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ILICITUDE

Ashley Vieira Dos Anjos


Cauã Pablo Antunes Braz
Luís Fernando Teixeira Santos
Maria Clara Eleuterio Alves
Matheus Endrik Alves Fagundes
Conceito de Ilicitude
TÓPICOS Estado de necessidade
DE Legítima defesa

ABORDAGEM Estrito cumprimento de dever legal

Exercício regular de direito


ILICITUDE
Conceito:
Ilicitude é a contrariedade entre o fato típico praticado
por alguém e o ordenamento jurídico, capaz de lesionar
ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente
tutelados.

Teoria adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro:


Ratio Cognoscendi: a tipicidade exerce função indiciaria
da ilicitude.

O Código Penal apresenta 4 destas descriminantes,


também chamadas causas de exclusão da ilicitude, mas
também existe uma causa supralegal. Comecemos pelo
estado de necessidade.
ESTADO DE
NECESSIDADE

ART. 24 - CONSIDERA-SE EM
ESTADO DE NECESSIDADE QUEM
PRATICA O FATO PARA SALVAR
DE PERIGO ATUAL, QUE NÃO
PROVOCOU POR SUA VONTADE,
NEM PODIA DE OUTRO MODO
EVITAR, DIREITO PRÓPRIO OU
ALHEIO, CUJO SACRIFÍCIO,
NAS CIRCUNSTÂNCIAS, NÃO ERA
RAZOÁVEL EXIGIR-SE.
CÓDIGO PENAL
ELEMENTOS DO ESTADO
DE NECESSIDADE
1 Situação de perigo atual

2 Perigo não causado pela vontade do agente

3 Finalidade de salvar direito próprio ou alheio

4 Inevitabilidade do perigo por outros meios

5 Razoabilidade no sacrifício

6 Razoabilidade no sacrifício

7 Conhecimento da situação justificante


ELEMENTOS:
1) Situação de perigo atual.
Consiste na exposição do bem jurídico a uma probabilidade imediata de dano.
Importante notar que o ataque de animais pode ser considerado uma situação de perigo atual que afasta a
ilicitude de eventual delito ambiental, contudo, caso o animal sirva como instrumento de alguém para atacar,
caberá legítima defesa.
2) Perigo não causado pela vontade do agente.
Prevalece na doutrina que o perigo não pode ser causado dolosamente pelo necessitado, o que significa que a
produção culposa do perigo não impede o estado de necessidade.
3) Finalidade de salvar direito próprio ou alheio.
O Código Penal prevê expressamente a possibilidade de estado de necessidade de terceiro.
4) Inevitabilidade do perigo por outros meios.
O sacrifício em estado de necessidade deve ser a única forma de salvar o direito ameaçado, ao contrário do que
ocorre com a legítima defesa, na qual é exigido apenas o uso moderado dos meios necessários.
5) Razoabilidade no sacrifício.

O art. 24 do Código Penal deixa claro que o sacrifício deve ser razoável.
O Código Penal adotou a teoria unitária que adere ao estado de necessidade apenas a natureza de

causa de justificação (excludente de ilicitude).


• Justificante: Bem jurídico sacrificado tem valor menor que o salvo.

6) Ausência de dever legal de enfrentar o perigo.


Tal requisito está no art. 24, § 1º do Código Penal.

Parte da doutrina afirma que o mencionado parágrafo se refere apenas aos garantidores previstos
no art. 13, § 2º, “a”, do CP. Desta forma, os garantidores, via de regra, não podem alegar o estado

de necessidade para deixar de cumprir o seu dever.


7) Conhecimento da situação justificante.

Por conta da influência do finalismo Welzeliano, todas as causas de justificação dependem de um


elemento subjetivo, consistente no conhecimento da situação justificante e na vontade de atuar

protegido pela descriminante.


SE VOCÊ DESENVOLVE
SUAS HABILIDADES
SOCIAIS,SEU TRABALHO
EM EQUIPE MELHORA.
VOCÊ ESTÁ CIENTE DOS
OUTROS E DE SUAS
NECESSIDADES EM UMA
CONVERSA OU RESOLUÇÃO
DE CONFLITO.

Isabel Meirelles
AGRESSÃO INJUSTA

LEGITIMA USO MODERADO DOS

DEFESA ATUAL OU
IMINENTE
MEIOS
NECESSÁRIOS
CONCEITO BÁSICO:
É a reação que visa repelir uma agressão injusta e que seja atual ou iminente, a direito próprio ou de
terceiro, através do uso moderado dos meios mais adequados.
Ação injusta:
Qualquer ação humana deliberadamente voltada contra um bem jurídico
de outrem. Todavia a agressão deve ser injusta, podendo ser
interpretada como ilícita. Logo, não cabe legítima defesa contra quem
está protegido por alguma excludente de ilicitude, desde que não haja
excesso durante o exercício das justificativas.

Legítima defesa recíproca: incompatível.


Legítima defesa sucessiva: compatível
Atualidade ou iminência da agressão:
O ataque deve estar ocorrendo no momento ou, pelo menos, prestes a
ocorrer

Legítima defesa contra agressão passada


não é permitido por se tratar de mera
vingança.
Uso moderado dos meios necessários:
Diz-se que meio necessário é o meio menos lesivo dentre aqueles
capazes de repelir a agressão.

O uso dos meios será moderado quando o defensor se limita


realizar os atos defensivos aptos a fastar uma agressão que
ainda é atual ou iminente.
Uso moderado dos meios necessários:
Diz-se que meio necessário é o meio menos lesivo dentre aqueles
capazes de repelir a agressão.

O uso dos meios será moderado quando o defensor se limita


realizar os atos defensivos aptos a fastar uma agressão que
ainda é atual ou iminente.
Pacote anticrime:
O pacote anticrime inclui um parágrafo único ao
artigo 25, incluindo a hípotese em que o agente
de segurança repele injusta agressão contra
vítima mantida refém.
Legítima defesa da honra:
Por unanimidade dos votos, o Supremo Tribunal Federal (STF)
declarou inconstitucional o uso da tese da legítima defesa da
honra em crimes de feminicídio ou de agressão contra mulheres.

A tese da “legítima defesa da honra” era utilizada em casos de


feminicídio ou agressões contra mulher para justificar o
comportamento do acusado. O argumento era de que o assassinato
ou a agressão eram aceitáveis quando a conduta da vítima
supostamente ferisse a honra do agressor.
ESTRITO CUMPRIMENTO
DE DEVER LEGAL
Compreende os fatos típicos praticados em obediência a um dever
imposto pelo ordenamento jurídico.

Requisitos:
I. Dever legal
II. Estrito cumprimento
Exemplos: Carcereiro e oficial de justiça
EXERCÍCIO REGULAR DE
DIREITO
Compreende a prática de fatos típicos em virtude de atividade
regulamentada pelo ordenamento jurídico.

Exemplos:
Esportes violentos (luta livre)
Mãe puxa a orelha da filha com animus correnti (ânimo de correção)

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