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PROCESSO PENAL

GAMIL FOPPEL

18/01

1. ILICITUDE

 Tipicidade é a adequação de um fato da vida à norma penal.


 Ilicitude ou antijuricidade é um juízo de valor que recai sobre o fato típico para
verificar se esse fato típico está autorizado pelo direito.

*OBS* O CONCEITO DE ILICITUDE, NÃO É EXCLUSIVO DE DIREITO PENAL,


POR ISSO, EM REGRA, UMA EXCLUSÃO DE ILICITUDE RECONHECIDA NO
CRIME PRODUZ COISA JULGADA EXTRA PENAL.

*OBS²* NO PROCESSO PENAL, O REU PODE APELAR DE DECISÕES


ABSOLVITÓRIAS. PORQUE O FUNDAMENTO DA ABSOLVIIÇÃO PODE SER
PIOR OU MELHOR.

 A EXCLUSÃO DE ILICITUDE ESTÁ NOS ARTS. 23, 24 E 25 DO CPC.

*OBS* O CONCENTIMENTO DO OFENDIDO É CAUSA SUPRALEGAL DE


EXCLUSÃO DE ILICITUDE

Requisitos do consentimento do ofendido:

1- Que o bem seja disponível (integridade física tem margens de


disponibilidade);
2- Que o consentimento seja válido;
3- Que o consentimento seja prévio ou, no máximo,
concomitante à lesão; Não existe consentimento
subsequente/posterior;
 ESTADO DE NECESSIDADE

No código há 4 possibilidade de excludente de ilicitude por estado de necessidade.

Art. 24, CPC.

1- Perigo atual - Estado de necessidade (atual, não iminente);


2- Que o perigo não tenha sido causado dolosamente;
3- Que não exista o dever legal de enfrentar o perigo (bombeiro, policial), exceto quando
não puder agir;
4- Que não haja outra forma de enfrentar o perigo, portanto, no estado de necessidade,
se o sujeito puder fugir, dele se exija a fuga;
5- Que o sujeito atue para defender direito próprio ou de terceiro
6- No estado de necessidade, o bem protegido deve ser de valor maior ou igual ao bem
sacrificado
7- Se o bem protegido for de valor menor ao bem sacrificado, há razoabilidade do
sacrifício

OBS. Chama-se de estado de necessidade real aquele em que todos


esses requisitos estejam atendidos.

OBS². Chama-se de putativo o estado de necessidade que só existe


na imaginação.

OBS³. Estado de necessidade esculpante que é supralegal (Se o bem


protegido for de valor menor ao bem sacrificado, há razoabilidade do
sacrifício). Não retira a ilicitude, retira a culpabilidade.

 LEGITIMA DEFESA, art. 25


1- Existência de uma agressão injusta, seja atual ou iminente. Pretérita, não;
2- Uso moderado dos meios necessários (proporcionalidade)
3- É permitido o excesso por medo e não por raiva
4- Que o sujeito atue para proteger/defender direito próprio ou de terceiro

OBS¹: Na legitima defesa, não se exige fuga.


OBS²: Também existe legitima defesa putativa (achava que estava
sendo agredido, quando na verdade não foi)
OBS³: Não existem legitimas defesas reais simultâneas mas existe
sucessivas
OBS: chamam-se de ofendículas os mecanismos predispostos de
defesa que podem ser usados desde que se tomem cuidados para
não lesar um terceiro inocente.
 ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL

1- É algo aplicado para funcionários públicos que tem que cumprir deveres derivados de
lei. Deve ser estrito.

 EXERCICIO LEGAL DE UM DIREITO


1- Não há crime se você está exercitando regularmente um direito.

2- CULPABILIDADE

É uma análise para verificar o autor do fato pode ter pena. Há três elementos:

1- Imputabilidade (capacidade criminal/de receber pena):


 Deve ser maior de 18/capacidade mental
 Emoção e paixão não exclui imputabilidade, mas
diminui a pena.
 Embriaguez/entorpecentes: se for embriaguez
intencional, responde pelo crime. Se for acidental, não
responde. Se for patológica, a culpabilidade fica afastada
pela doença. Se for preordenada, agrava.

2- Potencial conhecimento da ilicitude.

Erro de tipo é quando o indivíduo não sabe o que está fazendo.

Haverá erro de proibição quando o sujeito não souber que o que ele faz é errado.

3- Exigência de atuação conforme o direito

Não há crime quando o sujeito, pelo direito, pratique ato heroico

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