão da
culpabilidade.
DIREITO CONSTITUCIONAL
16. Apesar de a Constituição Federal de 1988 não ter previsto a iniciativa popular para a PEC
(proposta de emenda constitucional), parte da doutrina entende pela sua admissão invocando
uma interpretação sistemática.
17. O Conselho Nacional de Justiça, composto por quinze membros com mandato de dois anos,
admitida a recondução, é presidido pelo Ministro do STF que o integra, ficando a cargo do Ministro
advindo do STJ a função de Corregedor.
18. Acerca dos princípios institucionais da Defensoria Pública, é correto falar-se, sob o prisma
orgânico, em unidade entre as Defensorias Públicas Estaduais e Defensoria Pública da União.
21. Considere que o Izaías, soldado da Aeronáutica, tenha sido denunciado, juntamente com um
corréu, perante uma Auditoria Militar, por fatos rigorosamente idênticos. Entretanto, ante a
notícia de que o primeiro não se encontrava em serviço no momento do crime, o Juízo declinou de
sua competência para a Justiça Comum. Com a separação de processos, foi necessário recapitular
os crimes imputados a Izaías, nos termos do Código Penal comum. Tal divergência de capitulação
de crimes gerou uma diferença grave de tratamento, advinda do fato de o art. 213 (estupro) do
Código Penal ser classificado como crime hediondo, nos termos da Lei nº 8.072/1990, impondo a
Izaías vedações que o seu corréu não terá que enfrentar no cumprimento de sua condenação, vale
dizer, a impossibilidade de comutação da pena, indulto e graça e a necessidade do cumprimento da
fração de dois terços da pena para obtenção do livramento do condicional. Nesse caso, por se
tratar de crime militar impróprio, a diferença de tratamento legal revela inconstitucionalidade, de
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, devendo ser excluídos os efeitos que a
Lei nº 8.072/1990 produziu sobre a execução da pena de Izaías, sob pena de violação do princípio
da igualdade.
22. O defeito do ato de incorporação exclui a aplicação da lei penal militar se alegado ou conhecido
antes da prática do crime.
24. Nos crimes de violação do dever militar, nos quais se enquadra a deserção, somente é possível
a exclusão da culpabilidade pelo reconhecimento de estado de necessidade exculpante, uma vez
que o Código Penal Militar adotou a teoria diferenciadora.
25. O Código Penal Militar adotou a teoria da previsibilidade na conceituação do delito culposo
que, como tal, tem como elementos a ação ou omissão voluntária, a previsibilidade de resultado
danoso, a ausência de previsão e a ocorrência de um resultado não querido.
26. A alteração do art. 400 do Código de Processo Penal, trazida pela Lei nº 11.719, de 20 junho de
2008, que passou a considerar o interrogatório como último ato da instrução criminal, não se
aplica à Justiça Militar da União.
nos delitos de deserção e insubmissão. Quanto aos demais crimes propriamente militares, o
legislador não estabeleceu nenhuma condição específica de procedibilidade.
DIREITOS HUMANOS
29. O catálogo de direitos civis e políticos reconhecido pela Convenção Americana de Direitos
Humanos, quando comparado com o catálogo constante de outros instrumentos internacionais,
designadamente com a Convenção Europeia de Direitos Humanos, apresenta inovações apenas
quanto aos direitos consagrados, mas não quanto ao seu conteúdo.
DIREITO HUMANOS
30. A questão da ética profissional na aplicação da lei tem recebido consideração em diversos
instrumentos regionais de direitos humanos e justiça criminal.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
31. Embora, via de regra, a jurisprudência não admita a prova testemunhal como único meio de
prova para fins de concessão de benefício previdenciário, exigindo-se, portanto, início de prova
material, essa regra não se aplica no caso de comprovação de união estável para fins se concessão
de pensão por morte.
32. José das Couves percebeu, por 3 meses, de forma indevida, aposentadoria por idade. O INSS,
após constatar a percepção do provento de forma indevida, poderá inscrever o referido valor em
dívida ativa.
33. Incide o prazo de decadência do art. 103 da Lei n. 8.213/1991, instituído pela MP n. 1.523-
9/1997, convertida na Lei n. 9.528/1997, no direito de revisão dos benefícios concedidos ou
indeferidos anteriormente a esse preceito normativo, com o termo a quo a contar da vigência da
MP.
34. Aplica-se à pessoa com deficiência o fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em
renda mensal de valor mais elevado.
DIREITO TRIBUTÁRIO
35. É possível a compensação de precatórios estaduais com dívidas oriundas de tributos federais.
36. A oposição de embargos à execução fiscal depois da penhora de bens do executado não
suspende automaticamente os atos executivos, fazendo-se necessário que o embargante
demonstre a relevância de seus argumentos (“fumus boni juris“) e que o prosseguimento da
execução poderá lhe causar dano de difícil ou de incerta reparação (“periculum in mora“).
37. A teoria das finanças públicas oferece inestimável material para o estudo da tributação. É
aquele campo do conhecimento que investigará, de um lado, a necessidade da tributação e, de
outro, seus efeitos (positivos e negativos) sobre a economia.
38. Imóvel não edificado pertencente ao Serviço Social da Indústria – SESI, entidade de direito
privado e sem fins lucrativos, está alcançado pela imunidade tributária, encaixando-se na hipótese
do art. 150, VI, c, da CF.
DIREITO ELEITORAL
39. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível,
renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido
ou cancelado. Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se
efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de
falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
40. Não constitui crime majorar os preços de utilidades e serviços necessários à realização de
eleições, tais como transporte e alimentação de eleitores, impressão, publicidade e divulgação de
matéria eleitoral.
EDILSON SANTANA
Defensor Público Federal em Manaus/AM e ex Defensor Público do Estado do Maranhão
Mediador das disciplinas de Direito Internacional Privado e Direito Civil
DIREITO CIVIL
Ponto 2 e Ponto 12.3 - Das pessoas naturais e jurídicas; Reparação dos danos patrimoniais e
morais (consumidor).
Pontos 3 e 14.4 – Dos fatos e atos jurídicos: forma, prova, modalidades, defeitos, nulidade,
anulabilidade, inexistência, ineficácia e consequência; Das práticas abusivas.
família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente
onerosa). CERTO
É o que se infere da disposição contida no artigo 950 do Código Civil (Se da ofensa
resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe
diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e
lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu). Veja
que nesse caso poderá haver a opção pelo recebimento em uma única parcela
indenizatória, nos termos do parágrafo único do mesmo artigo: “O prejudicado, se
preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez”. Sobre o
tema, transcreve-se trecho extraído da ementa do julgado no RESP 1.278.627 – SC: “1.
Acidente de trânsito ocorrido em estrada federal consistente na colisão de um automóvel
com uma motocicleta, que trafegava em sua mão de direção. 7. A pensão por incapacidade
permanente decorrente de lesão corporal é vitalícia, não havendo o limitador da
expectativa de vida.” CERTO
Mais uma vez chamo atenção para a importância da leitura da lei seca com relação a
alguns temas, como “obrigações”. A determinação da prestação a ser entregue em
INTERNACIONAL PRIVADO
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PEDRO WAGNER
Defensor Público Federal em Boa Vista/RR
Mediador das disciplinas de Direito Internacional Privado e Processo Civil
PROCESSO CIVIL
Aqui o cuidado com a palavra “dispensável”. Assim como prescindível, tal palavra pode
ser uma boa armadilha na hora da prova. Dá a impressão que a questão está errada,
mas... A resposta também objetivamente encontrada no Informativo do STJ nº 513: “Em
ação monitória fundada em cheque prescrito, ajuizada em face do emitente, é
dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula. No
Questão para demonstrar que o examinador na objetiva nem sempre vai querer saber a
“tese melhor” para a instituição para que você estará prestando concurso. A resposta
encontra-se no Informativo do STJ nº 516: “Não deve ser declarada a nulidade de
execução fiscal promovida em face de mais de um devedor, todos coobrigados, se, apesar
de não ter sido determinada a suspensão do processo a partir da morte de um deles, até
que se realizasse a adequada regularização do polo passivo, não foi demonstrada a
ocorrência de qualquer prejuízo em razão de seu prosseguimento. Com a morte do
devedor, cabe ao exequente realizar diligências para a correção do polo passivo,
verificando a existência de inventário, partilha ou bens sobre os quais possa recair a
execução. Nesses casos, o maior interessado é o ente público em razão do crédito que
tem a receber. Todavia, existindo mais de um devedor, todos coobrigados, o falecimento
de um deles no curso da demanda não impede o prosseguimento da execução contra os
demais, podendo, assim, o exequente arcar com o ônus de não ter providenciado, a
tempo e modo, a substituição processual do falecido pelo seu espólio ou pelos seus
herdeiros. Dessa forma, verificado o litisconsórcio passivo, deve-se mitigar a
necessidade de suspensão automática do processo por falecimento de uma das partes,
em face dos princípios da segurança jurídica e da celeridade processual, sobretudo
diante da ausência de comprovado prejuízo. Precedentes citados: REsp 616.145-PR,
Terceira Turma, DJ 10/10/2005; REsp 767.186-RJ, Segunda Turma, DJ 19/9/2005; AgRg
no Ag 1.342.853-MG, Terceira Turma, DJe 7/8/2012. REsp 1.328.760-MG, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 26/2/2013.” ERRADO
versa sobre relação jurídica de cunho eminentemente civil, não sendo fundada em
eventual relação de trabalho existente entre as partes. Nesse contexto, conforme a
jurisprudência do STJ, não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar demanda
em que a causa de pedir e o pedido deduzidos na inicial não guardem relação com as
matérias de competência dessa justiça especializada elencadas no art. 114 da CF.
Precedentes citados: CC 76.597-RJ, Segunda Seção, DJ 16/8/2007, e CC 72.770-SP,
Segunda Seção, DJ 1º/8/2007. CC 121.702-RJ, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em
27/2/2013.” ERRADO
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CAIO PAIVA
Defensor Público Federal em Manaus/AM e editor do site www.oprocesso.com
Mediador das disciplinas de Direito Penal, Processo Penal, Direito Constitucional e Princípios
Institucionais da Defensoria Pública
PROCESSO PENAL
Ponto 4 – Da prova.
O tema “eficácia horizontal dos direitos fundamentais” certamente tem sido um dos mais
debatidos nos últimos anos na disciplina de Direito Constitucional e consiste,
basicamente, na obrigação de se respeitar direitos fundamentais na relação entre
particulares. Por se tratar de assunto que demandaria uma explicação mais
pormenorizada, voltarei a cuidar dele noutra rodada, numa questão de Direito
Constitucional. Para essa ocasião, me parece importante, porém, elencar alguns
precedentes do STF nos quais o Poder Judiciário já entendeu razoável a aplicação dos
direitos fundamentais às relações privadas. Nesse sentido, valho-me da anotação feita
por Pedro Lenza: a) RE 160222, entendeu-se constituir “constrangimento ilegal” a
revista íntima em mulheres em fábrica de lingerie; b) RE 158215, entendeu-se violado o
princípio do devido processo legal e ampla defesa na hipótese de exclusão de associado
de cooperativa sem direito de defesa; c) RE 161243, discriminação de empregado
brasileiro em relação ao francês na empresa “Air France”, mesmo realizando atividades
idênticas, o que viola o princípio da isonomia; d) RE 175161, contrato de consórcio que
prevê devolução nominal de valor já pago em caso de desistência, o que viola o princípio
da razoabilidade e proporcionalidade; e) RE 201819, exclusão de membro de sociedade
sem a possibilidade de sua defesa, por violar o devido processo legal, contraditório e
ampla defesa (LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 16ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2012, p. 967-968).
Mas e no que diz respeito ao enunciado: a eficácia dos direitos fundamentais se irradia
para obrigar a que a imprensa também observe a obrigatoriedade de advertir o acusado
do seu direito ao silêncio? O STF entendeu que não. Confira-se o que restou assentado no
Informativo n. 613: “A 2ª Turma indeferiu habeas corpus em que se alegava a ilicitude da
prova juntada aos autos consistente na não advertência ao acusado de seu direito de
permanecer calado. No caso, o paciente concedera entrevista a jornal, na qual narrara o
modus operandi de 2 homicídios a ele imputados. Reputou-se que a Constituição teria
conferido dignidade constitucional ao direito ao silêncio, dispondo expressamente que o
preso deve ser informado pela autoridade policial ou judicial da faculdade de manter-se
calado. Consignou-se que o dever de advertir os presos e os acusados em geral de seu
direito de permanecerem calados consubstanciar-se-ia em uma garantia processual penal
que teria como destinatário precípuo o Poder Público. Concluiu-se, entretanto, não haver
qualquer nulidade na juntada da prova, entrevista concedida espontaneamente a veículo
de imprensa” (HC 99558, 2ª Turma, rel. min. Gilmar Mendes, DJe 07/02/2011).
Esse HC 99558 havia sido impetrado pela Defensoria Pública do Estado do Espírito
Santo. Destaco essa informação porque embora em prova objetiva seja mais seguro
orientar-se pelo entendimento dos Tribunais Superiores, e o enunciado em questão
cobrou expressamente o conhecimento acerca da decisão do STF, é importante
apresentar um viés mais defensivo em provas dissertativas e orais, sem, contudo,
mencionar o entendimento jurisprudencial. Assim, para que assimilem uma opinião
contrária à posição do STF, confira-se a lição de Renato Brasileiro: “Se o preso deve ser
prévia e formalmente advertido quanto ao direito ao silêncio, sob pena de se repudiar
ilícita a prova que contra si produza, também não podem ser consideradas válidas
entrevistas concedidas por presos a imprensa, antes ou após a lavratura do flagrante, sem
DIREITO PENAL
14. Não há que se falar em inexigibilidade de conduta diversa nos crimes culposos,
excludente de culpabilidade que somente se ajusta à estrutura dos crimes dolosos.
15. A inexigibilidade de conduta diversa atua, sempre, como uma causa supralegal
de exclusão da culpabilidade.
DIREITO CONSTITUCIONAL
16. Apesar de a Constituição Federal de 1988 não ter previsto a iniciativa popular
para a PEC (proposta de emenda constitucional), parte da doutrina entende pela
sua admissão invocando uma interpretação sistemática.
17. O Conselho Nacional de Justiça, composto por quinze membros com mandato
de dois anos, admitida a recondução, é presidido pelo Ministro do STF que o
integra, ficando a cargo do Ministro advindo do STJ a função de Corregedor.
O enunciado contém dois erros, quais sejam: (a) o mandato dos conselheiros/membros
é realmente de dois anos, porém, segundo dispõe o art. 103-B, caput, da CF, admite-se
apenas uma recondução; (b) após a EC 61/2009, ficou esclarecido que o CNJ é presidido
pelo Ministro presidente do STF, e não por qualquer Ministro do Supremo (art. 103-B, §
1º, da CF). No mais, a questão está correta quanto ao número de membros do CNJ e a
função desempenhada pelo Ministro do STJ. ERRADO
Rodrigues Viana de. Defensoria Pública. Salvador: Juspodivm, 2010, p. 97). No mesmo
sentido, Diogo Esteves e Franklyn Roger Alves Silva: “Importante observar que, sob o
prisma orgânico, a unidade somente existe no âmbito de cada Defensoria Pública, já que
compõem estruturas organizacionais distintas e encontram-se sob chefia institucional
diversa. Não é correto, portanto, falar em unidade orgânica entre Defensoria Pública
Estadual e a Defensoria Pública da União, bem entre a Defensoria Pública de um Estado e a
de outro. Essa consequência jurídica decorre do próprio sistema federativo, cuja forma de
estruturação inspira a divisão de atribuições e a existência de autonomia entre as
Defensorias Públicas” (ESTEVES, Diogo; ALVES SILVA, Franklyn Roger. Princípios
Institucionais da Defensoria Pública. Rio de Janeiro: Forense, 2014, p. 303). Prosseguem
os autores, porém, para esclarecer que “no entanto, sob o prisma funcional, é possível
identificar a unidade entre todas as Defensorias Públicas do país, haja vista
desempenharem as mesmas funções institucionais e com a mesma finalidade ideológica”.
ERRADO
Questão resolvida com mero conhecimento da Lei 11417/2006, que regulamenta o art.
103-A da CF, disciplinando a edição, revisão e o cancelamento de enunciado de súmula
vinculante pelo STF, prevendo, no seu art. 3º, VI, o Defensor Público-Geral da União
(leia-se Defensor Público-Geral Federal) como legitimado. CERTO
Trata-se de questão resolvida com o conhecimento da LC 80/94, que, em seu art. 4º, § 4º,
dispõe que “O instrumento de transação, mediação ou conciliação referendado pelo
Defensor Público valerá como título executivo extrajudicial, inclusive quando celebrado
com a pessoa jurídica de direito público”. É fundamental conhecer amplamente a LC
80/94, sendo indicada a sua leitura por repetidas vezes. ERRADO
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ALDO COSTA
Assessor de ministro do STF. É bacharel em direito pela USP (1999). Foi professor substituto da Faculdade
de Direito da UnB (2002-2006), conselheiro da Comissão de Anistia (2002), pesquisador visitante no Max-
Planck-Institut für ausländisches und internationales Strafrecht (2007) e assessor especial do Ministro da
Justiça (2010-2011). Mediador das disciplinas de Direito Penal Militar, Processo Penal Militar, Direito
Internacional Público e Direitos Humanos
- A Lei do Serviço Militar (Lei nº 4.375/64) define a incorporação como o ato de inclusão
do convocação ou voluntário a uma organização militar da ativa das Forças Armadas
(art. 20)
- O art. 14 do CPM estabelece que “o defeito do ato de incorporação não exclui a
aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime”.
Assim, não se aproveita, entre outras, a alegação de defeito do ato de incorporação, se os
documentos do militar que alega ser arrimo de família ao ser acusado do crime de
deserção apontam o estado civil de solteiro e ele omite das autoridades militares a
convivência com companheira e filhos desta (STM AP 2006.01.050234-5).
- A jurisprudência pacífica do Superior Tribunal Militar é no sentido de que não constitui
excludente de culpa, nos delitos de deserção, meras alegações de problemas familiares
ou particulares, desacompanhadas de provas (Verbete nº 3 da Súmula). CERTO.
24. Nos crimes de violação do dever militar, nos quais se enquadra a deserção,
somente é possível a exclusão da culpabilidade pelo reconhecimento de estado de
necessidade exculpante, uma vez que o Código Penal Militar adotou a teoria
diferenciadora.
Ponto 2 – Crime
Ponto 2 – Crime
- No Código Penal Militar, a culpa tem conceito mais abrangente do que a ação por
imprudência, imperícia ou negligência dos postulados clássicos. Na lei penal castrense, a
raiz da culpa “stricto sensu” é a previsibilidade (art. 33, II).
- Nos termos do art. 33, II, do CPM, a culpa pode ser consciente ou inconsciente. Na
inconsciente ou comum, o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível, visto
que ele não empregou a cautela, atenção ou diligência. Na consciente o resultado é
previsto pelo sujeito, que espera levianamente que não ocorra ou que possa evita-lo. É
chamada também de culpa com previsão. A distinção tem relevância para a fixação da
pena (art. 69), onde o juiz deverá ter em conta, inclusive, o grau de culpa: (a) grave ou
lata; (b) leve; (c) levíssima (ASSIS, Jorge de Assis. Comentários ao Código Penal Militar. 7ª
edição. Curitiba: Editora Juruá, 2011, p. 99). CERTO.
26. A alteração do art. 400 do Código de Processo Penal, trazida pela Lei nº 11.719,
de 20 junho de 2008, que passou a considerar o interrogatório como último ato da
instrução criminal, não se aplica à Justiça Militar da União.
ação penal, assim como para o recebimento da denúncia, nos delitos de deserção e
insubmissão. Quanto aos demais crimes propriamente militares, o legislador não
estabeleceu nenhuma condição específica de procedibilidade. Para que sejam exigíveis
as condições especiais de procedibilidade, têm elas de ter expressa previsão legal (STM
RSE nº 2003.01.007077-5).
- No tocante à natureza jurídica do crime de insubmissão, previsto no art. 183 do CPM,
há quatro orientações: 1ª) trata-se de crime acidentalmente militar (Jorge César de
Assis), “porque de mão única, ou seja: só pode ser praticado pelo civil convocado para o
serviço militar obrigatório”, 2ª) trata-se de crime propriamente militar (Jorge Alberto
Romeiro e Coimbra Neves), porque “antes de adquirir a qualidade de militar, com sua
inclusão nas Forças Armadas, não cabe ação penal contra o insubmisso”; 3ª) trata-se de
crime impropriamente militar (Célio Lobão e Ricardo Giuliani), por se praticado por civil;
4ª) trata-se de crime tipicamente militar (Cláudio Amin), pois “o sujeito será sempre um
civil, embora para responder ao processo tenha que adquirir a condição de militar”. A
posição dominante é a do Superior Tribunal Militar, que entende ser crime propriamente
militar. CERTO.
- A legislação processual militar define, em seu artigo 88, que, de regra, a competência
será determinada pelo lugar da infração. Em contrapartida, o Código Penal Militar
considera como praticado o fato no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa,
no todo ou em parte, e ainda que sob a forma de participação, bem como onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado. É a chamada teoria mista ou teoria da
ubiquidade, segundo a qual o crime será considerado cometido quer no momento da
ação ou da omissão do agente, quer no momento em que se produziu ou deveria se
produzir o resultado.
DIREITOS HUMANOS
- Quanto ao conteúdo dos direitos, também existem, na CADH, alguns aspectos que
merecem menção especial, como é o caso da proteção do direito à vida a partir do
momento da concepção (art. 4º) (MARTINS, Ana Maria Guerra. Direito Internacional dos
Direitos Humanos. Coimbra: Almedina, 2011, p. 296). ERRADO.
DIREITO HUMANOS
Ponto 2.1 - Premissas: aplicação da Lei nos Estados Democráticos; conduta ética e legal na
aplicação da Lei
HENDRIKUS GARCIA
Defensor Público Federal em Cáceres/MT
Mediador das disciplinas de Direito Previdenciário, Direito Tributário e Direito Eleitoral
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
31. Embora, via de regra, a jurisprudência não admita a prova testemunhal como
único meio de prova para fins de concessão de benefício previdenciário, exigindo-
se, portanto, início de prova material, essa regra não se aplica no caso de
comprovação de união estável para fins se concessão de pensão por morte.
Para a concessão de pensão por morte, é possível a comprovação da união estável por
meio de prova exclusivamente testemunhal. Ressalte-se, inicialmente, que a prova
testemunhal é sempre admissível caso a legislação não disponha em sentido contrário.
Ademais, a Lei 8.213/1991 somente exige prova documental quando se tratar de
comprovação do tempo de serviço. Nesse sentido é o entendimento do STJ, 3ª Seção, AR
3905, j. 26/06/2013. CERTO
32. José das Couves percebeu, por 3 meses, de forma indevida, aposentadoria por
idade. O INSS, após constatar a percepção do provento de forma indevida, poderá
inscrever o referido valor em dívida ativa.
33. Incide o prazo de decadência do art. 103 da Lei n. 8.213/1991, instituído pela
MP n. 1.523-9/1997, convertida na Lei n. 9.528/1997, no direito de revisão dos
benefícios concedidos ou indeferidos anteriormente a esse preceito normativo,
com o termo a quo a contar da vigência da MP.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Decidiu o STJ, por meio de julgamento de Recurso Repetitivo (REsp 127827), de que a
previsão no ordenamento jurídico pátrio da regra geral de atribuição de efeito
suspensivo aos embargos do devedor somente ocorreu com o advento da Lei n. 8.953, de
13, de dezembro de 1994, que promoveu a reforma do Processo de Execução do Código
de Processo Civil de 1973 (Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - CPC/73), nele
incluindo o §1º do art. 739, e o inciso I do art. 791. Antes dessa reforma, e inclusive na
vigência do Decreto-lei n. 960, de 17 de dezembro de 1938, que disciplinava a cobrança
judicial da dívida ativa da Fazenda Pública em todo o território nacional, e do Código de
Processo Civil de 1939 (Decreto-lei n. 1.608/39), nenhuma lei previa expressamente a
atribuição, em regra, de efeitos suspensivos aos embargos do devedor, somente
admitindo-os excepcionalmente. Em razão disso, o efeito suspensivo derivava de
construção doutrinária que, posteriormente, quando suficientemente amadurecida,
culminou no projeto que foi convertido na citada Lei n. 8.953/94, conforme o evidencia
sua Exposição de Motivos - Mensagem n. 237, de 7 de maio de 1993, DOU de 12.04.1994,
Seção II, p. 1696. 3. Sendo assim, resta evidente o equívoco da premissa de que a LEF e a
Lei n. 8.212/91 adotaram a postura suspensiva dos embargos do devedor antes mesmo
de essa postura ter sido adotada expressamente pelo próprio CPC/73, com o advento da
Lei n. 8.953/94, fazendo tábula rasa da história legislativa. Desta feita, à luz de uma
interpretação histórica e dos princípios que nortearam as várias reformas nos feitos
executivos da Fazenda Pública e no próprio Código de Processo Civil de 1973, mormente
a eficácia material do feito executivo a primazia do crédito público sobre o privado e a
especialidade das execuções fiscais, é ilógico concluir que a Lei n. 6.830 de 22 de
setembro de 1980 - Lei de Execuções Fiscais - LEF e o art. 53, §4º da Lei n. 8.212, de 24
de julho de 1991, foram em algum momento ou são incompatíveis com a ausência de
efeito suspensivo aos embargos do devedor. Isto porque quanto ao regime dos
embargos do devedor invocavam - com derrogações específicas sempre no sentido de
dar maiores garantias ao crédito público - a aplicação subsidiária do disposto no CPC/73
que tinha redação dúbia a respeito, admitindo diversas interpretações doutrinárias.
Desse modo, tanto a Lei n. 6.830/80 - LEF quanto o art. 53, §4º da Lei n. 8.212/91 não
fizeram a opção por um ou outro regime, isto é, são compatíveis com a atribuição de
efeito suspensivo ou não aos embargos do devedor. Por essa razão, não se
incompatibilizam com o art. 739-A do CPC/73 (introduzido pela Lei 11.382/2006) que
condiciona a atribuição de efeitos suspensivos aos embargos do devedor ao
cumprimento de três requisitos: apresentação de garantia; verificação pelo juiz da
relevância da fundamentação (fumus boni juris) e perigo de dano irreparável ou de
difícil reparação (periculum in mora). Em atenção ao princípio da especialidade da LEF,
mantido com a reforma do CPC/73, a nova redação do art. 736, do CPC dada pela Lei n.
11.382/2006 - artigo que dispensa a garantia como condicionante dos embargos - não se
aplica às execuções fiscais diante da presença de dispositivo específico, qual seja o art.
16, §1º da Lei n. 6.830/80, que exige expressamente a garantia para a apresentação dos
embargos à execução fiscal. Muito embora por fundamentos variados - ora fazendo uso
da interpretação sistemática da LEF e do CPC/73, ora trilhando o inovador caminho da
teoria do "Diálogo das Fontes", ora utilizando-se de interpretação histórica dos
dispositivos (o que se faz agora) - essa conclusão tem sido a alcançada pela
jurisprudência predominante, conforme ressoam os seguintes precedentes de ambas as
Turmas do Superior Tribunal de Justiça. CERTO
37. A teoria das finanças públicas oferece inestimável material para o estudo da
tributação. É aquele campo do conhecimento que investigará, de um lado, a
necessidade da tributação e, de outro, seus efeitos (positivos e negativos) sobre a
economia.
Trata-se de posição defendida pelo Professor da USP Luiz Eduardo Schoueri para quem
a teoria das finanças públicas oferece inestimável material para o estudo da tributação. É
aquele campo do conhecimento que investigará, de um lado, a necessidade da tributação
e, de outro, seus efeitos (positivos e negativos) sobre a economia. A análise econômica
Decidiu o STF no RE 385091 que o fato de o imóvel estar vago ou sem edificação não é
suficiente, por si só, para retirar a garantia constitucional da imunidade tributária.
Asseverou-se não ser possível considerar que determinado imóvel destinar-se-ia a
finalidade diversa da exigida pelo interesse público apenas pelo fato de,
momentaneamente, estar sem edificação ou ocupação. Assinalou-se que a qualquer
momento poderia deixar sua condição de imóvel vago. CERTO
DIREITO ELEITORAL
A assertiva está em conformidade com o art. 13, caput e § 3º, da Lei nº 9.504/97.
Saliente-se que o § 3º mencionado teve sua redação pela Lei nº 12.891/13 que trouxe
várias mudanças em matéria eleitoral. CERTO
Nos termos do art. 303 do Código Eleitoral, constitui crime majorar os preços de
utilidades e serviços necessários à realização de eleições, tais como transporte e
alimentação de eleitores, impressão, publicidade e divulgação de matéria eleitoral.
ERRADO
QUESTÕES DISSERTATIVAS
EDILSON SANTANA
DIREITO CIVIL
Máximo de 20 linhas
ALDO COSTA
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Máximo de 20 linhas
HENDRIKUS GARCIA
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
José Dirceu, exerceu atividade laborativa como gerente de hotel até julho de 2013,
percebendo o salário de R$ 20.000,00 e vertendo todas as contribuições
previdenciárias. Após a referida data, ficou desempregado, deixando, portanto, de
auferir renda. Em dezembro de 2013 José Dirceu foi preso. Os seus dependentes
terão direito ao auxílio-reclusão?
Máximo de 20 linhas
CAIO PAIVA
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DA DEFENSORIA PÚBLICA
Máximo de 20 linhas
PEÇA JUDICIAL
CAIO PAIVA
DIREITO/PROCESSO PENAL
Antônio, morador de rua e alcoólatra, acostumado a, vez por outra, ingressar nas
dependências da Caixa Econômica Federal, cuja porta de acesso dos caixas
eletrônicos frequentemente fica apenas “encostada”, para passar a noite, foi preso
em flagrante quando, no dia 29/09/2013, embriagado, mas consciente de suas
ações, tentou subtrair alguns objetos da CEF posteriormente avaliados em R$
80,00. Remetido cópia do APF ao juiz federal da 4ª Vara Criminal de Manaus, esse
procedeu com a homologação e manteve a prisão de Antônio após verificar ser
aquele reincidente, porquanto ostentava condenação anterior pelo crime de
receptação.