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Introdução
O conceito de antijuridicidade teve uma evolução tardia e até o século XVIII a
antijuridicidade era confundida com a culpabilidade.
No século XIX, Ernest von Jhering formulou a distinção entre ato ilícito
(contrariedade objetiva) e ato culpável (contrariedade subjetiva).
Conceito
Há dois grupos de teorias sobre o fundamento das causas de justificação, são elas:
- Princípio da proporcionalidade
Requisitos:
2) atualidade do perigo;
b) dever jurídico fundado na causação do perigo - aquele que causou o perigo, tendo a
previsibilidade da situação de necessidade, é obrigado a suporta-lo;
Obs: o dever legal de enfrentar o perigo não é absoluto, cessando quando houver certeza ou
probabilidade de morte ou lesão grave.
Legítima defesa (art. 25 do CP)
Diferentemente do estado de necessidade, a legitima defesa constitui uma reação a uma agressão
injusta atual ou iminente.
Fundamentos:
- Direito de proteção individual de bens ou interesses;
- Afirmação do direito em defesa da ordem jurídica
Requisitos:
1) agressão injusta;
2) atual ou iminente;
3) direito próprio ou alheio (distinção entre bens jurídicos individuais, bens da comunidade e bens
do Estado)
4) meios necessários;
5) uso moderado.
Legitima defesa putativa (art. 20, § 1º, CP): trata-se de um erro na apreensão da realidade. Não
constitui uma causa de justificação
O excesso intensivo (uso de meio desnecessário) ou extensivo (uso imoderado do meio necessário)
da legitima defesa, assim como a legitima defesa putativa, não configuram causas de justificação,
podendo ser hipóteses de exclusão da culpabilidade (Caso Carandiru).
Estrito cumprimento do dever legal
Trata-se de intervenção do funcionário público na esfera privada para assegurar o cumprimento da lei
ou de ordens de superiores.
Pode determinar a ação justificada de tipos legais como coação, privação de liberdade, violação de
domicilio, lesão corporal, etc.
Requisitos:
O estrito cumprimento de dever legal exclui lesão de direitos humanos fundamentais, por
exemplo, matar um preso para impedir sua fuga.
Ademais, não se pode confundir estrito cumprimento de dever legal com abuso de autoridade.
Exercício regular de direito
a) atuação pro magistratu: são aquelas situações em que o particular é obrigado a agir
porque a autoridade não pode atuar em tempo;
A doutrina diverge quanto à essa conduta ser ou não exercício regular de direito.
Causas supralegais de justificação
Consentimento do ofendido: consiste na renúncia à proteção penal do bem jurídico pelo
próprio titular do bem.
Requisitos:
3) comunicação do consentimento;
4) anterioridade do consentimento.