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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TCU – AUFC

PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

AULA 00
1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: princípios
fundamentais. 2 Aplicabilidade das normas constitucionais: normas de
eficácia plena, contida e limitada; normas programáticas.

I. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 14
II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ------------------------------------------------------------------------- 15
III. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS --------- 35
IV. ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO -------------------------------- 47
V. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 54
VI. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 61
VII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------- 62

Olá futuros Auditores Federais de Controle Externo!

Prontos para trabalhar em um dos melhores órgãos da Administração


Pública e para o SEU salário de R$ 11.256,83?

Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me


conheçam um pouco melhor. Meu nome é Roberto Troncoso, sou Auditor
Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União aprovado no
concurso de 2007 e pós-graduado em Auditoria e Controle da Gestão
Governamental. No Tribunal, exerço a função de Pregoeiro Oficial e Gerente de
Processos. Sou também professor de Direito Constitucional em cursos
preparatórios para concursos e palestrante de técnicas de aprendizagem
acelerada aplicadas a concursos públicos. Antes de trabalhar na Corte de
Contas, fui Agente da Polícia Federal e Técnico Judiciário do TJDFT.

Durante essa caminhada pelo mundo dos concursos, também fui aprovado
dentro das vagas para outros cargos, porém, sem assumi-los: Agente de
Polícia Federal Regional – 2004, Agente de Polícia Civil do DF – 2004,
Ministério das Relações Exteriores – Oficial de Chancelaria – 2004 e
Escriturário do BRB – 2001.

Pessoal, eu sou suspeito para falar de como é o trabalho e o dia-a-dia no


Tribunal de Contas da União. É simplesmente MARAVILHOSO! Lá você terá:

• Bons salários;

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• Ambiente de trabalho SENSACIONAL, com pessoas muito capacitadas;


• Jornada de 7 horas corridas;
• Banco de horas, o que te permite emendar vários feriados e te dá uma
enorme flexibilidade de horário para resolver assuntos pessoais;
• 60 dias de férias por ano (30 de férias, mais 30 de recesso);
• Um instituto que trata somente da capacitação dos servidores. Lá você
terá muitas oportunidades para estudar e se capacitar, fazer vários
cursos e treinamentos etc;
• Possibilidade de estudar e, em alguns casos, trabalhar fora do Brasil;
• A depender do setor e da atividade desempenhada, TELETRABALHO.
ISSO MESMO! VOCÊ PODE TRABALHAR EM CASA!
• Plano de saúde excelente quase todo pago pelo Tribunal;
• Restaurante, lanchonete, serviço médico, dentista e muito mais!

Estude muito porque vale a pena DEMAIS passar nesse concurso!

Meu querido aluno, eu vou te fazer um pedido agora: se você estiver com
pressa e tiver que pular alguma parte desse material, pule a parte relativa à
matéria. Mas por favor, LEIA E REFLITA SOBRE AS PRÓXIMAS PÁGINAS.
Elas economizarão um tempo precioso de suas vidas e podem ser o diferencial
entre o tão sonhado cargo de Auditor Federal de Controle Externo ou mais uma
reprovação.

"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma


árvore, passaria seis afiando meu machado."
(Abraham Lincoln)

Afiar o machado. É exatamente isso que faremos AGORA.

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O PROCESSO DE ESTUDO PARA CONCURSOS

Uma vez apresentados, gostaria de dizer para vocês que o processo de estudo
para concursos públicos pode ser dividido em três etapas: aprendizado do
conteúdo, revisão da matéria por meio de esquemas e mapas mentais e, por
fim, a aplicação do conhecimento e mensuração do nível de aprendizagem
por meio de resolução de exercícios e provas anteriores.

Nosso curso se dedica aos três passos:

Exposição teórica do conteúdo completo da matéria de forma


simples e objetiva, com a linguagem mais acessível possível.

Esquemas com a matéria abordada para facilitar o estudo e a


revisão.

Mais de 800 exercícios do CESPE resolvidos e comentados! De


forma complementar e quando necessário, vamos também resolver
exercícios de outras bancas, ok?

Não há exigência de conhecimentos prévios. O curso é voltado


tanto para o estudante que nunca estudou Direito Constitucional
quanto para o aluno mais avançado, que quer adquirir
conhecimentos profundos sobre o tema.

METODOLOGIA

Meu caro aluno e futuro Auditor Federal de Controle Externo, no


desenvolvimento desse material, para que você entenda melhor os conceitos,
utilizarei a linguagem mais fácil e acessível possível, sem me prender ao
“juridiquês”. No entanto, tenha em mente que a linguagem jurídica é muito
importante e é ela que provavelmente cairá em sua prova.

Primeiramente, farei a exposição do conteúdo. Logo em seguida, sempre que


necessário, trarei um esquema para que você possa revisar a matéria com
mais rapidez. Por último, trarei uma bateria de exercícios comentados
relacionados ao tema.

Em um primeiro momento, você poderá ficar apreensivo em relação ao número


de páginas de algumas das nossas aulas. No entanto, esse material foi

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desenvolvido para que a sua leitura flua tranquilamente e seja


bastante rápida. Para você ter uma ideia, na aula de hoje, teremos APENAS
14 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre
MUITOS exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as
questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a
leitura do material é bastante rápida e agradável!

COMO FAZER EXERCÍCIOS?

1- Faça as questões uma a uma e confira o gabarito IMEDIATAMENTE.


Caso tenha alguma dúvida, procure saná-la de pronto. Evite fazer
um bloco inteiro para somente depois conferir. Você acaba sem sanar
todas as suas dúvidas e perdendo informações valiosas.

2- Ao terminar a bateria, calcule quantos itens você acertou, quantos errou


e qual foi sua porcentagem de acertos (uma errada anula uma certa,
estilo Cespe, ok?, ainda que a prova seja de outra banca). Mas por que,
Roberto? Resposta: para saber a efetividade do seu estudo e para ter um
parâmetro de autoavaliação.

3- Faça e refaça várias vezes a mesma lista de exercícios. Dois


fatores são responsáveis pela memória solidificada. O primeiro é a
associação do conhecimento a uma forte emoção. É por isso que
sempre nos lembramos do primeiro beijo, do primeiro carro, ou da
primeira vez que nós.......você entendeu.... Como é difícil associar o
Direito a uma forte emoção, devemos recorrer ao próximo fator.

O segundo fator é a repetição. Quando repetimos tanto alguma ação


que ela se torna automática, aí sim, nosso conhecimento estará
solidificado. E é exatamente por isso que você deve revisar a
matéria várias vezes, fazer muitos exercícios e fazer as mesmas
listas várias vezes!

4- Quando atingir entre 80% e 90% (líquido), PARABÉNS! E VÁ ESTUDAR


OUTRA MATÉRIA! Não tente chegar aos 100%, pois o custo
benefício desse conhecimento é baixo. Lembre-se: seu objetivo é
passar na prova e não virar doutor em Direito Constitucional.

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Observe que o CESPE (sua banca examinadora) usa somente questões de


Certo ou Errado. Assim, treinaremos, na maioria das vezes, dessa forma. Até
mesmo porque, quando estamos fazendo exercícios de múltipla escolha, ao
marcarmos uma assertiva que temos certeza de estar certa, tendemos a
descartar automaticamente os demais itens da questão, ou, no mínimo,
analisamo-los de forma tendenciosa. Dessa forma, não fazemos o juízo de
valor mais adequado e, consequentemente, aprendemos menos.

COMO TORNAR SEU ESTUDO MAIS EFICIENTE

A grande maioria das pessoas não busca maneiras de se melhorar ou de


melhorar seu método de estudo. Assim, elas se esquecem de que, se
continuamos a ter sempre as mesmas ações, vamos obter sempre os mesmos
resultados...

“Insanidade é fazer sempre as mesmas


coisas esperando obter resultados diferentes”
(Albert Einstein)

Eu sei que é difícil sair da nossa zona de conforto. Mas é necessário que
façamos isso! Antes de continuar, assista a esse vídeo. Dura 6 minutos.
http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM.

Gostaram do vídeo? Muitas pessoas estudam para concursos públicos por dois,
três, quatro anos e não passam. Você sabe por quê? Será que essas pessoas
não são inteligentes?

Eu garanto que elas são inteligentes sim! E muito! Mas talvez o método de
estudo dessas pessoas não esteja sendo tão eficiente quanto poderia. Vou dar
algumas dicas para melhorar a qualidade do seu estudo. Esse método
funcionou até agora para mim e para TODOS os meus alunos que
estudaram dessa forma, sem exceções. Espero que ajude você
também.

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1. Coloque todo o seu conhecimento em apenas um lugar: no seu


caderno (ou mapa mental).

Tudo o que você aprender nas aulas presenciais, coloque no caderno.


Tudo o que você ler nos livros e for importante, coloque no caderno.
Todos os exercícios que você fizer e que a informação não esteja no
caderno, coloque lá. Até mesmo as aulas on-line, coloque tudo no seu
caderno (ou mapa mental).

Com o tempo, seu caderno vai ficar bastante completo e a informação


estará do seu jeito, com as suas palavras e com a sua cara.

2. Se for estudar pelo livro, leia-o apenas UMA vez e coloque a


informação no seu caderno.

É muito pouco produtivo ficar lendo ou revisando em livros. 100 páginas


de livro correspondem, em média a 10 de caderno. E é muito mais
rápido ler 10 páginas escritas do seu jeito do que 100 páginas de
linguagem rebuscada.

3. REVISE todo o seu caderno periodicamente (no mínimo três


vezes por mês, ou seja, a cada 10 dias).

O conhecimento é como um objeto colocado na superfície da água: ele


vai caindo devagar em direção ao fundo. Se aprendermos alguma coisa
nova e nunca mais usarmos esse conhecimento, nosso cérebro entende
que aquilo não é importante e descarta a informação. Dessa forma,
devemos então mesclar o estudo de novas matérias com as revisões do
que já foi estudado de forma a sempre deixar nosso conhecimento na
superfície e não deixarmos que ele afunde.

Por isso, a revisão periódica é FUNDAMENTAL! É aqui que você


realmente aprende e fortalece sua rede neural, fixando o conhecimento
no cérebro. Se você deixar para revisar na última hora, não vai adiantar
nada.

É exatamente assim que eu estudo: Aprendendo coisas novas, fazendo muitos


exercícios das mais variadas bancas e SEMPRE revisando o que eu já
aprendi. E, para que o estudo seja eficiente, devemos ter uma forma ágil de
resgatar e revisar a informação: o caderno ou o mapa mental.

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Revisar a matéria direto nos livros, mesmo com o realce / marca-texto /


sublinhados etc. não é a forma mais eficiente de resgatar a informação.

Vocês perceberão nas aulas (inclusive nessa), que eu uso esquemas em três
cores para sistematizar o conteúdo. O meu caderno é EXATAMENTE desse
jeito. Esses esquemas são praticamente a digitalização das minhas anotações.

CADERNO, ESQUEMAS E RESUMOS EFICIENTES

A "arte de fazer bons resumos" deve ser treinada e é uma habilidade que pode
ser desenvolvida. Muitas pessoas me perguntam sobre como fazer um bom
caderno; se é melhor fazê-lo em meio físico ou digital, sobre o tamanho
ideal...

Se os resumos no computador funcionam para você, não há problema algum.


Se o formato vai ser eletrônico ou físico, vai depender de pessoa para pessoa.
Os meus, por exemplo, eram físicos. Mas volto a dizer que não há problema
algum em ser eletrônico.

Quanto ao tamanho do seu caderno, acredito que um resumo de


aproximadamente 120 páginas para TODA a matéria de Direito Constitucional
está de bom tamanho. Mas lembre-se que DCO é uma matéria ENORME! Na
grande maioria das outras matérias, o seu resumo será bem menor que isso.

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O grande segredo dos resumos e esquemas é o seguinte:

1) Sempre coloque as palavras-chave. Retire todos (ou quase todos) os


conectores. Deixe somente a essência das informações;
2) Sempre use frases curtas;
3) Divida a informação: coloque uma ideia em cada frase e cada frase em
uma linha separada (na medida do possível). Assim, elas sempre ficarão
curtas e bem distribuídas;
A memória é composta por fragmentos. Se memorizarmos os fragmentos
mais importantes, teremos uma melhor compreensão do todo;
4) Faça uma diagramação visual. Jamais escreva em seu caderno de forma
linear, fica muito mais difícil resgatar a informação;
5) Use cores (sem exageros!). Cada cor deve ter um significado. Os
esquemas que trarei para vocês funcionam assim:
• Preto = estrutura
• Azul = informação
• Vermelho = realce (não necessariamente importante)

Se os seus esquemas contemplarem esses cinco passos, você já terá um


excelente resumo. Assim, um caderno eficaz é aquele que te permite:

a) Acessar a informação de maneira rápida (bateu o olho, viu preto, já


sabe que é estrutura!). É por isso que o tamanho não é tãããããão importante
assim. Se você revisa rápido 100 páginas, está tudo certo. Claro que também
não pode ficar grande demais...

b) Anotar de maneira rápida (por isso as frases curtas com a essência da


ideia).

Lembre-se de que ter um caderno muito bom e não revisá-lo, não


adianta NADA.

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FOCO NO ESTUDO

Um dos maiores conselhos que você pode receber de mim e da grande maioria
das pessoas que já passaram em um concurso público é o seguinte: O FOCO É
ESSENCIAL!

Não adianta nada ficar correndo atrás de edital. Foque em apenas um


concurso. É claro que você vai também fazer as outras provas que forem
aparecendo, mas o estudo deve sempre ser focado para apenas um concurso.

Quando digo foco, não quero dizer que temos que estudar 2, 3, 4 anos para
passar em um concurso. Uma pessoa pode estudar extremamente focada por 2
meses e passar em um excelente concurso. O que não costuma dar muito
certo é ficar correndo atrás de edital...

“Para quem não sabe para onde quer ir,


qualquer caminho serve”
(Lewis Carroll)

ESTUDE SEMPRE PARA ESSE CONCURSO

Outra coisa: eu ouço muita gente dizendo assim: “estou estudando para o
próximo concurso...é muita matéria....para esse não vai dar...mas já vou
adiantando o estudo né?...ahhh você sabe como é... é difícil né?....”

Jamais estude para o próximo concurso. Estude SEMPRE para ESSE


concurso! Se você fala para você mesmo que está estudando para o próximo,
seu cérebro recebe o seguinte comando: “não preciso aprender agora, pois
esse conhecimento não me será útil.”

Por outro lado, se você estudar para ESSE concurso, você dá o comando para
que o seu cérebro aprenda AGORA e não deixe nada para depois. Além disso,
se você diz para você mesmo que está estudando para ESSE concurso, as
suas atitudes são de alguém que vai passar NESSE concurso:

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• Quando eu tiver alguma dúvida, eu vou saná-la imediatamente, porque


eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso dessa informação AGORA:
eu vou passar NESSE concurso;

• Quando bater aqueeeeeela preguiça, eu vou resistir, porque eu sei que


não tenho mais tempo. Eu preciso estudar AGORA: eu vou passar
NESSE concurso;

• Quando eu for convidado para aquele churrasco ou aquela festa, eu vou


resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar
NESSE concurso;

• Quando os meus olhos estiverem ardendo e a minha cabeça, as costas, o


bumbum e até os fios de cabelo estiverem doendo, eu vou resistir,
porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE
concurso;

Se você estuda para ESSE concurso, as chances de tomar atitudes como essas
são infinitamente maiores. Estudar para o próximo concurso é o mesmo que se
enganar.

NÃO ACREDITE NO QUE VOCÊ ACABOU DE LER

Não acredite e nem duvide nessas e em outras técnicas repassadas por mim
ou por qualquer outro professor. TESTE você mesmo e veja se funciona ou
não.

Faço agora o meu segundo pedido a você: Teste direito! Faça bem feito!

RESPONDA AGORA ESSAS PERGUNTAS MÁGICAS:

• Se eu fosse fazer bem feito, como eu faria?


• Se eu fosse estudar PARA PASSAR, como é que eu estudaria?
• Se eu fosse estudar direito e para ESSE concurso, como é que eu
estudaria?
• Se eu fosse morrer se eu não passasse nesse concurso, como é
que eu agiria? Quais as atitudes que eu teria?

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Se você testar direito, do jeito que eu expliquei e mesmo assim tiver alguma
dúvida, critica ou sugestão, fique à vontade para me mandar um email
(robertoconstitucional@gmail.com). Tenho certeza de que essa troca de
experiências será muito enriquecedora para todos nós.

É justamente a atitude de se melhorar constantemente que te fará um


vencedor!

É como disse o vídeo: O que faz alguém ser bom em algo? Dedicação.
Trabalho duro. E fazer isso com a direção e metodologia corretas. Se você fizer
isso, de qualquer jeito, você será bom.

Mas o que faz alguém ser profissional em alguma coisa? É pegar aquela
pequena decisão que você tomou e executá-la, levando isso mais longe do que
a sua imaginação pode levar. É dedicar cada respiração do seu corpo, cada
pensamento, cada momento, para aquela causa. É dar absolutamente o seu
MELHOR e não se acomodar por nenhum motivo. Não é talento, não é
inteligência, é simplesmente, “o tamanho do seu apetite pelo sucesso”.

SUCESSO!!

Roberto Troncoso

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FALANDO SOBRE A SUA PROVA

A matéria de Direito Constitucional é de importância fundamental para a sua


aprovação. Ela está na parte de conhecimentos básicos e vale
aproximadamente 20% dessa prova objetiva. Dessa forma, você deve dar
muita atenção a essa disciplina!

O conteúdo do nosso curso se baseia no edital do último concurso. Se vocês já


tiveram a oportunidade de analisá-lo, verão que ele é bastante extenso, o que
requer um esforço extra da nossa parte. Vejam só o seu edital, na ordem em
que será visto em nossas aulas:

TCU – AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO

1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: princípios fundamentais. 2 Aplicabilidade das


Aula 00
normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada; normas programáticas.

Aula 01 11 Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais difusos e coletivos.

3 Direitos e garantias fundamentais: direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; partidos
Aula 02
políticos.

Aula 03 3 Direitos e garantias fundamentais: remédios constitucionais

4 Organização político-administrativa do Estado: Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal,
Aula 04
municípios e territórios.

6 Poder Executivo. Presidente, Vice-Presidente da República e Ministros de Estado. Atribuições e


Aula 05
responsabilidades. Poder regulamentar e medidas provisórias.

7 Poder Legislativo: estrutura, funcionamento e atribuições; fiscalização contábil, financeira e orçamentária;


Aula 06
comissões parlamentares de inquérito.

Aula 07 Processo legislativo

8 Poder Judiciário: disposições gerais; órgãos do Poder Judiciário: organização e competências; Conselho
Aula 08
Nacional de Justiça: composição e competências.

Aula 09 9 Funções essenciais à Justiça: Ministério Público; advocacia pública; defensoria pública.

Controle de constitucionalidade das leis. Emenda, reforma e revisão constitucional. Ação direta de
Aula 10
inconstitucionalidade. Ação declaratória de constitucionalidade. – Parte 1

Controle de constitucionalidade das leis. Emenda, reforma e revisão constitucional. Ação direta de
Aula 11
inconstitucionalidade. Ação declaratória de constitucionalidade. – Parte 2

10 Finanças Públicas. Normas gerais. Orçamento público. 12 Ordem econômica e financeira. Atividade
Aula 12
econômica do Estado. Princípios das atividades econômicas, propriedades da ordem econômica.

A programação será seguida com a maior fidelidade possível ao calendário e ao


conteúdo programático. No entanto, ela não será rígida e poderá haver

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alterações no decorrer do curso, especialmente no caso de publicação do


edital!

Abordaremos os pontos mais importantes e que, a nosso ver, têm maior


possibilidade de cair na sua prova.

Não trataremos do tema da Administração Pública: disposições gerais e dos


servidores públicos, uma vez que ele pertence à disciplina “Direito
Administrativo.”

Caso necessário, enviem suas dúvidas, sugestões, pedidos especiais,


comentários sobre o material etc. para o Fórum ou email
robertoconstitucional@gmail.com.

Confira os cursos de Direito Constitucional em mapas mentais no site do


Ponto dos Concursos e a nova coleção de MAPAS MENTAIS da editora
PONTO DOS CONCURSOS (http://cursos.pontodosconcursos.com.br/editora/editora.asp).

Conheçam também meu blog, com questões comentadas e dicas de concursos:


http://robertoconstitucional.blogspot.com.

Seja meu amigo no Facebook: https://www.facebook.com/betotroncoso

Twitter: @troncosoroberto

Finalizada a parte introdutória, vamos ao estudo!

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I. INTRODUÇÃO

Para melhor entendermos o que estamos estudando, é necessário que


coloquemos o conhecimento na “gaveta” correta do nosso cérebro. Assim,
sempre que estiver estudando algum conteúdo, é necessário saber em qual
parte do todo ele se encaixa. É como se, primeiramente, sobrevoássemos de
avião para ver o terreno em que vamos pisar. Uma vez visto o terreno de
cima, aí sim, pousamos e vamos ver as peculiaridades de cada pedacinho dele.

Essa é uma das possíveis estruturas do Direito Constitucional, observe-a bem


e sempre a utilize para se orientar em seus estudos.

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II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Meu caro aluno e futuro Auditor Federal de Controle Externo, quando se fala
em princípio, no que você pensa? Se você pensou: “início, acertou em cheio!
Os princípios são o início / de onde começam as coisas / as bases / os
fundamentos. Da mesma forma, os princípios fundamentais são as bases, os
pressupostos, os valores máximos, as diretrizes da República Federativa do
Brasil.

Os princípios podem estar escritos na Constituição (princípios explícitos), ou


podem ser interpretados a partir da leitura do texto constitucional (princípios
implícitos).

É nessa parte que a Constituição traça os esquemas gerais de organização do


Estado brasileiro. Além disso, ela nos fala:

• Quais são os princípios que devem ser seguidos quando o Brasil for se
relacionar com outros Estados?

• Quando o Brasil for elaborar alguma política pública, quais devem ser
seus objetivos?

• Quais as bases/os fundamentos da República Federativa do Brasil?

Vamos começar então:

1. FORMA DE ESTADO (FEDERAÇÃO) E A FORMA DE GOVERNO


(REPÚBLICA)

Os princípios fundamentais foram trazidos pela Constituição logo no início de


seu texto: nos artigos 1° ao 4°. No art. 1°, a CF estabelece a forma de
Estado (Federação) e a forma de Governo (República), além de enunciar
nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito.

Adicionalmente, o Brasil possui, como Sistema de Governo, o


presidencialismo.

Vamos devagar:

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• Forma de Estado é como ele se divide / se reparte. A federação


pressupõe uma unidade central, chamada União e outras unidades
autônomas descentralizadas (no caso do Brasil, estados e municípios). O
“oposto” da federação é o Estado Unitário.

• Forma de Governo é como os governantes se relacionam com seus


governados: res publica (coisa pública) significa que o governo é feito
para o povo e a “coisa” é do povo. O “oposto” da república é a
monarquia.

• Sistema de Governo e a forma como se relacionam os poderes


Legislativo e Executivo na governança. O presidencialismo é o sistema
onde o Poder Executivo possui maior “independência”, governando com
mais liberdade e com menos interferência do Legislativo. O “oposto” do
presidencialismo é o parlamentarismo.

2. FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Observe o art. 1º da Constituição:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela


Federação
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos (...)
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

Pronto! Você já acabou de aprender os FUNDAMENTOS da República Federativa


do Brasil (RFB). Para facilitar o seu estudo, existe um mnemônico para os
fundamentos (sílabas em vermelho no seu esquema): SO-CI-DI-VA-PLU

No entanto, para que você não confunda se o mnemônico é dos fundamentos


ou dos objetivos (estudaremos daqui a pouco) ou dos princípios nas relações
internacionais (também estudaremos daqui a pouco), basta colocar mais uma
sílaba no seu mnemônico. E ainda vai rimar!

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(leia as 3 primeiras sílabas e depois as 3 últimas, acentuando a letra “U”)

SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ
Fundamentos

3. TITULARIDADE DO PODER E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Observe agora o parágrafo único do art. 1º da CF88:

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o


exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
nos termos desta Constituição.

Nesse dispositivo, são trazidos mais dois princípios muito importantes: a


titularidade do poder (do povo) e o da democracia.

O Brasil é um Estado democrático de Direito: significa que o Estado brasileiro é


governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de
direito). O governo democrático é aquele em que o destinatário das políticas
públicas (o povo) participa de sua elaboração. A democracia se divide ainda
em:

a) Democracia Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o


próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é
típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 180
milhões de brasileiros mandando e-mails para se discutir como será a
atuação do governo na saúde, por exemplo).

b) Indireta: onde o povo elege os representantes e estes elaboram as


políticas públicas.

c) Semidireta ou participativa: é um misto da democracia direta e da


indireta. Nela, o povo elege os representantes e estes elaboram as
políticas públicas. Complementarmente, existem mecanismos para que o
povo também participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação
indireta, combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse
é o modelo adotado pelo Brasil.

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No art. 14, a CF diz como é que o povo exercerá diretamente o poder:

• Sufrágio universal
• Voto direto, secreto e igualitário
• Plebiscito
• Referendo
• Iniciativa popular de lei

Lembre-se:

• Forma de Estado: FEDERAÇÃO


• Forma de Governo: República
• Sistema de Governo: Presidencialismo
• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

4. SEPARAÇÃO DOS PODERES

Em seu artigo 2º, a Constituição nos traz um importante princípio: o da


separação dos poderes. Observe o referido artigo:

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Esse princípio, cuja origem remonta à Revolução Francesa e a Montesquieu, é


importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só
pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos.

Observe que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si.


Assim, não pode haver prevalência, subordinação ou hierarquia de um poder
sobre os outros sendo que eles devem operar de forma conjunta.

No entanto, não existe uma separação rígida e absoluta entre os poderes,


sendo que a própria Constituição prevê algumas interferências de uns nos
outros. Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexível e cada um exerce,
além de suas funções típicas, funções atípicas:

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• Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as


leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando
profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex:
quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas).

• Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas


exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando o Senado
Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e
II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto
administração pública, realiza licitações etc.).

• Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o


direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a
legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e
a administração (ex: quando atua enquanto administração pública,
realiza licitações etc.).

Vale ressaltar que, em regra, as funções típicas de cada Poder não podem ser
delegadas para os outros poderes (princípio da indelegabilidade). No
entanto, excepcionalmente, existem casos onde a delegação pode ser feita,
como na elaboração de Leis Delegadas, onde o Poder Legislativo delega ao
Poder Executivo a elaboração de uma lei.

Do princípio da separação dos poderes, surge um sistema chamado de


SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, também conhecido como checks
and balances. Segundo ele, os poderes, apesar de serem independentes
entre si, devem se contrabalancear para evitar excessos. Assim, cada poder
deve exercer suas funções e, ao mesmo tempo “fiscalizar e controlar” os
outros poderes, justamente para evitar abusos e excessos. Assim, a
Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram
na atuação uns dos outros, para evitar os desvios de conduta.

ATENÇÃO: o sistema de freios e contrapesos não retira a


independência (relativa) dos poderes.

• Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do


Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário.

• Ex. 2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus


atos pelo controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário.

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• Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder


Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa (art. 48, V). Quem elabora o decreto regulamentar
ou a lei delegada é o poder Executivo. Mas o Legislativo pode sustar
esses dois atos (se extrapolarem os limites).

• Ex. 4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal


Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Estão vendo? O STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem
escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que aprovar).
Assim como essas, existem uma série de “interferências” de um poder nos
outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo.

Por fim, lembre-se de que o DF não tem judiciário próprio, sendo o poder
judiciário do DF organizado e mantido pela União.

5. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

Continuando a leitura da Constituição, encontramos no artigo 3º os objetivos


fundamentais. Eles visam a assegurar a igualdade material (aquela “de
verdade”) aos brasileiros, possibilitando iguais oportunidades a fim de
concretizar a democracia econômica, social e cultural e tornar efetivo o
fundamento da dignidade da pessoa humana. Os objetivos fundamentais são
metas que o Estado brasileiro deve perseguir e alcançar. Observe:

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República


Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.

Fique atento! São 4 os objetivos e todos eles começam com um verbo!

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6. PRINCÍPIOS QUE REGEM O BRASIL EM SUAS RELAÇÕES


INTERNACIONAIS

No artigo 4º, a Constituição nos traz como o Brasil deve atuar quando for se
relacionar com outros Estados. Esses princípios podem ser divididos, para fins
didáticos, em 3 grupos:
- Independência nacional
- Autodeterminação dos povos
1 – Princípios ligados à
- Não-Intervenção
independência nacional
- Igualdade entre os Estados
- Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

2 – Princípios ligados - Prevalência dos direitos humanos


à pessoa humana - Concessão de asilo político

- Defesa da paz
3 – Princípios
- Solução pacífica dos conflitos
ligados à paz
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo

7. INTEGRAÇÃO DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA

Finalmente, o parágrafo único do art. 4° nos diz que o Brasil buscará a


integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina,
visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Observe que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural


dos povos da América LATINA! Não é América do Sul, não é do MERCOSUL e
não é da América! Essa questão cai bastante em provas!

ESQUEMATIZANDO:

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• Forma de Estado: FEDERAÇÃO


• Forma de Governo: República
• Sistema de Governo: Presidencialismo
• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.
• Fundamentos - soberania;
- cidadania
- dignidade da pessoa humana;
- valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
- pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

• Titularidade do Poder: POVO


• Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa:
- o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E
- Pelo povo (diretamente)

• Sufrágio universal
• Voto direto, secreto e igualitário
• Plebiscito
• Referendo
• Iniciativa popular de lei

• Separação - Sistema de freios e contrapesos


dos poderes - Os poderes são - independentes
- harmônicos entre si
- O judiciário do DF é organizado e mantido pela União (o DF não possui
judiciário próprio)
- Os poderes possuem funções típicas e atípicas
- Funções TÍPICAS - Executivo: Administração
- Judiciário: Jurisdição
- Legislativo - Legislar
- Fiscalizar

- construir uma sociedade livre, justa e solidária;


- garantir o desenvolvimento nacional;
Objetivos - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
fundamentais sociais e regionais;
- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

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Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais

- Independência nacional
- Autodeterminação dos povos
1 – Princípios ligados à
- Não-Intervenção
independência nacional
- Igualdade entre os Estados
- Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

2 – Princípios ligados - Prevalência dos direitos humanos


à pessoa humana - Concessão de asilo político

- Defesa da paz
3 – Princípios
- Solução pacífica dos conflitos
ligados à paz
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo

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EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) A garantia do


desenvolvimento nacional consiste em fundamento da República Federativa do
Brasil.

A garantia do desenvolvimento nacional é um dos objetivos


fundamentais e não um fundamento da RFB. Atenção!

Gabarito: Errado.

2. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia) O Brasil adota a forma de


governo, de acordo com o princípio republicano, em que o acesso aos cargos
públicos em geral é franqueado àqueles que preencham as condições de
capacidade previstas na CF ou em normas infraconstitucionais obedientes ao
texto constitucional.

A forma de governo é como os governantes se relacionam com seus


governados: res publica (coisa pública) significa que o governo é feito
para o povo e a “coisa” é do povo. As condições de elegibilidade estão
previstas no art. 14, que em seu §9º delega à lei complementar prever
casos de inelegibilidade a fim de proteger a probidade administrativa,
a moralidade para exercício do mandato e a normalidade e
legitimidade das eleições. Alguém se lembrou da Lei da Ficha Limpa aí?

Gabarito: Certo.

3. (CESPE - 2012 - MP - Analista de Infraestrutura) São fundamentos da


República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana e a autodeterminação dos povos.

A questão bem que tentou, mas não conseguiu nos enganar! A


autodeterminação dos povos é um princípio que rege o Brasil nas
relações internacionais e não um fundamento da RFB.

Gabarito: Errado.

4. (CESPE - 2012 - MP - Analista de Infraestrutura) Os princípios fundamentais da


Constituição Federal de 1988 (CF) designam as características mais essenciais
do Estado brasileiro.

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Isso aí!! Adorei essa questão, que poderia ser resolvida com o simples
raciocínio! Um princípio é o “início”, a “base”, o “ponto de partida” ou,
como a questão disse, “as características mais essenciais” do Brasil.

Gabarito: Certo.

5. (CESPE - 2012 - MP - Analista de Infraestrutura) O princípio da separação dos


Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado como rígido, uma vez que
todos os Poderes da República exercem apenas funções típicas

A separação dos poderes no Brasil é relativa. Isso significa que cada


poder exerce sua função típica e também funções atípicas (ou seja,
funções típicas de outros poderes).

Gabarito: Errado.

6. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e


Patrimônio) Os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais
incluem a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a
concessão de asilo político.

Isso aí! Vamos revisar os princípios que regem o Brasil nas suas
relações internacionais:

- Independência nacional
- Autodeterminação dos povos
1 – Princípios ligados à
- Não-Intervenção
independência nacional
- Igualdade entre os Estados
- Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

2 – Princípios ligados - Prevalência dos direitos humanos


à pessoa humana - Concessão de asilo político

- Defesa da paz
3 – Princípios
- Solução pacífica dos conflitos
ligados à paz
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo

Gabarito: Certo.

7. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e


Patrimônio) A CF consagra a prevalência da democracia representativa,

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fazendo apenas alusão à democracia direta, sem mencionar expressamente os


meios pelos quais a soberania popular poderá ser diretamente exercida.

A democracia no Brasil é a semidireta ou participativa. Isso quer dizer


que o poder é exercido pelo povo de duas formas: indireta (através
dos representantes do povo) ou direta, através do plebiscito;
referendo; sufrágio universal; voto direto, secreto e igualitário e da
iniciativa popular de lei. Observe:

• Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa:


- o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E
- Pelo povo (diretamente)

• Sufrágio universal
• Voto direto, secreto e igualitário
• Plebiscito
• Referendo
• Iniciativa popular de lei

Gabarito: Errado.

8. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) O princípio constitucional relativo à


autodeterminação dos povos garante aos estados federados o direito de se
dissociarem do Estado federal, se a população do estado assim o decidir
mediante plebiscito.

Só se for de jeito nenhum! Uma das características mais marcantes do


federalismo é a impossibilidade do direito de secessão (separação).
Assim, por exemplo, se o Estado do Rio Grande do Sul quiser se
separar do Brasil, isso não será possível.

A questão quis tentar nos confundir com o princípio da


autodeterminação dos povos, que, em palavras simples, é o seguinte:
“cada povo que se organize como bem entender e o Brasil não vai
interferir nos assuntos internos dos outros países”.

Gabarito: Errado.

9. (CESPE - 2012 - STJ - Todos os Cargos - Conhecimentos básicos) A não


intervenção, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, expressa,
assim como outros fundamentos, o poder supremo e independente do país.

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A não intervenção não é um fundamento, mas sim um princípio que


rege o Brasil em suas relações internacionais. Essa tava mole!

Gabarito: Errado.

10. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Administrativa) O princípio


federativo estabelece a forma de governo de um Estado.

A federação é uma forma de Estado e não a forma de governo! Cuidado


com os trocadilhos!

• Forma de Estado: FEDERAÇÃO


• Forma de Governo: República
• Sistema de Governo: Presidencialismo
• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

Gabarito: Errado.

11. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) O povo exerce o poder por meio de
representantes eleitos ou de forma direta, como nos casos de plebiscito e
referendo.

Isso aí! Essa é a democracia semidireta ou participativa. Vamos


revisar:

• Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa:


- o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E
- Pelo povo (diretamente)

• Sufrágio universal
• Voto direto, secreto e igualitário
• Plebiscito
• Referendo
• Iniciativa popular de lei

Gabarito: Certo.

12. (CESPE/Analista de Infraestrutura/MPOG/2010) A dignidade da pessoa


humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, bem como a
construção de sociedade livre, justa e solidária, figuram entre os fundamentos
da República Federativa do Brasil.

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A construção de sociedade livre, justa e solidária é um dos objetivos


fundamentais e não um fundamento. Vamos revisar os objetivos da
RFB:

- construiruma sociedade livre, justa e solidária;


- garantiro desenvolvimento nacional;
Objetivos - erradicara pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
fundamentais sociais e regionais;
- promovero bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Gabarito: Errado.

13. (CESPE/Analista de Infraestrutura/MPOG/2010) Em suas relações


internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, entre outros
princípios, pelo da igualdade entre os estados, da não intervenção e da
vedação à concessão de asilo político.

A concessão de asilo político é também um dos princípios que regem a


República Federativa do Brasil em suas relações internacionais (e não
a vedação ao asilo político, como afirma a questão).

Gabarito: Errado.

14. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo


objetivo é manter reunidas autonomias regionais.

Estão vendo como essa questão é recorrente? Por isso trouxe várias
desse tipo para você fixar! Lembre-se:

• Forma de Estado: FEDERAÇÃO


• Forma de Governo: República
• Sistema de Governo: Presidencialismo
• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

Gabarito: Errado.

15. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Apesar de a CF estabelecer que todo o poder


emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu exercício
diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos.

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No artigo 1º, parágrafo único, a Constituição diz que todo poder


pertence ao povo. Diz também que existem duas formas de exercício
do poder pelo povo:

• Indireta: quando o povo elege representantes e estes exercem o poder


(sempre representando o povo).
• Direta: quando o próprio povo exerce o poder sem intermediação de
ninguém. Isso ocorre das seguintes formas: sufrágio universal, voto
direto, secreto e igualitário, plebiscito, referendo e iniciativa popular de
lei.

Gabarito: Errado.

16. (CESPE/SECONT-ES/2009) O termo Estado republicano refere-se não apenas a


organizações institucionais, mas a um compromisso social com a coisa pública,
no exercício da tolerância, no respeito à identidade do homem, dentro do
prisma individual (pluralismo) e cultural.

A República (ou res pública = coisa pública) é a forma de governo


onde a vontade do Estado deve ser a vontade geral, de todos,
buscando um bem comum.

Gabarito: Certo.

17. (CESPE/TRT-17ª/2009) Constitui princípio que rege a República Federativa do


Brasil em suas relações internacionais a concessão de asilo político, vedada a
extradição.

De fato, a concessão de asilo político é um princípio que rege o Brasil


em suas relações internacionais. No entanto, a extradição de
estrangeiros é permitida.

Gabarito: Errado.

18. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma de Estado,


já que reconhece a junção das funções de chefe de Estado e chefe de governo
na figura do presidente da República.

A forma de Estado é a Federação. O presidencialismo é o sistema de


governo. Lembre-se:

• Forma de Estado: FEDERAÇÃO

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• Forma de Governo: República


• Sistema de Governo: Presidencialismo
• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

Gabarito: Errado.

19. (CESPE/TRT-17ª/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF),


todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de
representantes eleitos diretamente.

No artigo 1º, parágrafo único, a Constituição diz que todo poder


pertence ao povo. Diz também que existem duas formas de exercício
do poder pelo povo:

• Indireta: quando o povo elege representantes e estes exercem o poder


(sempre representando o povo).
• Direta: quando o próprio povo exerce o poder sem intermediação de
ninguém. Isso ocorre das seguintes formas: sufrágio universal, voto
direto, secreto e igualitário, plebiscito, referendo e iniciativa popular de
lei.

Gabarito: Errado.

20. (CESPE/Analista Judiciário/Área Administrativa/TRT 17ª Região/2009) Segundo


a CF, a República Federativa do Brasil deve buscar a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, com vistas à formação
de uma comunidade latino-americana de nações.

É a cópia do art. 4º parágrafo único da CF: “A República Federativa do


Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos
povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.”

Gabarito: Certo.

21. (CESPE/Assessor Técnico de Controle/TCE RN/2009) Constituem princípios que


regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais, entre
outros, a prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento
nacional e da autodeterminação dos povos.

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Garantir o desenvolvimento nacional é um dos OBJETIVOS e não um


dos princípios que regem a República Federativa do Brasil.

Gabarito: Errado.

22. (CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é formada pela união


indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos territórios.

Os territórios não são entes federados. A Constituição estabelece


apenas a união entre os Estados, Municípios e o DF. Observe o art. 1º:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos (...)”.

Gabarito: Errado.

23. (CESPE/Assessor Técnico de Controle/TCE RN/2009) Entre os objetivos da


República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do trabalho e da
livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e
o consequente crescimento do país.

Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são FUNDAMENTOS


da República Federativa do Brasil e não objetivos. Lembre-se:

• Fundamentos -soberania;
-cidadania
- dignidade da pessoa humana;
- valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
- pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

Gabarito: Errado.

24. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) São poderes da União, dos estados e do DF,


independentes e harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.

A questão cobra a literalidade do art. 2º da Constituição: “Art. 2º São


Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário”. Lembre-se: o DF não tem judiciário próprio,
sendo o poder judiciário do DF organizado e mantido pela União.

Gabarito: Errado.

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25. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A expressão “Estado Democrático de Direito”,


contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar
mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões
políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa,
pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

O “Estado Democrático de Direito” é o Estado que deve respeitar as


leis e a Constituição (que emanam da vontade do povo). Assim, o
Estado estará sempre obedecendo à vontade do povo em suas decisões
políticas.

Gabarito: Certo.

26. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina constitucional, cada um dos


poderes constituídos exerce uma função típica e exclusiva, afastando o
exercício por um poder de função típica de outro.

Cada poder realmente possui sua função típica. No entanto, todos eles
possuem funções atípicas. Assim, o poder executivo, por exemplo,
possui função típica de administrar e funções atípicas de julgar e
legislar. Dessa forma, nenhuma função é exercida com exclusividade,
como afirma a questão.

Gabarito: Errado.

27. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de Estado.

Segundo a doutrina, a República é uma forma de governo.

Gabarito: Errado.

28. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A federação é uma forma de governo.

A federação é uma forma de Estado.

Gabarito: Errado.

29. (CESPE/PGE-AL/2008) A CF, atenta às discussões doutrinárias


contemporâneas, não consigna que a divisão de atribuições estatais se faz em
três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

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O artigo 2º da Constituição estabelece o princípio da separação dos


poderes: “Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”

Gabarito: Errado.

30. (CESPE/Técnico de Nível Superior/Relações Internacionais /MS/2008) É


proibida a ingerência em assuntos internos de outros países, salvo em relação
a questões que se desenrolem no âmbito do MERCOSUL.

São princípios que regem o Brasil nas relações internacionais a


independência nacional, a nãoIntervenção e a autodeterminação dos
povos, dentre outros. Assim, o Brasil não deve se intrometer em
assuntos internos de outros países, sejam eles do MERCOSUL ou não.
Vamos relembrar os princípios que regem o Brasil nas relações
internacionais:

- Independência nacional
- Autodeterminação dos povos
1 – Princípios ligados à
- Não-Intervenção
independência nacional
- Igualdade entre os Estados
- Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

2 – Princípios ligados - Prevalência dos direitos humanos


à pessoa humana - Concessão de asilo político

- Defesa da paz
3 – Princípios
- Solução pacífica dos conflitos
ligados à paz
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo
Gabarito: Errado.

31. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo.


A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de
atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, contudo, não é
estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades
típicas de outro.

Cada poder realmente possui sua função típica. No entanto, todos eles
possuem funções atípicas. Assim, o poder executivo, por exemplo,
possui função típica de administrar e funções atípicas de julgar e
legislar. Dessa forma, nenhuma função é exercida com exclusividade.

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Gabarito: Certo.

32. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de governo na qual


há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas
de autonomia, e o poder público central, denominado União.

Realmente, a federação tem como características uma nítida separação


de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o
poder público central, denominado União. No entanto, a Federação é
uma Forma de Estado e não uma forma de Governo.

Gabarito: Errado.

33. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do


Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Dessa forma,
contraria a CF a exigência, contida em editais de concursos públicos, sem o
devido amparo legal, de limite de idade mínima ou máxima para inscrição.

Sem dúvida, é um dos objetivos da República Federativa do Brasil a


promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. No entanto,
podem haver diferenciações, desde que obedecidos os princípios da
razoabilidade e da legalidade. Assim, para que haja a exigência de
limite de idade mínima ou máxima para inscrição em concurso público,
devem ser obedecidos a razoabilidade e o princípio da legalidade.

Gabarito: Certo.

34. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) Os valores sociais do trabalho e da livre


iniciativa são fundamentos da República Federativa do Brasil.

Verdadeiramente, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa


são fundamentos da RFB. Lembre-se:

• Fundamentos -soberania;
-cidadania
- dignidade da pessoa humana;
- valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
- pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

Gabarito: Certo.
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III. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS


CONSTITUCIONAIS

Nós sabemos que a CF88 é uma constituição do tipo formal, onde só é


considerado “constituição” aquilo que está escrito em seu texto ou o que pode
ser depreendido de sua leitura. Assim, todas as normas presentes na
constituição possuem a mesma hierarquia e o mesmo status constitucional.

No entanto, algumas normas possuem mais eficácia do que outras. ATENÇÃO:


isso não significa que elas possuem hierarquia diferente, mas tão
somente que possuem mais efeitos!!

Todas as normas constitucionais possuem o mesmo status, não


havendo normas hierarquicamente superiores às outras.

As normas constitucionais podem ser classificadas, quanto à sua eficácia


(efeitos) em:

a) Normas de Eficácia Plena: possuem efeitos completos desde a edição


da CF88, não necessitando de regulamentação por parte de uma lei.

Exemplo: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5o,I).
Outro exemplo são os remédios constitucionais, como o Habeas Corpus
ou o Habeas Data.

b) Normas de Eficácia Contida ou Prospectiva: são normas que


possuem efeitos completos. No entanto, uma lei posterior pode limitar
seus efeitos. Assim, um efeito que antes era amplo, torna-se mais
limitado.

Exemplo: “livre exercício de profissão, nos termos da lei” (art. 5o, XIII).
Pode-se exercer qualquer tipo de profissão, independentemente de
autorização do governo ou de preenchimento de requisitos. No entanto,
uma lei posterior pode vir depois e exigir condições para o exercício da
profissão. Nesse caso, o direito que era amplo, passa a ser mais restrito.

Como exemplo, desde a promulgação da CF, qualquer um pode exercer a


profissão de borracheiro, sem ter que preencher nenhum requisito ou
obter autorização. No entanto, se uma lei for promulgada e regulamentar
a profissão de borracheiro, em tese, ela pode exigir que, a partir daquele

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momento, essa profissão só poderá ser exercida por profissional com


curso em engenharia mecânica. Estão vendo? Um direito que era
amplo passa a ser mais restrito.

c) Normas de eficácia Limitada ou de Aplicabilidade


mediata/reduzida/diferida: Não produz efeitos completos até que
norma infraconstitucional a regulamente. Geralmente, ela vem
acompanhada das expressões “nos termos da lei” ou “lei disporá sobre”.

Ex: art. 5o, VII – “é assegurada, nos termos da lei, a prestação de


assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação
coletiva”. A norma só terá efeitos completos quando uma lei
efetivamente regulamentar como será essa prestação de assistência
religiosa.

Uma observação importante é que as normas de eficácia limitada


possuem sim efeitos, eles apenas não são completos! Dessa forma,
essas normas possuem efeitos como servir de parâmetro para
interpretação constitucional, condicionar legislação futura a se adequar a
elas, servir de parâmetro para o controle de constitucionalidade e
estabelecer um dever para o legislador ordinário.

As normas de eficácia limitada ainda são divididas em normas


Programáticas e de Princípio Institutivo (ou organizativo). As
normas Programáticas são as que estabelecem princípios e programas a
serem implementados pelo Estado. Já as de princípio institutivo (ou
organizativas) são as que trazem esquemas gerais de estruturação de
instituições e órgãos.

Cuidado! Aplicabilidade imediata não é o mesmo que norma de eficácia plena.


José Afonso da Silva classifica as normas assim:

1 - Normas de aplicabilidade imediata e eficácia plena

2 - Normas de aplicabilidade imediata e eficácia contida

3 - Normas de aplicabilidade reduzida e eficácia limitada

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• Preâmbulo

O Preâmbulo é a parte logo no início da Constituição, que diz assim:

“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte


para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e
sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”

O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de


reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais.

• ADCT

Quando uma nova Constituição é criada, a transição entre a Constituição


antiga e a nova é um verdadeiro caos. Assim, para regular essa transição e
para garantir que ela seja menos tormentosa, existe o Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. O ADCT possui eficácia jurídica e vale como
qualquer outro artigo da CF88. Da mesma forma, seu texto somente pode
ser alterado através da Emenda Constitucional.

• As normas que instituem os direitos e garantias fundamentais

O §1º do art. 5º diz que “as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm APLICAÇÃO IMEDIATA”.

Atenção: nem todos os direitos fundamentais são normas de eficácia plena.


Existem os três tipos de normas de direitos e garantias fundamentais: plena,
contida e limitada.

Esquematizando:

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• CF88 é formal e todas as normas possuem o mesmo status / hierarquia


o Porém, existem diferentes tipos de eficácia das normas constitucionais
Eficácia - Plena
- Contida
- LTDA - Normas de Conteúdo programático
- Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico
OBS: Não há hierarquia entre elas. As diferenças se baseiam nos EFEITOS
a) Eficácia plena
• Produzem todos os seus efeitos no momento em que a nova CF entra em vigor
• Não necessita de lei que a complete
• Ex: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5o, I)
b) Eficácia contida ou prospectiva
• Produz todos os efeitos até que a norma infraconstitucional a restrinja
• Lei pode vir depois e restringir o que era amplo
• Ex: livre exercício de profissão, nos termos da lei (5º, XIII)
• Ex: entrada e saída de bens do território nacional, nos termos da lei (5º, XV)
c) Eficácia LTDA / Aplicabilidade mediata / reduzida / diferida
• Não produz efeitos completos* até que norma infraconstitucional a regulamente
o Produz alguns poucos - Estabelecer um dever para o legislador ordinário
efeitos como - Servir de parâmetro para interpretação
- Condicionar legislação futura a se adequar a elas
- Controle de constitucionalidade
c.1) Conteúdo programático: princípios e programas a serem implementados pelo Estado
c.2) Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico: esquemas
gerais de estruturação de instituições e órgãos.

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EXERCÍCIOS

35. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista) A norma constitucional que preveja a


participação dos empregados nos lucros ou resultados da empresa configura
exemplo de norma de eficácia limitada.

Questão bastante difícil, pois exige que o candidato tenha na memória


a exata redação do inciso XI do art. 7º. Reproduzindo: “participação
nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme
definido em lei”. O trecho grifado mostra que a participação nos lucros
e na gestão da empresa depende de lei posterior definindo como isso
acontecerá. Essa norma tem sua aplicabilidade diferida para o
momento em que esse direito for regulamentado pela lei, ou seja,
possui eficácia limitada.

Gabarito: Certo.

36. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) As normas que tratam de direitos e
garantias fundamentais são consideradas programáticas, pois dependem de
regulamentação para ter eficácia.

A grande maioria das normas definidoras de direitos e garantias


fundamentais possui eficácia plena, não precisando de lei
regulamentadora. Além disso, observe o § 1º do art. 5º: “As normas
definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.”

Gabarito: Errado.

37. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) O dispositivo constitucional que


afirma que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei” é uma norma constitucional de eficácia contida.

Este dispositivo constitucional consagra o princípio da legalidade, que


garante que as obrigações de fazer e não fazer devem estar previstas
em lei, não podendo ser estabelecidas de maneira arbitrária pelo
Estado. A eficácia deste dispositivo é plena, devendo ser
imediatamente aplicado a todos.

Gabarito: Errado

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38. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A gratuidade dos transportes


coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos é uma norma
constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata.

Realmente, a gratuidade de transportes urbanos é uma norma


constitucional. Ela está no longínquo art. 203, que trata dos idosos.
Este mandamento constitucional não demanda lei para
regulamentação, sendo considerado de eficácia plena. Vamos
reproduzi-lo? “§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida
a gratuidade dos transportes coletivos urbanos”

Gabarito: Certo.

39. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) As normas de eficácia limitada e


aplicabilidade imediata caracterizam-se por poderem ser restringidas ou
suspensas pelo legislador ordinário.

As normas de eficácia limitada são aquelas que dependem de lei


posterior que a torne plenamente eficaz, possuindo aplicabilidade
reduzida. Por sua vez, as normas de eficácia plena são aquelas cujo
direito é exercível de maneira imediata. Já as normas de eficácia
contida podem ser restringidas (mas não suspensas) pelo legislador
ordinário.

Gabarito: Errado.

40. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) As normas constitucionais programáticas


cingem-se a estipular princípios ou programas que devem ser perseguidos
pelos poderes públicos, não possuindo eficácia vinculante nem sendo capazes
de gerar direitos subjetivos na sua versão positiva ou negativa, embora
impeçam a produção de normas que contrariem o direito nelas inserido.

As normas programáticas são espécies de normas de eficácia limitada


e criam uma obrigação de resultado, uma vez que estabelecem o fim a
ser atingido, as diretrizes que o Estado deve seguir. Ao contrário do
que afirma a questão, as normas de eficácia limitada possuem sim
efeitos, eles apenas não são completos! Dessa forma, essas normas
possuem efeitos como servir de parâmetro para interpretação
constitucional, condicionar legislação futura a se adequar a elas, servir
de parâmetro para o controle de constitucionalidade e estabelecer um
dever para o legislador ordinário.

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Assim, o erro da questão está em afirmar que tais normas não


possuem eficácia vinculante e não são capazes de gerar direitos
subjetivos.

Gabarito: Errado.

41. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) As normas institutivas, que traçam esquemas
gerais de organização e estruturação de órgãos, entidades ou instituições do
Estado, são dotadas de eficácia plena e aplicabilidade imediata, visto que
possuem todos os elementos necessários à sua executoriedade direta e
integral.

As normas de eficácia LIMITADA são divididas em normas


Programáticas e de Princípio Institutivo (ou organizativo). As normas
Programáticas são as que estabelecem princípios e programas a serem
implementados pelo Estado. Já as de princípio institutivo (ou
organizativas) são as que trazem esquemas gerais de estruturação de
instituições e órgãos.

Assim, as normas institutivas são normas de eficácia limitada e não


plena, como afirma a questão.

Gabarito: Errado.

42. (CESPE - 2011 - EBC - Analista - Advocacia) As normas previstas no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias possuem natureza de norma
constitucional.

Quando uma nova Constituição é criada, a transição entre a


Constituição antiga e a nova é um verdadeiro caos. Assim, para regular
essa transição e para garantir que ela seja menos tormentosa, existe o
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. O ADCT possui
eficácia jurídica e vale como qualquer outro artigo da CF88. Da mesma
forma, seu texto somente pode ser alterado através da Emenda
Constitucional.

Gabarito: Certo.

43. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) É prevalecente, na doutrina constitucional


brasileira, o entendimento de que as normas que consagram as cláusulas
pétreas estão em nível hierárquico superior às demais normas constitucionais.

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A CF88 é uma constituição do tipo formal, onde só é considerado


“constituição” aquilo que está escrito em seu texto ou o que pode ser
depreendido de sua leitura. Assim, todas as normas presentes na
constituição possuem a mesma hierarquia e o mesmo status
constitucional. Nem mesmo as cláusulas pétreas possuem hierarquia
superior às demais normas.

No entanto, algumas normas possuem mais eficácia do que outras.


ATENÇÃO: isso não significa que elas possuem hierarquiadiferente,
mas tão somente que possuem mais efeitos! Quanto à sua eficácia, as
normas constitucionais podem ser classificadas em normas de eficácia
plena, contida e limitada.

Todas as normas constitucionais possuem o mesmo status, não


havendo normas hierarquicamente superiores às outras.

Gabarito: Errado.

44. (CESPE - 2011 - DPE-MA - Defensor Público) O parágrafo único do art. 170 da
CF, que assegura a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei, traduz norma de eficácia

a) contida.

b) limitada.

c) reduzida.

d) plena.

e) programática.

As Normas de Eficácia Contida ou Prospectiva são normas que


possuem efeitos completos. No entanto, uma lei posterior pode limitar
seus efeitos. Assim, um efeito que antes era amplo, torna-se mais
limitado. Dessa forma, o direito do livre exercício de qualquer
atividade econômica pode ser exercido amplamente, até que a lei o
restrinja.Vamos revisar alguns conceitos:

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• CF88 é formal e todas as normas possuem o mesmo status / hierarquia


o Porém, existem diferentes tipos de eficácia das normas constitucionais
Eficácia - Plena
- Contida
- LTDA - Normas de Conteúdo programático
- Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico
OBS:Não há hierarquia entre elas. As diferenças se baseiam nos EFEITOS
a) Eficácia plena
• Produzem todos os seus efeitos no momento em que a nova CF entra em vigor
• Não necessita de lei que a complete
• Ex: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5o, I)
b) Eficácia contida ou prospectiva
• Produz todos os efeitos até que a norma infraconstitucional a restrinja
• Lei pode vir depois e restringir o que era amplo
• Ex: livre exercício de profissão, nos termos da lei (5º, XIII)
• Ex: entrada e saída de bens do território nacional, nos termos da lei (5º, XV)
c) Eficácia LTDA / Aplicabilidade mediata / reduzida / diferida
• Não produz efeitos completos* até que norma infraconstitucional a regulamente
o Produz alguns poucos - Estabelecer um dever para o legislador ordinário
efeitos como - Servir de parâmetro para interpretação
- Condicionar legislação futura a se adequar a elas
- Controle de constitucionalidade
c.1) Conteúdo programático: princípios e programas a serem implementados pelo Estado

c.2) Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico: esquemas gerais de


estruturação de instituições e órgãos.

Gabarito: A.

45. (CESPE - 2011 - EBC - Analista - Advocacia) O preâmbulo da Constituição


Federal não faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui
valor normativo.

O Preâmbulo é a parte logo no início da Constituição, que diz assim:

“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte


para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e
sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e

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internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção


de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”

O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de


reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais.

Gabarito: Certo.

46. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) Entre as modalidades de eficácia dos princípios
constitucionais inclui-se a eficácia negativa, que implica a paralisação de
qualquer norma ou ato jurídico que contrarie um princípio.

Nenhuma lei ou ato normativo pode ir contra a Constituição ou contra


um princípio decorrente da CF. Em direito, tudo o que se refere à
palavra “negativo” quer dizer uma omissão/não ação/não fazer.
Assim, a eficácia negativa é a aptidão da norma para
invalidar/paralisar outras normas incompatíveis com ela.

Gabarito: Certo.

47. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Psicologia) O


preâmbulo da CF é uma norma de reprodução obrigatória nas constituições
estaduais.

O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de


reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais.

Gabarito: Errado.

48. (CESPE - 2010 - MS - Analista) Para que se possa identificar uma norma
constitucional de eficácia limitada, é suficiente observar a expressão "nos
termos da lei", prevista no texto constitucional.

De fato, expressões como “nos termos da lei”, “previsto em lei” etc.


são indicativos das normas de eficácia limitada. No entanto, isso não é
condição suficiente para que a norma seja de eficácia limitada.

Tomemos como exemplo o art. 5º, XV “é livre a locomoção no território


nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. Essa é uma
norma de eficácia contida e não limitada. Ou seja, ela pode ser
livremente exercida até que lei posterior a limite.

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Outro exemplo é a liberdade de profissão: “art. 5º, XIII - é livre o


exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.” Essa também é uma
norma de eficácia contida e não limitada.

Gabarito: Errado.

49. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante à aplicabilidade, de acordo com a


tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia limitada
aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os interesses
concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação restritiva
por parte da competência discricionária do poder público, nos termos em que a
lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos.

Este é o conceito de normas de eficácia contida. As normas de eficácia


limitada são aquelas que não possuem efeitos completos atéque
norma infraconstitucional posterior a regulamente.

Gabarito: Errado.

50. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O preâmbulo, por estar na parte


introdutória do texto constitucional e, portanto, possuir relevância jurídica,
pode ser paradigma comparativo para a declaração de inconstitucionalidade de
determinada norma infraconstitucional.

Segundo o STF,o preâmbulo não tem validade jurídica, apenas política.


Dessa forma, não pode ser usado como parâmetro para controle de
constitucionalidade.

Gabarito: Errado.

51. (CESPE/TRE-MA/2009) O preceito constitucional que assegura a liberdade de


exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais estabelecidas em lei, constitui norma de eficácia limitada.

Esse é o típico exemplo de uma norma de eficácia contida, onde o


direito pode ser exercido em sua plenitude, até que lei posterior o
restrinja.

Gabarito: Errado.

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52. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)As normas constitucionais de eficácia


limitada têm por fundamento o fato de que sua abrangência poder ser reduzida
por norma infraconstitucional, restringindo sua eficácia e aplicabilidade.

Este é o conceito de normas de eficácia contida. As normas de eficácia


limitada são aquelas que não possuem efeitos completos até que
norma infraconstitucional posterior a regulamente.

Gabarito: Errado.

53. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O ADCT tem natureza jurídica de norma


constitucional, semelhante às normas inseridas no bojo da CF, não havendo
desníveis ou desigualdades entre as normas do ADCT e os preceitos
constitucionais quanto à intensidade de sua eficácia ou a prevalência de sua
autoridade.

Não existe diferença entre as normas da parte dogmática e da parte


transitória da CF. Todas elas possuem o mesmo status constitucional e
somente podem ser modificadas por Emenda Constitucional.

Gabarito: Certo.

54. (CESPE/TRE-MA/2009) A competência da União para elaborar e executar


planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social constitui exemplo de norma constitucional programática.

As normas programáticas possuem eficácia limitada e só possuirão


efeitos completos após edição de norma infraconstitucional as
regulamentando.

Gabarito: Certo.

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IV. ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA


CONSTITUIÇÃO

Meus futuros Auditores Federais de Controle Externo, quando uma nova


Constituição entra em vigor, ocorre um verdadeiro caos! É toda uma nova
ordem jurídica sendo instalada ao mesmo tempo!

Quando isso ocorre, temos um novo ordenamento jurídico. Mas imagine só se


o Congresso Nacional tivesse que refazer todas as leis sobre todos os temas
tudo de novo! Isso seria inviável.

Dessa forma, quando uma nova CF entra em vigor, é feito um procedimento


parecido com o grande dilúvio, onde Deus “aproveitou” a parte que era boa, e
“descartou” a parte que não o era. Da mesma forma, as leis que são
materialmente compatíveis com a nova CF são aproveitadas, enquanto as leis
que são materialmente incompatíveis são descartadas.

Para sabermos então quais leis serão aproveitadas e quais serão descartadas,
devemos estudar o controle de compatibilidade. Veja o esquema abaixo:

• Controle de - Controle de Constitucionalidade - Norma vs CF vigente à época de sua elaboração


compatibilidade - Controle de Legalidade – Norma infralegal vs Lei

- Juízo de Recepção – Compatibilidade material com a nova CF


(Norma elaborada sob a CF ANTIGA vs NOVA CF)

O controle de compatibilidade é dividido em três tipos. O primeiro deles é o


controle de constitucionalidade. Ele ocorre quando comparamos a CF com
uma norma elaborada sob a vigência da dessa mesma CF. EX: quando
comparamos a lei 8.666/93 com a CF 88 ou a lei 6.858/80 com a CF 67/69.

O controle de legalidade ocorre quando comparamos uma norma infralegal


com uma lei. Ex: quando comparamos a lei 8.666/93 com uma Instrução
Normativa que a regulamenta.

Já o Juízo de Recepção ocorre quando comparamos a nova CF com uma


norma editada sob a vigência de constituições anteriores. O juízo de recepção
é realizado para sabermos se a norma, editada sob a vigência da CF anterior,
foi recepcionada ou revogada pela nova Carta Magna.

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Assim, deve-se ter bem claro a seguinte informação:

Norma Infraconstitucional VS CF ATUAL – Incostitucionalidade /Constitucionalidade

Norma Infraconstitucional VS CF POSTERIOR – Revogação / Recepção

No juízo de recepção, olha-se apenas se o conteúdo da norma é compatível


com a nova constituição, independentemente de sua forma.

Quanto ao juízo de recepção, cabem ainda algumas observações:

i. Só se pode recepcionar as normas infraconstitucionais. A CF anterior é


totalmente revogada (salvo por disposição expressa da nova
Constituição).

ii. As normas infraconstitucionais anteriores à nova CF que forem


materialmente compatíveis com a nova Carta Magna são
recepcionadas.

iii. As normas infraconstitucionais anteriores à nova CF que forem


materialmente incompatíveis são Revogadas.

iv. Lei editada em desacordo com a CF vigente à época de sua


elaboração, mas materialmente compatível com a nova CF: Uma
lei inconstitucional, ou seja, que não foi editada de acordo com a
Constituição vigente à época de sua elaboração, jamais deveria ter
entrado no ordenamento jurídico e, em regra, não pode produzir
efeitos. Dessa forma, ela será inválida, ainda que seja compatível
com a nova CF.

v. No juízo de recepção, não interessa o aspecto formal. Só o material


(conteúdo).
i. Ex: pode existir um Decreto-Lei ainda válido.
O Decreto-Lei é uma espécie normativa que não existe mais. No
entanto, quando a CF88 entrou em vigor, os Decretos-Leis que
estavam vigentes e que eram materialmente compatíveis com a
CF88 foram recepcionados com o status de Lei Ordinária/Lei
Complementar/Decreto Legislativo e assim por diante (a depender
de qual é a espécie normativa que a CF88 prevê que regule a
matéria).

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ii. Ex: Lei Ordinária pode ser recepcionada como Lei Complementar e
vice-versa. Caso uma matéria fosse regulada por Lei Ordinária na
Constituição anterior e a CF88 estabeleça que essa mesma matéria
deve ser regulada por Lei Complementar, e caso também essa Lei
Ordinária seja materialmente compatível com a CF88, ela será
recepcionada como Lei Complementar.
Atente-se para o fato de que ela continuará sendo chamada de Lei
Ordinária, mas terá status de Lei Complementar. Como exemplo
disso, temos o Código Eleitoral (lei nº 4.737/1965), uma Lei
Ordinária que foi recepcionada pela CF88 como Lei Complementar.
iii. Pode-se recepcionar dois artigos da mesma lei com status
diferentes.
iv. Pode haver mudança de ente federado: Ex: se a Constituição
antiga dizia que era competência da União e a nova CF diz que é
dos estados, a lei federal é recepcionada como lei estadual.

OBSERVAÇÕES:

• Inconstitucionalidade Superveniente: ocorre quando a lei nasce


constitucional e, ao longo do tempo, se torna inconstitucional. Este
fenômeno NÃO EXISTE NO BRASIL: uma lei não fica inconstitucional
ao longo do tempo, ou ela já nasce inconstitucional ou ela é revogada
por uma eventual alteração na CF (ou nova CF).

• Constitucionalidade Superveniente: ocorre quando a lei nasce


inconstitucional e, ao longo do tempo, vira constitucional. Exemplo: a lei
nasce inconstitucional e, ao longo do tempo, a norma da CF com a qual a
lei era incompatível é revogada.

Esse fenômeno também NÃO EXISTE NO BRASIL. Uma lei não fica
constitucional ao longo do tempo: ou ela nasce constitucional ou ela
nasce inconstitucional.

• Desconstitucionalização: As normas da Constituição anterior que


forem compatíveis com a nova CF são admitidas com status
infraconstitucional. Já falamos que isso não pode ocorrer no Brasil. A
Constituição anterior é totalmente revogada, salvo disposição expressa
da nova CF.

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• Repristinação: ocorre quando uma lei revogada volta a valer devido à


revogação da lei que a revogou. Deu um nó? Hahahaha. A prática é
muito mais simples do que o conceito. Observe o raciocínio:

a) Imagine uma “lei A” em vigor.

Lei A

b) Agora imagine que seja promulgada uma “lei B” que revogue a


“lei A”.

Lei A Revoga

Lei B

c) Por fim, é promulgada uma “lei C” que revoga a “lei B”. Em


regra, a “lei A”, que estava revogada, continua revogada e agora
só vigora a “lei C”.

Lei A
Revoga

Lei B Revoga

Lei C Única norma vigente

Repristinação: ocorre quando é promulgada uma “lei C” que


revoga a “lei B” e a “lei A”, que estava revogada pela “lei B”,
volta a valer. Agora ficam vigentes as leis “A” e “C”.
Lei A volta a valer
Lei A
(repristinação)

Lei B

Lei C

Bem mais fácil com o desenho, não acha? Saiba que não existe
repristinação tácita no Brasil. Ou seja, a regra, é que
somente a “lei C” fique vigente. No entanto, excepcionalmente,
se a “lei C” trouxer expressamente em seu texto, poderá haver a
repristinação da “lei A”. Assim, no Brasil, só existe a
repristinação expressa.
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EXERCÍCIOS

55. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) De acordo com a doutrina, determinada


lei que perdeu a vigência em face da instauração de nova ordem constitucional
terá sua eficácia automaticamente restaurada pelo advento de outra
constituição, desde que com ela compatível, por se tratar de hipótese em que
se admite a repristinação.

A repristinação somente pode ocorrer no Brasil de maneira expressa.


Ela jamais pode ocorrer tacitamente. Assim, nesse caso, para que a lei
revogada volte a valer, deve haver determinação expressa.

Gabarito: Errado.

56. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) No fenômeno da recepção, são analisadas


as compatibilidades formais e materiais da lei em face da nova constituição.

No juízo de recepção, são analisados somente os aspectos materiais da


norma a ser recepcionada, ou seja, analisa-se somente se o conteúdo
da norma é compatível com a nova CF, independente da forma.

Gabarito: Errado.

57. (CESPE/TRT-17ª/2009) Segundo o princípio da unidade da constituição, cada


país só pode ter uma constituição em vigor, de modo que a aprovação de nova
constituição implica a automática revogação da anterior.

Realmente, quando da promulgação de uma nova constituição, a Carta


anterior é totalmente revogada, não havendo possibilidade de ser
recebida, nem com status constitucional e nem com status
infraconstitucional, salvo expressa disposição da nova CF.

No entanto, isso não tem nenhuma relação com o princípio da unidade


da constituição, que diz que a CF é una, não havendo contradições em
seu texto.

Gabarito: Errado.

58. (CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) A vigência e a


eficácia de uma nova constituição implicam a supressão da existência, a perda
de validade e a cessação de eficácia da anterior constituição por ela revogada,
salvo das normas constantes do texto anterior que permaneçam

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materialmente harmônicas com a ordem constitucional superveniente. Nessa


hipótese, ocorre o fenômeno da recepção.

Quando da promulgação de uma nova Constituição, em regra, a CF


anterior é totalmente revogada, ainda que seja materialmente
compatível com a nova CF. A única exceção é quando a nova CF
estabelece expressamente o contrário.

Gabarito: Errado.

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Meus caros Auditores Federais de Controle Externo, chegamos ao final de


nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples,
procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando
informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA
SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é
bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

“Se você acha que pode ou se você acha que não


pode, de qualquer maneira, você tem razão.”
(Henry Ford)

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V. QUESTÕES DA AULA

Princípios fundamentais

1. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) A garantia do


desenvolvimento nacional consiste em fundamento da República Federativa do
Brasil.

2. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia) O Brasil adota a forma de


governo, de acordo com o princípio republicano, em que o acesso aos cargos
públicos em geral é franqueado àqueles que preencham as condições de
capacidade previstas na CF ou em normas infraconstitucionais obedientes ao
texto constitucional.

3. (CESPE - 2012 - MP - Analista de Infraestrutura) São fundamentos da


República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana e a autodeterminação dos povos.

4. (CESPE - 2012 - MP - Analista de Infraestrutura) Os princípios fundamentais


da Constituição Federal de 1988 (CF) designam as características mais
essenciais do Estado brasileiro.

5. (CESPE - 2012 - MP - Analista de Infraestrutura) O princípio da separação dos


Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado como rígido, uma vez que
todos os Poderes da República exercem apenas funções típicas

6. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e


Patrimônio) Os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais
incluem a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a
concessão de asilo político.

7. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e


Patrimônio) A CF consagra a prevalência da democracia representativa,
fazendo apenas alusão à democracia direta, sem mencionar expressamente os
meios pelos quais a soberania popular poderá ser diretamente exercida.

8. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) O princípio constitucional relativo à


autodeterminação dos povos garante aos estados federados o direito de se
dissociarem do Estado federal, se a população do estado assim o decidir
mediante plebiscito.

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9. (CESPE - 2012 - STJ - Todos os Cargos - Conhecimentos básicos) A não


intervenção, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, expressa,
assim como outros fundamentos, o poder supremo e independente do país.

10. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Administrativa) O princípio


federativo estabelece a forma de governo de um Estado.

11. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) O povo exerce o poder por meio de
representantes eleitos ou de forma direta, como nos casos de plebiscito e
referendo.

12. (CESPE/Analista de Infraestrutura/MPOG/2010) A dignidade da pessoa


humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, bem como a
construção de sociedade livre, justa e solidária, figuram entre os fundamentos
da República Federativa do Brasil.

13. (CESPE/Analista de Infraestrutura/MPOG/2010) Em suas relações


internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, entre outros
princípios, pelo da igualdade entre os estados, da não intervenção e da
vedação à concessão de asilo político.

14. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo


objetivo é manter reunidas autonomias regionais.

15. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Apesar de a CF estabelecer que todo o poder


emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu exercício
diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos.

16. (CESPE/SECONT-ES/2009) O termo Estado republicano refere-se não apenas a


organizações institucionais, mas a um compromisso social com a coisa pública,
no exercício da tolerância, no respeito à identidade do homem, dentro do
prisma individual (pluralismo) e cultural.

17. (CESPE/TRT-17ª/2009) Constitui princípio que rege a República Federativa do


Brasil em suas relações internacionais a concessão de asilo político, vedada a
extradição.

18. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A CF adota o presidencialismo como forma de Estado,


já que reconhece a junção das funções de chefe de Estado e chefe de governo
na figura do presidente da República.

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19. (CESPE/TRT-17ª/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF),


todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de
representantes eleitos diretamente.

20. (CESPE/Analista Judiciário/Área Administrativa/TRT 17ª Região/2009) Segundo


a CF, a República Federativa do Brasil deve buscar a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, com vistas à formação
de uma comunidade latino-americana de nações.

21. (CESPE/Assessor Técnico de Controle/TCE RN/2009) Constituem princípios que


regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais, entre
outros, a prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento
nacional e da autodeterminação dos povos.

22. (CESPE/TRT-17ª/2009) A República Federativa do Brasil é formada pela união


indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos territórios.

23. (CESPE/Assessor Técnico de Controle/TCE RN/2009) Entre os objetivos da


República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do trabalho e da
livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e
o consequente crescimento do país.

24. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) São poderes da União, dos estados e do DF,


independentes e harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.

25. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A expressão “Estado Democrático de Direito”,


contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar
mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões
políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa,
pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

26. (CESPE/PGE-AL/2008) Para a moderna doutrina constitucional, cada um dos


poderes constituídos exerce uma função típica e exclusiva, afastando o
exercício por um poder de função típica de outro.

27. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A República é uma forma de Estado.

28. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) A federação é uma forma de governo.

29. (CESPE/PGE-AL/2008) A CF, atenta às discussões doutrinárias


contemporâneas, não consigna que a divisão de atribuições estatais se faz em
três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

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30. (CESPE/Técnico de Nível Superior/Relações Internacionais /MS/2008) É


proibida a ingerência em assuntos internos de outros países, salvo em relação
a questões que se desenrolem no âmbito do MERCOSUL.

31. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo.


A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de
atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, contudo, não é
estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades
típicas de outro.

32. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de governo na qual


há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas
de autonomia, e o poder público central, denominado União.

33. (CESPE/ABIN/2008) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do


Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Dessa forma,
contraria a CF a exigência, contida em editais de concursos públicos, sem o
devido amparo legal, de limite de idade mínima ou máxima para inscrição.

34. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) Os valores sociais do trabalho e da livre


iniciativa são fundamentos da República Federativa do Brasil.

Eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais

35. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Analista) A norma constitucional que preveja a


participação dos empregados nos lucros ou resultados da empresa configura
exemplo de norma de eficácia limitada.

36. (CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) As normas que tratam de direitos e
garantias fundamentais são consideradas programáticas, pois dependem de
regulamentação para ter eficácia.

37. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) O dispositivo constitucional que


afirma que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei” é uma norma constitucional de eficácia contida.

38. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A gratuidade dos transportes


coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos é uma norma
constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata.

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39. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) As normas de eficácia limitada e


aplicabilidade imediata caracterizam-se por poderem ser restringidas ou
suspensas pelo legislador ordinário.

40. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) As normas constitucionais programáticas


cingem-se a estipular princípios ou programas que devem ser perseguidos
pelos poderes públicos, não possuindo eficácia vinculante nem sendo capazes
de gerar direitos subjetivos na sua versão positiva ou negativa, embora
impeçam a produção de normas que contrariem o direito nelas inserido.

41. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) As normas institutivas, que traçam esquemas
gerais de organização e estruturação de órgãos, entidades ou instituições do
Estado, são dotadas de eficácia plena e aplicabilidade imediata, visto que
possuem todos os elementos necessários à sua executoriedade direta e
integral.

42. (CESPE - 2011 - EBC - Analista - Advocacia) As normas previstas no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias possuem natureza de norma
constitucional.

43. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) É prevalecente, na doutrina constitucional


brasileira, o entendimento de que as normas que consagram as cláusulas
pétreas estão em nível hierárquico superior às demais normas constitucionais.

44. (CESPE - 2011 - DPE-MA - Defensor Público) O parágrafo único do art. 170 da
CF, que assegura a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei, traduz norma de eficácia

a) contida.

b) limitada.

c) reduzida.

d) plena.

e) programática.

45. (CESPE - 2011 - EBC - Analista - Advocacia) O preâmbulo da Constituição


Federal não faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui
valor normativo.

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46. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) Entre as modalidades de eficácia dos princípios
constitucionais inclui-se a eficácia negativa, que implica a paralisação de
qualquer norma ou ato jurídico que contrarie um princípio.

47. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Psicologia) O


preâmbulo da CF é uma norma de reprodução obrigatória nas constituições
estaduais.

48. (CESPE - 2010 - MS - Analista) Para que se possa identificar uma norma
constitucional de eficácia limitada, é suficiente observar a expressão "nos
termos da lei", prevista no texto constitucional.

49. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante à aplicabilidade, de acordo com a


tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia limitada
aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os interesses
concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação restritiva
por parte da competência discricionária do poder público, nos termos em que a
lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos.

50. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O preâmbulo, por estar na parte


introdutória do texto constitucional e, portanto, possuir relevância jurídica,
pode ser paradigma comparativo para a declaração de inconstitucionalidade de
determinada norma infraconstitucional.

51. (CESPE/TRE-MA/2009) O preceito constitucional que assegura a liberdade de


exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais estabelecidas em lei, constitui norma de eficácia limitada.

52. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)As normas constitucionais de eficácia


limitada têm por fundamento o fato de que sua abrangência poder ser reduzida
por norma infraconstitucional, restringindo sua eficácia e aplicabilidade.

53. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O ADCT tem natureza jurídica de norma


constitucional, semelhante às normas inseridas no bojo da CF, não havendo
desníveis ou desigualdades entre as normas do ADCT e os preceitos
constitucionais quanto à intensidade de sua eficácia ou a prevalência de sua
autoridade.

54. (CESPE/TRE-MA/2009) A competência da União para elaborar e executar


planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social constitui exemplo de norma constitucional programática.

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Entrada em vigor de uma nova constituição

55. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) De acordo com a doutrina, determinada


lei que perdeu a vigência em face da instauração de nova ordem constitucional
terá sua eficácia automaticamente restaurada pelo advento de outra
constituição, desde que com ela compatível, por se tratar de hipótese em que
se admite a repristinação.

56. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) No fenômeno da recepção, são analisadas


as compatibilidades formais e materiais da lei em face da nova constituição.

57. (CESPE/TRT-17ª/2009) Segundo o princípio da unidade da constituição, cada


país só pode ter uma constituição em vigor, de modo que a aprovação de nova
constituição implica a automática revogação da anterior.

(CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) A vigência e a


eficácia de uma nova constituição implicam a supressão da existência, a perda
de validade e a cessação de eficácia da anterior constituição por ela revogada,
salvo das normas constantes do texto anterior que permaneçam
materialmente harmônicas com a ordem constitucional superveniente. Nessa
hipótese, ocorre o fenômeno da recepção.

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VI. GABARITO

Princípios Fundamentais

1. E 2. C 3. E 4. C 5. E 6. C 7. E 8. E 9. E 10.E

11.C 12.E 13.E 14.E 15.C 16.E 17.E 18.E 19.E 20.C

21.E 22.E 23.E 24.E 25.C 26.E 27.E 28.E 29.E 30.E

31.C 32.E 33.C 34.C

Eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais

35.C 36.E 37.E 38.C 39.E 40.E 41.E 42.C 43.E 44.A

45.C 46.C 47.E 48.E 49.E 50.E 51.E 52.E 53.C 54.C

Entrada em vigor de uma nova Constituição

55.E 56.E 57.E 58.E

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VII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito


Constitucional. São Paulo: Saraiva

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional


Descomplicado. Ed. Impetus

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do


Ponto (ebook)

www.stf.jus.br

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.concursosfmp.com.br

http://www.fujb.ufrj.br

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