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DIREITO PENAL

Excludentes de ilicitude

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EXEMPLOS

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O estado de necessidade é uma hipótese de excludente de


ilicitude, ou ainda, uma justificante geral legal.

A doutrina destaca que as justificantes podem ser:

1. Justificantes gerais (aquelas apontadas pela parte


geral do Código Penal);
2. Justificantes especiais (aquelas apontadas no
PRÓPRIO CRIME em espécie).
As justificantes gerais podem ser:

1. Justificantes gerais legais;


2. Justificantes gerais supralegais.
Há, basicamente, 4 justificantes gerais legais:

1. Estado de necessidade (art. 23, I, CP);


2. Legítima defesa (art. 23, II, CP);
3. Estrito Cumprimento de Dever Legal (art. 23, III, CP);
4. Exercício Regular do Direito (art. 23, III, CP).

- ESTADO DE NECESSIDADE
- Art. 24, do CP.
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-
se.
CONCEITO

- Segundo o art. 24 do Código Penal, estado de necessidade é a


prática da conduta para evitar ou defender do perigo (não
causado por vontade própria), impedindo o sacrifício de direito
próprio ou alheio.

- Teoria Unitária
"Bem jurídico refere-se a valores ou interesses socialmente reconhecidos e protegidos
pelo direito, como vida, liberdade e propriedade, fundamentais para a ordem social”

- A teoria unitária determina que o Bem jurídico sacrificado seja de


igual valor ou inferior ao bem jurídico preservado aplica-se o estado
de necessidade.

Impõe que se o bem jurídico sacrificado for de maior valor que


o protegido?
- Se for maior, aplica-se a diminuição da pena, conforme o art. 24,
§2º, do CP
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá
ser reduzida de um a dois terços.

- Requisitos para que ocorra a Situação de Necessidade

1- Deve existir um perigo atual, ou iminente


2- Ameaça à Direito Próprio ou Alheio
3- Perigo Não Provocado Voluntariamente Pelo Agente
4- Não ter Dever Legal de Enfrentar o Perigo
5- Inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado
Perigo Atual: Deve existir um perigo atual, ou iminente, que
coloque em risco um bem jurídico relevante.

- Roubo de um barco em uma inundação.


- Atropelar um pedestre enquanto dirige para um hospital.

- Perigo Não Provocado Voluntariamente Pelo Agente


- -Não existe estado de necessidade quando o próprio agente é
causador do fato.
- Se o perigo foi causado pelo agente, não será ocasionado o
estado de necessidade, portanto o agente terá que responder pelos
fatos tanto dolosamente tanto culposamente.

- Fato Necessitado
- Inevitabilidade do perigo por outro modo.
- Proporcionalidade.
- Ameaça à Direito Próprio ou Alheio
- Pode se alegar o estado de necessidade tanto para proteger seu
bem jurídico, tanto para proteger outra pessoa, ou seja, terceiros.
- Não precisa ter grau de parentesco.
- Conduta que representa um perigo iminente de lesão ou violação
dos direitos de uma pessoa.
- Perigo Não Provocado Voluntariamente Pelo Agente
- -Não existe estado de necessidade quando o próprio agente é
causador do fato.
- Se o perigo foi causado pelo agente, não será ocasionado o
estado de necessidade, portanto o agente terá que responder pelos
fatos tanto dolosamente tanto culposamente.
- Ausência do Dever Legal de Enfrentar o Perigo
- Evitar que pessoas que tem o dever legal de enfrentar a situação
perigosa se esquivem de fazê-lo injustificadamente.

Em termos simples, para alegar estado de necessidade, é necessário


que o agente não tenha o dever legal de enfrentar o perigo que está
ocorrendo.

-não ser POLICIAL,SALVA-VIDAS,BOMBEIRO


- Art. 24, §1º, do CP
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo.

- Fato Necessitado

- Inevitabilidade do Perigo por Outro Modo

- Se o caso concreto, por permitir o afastamento do perigo por


qualquer outro meio, a ser aferido de acordo com o juízo do homem
médio e diverso da prática do fato típico, por ele deve optar o
agente.

- Proporcionalidade

- Relação de importância entre o bem jurídico sacrificado e o bem


jurídico preservado no caso concreto.

- Estado de Necessidade

- Justificante

- O bem sacrificado é de valor igual ou inferior ao preservado. Exclui


a ilicitude.

- Exculpante

- O bem sacrificado é de valor superior ao preservado. A ilicitude é


mantida, mas, no caso concreto, pode afastar a culpabilidade, em
face da inexigibilidade da conduta diversa.
o art. 24, § 2º, do Código Penal, nesses casos, aplica a pena do crime
consumado reduzida de 1/3 a 2/3.

- O Estado de Necessidade se comunica a todos os coautores e


partícipes.

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