Você está na página 1de 47

48

TEORIA E PRÁTICA
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PRODUÇÃO TEXTUAL
48

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

VOLUME II
CURSO DE FORMAÇÃO DE
ÁRBITRO EXTRAJUDICIAL
2018

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
PRODUÇÃO TEXTUAL

48
DIREITO PROCESSUAL CIVIL

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EXTRAJUDICIAL

2018
48
48

PRIMEIRA EDIÇÃO – 1261 – Exemplares distribuídos.

http://www.bookess.com/read/19760-direito-processual-alternativo-arbitragem-teoria-e-pratica/

Editora Free Virtual INESPEC – 2012

Fortaleza-Ceará - 1.a. Edição – Junho. Publicado: 10/03/2014

“No Direito Internacional Público, entre essas soluções encontram-se: o


sistema de consultas, os bons ofícios, a mediação, a conciliação e a
arbitragem. Já no Direito Internacional Privado, atualmente, a mais visada
é a arbitragem, embora também sejam muito utilizadas a mediação e a
conciliação”. – Trecho inserido em uma sentença do árbitro César
Venâncio.

Professor César Augusto Venâncio da Silva

Licença Creative Commons Attributions-Share Alike 2.5


Registro INPI 06589-1
48

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EM DIREITO.

Direito Arbitral

“Esse é o Volume II da Série Educação CONTINUADA. Curso de Direito


Processual Alternativo, Formação de Árbitro para a Justiça ARBITRAL. Hoje
no Direito Internacional Público, existem várias opções para as soluções de
conflitos, e a arbitragem se posiciona entre as mais aplicáveis por conta de
seus efeitos práticos de título executivo. Como asseverado no Volume I, no
Direito Internacional Privado, atualmente, a mais visada é a arbitragem”.
– Trecho inserido em uma sentença do árbitro César Venâncio.
48

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EM DIREITO.

Direito Arbitral

PLANO GERAL DA OBRA

Volume II

https://arbitragemead.blogspot.com/

O Projeto de livro esta assim proposta, com base na Lei Federal Nº 9.307, DE 23 DE
SETEMBRO DE 1996, complementada com a Lei Federal nº 13.129, de 2015, que dispõe
sobre a arbitragem.

Capítulo I - Da Arbitragem.

Capítulo II - Da Convenção de Arbitragem e seus Efeitos.

Capítulo III - Dos Árbitros.

Capítulo IV - Do Procedimento Arbitral.

CAPÍTULO V – Das Tutelas Cautelares e de Urgência na Prática da Arbitragem.

CAPÍTULO VI – Carta Arbitral.

Capítulo VII - Da Sentença Arbitral.

Capítulo VIII - Do Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras.

Capítulo IX - Das Normas da Arbitragem no Direito Internacional.

Capítulo X – Jurisprudência Brasileira na Teoria e Prática da Arbitragem.


48

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EM DIREITO.

Direito Arbitral

PLANO GERAL DA OBRA

Volume I

https://arbitragemead.blogspot.com/

Da Formatação do Volume II.

Da obra. Objetivo.

O presente e-book, VOLUME II em DIREITO PROCESSUAL CIVIL - ARBITRAGEM – Justiça


de fato e de direito, é parte integrante do Curso de Formação de Árbitros para os fins
de fomentação e aumento de especialistas em matéria processual envolvendo a
arbitragem.

Na verdade a ideia do INSTITUTO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA


através da COMISSÃO DE JUSTIÇA E CIDADANIA é criar uma organização de interesse
público para desenvolver a implantação de uma justiça alternativa.

Cada vez mais há a necessidade de implementação de instrumentos de pacificação


através de modos alternativos para solução de controvérsias.

A monografia VOLUME II é continuação da anterior, VOLUME I e visa proporcionar ao


aluno, através de informações técnicas-científicas e atualizadas, oportunidades de
aprendizagens sobre os fenômenos do desenvolvimento social no mundo jurídico, de
forma que ele possa estabelecer relações entre os mesmos, objetivando ainda a
compreensão da importância da ARBITRAGEM no mundo globalizado, em tempo que
o trabalho propicia o fornecimento de subsídios que facilitem o entendimento sobre a
origem deste instituto jurídico no Brasil, e a sua evolução até os dias atuais.

No Volume a abordagem segue o seguinte roteiro:


48

SUMÁRIO/PROGRAMA DO VOLUME I.

CAPÍTULOS I E II

No Volume apresentamos a programação:

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PRODUÇÃO TEXTUAL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EXTRAJUDICIAL

2013

CAPÍTULO I

Sumário do Primeiro Módulo

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PRODUÇÃO TEXTUAL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EXTRAJUDICIAL - 2013

CAPÍTULO I

Sumário do Primeiro Módulo

Introdução..........................................................................................................................

Conflito...........................................................................................................................
Kurt Lewin.......................................................................................................................

A Lei no Brasil..................................................................................................................

Cartas Forais...................................................................................................................

48
O Tribunal de Relação da Bahia..........................................................................................

Ruy Barbosa e a Constituição de 1891..............................................................................

Cronologia do Direito no Brasil e fatos políticos importantes............................................

O poder judiciário...............................................................................................................

Jurisdição..........................................................................................................................

Primeira instância..............................................................................................................

Segunda instância...............................................................................................................

Terceira Instância.............................................................................................................

A Arbitragem.....................................................................................................................

Nota do Autor....................................................................................................................

Arbitragem como meio de solução de conflitos.................................................................

Variáveis............................................................................................................................

Diferenças entre outros métodos de ADR.........................................................................

Arbitragem no Brasil..........................................................................................................

Nota do Autor..................................................................................................................

Jurisprudência Arbitral.....................................................................................................

Conclusão, identificação e interpretação do formato de uma decisão vertegada na


linha de jurisprudência.................................................................................................

Casos Práticos.....................................................................................................................
Pacta sunt servanda.........................................................................................................

Código de Processo Civil....................................................................................................

Conclusão.......................................................................................................................

48
FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO................................................

DA EXTINÇÃO DO PROCESSO.....................................................................................

Brasil: ratificação da convenção de Nova York..............................................................

NORMAS REGULAMENTADORA. LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996...............

Dispõe sobre a arbitragem...............................................................................................

Disposições Gerais.............................................................................................................

Da Convenção de Arbitragem e seus Efeitos......................................................................

Dos Árbitros........................................................................................................................

Do Procedimento
Arbitral...................................................................................................

Da Sentença Arbitral........................................................................................................

Do Reconhecimento e Execução de Sentenças..................................................................

Arbitrais Estrangeiras.........................................................................................................

Disposições Finais.............................................................................................................

Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras.

DECRETO Nº 4.311, DE 23 DE JULHO DE 2002 - Promulga a Convenção sobre o


Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras.................................

CONVENÇÃO SOBRE O RECONHECIMENTO E A EXECUÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS


ESTRANGEIRAS FEITAS EM NOVA YORK, EM 10 DE JUNHO DE
1958...................................................................................................................................
CONVENÇÃO INTERAMERICANA SOBRE ARBITRAGEM COMERCIAL
INTERNACIONAL...........................................................................................................

Promulga o Acordo sobre Arbitragem Comercial Internacional do Mercosul...................

DECRETO Nº 4.719, DE 4 DE JUNHO DE 2003. Promulga o Acordo sobre 48

Arbitragem Comercial Internacional do Mercosul............................................................

ACORDO SOBRE ARBITRAGEM COMERCIAL INTERNACIONAL DO MERCOSUL(A


República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a
República Oriental do Uruguai, "Estados-Partes").......................................................

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PRODUÇÃO TEXTUAL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EXTRAJUDICIAL

2013

CAPÍTULO II

Sumário do Segundo Módulo

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PRODUÇÃO TEXTUAL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EXTRAJUDICIAL - 2013

CAPÍTULO II

Sumário do Segundo Módulo

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PRODUÇÃO TEXTUAL
DIREITO PROCESSUAL CIVIL

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EXTRAJUDICIAL – 2013.

CAPÍTULO II

48
MEIOS DE RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS.........................................................

Introdução ao Direito Arbitral no


Brasil..............................................................................

MEIOS DE RESOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS.......................................................

Deste modo, é possível dividir em dois os grupos de solução de


conflitos.................................................................................................................

Rosemiro Pereira Leal..................................................................................................

FORMAÇÃO DE ÁRBITRO.........................................................................................

Hoje a Arbitragem estar presente em diversos seguimentos...........................................

Previc...............................................................................................................................

A autonomia para observar a indicação dos árbitros.......................................................

LEI Nº 12.154, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009.............................................................

Cria a Superintendência Nacional de Previdência Complementar.....................................

DAS COMPETÊNCIAS..................................................................................................

DA ESTRUTURA BÁSICA............................................................................................

DA DIRETORIA COLEGIADA.......................................................................................

DAS METAS DE GESTÃO............................................................................................

DOS BENS E DAS RECEITAS........................................................................................

DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE....................................................................


DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS.......................................................................................

.DO QUADRO DE PESSOAL E DOS SERVIDORES...........................................................

DISPOSIÇÕES GERAIS...............................................................................................

48
DA ADEQUAÇÃO DE NORMAS CORRELATAS......................................................................

II – MENSAGEM Nº 1.085, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009........................................


Razões dos vetos.......................................................................................................

III – DECRETO Nº 8.076, DE 14 DE AGOSTO DE 2013..................................................

Critérios e procedimentos................................................................................................

CONTROLE JURISDICIONAL......................................................................................

Conclusão......................................................................................................................

Estado.................................................................................................................................

O Estado e os três elementos.............................................................................................

Relações jurídicas..........................................................................................................

Os Elementos da Relação Jurídica..................................................................................

Os Sujeitos...................................................................................................................

O Fato Jurídico...............................................................................................................

A Garantia.......................................................................................................................

Autotutela......................................................................................................................

Da interpretação da lei...................................................................................................

Acórdão nº 05B2354 do Supremo Tribunal de Justiça, 21 de Dezembro de 2005.............

Resumo.......................................................................................................................

Mecanismo extrajudicial...............................................................................................
Direitos patrimoniais disponíveis...................................................................................

Direitos indisponíveis......................................................................................................

Entendendo o SISTEMA DE ARBITRAGEM...................................................................

48
Norma de 1850............................................................................................................

Determina a ordem do Juizo no Processo Commercial......................................................

DECRETO No 737, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1850.........................................................

PARTE PRIMEIRA........................................................................................................

Do Processo Commercial..................................................................................................

Do Juizo Commercial...................................................................................................

DA LEGISLAÇÃO COMMERCAL...................................................................................

DOS TRIBUNAES E JUIZES............................................................................................

DA JURISDICÇÃO COMMERClAL EM RAZÃO DAS PESSOAS E DOS ACTOS..........................

DA JURISDlCÇÃO COMMERCIAL EM RAZÃO SÓMENTE DOS ACTOS...................................

DA JURISDICÇÃO VOLUNTARIA E ADMINISTRATIVA DOS JUIZES DE DIREITO DO


COMMERCIO............................................................................................................

Da ordem do Juízo.......................................................................................................

DA CONCILIAÇÃO...........................................................................................................

DA CITAÇÃO.......................................................................................................................

DO FÔRO COMPETENTE.............................................................................................

DA ACÇÃO ORDINARIA E SUA PROPOSIÇÃO.................................................................

DAS EXCEPÇÕES...............................................................................................................

DA CONTESTAÇÃO........................................................................................................
DA RECONVENÇÃO.......................................................................................................

DA AUTORIA.................................................................................................................

DA OPPOSIÇÃO...........................................................................................................

48
DO ASSISTENTE...........................................................................................................

DA DILAÇÃO DAS PROVAS...........................................................................................

DAS PROVAS................................................................................................................

Dos instrumentos...............................................................................................................

Da
confissão........................................................................................................................

Do juramento supletório...............................................................................................

Das presunções...............................................................................................................

Do arbitramento...............................................................................................................

Do depoimento da parte....................................................................................................

Da vistoria...........................................................................................................................

Da prova dos usos commerciaes e do costume em geral...................................................

DAS ALEGAÇÕES FINAES..........................................................................................

DA SENTENÇA DEFINITIVA.......................................................................................

Das acções summarias........................................................................................................

Das acções epeciaes.........................................................................................................

DA ASSIGNAÇÃO DE DEZ DIAS.................................................................................

DO DEPOSITO.................................................................................................................

DO PENHOR......................................................................................................................
Da remissão do penhor.....................................................................................................

Excussão do penhor............................................................................................................

DAS SOLDADAS.............................................................................................................

48
DOS SEGUROS..............................................................................................................

Das acções executiva..........................................................................................................

Das cousas communs ás acções summarias, especiais e executivas..................................

Dos processos preparatorios, preventivos e incidentes.....................................................

DO EMBARGO OU ARRESTO.......................................................................................

DA DETENÇÃO PESSOAL............................................................................................

DA EXHIBIÇÃO................................................................................................................

DAS VENDAS JUDICIAES..............................................................................................

DOS PROTESTOS..............................................................................................................

Dos protestos formados a bordo........................................................................................

Dos protestos de letras.......................................................................................................

Dos protestos em geral..................................................................................................

DOS DEPOSITOS.....................................................................................................

DAS HABILITAÇÕES INCIDENTES NAS CAUSA COMMERCIAES......................................

DO EMBARGO, PENDENTE A LIDE............................................................................

Do Juizo arbitral..................................................................................................................

PARTE SEGUNDA......................................................................................................

Da execução..............................................................................................................

Do ingresso da execução..............................................................................................
DA EXTRACÇÃO DA SENTENÇA..................................................................................

DO JUIZ E PARTES COMPETENTES PARA A EXECUÇÃO..................................................

Das sentenças ilíquidas...................................................................................................

48
Das sentenças liquidas................................................................................................

DA NOMEAÇÃO.......................................................................................................

DA PENHORA..........................................................................................................

DA AVALIAÇÃO.......................................................................................................

DOS EDITAES E PREGÕES.............................................................................................

DA ARREMATAÇÃO.................................................................................................

DA ADJUDICAÇÃO...................................................................................................

Das sentenças sobre acção real, ou cousa certa, ou em espécie......................................

Dos embargos.....................................................................................................................

DOS EMBARGOS DO EXECUTADO..............................................................................

DOS EMBARGOS DE TERCEIRO.................................................................................

Das preferencias.................................................................................................................

PARTE TERCEIRA.........................................................................................................

Dos recursos.................................................................................................................

DOS EMBARGOS.......................................................................................................

DAS APPELLAÇÕES.................................................................................................

DA REVISTA.................................................................................................................

DOS AGGRAVOS......................................................................................................

Das nulidades.....................................................................................................................
DAS NULLIDADES DO PROCESSO................................................................................

DA NULLIDADE DA SENTENÇA....................................................................................

DA NULLIDADE DOS CONTRATOS COMMERCIAES.......................................................

48
Disposições
geraes..............................................................................................................

Ortografia textual em 1850. Análise.............................................................................

NOTA DO AUTOR EM RELAÇÃO ÀS NORMAS IMPRESSAS DAS PÁGINAS


291/408..............................................................................................................................

PESQUISE NO SITE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.......................................................

ORTOGRAFIA..........................................................................................................

A Reforma Ortográfica do Português.................................................................................

Referências.........................................................................................................................

DECRETO Nº 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008 - Promulga o Acordo Ortográfico da


Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990.............................

ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA.....................................................

Lei Federal nº. 5.765/1971.................................................................................................

Aprova alterações na ortografia da língua portuguêsa e dá outras providências..............

Conclusão...........................................................................................................................

REFERÊNCIA PARA PESQUISAS EXTRAORDINÁRIA...........................................................

Explicações.........................................................................................................................

Multimédia.........................................................................................................................
Opiniões.............................................................................................................................
Código Comercial de 1850..................................................................................................
LEI Nº 556, DE 25 DE JUNHO DE 1850...........................................................................

Lei nº 1350, de 1866 - Deroga o Juizo Arbitral necessario estabelecido pelo art. 20,
titulo unico do Codigo Commercial....................................................................................

DECRETO Nº 3.900, DE 26 DE JUNHO DE 1867. Regula o Juizo Arbitral do 48

Commercio.........................................................................................................................
Primórdios da formação do Estado Moderno o Direito Arbitral já
despontava.............................................................................................................

A instrumentalidade do processo, a solução dos litígios...................................................

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.............................................................................

Emenda Regimental n° 1, de 9 de março de 2010, que alterou o Regimento Interno do


Conselho Nacional de Justiça - Publicado no DJ-e, n° 60/2010, de 5 de abril de 2010, p.
2-
6.......................................................................................................................................

Decisões importantes para reflexão dos ocupantes do cargo de árbitro que exerçam
funções temporais de Juiz Arbitral para fins do art 18 da Lei Federal número
9307/1996................................................................................................................

CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM MEDIANTE CONVÊNIOS ENTRE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA


E ENTIDADES DE CLASSES PROFISSIONAIS.......................................................................

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ARBITRAL DE MEDIAÇÃO/CONCILIAÇÃO NO BRASIL E


MERCOSUL E DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ARBITRAL DO BRASIL E PAÍSES DO
MERCOSUL.................................................................................................................

A expedição de carteiras funcionais e documentos, por parte de entidades privadas de


mediação e
conciliação.......................................................................................................

RESOLUÇÃO N.º 75/2009-CNJ – ARBITRAGEM - NATUREZA JURISDICIONAL.....................

Conclusão...........................................................................................................................
Corte de Arbitragem de Goiás pode ser usada como modelo............................................

CNJ derruba decisão de Corte Arbitral de Goiânia.............................................................

CNJ acolhe pedido da OAB...........................................................................................

48
Observações importantes aos futuros Árbitros.................................................................

CNJ analisa uso de termos ilegais por parte de entidade de arbitragem..........................

Conselho Nacional de Justiça...........................................................................................

PEDIDO DE PROVIDêNCIAS.........................................................................................

CONHECIMENTO...........................................................................................................

MÉRITO......................................................................................................................

Dos Árbitros(CARGO)...................................................................................................

O árbitro é juiz (FUNÇÃO)..............................................................................................

ANEXO I......................................................................................................................

LEI No 5.700, DE 1 DE SETEMBRO DE 1971.................................................................

Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras


providências.......................................................................................................................

Disposição Preliminar........................................................................................................

Da forma dos Símbolos Nacionais......................................................................................

Dos Símbolos em Geral.......................................................................................................

Da Bandeira Nacional..................................................................................................

Do Hino Nacional..........................................................................................................

Das Armas Nacionais..........................................................................................................

Do Sêlo Nacional.............................................................................................................
Da Apresentação dos Símbolos Nacionais..........................................................................

Da Bandeira Nacional.........................................................................................................

Do Hino Nacional.........................................................................................................

48
Das Armas Nacionais....................................................................................................

Do Sêlo Nacional..........................................................................................................

Das Côres Nacionais......................................................................................................

Do respeito devido à Bandeira Nacional e ao Hino Nacional...........................................

Das Penalidades...........................................................................................................

Disposições Gerais.......................................................................................................

Lei Federal nº 8.421, de 1992.- Altera a Lei n° 5.700, de 1° de setembro de 1971, que
"dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais.....................................

ANEXO II..................................................................................................................

LEI Nº 6.206, DE 7 DE MAIO DE 1975. Dá valor de documento de identidade às


carteiras expedidas pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional e dá outras
providências.................................................................................................................

ANEXO III.................................................................................................................

LEI Nº 5.553, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1968 - Dispõe sobre a apresentação e uso de


documentos de identificação pessoal................................................................................

LEI Nº 9.453, DE 20 DE MARÇO DE 1997 - Acrescenta parágrafo ao art. 2° da Lei n°


5.553, de 6 de dezembro de 1968, que dispõe sobre a apresentação e uso de
documentos de identificação pessoal............................................................................

Arbitragem e credibilidade..........................................................................................

Dos Árbitros (CARGO).................................................................................................

Árbitro (FUNÇÃO).......................................................................................................
Empregos e Concursos Públicos.........................................................................................

Empregos públicos.......................................................................................................

Cargo público...............................................................................................................

48
Dos Árbitros........................................................................................................................

Nulidade de sentença do Juiz Arbitral..........................................................................

O Código Civil Brasileiro fixou os requisitos essenciais do compromisso arbitral............

DIREITO DEONTOLÓGICO NA ARBITRAGEM...............................................................

A responsabilidade criminal............................................................................................

A responsabilidade civil.................................................................................................

Atenção......................................................................................................................

Instituições arbitrais.......................................................................................................

Referência Constitucional da Arbitragem........................................................................

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004....................................

Referência bibliográfica.....................................................................................................

Dos crimes contra a Administração Pública....................................................................

A legalidade, devido processo legal.............................................................................

Direito Penal e Arbitragem............................................................................................

O Código Penal............................................................................................................

Anterioridade da Lei.....................................................................................................

DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA....................................................

DOS CRIMES PRATICADOS.........................................................................................

POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO.....................................................................................


CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL.......................................................................

Peculato......................................................................................................................

Peculato culposo...........................................................................................................

48
Peculato mediante erro de outrem..................................................................................

Inserção de dados falsos em sistema de informações......................................................

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações..............................

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento..............................................

Emprego irregular de verbas ou rendas públicas............................................................

Concussão....................................................................................................................

Excesso de exação..............................................................................................................

Corrupção passiva.........................................................................................................

Facilitação de contrabando ou descaminho.......................................................................

Prevaricação.................................................................................................................

Condescendência criminosa.........................................................................................

Advocacia administrativa............................................................................................

Violência arbitrária.........................................................................................................

Abandono de função....................................................................................................

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado..............................................

Violação de sigilo funcional................................................................................................

Violação do sigilo de proposta de concorrência.................................................................

Funcionário público.....................................................................................................

DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL.....


Usurpação de função pública.........................................................................................

Resistência....................................................................................................................

Desobediência..............................................................................................................

48
Desacato.......................................................................................................................

Tráfico de Influência..................................................................................................

Corrupção ativa...........................................................................................................

Contrabando ou descaminho.........................................................................................

Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência.....................................................

Inutilização de edital ou de sinal......................................................................................

Subtração ou inutilização de livro ou documento..............................................................

Sonegação de contribuição previdenciária.........................................................................

DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


ESTRANGEIRA.............................................................................................................

Corrupção ativa em transação comercial internacional....................................................

Tráfico de influência em transação comercial internacional..........................................

Funcionário público estrangeiro....................................................................................

DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA.................................................

Reingresso de estrangeiro expulso...................................................................................

Denunciação caluniosa..................................................................................................

Comunicação falsa de crime ou de contravenção..............................................................

Auto-acusação falsa........................................................................................................

Falso testemunho ou falsa perícia..................................................................................


Coação no curso do processo...........................................................................................

Exercício arbitrário das próprias razões...........................................................................

Fraude processual...........................................................................................................

48
Favorecimento pessoal.......................................................................................................

Favorecimento real......................................................................................................

Exercício arbitrário ou abuso de poder..........................................................................

Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança............................................

Evasão mediante violência contra a pessoa......................................................................

Arrebatamento de preso....................................................................................................

Motim de presos..........................................................................................................

Patrocínio infiel..........................................................................................................

Patrocínio simultâneo ou tergiversação..........................................................................

Sonegação de papel ou objeto de valor probatório..........................................................

Exploração de prestígio................................................................................................

Violência ou fraude em arrematação judicial...................................................................

Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito............................

Conclusão. Crimes contra a administração pública. Atuação MPE/MPF...........................

Nota do Autor..............................................................................................................

Constituição......................................................................................................................

Referência bibliográfica..................................................................................................

EXCEÇÕES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO ÁRBITRO (no exercício das funções,


Juiz)........................................................................................................................
Referência bibliográfica......................................................................................................

Arbitragem no Código Civil de 1916..................................................................................

ASPECTOS LEGISLATIVOS NACIONAIS..........................................................................

48
Referências legais/pesquisas.........................................................................................

Código Civil de 1916...................................................................................................

Norma referenciada no CCB de 1916................................................................................

Exercício de Análise.........................................................................................................

A arbitragem tenha condições de superar o processo estatal..........................................

Referências de pesquisas..............................................................................................

José Antônio Pimenta Bueno, Marquês de São Vicente (1803-1878)................................

Clóvis Beviláqua........................................................................................................

Referências bibliográficas...................................................................................................

Código Civil - Conclusão...............................................................................................

Arbitragem no Código de Processo Civil de 1939..............................................................

DECRETO-LEI Nº 1.965, DE 16 DE JANEIRO DE 1940. Prorroga o prazo para entrar em


vigor o Código de Processo Civil................................................................................

Código Processo Civil - Conclusão.................................................................................

O Código de Processo Civil de 1939 foi revogado pela LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO
DE 1973..................................................................................................................

Institui o Código de Processo Civil.....................................................................................

O CPC de 1973 definia a Arbitragem...............................................................................

O Anteprojeto de Arbitragem para 2013-2014. CPC REFORMADO................................


Ooutras regras estipuladas pelo projeto aprovado na comissão...................................

DIREITO E JUSTIÇA - Comissão especial aprova novo Código de Processo Civil.........

Destaques aprovados......................................................................................................

48
Comissão de juristas......................................................................................................

DIREITO E JUSTIÇA -Deputados defendem novo Código de Processo Civil.....................

Jurisprudência e ações repetidas...................................................................................

Efeito suspensivo...........................................................................................................

PL 8046/2010 Inteiro teor.............................................................................................

Apensados..................................................................................................................

Apensados ao PL 8046/2010 ( 8 )...................................................................................

Documentos Anexos e Referenciados...........................................................................

PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 166 de


2010...........................................................

A Arbitragem no Código Civil de 20102..............................................................................

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002........................................................................

Do Compromisso................................................................................................................

Referências em Nota do Autor...........................................................................................

CITAÇÕES E
REFERENCIAS...................................................................................................

Referências Bibliográficas...................................................................................................
48
48

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EM DIREITO.

Direito Arbitral

PLANO GERAL DA OBRA

https://arbitragemead.blogspot.com/

Volume II.

Objetivos específicos:

O objetivo do Volume II é abordar a teoria e prática da Arbitragem, e no Volume III


abordaremos a Jurisprudência e o Direito Comparado, bem como abordaremos e
apresentaremos as normas internacionais, aceitas no Brasil, em matéria de TRATADOS
INTERNACIONAIS DE ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO.

Este Volume vai atualizar a obra de 2014, publicada na Editora e-Book no link:

http://www.bookess.com/read/19760-direito-processual-alternativo-arbitragem-teoria-e-pratica/

PRIMEIRA EDIÇÃO – 1261 – Exemplares distribuídos. Editora Free Virtual INESPEC –


2012. Fortaleza-Ceará - 1.a. Edição – Junho. Publicado: 10/03/2014
48

CURSO DE FORMAÇÃO DE ÁRBITRO EM DIREITO.

Capítulo I - Da Arbitragem.
1 – Introdução.

Entendem os pesquisadores Taise Rabelo Dutra Trentin e Sandro Seixas


Trentin, que “A prática da arbitragem em fase da crise da jurisdição, leva ao
surgimento da arbitragem e da mediação como alternativa de acesso à justiça para o
48
tratamento dos conflitos”.

Para entender no mérito a evolução e importância da Arbitragem


Processual Civil, são relevantes verificar a questão da crise do Poder Judiciário, de
forma a procurar novas alternativas de resolução de conflitos.

O acesso à justiça está intimamente ligado aos desafios da sociedade atual,


uma vez que deságuam nas portas do Judiciário, e esse por sua vez encontra-se em
crise, devido à avalanche de questões complexas que exigem o seu posicionamento.

É fato que o Estado não tem conseguido colocar em prática o seu dever
constitucional de chamar para si as questões controvertidas e solucioná-las de forma
efetiva, buscando outros meios de resolução de conflitos. A mediação surge como uma
alternativa de solução do litígio, pois visa restaurar a comunicação entre as partes, de
modo que estas percebam por si mesmas qual é a melhor solução para ambas.

No Brasil a mediação está regulada pela lei federal:

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015.

Dispõ e sobre a mediaçã o entre particulares como


meio de soluçã o de controvérsias e sobre a
autocomposiçã o de conflitos no â mbito da
administraçã o pú blica; altera a Lei no 9.469, de 10
de julho de 1997, e o Decreto no 70.235, de 6 de
março de 1972; e revoga o § 2o do art. 6o da Lei
no 9.469, de 10 de julho de 1997.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso


Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1o Esta Lei dispõ e sobre a mediaçã o como meio de soluçã o de


controvérsias entre particulares e sobre a autocomposiçã o de
conflitos no â mbito da administraçã o pú blica. 
Pará grafo ú nico.  Considera-se mediaçã o a atividade técnica
exercida por terceiro imparcial sem poder decisó rio, que,
escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar
ou desenvolver soluçõ es consensuais para a controvérsia. 

CAPÍTULO I

DA MEDIAÇÃ O 
48

Seção I

Disposições Gerais 

Art. 2o A mediaçã o será orientada pelos seguintes princípios: 

I - imparcialidade do mediador; 

II - isonomia entre as partes; 

III - oralidade; 

IV - informalidade; 

V - autonomia da vontade das partes; 

VI - busca do consenso; 

VII - confidencialidade; 

VIII - boa-fé. 

§ 1o Na hipó tese de existir previsã o contratual de clá usula de


mediaçã o, as partes deverã o comparecer à primeira reuniã o de
mediaçã o. 

§ 2o Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de


mediaçã o. 

Art. 3o Pode ser objeto de mediaçã o o conflito que verse sobre


direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam
transaçã o. 

§ 1o A mediaçã o pode versar sobre todo o conflito ou parte dele. 

§ 2o O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas


transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do
Ministério Pú blico. 

Seção II

Dos Mediadores 

Subseção I

Disposições Comuns 
Art. 4o O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido pelas
partes.  

§ 1o O mediador conduzirá o procedimento de comunicaçã o entre


as partes, buscando o entendimento e o consenso e facilitando a
resoluçã o do conflito.  

§ 2o Aos necessitados será assegurada a gratuidade da mediaçã o. 


48

Art. 5o Aplicam-se ao mediador as mesmas hipó teses legais de


impedimento e suspeiçã o do juiz. 

Pará grafo ú nico.  A pessoa designada para atuar como mediador


tem o dever de revelar à s partes, antes da aceitaçã o da funçã o,
qualquer fato ou circunstâ ncia que possa suscitar dú vida
justificada em relaçã o à sua imparcialidade para mediar o conflito,
oportunidade em que poderá ser recusado por qualquer delas. 

Art. 6o O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado


do término da ú ltima audiência em que atuou, de assessorar,
representar ou patrocinar qualquer das partes. 

Art. 7o O mediador nã o poderá atuar como á rbitro nem funcionar


como testemunha em processos judiciais ou arbitrais pertinentes
a conflito em que tenha atuado como mediador. 

Art. 8o O mediador e todos aqueles que o assessoram no


procedimento de mediaçã o, quando no exercício de suas funçõ es
ou em razã o delas, sã o equiparados a servidor pú blico, para os
efeitos da legislaçã o penal. 

Subseção II

Dos Mediadores Extrajudiciais 

Art. 9o Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer


pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada
para fazer mediaçã o, independentemente de integrar qualquer
tipo de conselho, entidade de classe ou associaçã o, ou nele
inscrever-se. 

Art. 10.  As partes poderã o ser assistidas por advogados ou


defensores pú blicos. 

Pará grafo ú nico.  Comparecendo uma das partes acompanhada de


advogado ou defensor pú blico, o mediador suspenderá o
procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. 

Subseção III

Dos Mediadores Judiciais 

Art. 11.  Poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz,


graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de
instituiçã o reconhecida pelo Ministério da Educaçã o e que tenha
obtido capacitaçã o em escola ou instituiçã o de formaçã o de
mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formaçã o e
Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais,
observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho
Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça. 

Art. 12.  Os tribunais criarã o e manterã o cadastros atualizados dos


mediadores habilitados e autorizados a atuar em mediaçã o
judicial. 
48
o
§ 1  A inscriçã o no cadastro de mediadores judiciais será
requerida pelo interessado ao tribunal com jurisdiçã o na á rea em
que pretenda exercer a mediaçã o. 

§ 2o Os tribunais regulamentarã o o processo de inscriçã o e


desligamento de seus mediadores. 

Art. 13.  A remuneraçã o devida aos mediadores judiciais será


fixada pelos tribunais e custeada pelas partes, observado o
disposto no § 2o do art. 4o desta Lei. 

Seção III

Do Procedimento de Mediação 

Subseção I

Disposições Comuns 

Art. 14.  No início da primeira reuniã o de mediaçã o, e sempre que


julgar necessá rio, o mediador deverá alertar as partes acerca das
regras de confidencialidade aplicá veis ao procedimento. 

Art. 15.  A requerimento das partes ou do mediador, e com


anuência daquelas, poderã o ser admitidos outros mediadores
para funcionarem no mesmo procedimento, quando isso for
recomendá vel em razã o da natureza e da complexidade do
conflito. 

Art. 16.  Ainda que haja processo arbitral ou judicial em curso, as


partes poderã o submeter-se à mediaçã o, hipó tese em que
requererã o ao juiz ou á rbitro a suspensã o do processo por prazo
suficiente para a soluçã o consensual do litígio. 

§ 1o É irrecorrível a decisã o que suspende o processo nos termos


requeridos de comum acordo pelas partes.  

§ 2o A suspensã o do processo nã o obsta a concessã o de medidas


de urgência pelo juiz ou pelo á rbitro. 

Art. 17.  Considera-se instituída a mediaçã o na data para a qual for


marcada a primeira reuniã o de mediaçã o. 

Pará grafo ú nico.  Enquanto transcorrer o procedimento de


mediaçã o, ficará suspenso o prazo prescricional. 
Art. 18.  Iniciada a mediaçã o, as reuniõ es posteriores com a
presença das partes somente poderã o ser marcadas com a sua
anuência. 

Art. 19.  No desempenho de sua funçã o, o mediador poderá reunir-


se com as partes, em conjunto ou separadamente, bem como
solicitar das partes as informaçõ es que entender necessá rias para
facilitar o entendimento entre aquelas. 
48
Art. 20.  O procedimento de mediaçã o será encerrado com a
lavratura do seu termo final, quando for celebrado acordo ou
quando nã o se justificarem novos esforços para a obtençã o de
consenso, seja por declaraçã o do mediador nesse sentido ou por
manifestaçã o de qualquer das partes. 

Pará grafo ú nico.  O termo final de mediaçã o, na hipó tese de


celebraçã o de acordo, constitui título executivo extrajudicial e,
quando homologado judicialmente, título executivo judicial.  

Subseção II

Da Mediação Extrajudicial 

Art. 21.  O convite para iniciar o procedimento de mediaçã o


extrajudicial poderá ser feito por qualquer meio de comunicaçã o e
deverá estipular o escopo proposto para a negociaçã o, a data e o
local da primeira reuniã o. 

Pará grafo ú nico.  O convite formulado por uma parte à outra


considerar-se-á rejeitado se nã o for respondido em até trinta dias
da data de seu recebimento. 

Art. 22.  A previsã o contratual de mediaçã o deverá conter, no


mínimo:  

I - prazo mínimo e má ximo para a realizaçã o da primeira reuniã o


de mediaçã o, contado a partir da data de recebimento do convite; 

II - local da primeira reuniã o de mediaçã o; 

III - critérios de escolha do mediador ou equipe de mediaçã o; 

IV - penalidade em caso de nã o comparecimento da parte


convidada à primeira reuniã o de mediaçã o. 

§ 1o A previsã o contratual pode substituir a especificaçã o dos itens


acima enumerados pela indicaçã o de regulamento, publicado por
instituiçã o idô nea prestadora de serviços de mediaçã o, no qual
constem critérios claros para a escolha do mediador e realizaçã o
da primeira reuniã o de mediaçã o. 

§ 2o Nã o havendo previsã o contratual completa, deverã o ser


observados os seguintes critérios para a realizaçã o da primeira
reuniã o de mediaçã o: 
I - prazo mínimo de dez dias ú teis e prazo má ximo de três meses,
contados a partir do recebimento do convite; 

II - local adequado a uma reuniã o que possa envolver informaçõ es


confidenciais; 

III - lista de cinco nomes, informaçõ es de contato e referências


profissionais de mediadores capacitados; a parte convidada
poderá escolher, expressamente, qualquer um dos cinco 48
mediadores e, caso a parte convidada nã o se manifeste,
considerar-se-á aceito o primeiro nome da lista; 

IV - o nã o comparecimento da parte convidada à primeira reuniã o


de mediaçã o acarretará a assunçã o por parte desta de cinquenta
por cento das custas e honorá rios sucumbenciais caso venha a ser
vencedora em procedimento arbitral ou judicial posterior, que
envolva o escopo da mediaçã o para a qual foi convidada. 

§ 3o Nos litígios decorrentes de contratos comerciais ou


societá rios que nã o contenham clá usula de mediaçã o, o mediador
extrajudicial somente cobrará por seus serviços caso as partes
decidam assinar o termo inicial de mediaçã o e permanecer,
voluntariamente, no procedimento de mediaçã o. 

Art. 23.  Se, em previsã o contratual de clá usula de mediaçã o, as


partes se comprometerem a nã o iniciar procedimento arbitral ou
processo judicial durante certo prazo ou até o implemento de
determinada condiçã o, o á rbitro ou o juiz suspenderá o curso da
arbitragem ou da açã o pelo prazo previamente acordado ou até o
implemento dessa condiçã o. 

Pará grafo ú nico.  O disposto no caput nã o se aplica à s medidas de


urgência em que o acesso ao Poder Judiciá rio seja necessá rio para
evitar o perecimento de direito. 

Subseção III

Da Mediação Judicial 

Art. 24.  Os tribunais criarã o centros judiciá rios de soluçã o


consensual de conflitos, responsá veis pela realizaçã o de sessõ es e
audiências de conciliaçã o e mediaçã o, pré-processuais e
processuais, e pelo desenvolvimento de programas destinados a
auxiliar, orientar e estimular a autocomposiçã o. 

Pará grafo ú nico.  A composiçã o e a organizaçã o do centro serã o


definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas do
Conselho Nacional de Justiça. 

Art. 25.  Na mediaçã o judicial, os mediadores nã o estarã o sujeitos


à prévia aceitaçã o das partes, observado o disposto no art.
5o desta Lei.  

Art. 26.  As partes deverã o ser assistidas por advogados ou


defensores pú blicos, ressalvadas as hipó teses previstas nas Leis
nos 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de
2001. 
Pará grafo ú nico.  Aos que comprovarem insuficiência de recursos
será assegurada assistência pela Defensoria Pú blica. 

Art. 27.  Se a petiçã o inicial preencher os requisitos essenciais e


nã o for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz
designará audiência de mediaçã o. 

Art. 28.  O procedimento de mediaçã o judicial deverá ser


concluído em até sessenta dias, contados da primeira sessã o, salvo 48
quando as partes, de comum acordo, requererem sua
prorrogaçã o. 

Pará grafo ú nico.  Se houver acordo, os autos serã o encaminhados


ao juiz, que determinará o arquivamento do processo e, desde que
requerido pelas partes, homologará o acordo, por sentença, e o
termo final da mediaçã o e determinará o arquivamento do
processo. 

Art. 29.  Solucionado o conflito pela mediaçã o antes da citaçã o do


réu, nã o serã o devidas custas judiciais finais. 

Seção IV

Da Confidencialidade e suas Exceções 

Art. 30.  Toda e qualquer informaçã o relativa ao procedimento de


mediaçã o será confidencial em relaçã o a terceiros, nã o podendo
ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as
partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua
divulgaçã o for exigida por lei ou necessá ria para cumprimento de
acordo obtido pela mediaçã o. 

§ 1o O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, à s partes,


a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a outras
pessoas de sua confiança que tenham, direta ou indiretamente,
participado do procedimento de mediaçã o, alcançando: 

I - declaraçã o, opiniã o, sugestã o, promessa ou proposta formulada


por uma parte à outra na busca de entendimento para o conflito; 

II - reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do


procedimento de mediaçã o; 

III - manifestaçã o de aceitaçã o de proposta de acordo apresentada


pelo mediador; 

IV - documento preparado unicamente para os fins do


procedimento de mediaçã o. 

§ 2o A prova apresentada em desacordo com o disposto neste


artigo nã o será admitida em processo arbitral ou judicial. 

§ 3o Nã o está abrigada pela regra de confidencialidade a


informaçã o relativa à ocorrência de crime de açã o pú blica. 
§ 4o A regra da confidencialidade nã o afasta o dever de as pessoas
discriminadas no caput prestarem informaçõ es à administraçã o
tributá ria apó s o termo final da mediaçã o, aplicando-se aos seus
servidores a obrigaçã o de manterem sigilo das informaçõ es
compartilhadas nos termos do art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de
outubro de 1966 - Có digo Tributá rio Nacional. 

Art. 31.  Será confidencial a informaçã o prestada por uma parte


em sessã o privada, nã o podendo o mediador revelá -la à s demais, 48
exceto se expressamente autorizado. 

CAPÍTULO II

DA AUTOCOMPOSIÇÃ O DE CONFLITOS EM QUE FOR PARTE


PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚ BLICO 

Seção I

Disposições Comuns 

Art. 32.  A Uniã o, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderã o criar câ maras de prevençã o e resoluçã o administrativa
de conflitos, no â mbito dos respectivos ó rgã os da Advocacia
Pú blica, onde houver, com competência para: 

I - dirimir conflitos entre ó rgã os e entidades da administraçã o


pú blica; 

II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resoluçã o de


conflitos, por meio de composiçã o, no caso de controvérsia entre
particular e pessoa jurídica de direito pú blico; 

III - promover, quando couber, a celebraçã o de termo de


ajustamento de conduta. 

§ 1o O modo de composiçã o e funcionamento das câ maras de que


trata o caput será estabelecido em regulamento de cada ente
federado. 

§ 2o A submissã o do conflito à s câ maras de que trata o caput é


facultativa e será cabível apenas nos casos previstos no
regulamento do respectivo ente federado. 

§ 3o Se houver consenso entre as partes, o acordo será reduzido a


termo e constituirá título executivo extrajudicial. 

§ 4o Nã o se incluem na competência dos ó rgã os mencionados


no caput deste artigo as controvérsias que somente possam ser
resolvidas por atos ou concessã o de direitos sujeitos a autorizaçã o
do Poder Legislativo. 

§ 5o Compreendem-se na competência das câ maras de que trata


o caput a prevençã o e a resoluçã o de conflitos que envolvam
equilíbrio econô mico-financeiro de contratos celebrados pela
administraçã o com particulares. 
Art. 33.  Enquanto nã o forem criadas as câ maras de mediaçã o, os
conflitos poderã o ser dirimidos nos termos do procedimento de
mediaçã o previsto na Subseçã o I da Seçã o III do Capítulo I desta
Lei. 

Pará grafo ú nico.  A Advocacia Pú blica da Uniã o, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios, onde houver, poderá instaurar,
de ofício ou mediante provocaçã o, procedimento de mediaçã o
coletiva de conflitos relacionados à prestaçã o de serviços pú blicos. 48

Art. 34.  A instauraçã o de procedimento administrativo para a


resoluçã o consensual de conflito no â mbito da administraçã o
pú blica suspende a prescriçã o. 

§ 1o Considera-se instaurado o procedimento quando o ó rgã o ou


entidade pú blica emitir juízo de admissibilidade, retroagindo a
suspensã o da prescriçã o à data de formalizaçã o do pedido de
resoluçã o consensual do conflito. 

§ 2o Em se tratando de matéria tributá ria, a suspensã o da


prescriçã o deverá observar o disposto na Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966 - Có digo Tributá rio Nacional. 

Seção II

Dos Conflitos Envolvendo a Administração Pública Federal


Direta, suas Autarquias e Fundações 

Art. 35.  As controvérsias jurídicas que envolvam a administraçã o


pú blica federal direta, suas autarquias e fundaçõ es poderã o ser
objeto de transaçã o por adesã o, com fundamento em: 

I - autorizaçã o do Advogado-Geral da Uniã o, com base na


jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal ou de
tribunais superiores; ou 

II - parecer do Advogado-Geral da Uniã o, aprovado pelo


Presidente da Repú blica. 

§ 1o Os requisitos e as condiçõ es da transaçã o por adesã o serã o


definidos em resoluçã o administrativa pró pria. 

§ 2o Ao fazer o pedido de adesã o, o interessado deverá juntar


prova de atendimento aos requisitos e à s condiçõ es estabelecidos
na resoluçã o administrativa. 

§ 3o A resoluçã o administrativa terá efeitos gerais e será aplicada


aos casos idênticos, tempestivamente habilitados mediante
pedido de adesã o, ainda que solucione apenas parte da
controvérsia. 

§ 4o A adesã o implicará renú ncia do interessado ao direito sobre o


qual se fundamenta a açã o ou o recurso, eventualmente
pendentes, de natureza administrativa ou judicial, no que tange
aos pontos compreendidos pelo objeto da resoluçã o
administrativa. 
§ 5o Se o interessado for parte em processo judicial inaugurado
por açã o coletiva, a renú ncia ao direito sobre o qual se
fundamenta a açã o deverá ser expressa, mediante petiçã o dirigida
ao juiz da causa. 

§ 6o A formalizaçã o de resoluçã o administrativa destinada à


transaçã o por adesã o nã o implica a renú ncia tá cita à prescriçã o
nem sua interrupçã o ou suspensã o. 
48
Art. 36.  No caso de conflitos que envolvam controvérsia jurídica
entre ó rgã os ou entidades de direito pú blico que integram a
administraçã o pú blica federal, a Advocacia-Geral da Uniã o deverá
realizar composiçã o extrajudicial do conflito observada os
procedimentos previstos em ato do Advogado-Geral da Uniã o. 

§ 1o Na hipó tese do caput, se nã o houver acordo quanto à


controvérsia jurídica, caberá ao Advogado-Geral da Uniã o dirimi-
la, com fundamento na legislaçã o afeta. 

§ 2o Nos casos em que a resoluçã o da controvérsia implicar o


reconhecimento da existência de créditos da Uniã o, de suas
autarquias e fundaçõ es em face de pessoas jurídicas de direito
pú blico federais, a Advocacia-Geral da Uniã o poderá solicitar ao
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestã o a adequaçã o
orçamentá ria para quitaçã o das dívidas reconhecidas como
legítimas. 

§ 3o A composiçã o extrajudicial do conflito nã o afasta a apuraçã o


de responsabilidade do agente pú blico que deu causa à dívida,
sempre que se verificar que sua açã o ou omissã o constitui, em
tese, infraçã o disciplinar. 

§ 4o Nas hipó teses em que a matéria objeto do litígio esteja sendo


discutida em açã o de improbidade administrativa ou sobre ela
haja decisã o do Tribunal de Contas da Uniã o, a conciliaçã o de que
trata o caput dependerá da anuência expressa do juiz da causa ou
do Ministro Relator.  

Art. 37.  É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios, suas autarquias e fundaçõ es pú blicas, bem como à s
empresas pú blicas e sociedades de economia mista federais,
submeter seus litígios com ó rgã os ou entidades da administraçã o
pú blica federal à Advocacia-Geral da Uniã o, para fins de
composiçã o extrajudicial do conflito. 

Art. 38.  Nos casos em que a controvérsia jurídica seja relativa a


tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil ou a créditos inscritos em dívida ativa da Uniã o: 

I - nã o se aplicam as disposiçõ es dos incisos II e III do caput do art.


32; 

II - as empresas pú blicas, sociedades de economia mista e suas


subsidiá rias que explorem atividade econô mica de produçã o ou
comercializaçã o de bens ou de prestaçã o de serviços em regime de
concorrência nã o poderã o exercer a faculdade prevista no art. 37; 
III - quando forem partes as pessoas a que alude o caput do art.
36: 

a) a submissã o do conflito à composiçã o extrajudicial pela


Advocacia-Geral da Uniã o implica renú ncia do direito de recorrer
ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais; 

b) a reduçã o ou o cancelamento do crédito dependerá de


manifestaçã o conjunta do Advogado-Geral da Uniã o e do Ministro 48
de Estado da Fazenda.  

Pará grafo ú nico.  O disposto no inciso II e na alínea a do inciso III


nã o afasta a competência do Advogado-Geral da Uniã o prevista
nos incisos X e XI do art. 4º da Lei Complementar nº 73, de 10 de
fevereiro de 1993. 

Pará grafo ú nico.  O disposto neste artigo nã o afasta a competência


do Advogado-Geral da Uniã o prevista nos incisos VI, X e XI do art.
4o da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993, e na Lei
no 9.469, de 10 de julho de 1997 .           (Redaçã o dada pela Lei nº
13.327, de 2016)      (Produçã o de efeito)

Art. 39.  A propositura de açã o judicial em que figurem


concomitantemente nos polos ativo e passivo ó rgã os ou entidades
de direito pú blico que integrem a administraçã o pú blica federal
deverá ser previamente autorizada pelo Advogado-Geral da
Uniã o. 

Art. 40.  Os servidores e empregados pú blicos que participarem do


processo de composiçã o extrajudicial do conflito, somente
poderã o ser responsabilizados civil, administrativa ou
criminalmente quando, mediante dolo ou fraude, receberem
qualquer vantagem patrimonial indevida, permitirem ou
facilitarem sua recepçã o por terceiro, ou para tal concorrerem. 

CAPÍTULO III

DISPOSIÇÕ ES FINAIS 

Art. 41.  A Escola Nacional de Mediaçã o e Conciliaçã o, no â mbito


do Ministério da Justiça, poderá criar banco de dados sobre boas
prá ticas em mediaçã o, bem como manter relaçã o de mediadores e
de instituiçõ es de mediaçã o.  

Art. 42.  Aplica-se esta Lei, no que couber, à s outras formas


consensuais de resoluçã o de conflitos, tais como mediaçõ es
comunitá rias e escolares, e à quelas levadas a efeito nas serventias
extrajudiciais, desde que no â mbito de suas competências. 

Pará grafo ú nico.  A mediaçã o nas relaçõ es de trabalho será


regulada por lei pró pria. 

Art. 43.  Os ó rgã os e entidades da administraçã o pú blica poderã o


criar câ maras para a resoluçã o de conflitos entre particulares, que
versem sobre atividades por eles reguladas ou supervisionadas. 
Art. 44.  Os arts. 1o e 2o da Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997,
passam a vigorar com a seguinte redaçã o: 

“Art. 1o O Advogado-Geral da Uniã o, diretamente ou mediante


delegaçã o, e os dirigentes má ximos das empresas pú blicas
federais, em conjunto com o dirigente estatutá rio da á rea afeta ao
assunto, poderã o autorizar a realizaçã o de acordos ou transaçõ es
para prevenir ou terminar litígios, inclusive os judiciais. 
48
o
§ 1  Poderã o ser criadas câ maras especializadas, compostas por
servidores pú blicos ou empregados pú blicos efetivos, com o
objetivo de analisar e formular propostas de acordos ou
transaçõ es. 

§ 3o Regulamento disporá sobre a forma de composiçã o das


câ maras de que trata o § 1o, que deverã o ter como integrante pelo
menos um membro efetivo da Advocacia-Geral da Uniã o ou, no
caso das empresas pú blicas, um assistente jurídico ou ocupante de
funçã o equivalente. 

§ 4o  Quando o litígio envolver valores superiores aos fixados em


regulamento, o acordo ou a transaçã o, sob pena de nulidade,
dependerá de prévia e expressa autorizaçã o do Advogado-Geral
da Uniã o e do Ministro de Estado a cuja á rea de competência
estiver afeto o assunto, ou ainda do Presidente da Câ mara dos
Deputados, do Senado Federal, do Tribunal de Contas da Uniã o, de
Tribunal ou Conselho, ou do Procurador-Geral da Repú blica, no
caso de interesse dos ó rgã os dos Poderes Legislativo e Judiciá rio
ou do Ministério Pú blico da Uniã o, excluídas as empresas pú blicas
federais nã o dependentes, que necessitarã o apenas de prévia e
expressa autorizaçã o dos dirigentes de que trata o caput. 

§ 5o Na transaçã o ou acordo celebrado diretamente pela parte ou


por intermédio de procurador para extinguir ou encerrar
processo judicial, inclusive os casos de extensã o administrativa de
pagamentos postulados em juízo, as partes poderã o definir a
responsabilidade de cada uma pelo pagamento dos honorá rios
dos respectivos advogados.” (NR) 

“Art. 2o O Procurador-Geral da Uniã o, o Procurador-Geral Federal,


o Procurador-Geral do Banco Central do Brasil e os dirigentes das
empresas pú blicas federais mencionadas no caput do art.
1o poderã o autorizar, diretamente ou mediante delegaçã o, a
realizaçã o de acordos para prevenir ou terminar, judicial ou
extrajudicialmente, litígio que envolver valores inferiores aos
fixados em regulamento. 

§ 1o No caso das empresas pú blicas federais, a delegaçã o é restrita


a ó rgã o colegiado formalmente constituído, composto por pelo
menos um dirigente estatutá rio. 

§ 2o O acordo de que trata o caput poderá consistir no pagamento


do débito em parcelas mensais e sucessivas, até o limite má ximo
de sessenta. 

§ 3o O valor de cada prestaçã o mensal, por ocasiã o do pagamento,


será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidaçã o e de Custó dia - SELIC para títulos federais,
acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente
ao da consolidaçã o até o mês anterior ao do pagamento e de um
por cento relativamente ao mês em que o pagamento estiver
sendo efetuado.  

§ 4o Inadimplida qualquer parcela, apó s trinta dias, instaurar-se-á


o processo de execuçã o ou nele prosseguir-se-á , pelo saldo.” (NR) 
48
o
Art. 45.  O Decreto n  70.235, de 6 de março de 1972 , passa a
vigorar acrescido do seguinte art. 14-A: 

“Art. 14-A.  No caso de determinaçã o e exigência de créditos


tributá rios da Uniã o cujo sujeito passivo seja ó rgã o ou entidade de
direito pú blico da administraçã o pú blica federal, a submissã o do
litígio à composiçã o extrajudicial pela Advocacia-Geral da Uniã o é
considerada reclamaçã o, para fins do disposto no inciso III do art.
151 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Có digo Tributá rio
Nacional.”

Art. 46.  A mediaçã o poderá ser feita pela internet ou por outro
meio de comunicaçã o que permita a transaçã o à distância, desde
que as partes estejam de acordo.

Pará grafo ú nico.  É facultado à parte domiciliada no exterior


submeter-se à mediaçã o segundo as regras estabelecidas nesta
Lei.

Art. 47.  Esta Lei entra em vigor apó s decorridos cento e oitenta
dias de sua publicaçã o oficial.

Art. 48.  Revoga-se o § 2o do art. 6o da Lei no 9.469, de 10 de julho
de 1997.

Brasília, 26 de junho de 2015; 194o da Independência e 127o da


Repú blica.

DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Joaquim Vieira Ferreira Levy
Nelson Barbosa
Luís Inácio Lucena Adams

Este texto nã o substitui o publicado no DOU de 29.6.2015

A crise do judiciário.

Atualmente o Poder Judiciário vem enfrentando dificuldades de comportar


todas as demandas existentes, uma vez que o modelo tradicional de jurisdição carrega
consigo a conflituosidade, ou seja, há quem ganha e há quem perde a demanda e o
Poder Judiciário com sua atual estrutura, trata o conflito apenas superficialmente,
dirimindo controvérsias. Nem sempre resolve o verdadeiro conflito (BACELLAR, 1999.
p. 128). Ademais, é costume de a sociedade brasileira tratar das controvérsias como
uma disputa entre as partes em busca de uma decisão, mesmo que esta gere prejuízos
aos laços afetivos existentes entre elas. 48

O Poder Judiciário é um dos três poderes do Poder Judiciário, um dos três


poderes clássicos do Estado, vem assumindo uma função fundamental na efetivação
do Estado Democrático de Direito. Em tese e na prática, é o guardião da Constituição,
repousando na preservação dos valores e princípios que a fundamentam – cidadania,
dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, além do
pluralismo político (Art. 1º, CF/1988).

DA ARBITRAGEM.

1.1 - A ARBITRAGEM E SUA UTILIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para


dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. A administração pública
direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a
direitos patrimoniais disponíveis. Tal disposição está prevista na Lei Federal nº 13.129,
de 2015.

Neste livro temos, neste capítulo, o objetivo de apresentar a título de


discussão, o tema, específico a respeito do assunto arbitragem na administração
pública.

A arbitragem tem requisitos legais; constitucionalidade; possibilidade de


aplicação perante a Administração Pública, sobretudo em seus contratos, sempre à luz
do direito posto, da doutrina e da jurisprudência; por fim, apresenta-se neste livro um
principio para ciência do futuro árbitro em direito que é na prática, conforme a lei, Juiz
não togado(Art. 17. Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão
delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal.
Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a
recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário, Leis da Arbitragem - LEI FEDERAL Nº
9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996. Dispõe sobre a arbitragem.. LEI FEDERAL Nº
13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015. Altera a Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a
Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, para ampliar o âmbito de aplicação da
arbitragem e dispor sobre a escolha dos árbitros quando as partes recorrem a órgão
arbitral, a interrupção da prescrição pela instituição da arbitragem, a concessão de 48

tutelas cautelares e de urgência nos casos de arbitragem, a carta arbitral e a sentença


arbitral, e revoga dispositivos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996).

A crise do judiciário, marcada pela morosidade e inefetividade, é crescente


a busca por instrumentos alternativos de resolução de conflitos, sendo o instituto da
arbitragem um dos mais eficazes. Não obstante sua concretude é incomum sua
utilização, sobretudo no âmbito do direito público, o qual possui algumas
peculiaridades não observadas no direito privado, sobretudo em face dos princípios da
legalidade e da indisponibilidade do interesse público. Ao árbitro, que no exercício das
funções é “é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a
recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário”, deve para tanto, ter cultura jurídica
para examinar a questão da arbitragem à luz do direito posto e seu processo evolutivo,
da doutrina e da jurisprudência, sempre com uma visão crítica própria da dialética
jurídica.

A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para


a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou
transações. A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes.
Poderão, ainda, as partes escolherem livremente, as regras de direito que serão
aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem
pública. Poderão, também, as partes convencionarem que a arbitragem se realize com
base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais
de comércio. A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito
e respeitará o princípio da publicidade - Lei Federal nº 13.129, de 2015.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.

  Dispõe sobre a arbitragem.

O  PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Capítulo I
48

Disposições Gerais

Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da


arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais
disponíveis.

§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da


arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais
disponíveis.                           (Incluído pela Lei nº 13.129, de
2015)        (Vigência)

§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública


direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma
para a realização de acordos ou transações.                           (Incluído
pela Lei nº 13.129, de 2015)        (Vigência)

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério


das partes.

§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que


serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons
costumes e à ordem pública.

§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se


realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes
e nas regras internacionais de comércio.

§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre


de direito e respeitará o princípio da publicidade.(Incluído pela Lei nº
13.129, de 2015)        (Vigência)

Você também pode gostar