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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DIRETORIA GERAL DE GESTÃO DO CONHECIMENTO - DGCON

Revista Jurídica Nº 11

INDENIZAÇÃO POR FALHA NO


SERVIÇO DE FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA

• CORTE NO FORNECIMENTO POR FALTA DE PAGAMENTO

• CORTE NO FORNECIMENTO POR IRREGULARIDADE NO


MEDIDOR

• CORTE POR ERRO DA CONCESSIONÁRIA

• ELETROCUSSÃO

• FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA

• INSCRIÇÃO INDEVIDA EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO

Serviço de Pesquisa Jurídica


DGCON/SEAPE
Revista Jurídica/2

Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Desembargador Luiz Zveiter


Presidente do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de
Janeiro

Desembargador Antônio José


Azevedo Pinto
Terceiro Vice-Presidente e
Corregedor-Geral da Justiça
em exercício

Desembargador Cherubin
Helcias Schawatz Júnior
Presidente da Comissão de
Jurisprudência

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Revista Jurídica/3

INDENIZAÇÃO POR FALHA NO SERVIÇO DE


FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

INTRODUÇÃO

Na atualidade, prestação de serviço de fornecimento de energia elétrica tem

ocupado os debates nas Cortes Judiciárias, motivo pelo qual abordaremos esse assunto

na presente Revista Jurídica.

E com o intuito de ilustrar a questão abordaremos os seguintes temas à luz da

jurisprudência: corte no fornecimento por falta de pagamento; corte no fornecimento

por irregularidade no medidor; corte por erro da concessionária; eletrocussão; falta de

energia elétrica e inscrição indevida em órgão de proteção ao crédito.

Esta edição da Revista contém, na íntegra, dezenas de acórdãos selecionados

sobre o assunto relacionado, no formato de um estudo comparativo da jurisprudência

nacional. Para tanto, foram pesquisadas decisões judiciais dos diversos Tribunais dos

Estados da Federação Brasileira e nos Tribunais Superiores.

(jur ispr u dê ncia@t jr j. jus .br )

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE ALAGOAS
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO AMAPÁ
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DA BAHIA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO CEARÁ
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO DISTRITO FEDERAL
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO ESPÍRITO SANTO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE GOIÁS
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO MARANHÃO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO MATO GROSSO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE MINAS GERAIS
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO PARÁ
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO PARANÁ
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE SANTA CATARINA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE SÃO PAULO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO AMAZONAS
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DA BAHIA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO CEARÁ
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO ESPÍRITO SANTO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE GOIÁS
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO MATO GROSSO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE MINAS GERAIS
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO PARANÁ
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DE SANTA CATARINA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
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456, DE 29/11/2000. ALEGAÇÃO DE
QUE O SERVIÇO SOMENTE FOI
Corte no Fornecimento RESTABELECIDO 17 (DEZESSETE)
por Falta de Pagamento DIAS APÓS O PAGAMENTO DA
FATURA. AUSÊNCIA DE PROVA DE
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA: COMUNICAÇÃO IMEDIATA DO FATO,
COM PEDIDO DE
RIO DE JANEIRO RESTABELECIMENTO. SENTENÇA
ALAGOAS CORRETA. RECURSO IMPROVIDO.
AMAPÁ
BAHIA Íntegra do Acórdão
CEARÁ índice
DISTRITO FEDERAL
ESPÍRITO SANTO -------------------------
GOIÁS 0052696-64.2007.8.19.0001
MARANHÃO (2009.001.31654) - APELAÇÃO
MATO GROSSO DES. NORMA SUELY
MINAS GERAIS Julgamento: 03/12/2009
PARÁ OITAVA CAMARA CIVEL
PARANÁ
RIO GRANDE DO SUL APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO POR
SANTA CATARINA DANO MORAL C/C CANCELAMENTO DE
SÃO PAULO DÉBITO. DILIGÊNCIA REALIZADA
PELA LIGHT, QUE APONTOU LIGAÇÃO
CLANDESTINA. IMPROCEDÊNCIA DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PEDIDO. RECURSO DO CONSUMIDOR.
LAUDO PERICIAL APONTOU QUE O
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NA
UNIDADE RESIDENCIAL DO
====================== APELANTE, ANTES DA INSPEÇÃO, ERA
INCOMPATÍVEL COM OS APARELHOS
Tribunal de Justiça do Estado QUE GUARNECEM SUA RESIDÊNCIA E
COM O CONSUMO REGISTRADO
do Rio de Janeiro DEPOIS DAS ALTERAÇÕES
====================== IMPLEMENTADAS PELA
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
0037046-14.2007.8.19.0021 PÚBLICO. VALORES COBRADOS PELA
(2009.001.39951) - APELAÇÃO CONCESSIONÁRIA A TÍTULO DE
DES. CARLOS C. LAVIGNE DE LEMOS CONSUMO RECUPERADO QUE,
Julgamento: 25/11/2009 CONTUDO, SÃO SUPERIORES À
SETIMA CAMARA CIVEL ESTIMATIVA REALIZADA PELO
EXPERT. DANO MORAL CONFIGURADO
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. EM RAZÃO DO CORTE ARBITRÁRIO DE
INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. À CREDORA
ENERGIA ELÉTRICA POR FALTA DE INCUMBE REIVINDICAR O
PAGAMENTO DA FATURA APÓS PAGAMENTO DA DÍVIDA ATRAVÉS
PRÉVIO AVISO LANÇADO NA CONTA. DAS VIAS ORDINÁRIAS DE
INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO. COBRANÇA, SOB PENA DE SE
AUTOTUTELA LEGÍTIMA, AUTORIZADA INFRINGIR O DISPOSTO NO ART. 42,
PELO INC. II, § 3º, ART. 6º DA LEI DO CÓDIGO DE DEFESA DO
8.987/95, ART. 17, PAR. ÚN. DA LEI CONSUMIDOR. PROVIMENTO PARCIAL
9.427/96 E RESOLUÇÃO ANEEL Nº DO RECURSO.

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Íntegra do Acórdão ressaltando-se que é de sabença geral
índice a possibilidade de obtê-la através do
"site" da fornecedora do serviço ou em
------------------------- qualquer loja de atendimento.
0183727-13.2007.8.19.0001 Sublinhe-se que não obstante a
(2009.001.57315) - APELAÇÃO inversão do ônus da prova, a ré não
DES. ZELIA MARIA MACHADO pode fazer prova de fato negativo.
Julgamento: 27/10/2009 Demais, repise, o corte no
QUINTA CAMARA CIVEL fornecimento de energia, que ocorreu
em 02.12.2008 motivou-se pela
APELAÇÃO CÍVEL. AGRAVO LEGAL. inadimplência no pagamento da conta
Justiça Gratuita. Indenização. Dano vencida em 10.10.2008, da qual foi o
moral. Débitos comprovados. Aviso consumidor cientificado, bem como da
prévio de corte. Suspensão no possibilidade de interrupção no
fornecimento de energia elétrica. fornecimento de energia. Neste
Legalidade do ato. Não provimento do diapasão, caracterizada a mora
recurso. Verificados os débitos e o contratual da autora, que não efetivou
prévio aviso de corte, nos moldes o pagamento de sua obrigação no
estabelecidos na legislação, não há vencimento, legítimo se afigura o
como reformar a sentença guerreada. corte no fornecimento de energia,
considerando a auto executoriedade
Íntegra do Acórdão dos atos da concessionária de serviço
índice
público, corolário da presunção de
legalidade (art. 6º da Lei nº 8.987/95
-------------------------
e no art. 91 da Resolução 456 da
0094049-47.2008.8.19.0002
ANEEL), e do princípio "venire contra
(2009.001.45487) - APELAÇÃO
actum proprium" que veda a obtenção
DES. ROBERTO DE ABREU E SILVA
de vantagem a quem deu causa ao
Julgamento: 29/09/2009
ato. Ademais, se a autora deu causa
NONA CAMARA CIVEL
ao fato gerador do corte de energia,
por pagamento tardio de sua
CORTE NO FORNECIMENTO ENERGIA obrigação, não pode levar vantagem
ELÉTRICA. DÉBITO EXISTENTE. DANO de seu próprio ato, não merecendo
MORAL NÃO CONFIGURADO. As peças amparo sua pretensão em exigir da
carreadas para os autos demonstram parte ré indenização por danos
que em 01.12.2008 a autora recebeu morais. Assim sendo, a autora não
"comunicação de ordem de corte" em comprovou fato ou circunstância que
razão do atraso no pagamento das evidenciasse mácula da honra
contas vencidas em 10.11.2008 e subjetiva, motivo pelo qual não
10.10.2008. Registre-se, ainda, que procede a condenação da ré em danos
na conta com vencimento em morais. PROVIMENTO DO RECURSO.
10.12.2008, consta expresso aviso de
débito anterior, relativo ao mês
Íntegra do Acórdão
09/2008, no valor de R$ 193,89. índice
Através da própria narrativa da autora
percebe-se, claramente, que a mesma -------------------------
encontrava-se inadimplente em 0015304-60.2007.8.19.0205
relação as contas vencidas em (2009.001.52072) - APELAÇÃO
10.10.2008, referente ao mês DES. MONICA COSTA DI PIERO
09/2008. Destaque-se que a autora Julgamento: 23/09/2009
não fez qualquer prova de que tenha OITAVA CAMARA CIVEL
solicitado a 2ª via da conta referente
ao mês 09/2008 na via administrativa,
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO do disposto nos artigos 2º e 3º do
INDENIZATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE Código de Defesa do Consumidor,
FAZER EM FACE DE CONCESSIONÁRIA impondo ao fornecedor de serviços a
DE SERVIÇO PÚBLICO. MANIFESTA responsabilidade civil objetiva. 2. O
INADIMPLÊNCIA. INTERRUPÇÃO DO fornecedor de serviços responde,
SERVIÇO. EXERCÍCIO REGULAR DO independentemente da existência de
DIREITO. 1. Ação objetivando a culpa, pela reparação dos danos
revisão do débito, o restabelecimento causados aos consumidores por
do fornecimento do serviço de energia defeitos relativos à prestação dos
elétrica e indenização a título de dano serviços. 3. O fornecedor de serviço
moral. 2. A sentença recorrida julgou somente não será responsabilizado
improcedente o pedido, entendendo quando provar a inexistência do
ser lícita a interrupção do serviço3. defeito ou culpa exclusiva do
Relação de consumo. Na forma do consumidor ou de terceiro. 4. Do
art.14, do CDC, o fornecedor exame da prova documental trazida
responderá de forma objetiva pelos aos autos pelo autor, infere-se que a
danos advindos da prestação de suposta irregularidade teria sido
serviço defeituosa. O instituto de constatada em maio/07, o que
inversão do ônus da prova não exime ensejou a lavratura do Termo de
a parte autora provar os fatos Ocorrência de Irregularidade (TOI) e a
constitutivos de seu direito. 4. A revisão do faturamento, sendo
parte autora não comprovou os fatos constatada a diferença de 197 KWH
constitutivos do seu direito conforme não faturados, totalizando o valor de
preconiza o artigo 333, I, do CPC. 5. R$ 120,38.5. Ocorre que este valor
Manifesta inadimplência. Interrupção somente foi cobrado em março de
do serviço afigura-se exercício regular 2008, verificando-se que o corte no
do direito da apelada. 6. Recurso ao serviço de energia elétrica teve como
qual se nega seguimento. fundamento débitos pretéritos, o que,
conforme entendimento firmado nesta
Íntegra do Acórdão Egrégia Corte e nas Cortes Superiores,
mostra-se incabível, caracterizando
índice atitude arbitrária da ré. 6. Há
------------------------- referência a TOI lavrado, mas não
0001441-56.2008.8.19.0058 juntado aos autos, sendo certo que
(2009.001.51767) - APELAÇÃO mesmo que lavrado, o foi
DES. LETICIA SARDAS unilateralmente, não sendo, portanto,
Julgamento: 21/10/2009 suficiente para caracterizar a
VIGESIMA CAMARA CIVEL irregularidade da conduta do
consumidor. 7. Cabe destacar que
"RESPONSABILIDADE CIVIL. DEFEITO não foi realizada prova pericial
DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA. ratificando a ocorrência da fraude,
DÉBITO PRETÉRITO. CORTE nem mesmo houve Boletim de
INDEVIDO. LIGAÇÃO CLANDESTINA. Ocorrência, o que seria indispensável,
LAVRATURA DE TOI. UNILATERAL. já que tal atitude caracterizaria furto
AUSÊNCIA DE PROVA PERICIAL OU de energia. 8. A ré, ora apelante, não
BOLETIM DE OCORRÊNCIA. logrou produzir qualquer prova no
INEXISTÊNCIA DE PRIVA DE FRAUDE. sentido de afastar a existência defeito
DANOS MORAIS. QUANTUM alegado ou o nexo causal entre o fato
INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. e o suposto dano. 9. Não comprovada
ASTREINTES E HONORÁRIOS a fraude, conseqüentemente, não se
MANTIDOS. PARCIAL PROVIMENTO. 1. pode afirmar que o débito decorrente
Trata-se de relação de consumo, ex vi da revisão do faturamento é

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realmente devido, razão pela qual, 0142205-69.2008.8.19.0001
escorreita a sentença que declarou a (2009.001.69083)
insubsistência da dívida. 10. Autor que APELAÇÃO
teve interrompido o fornecimento de DES. NAMETALA MACHADO JORGE
energia elétrica indevidamente em sua Julgamento: 01/12/2009
residência, merecendo tal transtorno, DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
imediato reparo à luz da indenização
por danos morais. 11. Redução da Energia elétrica. Corte no
verba indenizatória pelo dano moral, fornecimento por falta de pagamento.
mantido o valor das astreintes. 12. Demora no restabelecimento do
Diante da redução do valor da serviço após quitação do débito.
condenação, a verba honorária deve Ocorrência de Dano moral reconhecido
ser mantida em 15%, ficando, assim, pela sentença. Apelação pleiteando
em consonância com o artigo 20, § 4º majoração da verba. Recurso
do CPC. 13. Parcial provimento do parcialmente provido na forma do art.
apelo para reduzir a verba reparatória 557, §1º-A do CPC. O valor do dano
do dano moral para R$2.000,00 (dois moral deve corresponder à justa
mil reais)." reparação pelo prejuízo
extrapatrimonial da vítima. A quantia
Íntegra do Acórdão de R$ 1.000,00, fixada na sentença,
índice não cumpre esse objetivo; impõe-se,
por conseguinte, majorá-lo para R$
------------------------- 4.000,00.
0057401-11.2008.8.19.0021
APELACAO Íntegra do Acórdão
DES. MARIA HENRIQUETA LOBO índice
Julgamento: 17/12/2009
SETIMA CAMARA CIVEL -------------------------
0000636-77.2005.8.19.0036
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANO (2009.001.51132)
MORAL - INTERRUPÇÃO NO APELAÇÃO
FORNECIMENTO DE ENERGIA DES. LINDOLPHO MORAIS MARINHO
ELÉTRICA DA UNIDADE Julgamento: 01/12/2009
CONSUMIDORA DO AUTOR POR DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL
CONCESSIONÁRIA SEM JUSTA CAUSA
- ALEGAÇÃO DE FALTA DE CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
PAGAMENTO - NÃO CARACTERIZAÇÃO INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE
- DEVER DE PRESTAR SERVIÇO ENERGIA ELÉTRICA. FALTA DE
CONTÍNUO, ININTERRUPTO E SEGURO PAGAMENTO. EXERCÍCIO REGULAR DE
AOS USUÁRIOS. RESPONSABILIDADE DIREITO. AUSÊNCIA DE
OBJETIVA - DANO MORAL COMPROVAÇÃO DO ALEGADO. ART.
CONFIGURADO. Recurso a que se dá 333, I, DO CPC. O fornecimento de
provimento, com fulcro no artigo 557, energia elétrica é serviço essencial e
§1º-A, do Código de Processo Civil, deve ser prestado de forma adequada,
para condenar a Concessionária Ampla eficiente e contínua. Inteligência do
ao pagamento de R$ 3.000,00 (três art. 22 do Código de Defesa do
mil reais) por danos morais. Consumidor. Não obstante, a
interrupção do serviço é lícita em caso
Íntegra do Acórdão de irregularidades constatadas no
índice medidor, bem como inadimplemento
do usuário, desde que precedida de
------------------------- prévio aviso. Pelo que consta dos
autos, a perícia verificou que o
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fornecimento foi restabelecido quando suas obrigações, que consistem em
do pagamento das contas que efetuar os pagamentos
constavam em atraso, o que leva ao correspondentes às contas de luz, por
raciocínio óbvio de que o corte foi não ter recebido a fatura. A
motivado pela inadimplência da essencialidade do serviço de energia
apelante.Sendo devida a cobrança e elétrica não implica na sua gratuidade.
havendo inadimplemento do Tendo sido a autora notificada
consumidor, a suspensão do serviço previamente do corte de energia, não
configura-se como um exercício se verifica ilicitude na conduta da ré,
regular de direito, inexistindo qualquer que age em exercício regular de um
dano moral a ser indenizado.Recurso direito. Não há como reconhecer a
ao qual se nega seguimento. prática de nenhum ato ilícito por parte
da ré, que age sob amparo legal,
inexistindo, portanto, dever de
Íntegra do Acórdão indenizar. Ao analisar as provas dos
autos, verifica-se que a autora deixou
índice de efetuar o pagamento referente a
------------------------- dois meses de fornecimento, o que
0000250-16.2008.8.19.0077 afasta a ilicitude dos atos da ré.
(2009.001.53004) Sentença que se mantém. ART. 557
APELAÇÃO DO CPC. NEGATIVA DE SEGUIMENTO
DES. JAIR PONTES DE ALMEIDA DO RECURSO.
Julgamento: 17/11/2009
QUARTA CAMARA CIVEL
Íntegra do Acórdão
Ação Ordinária - Energia Elétrica índice
Fornecimento - Interrupção - Falta de -------------------------
Pagamento Falta de Demonstração A ======================
juntada de boleto bancário onde não
se observa pagamento à Tribunal de Justiça do Estado
Concessionária em apreço não tem o
condão de impedir o corte no de Alagoas
fornecimento de energia elétrica. ======================
Falha na prestação do serviço que não
se efetivou. Decisão reformada. AGRAVO DE INSTRUMENTO
N0. 2006.002796-3
Íntegra do Acórdão Acórdão No. 2.736/2006.
índice
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
-------------------------
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE
0033125-43.2008.8.19.0205
ENERGIA ELÉTRICA. INADIMPLÊNCIA.
(2009.001.31006)
RECONHECIMENTO DA ENERGIA
APELAÇÃO
ELÉTRICA COMO BEM ESSENCIAL E
DES. MARCO AURELIO FROES
DE PRESTAÇÃO CONTINUA.
Julgamento: 28/08/2009
INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA
NONA CAMARA CIVEL
DO CONSUMIDOR. DIREITO
FUNDAMENTAL. RECURSO
APELAÇÃO CÍVEL. SUSPENSÃO DO
CONHECIDO E IMPROVIDO, À
FORNECIMENTO DE ENERGIA UNANIMIDADE.
ELÉTRICA. INADIMPLÊNCIA DO índice
USUÁRIO. ALEGAÇÃO DE FALTA DE
AVISO PRÉVIO. Não é lícito ao -------------------------
consumidor deixar de cumprir com AGRAVO DE INSTRUMENTO
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N0. 2005.000560-3 - ILICITUDE RECONHECIDA - IN CASU
Acórdão No. 2.293 /2005 - PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DO ARTIGO 52 LEI DE INTRODUÇÃO
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE AO CÓDIGO CIVIL - RECURSO
ENERGIA ELÉTRICA. DEVEDOR IMPROVIDO - DECISÃO UNÂNIME. 1.
DESEMPREGADO QUE NÃO POSSUI SÓ SE CONSIDERA LURIDICAMENTE
CONDIÇÕES FINANCEIRAS. IMPOSSÍVEL A DEMANDA QUANDO O
RECONHECIMENTO DA ENERGIA PEDIDO OU A CAUSA DE PEDIR SEJAM
ELÉTRICA COMO BEM VEDADOS PELO ORDENAMENTO
ESSENCIAL E DIREITO FUNDAMENTAL JURÍDICO. 2. O PRESIDENTE DA CEAL
DO CIDADÃO, NÃO SENDO POSSÍVEL AO PRESTAR SUAS INFORMAÇÕES
O CORTE QUANDO O NÃO SE LIMITOU A ALEGAR SUA
INADIMPLEMENTO FOR JUSTIFICADO. ILEGITIMIDADE, MAS DEFENDEU O
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. MÉRITO DO ATO IMPUGNADO,
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO, REQUERENDO A DENEGAÇÃO DA
Á UNANIMIDADE. SEGURANÇA, ASSUMINDO A
LEGITIMATIO AD CAUSAM PASSIVA,
índice CONSUBSTANCIANDO, DESTA FORMA,
------------------------- A TEORIA DA ENCAMPAÇÃO
PROCESSO 00.001560-1. (PRECEDENTES DO STJ). 3. O CORTE
APELAÇÃO CÍVEL NO FORNECIMENTO DE ENERGIA
RELATOR Des. WASHINGTON LUIZ ELÉTRICA DEVE SER PRECEDIDO DE
DAMASCENO FREITAS. COMUNICAÇÃO AO USUÁRIO,
ACÓRDAO No. 1.449/2001 CONFORME DISPÕE O ART. 6° DA LEI
Nº 8.987/95. 4. NÃO HAVENDO NOS
APELAÇÃO CÍVEL - SUSPENSÃO NO AUTOS PROVA DE QUE OS
FORNECIMENTO DE ENERGIA CONSUMIDORES INADIMPLENTES
ELÉTRICA, SOB O ARGUMENTO DE FORAM PREVIAMENTE CIENTIFICADOS
INADIMPLÊNCIA – DÉBITO DA SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO
CONTRAIDO POR OUTRA EMPRESA DE ENERGIA, É DE SE CONSIDERAR
QUE ANTES FUNCIONAVA NO MESMO COMO ILEGAL E ABUSIVO O ATO
LOCAL QUE A EMPRESA RECORRIDA - PRATICADO PELA APELANTE, COM
PARTE QUE NÃO DEU CAUSA A ESPEQUE NO ART. 60, § 3° DA LEI Nº
DÍVIDA - RECURSO CONHECIDO E 8.987/95. 5. A PRÁTICA ROTINEIRA
IMPROVIDO. DE SE SUSPENDER O FORNECIMENTO
DE ENERGIA ELÉTRICA É MEDIDA QUE
índice NA ATUAL CONJUNTURA DA VIDA
URBANA MODERNA DEVE SER
------------------------- UTILIZADA COM EXTREMA
Apelação Cível nº 2005.001462-6 PRUDÊNCIA, MORMENTE QUANDO
da 17ª Vara Cível da Capital NÃO SE TRATA DE CORTE INDIVIDUAL
Fazenda Estadual. DE ENERGIA, MAS DE SUSPENSÃO DO
Relator: Des. JOSE FERNANDO LIMA FORNECIMENTO EM IMÓVEIS
SOUZA. OCULPADOS POR GRANDES NÚMERO
Acórdão n.º 1.036/06. DE PESSOAS. 6. NÃO OBSTANTE O
ENTENDIMENTO DA EGRÉGIA CORTE
PRELIMINARES DE IMPOSSIBILIDADE DE JUSTIÇA SER FAVORÁVEL A
JURÍDICA DO PEDIDO E SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA - REJEIÇÃO ENERGIA ELÉTRICA AOS
- CORTE NO FORNECIMENTO DE CONSUMIDORES INADIPLENTES,
ENERGIA ELÉTRICA AUSÊNCIA DE APÓS PRÉVIO AVISO, ENTENDO, IN
COMUNICAÇÃO PRÉVIA DO USUÁRIO
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CASU, CONTRARIAMENTE, E O FAÇO Relator: Desembargador MELLO
COM SUPEDÂNEO NO PRICÍPIO DA CASTRO
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E Classe: AGRAVO
NO ART. 5°, DA LEI DE INTRODUÇÃO Número Acórdão: 13134
AO CÓDIGO CIVIL. 7. PARA NÃO Data do Julgamento: 19/08/2008
COMETER INJUSTIÇA NEM
EXTRAPOLAR OS LIMITES DA EMENTA: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL
RAZOABILIDADE, TENDO EM VISTA - AÇÃO CIVIL PÚBLICA -
AOS CONSEQÜÊNCIAS QUE FORNECIMENTO ININTERRUPTO DE
PODERIAM ADVIR AOS DIVERSOS ENERGIA ELÉTRICA - PRINCÍPIO DA
MORADORES QUE ALI RESIDEM, DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA -
ENTRE ESTES, CRIANÇAS, IDOSOS E SERVIÇO ESSENCIAL - PRINCÍPIO DA
PESSOAS ENFERMAS. 8. RECURSO RESERVA DO POSSÍVEL -
CONHECIDO E IMPROVIDO. 9. PRECEDENTES DO SUPREMO
DECISÃO UNÂNIME. TRIBUNAL FEDERAL - AGRAVO
índice PARCIALMENTE PROVIDO. 1) A
dignidade da pessoa humana
------------------------- consubstancia o primeiro fundamento
AGRAVO DE INSTRUMENTO de todo o sistema constitucional posto
N0. 2005.000224-3 e o último arcabouço da guarida dos
Acórdão n. 2211 /2005 diretos individuais, sendo que, por
2ª Câmara Cível constituir-se fundamento do Estado
Democrático de Direito, deve
AGRAVO DE INSTRUMENTO. prevalecer quando em conflito com
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. CORTE DE outros interesses da administração de
ENERGIA ELÉTRICA. maneira a proteger os usuários do
INADIMPLEMENTO DE UMA ÚNICA serviço público de qualquer forma de
PRESTAÇÃO, HAVENDO PAGAMENTO violência ou arbitrariedade que
DE TODAS AS ANTERIORES E ameace tal principio; 2) O
POSTERIORES. IMPOSSIBILIDADE. fornecimento de energia elétrica é
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE serviço essencial na vida de qualquer
E DA RAZOABILIDADE. cidadão, notadamente de um
VEROSSIMILHANÇA CONFIGURADA. Município como um todo, eis que a
PERIGO DE DANOIRREPARÁVEL OU DE garantia eficaz de outros serviços
DIFÍCIL REPARAÇÃO. CONFIGURADO. como saúde, segurança e educação,
CORRETORA DE IMÓVEIS QUE dele dependem diretamente; 3) A
SOFRERIA GRAVES PREJUÍZOS COM A prestação positiva de serviços pelo
INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO. Estado ou por suas concessionárias
ANTECIPAÇÃO CONFIRMADA. está, em regra, sujeita ao principio da
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO "reserva do possível" no sentido de
Á UNANIMIDADE. que os direitos já previstos só podem
índice
ser garantidos quando há recursos
públicos suficientes, não podendo,
------------------------- contudo, o Estado negar aos
administrados o mínimo existencial
====================== para uma sobrevivência digna.
Precedentes do Excelso Supremo
Tribunal de Justiça do Estado
Tribunal Federal; 4) Agravo de
do Amapá Instrumento provido em parte.
======================
Íntegra do Acórdão
índice
Processo: 2131/08
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Agravante posteriormente, inclusive
------------------------- com a interrupção do fornecimento de
Processo: 1052/01 energia elétrica, adotados os
Relator: Desembargador DÔGLAS procedimento legais.
EVANGELISTA
Classe: APELAÇÃO CÍVEL Íntegra do Acórdão
Número Acórdão: 5884 índice
Data do Julgamento: 05/08/2003
-------------------------
EMENTA CONSTITUCIONAL -
MANDADO DE SEGURANÇA - CORTE
DO FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA - DÉBITO SOMENTE EM ======================
UMA DAS UNIDADES CONSUMIDORAS
DA APELANTE - VIOLAÇÃO DOS Tribunal de Justiça do Estado
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
AMPLA DEFESA E DO da Bahia
CONTRADITÓRIO - 1) O Corte no ======================
fornecimento de energia elétrica viola
o direito do consumidor a prestação APELAÇÃO 30564-2/2009
de serviços essenciais - 2) – Em Órgão Julgador: PRIMEIRA CÂMARA
procedimento administrativo deve ser CÍVEL
observado, sob pena de nulidade, o Relator: CARLOS ROBERTO SANTOS
contraditório e a ampla defesa. ARAUJO
Data do Julgamento: 19/11/2009
Íntegra do Acórdão
Apelação Cível – Direito do
índice Consumidor – Ação de Indenização –
------------------------- Danos morais – Adulteração de
Processo: 395/99 consumo de energia – Desvio antes do
Relator: Juiz Convocado MÁRIO medidor – Imóvel alugado - Corte no
MAZUREK fornecimento de energia antes do
Classe: AGRAVO vencimento da fatura emitida para
Número Acórdão: 3421 pagamento do consumo apurado –
Data do Julgamento: 14/12/1999 Impossibilidade – Danos
extrapatrimoniais – Existência -
PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE Quantum indenizatório fixado de
INSTRUMENTO - SUSPENSÃO DE forma razoável - Apelação improvida.
FORNECIMENTO DE ENERGIA 1. Considerando a essencialidade que
ELÉTRICA - FALTA DE AVISO PRÉVIO - a energia elétrica possui para o
INADMISSIBILIDADE - DECISÃO convívio em sociedade e bem-estar
LIMINAR DETERMINANDO O dos cidadãos, a suspensão do seu
RESTABELECIMENTO - PERICULUM IN suprimento deve ser considerada
MORA INEXISTENTE - DECISÃO medida extrema, sobretudo pela
MANTIDA. 1) Mantém-se a decisão agressividade a ela inerente, restando
que, em Mandado de Segurança, caracterizado o dano moral
determina o restabelecimento da indenizável pelo corte do fornecimento
energia elétrica, interrompido sem antes do vencimento da fatura. 2.
aviso prévio. 2) Inexiste o periculum Verifica-se, pois, que o consumidor
in mora, vez que, em sendo não teve como exercer seu direito de
comprovada a existência do débito, o formalizar sua irresignação, de sorte
mesmo poderá ser executado pela que a conduta da apelante viola os

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postulados constitucionais do
contraditório, ampla defesa e devido índice
processo legal – aplicáveis também ao
procedimento administrativo - -------------------------
resultando em inequívoco abalo à AGRAVO DE INSTRUMENTO
honra do cidadão, eis que impingiu-lhe 41464-4/2005
situação de vexame, constrangimento Órgão Julgador: PRIMEIRA CÂMARA
e humilhação por três razões: CÍVEL
imputação da prática de um ilícito, Relator: RUTH PONDE LUZ
impossibilidade de defesa e suspensão Data do Julgamento: 24/05/2006
do fornecimento de energia elétrica
em sua residência. 3. Apelação Agravo de Instrumento. Suspensão de
improvida. Sentença mantida. fornecimento de energia elétrica.
impossibilidade. Discussão da dívida.
índice Decisão a quo mantida. Agravo
improvido. Estando em discussão o
------------------------- débito correspondente à diferença de
AGRAVO DE INSTRUMENTO consumo apurada unilateralmente pela
39114-1/2006 concessionária do serviço de energia
Órgão Julgador: PRIMEIRA CÂMARA elétrica, não deve ocorrer a suspensão
CÍVEL do fornecimento.
Relator: JOSE MARQUES PEDREIRA
Data do Julgamento: 27/06/2007 índice

Agravo de Instrumento. Ação Cautelar -------------------------


Inominada. Suspensão do AGRAVO DE INSTRUMENTO
fornecimento energia elétrica. Serviço 33210-6/2007
Público. Irregularidade no medidor de Órgão Julgador: QUINTA CÂMARA
consumo. Impossibilidade de CÍVEL
suspensão por inadimplemento Relator: RUBEM DARIO PEREGRINO
enquanto se apura o valor real do CUNHA
debito. Inadimplemento da fatura. Data do Julgamento: 25/03/2008
Persistência. Ações Administrativas e
judiciais. Possibilidade. Recurso Agravo de Instrumento. Cautelar
parcialmente provido. O corte no Inominada. Processo Civil.
fornecimento de energia elétrica Antecipação de Tutela. Suspensão de
condicionando a sua re-ligação ao fornecimento de energia elétrica como
pagamento de fatura expedida a partir meio de coerção para pagamento de
de subfaturamento, supostamente débitos antigos. Impossibilidade. Art.
decorrente da adulteração do medidor 73, parágrafo único, da resolução n°.
praticado pelo usuário, é ilegal e 456/2000 da Aneel. Precedentes
abusiva, mormente quando, o valor jurisprudenciais do Superior Tribunal
real devido necessita de apreciação de Justiça. Agravo de Instrumento
mais aprofundada, na fase probatória improvido. 1- A jurisprudência do
dos autos principais, devendo a Superior Tribunal de Justiça é firme no
concessionária manter o fornecimento sentido de que, em se tratando de
de energia elétrica do usuário, relação de consumo, cujo objeto é o
abstendo-se de suspender o citado fornecimento de energia elétrica,
fornecimento, por conta da dívida sub considerado bem essencial, revela-se
judice, ficando revogado inviável o corte de seu fornecimento,
instantaneamente, tal proibição, em mormente quando utilizado como
caso de inadimplência futura. Agravo meio de coerção para o pagamento de
parcialmente provido. diferença de energia elétrica
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anteriormente não cobrada e apurada entretanto, de pessoa jurídica de
unilateralmente pela agravante. 2- A direito público, o corte no
citada Corte Superior de Justiça repele fornecimento de energia somente se
veementemente a prática de afigura possível nas unidades
suspensão de fornecimento de energia consideradas não essenciais. III-
elétrica para a cobrança de supostos Recurso conhecido, mas desprovido.
débitos que não correspondem ao
consumo atual, ou seja, para a Íntegra do Acórdão
cobrança de dívidas antigas. 3- índice
Vedação expressa contida no art. 73,
parágrafo único da resolução n°. -------------------------
456/2000 da Agência Nacional de 602-46.2005.8.06.0107/1 -
Energia Elétrica (Aneel). 4- Demais APELAÇÃO CÍVEL
disso, a continuidade do serviço de Órgão Julgador: 2ª CÂMARA CÍVEL
energia não ocasionará prejuízos à Relator: Des. JOÃO DE DEUS
concessionária de energia elétrica, que BARROS BRINGEL
continuará a emitir fatura a ser
cobrada do consumidor. 5- Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL.
Precedentes jurisprudenciais do STJ. RECURSO DE APELAÇÃO. COELCE.
6. Agravo de Instrumento improvido. CORTE NO FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA, POR SUPOSTA
índice INADIMPLÊNCIA. DEMONSTRAÇÃO,
PELO CONSUMIDOR, DE QUE HOUVE
------------------------- O PAGAMENTO. VIOLAÇÃO DE BEM
JURIDICAMENTE PROTEGIDO. DEVER
====================== DE INDENIZAR. QUANTUM FIXADO EM
R$ 5.000,00. QUANTIA SUFICIENTE À
Tribunal de Justiça do Estado PUNIÇÃO DA CONDUTA E
COMPENSAÇÃO DO DANO. APELO
do Ceará CONHECIDO, MAS NÃO PROVIDO.
======================
índice
7206-19.2006.8.06.0000/0 -
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM -------------------------
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO 456731-12.2000.8.06.0000/0 -
Órgão Julgador: 2ª CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO COM
Relator: Desembargadora GIZELA PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO
NUNES DA COSTA Número Antigo: 199911165000

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO


- AÇÃO CAUTELAR - CORTE NO
FORNECIMENTO DE ENERGIA Órgão Julgador: 3ª CÂMARA CÍVEL
MUNICIPAL - POSSIBILIDADE - Relator: Desembargadora MARIA
CONSERVAÇÃO DAS UNIDADES CELESTE THOMAZ DE ARAGÃO
ESSENCIAIS - AGRAVO CONHECIDO,
MAS DESPROVIDO. I- Não há dúvidas Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO
a respeito da possibilidade de a - LIMINAR DE AÇÃO CAUTELAR -
concessionária de serviço público CONCESSÃO - CORTE NO
interromper, após aviso prévio, o FORNECIMENTO DE ENERGIA
fornecimento de energia elétrica a ELÉTRICA - HOSPITAL -
consumidor que comprovadamente IMPOSSIBILIDADE EM FACE DO
inadimplente. II- Tratando-se, RISCO DE VIDA DOS PACIENTES -
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
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Revista Jurídica/15
- AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO: hospitalar, inclusive em Unidade de
I - O ordenamento jurídico pátrio veda Terapia intensiva - UTI, o que envolve
o corte no fornecimento de energia o constante risco de vida de diversos
elétrica, especialmente quanto o pacientes, a maioria dependendo de
usado como forma de compelir o aparelhos para manterem-se vivos. E
usuário o usuário ao pagamento de para que tais máquinas funcionem é
tarifa em atraso. II - A energia imprescindível o uso de energia
elétrica é serviço público por expressa elétrica, que não pode ser suprida,
determinação constitucional (art. 21, sob pena de acarretar diretamente e
XII, "b", da Carta Magna de 1988) e, indiretamente a agravação dos danos
nesta qualidade, rege-se pelos físicos - podendo ocasionar, inclusive,
princípios de permanência e da a morte - de pacientes internados e de
eficiência, os quais impõe outros que procurem o atendimento
continuidade e atualização do serviço. de urgência. VII - Com isso, está-se
III - A normatividade estatuída pelo aplicando o princípio da
Código de Defesa do Consumidor proporcionalidade, entendido com um
aplica-se tanto aos consumidores mandamento de otimização do
descritos pelo art. 2º daquela respeito máximo a todo direito
legislação, bem como a todas as fundamental, em situação de conflito
pessoas, determináveis ou não, com outro(s), na medida do jurídico e
expostas às práticas comerciais e faticamente possível. VIII - Na
contratuais, nos termos do art. 29 situação trazida a exame, impor à
daquele Codex. IV - Nada obstante o Agravante um não fazer, consistente
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, em não cortar a energia elétrica da
através de sua 1a. Turma, venha Agravada, apresenta-se como o meio
considerando ilegal - por violação ao mais adequado e eficaz para garantir
art. 42 do CDC - a interrupção no a subsistência da vida das pessoas
fornecimento de energia elétrica, que se encontram sob os cuidados
mesmo que inadimplente o daquele Hospital e mesmo daquelas
consumidor, devendo a concessionária que venham a necessitar de seus
de serviço público utilizar-se dos serviços. IX - Nessa perspectiva, é de
meios próprios para receber os se ter presente, ainda, que o princípio
pagamentos em atrasos, a solução da da proporcionalidade insere-se na
quizila está a depender da situação categoria materialmente aberta dos
fática apresentada, inexistindo uma direitos consagrados como
interpretação absoluta para todos os fundamentais, por força do que
casos apresentados. V - O corte no determina o §2º, do art. 5º, da
fornecimento de energia elétrica, por Constituição Federal, tendo tal
si só, não malfere o princípio da extensão o mesmo tratamento de
permanência ou da continuidade do efetividade que os demais direitos
serviço público, desde que ocorra nas elencados no rol do caput, de modo a
hipóteses e na forma legalmente vincular a atividade jurisdicional, em
previstas, especialmente - por face do regime do §1º, do referido art.
interessar à espécie - após prévio 5º. X - Agravo conhecido e improvido.
aviso, quando por inadimplemento do
usuário, considerando o interesse da Íntegra do Acórdão
coletividade. VI - No caso em índice
comento, todavia, não pode a -------------------------
Agravante suspender o fornecimento 8982-59.2003.8.06.0000/0 -
de energia elétrica à Agravada, ainda APELAÇÃO CÍVEL
que diante de seu inadimplemento, Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL
uma vez que esta exerce atividade Relator: Des. FERNANDO LUIZ
XIMENES ROCHA
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Revista Jurídica/16
Ementa: DIREITO DO CONSUMIDOR INAFASTÁVEL. O art. 6º, §§ 1º e 3º,
E ADMINISTRATIVO. TERMO DE II da Lei nº 8.987/95, que dispõe
CONFISSÃO DE DÍVIDA. DÉBITOS sobre o regime de concessão e
PRETÉRITOS. INADIMPLEMENTO. permissão da prestação de serviços
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE públicos previsto no art. 175 da
ENERGIA ELÉTRICA. Constituição Federal, autoriza a
IMPOSSIBILIDADE. DANO MORAL interrupção do fornecimento de
CARACTERIZADO. VALOR energia elétrica, desde que exista
EXORBITANTE. NECESSIDADE DE prévio aviso ao usuário. Ausência de
REDUÇÃO. APELAÇÃO CONHECIDA E prova acerca do referido aviso.
PARCIALMENTE PROVIDA. 1. A Lei nº Débitos pretéritos. Impossibilidade de
8.987/1995, que dispõe sobre o justificarem o corte de energia.
regime de concessão e permissão da Existência de outros meios de
prestação de serviços públicos cobrança. Recurso não-provido.
previstos no art. 175 da Constituição
Federal, contemplado, nos incisos I e Íntegra do Acórdão
II do § 3º do art. 6º, duas hipóteses índice
em que é legítima sua interrupção, em
situação de emergência ou após -------------------------
prévio aviso: (a) por razões de ordem 3968-10.2000.8.06.0062/1 -
técnica ou de segurança das APELAÇÃO CÍVEL
instalações; (b) por inadimplemento Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL
do usuário, considerado o interesse da Relator: Desembargadora MARIA
coletividade. 2. Todavia, quando se IRACEMA DO VALE HOLANDA
tratar de cobrança de débitos antigos
e consolidados, o Superior Tribunal de Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL.
Justiça firmou o entendimento de que REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS -
é indevido o corte de energia elétrica, ILÍCITO COMPROVADO - DANO
devendo os mencionados débitos MORAL PRESUMIDO - VALOR
serem cobrados pelas vias ordinárias INDENIZATÓRIO - QUANTUM
de cobrança. 3. Não apresentando as EXCESSIVO - REDUÇÃO. 1. No caso,
circunstâncias da lide qualquer motivo ação de reparação de danos morais
que justifique a fixação do quantum contra a COELCE, em virtude desta
indenizatório em patamar elevado, concessionária ter realizado corte de
deve este ser reduzido em atenção ao energia de colégio particular do Ensino
princípio da razoabilidade. 4. Recurso Fundamental, no período das aulas,
conhecido e parcialmente provido. apesar da escola ter comprovado que
estava pagando suas obrigações em
Íntegra do Acórdão dia. 2. O STF e o STJ já definiram que
índice a responsabilidade civil das Empresas
privadas concessionárias de serviços
------------------------- públicos é objetiva, inclusive as de
597-88.2004.8.06.0000/0 - concessão de energia. Neste sentido
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM ensina o STJ que "segundo a
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO Constituição Federal (art. 37, § 6º), a
Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL responsabilidade da empresa de
Relator: Des. JOSÉ ARÍSIO LOPES DA energia elétrica, concessionária de
COSTA serviço público, é objetiva" (STJ -
REsp 246758 / AC - Ministro BARROS
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. MONTEIRO - DJ 27.11.2000). 3.
ENERGIA ELÉTRICA. INADIMPLENTE. Pacífico também a possibilidade de
INTERRUPÇÃO. POSSIBILIDADE. indenização por dano moral à pessoa
AVISO PRÉVIO. CONDIÇÃO jurídica, segundo a súmula 227 do
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Revista Jurídica/17
STJ: "A pessoa jurídica pode sofrer - CONSIDERANDO A DUBIEDADE
dano moral". 4. Contudo, a QUANTO AO EFETIVO PERÍODO DE
indenização por dano moral deve ser INADIMPLÊNCIA E A SITUAÇÃO
regida pelo princípio da VIVENCIADA PELA FAMÍLIA COM
proporcionalidade, atentando-se o PESSOA IDOSA E PORTADORA DE
julgador à capacidade econômica das NECESSIDADES ESPECIAIS E,
partes, à extensão do dano e à SOBRETUDO A ESSENCIALIDADE DE
intensidade da culpa. O valor fixado TAL SERVIÇO, É DE SE CONSIDERAR
não deve ser tão expressivo, sob pena PARA FINS DE RESTABELECIMENTO
de representar enriquecimento sem DO FORNECIMENTO DE ENERGIA QUE
causa, nem tão diminuto, a ponto de O PRÉVIO DEPÓSITO SE FAÇA DOS
se tornar irrisório. 6. Consideradas as MESES ATINENTES AO PERÍODO DE
peculiaridades do caso em questão, 18/11/2008 A 16/12/2008 QUE
deve ser reduzido o valor da ORIGINOU O CORTE DA ENERGIA. 2-
condenação, fixado em R$ RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
100.000,00, por excessivo, reduzindo-
o na quantia certa de R$ 10.000,00 Íntegra do Acórdão
(dez mil reais). 7. Verba honorária índice
mantida em 10% sobre o novo valor
da indenização fixada, sem a -------------------------
incidência de sucumbência recíproca, 2009 00 2 006355-4 AGI -
dada a súmula 326 do STJ: "Na ação 0006355-45.2009.807.0000
de indenização por dano moral, a Registro do Acórdão: 366000
condenação em montante inferior ao Data de Julgamento: 08/07/2009
postulado na inicial não implica Órgão Julgador: 1ª Turma Cível
sucumbência recíproca". - Sentença Relator: MARIA DE FÁTIMA RAFAEL DE
reformada em termos, reduzindo-se a AGUIAR RAMOS
condenação. - Apelação conhecida e
parcialmente provida. - Unânime. Ementa: PROCESSO CIVIL - ENERGIA
ELÉTRICA - QUESTIONAMENTO DO
Íntegra do Acórdão DÉBITO CONSOLIDADO - SUSPENSÃO
índice DO FORNECIMENTO - INVIABILIDADE.
-------------------------
====================== - NOS TERMOS DO ART. 42 DO
CÓDIGO DE DEFESA DO
Tribunal de Justiça CONSUMIDOR, "NA COBRANÇA DE
DÉBITOS, O CONSUMIDOR
do Distrito Federal INADIMPLENTE NÃO SERÁ EXPOSTO A
====================== RIDÍCULO, NEM SERÁ SUBMETIDO A
2009 00 2 009553-9 AGI - QUALQUER TIPO DE
0009553-90.2009.807.0000 CONSTRANGIMENTO OU AMEAÇA".
Registro do Acórdão: 379147 ASSIM, NÃO PODERÁ OCORRER O
Data de Julgamento: 23/09/2009 CORTE DO FORNECIMENTO DE
Órgão Julgador: 3ª Turma Cível ENERGIA ELÉTRICA NA HIPÓTESE DE
Relator: IRACEMA MIRANDA E SILVA DISCUSSÃO JUDICIAL DE DÉBITOS
ANTIGOS E CONSOLIDADOS.
Ementa: - RECURSO PROVIDO. UNÂNIME.
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RESTABELECIMENTO Íntegra do Acórdão
DO FORNECIMENTO DE ENERGIA índice
ELÉTRICA. SERVIÇO ESSENCIAL.
DÉBITO PRETÉRITO. DUBIEDADE -------------------------
QUANTO PERÍODO INADIMPLÊNCIA. 1
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Revista Jurídica/18
2007 01 1 121800-4 APC - 2006 01 1 057142-7 APC -
0121800-79.2007.807.0001 0057142-80.2006.807.0001
Registro do Acórdão: 361032 Registro do Acórdão: 394396
Data de Julgamento: 01/06/2009 Data de Julgamento: 18/11/2009
Órgão Julgador: 3ª Turma Cível Órgão Julgador: 3ª Turma Cível
Relator: HUMBERTO ADJUTO ULHÔA Relator: NÍDIA CORRÊA LIMA

Ementa: CIVIL - FORNECIMENTO DE Ementa: CIVIL. CONSUMIDOR. AÇÃO


ENERGIA ELÉTRICA - INTERRUPÇÃO - DE INDENIZAÇÃO.
USUÁRIO INADIMPLENTE - RESPONSABILIDADE CIVIL.
LEGALIDADE PRECEDENTES DO EG. INTERRUPÇÃO FORNECIMENTO DE
STJ - INEXISTÊNCIA DE ATOS ENERGIA ELÉTRICA. SERVIÇO
LESIVOS AOS DIREITOS DA ESSENCIAL. DANOS MATERIAIS. NÃO
PERSONALIDADE - DANO MORAL - COMPROVAÇÃO. DANOS MORAIS.
NÃO CARACTERIZAÇÃO - SENTENÇA CARACTERIZAÇÃO. QUANTUM
MANTIDA. 1. A JURISPRUDÊNCIA DO INDENIZATÓRIO. MANUTENÇÃO.
EG. STJ FIRMOU-SE NO SENTIDO DE 1. RESTA CARACTERIZADA A
QUE É LÍCITA A INTERRUPÇÃO DO RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA
FORNECIMENTO DE ENERGIA DA EMPRESA PRESTADORA DE
ELÉTRICA, QUANDO, APÓS PRÉVIO SERVIÇO DE FORNECIMENTO DE
AVISO, O USUÁRIO DO SERVIÇO ENERGIA ELÉTRICA PELA FALHA NA
PERMANECE INADIMPLENTE NO PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS (ART. 14,
PAGAMENTO DA RESPECTIVA CONTA. CDC), NA HIPÓTESE EM QUE
2. NA HIPÓTESE, O SERVIÇO DE PROCEDE À INTERRUPÇÃO DO
ENERGIA ELÉTRICA DO ESCRITÓRIO SERVIÇO A DESPEITO DA
DE ADVOCACIA DA AUTORA FOI INEXISTÊNCIA DE ATRASO NO
INTERROMPIDO PORQUE PERSISTIA A PAGAMENTO DAS FATURAS DE
INADIMPLÊNCIA, MESMO APÓS A CONSUMO.
REGULAR E PRÉVIA NOTIFICAÇÃO 2. NÃO É CABÍVEL CONDENAÇÃO AO
PELA CEB, INEXISTINDO, NESSE PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR
ASPECTO, QUALQUER ILEGALIDADE. DANOS MATERIAIS QUANDO NÃO
A PROVA TESTEMUNHAL DEMONSTRA, SUFICIENTEMENTE COMPROVADO O
AINDA, QUE O PREPOSTO DA PREJUÍZO DECORRENTE DA FALHA NA
EMPRESA CONCESSIONÁRIA NÃO PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.
USOU PALAVRAS DE BAIXO CALÃO AO 3. A INTERRUPÇÃO INDEVIDA DO
SE DIRIGIR À CONSUMIDORA, FORNECIMENTO DE ENERGIA
LIMITANDO-SE A SEGUIR AS ELÉTRICA PARA A RESIDÊNCIA DO
ORIENTAÇÕES RECEBIDAS DA CONSUMIDOR CARACTERIZA DANO
PRESTADORA DE SERVIÇOS, MORAL PASSÍVEL DE REPARAÇÃO,
INEXISTINDO, PORTANTO, ATO PORQUANTO SE TRATA DE SERVIÇO
LESIVO AOS DIREITOS DA ESSENCIAL, CUJA SUSPENSÃO
PERSONALIDADE QUE ENSEJEM O ACARRETA TRANSTORNOS QUE
ADVENTO DO DANO MORAL. 3. SUPERAM OS ABORRECIMENTOS DO
APELAÇÃO CONHECIDA E NÃO DIA-A-DIA. 4. PARA A FIXAÇÃO DO
PROVIDA. Decisão CONHECER. NEGAR QUANTUM DEVIDO A TÍTULO DE
PROVIMENTO AO RECURSO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS,
UNÂNIME. DEVE O MAGISTRADO LEVAR EM
CONSIDERAÇÃO AS CONDIÇÕES
Íntegra do Acórdão PESSOAIS DAS PARTES, A EXTENSÃO
índice DO DANO EXPERIMENTADO, BEM
COMO O GRAU DE CULPA DO RÉU
------------------------- PARA A OCORRÊNCIA DO EVENTO,

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Revista Jurídica/19
NÃO SE JUSTIFICANDO A ALTERAÇÃO ABORRECIMENTOS E DISSABORES DO
DO VALOR ARBITRADO QUANDO DIA-A-DIA, QUE NÃO EXACERBAM A
DEVIDAMENTE OBSERVADOS OS NATURALIDADE DOS FATOS DA VIDA,
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE NÃO DÃO ENSEJO À INDENIZAÇÃO
E RAZOABILIDADE. 5. APELAÇÃO POR DANO MORAL, PORQUANTO
CÍVEL E RECURSO ADESIVO INSUFICIENTES PARA CAUSAR
CONHECIDOS E NÃO PROVIDOS. TRANSTORNOS A QUALQUER BEM
Decisão CONHECER. NEGAR PERSONALÍSSIMO. -RECURSO
PROVIMENTO AOS RECURSOS. IMPROVIDO. UNÂNIME. Decisão
UNÂNIME. CONHECIDO. NEGOU-SE
PROVIMENTO. UNÂNIME.
Íntegra do Acórdão
índice Íntegra do Acórdão
índice
-------------------------
2005 01 1 125205-2 APC - -------------------------
0125205-94.2005.807.0001 APELAÇÃO CÍVEL 2005 01 1
Registro do Acórdão: 348758 019512-3 APC - 0019512-
Data de Julgamento: 18/03/2009 24.2005.807.0001
Órgão Julgador: 6ª Turma Cível Registro do Acórdão: 264380
Relator: OTÁVIO AUGUSTO Data de Julgamento: 25/10/2006
Órgão Julgador: 2ª Turma Cível
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE Relator: CÉSAR LOYOLA
REPARAÇÃO DE DANOS - CEB -
PRELIMINAR - FALTA DE INTERESSE Ementa: ADMINISTRATIVO. ENERGIA
DE AGIR - REGISTRO DE COBRANÇA ELÉTRICA. DÉBITO ANTIGO.
DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA INADIMPLEMENTO DO CONSUMIDOR.
- ALTERAÇÃO NÃO SOLICITADA SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO.
FORMALMENTE PELO CONSUMIDOR - MEDIDA COERCITIVA VEDADA PELO
INDENIZAÇÃO - DANO MORAL- ART. 42 DO CDC.
INOCORRÊNCIA. - FALTA INTERESSE - CONFIGURA CONSTRANGIMENTO
DE AGIR AO AUTOR EM RELAÇÃO À VEDADO PELO ARTIGO 42 DO CDC A
PRETENSÃO JÁ ALCANÇADA POR SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE
OCASIÃO DO AJUIZAMENTO DA ENERGIA ELÉTRICA POR DÉBITO
AÇÃO. - A MERA PARTICIPAÇÃO À ANTERIOR A 2004, QUE ESTÁ SENDO
PRESTADORA DE SERVIÇO DE OBJETO DE EXECUÇÃO.
ENERGIA ELÉTRICA DANDO CONTA DE - RECURSO IMPROVIDO. MANTIDA A
QUE O IMÓVEL SE ENCONTRA SENTENÇA QUE DETERMINOU À
FECHADO NÃO INDUZ À ALTERAÇÃO COMPANHIA ENERGÉTICA QUE
DO CADASTRO DE CONSUMIDORES, RESTABELEÇA O FORNECIMENTO.
SENDO IMPRESCINDÍVEL A Decisão NEGAR PROVIMENTO.
COMUNICAÇÃO FORMAL E EXPLÍCITA UNÂNIME.
SOBRE O ENCERRAMENTO DA
RELAÇÃO CONTRATUAL. - OS DANOS Íntegra do Acórdão
MORAIS QUE JUSTIFICAM índice
INDENIZAÇÃO SÃO AQUELES
SURGIDOS EM RAZÃO DE CONDUTA -------------------------
ILÍCITA OU INJUSTA QUE VENHA A 2002 01 1 091810-6 APC -
CAUSAR CONSTRANGIMENTO, 0091810-19.2002.807.0001
HUMILHAÇÃO OU DOR PARA A Registro do Acórdão: 338407
VÍTIMA, SENDO NECESSÁRIA A Data de Julgamento: 10/12/2008
EFETIVA LESÃO AOS DIREITOS DE Órgão Julgador: 5ª Turma Cível
PERSONALIDADE. - MEROS Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA
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REJEITADAS. NEGOU-SE PROVIMENTO
Ementa: CÓDIGO DE DEFESA DO AOS RECURSOS. UNÂNIME. Decisão
CONSUMIDOR - LEGITIMIDADE CONHECER. REJEITAR PRELIMINAR.
PASSIVA - CEB - EMPRESA DO MESMO NEGAR PROVIMENTO AOS RECURSOS.
GRUPO SOCIETÁRIO - UNÂNIME.
INADIMPLÊNCIA - CONSUMIDOR -
FATURA - SUSPENSÃO DO Íntegra do Acórdão
FORNECIMENTO DE ENERGIA índice
ELÉTRICA - DANO MORAL - VALOR
RAZOÁVEL. -------------------------
01. TENDO OS AUTORES
CONFESSADO QUE OS DANOS ======================
CAUSADOS À REDE ELÉTRICA FORAM
CAUSADOS POR SEU FUNCIONÁRIO, Tribunal de Justiça do Estado
NÃO INCORREU A R. SENTENÇA EM
CERCEAMENTO DE DEFESA AO do Espírito Santo
CONDENÁ-LOS AO PAGAMENTO DAS ======================
DESPESAS REALIZADAS. 02.
RESTANDO INCONTROVERSO QUE A 24099155814
CEB E A CEB DISTRIBUIÇÃO S/A Classe: Agravo de Instrumento
INTEGRAM O MESMO GRUPO Órgão: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
SOCIETÁRIO, DEVEM SER Data de Julgamento: 15/09/2009
CONSIDERADAS SUBSIDIARIAMENTE Relator : SAMUEL MEIRA BRASIL
RESPONSÁVEIS, CONFORME JUNIOR
INTELIGÊNCIA DO ART. 28, §2º, DO
CDC. 03. A SUSPENSÃO DO EMENTA: COMERCIAL. ENERGIA
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. INADIMPLEMENTO.
ELÉTRICA, EM RAZÃO DE SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO.
INADIMPLÊNCIA, REVELA-SE ILEGAL, 1. É pacífico o entendimento desta
NA MEDIDA EM QUE O CONSUMIDOR Corte no sentido de que é lícito à
SE VÊ ABSOLUTAMENTE DESPROVIDO concessionária interromper o
DO FORNECIMENTO DE UM PRODUTO fornecimento de energia elétrica, se,
VITAL PARA A SUBSISTÊNCIA DE SI após aviso prévio, o consumidor
PRÓPRIO E DE SUA FAMÍLIA, E permanecer inadimplente no
INCONSTITUCIONAL, POR AFRONTAR pagamento da respectiva conta. A
O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA interrupção do fornecimento de
PESSOA HUMANA, FUNDAMENTO DA energia elétrica por inadimplemento
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. não configura descontinuidade da
04. A CEB POSSUI MEIOS DE prestação do serviço público (AgRg
COBRANÇA JUDICIAL DO CRÉDITO, nos EDcl no REsp 1078096⁄MG,
NÃO SE PRESTANDO A SUSPENSÃO Relator Ministro HUMBERTO MARTINS,
DO FORNECIMENTO DE ENERGIA DJe 11⁄05⁄2009). 2. Recurso provido.
ELÉTRICA COMO MEIO LEGAL DE SE ACÓRDÃO. Vistos, relatados e
EXIGIR O PAGAMENTO DA FATURA. discutidos estes autos, acordam os
05. O QUANTUM INDENIZATÓRIO HÁ Desembargadores da SEGUNDA
DE SER ESTABELECIDO SEGUNDO A CÂMARA do Tribunal de Justiça do
POSIÇÃO SOCIAL DO OFENDIDO, A Espírito Santo, na conformidade da
CAPACIDADE ECONÔMICA DO ata de julgamento e das notas
CAUSADOR E A EXTENSÃO DA DOR taquigráficas, à unanimidade, dar
SOFRIDA, SOB PENA DE PROPICIAR O provimento ao recurso. Os Srs.
LOCUPLETAMENTO INDEVIDO DA Desembargadores José Paulo Calmon
VÍTIMA. 06. PRELIMINARES Nogueira da Gama e Carlos Simões

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Fonseca votaram com o Sr. Conclusão À UNANIMIDADE,
Desembargador Relator. CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO
índice RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO DO
RELATOR.
------------------------- índice
11030726506
Classe: Apelação Cível -------------------------
Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL 24099154767
Data de Julgamento: 25/08/2009 Classe: Agravo Interno - (Arts
Relator: CARLOS HENRIQUE RIOS DO 557/527, II CPC) Agv Instrumento
AMARAL Órgão: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL
Data de Julgamento: 07/07/2009
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO Relator: JORGE GÓES COUTINHO
DE OBRIGAÇÃO DE FORNECIMENTO
DE SERVIÇO - SUSPENSÃO DO Ementa: PROCESSO CIVIL E
FORNECIMENTO DE ENERGIA CONSUMIDOR. SERVIÇO DE
ELÉTRICA - INADIMPLEMENTO - FORNECIMENTO DE ENERGIA
POSSIBILIDADE - - ART. 22 DO CDC ELÉTRICA. SUSPEITA DE FRAUDE.
- ART. 6º, § 3º, II, DA LEI Nº CORTE. NECESSIDADE DE
8.987⁄95 - RECURSO CONHECIDO - COMUNICAÇÃO PRÉVIA. PRAZO PARA
PROVIMENTO NEGADO. 1. Não PAGAMENTO DO DÉBITO.
merece prosperar a pretensão do JULGAMENTO DE RECURSO
apelante na medida em que, o corte, ADMINISTRATIVO. ADULTERAÇÃO DO
por efeito de mora, além de não MEDIDOR. ÔNUS DA PROVA.
maltratar o Código do Consumidor, é CONCESSIONÁRIA. ESTIPULAÇÃO DE
permitido. 2. A jurisprudência da TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO DA
Primeira Seção do STJ é no sentido FRAUDE. INDICAÇÃO DOS VALORES E
que "é lícito à concessionária METODOLOGIA UTILIZADA. RECURSO
interromper o fornecimento de energia DESPROVIDO 1. É lícito à
elétrica, se, após aviso prévio, o concessionária interromper o
consumidor de energia elétrica fornecimento de energia elétrica, se,
permanecer inadimplente no após aviso prévio, o consumidor
pagamento da respectiva conta" (Lei permanecer inadimplente no
nº 8.987⁄95, art. 6º, § 3º, II). 3. O pagamento da respectiva conta. (AgRg
princípio da continuidade do serviço nos EDcl no REsp 1078096⁄MG, Rel.
público assegurado pelo art. 22 do Ministro HUMBERTO MARTINS,
Código de Defesa do Consumidor deve SEGUNDA TURMA, julgado em
ser temperado com a exegese do 28⁄04⁄2009, DJe 11⁄05⁄2009). 2. O
artigo citado (art. 6º, § 3º, II da Lei prazo para pagamento do débito
nº 8.987⁄95). 4. Recurso conhecido. recomeça a fluir após julgado recurso
5. Provimento negado. Vistos, administrativo. Para tanto, é
relatados e discutidos os presentes necessária comprovação do
autos em que trata a presente julgamento do recurso administrativo
APELAÇÃO CÍVEL Nº para contagem de referido tempo. 3.
011.030.726.506, cujo apelante é O ônus probatório da demonstração
RENO URAN JUNIOR e apelado de fraude em medidor é da
ESCELSA S⁄A. ACORDA a Egrégia concessionária, que deve indicar a
Primeira Câmara Cível, em metodologia utilizada para apurar o
conformidade com a ata e com as tempo de duração e os valores
notas taquigráficas da sessão, À decorrentes da adulteração. 4.
UNANIMIDADE, CONHECER E NEGAR Recurso desprovido. Conclusão À
PROVIMENTO AO RECURSO, NOS UNANIMIDADE NEGAR PROVIMENTO
TERMOS DO VOTO DO RELATOR. AO RECURSO
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índice apresentação de prova robusta dos
danos morais sofridos, sendo bastante
------------------------- o constrangimento experimentado
24000142620 pelos apelados ao chegar de viagem
Classe: Apelação Cível após um feriado, como ocorrera in
Órgão: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL casu, e encontrar seu lar às escuras,
Data de Julgamento: 20/09/2005 os alimentos de seu refrigerador
Relator: RÔMULO TADDEI deteriorados, além da inevitável
humilhação a que ficaram submetido
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. 1) perante terceiros, até que a situação
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA fosse, enfim, normalizada. 4) Deve o
ABSOLUTA. RESOLUÇÃO 018⁄2002. quantum indenizatório ser reduzido,
AÇÃO EM CURSO ENVOLVENDO haja vista a necessidade de ser fixada
MATÉRIA CONSUMEIRISTA. em termos razoáveis, operando-se o
PERMANÊNCIA NO JUÍZO arbitramento com moderação,
DISTRIBUÍDO. PRELIMINAR proporcionalmente ao grau de culpa e
REJEITADA. 2) ENERGIA ELÉTRICA. ao porte econômico das partes.
BEM ESSENCIAL. CONTINUIDADE DA Recurso parcialmente provido.
PRESTAÇÃO. SUSPENSÃO DE Conclusão: à unanimidade, rejeitar a
FORNECIMENTO. PAGAMENTO DE preliminar argüida, e no mérito, por
DÉBITO PRETÉRITO. igual votação, dar parcial provimento
IMPOSSIBILIDADE. 3) LAR ÀS ao recurso
ESCURAS. ALIMENTOS índice
DETERIORADOS. HUMILHAÇÃO
PERANTE TERCEIROS. DANO MORAL -------------------------
CARACTERIZADO. 4) REDUÇÃO DO 24099161036
QUANTUM INDENIZATÓRIO. Classe: Agravo Interno - (Arts
RAZOABILIDADE. GRAU DE CULPA. 557/527, II CPC) Agv Instrumento
VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM Órgão: QUARTA CÂMARA CÍVEL
CAUSA. RECURSO PARCIALMENTE Data de Julgamento: 03/11/2009
PROVIDO. Relator: NEY BATISTA COUTINHO
1) Somente as ações que tiveram
propositura subseqüente à Resolução EMENTA - ENERGIA ELÉTRICA -
018⁄2002 e à criação das 10ª e 11ª DÉBITOS PRETÉRITOS - CORTE NO
Varas Cíveis, ou seja, as novas ações FORNECIMENTO - ESSENCIALIDADE
envolvendo matéria consumeirista, é DO SERVIÇO - IMPOSSIBILIDADE -
que deveriam obrigatoriamente ser ALUGUEL - PONTO COMERCIAL -
remetidos a uma daquelas duas Varas, APLICAÇÃO DO CDC - DIVERGÊNCIA
seguindo os critérios traçados na dita JURISPRUDENCIAL NÃO
Resolução, sendo que aquelas já em DEMONSTRADA - RECURSO
curso deveriam permanecer nos Juízos CONHECIDO E NÃO PROVIDO A
Cíveis para as quais haviam sido interrupção do fornecimento de
distribuídas. Preliminar rejeitada. 2) A energia elétrica somente é possível
energia elétrica é, na atualidade, um quando se tratar de dívida atual,
bem essencial à população, relativa ao mês de consumo. A
constituindo-se serviço público contrario sensu, se a interrupção do
indispensável subordinado ao princípio serviço é procedida em decorrência de
da continuidade de sua prestação, débitos antigos e atrasados, o corte de
pelo que não se admite a suspensão energia representará ameaça ou
de fornecimento de energia elétrica constrangimento ao consumidor,
como forma de compelir o consumidor principalmente porque a
ao pagamento de débito. 3) Torna-se concessionária dispõe de via judicial
até mesmo dispensável a própria para a cobrança dos débitos.
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Precedentes do STJ. É aplicável o CDC Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO
quando não há prova nos autos de - AÇÃO DECLARATÓRIA DE
que a energia elétrica está sendo INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C⁄C
utilizada para o desenvolvimento de REPARAÇÃO DE DANOS E
uma atividade lucrativa. Recurso ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - CORTE
conhecido e improvido. VISTOS, NO FORNECIMENTO DE ENERGIA
relatados e discutidos, Acorda esta ELÉTRICA - IMPOSSIBILIDADE DE
Egrégia Quarta Câmara Cível, na SUSPENSÃO - RECUPERAÇÃO DE
conformidade da ata e notas CONSUMO - RECEIO DE LESÃO GRAVE
taquigráficas da sessão, à EVIDENCIA-SE DE MODO INVERSO -
unanimidade, negar provimento ao RECURSO CONHECIDO, MAS
agravo interno. Conclusão À DESPROVIDO. 1 - Nos casos como o
UNANIMIDADE, NEGAR PROVIMENTO dos presentes autos, a jurisprudência
AO RECURSO. do Colendo Superior Tribunal de
índice Justiça é assente no sentido de que a
"concessionária não pode interromper
------------------------- o fornecimento de energia elétrica por
24040070286 dívida relativa à recuperação de
Classe: Agravo Inominado AP Cível consumo não-faturado, apurada a
Órgão: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL partir da constatação de fraude no
Data de Julgamento: 25/08/2009 medidor, em face da essencialidade
Relator: JORGE GÓES COUTINHO do serviço, posto bem indispensável à
vida" (REsp 849.866⁄PR, DJ
Ementa: INDENIZAÇÃO POR DANOS 05⁄06⁄2008). 2 - Tratando-se de
MORAIS. CONTRATO LOCAÇÃO débito pretérito e dispondo a
COMERCIAL. INADIMPLÊNCIA. concessionária dos meios judiciais
DESLIGAMENTO DA ENERGIA cabíveis para buscar o ressarcimento
ELÉTRICA. IMPOSSIBILIDADE DE dos débitos que entender pertinentes,
EXECUTAR O PRÓPRIO OFÍCIO. não há que se cogitar em suspensão
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ATO do fornecimento. 3 - In casu, a
ILÍCITO CARACTERIZADO – RECURSO situação versa sobre cobrança de
IMPROVIDO. Há ilegalidade na dívida relativa à recuperação de
interrupção no fornecimento de consumo não-faturado, decorrente de
energia elétrica nos casos de dívidas suposta fraude no medidor, hipótese
contestadas em Juízo. Não poderá o em que não é cabível a interrupção do
devedor sofrer nenhuma retaliação fornecimento de energia. 4 - O
por parte do credor, mormente fundado receio de lesão grave
quando impossibilita o devedor de evidencia-se de modo inverso ao que
realizar o seu ofício e atender sua alega a agravante, uma vez que o
clientela, caracterizando dano moral a agravado sofrerá consideráveis
ser reparado. Dissídio jurisprudencial prejuízos com a possível suspensão da
não comprovado. Conclusão À energia elétrica, uma vez que,
UNANIMIDADE NEGAR PROVIMENTO corroborando o entendimento do
AO RECURSO magistrado a quo, o provimento de
índice energia é essencial e deve haver
continuidade em seu fornecimento. 5 -
------------------------- Recurso conhecido, mas desprovido.
11099000629 VISTOS, relatados e discutidos estes
Classe: Agravo de Instrumento autos em que são partes as acima
Órgão: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL indicadas. ACORDA a Colenda
Data de Julgamento: 23/06/2009 Segunda Câmara Cível, na
Relator: MANOEL ALVES RABELO conformidade da ata e notas

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taquigráficas que integram este alvará em favor da apelante para
julgado, à unanimidade, negar levantamento da caução prestada à fl.
provimento ao recurso. Conclusão: à 116 verso. 7) Recurso conhecido e
unanimidade, negar provimento ao parcialmente provido. Conclusão por
recurso. maioria de votos, dar provimento
índice parcial ao recurso, determinando a
expedição do alvará, por unanimidade
-------------------------
12070134874 índice
Classe: Apelação Cível
Órgão: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL -------------------------
Data de Julgamento: 30/06/2009 11089002072
Relator: JOSENIDER VAREJÃO Classe: Agravo Interno - (Arts
TAVARES 557/527, II CPC) Ag Interno Agv
Instrumento
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - Órgão: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
INDENIZAÇÃO - SUSPENSÃO Data de Julgamento: 03/03/2009
FORNECIMENTO DE ENERGIA Relator: MANOEL ALVES RABELO
ELÉTRICA - AUSÊNCIA DE
NOTIFICAÇÃO - CORTE INDEVIDO - EMENTA: AGRAVO INTERNO NO
DEVER DE INDENIZAR - DANOS AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE
MORAIS CONFIGURADOS - INSTRUMENTO - CORTE DE ENERGIA
INDENIZAÇÃO FIXADA - ELÉTRICA DE USUÁRIO -
LEVANTAMENTO CAUÇÃO - IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO -
EXPEDIÇÃO ALVARÁ - RECURSO RECUPERAÇÃO DE CONSUMO NÃO-
PARCIALMENTE PROVIDO. 1) A FATURADO - ILEGALIDADE - AGRAVO
responsabilidade civil do fornecedor de INTERNO INFUNDADO - APLICAÇÃO
serviço público, quando verificado DE MULTA - RECURSO CONHECIDO E
defeito na sua prestação, é objetiva, DESPROVIDO.
dispensando-se a demonstração de 1 - A jurisprudência do Colendo
culpa, conforme preconiza o artigo 14 Superior Tribunal de Justiça é assente,
do CDC. 2) É indiscutível que o nos casos como o presente, no sentido
usuário que não paga a conta fica de que a "concessionária não pode
sujeito ao corte do fornecimento de interromper o fornecimento de
energia, porém o corte não se dá energia elétrica por dívida relativa à
automaticamente, devendo ser recuperação de consumo não-
previamente notificado o usuário para faturado, apurada a partir da
que possa providenciar a quitação da constatação de fraude no medidor, em
dívida ou impugnar o valor do débito. face da essencialidade do serviço,
3) Se a concessionária não comunica posto bem indispensável à vida.
previamente ao usuário que "(REsp 849.866⁄PR, DJ 05⁄06⁄2008) 2
suspenderá o fornecimento de energia - Tratando-se de débito pretérito, não
elétrica ante a situação de há que se cogitar em suspensão do
inadimplência, mostra-se ilegítimo o fornecimento, máxime quando dispõe
corte, gerando o dever de indenizar. a concessionária e fornecedora dos
4) A prova do dano, na presente meios judiciais cabíveis para buscar o
hipótese, está no próprio fato que o ressarcimento dos débitos que
ensejou, ou seja, na suspensão do entender pertinente. 3 - Quando o
fornecimento de energia elétrica no suposto débito é calculado após a
estabelecimento do consumidor, sem constatação pela agravante de
o devido respaldo legal. 5) irregularidade no medidor dos
Indenização fixada em R$ 3.000,00 agravados, fato este que é
(três mil reais). 6) Expedição de questionado nos autos da ação
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principal, não deve haver a suspensão ELETRICA E BEM ESSENCIAL A
do fornecimento de energia elétrica. 4 POPULACAO, CONSISTINDO SEU
- Conforme amplamente demonstrado, FORNECIMENTO SERVICO PUBLICO
o presente recurso é infundado, razão INDISPENSAVEL, SUBORDINADO AO
pela qual se aplica à agravante a PRINCIPIO DA CONTINUIDADE DA
multa de 10% (dez por cento) do PRESTACAO, PELO QUE NAO SE
valor corrigido da causa, nos termos INTERROMPE. O CORTE DE ENERGIA
do § 2º, do art. 557, do CPC. 5 - Para ELETRICA, FUNDADO EM REQUISICAO
que se exclua a possibilidade do DO PODER PUBLICO MUNICIPAL NAO
julgamento monocrático com PODE SER REALIZADO, DADA A
fundamento em jurisprudência IMPOSSIBILIDADE DE INGERENCIA
dominante, mister que a parte DO ENTE PUBLICO NA RELACAO DE
apresente arestos de uma mesma CONSUMO EXISTENTE. A
situação, porém julgado de forma INDENIZACAO E DEVIDA, PELA
diversa, o que, definitivamente, não INTERRUPCAO ARBITRARIA
fora demonstrado pela Agravante. 6 - REALIZADA PELA CONCESSIONARIA.
Recurso conhecido, mas desprovido, II - OCASIONANDO INJUSTO DANO
mantendo-se a decisão monocrática AO CONSUMIDOR NASCE PARA A
hostilizada. VISTOS, relatados e CONCESSIONARIA O DEVER DE
discutidos estes autos em que são INDENIZAR PELOS TRANSTORNOS
partes as acima indicadas. ACORDA a CAUSADOS. III - O DECAIMENTO DE
Colenda Segunda Câmara Cível, na PARTE MINIMA DO PEDIDO,
conformidade da ata e notas FORMULADO NA PECA VESTIBULAR
taquigráficas que integram este PELO VENCEDOR DA DEMANDA,
julgado. Conclusão à unanimidade, OBRIGA O LITIGANTE SUCUMBENTE A
negar provimento ao recurso. RESPONDER, POR INTEIRO, PELAS
índice DESPESAS PROCESSUAIS E
HONORARIOS ADVOCATICIOS. APELO
------------------------- CONHECIDO, MAS IMPROVIDO."

====================== DECISÃO....:"ACORDAM OS
INTEGRANTES DA 2A TURMA
Tribunal de Justiça do Estado JULGADORA DA 4ª CAMARA CIVEL, A
UNANIMIDADE DE VOTOS, CONHECER
de Goiás DA APELACAO, MAS IMPROVE-LA,
====================== NOS TERMOS DO VOTO DO
RELATOR."
PROCESSO...: 200601494754
ORIGEM: 4ª CAMARA CIVEL Íntegra do Acórdão
ACÓRDÃO: 19/10/2006 índice
RELATOR: DR(A). CAMARGO NETO
RECURSO: 99518-7/188 -APELACAO -------------------------
CIVEL PROCESSO: 200603389117
ORIGEM: 3ª CAMARA CIVEL
EMENTA: "APELACAO CIVEL. DANOS ACÓRDÃO: 27/02/2007
MORAIS E MATERIAIS RELATOR: DES. NELMA BRANCO
CONFIGURADOS. CORTE NO FERREIRA PERILO
FORNECIMENTO DE ENERGIA RECURSO: 104498-9/188 APELACAO
ELETRICA. REQUISICAO DO PODER CIVEL
PUBLICO MUNICIPAL.
IMPOSSIBILIDADE. HONORARIOS EMENTA: "APELACAO CIVEL. ACAO
ADVOCATICIOS. I - ENERGIA DE INDENIZACAO POR DANOS

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MORAIS. CORTE NO FORNECIMENTO JURIDICA DE DIREITO PRIVADO, E
DE ENERGIA ELETRICA. LEGALIDADE. REGIDA PELA LEI DO INQUILINATO,
1 - E LICITO A CONCESSIONARIA DEVENDO, POR ISSO MESMO, SER
INTERROMPER O FORNECIMENTO DE RESOLVIDA ENTRE AMBOS EM SEDE
ELETRICA, SE, APOS AVISO PREVIO, DE ACAO DE REGRESSO, NAO
O CONSUMIDOR PERMANECER PODENDO SER OPOSTA A
INADIMPLENTE (ART. SEXTO, CONCESSIONARIA DE ENERGIA
PARAGRAFO TERCEIRO, INCISO II, ELETRICA PARA OBRIGAR-LHE A
LEI 8.987/95), NAO CONFIGURANDO MANTER A CONTINUIDADE DO
DESCONTINUIDADE NA PRESTACAO FORNECIMENTO DO SERVIDO
DO SERVICO PARA FINS DE QUANDO CARACTERIZADA A
APLICACAO DOS ARTIGOS 22 E 42, INADIMPLENCIA DO PAGAMENTO.'
DO CODIGO DE DEFESA DO (STJ, AGRG NO AG 708069, REL. MIN.
CONSUMIDOR. 2 - INCABIVEL A FRANCISCO PECANHA MARTINS, DJ
PRETENDIDA INDENIZACAO POR DE 31/03/2006). 2 - DIANTE DA
DANOS MORAIS, HAJA VISTA O FATO AUSENCIA DE CONDUTA ILICITA DA
DE QUE NAO HOUVE ILEGALIDADE OU PRESTADORA DECORRENTE DO
CONDUTA EXCESSIVA POR PARTE DA CORTE NO FORNECIMENTO DE
REQUERIDA. 3 - RECURSO ENERGIA PELO INADIMPLEMENTO DE
APELATORIO CONHECIDO E PARCELAMENTO REALIZADO AO
IMPROVIDO." TEMPO DA LOCACAO, A PAR DE O
LOCADOR EXPRESSAMENTE DIZER-SE
DECISÃO....: "ACORDAM OS RESPONSAVEL PELA SATISFACAO DA
INTEGRANTES DA QUARTA TURMA TARIFA, NAO HA QUE SE PRETENDER
JULGADORA DA TERCEIRA CAMARA DANOS MORAIS, ANTE A AUSENCIA
CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE DE SEUS REQUISITOS. APELACAO
JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, POR CONHECIDA E PROVIDA."
UNANIMIDADE DE VOTOS, CONHECER
DO RECURSO E NEGAR-LHE DECISÃO....: "ACORDAM OS
PROVIMENTO, TUDO NOS TERMOS DO COMPONENTES DA SEGUNDA TURMA
VOTO DA RELATORA. CUSTAS DE JULGADORA DA PRIMEIRA CAMARA
LEI." CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE
JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, A
Íntegra do Acórdão UNANIMIDADE DE VOTOS, EM
índice
CONHECER DO APELO E DAR-LHE
PROVIMENTO, NOS TERMOS DO VOTO
------------------------- DO RELATOR."
PROCESSO: 200704319343
ORIGEM: 1ª CAMARA CIVEL
Íntegra do Acórdão
ACÓRDÃO: 26/02/2008 índice
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE
CHAVES -------------------------
RECURSO: 118056-0/188 - PROCESSO..:200802963859
APELAÇÃO ORIGEM.......:4ª CAMARA CIVEL
ACÓRDÃO....:30/10/2008
EMENTA: "ACAO DE INDENIZACAO. RELATOR.....:DES. CARLOS ESCHER
DANOS MATERIAIS E MORAIS. CELG. RECURSO.....:129665-0/188 -
CORTE. PARCELAMENTO DE DEBITO APELAÇÃO CIVEL
NO PERIODO DA LOCACAO.
INADIMPLEMENTO. AUSENCIA DE EMENTA: APELAÇÃO CIVEL. ACAO DE
CONDUTA ILICITA. 1 - 'A RELACAO INDENIZACAO POR DANOS MORAIS.
ENTRE O LOCADOR DO IMOVEL E O CORTE DE ENERGIA ELETRICA SEM A
LOCATARIO, AMBOS PESSOA
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PREVIA COMUNICACAO. DANOS DE CONSUMIDOR INADIMPLENTE,
MORAIS EVIDENCIADOS. VERBA DESDE QUE PREVIAMENTE
INDENIZATORIA MODERADA. 1 - E COMUNICADO, CONFORME,
LICITO O CORTE DE ENERGIA EXIGENCIA EM RESOLUCAO DA
ELETRICA PELA PRESTADORA DE ANEEL. 2 - E DEVIDA A INDENIZACAO
SERVICO DE COMSUMIDOR QUANDO HA O CORTE ABRUPTO E
INADIMPLENTE, DESDE QUE EQUIVOCADO DE ENERGIA ELETRICA,
PREVIAMENTE COMUNICADO, POSTO QUE OS TRANSTORNOS
CONFORME, EXIGENCIA EM DECORRENTES SAO EVIDENTES. 3 - A
RESOLUCAO DA ANEEL. 2 - A FIXACAO POR DANOS MORAIS DEVE
INDENIZACAO POR DANOS MORAIS SE LIMITAR NO IMPORTE QUE SEJA
DEVE CONSIDERAR A EXTENSAO DOS JUSTO E RAZOAVEL, RAZAO PELO
TRANSTORNOS SOFRIDOS PELO QUAL PROCEDE A REDUCAO DO
RECLAMANTE E CAPACIDADE QUANTUM ARBITRADO NA SENTENCA.
ECONOMICA DO RESPONSAVEL, APELACAO CONHECIDA E IMPROVIDA.
EVITANDO O ENRIQUECIMENTO
ILICITO DO PRIMEIRO E, DECISÃO: ACORDA O TRIBUNAL DE
PRIMORDIALMENTE, PUNIR O JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, EM
OFENSOR PARA QUE NAO VOLTE A SESSAO PELOS INTEGRANTES DA
REINCIDIR NA PRATICA ILICITA. SEGUNDA TURMA JULGADORA DA
RECURSO IMPROVIDO. SEGUNDA CAMARA CIVEL, A
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM
DECISÃO: ACORDAM OS CONHECER E DESPROVER A
COMPONENTES DA 3A TURMA APELACAO, NOS TERMOS DO VOTO
JULGADORA DA 4A CAMARA CIVEL DO DO RELATOR.
EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO
ESTADO DE GOIAS, A UNANIMIDADE Íntegra do Acórdão
DE VOTOS, EM CONHECER DA índice
APELACAO E IMPROVE-LA, NOS -------------------------
TERMOS DO VOTO DO RELATOR. ======================

Íntegra do Acórdão Tribunal de Justiça do Estado


índice
do Maranhão
------------------------- ======================
PROCESSO : 200805994283 Nº Processo 232003
ORIGEM: 2ª CAMARA CIVEL Acórdão 0447102003
ACÓRDÃO....:19/05/2009 Relator CLEONES CARVALHO
RELATOR....: DES. GILBERTO CUNHA
MARQUES FILHO Data 06/06/2003
RECURSO....:137550-3/188 - Processo APELAÇÃO CÍVEL
APELAÇÃO CIVEL
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL.
EMENTA: APELAÇÃO CIVEL. ACAO DE SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO DE
INDENIZACAO POR DANOS MORAIS E ENERGIA. CONCORRÊNCIA DO
MATERIAIS. CORTE DE ENERGIA CONSUMIDOR PARA A INTERRUPÇÃO
ELETRICA SEM A PREVIA DO SERVIÇO. MORA NO PAGAMENTO.
COMUNICACAO. DANOS MORAIS ATO ILÍCITO INEXISTENTE. DANO
EVIDENCIADOS. VERBA NÃO CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO
INDENIZATORIA MODERADA. 1 - E INDEVIDA. I - Inadimplemento
LICITO O CORTE DE ENERGIA PELA voluntário por grande lapso temporal
PRESTADORA DE SERVICO EM CASO Enseja a suspensão na prestação de

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serviço por parte da concessionária de do STJ, 4ºT, Resp 686.947/RS, REl.
Energia Elétrica; II - Havendo Ministro Hélio Quaglia Barbosa, j
concorrência do consumidor, não se 15.05.2007, DJ 04.06.2007). IV -
configura abuso por parte da Condenação por dano moral reduzido
concessionária de Energia Elétrica a para R$ 10.000,00 (dez mil reais),
interrupção de fornecimento; III - não conforme precedente desta Egrégia
havendo ato ilícito, não há dever de Segunda Câmara Cível (AC nº
indenizar; IV - Recurso provido. 17.316/2008 - Colinas. Acórdão nº
78.069/2008. Segunda Câmara Cível.
Íntegra do Acórdão REl. DEs. ANTONIO GUERREIRO
índice JÚNIOR. j. 9/12/2008). V - Apelo
parcialmente provido.
-------------------------
Nº Processo 280252008 Íntegra do Acórdão
Acórdão 0812292009 índice
Relator MARCELO CARVALHO
SILVA -------------------------
Data 30/04/2009 Nº Processo 3932009
Processo APELAÇÃO CÍVEL Acórdão 0835492009
Relator JORGE RACHID
Ementa: DIREITO DO MUBÁRACK MALUF
CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. Data 29/07/2009
APELAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO Processo APELAÇÃO CÍVEL
POR DANOS MORAIS.
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO Ementa: APELAÇÃO CÍVEL.
PÚBLICO. CORTE NO FORNECIMENTO RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO
DE ENERGIA ELÉTRICA. AVISO MORAL E MATERIAL.
PRÉVIO INEXISTENTE. DANO MORAL. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
COMPROVAÇÃO. EXISTÊNCIA DO PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA.
DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INTERRUPÇÃO NA PRESTAÇÃO. I -
REDUZIDO EM ATENÇÃO AOS Assiste ao consumidor o direito de
PRINCÍPIOS DA MODERAÇÃO E reclamar Em juízo a indenização por
RAZOABILIDADE. APELO danos decorrentes do corte indevido
PARCIALMENTE PROVIDO. I - Não do fornecimento de Energia Elétrica,
pode a concessionária descontinuar o principalmente quando os autos
fornecimento de Energia Elétrica, demonstram que a suspensão do
como forma de coagir o pagamento, fornecimento de Energia deu-sE sem
sem prévia notificação. II - Do corte que houvesse o aviso do corte E falha
de água se segue, isso facto, dano na cobrança de valores Extremamente
moral. Precedentes (AC nº onerosos com o consumo habitual da
6.880/2002 - São Luís. Acórdão nº parte. II - A fixação do quantum Em
43.052/2003. Segunda Câmara Cível. indenização por danos morais deve
REl. DEs. RAIMUNDO FREIRE CUTRIM. ater-sE a critérios razoáveis, pois se
j. 11/2/2003). III - Entendimento do presta à reparação do prejuízo sofrido,
Superior Tribunal de Justiça é firme no não servindo de fonte de
sentido de que somente diante de Enriquecimento da outra parte. III -
Evidente Exagero ou manifesta irrisão Nos termos do art. 42, parágrafo
na fixação do ressarcimento pelo dano único, do CDC, a repetição do indébito
moral pelas instâncias ordinárias, é só é devida se houver o pagamento da
que se tem por violado os princípios fatura.
da razoabilidade E da moderação, o
que torna possível, assim, a revisão Íntegra do Acórdão
da aludida quantificação. (Precedente índice
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Constituição Federal, E 458, II, do
------------------------- CPC. II - Em sede de responsabilidade
Nº Processo 210782006 civil, cumpre à vítima comprovar não
Acórdão 0656412007 só a Existência do comportamento
Relator ANTONIO GUERREIRO danoso praticado pelo imputado
JÚNIOR ofensor, como também sua ilicitude,
Data 20/04/2007 para lograr êxito na pretensão ressarci
Processo APELAÇÃO CÍVEL tória. III - Tendo o autor alegado a
ocorrência de vários cortes no
Ementa: APELAÇÃO. AÇÃO DE fornecimento de Energia Elétrica Em
INDENIZAÇÃO. NEGATIVA DE sua residência, reputando-os
RELIGAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA indevidos, E sendo demonstrado, no
PELA CONCESSIONÁRIA DIANTE DA curso da instrução processual, que as
FALTA DE PAGAMENTO RELATIVO AO únicas interrupções realizadas se
FORNECIMENTO DO SERVIÇO A deram Em razão de atraso no
ANTERIOR PROPRIETÁRIO DO pagamento da conta de Energia
IMÓVEL. IMPOSSIBILIDADE. Elétrica, não se pode falar Em ilicitude
RESOLUÇÃO N° 456 DA ANEEL. da conduta da ré, mas Exercício
FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS regular de direito, restando incabível a
ADVOCATÍCIOS. CRITÉRIO DO JUIZ. reparação por danos materiais E
ART. 20, §3º, DO CPC. I - Não pode a morais postulada. IV - Apelação
concessionária condicionar a ligação improvido. Sentença mantida.
de unidade consumidora ao
índice
pagamento de débito pendente Em
nome de terceiros. Inteligência do art. -------------------------
4°, § 2°, da Resolução n° 456 da
ANEEL. II - O juiz é livre para definir ======================
os honorários advocatícios de forma
Tribunal de Justiça do Estado
Eqüitativa, levando-sE Em
consideração o que preconiza o artigo
do Mato Grosso
20, §3º, do CPC. III - Recurso não
provido. ======================

Íntegra do Acórdão Numero: 100212


índice Ano: 2008
Magistrado: DESA. MARIA HELENA
------------------------- GARGAGLIONE PÓVOAS
Nº Processo 163501999
Acórdão 0313012000 Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO
Relator CLEONICE SILVA FREIRE CÍVEL - INDENIZAÇÃO POR DANOS
Data 08/08/2000 MORAIS DECORRENTE DE ATO
Processo APELAÇÃO CÍVEL ILÍCITO - CORTE DE ENERGIA
ELÉTRICA - AVISO PRÉVIO PELA
Ementa: CIVIL E PROCESSUAL CONCESSIONÁRIA - INADIMPLÊNCIA
CIVIL. SENTENÇA. FUNDAMENTAÇÃO DO USUÁRIO - ARTIGO 6º DA LEI Nº
SUCINTA. AUSÊNCIA DE NULIDADE. 8.987/95 - RESOLUÇÃO Nº 456/00 DA
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ANEEL - DANOS MORAIS -
MATERIAIS. ILICITUDE DA CONDUTA INOCORRÊNCIA - PAGAMENTO EM
NÃO COMPROVADA. NÃO- DUPLICIDADE PELA APELANTE DA
CABIMENTO. I - A sentença FATURA RELATIVA AO MÊS DE
fundamentada sucintamente pode ser MAIO/2005 - VALOR QUE DEVE SER
frágil, mas não é nula, Eis que atende CREDITADO PELA CEMAT - RECURSO
aos requisitos do art. 93, IX da PARCIALMENTE PROVIDO. O teor do
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artigo 6º, da Lei nº 8.987/85 e art. Magistrado: DES. JOSÉ TADEU CURY
91, da Resolução nº 456/00, da
ANEEL, pode o fornecimento de Ementa: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL
serviço público essencial ser - APELAÇÃO - AÇÃO DE REPARAÇÃO
interrompido, no caso do não DE DANOS MORAIS - PAGAMENTO DE
pagamento das contas pelo usuário, FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA -
sendo que, tendo a concessionária ERRO NA DIGITAÇÃO PELO CLIENTE -
oferecido aviso acerca da possibilidade QUITAÇÃO NÃO VERIFICADA - NOVA
da interrupção, não há que se falar em COBRANÇA - AVISO DE CORTE DE
danos morais. Restando comprovado ENERGIA - LICITUDE - AUSÊNCIA DE
nos autos o pagamento em DANO MORAL - AUSÊNCIA DE NEXO
duplicidade pela Apelante, da fatura CAUSAL - CULPA EXCLUSIVA DA
referente ao mês de maio/2005, VÍTIMA - INDENIZAÇÃO INDEVIDA -
conforme confessado pela própria RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO -
Cemat à fl.28, entendo que deverá a DEVIDA - AUSÊNCIA DE PROVA DE
Cemat creditar o valor pago à NÃO RECEBIMENTO DO PAGAMENTO -
Apelante, sob pena de ocorrer MERA FALTA DE IDENTIFICAÇÃO DA
enriquecimento ilícito. ORIGEM DO PAGAMENTO
EFETIVAMENTE REALIZADO -
Íntegra do Acórdão SENTENÇA MANTIDA - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. Se, ao
índice pagar o boleto bancário de fls. 11, o
------------------------- cliente digita erroneamente o código
Numero: 103787 de barras, a quitação do débito que se
Ano: 2008 pretendeu pagar especificamente não
Magistrado: DES. CARLOS ALBERTO se perfaz. Ausente a prova de
ALVES DA ROCHA pagamento da fatura ensejadora da
interrupção dos serviços de
Ementa: APELAÇÃO - AUSÊNCIA DE fornecimento de energia, não há se
APONTAMENTO DOS VÍCIOS DA falar em dano moral puro nem em
SENTENÇA - FATOS NÃO responsabilidade civil de indenizar.
COMPROVADOS - FATURAS NÃO Tendo pago equivocadamente, no
PAGAS - POSSIBILIDADE DE CORTE lugar da parcela do código de fls.10,
DA ENERGIA ELÉTRICA. A ausência de caberia ao autor-apelante notificar a
exposição dos eventuais motivos ré-apelada de maneira inequívoca,
aptos a ensejar a reforma da decisão, alertando o mesmo do equivoco e
ou seja, dos vícios in procedendo ou in solicitando o cancelamento formal do
iudicando da sentença, é o bastante código de barras da parcela aludida.
para que o recurso intentado não Total ausência de prova produzida
logre êxito a luz do artigo 514, II do pela ré-apelante quanto à existência
CPC. A ausência de prova de de fato impeditivo, modificativo ou
eventuais vícios na unidade extintivo do direito à restituição
consumidora de energia, legitima pleiteada pelo autor-apelado, na
eventual corte de ENERGIA ELÉTRICA forma do que preceitua o artigo 333,
fundado no não pagamento das II do CPC. Se realizado e provado
faturas. pagamento, ainda que sem indicação
do débito em específico, apontando a
Íntegra do Acórdão ré-apelante como credora e realizado
índice
novo pagamento sobre a mesma
fatura (fls.09) devida é a restituição.
------------------------- Recursos improvidos.
Numero: 38857
Ano: 2008
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Íntegra de Acórdão por dívida relativa à recuperação de
índice consumo não-faturado, apurada a
partir da constatação de fraude no
------------------------- medidor, em face da essencialidade do
Numero: 28942 serviço, posto bem indispensável à
Ano: 2008 vida” (AgRg no REsp 854.002/RS, 1ª
Magistrado: DES. MÁRCIO VIDAL Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 11-6-
2007). “Conquanto o usuário tenha
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO resguardado o seu direito ao
- AÇÃO INDENIZATÓRIA - fornecimento de energia por se tratar
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE de débito pretérito, mesmo na
ENERGIA ELÉTRICA - USUÁRIO hipótese de ter ele fraudado o
INADIMPLENTE - LEGALIDADE - aparelho medidor, não se pode, por
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 6º, § 3º, outro lado, prestigiá-lo com o
DA LEI Nº 8.987/95 - POSSIBILIDADE recebimento de INDENIZAÇÃO por um
- DECISÃO REFORMADA - RECURSO suposto dano moral sofrido em razão
PROVIDO. Considera-se legal a de suspensão do serviço que se
interrupção do fornecimento de operou em decorrência de sua má-fé.
ENERGIA ELÉTRICA conforme previsto Ou seja, o simples fato de a
no art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987/95, jurisprudência desta Corte afastar a
em razão do inadimplemento do possibilidade do corte de energia em
usuário devidamente notificado dos recuperação de consumo não-faturado
débitos. não tem o condão de outorgar ao
usuário, que furtou ENERGIA
Íntegra do Acórdão ELÉTRICA, o direito a reclamar a
índice responsabilização da companhia
fornecedora pelos danos morais
-------------------------
eventualmente suportados.” (REsp
Numero: 27403
1070060/RN, Rel. Ministro MAURO
Ano: 2009
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
Magistrado: DES. GUIOMAR
TURMA, julgado em 19-02-2009, DJe
TEODORO BORGES
25-3-2009).
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO -
Íntegra do Acórdão
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO C/C índice
REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E
MATERIAIS - ENERGIA ELÉTRICA - -------------------------
DÉBITO PRETÉRITO - FRAUDE NO Numero: 1380
MEDIDOR - SUSPENSÃO DO SERVIÇO Ano: 2009
- MEIO ABUSIVO DE COBRANÇA - Magistrado: DES. JURACY PERSIANI
PEDIDO DE ANULAÇÃO DOS DÉBITOS
- NÃO ACOLHIDO - DANOS Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - DANO
MATERIAIS NÃO COMPROVADOS - MORAL - INTERRUPÇÃO NO
DANOS MORAIS - INADEQUAÇÃO - FORNECIMENTO DE ENERGIA -
ILEGALIDADE DA SUSPENSÃO DO DÉBITOS PRETÉRITOS NÃO
FORNECIMENTO DE ENERGIA NO RELATIVOS À CONTA REGULAR -
CASO DE DIFERENÇA DE CONSUMO IMPOSSIBILIDADE - CONDENAÇÃO EM
APURADA EM DECORRÊNCIA DE VALOR JUSTO E ADEQUADO ÀS
FRAUDE NO MEDIDOR - CIRCUNSTÂNCIAS DA LIDE -
RECONHECIDA - RECURSO RECURSO DESPROVIDO. O corte de
PARCIALMENTE PROVIDO. “A ENERGIA ELÉTRICA em decorrência de
Concessionária não pode interromper débitos pretéritos, não relativos à
o fornecimento de ENERGIA ELÉTRICA conta regular mensal de consumos,
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gera dano moral e implica na IMPOSSIBILIDADE - INDENIZAÇÃO
responsabilização da concessionária POR DANOS MATERIAIS E MORAIS -
do serviço público. Não merece reparo DESCABIMENTO - AUSÊNCIA DE
a INDENIZAÇÃO por dano moral COMUNICAÇÃO SOBRE A RESCISÃO
arbitrada em valor adequado às DO CONTRATO DE LOCAÇÃO -
circunstâncias da lide. LOCADORA QUE UTILIZA UNIDADE
CONSUMIDORA DE ENERGIA EM
Íntegra do Acórdão NOME DO LOCATÁRIO - MEDIDOR
índice FRAUDADO - CONDUTA INIDÔNEA,
------------------------- INCOMPATÍVEL COM O PEDIDO DE
====================== INDENIZAÇÃO - RECURSOS
PARCIALMENTE PROVIDOS. A
Tribunal de Justiça do Estado obrigação pelo pagamento de conta de
energia elétrica é pessoal, e deve
de Minas Gerais recair sobe aquele que requereu a
====================== ligação do fornecimento, de forma que
a proprietária não pode ser cobrada
Número do processo: pela CEMIG, por débitos contraídos
1.0105.05.162599-1/001(1) durante o período em que o locatário
Relator: AUDEBERT DELAGE era o titular da unidade consumidora
Data do Julgamento: 20/11/2008 instalada no imóvel, ainda que o
contrato de locação já tenha sido
Ementa: INDENIZAÇÃO - DANOS rescindido. A falta de pagamento de
MORAIS - CEMIG - CORTE DE
energia elétrica não se equipara à
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
falta de recolhimento de tributo, não
- LEGALIDADE - INADIMPLÊNCIA DA
havendo previsão legal que autorize a
USUÁRIA DO SERVIÇO PÚBLICO.
responsabilidade solidária entre
Súmula: DERAM PROVIMENTO,
VENCIDO O VOGAL. locador e locatário pelo pagamento de
conta de energia elétrica. Embora a
Íntegra do Acórdão locadora tenha o direito de ver
índice declarada a inexigibilidade do débito,
sua pretensão indenizatória não
------------------------- merece acolhida, porque, ao não
Número do processo: informar a CEMIG sobre a rescisão do
1.0024.07.794971-7/002(1) contrato de locação, deixando de
Relator: MOREIRA DINIZ exigir do locatário o desligamento da
Data do Julgamento: 16/04/2009 unidade consumidora instalada em seu
nome, contribuiu, decisivamente, para
Ementa: DIREITO CIVIL - APELAÇÃO o corte de energia. Além disso, as
- AÇÃO DECLARATÓRIA DE provas indicam a possibilidade da
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA locadora ter se beneficiado da fraude
COM OBRIGAÇÃO DE FAZER - existente no medidor de energia,
ENERGIA ELÉTRICA - IMÓVEL LOCADO conduta incompatível com o pedido de
- RESPONSABILIDADE PELO indenização. Súmula: DERAM
PAGAMENTO DAS CONTAS - PESSOA PARCIAL PROVIMENTO AOS
QUE REQUEREU A LIGAÇÃO - RECURSOS, VENCIDO EM PARTE O
OBRIGAÇÃO PESSOAL - REVISOR.
INEXIGIBILIDADE, EM RELAÇÃO À
LOCADORA, DE TODO O DÉBITO Íntegra do acórdão
LANÇADO EM NOME DO LOCATÁRIO - índice
RECUSA DE FORNECIMENTO DE
ENERGIA À LOCADORA - -------------------------
Número do processo:
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1.0394.07.072206-8/001(1) pena de a desídia no religamento
Relator: MÁRCIA DE PAOLI BALBINO implicar em danos morais. Súmula:
Data do Julgamento: 23/04/2009 NEGARAM PROVIMENTO.
Ementa: CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL -
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS Íntegra do Acórdão
MORAIS - CONCESSIONÁRIA DE índice
SERVIÇO PÚBLICO -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA - -------------------------
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE Número do processo:
ENERGIA ELÉTRICA - 1.0411.06.024541-1/001(1)
INADIMPLEMENTO E MORA AVISADAS Relator: ERNANE FIDÉLIS
- POSSIBILIDADE - EXERCÍCIO Data do Julgamento: 13/11/2007
REGULAR DE DIREITO - AUSÊNCIA DA Ementa: CORTE DE ENERGIA. DÍVIDA
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR - ANTERIOR. DANOS MORAIS. - Se há
RECURSO NÃO PROVIDO. - Não dívida anterior à aquisição do imóvel,
constitui ato ilícito aquele decorrente a empresa concessionária poderá até
do exercício regular de direito, pretender o pagamento do novo
consubstanciado na possibilidade de a proprietário, mas, para tanto, posto
concessionária de energia elétrica não tenham efetuado as cobranças
interromper a prestação do serviço anteriores, não pode suspender o
público, na hipótese de o consumidor, fornecimento de energia, sob pena
previamente comunicado, permanecer indenização por danos morais. - Danos
inadimplente. - Recurso conhecido e morais são arbitrados com parcimônia
não provido. e razoabilidade, não podendo ser fonte
Súmula: NEGARAM PROVIMENTO AO de enriquecimento sem causa.
RECURSO. Súmula: NEGARAM PROVIMENTO
AOS RECURSOS.
Íntegra do acórdão
índice Íntegra do Acórdão
índice
-------------------------
Número do processo: -------------------------
1.0105.05.170789-8/001(1) Número do processo:
Relator: JARBAS LADEIRA 1.0443.08.040202-9/001(1)
Data do Julgamento: 13/03/2007 Relator: ARMANDO FREIRE
Data do Julgamento: 07/04/2009
Ementa: Apelação. Ação de
indenização por dano moral. Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Suspensão do fornecimento de energia - AÇÃO ORDINÁRIA - ENERGIA
elétrica por parte da CEMIG, motivada ELÉTRICA - AMEAÇA DE CORTE NO
por inadimplemento do usuário do SEU FORNECIMENTO - SUPOSTA
serviço. Mantença da suspensão do VIOLAÇÃO DO MEDIDOR - DÉBITOS
serviço, apesar de quitada a fatura PRETÉRITOS - PEDIDO DE
ensejadora do corte na energia. A CONCESSÃO DE LIMINAR PARA
suspensão do fornecimento de energia OBSTAR A MEDIDA - PRESENÇA DO
elétrica, ante o inadimplemento do 'FUMUS BONI IURIS' E 'PERICULUM IN
consumidor, encontra-se prevista na MORA'. Consoante entendimento que
Resolução 456/2000, da ANEEL. vem prevalecendo no colendo STJ, o
Contudo, estando embasada a corte de energia elétrica pressupõe o
suspensão na inadimplência da fatura inadimplemento de conta regular,
mensal de energia, a partir do relativa ao mês de consumo, sendo,
pagamento da conta de luz deve ser em linha de princípio, inviável a
restabelecido o fornecimento, sob suspensão do abastecimento em razão
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de débitos antigos, apurados em Tribunal de Justiça do Estado
virtude de suposta violação do
medidor de energia, porquanto estes do Pará
devem ser cobrados por meio de ação ======================
ordinária, evitando-se, com isso,
qualquer espécie de constrangimento Nº ACÓRDÃO: 78461
ou ameaça ao usuário do serviço, nos Nº PROCESSO: 200630048385
termos do artigo 42, do Código de RECURSO: APELACAO CIVEL
Defesa do Consumidor, Existindo o RELATOR: CONSTANTINO AUGUSTO
risco de dano irreparável ou de difícil GUERREIRO
reparação ao agravante com a ameaça
do corte do fornecimento de energia EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
elétrica à sua unidade consumidora, ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO C/C
residência da família e hotel, merece OBRIGAÇÃO DE FAZER E PEDIDO DE
ser deferida em seu favor a medida ANTECIPAÇÃO DE TUTELA.
liminar visando obstar o referido SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO DE
corte. Súmula: DERAM PROVIMENTO. ENERGIA ELÉTRICA. 1. Fica
evidenciada a ilegalidade da
Íntegra do Acórdão suspensão do fornecimento de energia
índice
elétrica praticada pela apelante,
proveniente de cobranças pretéritas e
------------------------- calculadas sob estimativas de
Número do processo:
consumo, uma vez que deveria utilizar
1.0319.06.026210-6/001(1)
dos meios ordinários de cobrança. 2.
Relator: ANTÔNIO SÉRVULO
Assim, considerando o dano sofrido
Data do Julgamento: 30/09/2008
pela apelada, que teve o fornecimento
Ementa: FORNECIMENTO DE de energia elétrica praticada pela
ENERGIA ELÉTRICA -INADIMPLÊNCIA apelante, proveniente de cobranças
- DÉBITO PRETÉRITO - CORTE DE pretéritas e calculadas sob estimativas
FORNECIMENTO INADMISSIBILIDADE. de consumo, uma vez que deveria
Em se tratando de débito pretérito, de utilizar dos meios ordinários de
inadimplência de acordo celebrado cobrança. 2. Assim, considerando o
entre CEMIG e consumidor, não se dano sofrido pela apelada, que teve o
justifica o corte de energia elétrica. fornecimento de energia elétrica
V.V. Súmula: EM REEXAME suspenso, reconheço o dano moral
NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A sofrido, porém entendo que o valor
SENTENÇA, PREJUDICADO O fixado pelo juízo a quo se apresenta
RECURSO VOLUNTÁRIO, VENCIDO O excessivo, se apresentando necessária
RELATOR. a redução. 3. Recurso conhecido e
parcialmente provido.
Íntegra do Acórdão
Íntegra do Acórdão
índice
índice
-------------------------
-------------------------

======================
======================

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Tribunal de Justiça do Estado do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO PARANÁ, por unanimidade de
do Paraná votos, em negar provimento a ambos
====================== os recursos, na forma do voto
relatado. EMENTA:
Processo: 0561863-9 RESPONSABILIDADE CIVIL -
Nº do Acórdão: 13258 INDENIZAÇÃO POR DANOS
Órgão Julgador: 11ª Câmara Cível MATERIAIS E MORAIS - DESCARGA
Recurso: Apelação Cível ATMOSFÉRICA - DANOS EM
Relator: Augusto Lopes Cortes EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS -
Julgamento: 13/05/2009 RESPONSABILIDADE OBJETIVA -
TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO -
Ementa: ACORDAM os Senhores APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA
Desembargadores integrantes da DO CONSUMIDOR - AUSÊNCIA DE
Décima Primeira Câmara Cível do PROVA DE QUE NÃO HOUVE
Tribunal de Justiça do Estado do SOBRECARGA NA REDE - DEVER DE
Paraná, por unanimidade, em negar INDENIZAR - CORTE DA ENERGIA POR
provimento ao primeiro apelo e dar FALTA DE PAGAMENTO - ALEGAÇÃO
provimento ao segundo apelo, nos DE NÃO RECEBIMENTO DO AVISO DE
termos do voto. EMENTA: APELAÇÃO ATRASO - DANO MORAL -
CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INOCORRÊNCIA - PROVA SUFICIENTE
ILEGALIDADE DE ATO E DE QUE O CONSUMIDOR RECEBEU O
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AVISO - AUSÊNCIA DE ATO ILÍCITO -
CORTE NO FORNECIMENTO DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA -
ENERGIA ELÉTRICA. LEGALIDADE. FIXAÇÃO CORRETA - APLICAÇÃO DA
FATURAS MENSAIS DE CONSUMO SÚMULA 43 DO STJ - EXEGESE DO
INADIMPLIDAS. ARTIGO 6º, §3º, II, ART. 405 DO CÓDIGO CIVIL E ARTIGO
DA LEI Nº 8.987/95. DANO MORAL. 219 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
INOCORRÊNCIA. PRELIMINAR DE - RECURSOS DESPROVIDOS. 1. A
NULIDADE DE SENTENÇA POR energia em um escritório de advocacia
CERCEAMENTO DE DEFESA E POR não pode ser considerada insumo
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. NÃO porque não faz parte do processo de
ACOLHIMENTO. SENTENÇA produção, posto que eminentemente
MODIFICADA. SUCUMBÊNCIA intelectual. 2. Nos termos do art. 22
INVERTIDA. PRIMEIRO APELO do Código de Proteção e Defesa do
DESPROVIDO. SEGUNDO APELO Consumidor, as empresas
PROVIDO. concessionárias de serviços públicos
essenciais (como a energia elétrica)
Íntegra do Acórdão são obrigadas a fornecê-los de
maneira adequada, eficiente, segura e
índice contínua. 3. "(...) Pode a empresa
------------------------- concessionária suspender o
Processo: 0405126-7 fornecimento de energia elétrica em
Nº do Acórdão: 8421 face de atraso no pagamento de conta
Órgão Julgador: 10ª Câmara Cível pelo usuário, porém deve fazê-lo
Recurso: Apelação Cível mediante prévia comunicação do
Relator: Arquelau Araujo Ribas corte, nos termos do art.º 6º
Julgamento: 04/10/2007 parágrafo 3º, da Lei n.º 8.987/93"
(Recurso Especial n.º 285262-MG, 4ª
Ementa: DECISÃO: ACORDAM os Turma, rel. Min. Passarinho Júnior). 4.
Senhores Desembargadores E em relação aos juros moratórios,
integrantes da Décima Câmara Cível porquanto efetivamente a sua

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responsabilidade é contratual, não elevado ou insignificante que reclame
derivando de delito, não tem lugar a reforma pelo Tribunal. 5- A verba
Súmula 54 do STJ. honorária deverá ser arbitrada em
quantia razoável que, embora não
Íntegra do Acórdão penalize severamente o vencido,
também não seja aviltante ao trabalho
índice desenvolvido e à complexidade da
------------------------- causa.
Processo: 0593997-7
Nº do Acórdão: 18141 Íntegra do Acórdão
Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível
Recurso: Apelação Cível índice
Relator: Hélio Henrique Lopes -------------------------
Fernandes Lima
Julgamento: 10/09/2009 ======================

Ementa: ACORDAM os Tribunal de Justiça do Estado


Desembargadores integrantes da
Nona Câmara Cível do Tribunal de do Rio Grande do Sul
Justiça do Estado do Paraná, por ======================
unanimidade de votos, em dar parcial
provimento ao recurso, nos termos do Agravo de Instrumento:
voto. EMENTA: Apelação Cível. Ação 70000932152
de indenização. Corte de energia DATA DE JULGAMENTO: 25/05/2000
elétrica. Falta de aviso prévio. Débitos ÓRGÃO JULGADOR: Quinta Câmara
antigos. Impossibilidade. Lucros Cível
cessantes. Redução. Danos morais RELATOR: Marco Aurélio dos Santos
configurados. Valor adequado. Caminha
Honorários advocatícios. Manutenção.
Recurso parcialmente provido. 1- A EMENTA: ENERGIA ELÉTRICA.
interrupção do serviço de INTERRUPÇÃO PROGRAMADA. PRÉVIO
fornecimento de energia elétrica é AVISO INDIVIDUAL QUE NÃO SE
legítima em caso de inadimplemento, EXIGE. O prévio aviso de interrupção
desde que tenha sido previamente de energia elétrica somente será
comunicado ao usuário, o que não pessoal, em caso de falta de
ocorreu no caso dos autos. Além pagamento, para efeitos de corte, que
disso, prevalece o entendimento de não pode ocorrer à revelia do
que o corte de energia elétrica consumidor, no caso, pessoa
motivado por inadimplemento de específica e não uma coletividade,
débito pretérito não se enquadra nas como ocorrente em casos de
hipóteses legalmente autorizadas. 2- reparações obrigatórias na rede, com
A indenização por lucros cessantes interrupção programada. Esta deve
deve ser reduzida, considerando o ser noticiada através dos meios de
período em que os apelados comunicação, de forma geral e
continuaram consumindo energia. 3- abrangente. Agravo improvido.
O direito a indenização por dano moral (Agravo de Instrumento Nº
deflui do próprio ato ilícito, que 70000932152, Quinta Câmara Cível,
prejudicou a atividade comercial dos Tribunal de Justiça do RS, Relator:
apelados. 4- A indenização arbitrada Marco Aurélio dos Santos Caminha,
em R$ 8.000,00 (oito mil reais) é Julgado em 25/05/2000)
adequada e coerente à gravidade da índice
ofensa, não representando valor
-------------------------
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Apelação Cível em Mandado de
====================== Segurança n. 2000.000806-0
Relator: Volnei Carlin
Tribunal de Justiça do Estado Órgão Julgador: Primeira Câmara de
Direito Público
de Santa Catarina Data: 08/03/2001
======================
MANDADO DE SEGURANÇA - ENERGIA
Apelação Cível em Mandado de ELÉTRICA - CORTE NO
Segurança n. 2007.057461-6 FORNECIMENTO POR INADIMPLÊNCIA
Relator: Newton Trisotto - AUSÊNCIA DE AVISO PRÉVIO -
Órgão Julgador: Primeira Câmara de ILEGALIDADE DO ATO. Consumidor é
Direito Público quem solicita ao concessionário o
Data: 16/11/2009 fornecimento do serviço e assume a
RESPONSABILIDADE, tanto pelo
ADMINISTRATIVO - SUSPENSÃO DO pagamento das contas quanto pelas
SERVIÇO PÚBLICO DE DISTRIBUIÇÃO obrigações legais (Portaria n. 466/97).
DE ENERGIA ELÉTRICA - Reveste-se de legalidade o corte na
CONSUMIDOR INADIMPLENTE - hipótese de inadimplemento da
AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO EFICAZ - obrigação de pagar a tarifa. Para
MANDADO DE SEGURANÇA - ORDEM tanto, necessário se faz ser precedido
CONCEDIDA - RECURSO de aviso prévio ou que pelo menos
DESPROVIDO. A Lei 9.427, de 1996, tenha sido firmado Termo de
autoriza a suspensão do fornecimento Confissão e Parcelamento de Dívida.
de ENERGIA elétrica a consumidor Não sendo um ou outro aos autos
inadimplente (art. 17) "após prévia trazidos, caracteriza coação ilegal,
comunicação formal" (Resolução ferindo direito líquido e certo do
456/200, art. 91). O Superior Tribunal usuário.
de Justiça - a quem compete,
precipuamente, interpretar a lei Íntegra do Acórdão
federal (CF, art. 105, III) e "tem por índice
função constitucional uniformizar o
Direito Federal" (AgRgMC n.º 7.164, -------------------------
Min. Eliana Calmon) -, por sua
Primeira Seção, firmou o
entendimento de que a lei não viola a
Constituição da República (REsp n.º
363.943, Min. Humberto Gomes de ======================
Barros). A "comunicação" inscrita em
fatura de ENERGIA ELETRICA não é Tribunal de Justiça do Estado
"específica"; não legitima o ato
porquanto dificilmente produzirá os de São Paulo
efeitos visados pela lei: dar ======================
conhecimento ao consumidor da
iminência da suspensão dos serviços Apelação 992050087141
(Lei nº 8.987/1995, art. 6º; Resolução (979238600)
Anatel nº 456/2000, arts. 91 e 93). Relator(a): Rocha de Souza
Órgão julgador: 32ª Câmara de
Direito Privado
Íntegra do Acórdão Data do julgamento: 19/11/2009
índice

-------------------------
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Ementa: Prestação de serviços Apelação 992051417447
Energia elétrica Inadimplência (998784000)
Confissão. Fato sobre o qual não pesa Relator(a): Antonio Rigolin
controvérsia Parcelamento do débito Órgão julgador: 31ª Câmara de
Inexistência de obrigação da Direito Privado
concessionária em fornecer serviços Data do julgamento: 01/12/2009
essenciais sem a devida
contraprestação Suspensão do Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
fornecimento. Admissibilidade. FORNECIMENTO DE ENERGIA
Exegese do artigo 6°, § 3o, II, da Lei ELÉTRICA. AÇÃO ANULATÓRIA. PROVA
n" 8 987/95 Sentença reformada. - A INSUFICIENTE PARA O
relação jurídica, na hipótese de RECONHECIMENTO DE
serviço público prestado por IRREGULARIDADE NA CONDUTA DA
concessionária, tem natureza de CONSUMIDORA, CUJO ÔNUS CABIA À
direito privado, pois o pagamento é CONCESSIONÁRIA. DÍVIDA
feito sob a modalidade de tarifa. Nas INSUBSISTENTE. RECURSO
condições indicadas, o pagamento é IMPROVIDO. Ao deixar de apresentar
contraprestação e o serviço pode ser a documentação completa a respeito
interrompido em caso de da constatação da irregularidade
inadimplemento. Recurso provido afirmada, o que impossibilitou a
demonstração do fato constitutivo do
índice seu direito a cobrança, desatendeu a
re ao ônus que sobre si recaia
------------------------- Portanto, não há como deixar de
Agravo de Instrumento acolher o pedido, ante a constatação
990092396633 de ausência de qualquer irregularidade
Relator (a): Andrade Neto PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
Órgão julgador: 30ª Câmara de FORNECIMENTO DE ENERGIA
Direito Privado ELÉTRICA. AÇÃO ANULATÓRIA.
Data do julgamento: 18/11/2009 ALEGAÇÃO DE LEGITIMIDADE "AD
CAUSAM" DA EMPRESA CONTRATADA
Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - PARA COBRANÇA. DESACOLHIMENTO.
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE EXTINÇÃO MANTIDA. RECURSO DA
LUZ EM RAZÃO DO NÃO PAGAMENTO AUTORA IMPROVIDO. A discussão
DE DÉBITO PRETÉRITO DO ANTIGO envolve o contrato de prestação de
LOCATÁRIO DO IMÓVEL - serviços e a cobrança de debito que a
IMPOSSIBILIDADE - TUTELA autora alega não existir A empresa
ANTECIPADA PARA MANTER O contratada pela concessionária para
FORNECIMENTO DE ENERGIA - efetuar a cobrança junto ao
DECISÃO MANTIDA A despeito da lei consumidor, não integra a relação de
de concessões prever a possibilidade direito material, portanto, não tem
de interrupção dos serviços nas legitimidade para figurar no pólo
hipóteses de inadimplemento das passivo da presente demanda
contraprestações do usuário, não há JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.
como reconhecer o direito da ALEGAÇÃO DE VÍCIO POR
concessionária de se utilizar de CERCEAMENTO DE DEFESA.
poderoso instrumento de coação como INOCORRÈNCIA. RECURSO
é o corte do fornecimento de água IMPROVIDO. Deixando a re de
para a cobrança de débitos pretéritos apresentar documento que constituía
AGRAVO DESPROVIDO o fundamento central de sua defesa
índice (art 396 do CPC), autorizada ficou a
realização do julgamento antecipado,
-------------------------
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porque inócua se tornou qualquer convicção, e sendo suficiente a prova
atividade probatória a partir dessa documental produzida, a teor do
omissão PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. disposto no artigo 330, inciso I, do
ENERGIA ELÉTRICA. CORTE DE Código de Processo Civil, o julgamento
FORNECIMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA antecipado da lide se impõe, motivo
CUMULADA COM PEDIDO DE pelo qual não há se falar em nulidade
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. por cerceamento de defesa, como
MEDIDA ABUSIVA CONFIGURADA, sustentado pela ré O cerceamento de
POIS VOLTADA A OBTER PAGAMENTO defesa não se caracteriza pela não
DE DÉBITO PRETÉRITO. realização de determinada prova, mas
RESPONSABILIDADE DA pelo indeferimento ilegal ou abusivo
CONCESSIONÁRIA PELA REPARAÇÃO. que impede a parte de produzir aquela
PROCEDÊNCIA RECONHECIDA. indispensável à confirmação de fato
RECURSO DA AUTORA PROVIDO, relevante para o desfecho da causa
NESSA PARTE. O corte no (CPC art 130), o que, de fato, não
fornecimento de energia elétrica é ocorreu PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -
medida autorizada por lei, mas restrita DECLARATÓRIA - ENERGIA ELÉTRICA
a situações em que se faz presente a - CORTE NO FORNECIMENTO - AÇÃO
inadimplência atual Não pode ser DESTINADA AO RECONHECIMENTO DE
utilizada como providência coercitiva INEXISTÊNCIA DE DÉBITO ORIUNDO
para obter pagamento de débito DE MEDIÇÃO IRREGULAR DE
pretérito, cuja cobrança deve ser CONSUMO, À INVALIDAÇÃO DE
pleiteada pelos meios judiciais PROCEDIMENTO DE CONSTATAÇÃO
apropriados A sua adoção pela DE FRAUDE NA UTILIZAÇÃO DOS
concessionária, neste caso, constitui SERVIÇOS E DO CORTE ANUNCIADO
abuso de direito, determinando a/sua PELO NÃO PAGAMENTO DA
responsabilidade pela reparação do DIFERENÇA DE CONSUMO ASSIM
dano moral daí resultante, que se APURADA - SITUAÇÃO QUE NÃO
apresenta inequívoco. ENVOLVE INAD1MPLEMENTO DE
índice CONTA REGULAR, PARA A QUAL O
ART 6°, § 3o, 11, DA LEI S 987/95
------------------------- EXPRESSAMENTE PREVÊ A
Apelação 992060603045 INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO
(1091785400) DOS SERVIÇOS É necessário se
Relator(a): Amorim Cantuária considerar o caráter essencial dos
Órgão julgador: 25ª Câmara de serviços de energia elétrica e a
Direito Privado enorme desproporção de forças entre
Data do julgamento: 01/12/2009 as concessionárias e o usuário,
fazendo com que ele se curve, as
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - exigências do fornecedor, caso
DECLARATÓRIA - ENERGIA ELÉTRICA considerado lícito o corte em tal
- CORTE NO FORNECIMENTO - situação, ou mesmo, na hipótese de
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE - se atribui ao mesmo usuário ônus de
CERCEAMENTO DE DEFESA - pleitear o reconhecimento judicial do
INOCORRÊNC1A - DILAÇÃO desacerto do que se cobra, totalmente
PROBATÓRIA - DESNECESSIDADE - contrário às regras contidas no artigo
CPC, ARTS 130 E 330, I - INCIDÊNCIA 42 do CDC PRELIMINAR REJEITADA
Não houve cerceamento de defesa e APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA
correto o julgamento antecipado da
lide, pois desnecessária a realização índice
de dilação probatória e perícia técnica
Como a prova é destinada ao -------------------------
magistrado para formação de sua livre
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Apelação 992060294590 mantida - Não há possibilidade de
(1054343700) corte no fornecimento de energia
Relator(a): Paulo Ayrosa elétrica, para obrigar o consumidor a
Órgão julgador: 31ª Câmara de pagar- débitos decorrentes de alegada
Direito Privado fraude em relógio medidor, ocorrido
Data do julgamento: 01/12/2009 há meses, pois o corte previsto na Lei
8.987/95 diz respeito apenas ao
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - consumo próximo. O corte, como
ENERGIA ELÉTRICA - INTERRUPÇÃO medida excepcional, só pode ser, feito
DOS SERVIÇOS - DÉBITO PRETÉRITO por dívida relativa ao consumo do
- SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA - mês" ou meses imediatamente
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. anteriores, a chamada dívida
Não se admite que, em razão de contemporânea, conforme
direito de crédito pretérito, possa a entendimento desta E. 35a Câmara de
concessionária se valer da norma do Direito Privado. - Precedentes: REsp.
art 91, I, da Resolução n° 456/2000 a 756.591-DF; Resp. 772.486-RS; AgRg
ANEEL, interrompendo os serviços no AG . 633.173/RS. - Mantida a
prestados visto que o débito apurado liminar ,concedida relativamente a
na forma do seu art 72 não débitos anteriores à data de
corresponde exatamente à fatura ajuizamento da demanda, nada
relativa à prestação do serviço, ali impedindo que novo corte seja feito,
estando incluída multa e custo relativamente a débito posterior,
administrativo. PRESTAÇÃO DE sendo razoável manter-se a inversão
SERVIÇOS - DANO MORAL - do ônus da prova, ' como constante da
AUSÊNCIA DE PROVA - RECURSO decisão. -Agravo não provido, v.u..
NESTA PARTE NÃO PROVIDO. Não
evidenciando o autor que a ação índice
abusiva da ré lhe acarretou dano de
ordem moral, impertinente a -------------------------
pretensão compensatória Apelação 992050858059
índice (995402000)
Relator(a): Francisco Occhiuto Júnior
------------------------- Órgão julgador: 32ª Câmara de
Agravo de Instrumento Direito Privado
990093004291 Data do julgamento: 26/11/2009
Relator(a): Manoel Justino Bezerra
Filho Ementa: Prestação de serviços.
Órgão julgador: 35ª Câmara de Energia elétrica. Ação de indenização
Direito Privado por danos morais. Corte no
Data do julgamento: 30/11/2009 fornecimento de energia elétrica.
Pedido de indenização por alegado
Ementa: Prestação de serviços - dano moral. Conta paga 25 dias após
Energia Elétrica -'Ação declaratória de o vencimento e no dia anterior ao
inexistência de débito c.c. danos corte. Correto o corte de energia em
materiais é morais - Débito constatado virtude da mora da consumidora. Mero
em inspeção no relógio medidor - incômodo ou aborrecimento que não
Corte no fornecimento - Liminar configuram dano moral indenizável.
deferida - Impossibilidade, por débitos Dano moral não demonstrado. Ação
antigos. - Inaplicabilidade da Lei julgada improcedente. Sentença
8.987/95, art. 6o, § 3o, I - Inversão mantida. Recurso improvido.
do ônus de prova - Cabimento no
caso, ante a verossimilhança e índice
hipossuficiência da autora - Decisão
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------------------------- POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA
Apelação 992050611819 MEDIDA "INAUDITA ALTERA PARTE",
(990237000) SEM PREJUÍZO DO CONTRADITÓRIO E
Relator(a): Antonio Rigolin AMPLA DEFESA - DESNECESSIDADE
Órgão julgador: 31ª Câmara de DO CONDICIONAMENTO DA
Direito Privado CONCESSÃO DA LIMINAR À
Data do julgamento: 24/11/2009 PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO PELA
REQUERENTE - RECURSO IMPROVIDO,
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. COM OBSERVAÇÃO.
ENEGIA ELÉTRICA. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. ALEGAÇÃO DE índice
PRATICA ABUSIVA PELA
-------------------------
CONCESSIONÁRIA. INOCORRÊNCIA.
Agravo de Instrumento
SIMPLES EXERCÍCIO REGULAR DE
992090865714 (1299801600)
DIREITO. IMPROCEDÊNCIA
Relator(a): Walter Zeni
RECONHECIDA. RECURSO
Órgão julgador: 32ª Câmara de
IMPROVIDO. A iniciativa do corte de
Direito Privado
fornecimento constituiu exercício
Data do julgamento: 19/11/2009
regular de direito, ante a constatação
de que havia débito atual Além disso,
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -
não atendeu o autor o ônus probatório
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO
de demonstrar, de forma convincente,
MORAL - ENERGIA ELÉTRICA - Corte
a alegada ocorrência de entrada
no fornecimento. Inadimplência do
desautorizada no imóvel para a
consumidor. Ausência de qualquer
realização da medida
índice
irregularidade no comportamento da
concessionária. Possibilidade da
------------------------- interrupção do serviço, nos casos de
Agravo de Instrumento inadimplemento voluntário do usuário.
990092471465 Concessão de liminar para
Relator(a): Francisco Casconi restabelecimento do fornecimento do
Órgão julgador: 31ª Câmara de serviço. Inadmissibilidade. Decisão
Direito Privado reformada. É admissível o corte no
Data do julgamento: 24/11/2009 fornecimento de energia elétrica ou de
água, decorrente da existência de
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO débitos atuais em aberto, após aviso
- AÇÃO DECLARATÓRIA DE prévio, sem malferir o Código de
INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C Defesa do Consumidor, pois não se
INDENIZAÇÃO POR DANOS caracteriza como descontinuidade do
MATERIAIS E MORAIS - PRESTAÇÃO serviço a sua interrupção por
DE SERVIÇOS - ENERGIA ELÉTRICA - inadimplência do usuário RECURSO
DÉBITO PRETÉRITO, EM PERÍODO PROVIDO.
índice
DEFINIDO, APURADO
UNILATERALMENTE PELA
-------------------------
CONCESSIONÁRIA - SUPOSTA
FRAUDE NO MEDIDOR -
======================
DEFERIMENTO DA TUTELA
ANTECIPADA PARA DETERMINAR O Superior Tribunal de Justiça
RESTABELECIMENTO DO SERVIÇO -
VEROSSIMILHANÇA E PERIGO DE
DANO DE REPARAÇÃO INCERTA ======================
DEMONSTRADOS SOB CRIVO DA
SUMÁRIA COGNIÇÃO - REsp 905213
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Ministro HUMBERTO GOMES DE JURISPRUDENCIAL. DECISÃO EM
BARROS CONFORMIDADE COM O
Decisão: 27/03/2008 ENTENDIMENTO ADOTADO NESTA
CORTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. CORTE DE 83/STJ. 1. A inversão do ônus da
FORNECIMENTO DE ENERGIA prova é uma faculdade conferida ao
ELÉTRICA POR ATRASO DE magistrado, não um dever, e fica a
PAGAMENTO. FALTA DE AVISO critério da autoridade judicial conceder
PRÉVIO. DANO MORAL. - A falta de tal inversão quando for verossímil a
aviso prévio do corte de energia por alegação do consumidor ou do
atraso de pagamento causa dano hipossuficiente, nos termos do inciso
moral indenizável. VIII do art. 6º do Código de Defesa do
Consumidor. Precedente. 2. Estando o
Íntegra do Acórdão acórdão recorrido em consonância
índice com a jurisprudência desta Corte,
------------------------- incide, à espécie, o óbice contido na
REsp 363943 Súmula 83/STJ, segundo a qual: "Não
Ministro HUMBERTO GOMES DE se conhece do recurso especial pela
BARROS divergência, quando a orientação do
Decisão: 10/12/2003 tribunal se firmou no mesmo sentido
Ementa: ADMINISTRATIVO - ENERGIA da decisão recorrida". 3. Recurso
ELÉTRICA - CORTE – FALTA DE especial não-provido.
PAGAMENTO - É lícito à concessionária
interromper o fornecimento de energia Íntegra do Acórdão
elétrica, se, após aviso prévio, o
consumidor de energia elétrica índice
permanecer inadimplente no -------------------------
pagamento da respectiva conta (L. REsp 783196
8.987/95, Art. 6º, § 3º, II). Ministra ELIANA CALMON
Decisão: 03/06/2008
Íntegra do Acórdão PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO – FORNECIMENTO
índice DE ENERGIA ELÉTRICA – FALTA DE
------------------------- PAGAMENTO – PORTARIA 466/97-
REsp 1085630 DNAEE – CORTE CRUZADO – DANO
Ministro BENEDITO GONÇALVES MORAL – SUCUMBÊNCIA MÍNIMA –
Decisão: 05/03/2009 SÚMULA 329/STJ – VIOLAÇÃO DO
ART. 535 DO CPC: INEXISTÊNCIA. 1.
ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. Acórdão recorrido que, tendo
AÇÃO DECLARATÓRIA DE prequestionado, ao menos
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA implicitamente, as teses trazidas no
COM INDENIZAÇÃO POR DANOS especial, não contrariou o art. 535 do
MORAIS E MATERIAIS. ENERGIA CPC. 2. A Primeira Seção e a Corte
ELÉTRICA. SUSPENSÃO DE Especial do STJ entendem legal a
FORNECIMENTO. INVERSÃO DO ÔNUS suspensão do serviço de fornecimento
DA PROVA. FACULDADE QUE PODE OU de energia elétrica pelo
NÃO SER EXERCIDA PELO inadimplemento do consumidor, após
MAGISTRADO A DEPENDER DE SEU aviso prévio, exceto quanto aos
LIVRE CONVENCIMENTO ACERCA DA débitos antigos, passíveis de cobrança
EXISTÊNCIA DOS REQUISITOS pelas vias ordinárias de cobrança. 3.
PREVISTO NO ART. 6º, VIII, DO Hipótese em que a concessionária
CÓDIGO DE DEFESA DO interrompeu o fornecimento de
CONSUMIDOR. DISSÍDIO energia elétrica de imóvel urbano, por
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débitos relativos a outro imóvel (rural) não tem o condão de outorgar ao
- "corte cruzado". 4. A Portaria 466/97 usuário, que furtou energia elétrica, o
- DNAEE, no art. 76, prevê a direito a reclamar a responsabilização
possibilidade de suspensão do da companhia fornecedora pelos
fornecimento de energia elétrica por danos morais eventualmente
falta de pagamento referente a outras suportados. 3. Recurso especial
unidades consumidoras de parcialmente provido.
responsabilidade do mesmo
consumidor, mediante prévia Íntegra do Acórdão
comunicação, regra inobservada pela índice
concessionária. 5. Impossibilidade de
interrupção do serviço nessa hipótese -------------------------
(sem análise quanto à legalidade ou REsp 746637
não do "corte cruzado"). 6. Dano Ministro JORGE SCARTEZZINI
moral reconhecido e quantificado Decisão: 07/06/2005
(Súmula 326/STJ). 7. Não incidência
do artigo 21, § único do CPC quanto à PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. AÇÃO DE
fixação dos honorários. 7. Recurso INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E
especial não provido. MORAIS. OCORRÊNCIA. PAGAMENTO
INDEVIDO MOTIVADO POR AMEAÇA
Íntegra do Acórdão DE CORTE NO FORNECIMENTO DE
índice ENERGIA ELÉTRICA. ALEGAÇÃO DE
EXISTÊNCIA DE CONTAS ATRASADAS.
------------------------- COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO.
REsp 1070060 NEGLIGÊNCIA DA CONCESSIONÁRIA
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES DE SERVIÇO PÚBLICO. 1. Como já
Decisão: 19/02/2009 decidiram ambas as Turmas que
administrativo. energia elétrica. corte integram a 2ª Seção desta Corte,
no fornecimento. débito pretérito. constatando-se exagero ou manifesta
impossibilidade. fraude reconhecida irrisão na fixação, pelas instâncias
pelo tribunal a quo. indenização por ordinárias, do montante indenizatório
danos morais. descabimento. 1. O do dano moral, descumprindo os
tribunal de origem considerou princípios da razoabilidade e da
impossível a suspensão de energia proporcionalidade, é possível a revisão
elétrica por se tratar de débitos nesta Corte da aludida quantificação
antigos, entendendo, ainda, pela (Resps. nº 437.041/TO, 403.703/SP,
procedência do pleito indenizatório, 479.623/SC). 2. Em atenção aos
mesmo em face da ocorrência de critérios acima elencados, deve-se
fraude. 2. Conquanto o usuário tenha considerar as peculiaridades do pleito
resguardado o seu direito ao em questão, notadamente a
fornecimento de energia por se tratar repercussão do evento danoso, o grau
de débito pretérito, mesmo na de culpa do agente e a situação
hipótese de ter ele fraudado o econômica das partes. Verifica-se,
aparelho medidor, não se pode, por quanto à intensidade e a extensão do
outro lado, prestigiá-lo com o dano, que a empresa-autora não teve
recebimento de indenização por um suas atividades interrompidas, como
suposto dano moral sofrido em razão também não houve repercussão
de suspensão do serviço que se negativa junto a seus clientes e
operou em decorrência de sua má-fé. fornecedores, como afirma a própria
ou seja, o simples fato de a autora (fls. 03), além de não haver
jurisprudência desta corte afastar a indicação acerca do desfazimento de
possibilidade do corte de energia em nenhum negócio. 3 Diante das
recuperação de consumo não-faturado peculiaridades fáticas assentadas
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pelas instâncias ordinárias, bem como 0160370-72.2005.8.19.0001
os princípios de moderação e (2009.001.35818) - APELAÇÃO
razoabilidade, o valor fixado pelo DES. MONICA TOLLEDO DE OLIVEIRA
Tribunal a quo, a título de danos Julgamento: 24/11/2009
morais mostra-se excessivo, não se QUARTA CAMARA CIVEL
limitando à compensação dos
prejuízos advindos do evento danoso. Apelação Cível. Ação de obrigação de
Assim, para assegurar à lesada a justa fazer c/c indenização por danos
reparação, sem, no entanto, incorrer morais. Fornecimento de energia
em enriquecimento ilícito, reduzo o elétrica. Suposta irregularidade do
valor indenizatório, para fixá-lo na medidor. Apuração de consumo
quantia certa de R$ 3.000,00 (três mil elevado, não obstante os poucos
reais). 4. Recurso conhecido e eletrodomésticos que guarnecem a
provido. residência da autora. Sentença que
julgou improcedente o pedido.
Íntegra do Acórdão Apelação da autora objetivando a
índice reforma da sentença. Prova pericial
------------------------ que constatou a regularidade do
medidor de consumo e apontou como
provável causa das elevadas contas de
energia elétrica a precária instalação
Corte no Fornecimento elétrica da residência da autora que
por Irregularidade no provoca fuga de energia. Ainda que se
Medidor admita a interpretação mais favorável
ao consumidor ante sua
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA: hipossuficiência, no presente caso,
não existe qualquer responsabilidade
RIO DE JANEIRO da empresa ré pelo elevado valor das
AMAZONAS contas de energia. Desprovimento do
BAHIA recurso. Manutenção da sentença.
CEARÁ
DISTRITO FEDERAL Íntegra do Acórdão
índice
ESPÍRITO SANTO
GOIÁS
-------------------------
MATO GROSSO
0004344-11.2007.8.19.0087
MINAS GERAIS
(2009.001.62598) - APELAÇÃO
PARANÁ
DES. CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA
SANTA CATARINA
Julgamento: 24/11/2009
SÃO PAULO
NONA CAMARA CIVEL
SERGIPE
AÇÃO INDENIZATÓRIA COM PEDIDOS
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DE ANULAÇÃO DE COBRANÇA E DE
ANTECIPAÇÃO DA TUTELA.
FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA. COBRANÇA POR
======================
DIFERENÇAS APURADAS EM
Tribunal de Justiça do Estado DECORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE
NA MEDIÇÃO DO CONSUMO. PROVA
do Rio de Janeiro PERICIAL QUE ATESTA A
IRREGULARIDADE. CONSUMO
======================
EFETIVO QUE NÃO CONDIZ COM A

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Revista Jurídica/45
REALIDADE DO IMÓVEL. COBRANÇA
DA DIFERENÇA EM EXERCÍCIO -------------------------
REGULAR DE DIREITO. INTERRUPÇÃO 0014753-80.2007.8.19.0205
DO SERVIÇO EM PLENO (2009.001.65850) - APELAÇÃO
FUNCIONAMENTO DO JDS. DES. MYRIAM MEDEIROS
ESTABELECIMENTO COMERCIAL. Julgamento: 24/11/2009
SERVIÇO ESSENCIAL. DANO MORAL
CONFIGURADO. MAJORAÇÃO DA PRIMEIRA CAMARA CIVEL
VERBA COMPENSATÓRIA EM Consumidor. Fornecimento de energia
ATENDIMENTO AOS PRINCÍPIOS DA elétrica. Controvérsia sobre o real
RAZOABILIDADE, DA consumo. Alegação de fraude no
PROPORCIONALIDADE E O DA aparelho medidor. Pedido de repetição
VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM de indébito do valor confessado e
CAUSA. SENTENÇA QUE SE MODIFICA pago à fornecedora. Ausência de
EM PARTE. Prova técnica pericial que oportuna produção de prova técnica.
atesta a desconformidade entre a real Indícios razoáveis de que não houve a
capacidade de consumo do imóvel e alegada fraude, na medida em que o
aquele efetivamente aferido. apelado tentou diligenciar a apuração
Comprovação da existência de dos fatos, sem a colaboração da
irregularidade no medidor de apelante. Sentença que manda repetir
consumo, a acarretar o registro a em dobro o valor pago por conta da
menor do mesmo pelo confissão de dívida e condena ao
estabelecimento comercial da parte pagamento de indenização por danos
demandante, que afasta a alegação de morais no valor de R$4000,00.
cobrança indevida. Prova técnica que Vulnerabilidade e hipossuficiência do
atesta a não ocorrência de consumidor. Sentença mantida.
excessividade na cobrança realizada. Recurso desprovido.
Impossibilidade de cancelamento do
débito existente. Por outro lado, o Íntegra do Acórdão
corte no fornecimento do serviço
elétrica do estabelecimento comercial índice
em pleno horário de funcionamento, -------------------------
por débito pretérito, induvidosamente, 0061071-79.2006.8.19.0004
importa em abalos psicológicos ao (2009.001.67292) - APELAÇÃO
consumidor que superam os limites da DES. MILTON FERNANDES DE SOUZA
razoabilidade e lhe impingem danos Julgamento: 24/11/2009
de ordem moral. Dano moral in re QUINTA CAMARA CIVEL
ipsa. Indenização fixada que não
atende aos princípios da razoabilidade, ENERGIA ELÉTRICA. APARELHO
da proporcionalidade e o da vedação MEDIDOR. DEFEITO. DIFERENÇA
ao enriquecimento sem causa devendo ENTRE O REGISTRO E O CONSUMO
ser majorado para R$ 4.000,00 REAL. DANO MORAL. 1-A
(quatro mil reais). Reciprocidade concessionária do serviço de
sucumbencial que determina o rateio fornecimento de energia elétrica é
das despesas processuais e a remunerada por preço público, que
compensação dos honorários deve corresponder à energia
advocatícios. Provimento parcial do efetivamente consumida. 2-Assim, se
primeiro recurso (autora) e irregularidade no medidor resulta em
desprovimento do segundo (ré). registro de consumo maior do que o
efetivamente realizado, mesmo que
Íntegra do Acórdão para ela a concessionária não tenha
índice concorrido, o usuário tem o direito de
pagar a quantia efetivamente devida,
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Revista Jurídica/46
e não a quantia equivocadamente concessiva ou não da antecipação de
mensurada. 3-Nesse contexto, os tutela, se teratológica, contrária à lei
aborrecimentos e constrangimentos ou à evidente prova dos autos".
experimentados pela consumidora Conjunto probatório incipiente que não
configuram a existência de dano moral permite verificar a verossimilhança
a ser compensado. 4-Inexistência de dos fatos narrados pelo autor, patente
ofensa à razoabilidade ou à a necessidade de dilação probatória.
proporcionalidade a ensejar a reforma Recurso a que se nega seguimento.
do valor da indenização fixado em
primeiro grau. Íntegra do Acórdão

Íntegra do Acórdão índice


índice -------------------------
0023527-92.2008.8.19.0002
------------------------- (2009.001.67415) - APELAÇÃO
0046612-79.2009.8.19.0000 JDS. DES. INES DA TRINDADE
(2009.002.44673) - AGRAVO DE Julgamento: 19/11/2009
INSTRUMENTO DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
DES. MARIO ASSIS GONCALVES
Julgamento: 23/11/2009 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
TERCEIRA CAMARA CIVEL INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS.
Agravo de instrumento. Discussão de FORNECIMENTO DE ENERGIA
débito relativo a fornecimento de ELÉTRICA. TERMO DE OCORRÊNCIA
energia elétrica. Indícios de fraude. DE IRREGULARIDADE (TOI). PROVA
Interrupção do fornecimento. Pedido UNILATERAL. PROVA PERICIAL NÃO
de antecipação de tutela. REALIZADA, POR DESISTÊNCIA DO
Indeferimento. Verbete 59 da Súmula RÉU. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO
do TJERJ. Sob acusação de indícios de NA IRREGULARIDADE NO MEDIDOR.
fraude no medidor do fornecimento de DANO MATERIAL E MORAL
energia elétrica apurados CONFIGURADOS. INDENIZAÇÃO POR
administrativamente, a concessionária DANO MORAL QUE DEVE SER
interrompeu o fornecimento na MAJORADA DE R$4.000,00 PARA
residência do consumidor. Este, R$6.000,00. 1) O Termo de
inconformado, ingressou com ação Ocorrência de Irregularidade não é
declaratória de inexistência de débito suficiente para a confirmação da
cumulada com pleito de indenização irregularidade de consumo de energia
de danos morais, mas não logrou elétrica, havendo necessidade da
obter a postulada antecipação de concessionária apresentar perícia
tutela, tendo o Juízo entendido, para técnica no medidor para a
indeferir o pleito, inexistir prova de configuração do ato ilícito por parte do
suas alegações e, bem assim, a consumidor, ônus do qual não se
ausência da verossimilhança, fundada desincumbiu. 2) Caracterizado,
em prova inequívoca, pelo que portanto, a cobrança indevida e o fato
indeferiu, também, o pedido de do serviço, previsto no art. 14, caput,
inversão do ônus da prova. Decisão do CDC. 3) Protesto do título, baseado
agravada que não se afigura em dívida indevida, em Cartório de
teratológica, contrária à lei ou à Notas, o que demonstra maior
evidente prova dos autos, estando em reprovabilidade da conduta da Ré e,
consonância com o verbete sumular portanto, importa na majoração do
nº 59 deste Tribunal de Justiça: dano moral. 4) indenização por dano
"Somente se reforma a decisão moral que deve ser aumentada de
R$4.000,00 para o patamar de
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Revista Jurídica/47
R$6.000,00, que se amolda aos Julgamento: 17/11/2009
princípios da razoabilidade e da OITAVA CAMARA CIVEL
proporcionalidade, considerando as
peculiaridades do caso. APELAÇÃO DA Responsabilidade civil. Energia
RÉ IMPROVIDA E PROVIMENTO elétrica. Cobrança excessiva. Ação de
PARCIAL AO APELO DO AUTOR. conhecimento objetivando que a Ré
restabeleça o serviço de energia
Íntegra do Acórdão elétrica na residência da Autora, a
substituição do medidor eletrônico
índice externo (chip) pelo eletromecânico, a
------------------------- suspensão da exigibilidade da conta
0006011-06.2006.8.19.0204 de abril de 2007, e o seu
(2009.001.46353) – APELAÇÃO cancelamento, e indenização por dano
DES. CAMILO RIBEIRO RULIERE moral. Procedência do pedido,
Julgamento: 17/11/2009 condenada a Ré a refaturar a conta de
PRIMEIRA CAMARA CIVEL abril de 2007, com base no consumo
de 222Kwh/mês, fixada a indenização
Ação Anulatória c/c Indenização por por dano moral em R$ 500,00.
Danos Morais - Fornecimento de Apelação de ambas as partes. Prova
energia elétrica - Prova pericial - técnica que concluiu ter havido
Aumento da média mensal de cobrança indevida nas faturas
consumo da unidade do autor nos impugnadas, superando a média de
meses de janeiro e fevereiro de 2006 - consumo. Fornecedora do serviço que
Ausência de dados a indicar o real não produziu prova da irregularidade
consumo de energia elétrica - apontada no medidor de energia
Decretação de nulidade das cobranças elétrica, ônus que lhe incumbia. Falha
referentes aos Termos de Confissão de na prestação do serviço. Fornecedora
Dívida, lavrados de forma unilateral que tem o dever legal de prestar
Não merece prosperar o pleito de serviço essencial de forma ininterrupta
refaturamento das contas de luz dos (art. 22 da Lei 8.078/90). Dever de
meses de abril, maio, junho e julho de indenizar. Inexistência de prova de
2006, uma vez que não foi objeto de quaisquer das excludentes de
discussão na presente demanda - responsabilidade previstas no art. 14,
Danos morais incabíveis - Ausência de § 3º da Lei 8.078/90. Dano moral
prova de ofensa à honra objetiva do configurado. Quantum da reparação
autor, desprovido de honra subjetiva que comporta a majoração para R$
Modificação da Sentença no tocante à 5.000,00, para melhor adequá-lo a
restituição dos valores eventualmente critérios de razoabilidade e de
pagos pelo apelante, a título de multa proporcionalidade. Desprovimento da
e outros encargos contratuais, primeira apelação e provimento
relacionados aos meses de janeiro e parcial da segunda apelação.
fevereiro de 2006, objeto do contrato
de confissão de dívida, anulado pelo Íntegra do Acórdão
decisum proferido pelo Juízo a quo
Provimento parcial do recurso. índice
-------------------------
Íntegra do Acórdão 0016215-02.2007.8.19.0002
(2009.001.66385) - APELAÇÃO
índice
DES. MILTON FERNANDES DE SOUZA
-------------------------
Julgamento: 17/11/2009
0001595-57.2007.8.19.0075
QUINTA CAMARA CIVEL
(2009.001.55794) - APELAÇÃO
DES. ANA MARIA OLIVEIRA
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Revista Jurídica/48
ENERGIA ELÉTRICA. COM BASE NO REFERIDO SISTEMA,
IRREGULARIDADE NO MEDIDOR. PROCEDENTE A REPETIÇÃO DE
COBRANÇA. LEGALIDADE. CORTE. INDÉBITO E DANOS MORAIS FIXADOS
DÍVIDA PRETÉRITA. EM R$ 3.000,00 LAUDO PERICIAL
IMPOSSIBILIDADE. DANOS MORAIS. CONCLUINDO PELA COBRANÇA
RAZOABILIDADE E EXCESSIVA, QUE CORROBORA A
PROPORCIONALIDADE. 1-Constatada ALEGAÇÃO DO AUTOR - TROCA DO
a irregularidade no medidor de MEDIDOR CORRETAMENTE
energia elétrica e notificado o DETERMINADA, PARA QUE SE ATENDA
consumidor, afigura-se exercício O PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA,
regular do direito a cobrança pelo POSSIBILITANDO A AFERIÇÃO PELO
serviço fornecido. 2-Contudo, se a CONSUMIDOR, QUE, SEGUNDO A
concessionária identifica a PRÓPRIA APELANTE ADMITE EM SEU
irregularidade no medidor por meio da RECURSO, É POSSIBILITADO
lavratura de TOI, sem se desincumbir ATRAVÉS DE DISPLAY, CONFORME
de seu ônus de comprovar a DISPOSTO NA LEGISLAÇÃO
regularidade do procedimento adotado APLICÁVEL, O QUAL, DE ACORDO
para tanto, o usuário não pode ser COM O LAUDO PERICIAL, INEXISTIA -
compelido a pagar as diferenças de INDENIZAÇÃO QUE DEVE SER
consumo posteriormente apuradas. 3- MAJORADA PARA R$ 5.000,00, EM
Nesse contexto, os constrangimentos CONFORMIDADE COM OS PRINCÍPIOS
e aborrecimentos experimentados pelo DA RAZOABILIDADE E DA
consumidor configuram a existência PROPORCIONALIDADE, ESTANDO
de dano moral a ser compensado. 4- COMPATÍVEL COM OS VALORES
Inexistência de ofensa à razoabilidade ARBITRADOS POR ESTE TRIBUNAL -
ou à proporcionalidade a ensejar a ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL -
reforma do valor da indenização fixado APLICAÇÃO DO § 1º-A E CAPUT DO
em primeiro grau. ART. 557. DO CPC. PRIMEIRO
RECURSO AO QUAL SE NEGA
Íntegra do Acórdão SEGUIMENTO E, PROVIDO
índice PARCIALMENTE O SEGUNDO.
REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA.
-------------------------
0067703-87.2007.8.19.0004 Íntegra do Acórdão
(2009.001.50859) - APELAÇÃO
DES. BINATO DE CASTRO índice
Julgamento: 11/11/2009 -------------------------
DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL 0051853-36.2006.8.19.0001
(2008.001.36382) - APELAÇÃO
APELAÇÃO CÍVEL - MEDIDOR DES. MARCOS ALCINO A TORRES
ELETRÔNICO DE ENERGIA ELÉTRICA - Julgamento: 23/09/2008
ALEGAÇÃO DE AUMENTO EXCESSIVO TERCEIRA CAMARA CIVEL
DA CONTA APÓS SUA INSTALAÇÃO -
CORTE DE ENERGIA - SENTENÇA QUE INDENIZATÓRIA. CONCESSIONÁRIA
CONDENOU A RÉ A INSTALAR DE ENERGIA ELÉTRICA.
MEDIDOR QUE VIABILIZE A AFERIÇÃO IRREGULARIDADE NÃO
DO CONSUMO PELA PARTE AUTORA DEMONSTRADA EM MEDIDOR DE
DE FORMA CLARA E PRECISA, NOS CONSUMO. INTERRUPÇÃO DO
MOLDES DO ARTIGO 4º DO CDC, NO FORNECIMENTO DE ENERGIA
PRAZO DE 5 DIAS, SOB PENA DE ELÉTRICA. DANO MORAL. O que de
MULTA DIÁRIA, DECLARANDO ordinário se observa é que a conduta
INEXISTENTE AS DÍVIDAS AFERIDAS dos prepostos da ré é quase sempre
truculenta e ofensiva aos
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Revista Jurídica/49
consumidores, tratando-se muitas (TOI) realizado unilateralmente pela
vezes de terceirizados que, recebendo concessionária. Impossibilidade.
remuneração por corte de energia ou Presunção em favor do consumidor.
tarefa realizada, não se importam com Agravo de decisão que deixou de
qualquer rogativa apresentada pelos conceder tutela antecipada postulando
consumidores. Se a ré apurou o o restabelecimento de energia elétrica.
conhecido gato deveria ter Cabimento. O serviço foi interrompido
encaminhado o fato à delegacia sob a alegação de adulteração no
policial para as diligências necessárias medidor constatado unilateralmente
preferindo, entretanto, valer-se da pela concessionária. Incidência do
ameaça de interrupção de serviço para Código de Defesa do Consumidor.
impor ao consumidor um débito que Presunção a favor do consumidor até
entende ser devido. Diante de um que seja produzida a prova pertinente.
laudo unilateral cuja veracidade não O fornecimento de energia elétrica
pode ser presumida por não ser a ré configura serviço público essencial,
dotada de fé publica, optou esta por logo, submetido ao princípio da
desistir da única prova que viria em continuidade, só podendo ser
socorro de suas alegações, restando interrompido nas estritas hipóteses
portanto não comprovada qualquer previstas pela Lei nº 8987/95. Assim,
irregularidade no medidor do autor restou evidenciada a presença dos
pelo que indevido qualquer débito requisitos autorizadores à concessão
decorrente de tal laudo bem como a da tutela antecipada requerida, quais
interrupção do fornecimento de sejam, a verossimilhança das
energia elétrica. Saliente-se que a alegações da agravante e o fundado
acusação de fraude é uma acusação receio de dano irreparável, decorrente
que por si só ofende a honra do da essencialidade do serviço.
consumidor além de verdadeira Configuração dos requisitos
imputação caluniosa de crime, no caso autorizadores à concessão da liminar
furto de energia, somando-se a requerida, devendo ser reformada a
agravante da interrupção indevida do decisão agravada para que seja
fornecimento de energia elétrica à restabelecido imediatamente o
residência do autor, caracterizando fornecimento de energia elétrica na
assim o dano moral que deve ser residência da agravante. Provimento
reparado, mostrando-se o valor do recurso.
indenizatório arbitrado justa e
adequadamente pelo que deve ser Íntegra do Acórdão
mantido. Recurso improvido.
índice
Íntegra do Acórdão -------------------------
índice 0002269-52.2008.8.19.0058
APELAÇÃO
------------------------- DES. HELENA CANDIDA LISBOA
0063186-80.2009.8.19.0000 GAEDE
-AGRAVO DE INSTRUMENTO Julgamento: 16/12/2009
DES. NAGIB SLAIBI TERCEIRA CAMARA CIVEL
Julgamento: 17/12/2009
SEXTA CAMARA CIVEL APELAÇÃO CIVIL. AMPLA. CORTE DO
FORNECIMENTO DE ENERGIA
Direito do Consumidor. Interrupção do ELÉTRICA RESIDENCIAL. PEDIDO DE
fornecimento de energia elétrica. RESTABELECIMENTO DO
Alegação de fraude no medidor. FORNECIMENTO DE ENERGIA E
Termo de Ocorrência de Irregularidade DANOS MORAIS. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. ART. 37,§6º, DO CRFB/88
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Revista Jurídica/50
E 14, DO CDC. COBRANÇA EM VALOR 0016890-39.2006.8.19.0021
DEMASIADAMENTE SUPERIOR À (2009.001.43032)
MÉDIA DE CONSUMO MENSAL DOS APELAÇÃO
AUTORES ATRIBUÍDA A DES. JORGE LUIZ HABIB
IRREGULARIDADES NO MEDIDOR DE Julgamento: 06/10/2009
CONSUMO. AUSÊNCIA DE DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL
COMPROVAÇÃO DE IRREGULARIDADE
OU FRAUDE NO MEDIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO.
DESCUMPRIMENTO PELA RÉ DO ART. CORTE NO FORNECIMENTO DE
333, II, DO CPC. CORTE INDEVIDO. ENERGIA. IRREGULARIDADES
REDUÇÃO DO QUANTUM COMPROVADAS. DANOS MORAIS.
INDENIZATÓRIO PELOS DANOS INOCORRÊNCIA. Apurada a
MORAIS. CRITÉRIOS DE irregularidade no relógio medidor,
PROPORCIONALIDADE E "ipso facto" estava a concessionária
RAZOABILIDADE. PARCIAL autorizada a promover a cobrança das
PROVIMENTO AO RECURSO, NA diferenças entre o que foi pago e o
FORMA DO ART. 557, §1-A, DO CPC. que deveria ser pago, considerado o
real fornecimento da energia elétrica.
Íntegra do Acórdão Se foi lícita a cobrança da diferença de
consumo verificada, legítima a
índice suspensão do serviço pela falta de
------------------------- pagamento da diferença, tendo a
0000363-27.2008.8.19.0058 LIGHT agido no estrito cumprimento
(2009.001.49237) do dever que lhe é imposto pelo poder
APELAÇÃO concedente, não havendo que se falar
DES. PAULO MAURICIO PEREIRA em danos morais ou materiais.
Julgamento: 15/12/2009 APELAÇÃO 1: PROVIDA.APELAÇÃO 2:
QUARTA CAMARA CIVEL PREJUDICADA.

I) Obrigação de fazer e indenizatória Íntegra do Acórdão


por danos morais. Suspensão do
fornecimento de energia elétrica, em índice
razão de débito referente a -------------------------
recuperação de consumo. II)
Induvidosa a ciência do débito e a ======================
prévia notificação, nenhuma
ilegalidade existe no corte decorrente Tribunal de Justiça do Estado
da inércia do próprio autor. Dano
moral não configurado. III) do Amazonas
Comprovada a existência de ======================
irregularidade no medidor, o TOI não
pode ser desconstituído sem a Processo: 2002.000105-9
realização de perícia, requerida pela ré Julgamento: 28/06/2002
e olvidada pelo julgador, que proferiu Órgão Julgador: Segunda Câmara
sentença de plano. IV) Sentença de Cível
procedência que se reforma. Classe: Apelação Cível
Provimento do recurso. Relator: Des. Manuel Glacimar Mello
Damasceno
Íntegra do Acórdão

índice
EMENTA. ADMINISTRATIVO –
-------------------------
ENERGIA ELÉTRICA - VIOLAÇÃO DO

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MEDIDOR PELO CONSUMIDOR seja revogada. Agravo de Instrumento
VISANDO SUBTRAÇÃO DE ENERGIA provido.
ELÉTRICA- COBRANÇA DE DÉBITO
QUE NÃO DEVE ULTRAPASSAR O índice
LIMITE ESTABELECIDO NO DECRETO ------------------------
41.019/57.
índice ======================

------------------------- Tribunal de Justiça do Estado

====================== do Ceará
======================
Tribunal de Justiça do Estado
139-41.2006.8.06.0149/1 -
da Bahia APELAÇÃO CÍVEL
====================== Órgão Julgador: 3ª CÂMARA CÍVEL
Relator: Des. ANTÔNIO ABELARDO
AGRAVO DE INSTRUMENTO 2227- BENEVIDES MORAES
2/2007
Órgão Julgador: QUARTA CÂMARA Ementa: CIVIL. CONSUMIDOR.
CÍVEL ENERGIA ELÉTRICA. SUPOSTA
Relator: JOSE OLEGARIO MONCAO ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR.
CALDAS INSUFICIÊNCIA DE PROVA. VARIAÇÃO
Data do Julgamento: 08/04/2009 NO CONSUMO. VERIFICADA ANTES E
DEPOIS DA TROCA DO MEDIDOR.
Agravo de Instrumento. Ação de AFERIÇÃO DO VALOR. SUPOSTO
indenização cumulada com tutela CONSUMO NÃO FATURADO. MÉTODO
antecipada de obrigação de não fazer. INADEQUADO. CORTE NO
Energia Elétrica. Fraude no contador FORNECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
detectada por perícia técnica. DÉBITO DECORRENTE DE
Possibilidade de suspensão do serviço RECUPERAÇÃO DE CONSUMO.
face ao inadimplemento. Aplicação do SENTENÇA MANTIDA. 1. Em face da
disposto no art. 6°, §3°, inciso ii da inversão determinada, a Coelce não se
Lei 8.987/95 que dispõe sobre o desincumbiu do ônus que lhe competia
regime de permissão e concessão da de provar o efetivo consumo de
prestação de serviço público. energia e a existência de fraude no
Constatada a fraude no contador de medidor. 2. A intensa variação no
energia pela perícia técnica realizada, consumo, antes e depois da
pois foi detectada irregularidade na substituição do medidor, comprovada
chave de aferição, o que deixou de nos autos, inviabiliza o cálculo por
registrar 66,92% da energia estimativa. 3. Somente é permitida a
consumida. Diante do inadimplemento suspensão no fornecimento de energia
configurado, possível a suspensão do elétrica quando decorrente do
fornecimento do serviço, consoante inadimplemento de conta regular,
dispõe o art. 6°, § 3° da Lei 8.987/95. relativa ao mês de consumo. Resta
Liminar concedida em agravo de incabível, contudo, se decorrente da
instrumento sob análise perfunctória. recuperação de suposto consumo não
A decisão que concedeu a liminar no faturado. 4. Recurso conhecido, porém
presente recurso foi pautada em desprovido.
cognição sumária, o que não impede
que, após análise apurada, a mesma Íntegra do Acórdão

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------------------------- SEM CULPA DO CONSUMIDOR.
766304-95.2000.8.06.0001/1 - RESPONSABILIDADE DA
APELAÇÃO CÍVEL CONCESSIONÁRIA. OMISSÃO DO
Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR EM INFORMÁ-LA SOBRE
Relator: Des. FERNANDO LUIZ O FATO DURANTE LARGO PERÍODO
XIMENES ROCHA DE TEMPO. CONFIGURAÇÃO DE
LOCUPLETAMENTO ILÍCITO. É de
Ementa: PROCESSUAL CIVIL E responsabilidade da empresa
CONSUMIDOR. PROVAS A SEREM concessionária fornecedora de energia
PRODUZIDAS EM AUDIÊNCIA DE elétrica a manutenção dos aparelhos
INSTRUÇÃO. DESNECESSARIEDADE. medidores do consumo mensal da
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. unidade consumidora. Verificada a
CABIMENTO. AGRAVO RETIDO quebra do medidor, sem culpa do
CONHECIDO E DESPROVIDO. consumidor, cabe, a priori, à
REFATURAMENTO DE CONSUMO DE concessionária, arcar com o prejuízo
ENERGIA ELÉTRICA. DEFEITO NO decorrente de sua negligência, se
MEDIDOR. FALHA NA PRESTAÇÃO DO continuou a faturar sobre os valores
SERVIÇO. DÉBITO INDEVIDO. registrados. Caso que apresenta a
RECURSO CONHECIDO E peculiaridade do consumidor estar
DESPROVIDO. 1. Sendo suficientes as usufruindo da energia elétrica há mais
provas trazidas pelo autor e réu, de dois (2) anos, com emprego de
respectivamente na inicial e na cinco aparelhos de ar-condicionado em
contestação, é desnecessária a sua residência, sem informar à
realização de audiência de instrução e COELCE sobre o defeito existente no
julgamento, podendo o Magistrado medidor de consumo. Incidência do
singular proceder ao julgamento princípio da vedação ao
antecipado da lide. 2. Havendo locupletamento ilícito. Emprego, por
medição a menor de consumo de força da analogia, da Portaria 466 do
energia elétrica e não tendo o DNAEE, de 12-12-1997, que limita em
consumidor culpa pelo evento, seis (6) meses a revisão do
advindo de defeito no medidor da faturamento, quando a cobrança a
concessionária, esta será a única a menor se dá por negligência da
suportar o prejuízo, por falha na companhia fornecedora. Ação julgada
prestação do serviço. Aplicabilidade do procedente em parte. Apelo provido.
art. 72 da Resolução nº 456/2000 da
ANEEL, cumulado com as normas do Íntegra do Acórdão
Código de Defesa do Consumidor. 3. índice
Recurso conhecido e desprovido.
-------------------------
Íntegra do Acórdão
índice ======================

------------------------- Tribunal de Justiça do Distrito


3081-47.2002.8.06.0000/0 - APEL
AÇÃO CÍVEL Federal
Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL ======================
Relator: Des. JOSÉ ARÍSIO LOPES DA
COSTA AGRAVO DE INSTRUMENTO 2003
00 2 006784-7 AGI - 0006784-
Ementa: CIVIL. PROCESSO CIVIL. 22.2003.807.0000
AÇÃO ANULATÓRIA. DÉBITO Registro do Acórdão: 184623
INSCRITO PELA COELCE. QUEBRA DO Data de Julgamento: 13/10/2003
APARELHO MEDIDOR DE CONSUMO,
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Revista Jurídica/53
Órgão Julgador: 2ª Turma Cível CONSUMIDOR NO PAGAMENTO
Relator: SILVÂNIO BARBOSA DOS MENSAL DA FATURA.
SANTOS Decisão CONHECER. NEGAR
PROVIMENTO. UNÂNIME.
Ementa: PROCESSO CIVIL E
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE Íntegra do Acórdão
INSTRUMENTO. FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA. CONSUMIDOR. índice
PRÁTICA DESLEAL EM RELAÇÃO À -------------------------
FORNECEDORA. CORTE. 2002 01 1 078776-3 APC -
DEFERIMENTO. 1. CONSTATADA A 0078776-74.2002.807.0001
VIOLAÇÃO DO APARELHO MEDIDOR Registro do Acórdão: 299902
POR PARTE DO CONSUMIDOR, DEVE Data de Julgamento: 31/03/2008
SUPORTAR ELE OS ÔNUS PELO Órgão Julgador: 4ª Turma Cível
PERÍODO EM QUE USUFRUIU Relator: SÉRGIO ROCHA
FRAUDULENTAMENTE DO
PRODUTO/SERVIÇO PRESTADO, Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO
DANDO MARGEM, INCLUSIVE, A DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
RESPONDER PROCEDIMENTO NA DÍVIDA - FISCALIZAÇÃO DO RELÓGIO
ESFERA PENAL, EM RAZÃO DA MEDIDOR DO CONSUMO DE ENERGIA
GRAVIDADE DO ILÍCITO. 2. DEFERE- PELA CEB - ADULTERAÇÃO - ÔNUS DA
SE A INTERRUPÇÃO DO PROVA. 1. CABE AO AUTOR
FORNECIMENTO DE ENERGIA, NO COMPROVAR QUALQUER
MÍNIMO, ATÉ EQUACIONAMENTO DA ILEGALIDADE, IRREGULARIDADE OU
DÍVIDA PERANTE A FORNECEDORA. ABUSO DE PODER NA FISCALIZAÇÃO
Decisão DAR PROVIMENTO. UNÂNIME. REALIZADA PELA CEB E QUE O
RELÓGIO MEDIDOR DE SEU IMÓVEL
Íntegra do Acórdão NÃO ESTAVA ADULTERADO (CPC 333
índice I). 2. NEGOU-SE PROVIMENTO AO
APELO.
-------------------------
2008 00 2 010797-8 AGI - Íntegra do Acórdão
0010797-88.2008.807.0000 índice
Registro do Acórdão: 350775
Data de Julgamento: 25/03/2009 -------------------------
Órgão Julgador: 5ª Turma Cível APELAÇÃO CÍVEL 2002 01 1
Relator: LECIR MANOEL DA LUZ 094739-7 APC - 0094739-
25.2002.807.0001
Ementa: CIVIL E ADMINISTRATIVO - Registro do Acórdão: 181244
FORNECIMENTO DE ENERGIA Data de Julgamento: 01/09/2003
ELÉTRICA - AMEAÇA DE CORTE - Órgão Julgador: 3ª Turma Cível
ALEGAÇÃO DE FRAUDE NO RELÓGIO Relator: VERA ANDRIGHI
MEDIDOR - DIFERENÇA NO CONSUMO
APURADA - INADIMPLÊNCIA NÃO Ementa: FORNECIMENTO DE
VERIFICADA – RECURSO IMPROVIDO. ENERGIA ELÉTRICA. CEB.
A QUESTÃO POSTA NOS AUTOS CONDOMÍNIO IRREGULAR. LIGAÇÃO
PRINCIPAIS VERSA SOBRE SUPOSTA CLANDESTINA. NÃO INCIDÊNCIA DO
FRAUDE NO RELÓGIO MEDIDOR, ART. 22 DO CDC. PRESENÇA DA
ACARRETANDO DIFERENÇA A MAIOR EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE.
NO CONSUMO, O QUE NÃO AUTORIZA I - TRATANDO-SE DE CONDOMÍNIO
O CORTE NO FORNECIMENTO DO IRREGULAR, COM IRREGULAR
SERVIÇO, PORQUANTO NÃO LIGAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, SEM
CONSTATA A INADIMPLÊNCIA DO AUTORIZAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA,
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Revista Jurídica/54
CONFORME APURADO EM INQUÉRITO acordam os Desembargadores da
POLICIAL, NÃO HÁ COMO CONFORTAR SEGUNDA CÂMARA do Tribunal de
A PRETENSÃO DOS AUTORES DE Justiça do Espírito Santo, na
FORNECIMENTO DE ENERGIA conformidade da ata de julgamento e
ELÉTRICA INTENTADA CONTRA A das notas taquigráficas, por
CONCESSIONÁRIA. NÃO INCIDÊNCIA unanimidade, negar provimento ao
DO ART. 22 DO CDC NA ESPÉCIE, recurso.
ANTE A EXCLUDENTE DE ILICITUDE - Os Srs. Desembargadores José Paulo
CULPA EXCLUSIVA DOS AUTORES. II Calmon Nogueira da Gama e Carlos
- APELAÇÃO CONHECIDA E Simões Fonseca votaram com o Sr.
IMPROVIDA. Decisão NEGAR Desembargador Relator. Conclusão à
PROVIMENTO. UNÂNIME. unanimidade, negar provimento ao
agravo retido, para quanto ao mérito
Íntegra do Acórdão e por igual votação, negar provimento
índice ao recurso.
índice
-------------------------
-------------------------
====================== 59069000020
Classe: Agravo Interno - (Arts
Tribunal de Justiça do Estado 557/527, II CPC) Agv Instrumento
Órgão: QUARTA CÂMARA CÍVEL
do Espírito Santo Data de Julgamento: 19/09/2006
====================== Relator: MAURÍLIO ALMEIDA DE
ABREU
35050147954
Classe: Apelação Cível EMENTA: AGRAVO INTERNO NO
Órgão: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO -
Data de Julgamento: 06/10/2009 SUPOSTA ADULTERAÇÃO NO RELÓGIO
Relator: SAMUEL MEIRA BRASIL MEDIDOR DE ENERGIA - AUSÊNCIA
JUNIOR DE DEMONSTRAÇÃO DA OCORRÊNCIA
DE FRAUDE - OFENSA AOS
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO
ENERGIA ELÉTRICA. FRAUDE NO CONTRADITÓRIO - INEXISTÊNCIA DE
MEDIDOR. RECURSO DESPROVIDO. INADIMPLEMENTO -
1. A suspensão no fornecimento de JURISPRUDÊNCIAS RECENTES - TESE
energia elétrica pode decorrer da JURÍDICA DOMINANTE - DECISÃO
inadimplência ou de fraude no OBJURGADA MANTIDA - AGRAVO
medidor, quando o usuário adultera o DESPROVIDO. Consoante destacado
registro para reduzir a indicação do na decisão irresignada, quando
consumo. (EDcl no REsp 786.165⁄SP, constatada a ocorrência de qualquer
Rel. Ministro CASTRO MEIRA, irregularidade, provocando
SEGUNDA TURMA, julgado em faturamento inferior ao correto deve
15⁄08⁄2006, DJ 25⁄08⁄2006 p. 328) 2. ser aplicado o disposto no art. 72, II,
A atividade fiscalizatória da prestadora da Resolução 456 da ANEEL, devendo
de serviço público, no ato de lavratura a concessionária solicitar os serviços
e registro da irregularidade, não de perícia técnica do órgão
constitui coação, mas exercício regular competente vinculado à segurança
de um direito nos termos do art. 153 pública e⁄ou do órgão metrológico
do Código Civil. 3. Recurso oficial, quando se fizer necessária a
desprovido. ACÓRDÃO. Vistos, verificação do medidor e⁄ou demais
relatados e discutidos estes autos, equipamentos de medição. A
concessionária de energia elétrica não
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Revista Jurídica/55
demonstrou a ocorrência de fraude, o utilizados pela concessionária de
que não pode ser admitido, em ofensa energia elétrica (shunt). 3. Da
aos princípios da ampla defesa e do mesma forma, pelos elementos
contraditório, além do mais, o suposto acostados aos autos, especialmente
desvio de energia elétrica não foi fotografias tiradas do aparelho por
seguido de inadimplência, o que ocasião da inspeção e por ocasião da
autorizaria, de logo, a suspensão de perícia, não há dúvidas de que o
energia. As jurisprudências citadas na aparelho shunt periciado, que se
r. decisão são recentes, e basta que constatou ser inapto para mascarar o
exista tese jurídica dominante no consumo de energia elétrica, não foi o
tribunal, contrária a pretensão do mesmo apreendido junto à empresa
recorrente, para que o relator possa apelada na inspeção fiscalizatória. 4.
negar seguimento ao recurso. Agravo Ausente o fumus boni iuris, e
desprovido, mantendo-se a decisão comprovada a fraude no desvio de
objurgada. Conclusão À energia elétrica, faz-se legal a
UNANIMIDADE, NEGAR PROVIMENTO suspensão no abastecimento da
AO RECURSO. energia elétrica, não se configurando
índice violação do princípio da continuidade,
nem das regras do cdc (arts. 6º, X,
------------------------- 22, e 42), pois o que a prestação
67049000069 seguida do serviço público essencial
Classe: Apelação Cível visa é a proteção da comunidade de
Órgão: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL consumo (Lei 7.783⁄89, arts. 10, I, e
Data de Julgamento: 06/06/2006 11 e seu parágrafo único. 5. Recurso
Relator: ÁLVARO MANOEL ROSINDO conhecido e provido. VISTOS,
BOURGUIGNON relatados e discutidos estes autos em
que são partes as acima indicadas.
EMENTA: PROCESSO CIVIL - ACORDA a Egrégia Segunda Câmara
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CAUTELAR - Cível, na conformidade da ata e notas
FUMUS BONI IURIS AUSENTE - taquigráficas que integram este
CONSTATAÇÃO DE FRAUDE NO julgado, à unanimidade de votos,
MEDIDOR DE CONSUMO DE ENERGIA conhecer do apelo dando-lhe
ELÉTRICA - CAIXA PROTETORA DO provimento, nos termos do voto
MEDIDOR VIOLADA EM SUA PARTE proferido pelo E. Relator. Conclusão à
INFERIOR - TROCA DE APARELHOS - unanimidade em dar provimento ao
CORTE DO FORNECIMENTO DE recurso.
ENERGIA ELÉTRICA - LEGALIDADE índice
(LEI 8.987⁄95, ART. 69º, §3º, I E II) -
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO A -------------------------
USUÁRIO NÃO COMPROMETE A 49089000076
CONTINUIDADE DA PRESTAÇÃO - Classe: Agravo Interno - (Arts
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 557/527, II CPC) Agv Instrumento
1. Inviável a concessão de tutela Órgão: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
cautelar para obstar o corte do Data de Julgamento: 23/09/2008
fornecimento de energia elétrica se Relator: SAMUEL MEIRA BRASIL
ausente o fumus boni iuris, capaz de JUNIOR
afastar a existência de fraude. 2. In
casu, restou comprovada a fraude no Ementa: PROCESSUAL CIVIL E
relógio medidor da empresa apelada, ADMINISTRATIVO. FRAUDE NO
vez que se encontrava com sua parte MEDIDOR. APURAÇÃO UNILATERAL
inferior corroída por ocasião da CONTESTADA JUDICIALMENTE. CORTE
inspeção, com um aparelho a ele NO FORNECIMENTO. CAUÇÃO.
acoplado estranho ao padrão daqueles IMPOSSIBILIDADE. ART. 42 DO CDC.
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Revista Jurídica/56
1. Não pode haver corte no TRATANDO A PRETENSAO INAUGURAL
fornecimento de energia elétrica DE REPARACAO PELOS DANOS
enquanto restar litigiosa a CAUSADOS POR FATO DO PRODUTO
controvérsia sobre a existência de OU SERVICO, INAPLICAVEL A
fraude no medidor de consumo. DISPOSICAO DO ARTIGO 27, CAPUT,
Precedentes do STJ. 2. A DO CODIGO DE DEFESA DO
concessionária não pode exigir caução CONSUMIDOR. 2 - A COBRANCA DO
como condição ao fornecimento de DEBITO ORIUNDO DE INSTRUMENTO
energia elétrica, sob pena de PARTICULAR PRESCREVE EM CINCO
infringência ao art. 42 do Código de (5) ANOS, NOS TERMOS DO ARTIGO
Defesa do Consumidor. Precedentes 206, PARAGRAFO 5, INCISO I, DO
do STJ. 3. Recurso CODIGO CIVIL DE 2002. 3 - A
desprovido. VISTOS, relatados e SIMPLES AUTUACAO
discutidos, estes autos em que estão ADMINISTRATIVA, REALIZADA
as partes acima indicadas. ACORDA a UNILATERALMENTE, NAO CONSTITUI
Egrégia Segunda Câmara Cível, na PROVA DE FRAUDE, FAZENDO
conformidade com a ata e notas NECESSARIA A PROVA PERICIAL,
taquigráficas que integram este PARA COMPROVAR A ADULTERACAO,
julgado, à unanimidade, negar COM A PARTICIPACAO DO
provimento ao recurso. Conclusão à CONSUMIDOR, POSSIBILITANDO-LHE
unanimidade, rejeitar a preliminar EXERCER O CONTRADITORIO E A
argüida, para quanto ao mérito e por AMPLA DEFESA. DESCABE A ADOCAO
igual votação, negar provimento ao DE CRITERIO EMBASADO EM MERA
recurso. ESPECULACAO E DE CUNHO
índice SANCIONADOR, PARA COBRAR
------------------------- SERVICOS ADICIONAIS DOS
USUARIOS QUANDO NAO EXISTIR
====================== DEMONSTRACAO CRITERIOSA DO
DESACERTO DO CONSUMO JA
Tribunal de Justiça do Estado REGISTRADO. 4 - INEXISTINDO
DEMONSTRACAO DE CULPA OU DOLO
de Goiás PROCESSUAL, COM VISTAS A CAUSAR
====================== DANO A PARTE CONTRARIA, NAO HA
COMO SER APLICADA A PENALIDADE
PROCESSO...:200704733204 POR LITIGANCIA DE MA-FE, VEZ QUE
ORIGEM.......:2ª CAMARA CIVEL ESTA NAO SE PRESUME, DEVENDO
ACÓRDÃO....:23/04/2009 SER DEVIDAMENTE COMPROVADA.
RELATOR.....:DES. ALAN S. DE SENA APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE
CONCEICAO PROVIDO.
RECURSO....:118631-4/188 – DECISÃO....:ACORDA O TRIBUNAL
APELACAOCIVEL DE JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS,
EMENTA: APELACAO CIVEL. ACAO DE EM SESSAO PELOS INTEGRANTES DA
COBRANCA. CREDITO DECORRENTE QUINTA TURMA JULGADORA DA
DE CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA. SEGUNDA CAMARA CIVEL, A
INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 27, UNANIMIDADE DE VOTOS, EM TOMAR
CAPUT DO CDC. PRESCRICAO CONHECIMENTO DO RECURSO E DAR-
AFASTADA. IRREGULARIDADE DO LHE PROVIMENTO, NOS TERMOS DO
SUBSTABELECIMENTO DA VOTO DO RELATOR.
PROCURACAO. INOCORRENCIA.
FRAUDE MEDIDOR. AUSENCIA DE Íntegra do Acórdão
PROVA INEQUIVOCA. INDENIZACAO. índice
LITIGANCIA DE MA-FE. 1 - NAO SE
-------------------------
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Revista Jurídica/57
PROCESSO...:200800378886 RELATOR....:DES. JOAO UBALDO
ORIGEM.......:4ª CAMARA CIVEL FERREIRA
ACÓRDÃO....:17/04/2008 RECURSO....:114952-8/188 -
RELATOR.....:DES. ALMEIDA BRANCO APELACAO CIVEL
RECURSO.....:121017-5/188 -
APELACAO CIVEL EMENTA: "APELACAO CIVEL. ACAO
DE INDENIZACAO POR PERDAS E
EMENTA: "APELACAO CIVEL. ACAO DANOS E REVISAO CONTRATUAL.
DECLARATORIA C/C INDENIZACAO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
ACAO CAUTELAR. INTERPOSICAO DE INEXISTENCIA. CORTE DE ENERGIA.
DOIS RECURSOS. SENTENCA UNICA. PREVISAO LEGAL. SUCUMBENCIA DO
NAO CONHECIMENTO. PRINCIPIO DA BENEFICIARIO DA ASSISTENCIA
UNICIDADE. FRAUDE NA MEDICAO DE JUDICIARIA. SUSPENSAO DO
ENERGIA ELETRICA. PROCEDIMENTO PAGAMENTO DE CUSTAS E
ADMINISTRATIVO NULO. HONORARIOS ADVOCATICIOS. 1 -
INEXISTENCIA DE CONTRADITORIO E NAO HA QUE SE FALAR EM
AMPLA DEFESA. 1 - FACE O CERCEAMENTO AO DIREITO DE
PRINCIPIO DA UNICIDADE NAO DEVE DEFESA DO AUTOR QUANDO AS
SER CONHECIDO O RECURSO PROVAS DOS AUTOS DEIXAM CLARO
INTERPOSTO POR ULTIMO QUE TEVE QUE O REQUERENTE FOI INTIMADO
COMO BASE SENTENCA UNICA DA PARA APRESENTAR DEFESA NO
QUAL A APELANTE JA HAVIA PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
RECORRIDO. 2 - A CONCESSIONARIA BEM COMO PARA ACOMPANHAR
DE ENERGIA ELETRICA NAO ESTA PERICIA A SER REALIZADA NO
LEGITIMADA AO CORTE QUANDO MEDIDOR DO PIVO DE SUA
TRATAR-SE DE REFUTAMENTO DE PROPRIEDADE RURAL, O QUE FOI
CONSUMO NAO REGISTRADO POR FRAUDADO. 2 - TENDO O DEVEDOR
SUPOSTA IRREGULARIDADE NO FIRMADO ACORDO COM A CELG E
MEDIDOR. 3 - DEVE SER MANTIDA A DEIXADO DE CUMPRI-LO, REFERIDA
SENTENCA MONOCRATICA QUE SITUACAO AUTORIZA O CORTE DE
DECLAROU A NULIDADE DO SUA ENERGIA ELETRICA, CONFORME
PROCESSO ADMINISTRATIVO EM QUE AUTORIZACA PREVISTA NA
NAO FOI OBSERVADO OS PRINCIPIOS LEGISLACAO DA ANEEL. 3 - NAO
DO CONTRADITORIO E DA AMPLA TENDO A RE QUALQUER CULPA NA
DEFESA. PRIMEIRO APELO PERDA DA LAVOURA DO AUTOR, A
CONHECIDO E IMPROVIDO. SEGUNDO MESMA NAO TEM COMO SER
APELO NAO CONHECIDO." RESPONSABILIZADA PELOS DANOS
MATERIAIS QUE O MESMO SOFREU. 4
DECISÃO....:"ACORDAM OS - A ANOTACAO DO NOME DO
INTEGRANTES DA 2ª TURMA DEVEDOR NO SPC, POR FORCA DO
JULGADORA DA 4ª CAMARA CIVEL, A ARTIGO 43 DO CDC, NAO AUTORIZA
UNANIMIDADE, CONHECER DA A CONDENACAO DA CREDORA EM
PRIMEIRA APELACAO, MAS IMPROVE- DANOS MORAIS. 5 - O BENEFICIO DA
LA, E SEGUNDA APELACAO NAO ASSISTENCIA JUDICIARIA APENAS
CONHECIDA, NOS TERMOS DO VOTO SUSPENDE A COBRANCA DO
DO RELATOR." PAGAMENTO DAS CUSTAS E
HONORARIOS ADVOCATICIOS DO
índice
VENCIDO, ENQUANTO PERDURAR O
ESTADO DE MISERABILIDADE DO
-------------------------
BENEFICIARIO NO LAPSO
PROCESSO...:200703304342
PRESCRICIONAL DE CINCO ANOS (LEI
ORIGEM.....:1ª CAMARA CIVEL
1060/50, ART. 12). RECURSO DE
ACÓRDÃO....:18/12/2007
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Revista Jurídica/58
APELACAO CONHECIDO, MAS CONTINUO DA PRESTACAO, NAO
IMPROVIDO." PODENDO SER INTERROMPIDO
UNILATERALMENTE PELA
DECISÃO....: "ACORDAM OS CONCESSIONARIA, EM RAZAO DE
COMPONENTES DA TERCEIRA TURMA SUA ESSENCIALIDADE E DO
JULGADORA DA PRIMEIRA CAMARA MONOPOLIO ESTATAL EXERCIDO
CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE SOBRE ELE. 3 - IMPOE-SE A REDUCAO
JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, A DO VALOR A TITULO DE DANOS
UNANIMIDADE DE VOTOS EM MORAIS QUANDO DESRESPEITADOS
CONHECER DO APELO, MAS LHE OS CRITERIOS DE RAZOABILIDADE,
NEGAR PROVIMENTO, NOS TERMOS PROPORCIONALIDADE, FINALIDADE
DO VOTO DO RELATOR." COMPENSATORIA, PREVENTIVA E
PUNITIVA, BEM COMO PARA EVITAR O
Íntegra do Acórdão ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA DA
índice VITIMA. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO."
-------------------------
PROCESSO...:200700091739 DECISÃO....: "ACORDAM OS
ORIGEM.......:4ª CAMARA CIVEL INTEGRANTES DA QUINTA TURMA
ACÓRDÃO....:10/05/2007 JULGADORA DA QUARTA CAMARA
RELATOR.....:DR(A). MIGUEL CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE
D\'ABADIA RAMOS JUBE JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, A
RECURSO.....:107387-8/188 - UNANIMIDADE, EM CONHECER DO
APELACAO CIVEL RECURSO E DAR-LHE PARCIAL
PROVIMENTO, NOS TERMOS DO VOTO
EMENTA: "CONSUMIDOR. APELACAO DO RELATOR. CUSTAS DE LEI."
CIVEL. ACAO DE INDENIZACAO POR
DANOS MORAIS. CORTE DE ENERGIA Íntegra do Acórdão
ELETRICA. IRREGULARIDADES NO índice
MEDIDOR DE CONSUMO DE ENERGIA
ELETRICA. PROCEDIMENTO -------------------------
ADMINISTRATIVO. INOBSERVANCIA
DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. ======================
REDUCAO DA INDENIZACAO. 1 - A
SUSPENSAO ABRUPTA DO Tribunal de Justiça do Estado
FORNECIMENTO DO SERVICO SEM
PROVA CONTUNDENTE DA do Mato Grosso
IRREGULARIDADE SUPOSTAMENTE ======================
APONTADA E SEM QUE SE DE
OPORTUNIDADE AO CONSUMIDOR DE Numero: 7131
EXERCER SEU DIREITO AO Ano: 2009
CONTRADITORIO, CONSTITUI-SE EM Magistrado: DR. MARCELO SOUZA
ATO ARBITRARIO E ILEGAL E DE BARROS
AFRONTA O DEVIDO PROCESSO
LEGAL, IMPRESCINDIVEL QUANDO Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
VAI SE IMPOR ONUS AO INDENIZAÇÃO - IRREGULARIDADE NO
ADMINISTRADO. 2 - O SERVICO MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA -
PUBLICO E ASSENTADO NO AFERIÇÃO - PERÍCIA TÉCNICA -
PRINCIPIO DA CONTINUIDADE QUE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA -
OBRIGA A ADMINISTRACAO OU A DESNECESSIDADE - PROVAS
EMPRESA CONCESSIONARIA OU SUFICIENTES - DANOS MORAIS -
PERMISSIONARIA AO FORNECIMENTO INCABIMENTO - NÃO CONFIGURAÇÃO
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Revista Jurídica/59
- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - 456/2000 DA ANEEL E ART. 364 DO
APRECIAÇÃO EQUITATIVA DO JUIZ - CPC - LAUDO DE CONSTATAÇÃO
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 20, § 4º, INDIRETO - RETIRADA DO MEDIDOR
DO CPC - RECURSO IMPROVIDO. PELA AUTORIDADE POLICIAL -
Comprovada a realização de perícia SUSPEITA DE FURTO DE ENERGIA -
técnica no medidor, acompanhado ACOMPANHAMENTO DO CONSUMIDOR
pelo autor e assistente técnico - LEGALIDADE DO ATO - ART. 6 E 11
indicado pela requerida, não há que se DO CPP - RECURSO DESPROVIDO -
falar em falta de atendimento pela APELAÇÃO CEMAT - CUSTO
concessionária de ENERGIA ELÉTRICA. ADMINSITRATIVO DEVIDO -
A inversão do ônus da prova não é PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE - ART.
automática, salientando-se que o 73, DA RES. 456/2000 DA ANEEL -
Código de Defesa do Consumidor a CRITÉRIO DE CÁLCULO DE REVISÃO
autoriza somente quando houver DE FATURAMENTO - ART. 72, IV, “A”,
verossimilhança da alegação e for o DA RESOLUÇÃO Nº 456/2000 DA
consumidor hipossuficiente. ANEEL - FATOR DE CORREÇÃO
Entretanto, fica a critério do Juiz a sua APURADO PELA PERÍCIA - RECURSO
aplicação quando presentes os PARCIALMENTE PROVIDO. A prova
requisitos legais e o conjunto pericial realizada pela Secretaria de
probatório, por si só, não seja Justiça e Segurança Pública é,
suficiente para formar o seu indubitavelmente, documento apto a
convencimento acerca da matéria comprovar a existência da fraude de
controversa. É cediço que os ENERGIA ELÉTRICA, vez que emitido
aborrecimentos comuns do cotidiano por órgão habilitado para tanto,
não geram INDENIZAÇÃO por dano militando em seu favor a presunção de
moral, vez que meros dissabores não veracidade dos documentos públicos,
são intensos a ponto de romper o em conformidade com o art. 364 do
equilíbrio psicológico do indivíduo. O CPC. Portanto, desnecessária a
art. 20, § 4º, do Código de Processo realização de duas perícias para
Civil estabelece os critérios apuração do mesmo fato, em
norteadores da apreciação equitativa a obediência ao princípio da celeridade e
ser feita pelo juiz para a fixação de economia processual. Diante da
honorários advocatícios. constatação pela autoridade policial
(perícia e laudo indireto) da violação
Íntegra do Acórdão dos lacres de segurança do
índice equipamento de medição da empresa
apelante, com suposto furto de
------------------------- ENERGIA ELÉTRICA, a retirada e
Numero: 33015 substituição do medidor, com o
Ano: 2009 acompanhamento do consumidor, é
Magistrado: DES. DONATO medida legitima. A cobrança do custo
FORTUNATO OJEDA administrativo configura
INDENIZAÇÃO e necessita de
Ementa: RECURSOS DE APELAÇÕES comprovação por não incidir
CÍVEIS - AÇÃO DE COBRANÇA - automaticamente, impondo-se a
APELAÇÃO ELETRO SINOP MATÉRIAS observância do princípio da
ELÉTRICOS LTDA - FRAUDE DE razoabilidade. Existindo, nos autos,
ENERGIA ELÉTRICA - PERÍCIA - perícia constatando o fator de
INMETRO - DESNECESSIDADE - correção para o cálculo de revisão do
LAUDO PERICIAL REALIZADO PELA faturamento da ENERGIA objeto de
SECRETARIA DE JUSTIÇA E furto, impõe-se a aplicação da alínea
SEGURANÇA PÚBLICA - FÉ PÚBLICA -
ART. 72, INC. II, DA RESOLUÇÃO
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Revista Jurídica/60
“a”, do inc. IV, do art. 72, da CONCESSIONÁRIA - NÃO
Resolução 456/2000 da ANEEL. OCORRÊNCIA - DANOS MORAIS -
MAJORAÇÃO - RECURSO DE
Íntegra do Acórdão APELAÇÃO DESPROVIDO E RECURSO
índice ADESIVO PROVIDO. A
responsabilidade da concessionária
------------------------- por ato de seus prepostos é objetiva.
Numero: 5488 Para a configuração, necessária a
Ano: 2009 relação causal entre a conduta e o
Magistrado: DES. CARLOS ALBERTO suposto dano. Configurado o nexo de
ALVES DA ROCHA causalidade existente entre a conduta
e o dano causado, devida a obrigação
Ementa: MEDIDA CAUTELAR de indenizar. Na fixação do valor da
INOMINADA - PRINCIPAL - AÇÃO INDENIZAÇÃO deve-se atentar para
DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE que não se configure enriquecimento
FATURA/NOTA FISCAL C/C COM sem causa, assim como para que não
PEDIDO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS seja insignificante ao ponto de não
MORAIS - RESPONSABILIDADE DO representar uma punição para o
CONSUMIDOR - PROVA DA FRAUDE ofensor.
IRRETOQUÍVEL - ÚNICO Integra do Acórdão
BENEFICIÁRIO - INEXISTÊNCIA DE índice
ATO ILÍCITO - POSSIBILIDADE DE
CORTE NO FORNECIMENTO DE -------------------------
ENERGIA ELÉTRICA. Constatado após Numero: 29769
a perícia, a qual foi acompanhada pelo Ano: 2009
consumidor, a violação do medidor de Magistrado: DES. SEBASTIÃO DE
energia, o consumo indevido acarreta MORAES FILHO
ao consumidor a responsabilidade pelo
pagamento da respectiva diferença, Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO
independentemente da definição da CÍVEL - MEDIDA CAUTELAR
autoria do ato ilícito. A concessionária INOMINADA - PREPARATÓRIA DA
de energia agiu na medida em que se AÇÃO DECLARATÓRIA DE
pautou na legislação vigente ao caso, INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
sendo perfeitamente possível o corte INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
no fornecimento de ENERGIA ENERGIA ELÉTRICA - VIOLAÇÃO DE
ELÉTRICA quando do inadimplemento MEDIDOR - COBRANÇA DA
de fatura decorrente de diferença de DIFERENÇA - CONSUMO - NÃO
consumo dos serviços devido. FATURADO - SUSPENSÃO NO
FORNECIMENTO DO SERVIÇO -
Íntegra do Acórdão INDEVIDO - RECURSO CONHECIDO E
índice PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA.
Encontra-se assentado entendimento
------------------------- de que a cobrança de débito pela
Numero: 48673 concessionária decorrente de suposta
Ano: 2009 fraude no medidor de energia, não
Magistrado: DES. GUIOMAR autoriza o corte no fornecimento de
TEODORO BORGES ENERGIA ELÉTRICA.

Ementa: APELAÇÃO E RECURSO Íntegra do Acórdão


ADESIVO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - índice
ENERGIA ELÉTRICA - SUSPEITA DE
FRAUDE EM MEDIDOR DE CONSUMO -------------------------
ALEGADA PELOS PREPOSTOS DA Numero: 29767
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Ano: 2009 devendo observar, nesse
Magistrado: DES. SEBASTIÃO DE procedimento, as garantias
MORAES FILHO constitucionais da ampla defesa e do
contraditório. Não pode a
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO concessionária, sem observar essas
CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE garantias, retirar o medidor de
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C energia, elaborar laudo unilateral e
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - expor o consumidor ao ridículo, sob
CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA pena de ter que repará-lo por danos
ELÉTRICA - INSPEÇÃO TÉCNICA DE morais.
MEDIÇÃO - IRREGULARIDADES NO
MEDIDOR - VIOLAÇÃO DE LACRES - Íntegra do Acórdão
PROVA PERICIAL UNILATERAL - índice
PROVA FRÁGIL - ÔNUS INERENTE À ------------------------
ATIVIDADE - APLICABILIDADE DO Numero: 124931
CDC - PESSOA JURÍDICA - Ano: 2008
VULNERABILIDADE TÉCNICA E Magistrado: DES. SEBASTIÃO DE
ECONÔMICA DO CONSUMIDOR - MORAES FILHO
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA -
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO
FRAUDE - COBRANÇA INDEVIDA E DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAS
VEXATÓRIA - ATO ILÍCITO - DANOS E MORAIS C/ TUTELA ANTECIPADA -
MORAIS CONFIGURADOS - RECURSO PROCEDÊNCIA PARCIAL - DANO
CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA MORAL - PESSOA JURÍDICA -
REFORMADA. A inversão do ônus da POSSIBILIDADE - FRAUDE NO
prova constitui-se em prerrogativa MEDIDOR - NÃO COMPROVAÇÃO -
legal da relação de consumo, DÉBITO POR ESTIMATIVA - CORTE DE
estabelecida por critério legal em ENERGIA ELÉTRICA -
certos casos, termos do artigo 6º, IMPOSSSIBILIDADE - RECURSO
VIII, do CDC. Prova técnica pericial, CONHECIDO E NÃO PROVIDO. A
mesmo feita por perito oficial, não pessoa jurídica é passível de sofrer
basta para deixar de determinar a danos morais, segundo dispositivos
inversão do ônus da prova constitucionais, nos termos dos incisos
estabelecida pelo CDC, não tem o V e X do artigo 5º da Constituição
condão de substanciar a Federal. A fraude em medidor de
responsabilidade do consumidor frente consumo de ENERGIA ELÉTRICA, só
às irregularidades encontradas em gera responsabilidade se devidamente
medidor de ENERGIA ELÉTRICA. Não é provada, não autorizando lançamento
cabível a expedição de fatura de débito de consumo por estimativa,
complementar, proveniente do período bem como, corte no fornecimento.
anterior ao problema detectado, tendo
em vista o ônus da atividade Íntegra do Acórdão
empreendida, se não demonstrado índice
antecipadamente que houve violação
do medidor, sobretudo quando a -------------------------
prova dos autos, neste aspecto, não
oferece a certeza que deve ter nos ======================
pleitos desta natureza. Havendo
Tribunal de Justiça do Estado
suspeita de desvio de ENERGIA
ELÉTRICA, cabe à empresa prestadora
de Minas Gerais
do serviço promover a perícia
necessária à comprovação do fato, ======================

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Número do processo: dando-lhes chance de reclamar em
1.0271.05.035689-5/001(1) juízo a violação de seus direitos
Relator: MARIA ELZA básicos. Tivesse a Cemig a
Data do Julgamento: 19/06/2008 preocupação em respeitar a
Constituição da República e o Código
Ementa: CONSUMIDOR. ALEGAÇÃO de Defesa do Consumidor, evitando a
DE FRAUDE. AUSÊNCIA DE PROVA. prática de justiça privada, estaria ela
AMEAÇA DE CORTE DE ENERGIA livre de ações como esta.
ELÉTRICA. CONSTRANGIMENTO Súmula: DERAM PROVIMENTO,
INDEVIDO. DANO MORAL VENCIDO, EM PARTE, O REVISOR.
CARACTERIZADO. RECURSO
PROVIDO. Causa perplexidade a Íntegra do Acórdão
conduta da Cemig de atribuir, sem índice
qualquer prova, ao apelante a prática
de uma fraude e, mais grave, a -------------------------
condená-lo a ficar sem energia Número do processo:
elétrica, em caso de não-pagamento 1.0702.04.155355-4/001(1)
do suposto débito decorrente de uma Relator: FERNANDO BOTELHO
suposta fraude. Assim, a Cemig Data do Julgamento: 27/11/2008
investiga, instrui, julga, condena e
executa. Tamanho arbítrio não
encontra amparo no texto Ementa: ADMINISTRATIVO E
constitucional, não devendo ser DIREITO DO CONSUMIDOR -
legitimado pelo Poder Judiciário. FORNECIMENTO DE ENERGIA
Talvez o que incentiva a Cemig a ELÉTRICA - RELAÇÃO DE CONSUMO -
adotar procedimento tão arbitrário é o INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA -
fato de que, lamentavelmente, no ADULTERAÇÃO NO MEDIDOR -
Brasil, alguns membros do Poder APURAÇÃO UNILATERAL DO DÉBITO
Judiciário, muitas vezes, atribuírem a SEM A REALIZAÇÃO DE PROVA
resoluções e portarias um valor e PERICIAL - OFENSA AO DEVIDO
respeito maior do que à própria PROCESSO LEGAL. I - Configurada a
Constituição. O serviço prestado pela vulnerabilidade técnica dos serviços
Cemig apresentou-se defeituoso, públicos de fornecimento de energia
quando não ofereceu a segurança que elétrica, amplamente permitida a
o consumidor dele podia esperar, pois inversão do ônus da prova nos termos
é inadmissível que se constranja o do art. 6º, VIII do Código de Defesa
consumidor ao pagamento indevido de do Consumidor. II - Não comprovado
um serviço não-prestado, ameaçando- pela concessionária que a avaria
o de suspensão de serviço e existente no aparelho medidor de
atribuindo-lhe, de forma indevida, energia elétrica foi causada pelo
irregularidade no medidor de energia usuário, não se pode imputar a este,
elétrica. A prática de justiça privada como consumidor, responsabilidade
da Cemig atingiu o patrimônio moral presumida pela falha no registro da
do consumidor, pois lhe foi, energia consumida. III - Ilegal o
indevidamente, atribuída a cálculo do débito com base no art. 72
responsabilidade por fraude no da Resolução ANEEL nº. 456/00, se
medidor de energia elétrica. Não há não realizada dilação específica, via
indústria do dano moral, mas sim, devido processo legal que assegure
indústria da má prestação de serviços ampla defesa e contraditório.
públicos. A Cemig, cotidianamente, Súmula: NEGARAM PROVIMENTO
pratica uma série de violações aos AOS RECURSOS.
direitos básicos do consumidor,
Íntegra do Acórdão
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índice unicamente inverter o ônus da prova,
nos termos do voto do Relator.
-------------------------
Número do processo: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - MEDIDA
1.0596.07.041627-3/001(1) CAUTELAR DE SUSTAÇÃO DE
Relator: AUDEBERT DELAGE PROTESTO E AÇÃO ANULATÓRIA DE
Data do Julgamento: 27/11/2008 DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS - PRESTAÇÃO DE
Ementa: ADIADO PROCESSO CIVIL - SERVIÇO PÚBLICO - ENERGIA
PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE - ELÉTRICA - IRREGULARIDADE DO
REJEITAR - DIREITO LACRE - ALEGAÇÃO DE FRAUDE NO
ADMINISTRATIVO - CEMIG - MEDIDOR DE ENERGIA - EMISSÃO DE
RELIGAÇÃO POR PARTE DO USUÁRIO FATURA COM OS SUPOSTOS VALORES
À REVELIA DA CONCESSIONÁRIA - EXTRAORDINÁRIOS CONSTATADOS
ART.90, RESOLUÇÃO 456/2000 ANEEL UNILATERALMENTE PELA
- POSSIBILIDADE DE CORTE CONCESSIONÁRIA - DÚVIDA ACERCA
IMEDIATO DO FORNECIMENTO - DO VALOR DO DÉBITO - DECISÃO
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CRIMINAL QUE ABSOLVEU O
DESCABIMENTO - FATURA ORIUNDA CONSUMIDOR DA ACUSAÇÃO DE
DE FRAUDE NO MEDIDOR - FURTO DE ENERGIA ELÉTRICA FACE À
LEGALIDADE DA COBRANÇA. Súmula: FRAGILIDADE DAS PROVAS
REJEITARAM PRELIMINAR, NEGARAM (APELAÇÃO CRIMINAL Nº. 439.575-5)
PROVIMENTO AO AGRAVO RETIDO, - DESNECESSIDADE DE
DERAM PROVIMENTO PARCIAL À COMPROVAÇÃO DA AUTORIA DA
APELAÇÃO PRINCIPAL, À FRAUDE - CONSUMIDOR QUE SE
UNANIMIDADE. NEGAR PROVIMENTO BENEFICIOU DA ADULTERAÇÃO -
AO ADESIVO, VENCIDO O REVISOR. CRITÉRIO DE COBRANÇA - APURAÇÃO
PELA MÉDIA DE CONSUMO DOS
Íntegra do Acórdão DOZES MESES ANTERIORES À
índice
FRAUDE - CDC APLICABILIDADE -
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
------------------------- Admite-se a inversão do ônus da
prova, nos termos do art. 6º, VIII, do
====================== Código de Defesa do Consumidor,
havendo a demonstração da
Tribunal de Justiça do Estado
hipossuficiência técnica do consumidor
frente a uma Concessionária de
do Paraná
prestação de serviço de energia
====================== elétrica. Consoante o disposto nos
arts. 105 e 102, combinado com os
Processo: 0497053-4 arts. 2º, inc. XXVI, e 9º da Resolução
Nº do Acórdão: 12380 ANEEL nº 456/00, o cliente é o
Órgão Julgador: 12ª Câmara Cível responsável pela conservação do
Recurso: Apelação Cível medidor e, com isso, desnecessário
Relator: Costa Barros aferir de quem foi a culpa pela
Julgamento: 29/07/2009 violação do equipamento. Não se trata
o caso de inadimplência pelo não
DECISÂO: ACORDAM os Magistrados pagamento de uma fatura mensal pelo
integrantes da Décima Segunda consumo de energia elétrica, mas sim,
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do de falta de pagamento de fatura que
Estado do Paraná, por unanimidade de aponta diferença de valores
votos, em dar provimento parcial para apresentadas pela apelante, sob o
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pressuposto de ocorrência de fraude Ementa: ACORDAM os Magistrados
no medidor de energia cometida pelo integrantes da Décima Segunda
apelado. Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado do Paraná, por unanimidade,
Íntegra do Acórdão em rejeitar os embargos, nos termos
do voto. EMENTA: AÇÃO
índice DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
------------------------- DÉBITO - AÇÃO DE CANCELAMENTO
Processo: 0526224-0 DE PROTESTO C/C INDENIZAÇÃO E
Nº do Acórdão: 13803 MEDIDA CAUTELAR INOMINADA -
Órgão Julgador: 11ª Câmara Cível ESTABELECIMENTO COMERCIAL -
Recurso: Apelação Cível MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA -
Relator: Eraclés Messias IRREGULARIDADES - VIOLAÇÃO DE
Julgamento: 17/06/2009 LACRES - COMPROVAÇÃO -
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO -
Ementa: ACORDAM os Senhores OMISSÃO - NÃO OCORRÊNCIA.
Desembargadores integrantes da EMBARGOS REJEITADOS. O
Décima Primeira Câmara Cível do provimento integrativo-retificador do
Tribunal de Justiça do Estado do julgado exige a demonstração da
Paraná, por unanimidade de votos, em obscuridade, da contradição ou
dar provimento parcial à Apelação. omissão existente no julgado, sem a
EMENTA: APELAÇÃO - AÇÃO qual, os embargos de declaração
DECLARATÓRIA DE INEGIBILIDADE devem ser rejeitados.
DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS - COBRANÇA DE Íntegra do Acórdão
DÉBITOS - FRAUDE - CONSTATAÇÃO
DE PROCEDIMENTO IRREGULAR - índice
ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR - -------------------------
EFEITOS DA REVELIA - APURAÇÃO Processo: 0432634-1
UNILATERAL E ABUSIVA - Nº do Acórdão: 10225
IMPEDIMENTO DA SUSPENSÃO DO Órgão Julgador: 11ª Câmara Cível
FORNECIMENTO DE ENERGIA Recurso: Apelação Cível
ELÉTRICA - PROCEDÊNCIA PARCIAL Relator: Fernando Wolff Bodziak
DA PRETENSÃO DO AUTOR - CITAÇÃO Julgamento: 30/04/2008
- AFASTAMENTO DA NULIDADE -
MÉRITO - MANUTENÇÃO - Ementa: ACORDAM os Magistrados
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - integrantes da Décima Primeira
REDUÇÃO. APELAÇÃO PROVIDA Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
PARCIALMENTE. Estado do Paraná, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao
Íntegra do Acórdão recurso principal, e dar parcial
provimento ao recurso adesivo, nos
índice termos do Desembargador Relator.
-------------------------
Processo: 0445644-2/01 EMENTA: AÇÃO DECLARATÓRIA DE
Nº do Acórdão: 10004 INEXISTÊNCIA DE DÉBITO. RECURSO
Órgão Julgador: 12ª Câmara Cível PRINCIPAL. COBRANÇA DE DÉBITOS
Recurso: Embargos de Declaração APURADOS UNILATERALMENTE EM
Cível DECORRÊNCIA DE SUPOSTA FRAUDE
Relator: D’artagnan Serpa Sa NO RELÓGIO MEDIDOR DE ENERGIA
Julgamento: 03/09/2008 ELÉTRICA. IMPOSSIBILIDADE.
Decisão: Unânime DECISÃO CORRETA. HONORÁRIOS

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ADVOCATÍCIOS. ANÁLISE
PREJUDICADA. RECURSO ADESIVO. Número do Processo:
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 10080093155
AUSÊNCIA DE AGRESSÃO À Relator: JUIZ CESAR HENRIQUE
DIGNIDADE OU HONRA. ALVES
SUCUMBÊNCIA. READEQUAÇÃO Julgado em: 10/06/2008
NECESSÁRIA. 1. A simples existência
de rompimento no lacre do medidor APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
de energia não é suficiente para COBRANÇA. RELAÇÃO DE CONSUMO
albergar a conclusão de que teria DE ENERGIA ELÉTRICA. FRAUDE NO
havido fraude por parte dos MEDIDOR. FATURA SUPLEMENTAR DE
consumidores, até porque o laudo CONSUMO. PROCEDIMENTO
concluiu que o referido medidor ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE
apresentava resultados de calibração CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.
com índices de exatidão dentro do NULIDADE. PROVA PRODUZIDA
estabelecido pelas normas brasileiras. UNILATERALMENTE.
2. Em face das circunstâncias IMPRESTABILIDADE. COBRANÇA
objetivas e com referência aos VÁLIDA APENAS PARA OS MESES EM
parâmetros legais elegidos pelo RELAÇÃO AOS QUAIS NÃO HOUVE
parágrafo 3º, alíneas a, b e c, do DESCONSTITUIÇÃO DA
artigo 20 do Código de Processo Civil, INADIMPLÊNCIA. RECURSO ADESIVO
devem ser mantidos os honorários PARCIALMENTE PROVIDO.
advocatícios fixados na sentença. 3. O
efetivo dano moral só ocorre com a Íntegra do Acórdão
relevante dor, vexame, sofrimento ou índice
humilhação que, fugindo à
normalidade dos acontecimentos do -------------------------
cotidiano, interfira intensamente no
comportamento psicológico do ======================
indivíduo, causando-lhe aflições,
angústias e desequilíbrio em seu bem- Tribunal de Justiça do Estado
estar. No caso dos autos, a cobrança
indevida por parte da Copel é mero de São Paulo
dissabor que não extrapola os ======================
acontecimentos normais do cotidiano
e, portanto, não pode ser alçada à Apelação 992050304720
categoria de dano moral. 4. Recurso (1003207500)
principal não-provido. Recurso adesivo Relator(a): Ricardo Pessoa de Mello
parcialmente provido. Belli
Órgão julgador: 25ª Câmara de
Íntegra do Acórdão Direito Privado
Data do julgamento: 17/11/2009
índice
Ementa: Apelação - Prestação de
---------------------- serviços - Eletricidade - Ação
destinada ao reconhecimento de
====================== inexistência de débito oriundo de
medição irregular de consumo, à
Tribunal de Justiça do Estado invalidação de procedimento de
constatação de fraude na utilização
de Santa Catarina dos serviços e do corte anunciado pelo
====================== não pagamento da diferença de

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consumo assim apurada - Situação Relator(a): Nestor Duarte
que não envolve inadimplemento de Órgão julgador: 34ª Câmara de
conta regular, para a qual o art. 69, § Direito Privado
39, II, da Lei 8.987/95 expressamente Data do julgamento: 23/11/2009
prevê a interrupção do fornecimento
dos serviços - Essencialidade dos Ementa: Prestação de serviço.
serviços e colossal desproporção de Fornecimento de energia elétrica.
forças entre fornecedor e usuário Fraude no equipamento medidor
implicando inadmissível submissão imputada ao usuário. Cobrança de
deste último, caso se considere diferenças de consumo lastreada em
legítimo o anunciado corte, em clara apuração unilateral dessa fraude.
afronta ao sistema do Código de Inadmissibilidade. Situação que coloca
Defesa do Consumidor e, antes de o consumidor ao talante do
tudo, ao princípio nuclear da República fornecedor, configurando abusividade
que assegura dignidade à pessoa não tolerada pelo CDC. Inexigibilidade
humana e que rege todas as relações da dívida. Reconhecimento. Pretensão
jurídicas, principalmente as de caráter do autor fundada na hipótese do
administrativo - Suposta diferença de artigo 940 do Código Civil de 2002.
consumo, por período pretérito, Elemento subjetivo não evidenciado.
devendo ser cobrada pelas vias Apelações improvidas.
ordinárias, por força dos índice
mandamentos constitucionais do
devido processo legal e da ampla -------------------------
defesa - Resolução da controvérsia Apelação 991090359896
dispensando outras provas, ao menos (7395227100)
as requeridas pela ré/apelante - Relator(a): Luís Fernando Lodi
Procedência parcial da demanda, para Órgão julgador: 37ª Câmara de
reconhecimento da imprestabilidade Direito Privado
do procedimento como esteio da Data do julgamento: 25/11/2009
anunciada interrupção dos serviços.
Mais adequado e razoável, seja pelo Ementa: DECLARATÓRIA DE
prisma dos direitos e garantias INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA
fundamentais, seja à luz do Código de c.c. INDENIZAÇÃO POR DANOS
Defesa do Consumidor (art. 42), é MORAIS - CERCEAMENTO DE DEFESA
exigir da concessionária que bata às - Ocorrência - Apelada que não
portas do Poder Judiciário, inclusive desistiu de produzir a prova pericial
mediante comunicação do fato em relógio medidor de consumo de
delituoso à polícia judiciária. Essa, energia elétrica - Impossibilidade de
sim, a providência verdadeiramente julgamento antecipado se remanesce
legítima e eficiente para o combate de pedido para instauração da fase
fraudes do gênero em exame, pois instrutória - Prova pericial pertinente
que tão ou mais gravosa que a ao deslinde do processo. JUSTIÇA
interrupção dos serviços e permitindo, GRATUITA - Revogação sem
em contrapartida, a ampla defesa e a fundamentação - I Afronta às
análise da questão por autoridade disposições contidas no artigo 93,
isenta, em condições dignas para o inciso IX, da 1 Constituição Federal -
consumidor/administrado. Apelação a Manutenção da benesse. Recurso
que se dá parcial provimento. Provido.

índice índice
------------------------- -------------------------
Apelação 992051241349 Apelação 992051374225
(945837800) (881769900)
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Relator(a): Erickson Gavazza unilateral com permissão
Marques constitucional e prevista em lei
Órgão julgador: 27ª Câmara de ordinária - Ademais, cabe ao
Direito Privado consumidor a desconstituição da
Data do julgamento: 24/11/2009 validade do TOI, ou, linda,
demonstrar, por qualquer meio, que
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS não houve irregularidade na medição,
FORNECIMENTO DE ENERGIA ou, se houve; não foi de sua
ELÉTRICA - DECLARATÓRIA DE responsabilidade - Termo de
NULIDADE DE DÉBITO - Ocorrência de Irregularidade (TOI)
CONCESSIONÁRIA QUE ALEGA Presunção de legalidade - Prova para
IRREGULARIDADE NO MEDIDOR - rastar essa presunção, que deveria ser
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE feita pelo consumidor, que, contudo,
FRAUDE A ENSEJAR CONSUMO NÃO não sede incumbiu desse ônus que lhe
REGISTRADO DE ENERGIA - ÔNUS DA competia -A Decisão reformada -
PROVA QUE INCUMBE A QUEM ALEGA Improcedência - Responderá o vencido
O FATO - TERMO DE OCORRÊNCIA DE pelo pagamento das custas, despesas
IRREGULARIDADE QUE CONSTITUI processuais e honorários advocatícios
DOCUMENTO PRODUZIDO de 15% (quinze por cento) sobre o
UNILATERALMENTE E SEM valor dado à causa, devidamente
OBSERVÂNCIA DO DEVIDO atualizado à data do efetivo
PROCESSO LEGAL - COBRANÇA pagamento, suspensa a execução eis
INDEVIDA - DANOS MORAIS que o vencido é beneficiário da
CONFIGURADOS - AÇÃO PROCEDENTE gratuidade processual nos termos do
- SENTENÇA MANTIDA - RECURSOS artigo 12 da Lei no C 1060/50 -
NÃO PROVIDOS. Recurso integralmente provido para
índice julgar a presente ação improcedente,
cassada a liminar concedida, nos
------------------------- exatos termos desta decisão.
Apelação 992051093960 índice
(996446000)
Relator(a): Marcondes D'Angelo -------------------------
Órgão julgador: 25ª Câmara de Apelação 992051160306
Direito Privado (966260400)
Data do julgamento: 26/11/2009 Relator(a): Marcondes D'Angelo
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - Órgão julgador: 25ª Câmara de
ENERGIA ELÉTRICA - AÇÃO Direito Privado
DECLARATÓRIA DE INEXIGIBIILDADE Data do julgamento: 26/11/2009
DE DÉBITO CUMULADA COM PEDIDO
DE TUTELA ANTECIPADA e Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -
COMINAÇÃO DE PENA PECUNIÁRIA - ENEÁGIA ELÉTRICA - AÇÃO
Débito acurado unilateralmente pela DECLARATÓRIA DE INEXIG1BIILDADE
Concessionária de Energia Elétrica, DE DÉBITO CUMULADA COM PEDIDO
por suposta fraude no relógio medidor DE DAMOS MORAIS E TUTELA
a cargo do consumidor, autoriza o ANTECIPADA - Débito apurado
corte de fornecimento de energia unilateralmente pela Concessionária
elétrica, eis que calcada na Resolução de Energia Elétrica, por suposta fraude
da ANEEL, que por sua vez encontra no relógio medidor a cargo do
respaldo na Lei no. 9.427/96 - O consumidor, autoriza o corte de
Termo de Ocorrência de Irregularidade fornecimento de energia elétrica, eis
- TOI é hábil à comprovação da que calcada na Resolução da ANEEL,
alegada fraude no relógio medidor de que sua vez encontra respaldo na Lei
energia elétrica, elaborado de forma 9.427/96 - O Termo de Ocorrência
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Irregularidade - TOI é hábil à Apelação 992050600205
comprova da alegada fraude no (994765900)
relógio medidor energia elétrica, Relator(a): Irineu Pedrotti
elaborado de for na unilateral com Órgão julgador: 34ª Câmara de
permissão constitucional e prevista em Direito Privado
lei ordinária - Ademais, cabe ao Data do julgamento: 23/11/2009
consumidor a desconstituição da
validade ido TOI, ou, ainda, Ementa: CONDIÇÕES DA AÇAO. O
demonstrar, por qualquer meio, que pedido é juridicamente possível, as
não houve irregularidade na medição, partes são legítimas e estão bem
ou, se houve, não foi de sua representadas e há interesse da
responsabilidade - Termo de Requerente para a ação proposta.
Ocorrência de Irregularidade ( TOI ) - CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO-
Presunção de legalidade - Prova para CARACTERIZAÇÃO Não houve
afastar essa presunção, que deveria cerceamento de defesa de qualquer
ser feita pelo consumidor, que, ordem O julgador sentiu-se habilitado
contudo, não se desincumbiu desse para a entrega da prestação
ônus que lhe competia 4-Decisão jurisdicional diante das provas
reformada - Improcedência + existentes e que lhe ofereceram
Responderá o vencido pelo pagamento elementos de convencimento. AÇÃO
das custas, despesas processuais e DECLARATORIA DE INEXISTÊNCIA DE
honorários advocatícios de 10% ( dez DÉBITO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
por cento valor do débito, FORNECIMENTO DE ENERGIA
devidamente atualizado à data do ELÉTRICA. IRREGULARIDADE NO
efetivo pagamento - Recurso RELÓGIO MEDIDOR NÃO
integralmente provido para julgar a COMPROVADA. A Requerida devia ter
presente ação improcedente, cassada instruído os autos com prova mais
a liminar concedida, nos exatos substancial e, que, livre de dúvida,
termos desta decisão. fosse ela, material ou documental,
índice eficaz para a acolhida de sua
alegação. Era seu, na qualidade de
------------------------- prestadora de serviço público, o ônus
Agravo de Instrumento da prova quanto à fraude
992090798944 (1292905100) índice
Relator(a): Renato Sartorelli
Órgão julgador: 26ª Câmara de -------------------------
Direito Privado
Data do julgamento: 24/11/2009 ======================

Ementa: "ENERGIA ELÉTRICA Tribunal de Justiça do Estado


ADULTERAÇÃO NO RELÓGIO
MEDIDOR - ÔNUS DA PROVA - de Sergipe
INTELIGÊNCIA DO ART 333, INCISO ======================
II, DO CPC. Embora a prova do fato
constitutivo incumba ao autor, em se Nº do Processo: 2009212813
tratando de demanda que versa a Relator: DESA. MARILZA MAYNARD
respeito de fornecimento de energia SALGADO DE CARVALHO
elétrica, é da concessionária o ônus da Recurso: APELAÇÃO CÍVEL
prova da alegada adulteração no Julgamento: 13/11/2009
relógio medidor".
índice Civil e Processo Civil - Ação
Declaratória de Inexistência de Débito
-------------------------
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- Suposta de fraude no medidor de Apelação Cível - Energia elétrica -
energia elétrica - Recuperação de Débito decorrente de irregularidade no
consumo- Procedimento medidor - Fraude - Recuperação do
administrativo - Resolução 456/2000 consumo com base num dos critérios
da ANEEL - Perícia em data diversa da previstos na resolução 456/2000 da
designada no termo de ocorrência - ANEEL - Possibilidade - Sentença
Irregularidade - Ofensa ao mantida - Improvimento do Apelo.
contraditório e à ampla defesa. I - Uma vez comprovada a ocorrência de
Caso seja constatado, de modo fraude no medidor de energia elétrica,
indubitável, o desvio de energia impõe-se a responsabilidade do
elétrica, mediante fraude praticada no consumidor, sendo legítima a
aparelho medidor, é devida a cobrança do valor a título de
constituição de crédito decorrente de recuperação do consumo. (APELAÇÃO
recuperação de consumo levada a CÍVEL Nº 1337/2009, 4ª VARA Cível,
efeito pela concessionária, em Tribunal de Justiça do Estado de
obediência a procedimento Sergipe, Relator: DESA. SUZANA
administrativo regulado pela MARIA CARVALHO OLIVEIRA, Julgado
Resolução no. 456 da ANEEL - Agência em 03/08/2009)
Nacional de Energia Elétrica; II -
Todavia, quando a perícia destinada à Íntegra do Acórdão
abertura, exame e calibração do índice
medidor de energia supostamente
adulterado é realizada em data -------------------------
diversa da originariamente designada Nº do processo: 2007205628
no termo de ocorrência, sem prévia Relator: DES. CLÁUDIO DINART
notificação, revela-se irregular tal DÉDA CHAGAS
procedimento, eivando-se de vício Recurso: APELAÇÃO CÍVEL
insanável o exame pericial realizado, Julgamento: 23-06-2008
pela violação dos princípios do
contraditório e da ampla defesa, APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
impondo-se, dessa forma, a PRECEITO COMINATÓRIO C/C
decretação da sua nulidade e a CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO -
declaração de inexistência do débito ADULTERAÇÃO DO MEDIDOR DE
cobrado a título de recuperação de CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA -
consumo; III - Recurso conhecido e OCORRÊNCIA- DÉBITO DECORRENTE
provido. (APELAÇÃO CÍVEL Nº DE IRREGULARIDADE NO MEDIDOR -
6253/2009, 2ª Vara Cível de Socorro, FRAUDE - RESPONSABILIDADE DO
Tribunal de Justiça do Estado de BENEFICIADO COM A ADULTERAÇÃO
Sergipe, Relator: DESA. MARILZA DO LACRE - RECUPERAÇÃO DE
MAYNARD SALGADO DE CARVALHO, CONSUMO COM BASE NUM DOS
Julgado em 13/11/2009) CRITÉRIOS PREVISTOS NA
RESOLUÇÃO Nº 456/2000, DA ANEEL
Íntegra do Acórdão - POSSIBILIDADE - RECURSO DE
índice APELAÇÃO CONHECIDO E PROVIDO
PARCIALMENTE - DECISÃO UNÂNIME.
------------------------- - o consumo indevido de energia
Nº do Processo: 2009202501 elétrica, mediante violação do
Relator: DESA. SUZANA MARIA medidor, carreia para o consumidor,
CARVALHO OLIVEIRA que dele se aproveita, a
Recurso: APELAÇÃO CÍVEL responsabilidade civil pelo pagamento
Julgamento: 03/08/2009 do serviço fornecido,
independentemente da definição da
autoria do ato ilícito. - comprovada
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adulteração no medidor que, por isso, JURISPRUDENCIAL ENTRE AS
registrava consumo menor do que o TURMAS, É DE RIGOR ANALISAR SE
real cumpre ao usuário em nome de AMBOS OS ACÓRDÃOS COTEJADOS
quem registrado a unidade o TRATARAM DO TEMA QUE SE
respectivo ressarcimento. PRETENDE VER REFORMADO. 2. IN
CASU, VERIFICA-SE DOS AUTOS QUE
Íntegra do Acórdão HOUVE CONSTATAÇÃO DE FURTO DE
índice ENERGIA PELO EMBARGANTE POR
------------------------- MEIO DE VIOLAÇÃO DO MEDIDOR, O
Nº do processo: 2005205573 QUE OCASIONOU UM PREJUÍZO À
Relator: DES. JOSÉ ARTÊMIO CONCESSIONÁRIA NO VALOR DE R$
BARRETO 3.142,60 (TRÊS MIL, CENTO E
Recurso: APELAÇÃO CÍVEL QUARENTA E DOIS REAIS E
Julgamento: 31-10-2006 SESSENTA CENTAVOS). A PRIMEIRA
TURMA, JULGANDO O RECURSO
Apelação Cível - Energia elétrica - ESPECIAL INTERPOSTO, RECONHECEU
Débito decorrente de irregularidade no QUE O FORNECIMENTO DE ENERGIA
medidor - Fraude - Recuperação do ELÉTRICA CONFIGURA SERVIÇO
consumo com base num dos critérios PÚBLICO ESSENCIAL SUBORDINADO
previstos na resolução 456/2000 da AO PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE A
ANEEL - Possibilidade - Cerceamento CONFIGURAR CONSTRANGIMENTO
de defesa - Inocorrência - Sentença PASSÍVEL DE INDENIZAÇÃO O SEU
mantida - Improvimento do Apelo. CORTE. 3. JÁ O ACÓRDÃO APONTADO
Uma vez comprovada a ocorrência de COMO PARADIGMA FOI PROFERIDO
fraude no medidor de energia elétrica, NO SENTIDO DE SER POSSÍVEL O
impõe-se a responsabilidade do CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA COMO
consumidor, sendo legítima a FORMA DE FORÇAR O PAGAMENTO,
cobrança do valor a título de QUANDO SE MANIFESTOU: "HÁ
recuperação do consumo. EXPRESSA PREVISÃO NORMATIVA NO
SENTIDO DA POSSIBILIDADE DE
Íntegra do Acórdão SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE
índice ENERGIA ELÉTRICA AO USUÁRIO QUE
DEIXA DE EFETUAR A
------------------------- CONTRAPRESTAÇÃO AJUSTADA,
MESMO QUANDO SE TRATAR DE
====================== CONSUMIDOR QUE PRESTE SERVIÇO
PÚBLICO." 4. OBSERVA-SE QUE A
Superior Tribunal de Justiça
QUESTÃO DE FUNDO TRATADA NO
ACÓRDÃO PARADIGMA NÃO SE
====================== REFERE À INADIMPLÊNCIA
DECORRENTE DE FRAUDE NO
EREsp 471757 MEDIDOR COMO É O CASO DO
Ministro HUMBERTO MARTINS ACÓRDÃO EMBARGADO. EMBARGOS
Decisão: 09/05/2007 DE DIVERGÊNCIA NÃO-CONHECIDOS.

ADMINISTRATIVO - CONTRATO DE
índice
FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA - FRAUDE NO MEDIDOR - Íntegra do Acórdão
MARCAÇÃO A MENOR DO EFETIVO
CONSUMO – AUSÊNCIA DE
SIMILITUDE FÁTICA - DIVERGÊNCIA -------------------------
NÃO-DEMONSTRADA. 1. PARA O
EXAME DA DESARMONIA
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probatório acostado aos autos permite
aferir a responsabilidade desta, que
suspendeu indevidamente o
Corte por Erro da fornecimento de energia elétrica, com
Concessionária base em suposta inadimplência do
usuário de serviços, quando na
verdade a fatura cobrada já havia sido
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA: quitada. 3. As Concessionárias de
Serviços Públicos devem agir com
RIO DE JANEIRO cautela antes de proceder à
AMAPÁ interrupção de um serviço, mormente
BAHIA em razão de sua essencialidade. 4.
CEARÁ Deve a concessionária indenizar o
DISTRITO FEDERAL Autor pelos danos morais suportados,
ESPÍRITO SANTO eis que houve falha na prestação do
GOIÁS serviço. Mantido o quantum
MARANHÃO indenizatório, que foi arbitrado em
MATO GROSSO patamar razoável na sentença. 5. Por
MINAS GERAIS outro lado, a indenização por danos
PARÁ materiais pressupõe a comprovação
PARANÁ dos prejuízos causados, o que de fato
SÃO PAULO não aconteceu, pelo que indevida tal
reparação. 6. Negativa de seguimento
a ambos os apelos, com base no art.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 557, caput, do CPC.

Íntegra do Acórdão

====================== índice
-------------------------
Tribunal de Justiça do Estado 0017650-13.2008.8.19.0087
(2009.001.66810) - APELAÇÃO
do Rio de Janeiro DES. CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA
====================== Julgamento: 01/12/2009
NONA CAMARA CIVEL
0005818-88.2008.8.19.0052 -
APELAÇÃO INDENIZATÓRIA. FORNECIMENTO DE
DES. BENEDICTO ABICAIR ENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA DE
Julgamento: 04/12/2009 VALORES EM DUPLICIDADE.
SEXTA CAMARA CIVEL SUSPENSÃO INDEVIDA DO SERVIÇO.
DANO MORAL CONFIGURADO.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MAJORAÇÃO DA VERBA ARBITRADA.
INDENIZATÓRIA. AMPLA. SUSPENSÃO 1- Restou comprovado nos autos que
DO FORNECIMENTO DE ENERGIA. o autor foi cobrado, no mês de
FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. setembro de 2008, por serviço que já
DANO MORAL CONFIGURADO. 1. fora pago na fatura de agosto daquele
Ausência de responsabilidade do ano. Neste ponto, a ré não trouxe
Banco apelado, já que a excludente de comprovação de que expedira ao
responsabilidade da concessionária de consumidor nova fatura, com a
energia elétrica não restou exclusão do valor cobrado em
caracterizada. 2. A análise do conjunto duplicidade, ônus que lhe cabia. Logo,
conclui-se irregular a cobrança
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realizada, bem como indevida a DO CPC, DANDO PARCIAL
suspensão do fornecimento de energia PROVIMENTO AO RECURSO.
elétrica em razão deste débito. 2-
Dano moral configurado. Consumidor Íntegra do Acórdão
que restou privado da utilização de
serviço essencial por lapso temporal índice
considerável. Enunciado nº 17 do -------------------------
Encontro dos Desembargadores do 0015617-87.2008.8.19.0204
Tribunal de Justiça. Verba arbitrada (2009.001.54581) - APELAÇÃO
em patamar insuficiente pelo juízo DES. BINATO DE CASTRO
singular. Necessidade de majoração, à Julgamento: 25/11/2009
luz dos princípios atinentes à matéria, DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL
das particularidades do caso concreto
e das funções pedagógica e satisfativa APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
da indenização. Majoração para o RESCISÃO DE CONTRATO DE
valor de R$ 4.000,00 (quatro mil LOCAÇÃO RESIDENCIAL C/C
reais). DESPROVIMENTO DO INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL -
RECURSO DA PARTE RÉ. PROVIMENTO ENERGIA ELÉTRICA - CORTE NO
DO RECURSO AUTORAL. FORNECIMENTO DÍVIDA ANTERIOR A
OCUPAÇÃO DO IMÓVEL PELO AUTOR,
Íntegra do Acórdão PERTENCE AO ANTIGO LOCATÁRIO -
índice CONTRATO DE FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA É OBRIGAÇÃO
------------------------- PESSOAL E NÃO PROPTER REM -
0057179-06.2008.8.19.0001 - NEGATIVA DA CONCESSIONÁRIA EM
APELAÇÃO TRANSFERIR A TITULARIDADE DA
DES. PAULO SERGIO PRESTES CONTA PARA O NOME DO AUTOR -
Julgamento: 01/12/2009 RESPONSABILIDADE PELA FALHA NA
DECIMA NONA CAMARA CIVEL PRESTAÇÃO DO SERVIÇO É DA
CONCESSIONÁRIA E NÃO DO
INDENIZATÓRIA. PROCEDIMENTO LOCADOR - NÃO HÁ FUNDAMENTO
ORDINÁRIO. RELAÇÃO DE CONSUMO. PARA A RESCISÃO DO CONTRATO DE
INTERRUPÇÃO INDEVIDA NO LOCAÇÃO - ENTENDIMENTO
FORNECIMENTO DE ENERGIA JURISPRUDENCIAL - APLICAÇÃO DO
ELÉTRICA QUE DUROU 5 DIAS. DISPOSTO NO ART. 557 DO CPC C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ART. 31, VIII, DO REGIMENTO
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INTERNO DESTE E. TRIBUNAL.
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO DE RECURSO A QUE SE NEGA
ENERGIA ELÉTRICA. REFORMA SEGUIMENTO, POR MANIFESTAMENTE
PARCIAL DA SENTENÇA TÃO IMPROCEDENTE. SENTENÇA
SOMENTE PARA MAJORAR A CONFIRMADA.
CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS
PARA O MONTANTE DE R$ 14.000,00, Íntegra do Acórdão
PARA QUE ATENDA AOS PRINCÍPIOS índice
DA PROPORCIONALIDADE, -------------------------
RAZOABILIDADE E VEDAÇÃO AO 0049955-85.2006.8.19.0001
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, (2009.001.25045) – APELAÇÃO
ATENDENDO AINDA A FUNÇÃO DES. FERNANDO FOCH LEMOS
PUNITIVO-PEDAGÓGICA QUE POSSUI Julgamento: 24/11/2009
ESSE INSTITUTO. DECISÃO TERCEIRA CAMARA CIVEL
MONOCRÁTICA, NOS TERMOS DO
DISPOSTO NO § 1º-A DO ART. 557 DIREITO DO CONSUMIDOR,
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL
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CIVIL. Ação proposta em face de expresse correspondência a sessenta
concessionária de fornecimento de vezes tal base de cálculo. 6. A
energia elétrica por sociedade indenização de dano material deve
empresária, em razão de interrupção compor o prejuízo comprovado. 7. A
no fornecimento do serviço por força indenização de dano moral se sujeita a
de irregularidade no medidor de correção monetária a partir do
consumo que não viria a ser arbitramento (Súmulas 97 do TJERJ e
confirmada pela perícia. Pedido de 362 do STJ), ao passo que a de
condenação de a ré indenizá-la por prejuízo material desde sua data. 8.
dano moral e material. Sentença de Em se tratando de responsabilidade
procedência parcial que, reconhecendo contratual, o termo a quo dos juros de
a ocorrência de dano extrapatrimonial, mora é a citação. Código Civil, art.
arbitrou a indenização em R$ 405.9. Provimento parcial do primeiro
1.000,00. Apelo de ambas as partes. apelo; desprovimento do segundo.
1. Autor que postula indenização de Maioria.
dano moral como vier a ser arbitrado
por discricionariedade judicial tem Íntegra do Acórdão
interesse recursal se o arbitramento índice
lhe parece distanciado dos fins a que
se destina. 2. Concessionária de -------------------------
serviço público age, ao fiscalizar, no 0025924-96.2009.8.19.0000
exercício de poder de polícia recebido (2009.002.22644) - AGRAVO DE
do concedente, de sorte que se deve INSTRUMENTO
pautar pela legalidade. Fere-a DES. ORLANDO SECCO
proceder a fiscalização na companhia Julgamento: 04/11/2009
de policiais adredemente recrutados OITAVA CAMARA CIVEL
para tal. Resolução ANEEL 456/00.3.
Configura dano moral in re ipsa AGRAVO DE INSTRUMENTO.
infligido à sociedade empresária, o Consumidor. Processual Civil.
qual se agrava com a não constatação Fornecimento de energia elétrica.
da alegada irregularidade, diligência Tutela antecipada. Requisitos.// Ação
que se faz com ilegalidade e abuso de de Obrigação de Fazer c/c Indenização
poder, eis que com indevida por Danos Morais. Imóvel adquirido
ingerência da Polícia, e que, pela recorrente em 15/04/09.
imputando a comerciante furto de Suspensão do serviço com base em
energia, priva estabelecimento débito anterior e de unidade diversa
comercial de eletricidade por quase no mesmo espaço. Inexistência de
vinte e quatro horas, gera lavratura de natureza propter rem na obrigação.
ocorrência policial, resulta na prisão Assinatura de confissão de dívida e
do gerente diante de clientes e por parcelamento. Recusa de retomada do
cúmulo submete a vítima a vexatória serviço. Violação ao disposto na Res.
exposição.4. As pessoas jurídicas ANATEL 456/2000. Plausibilidade do
podem sofrer dano moral pela via de direito alegado, demonstrada. Perigo
malferimento da honra objetiva de da demora ante a evidente
que todas são dotadas e da qual, necessidade do serviço essencial.
muitas vezes mais do que as pessoas Inexistência de risco de dano inverso.
físicas, dependem para sobreviver. Provimento de urgência que não se
Súmula 227 do STJ. 5. Nas mostra teratológico ou contrário à
circunstâncias, indenização prova inicial dos autos (Arts. 84,§§3º/
correspondente a pouco mais de dois 5º, DC c/c 273, CPC). Súmulas 58 e
salários mínimos se mostra irrisória, 59, TJRJ. Reforma da decisão.
afigurando-se justa e razoável a que

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Revista Jurídica/74
Confirmação do efeito suspensivo. ANEEL Nº 456/2000. AUSÊNCIA DE
Provimento liminar ao recurso. COMPROVAÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE
CORTE. CABIMENTO DO PAGAMENTO
Íntegra do Acórdão DE 20% DO VALOR LÍQUIDO DA
PRIMEIRA FATURA EMITIDA APÓS A
índice RELIGAÇÃO DA UNIDADE
------------------------- CONSUMIDORA, PREVISTA NO ART.
0006605-50.2007.8.19.0021 91, DA RESOLUÇÃO Nº 456/2000, DA
(2009.001.55531) - APELAÇÃO ANEEL. CORREÇÃO MONETÁRIA A
DES. CUSTODIO TOSTES CONTAR DA DATA DA PROLAÇÃO DA
Julgamento: 28/10/2009 SENTENÇA. SÚMULA Nº 97, DO TJRJ.
DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL JUROS MORATÓRIOS FIXADOS
CORRETAMENTE. HONORÁRIOS
CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE ADVOCATÍCIOS REDUZIDOS PARA
CIVIL. SUSPENSÃO DE ENERGIA 10% SOBRE O VALOR DA
ELÉTRICA. INEXISTÊNCIA DE CONDENAÇÃO. TERMO INICIAL PARA
DÉBITOS. DANO MORAL CUMPRIMENTO DA SENTENÇA DA
CONFIGURADO. VALOR DA PUBLICAÇÃO DO DESPACHO
INDENIZAÇÃO FIXADO EM R$ "CUMPRA-SE". PRECEDENTES
3.000,00. NÃO CONTESTADO O JURISPRUDENCIAIS DO STJ E DO
LAPSO DE TEMPO DA SUSPENSÃO DO TJRJ. DANOS MORAIS
SERVIÇO, DE NOVEMBRO DE 2006 A CARACTERIZADOS. VERBA
MARÇO DE 2007, QUANDO DO INDENIZATÓRIA EM VALOR
PEDIDO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA MAJORADO PARA R$7.000,00.
PARA SEU RESTABELECIMENTO. PROVIMENTO PARCIAL AOS
MAJORAÇÃO DA VERBA RECURSOS.
INDENIZATÓRIA QUE SE IMPÕE, À
LUZ DOS PRINCÍPIOS QUE REGEM O Íntegra do Acórdão
ARBITRAMENTO, ELEVANDO-A PARA índice
R$ 7.000,00. DESPROVIMENTO DO
PRIMEIRO RECURSO E PARCIAL -------------------------
PROVIMENTO DO SEGUNDO. 0067454-79.2006.8.19.0002
(2009.001.58873) - APELAÇÃO
Íntegra do Acórdão DES. NORMA SUELY
índice Julgamento: 19/10/2009
DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL
-------------------------
0177511-36.2007.8.19.0001 APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO.
(2009.001.36554) - APELAÇÃO RESPONSABILIDADE CIVIL. DIREITO
DES. ROBERTO DE ALMEIDA RIBEIRO DO CONSUMIDOR. INTERRUPÇÃO NO
Julgamento: 20/10/2009 FORNECIMENTO DE ENERGIA
OITAVA CAMARA CIVEL ELÉTRICA E NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.
FATURAS PAGAS ATRAVÉS DE
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ESTABELECIMENTO BANCÁRIO.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
RITO SUMÁRIO. AUTORA JUNTOU AOS INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL EM
AUTOS AS FATURAS DAS CONTAS DE FAVOR DA CONSUMIDORA.
ENERGIA ELÉTRICA PAGAS. RECURSOS DA CONSUMIDORA E DA
SUSPENSÃO INDEVIDA DO CONCESSIONÁRIA. RESPONSABILIDA
FORNECIMENTO DE ENERGIA -DE OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA
ELÉTRICA. RELIGAÇÃO APÓS 23 DE SERVIÇO PÚBLICO PELOS DANOS
HORAS DO CORTE. INFRINGÊNCIA DO CAUSADOS À CONSUMIDORA.
ART. 91, § 2º, DA RESOLUÇÃO DA
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ALEGADA INEXISTÊNCIA DE REPASSE PROPORCIONAL À GRAVIDADE DA
DO PAGAMENTO DA FATURA POR FALTA. IMPROVIDO O PRIMEIRO
PARTE DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA RECURSO. PARCIALMENTE PROVIDO
NÃO ILIDE A RESPONSABILIDADE DA O SEGUNDO, PARA MAJORAR O
FORNECEDORA DE SERVIÇO. VALOR DA INDENIZAÇÃO.
FORTUITO INTERNO. FALHA DO
SERVIÇO INEQUIVOCAMENTE Íntegra do Acórdão
COMPROVADA. O SERVIÇO FOI índice
SUSPENSO POR TRÊS VEZES E O
NOME DA CONSUMIDORA FOI -------------------------
LANÇADO NOS CADASTROS DE 0007916-75.2008.8.19.0204
PROTEÇÃO AO CRÉDITO, MESMO (2009.001.49361)
TENDO SIDO A CONCESSIONÁRIA APELAÇÃO
COMUNICADA DO PAGAMENTO DA DES. ELTON LEME
FATURA. INDENIZAÇÃO Julgamento: 07/10/2009
IRREPREENSIVELMENTE FIXADA E EM DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL
OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA
RAZOABILIDADE E DA APELAÇÃO CÍVEL.
PROPORCIONALIDADE. NÃO MERECEM RESPONSABILIDADE CIVIL.
REPARO OS HONORÁRIOS INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE
ADVOCATÍCIOS ARBITRADOS NA ENERGIA ELÉTRICA. CONTA QUITADA.
FORMA DO ART. 20, § 3º, DO C.P.C. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA.
DESPROVIMENTO DOS RECURSOS. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. HONRA OBJETIVA. DANOS
Íntegra do Acórdão MORAIS CONFIGURADOS E
índice MODERAMENTE ARBITRADOS. 1.
Embora o autor se encontrasse em
------------------------- débito com o pagamento da fatura
0008809-29.2008.8.19.0087 que originou a ordem de corte,
(2009.001.42885) constitui fato incontroverso que houve
APELAÇÃO a quitação da respectiva fatura em
DES. CARLOS C. LAVIGNE DE LEMOS tempo hábil, antes da interrupção do
Julgamento: 04/11/2009 serviço. Além disso, a ré suspendeu o
SETIMA CAMARA CIVEL fornecimento do serviço de energia
elétrica sem proceder à prévia
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C comunicação formal ao consumidor,
INDENIZAÇÃO. FORNECIMENTO DE com antecedência de 15 dias,
ENERGIA ELÉTRICA. AUMENTOS conforme disposição expressa contida
EXAGERADOS DOS VALORES DAS na Resolução nº 456/00 da ANEEL. 2.
FATURAS, DESPROPORCIONAIS AOS Defeito configurado na prestação do
MESES ANTERIORES, DANDO ENSEJO serviço, ensejando o dever de
À FALTA DE PAGAMENTO, À indenizar, uma vez que se trata de
SUSPENSÃO DO SERVIÇO DURANTE serviço essencial, cuja falta acarreta
SEIS MESES E AO REGISTRO DO grandes transtornos ao consumidor e
NOME DA CONSUMIDORA EM ultrapassa o mero aborrecimento,
CADASTRO RESTRITIVO. PROVA atingindo a honra objetiva da pessoa
TÉCNICA INDISPENSÁVEL NÃO jurídica. 3. A possibilidade de
REALIZADA. MÁ PRESTAÇÃO DO suspensão de serviço essencial, diante
SERVIÇO. VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS da inadimplência do consumidor tem a
14 E 22 DA LEI 8.078/90 (CDC). finalidade de continuidade do serviço
DANO MORAL CARACTERIZADO. O público em prol da coletividade,
VALOR DA REPARAÇÃO DEVE SER assegurando-se a manutenção do

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Revista Jurídica/76
sistema. 4. Em se tratando de dívida Tribunal de Justiça do Estado
antiga, não há como se falar em risco
na manutenção do serviço público do Amapá
prestado, razão pela qual há óbice à ======================
suspensão, devendo a concessionária
promover tão somente ação de Número Processo: 527/98
cobrança. 5. Danos morais Relator: Juiz Convocado AGOSTINO
moderadamente arbitrados, não SILVÉRIO
merecendo redução. 6. Desprovimento Classe: APELAÇÃO CÍVEL
dos recursos. Número Acórdão: 3565
Data do Julgamento: 30/05/2000
Íntegra do Acórdão
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL -
índice ENERGIA ELÉTRICA - SUSPENSÃO
------------------------- INDEVIDA NO FORNECIMENTO -
0021813-11.2006.8.19.0021 INDENIZAÇÃO - As prestadoras de
(2009.001.48423) serviços públicos são objetivamente
APELAÇÃO responsáveis pelos atos lesivos
DES. JOSE GERALDO ANTONIO causados aos seus usuários.
Julgamento: 10/09/2009 Indenização procedente, em
SETIMA CAMARA CIVEL decorrência da suspensão indevida no
fornecimento de energia elétrica.
RESPONSABILIDADE CIVIL - SERVIÇO Decisão unânime.
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA. TROCA DO MEDIDOR DE Íntegra do Acórdão
CONSUMO COM INSTALAÇÃO DE CHIP índice
- PROVA PERICIAL QUE ACUSA
IRREGULARIDADE DA MEDIÇÃO - -------------------------
AMEAÇA DE CORTE DO
FORNECIMENTO PELO NÃO ======================
PAGAMENTO DA CONTA
QUESTIONADA - ABUSIVIDADE - Tribunal de Justiça do Estado
DANOS MORAIS CONFIGURADOS. A
ameaça de corte do fornecimento de da Bahia
energia elétrica, por falta de ======================
pagamento de conta questionada,
após a instalação de medidor AGRAVO DE INSTRUMENTO
eletrônico (chip), configura 33135-9/2006
abusividade da concessionária e Órgão Julgador: PRIMEIRA CÂMARA
enseja reparação moral. A fixação do CÍVEL
valor dos danos morais deve orientar- Relator: MARIA DA PURIFICACAO DA
se pelos princípios da razoabilidade e SILVA
proporcionalidade, considerando a Data do Julgamento: 20/10/2009
extensão e gravidade da ofensa.
Improvimento do recurso. Agravo de Instrumento em ação
cautelar inominada-discussão sobre
Íntegra do Acórdão valor apurado em suposto consumo
irregular - Suspensão do fornecimento
índice de energia elétrica por irregularidades
------------------------- quando o débito apontado encontra-se
sub judice. – Impossibilidade - Liminar
====================== mantida - Recurso improvido. A ação
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cautelar, originária do presente -------------------------
recurso pretende discutir cobrança
que questiona o autor como indevida, ======================
ao argumento de que inexiste prova
do suposto irregular consumo, nem do Tribunal de Justiça do Estado
período arbitrados pela recorrente/ré,
mormente porque a empresa ré do Ceará
conforme se depreende dos autos, ======================
constatou unilateralmente, a
existência de fraude na medição do 9900-97.2002.8.06.0000/0 -
consumo. A legitimidade da APELAÇÃO CÍVEL
descontinuidade da prestação do Órgão Julgador: 4ª CÂMARA CÍVEL
serviço público essencial só pode ser Relator: Desembargadora. MARIA
aferida com fraude (má-fé) do usuário CELESTE THOMAZ DE ARAGÃO
em não querer pagar o débito, relativo
ao seu real consumo, devidamente Ementa: PROCESSO CIVIL -
comprovado em juízo pelo fornecedor, APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
o que não é o caso dos autos. INDENIZAÇÃO - DANO MORAL -
Tratando-se de serviço essencial à SUSPENSÃO INDEVIDA DO
qualidade e à dignidade da vida, por FORNECIMENTO DE ENERGIA
estar resguardado eventual direito de ELÉTRICA - COBRANÇA REITERADA
cobrança da concessionária, é de se DE DÉBITO INEXISTENTE -
manter a liminar atacada enquanto RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA
discute-se a regularidade dos CONCESSIONÁRIA - DANO MORAL
lançamentos. CONFIGURADO - QUANTUM
índice INDENIZATÓRIO MINORADO - APELO
CONHECIDO E PARCIALMENTE
------------------------- PROVIDO: I - O ordenamento jurídico
APELAÇÃO 2262-7/2008 pátrio veda o corte no fornecimento
Órgão Julgador: PRIMEIRA CÂMARA de energia elétrica, haja vista sua
CÍVEL essencialidade, nos termos da Lei nº
Relator: SARA SILVA DE BRITO 7.783, de 28 de junho de 1989, sendo
Data do Julgamento: 15/10/2008 certo que a concessionária de serviço
público dispõe de medidas próprias
Apelação. Ação indenizatória. para a obtenção forçada de seu
Suspensão temporária do serviço de crédito. II - A Constituição Federal de
energia elétrica e aplicação de 1988, em seu art. 37, §6º, estabelece
penalidade sob o argumento de desvio que as pessoas jurídicas de direito
embutido na parede. Conduta público e as de direito privado
desarrazoada dos prepostos da prestadoras de serviços públicos
concessionária. Situação revista pela responderão pelos danos que seus
própria empresa acionada. Dano moral agentes, nessa qualidade, causarem a
configurado. Quantum indenizatório terceiros, assegurado o direito de
fixado de forma excessiva devendo ser regresso contra o responsável no caso
reduzido. Recurso adesivo da parte de dolo ou culpa. III - Dispõe o art. 22
autora interposto em descompasso do Código de Defesa do Consumidor
com legislação processual. Não que os órgãos públicos, por si ou suas
conhecimento. Recurso da parte ré empresas, concessionárias,
parcialmente provido. Valor da permissionárias ou sob qualquer forma
indenização reduzido. Sentença de empreendimento, são obrigados a
reformada em parte. fornecer serviços adequados,
índice
eficientes, seguros e, quanto aos

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essenciais, contínuos. IV - irregular, causando-lhes
Configurado o nexo causal entre os constrangimento perante seus
fatos e o dano moral sofrido pelo familiares e vizinhos. Indenização por
autor, não pairam dúvidas acerca da danos morais devida. III. A Resolução
responsabilidade da COELCE pelo nº 456/00 da ANEEL não exclui a
ressarcimento. V - Para a aferição do indenização por danos morais, mesmo
quantum indenizatório, recomenda-se que a energia cortada por engano seja
sejam observadas as peculiaridades religada no prazo de quatro horas,
do caso concreto, devendo o mas tal lapso temporal deve ser
magistrado considerar, além do considerado na valoração dos danos
binômio compensação/punição, a alegados. IV. Fixação da verba
situação econômica do ofensor, a indenizatória no valor de R$ 3.00000
posição social do ofendido, a (três mil reais), a fim de não gerar
intensidade do ânimo de ofender e a enriquecimento indevido do
gravidade da ofensa. In casu, o valor recorrente. V. Recurso conhecido e
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) provido. Sentença reformada.
fixado na sentença a titulo de danos
morais, afigura-se elevado e Íntegra do Acórdão
desproporcional à lesão sofrida, índice
entremostrando-se razoável o
arbitramento da quantia de R$ -------------------------
10.000,00 (dez mil reais). VI - Apelo 5448-78.2001.8.06.0000/0 -
conhecido e parcialmente provido. APELAÇÃO CÍVEL
Órgão Julgador: 3ª CÂMARA CÍVEL
Íntegra do Acórdão Relator: Des. ANTÔNIO ABELARDO
índice BENEVIDES MORAES

------------------------- Ementa: CIVIL. INDENIZAÇÃO.


782862-45.2000.8.06.0001/1 - CORTE INDEVIDO DE ENERGIA
APELAÇÃO CÍVEL ELÉTRICA. DANO MORAL
Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA.
Relator: Des. FRANCISCO SALES 1. A restrição temporária da fruição do
NETO bem, sem causa legal para tanto,
importa em conduta imprudente a ser
Ementa: DIREITO CIVIL. APELAÇÃO reparada. 2. Segundo o acervo
CÍVEL. ILEGITIMIDADE ATIVA. probatório dos autos, restou
PRELIMINAR ACOLHIDA. caracterizado o constrangimento
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. moral sofrido pelo apelado,
INTERRUPÇÃO INDEVIDA DO especialmente perante sua vizinhança.
FORNECIMENTO DE ENERGIA 3. Com base nos princípios da
ELÉTRICA POR PARTE DA razoabilidade e proporcionalidade não
CONCESSIONÁRIA. REPERCUSSÃO se pode afirmar injusta a fixação do
QUE FUNDAMENTA A INDENIZAÇÃO quantum indenizatório pela instância
PLEITEADA. SENTENÇA REFORMADA. originária, motivo pelo qual resta
I. Os danos alegados pelos autores a mantida. 4. Recurso conhecido e não
fim de fundamentar a indenização provido.
pleiteada limitam-se ao patrimônio
subjetivo do contratante do serviço. Íntegra do Acórdão
Preliminar acolhida, a fim de excluir a índice
esposa do recorrente do pólo ativo da
relação processual. II. O corte no -------------------------
fornecimento de energia à residência
dos apelantes se deu de maneira
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30686-89.2007.8.06.0000/0 - 2006 01 1 093414-7 APC -
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM 0093414-73.2006.807.0001
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO Registro do Acórdão: 363692
Órgão Julgador: 2ª CÂMARA CÍVEL Data de Julgamento: 24/06/2009
Relator: Des. JOÃO DE DEUS Órgão Julgador: 4ª Turma Cível
BARROS BRINGEL Relator: SÉRGIO BITTENCOURT

Ementa: ENERGIA ELÉTRICA.


SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO DE Ementa: PROCESSO CIVIL -
ENERGIA. ART. 91, I, DA RESOLUÇÃO COBRANÇA INDEVIDA - SUSPENSÃO
456 DA ANEEL E ART. 6º, § 3º, II, DA DO FORNECIMENTO DE ENERGIA -
LEI Nº 8.987/95. NÃO APLICAÇÃO. 1. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
A recorrida, no presente caso, MATERIAIS MANUTENÇÃO. OS DANOS
reconhece o seu inadimplemento, de CAUSADOS, EM FACE DA SUSPENSÃO
forma que, numa primeira análise, INDEVIDA DO FORNECIMENTO DE
opinaríamos pela suspensão da ENERGIA PELA COMPANHIA ELÉTRICA,
prestação do serviço com fundamento DEVEM SER REPARADOS. AO FIXAR O
no inc. II do § 3º, do art. 6º, da Lei VALOR DA REPARAÇÃO, DEVE O
8.987/95. 2. Todavia, o direito da JULGADOR CUIDAR PARA QUE NÃO
recorrente obter a suspensão do SEJA TÃO ALTO, A PONTO DE
fornecimento de energia elétrica TORNAR-SE INSTRUMENTO DE
choca-se com o direito à vida da VINGANÇA OU ENRIQUECIMENTO SEM
genitora da agravada, senhora CAUSA DO PREJUDICADO, NEM TÃO
enferma que depende, para a sua BAIXO, DE MANEIRA A SE MOSTRAR
sobrevivência, do auxílio de um tubo INDIFERENTE À CAPACIDADE DE
de oxigênio ligado 24 (vinte e quatro) PAGAMENTO. Decisão NEGAR
horas por dia (fls. 33/35). 3. A PROVIMENTO AO RECURSO,
dignidade da pessoa humana é o UNÂNIME.
fundamento de todo o sistema
constitucional, assim, nos termos Íntegra do Acórdão
afirmados pelo próprio magistrado índice
singular, existindo outros meios de
cobrança que pode valer-se a -------------------------
recorrente, lícito não se mostra, em 2005 01 1 025432-5 APC -
cognição sumária, e enquanto 0025432-76.2005.807.0001
perdurar o estado de saúde da Registro do Acórdão: 301491
genitora da recorrida, o corte no Data de Julgamento: 09/04/2008
fornecimento de energia elétrica. 4. Órgão Julgador: 2ª Turma Cível
Agravo conhecido, mas não provido. Relator: SANDOVAL OLIVEIRA

Íntegra do Acórdão Ementa: PROCESSO CIVIL. CÓDIGO


índice DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
LEGITIMIDADE PARA RECORRER.
------------------------- EMPRESA DO MESMO GRUPO
SOCIETÁRIO. TERCEIRO
====================== PREJUDICADO. SUSPENSÃO
INDEVIDA DO FORNECIMENTO DE
Tribunal de Justiça do Distrito ENERGIA ELÉTRICA. TARIFA PAGA.
DANO MORAL. VALOR RAZOÁVEL.
Federal SENTENÇA CONFIRMADA. 01.
====================== RESTANDO INCONTESTE QUE A
COMPANHIA ENERGÉTICA DE
BRASÍLIA E A CEB DISTRIBUIÇÃO S/A
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INTEGRAM O MESMO GRUPO SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE
SOCIETÁRIO, DEVEM SER ENERGIA ELÉTRICA SEM JUSTO
CONSIDERADAS SUBSIDIARIAMENTE MOTIVO, IMPÕE-SE O DEVER DE
RESPONSÁVEIS, CONFORME EXEGESE INDENIZAR OS PREJUÍZOS
DO ARTIGO 28, §2º, DO CDC. 02. CAUSADOS.
ADEMAIS, DEMONSTRADO O "NEXO O DANO MORAL INDEPENDE DE
DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O PROVA; SUA EXISTÊNCIA É
INTERESSE DE INTERVIR E A PRESUMIDA, NÃO SE COGITANDO,
RELAÇÃO JURÍDICA SUBMETIDA À POIS, DA COMPROVAÇÃO DO
APRECIAÇÃO JUDICIAL", O RECURSO PREJUÍZO, NEM DA INTENSIDADE DO
HÁ QUE SER CONHECIDO SE SOFRIMENTO EXPERIMENTADO PELO
INTERPOSTO POR TERCEIRO OFENDIDO. AO FIXAR O VALOR DA
PREJUDICADO, CONFORME REPARAÇÃO PELOS DANOS MORAIS
PRECEITUA O ART. 499, DO CÓDIGO DEVE O JULGADOR CUIDAR PARA QUE
BUZAID. 03. O CORTE INDEVIDO DO NÃO SEJA TÃO ALTO, A PONTO DE
FORNECIMENTO DE ENERGIA TORNAR-SE INSTRUMENTO DE
ELÉTRICA PRESUME DANO MORAL VINGANÇA OU ENRIQUECIMENTO SEM
INDENIZÁVEL. 04. A EMPRESA CAUSA DO PREJUDICADO, NEM TÃO
PRESTADORA DE SERVIÇOS, BAIXO DE MANEIRA A SE MOSTRAR
INDEPENDENTEMENTE DE CULPA INDIFERENTE À CAPACIDADE DE
COMPROVADA, DEVE SER PAGAMENTO DO OFENSOR. O DANO
RESPONSABILIZADA PELO MATERIAL, POR OUTRO LADO, NÃO
RESULTADO LESIVO, POIS DEVE SE PRESUME, DEVENDO SER
ASSUMIR OS RISCOS DE SUA COMPROVADO PARA O DEFERIMENTO
LUCRATIVA ATIVIDADE ECONÔMICA. DA RESPECTIVA REPARAÇÃO. Decisão
05. ESTANDO O VALOR DAR PROVIMENTO PARCIAL AO
INDENIZATÓRIO OBEDIENTE AOS RECURSO. UNÂNIME.
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE, DEVE SER Íntegra do Acórdão
CONFIRMADO. 06. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. índice

Íntegra do Acórdão -------------------------


índice 2003 01 1 097283-3 APC -
0097283-49.2003.807.0001
Registro do Acórdão: 334926
------------------------- Data de Julgamento: 15/10/2008
APELAÇÃO CÍVEL 2000 01 1 Órgão Julgador: 3ª Turma Cível
030575-8 APC - 0030575- Relator: MARIO-ZAM BELMIRO
22.2000.807.0001
Registro do Acórdão: 162818 Ementa: CONSUMIDOR E PROCESSO
Data de Julgamento: 25/03/2002 CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.
Órgão Julgador: 4ª Turma Cível INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. CORTE.
Relator: SÉRGIO BITTENCOURT ENERGIA ELÉTRICA. VERBA
INDENIZATÓRIA. BINÔMIO
Ementa: CIVIL - REPARAÇÃO DE REPARAÇÃO/PREVENÇÃO. CUSTAS E
DANOS - PRESTADORA DE SERVIÇOS HONORÁRIOS. GRATUIDADE
- ENERGIA ELÉTRICA - JUDICIÁRIA. AGRAVO RETIDO.
FORNECIMENTO SUSPENSO - DENUNCIAÇÃO À LIDE.
INEXISTÊNCIA DE JUSTO MOTIVO - IMPOSSIBILIDADE. 1. A RELAÇÃO DA
DANO MORAL - CARACTERIZAÇÃO - CEB COM SEUS CLIENTES É
QUANTUM - DANO MATERIAL PROVA. AMPARADA PELO CÓDIGO DE DEFESA
RESTANDO INCONTROVERSA A DO CONSUMIDOR, PORQUANTO É
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PRESTADORA DE SERVIÇOS. CABE À -------------------------
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
PÚBLICO, INDEPENDENTEMENTE DA ======================
EXISTÊNCIA DE CULPA PELA
REPARAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS Tribunal de Justiça do Estado
AOS CONSUMIDORES, A
RESPONSABILIDADE PELOS do Espírito Santo
PREJUÍZOS ORIUNDOS DE EVENTOS ======================
DESTA NATUREZA, CONFORME
DETERMINA O ARTIGO 14 DO CDC. 2. 10070001390
RESPONDE PELOS DANOS, A Classe: Apelação Cível
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
PÚBLICO QUE ATENDE SOLICITAÇÃO Data de Julgamento: 15/09/2009
DE CORTE NO FORNECIMENTO DE Relator: CARLOS HENRIQUE RIOS DO
ENERGIA ELÉTRICA POR PESSOA AMARAL
ESTRANHA À RELAÇÃO CONTRATUAL,
MESMO ENCONTRANDO-SE EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - CIVIL -
ADIMPLENTE O CONTRATANTE. 3. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
PARA ARBITRAR A VERBA MORAIS - CONCESSÃO DE DIREITO
INDENIZATÓRIA, DEVERÁ O DE USO DE QUIOSQUE - CORTE NO
MAGISTRADO ATENTAR PARA OS FORNECIMENTO DE ENERGIA -
FATOS E GUIAR-SE PELOS RECURSO CONHECIDO E
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DESPROVIDO 1. Se não há previsão
PROPORCIONALIDADE, A FIM DE no contrato celebrado entre as partes,
FIXAR QUANTIA QUE ATENDA AO o bem objeto da concessão (quiosque)
BINÔMIO REPARAÇÃO/PREVENÇÃO. 4. deveria ter sido entregue em perfeito
O FATO DE SEREM BENEFICIÁRIOS DA estado e condições de uso, e, ainda,
GRATUIDADE JUDICIÁRIA NÃO EXIME sem apresentar nenhuma pendência
OS SUCUMBENTES DO PAGAMENTO referente a contas anteriores, quer
DAS CUSTAS E HONORÁRIOS seja de água ou de luz. 2. O quiosque
ADVOCATÍCIOS, FICANDO, TÃO- em questão tem por objetivo a venda
SOMENTE, CONDICIONADO O de lanches e bebidas, sendo a energia
PAGAMENTO À COMPROVAÇÃO DE elétrica de suma importância para seu
QUE, NO PRAZO PRESCRICIONAL DE funcionamento e acondicionamento
CINCO ANOS, ADQUIRIRAM dos produtos. 3. Como deixou de
CONDIÇÕES FINANCEIRAS APTAS A funcionar ante o corte de energia, por
SUPORTÁ-LO. 5. O SISTEMA DO falha do município, o explorador do
CÓDIGO DE DEFESA DO quiosque sentiu-se constrangido e
CONSUMIDOR NÃO ADMITE A envergonhado, pois além de ter
LITISDENUNCIAÇÃO, A FIM DE levado fama de mau pagador e
EVITAR RETARDAMENTO DA TUTELA inadimplente na pequena cidade do
JURÍDICA PROCESSUAL DOS interior, sofreu transtornos pela perda
CONSUMIDORES E, TAMBÉM, PORQUE de diversas mercadorias. 4. Como o
A DEDUÇÃO DESSA LIDE INCIDENTAL dano moral fora comprovado, exsurge
SERÁ FEITA COM A INVOCAÇÃO DE o dever de indenizar, e esta
UMA CAUSA DE PEDIR DISTINTA. indenização não poderá ser ínfima,
AGRAVO RETIDO DESPROVIDO. 6. incentivando a continuidade de
APELAÇÕES CÍVEIS DESPROVIDAS. condutas reprováveis, tão pouco
poderá ensejar o enriquecimento
Íntegra do Acórdão ilícito. 5. Danos morais mantidos no
índice montante de R$ 2.000,00 (dois mil
reais). 6. Recurso conhecido e

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desprovido. Vistos, relatados e pequenas empresas e profissionais
discutidos os presentes autos em que liberais. Quer dizer, não se deixa de
trata a presente APELAÇÃO CÍVEL Nº perquirir acerca do uso, profissional ou
10070001390, cujo apelante é não, do bem ou serviço; apenas, como
MUNICÍPIO DE BOM JESUS DO exceção, e à vista da hipossuficiência
NORTE⁄ES e apelado JOSINEI JACINTO de determinado adquirente, não
DE SOUZA. ACORDA a Egrégia obstante seja um profissional, passa-
Primeira Câmara Cível, em se a considerá-lo consumidor. III - A
conformidade com a ata e com as prova dos autos evidenciou que, por
notas taquigráficas da sessão, À não ter ciência do pagamento em
UNANIMIDADE, CONHECER E NEGAR virtude de uma falha do agente
PROVIMENTO AO RECURSO, NOS arrecadador que anotou o código do
TERMOS DO VOTO DO RELATOR. cliente errado, a agravante efetuou a
suspensão do serviço de maneira
índice equivocada. IV - Em se tratando de
fornecimento de serviços públicos,
------------------------- tem-se que sua responsabilidade deve
35050058920 ser analisada sob a égide da
Classe: Agravo Interno - (Arts responsabilidade civil objetiva, por se
557/527, II CPC) Ap Cível tratar de ato praticado por
Órgão: QUARTA CÂMARA CÍVEL funcionários de concessionária de
Data de Julgamento: 28/10/2008 serviço público, no exercício de suas
Relator: MAURÍLIO ALMEIDA DE funções, o que vale dizer que a culpa
ABREU neste caso é presumida, por força do
art. 37, § 6º, da Constituição da
EMENTA: AGRAVO INTERNO - República e também do art. 927, do
ENERGIA - BEM ESSENCIAL - Novo Código Civil. V - O entendimento
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA do Colendo STJ consolidou-se no
DO CONSUMIDOR - SUPRESSÃO sentido de que "não há falar em prova
ILEGAL NO FORNECIMENTO - FALHA do dano moral, mas, sim, na prova do
DO AGENTE ARRECADADOR - DANO fato que gerou a dor, o sofrimento,
MORAL - DANO MATERIAL - sentimentos íntimos que o ensejam.
CABIMENTO - RISCADURA DE Provando assim o fato, impõe-se a
PALAVRAS - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - condenação". VI - Arbitramento da
INEXISTÊNCIA - MULTA DO ART. 557, indenização a título de danos morais
§ 2º DO CPC - RECURSO em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), na
DESPROVIDO. I - A energia é, na medida em que a agravada encontrou-
atualidade, um bem essencial à se na iminência de perder sua
população, constituindo-se serviço clientela, além da fama depreciativa
público indispensável subordinado ao alcançada pelo seu quiosque, que
princípio da continuidade de sua atingiu a sua honra e a expôs em
prestação, pelo que se torna situação constrangedora perante seus
impossível a sua interrupção. II - A usuários. VII - A omissão da
recorrida apresenta-se como agravante levou a recorrida a sofrer
consumidora intermediária, porquanto danos materiais, eis que houve perda
se utiliza do serviço de fornecimento e deterioração de diversos alimentos e
de energia elétrica prestado pela bebidas que restaram comprovados.
recorrente, com o intuito único de VIII - Apesar do acirrado debate entre
viabilizar sua própria atividade os causídicos das partes, não há razão
produtiva. Assim, se admite a para que seja riscada qualquer
aplicação das normas do Código de expressão, pois em nenhum momento
Defesa do Consumidor a determinados houve intuito de atacar direta ou
consumidores profissionais, como
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indiretamente a parte ou o advogado no corte do fornecimento de energia
por meio de expressões injuriosas elétrica da unidade consumidora das
envolvendo a litigância de má-fé, apelantes, eis que não há prova cabal
prevista no art. 17 do Código Processo de que o alegado desvio tenha sido
Civil. IX - Agravo interno por elas perpetrado. 3) O documento
procrastinatório, eis que não há que visa comprovar a irregularidade,
qualquer fundamento relevante que conforme documentação apresentada,
justifique sua interposição, impondo não está revestido de todas as
assim multa do art. 557, § 2º, CPC, formalidades necessárias e, desta
devendo ser arbitrada no percentual forma, restam dúvidas quanto à sua
de 1% sobre o valor corrigido da veracidade, sendo, a incerteza
causa. X - Agravo interno a que se corroborada pela denúncia feita pela
nega provimento. Conclusão À apelante que solicitou uma inspeção
UNANIMIDADE, NEGAR PROVIMENTO quando desconfiou que seus vizinhos
AO AGRAVO INTERNO. haviam efetuado um gato onde estava
índice localizado o seu medidor. 4) Em face
das provas apresentadas, não restou
------------------------- comprovado que os atos ilícitos
11060166201 apurados foram perpetrados pelas
Classe: Apelação Cível apeladas, sendo assim fica
Órgão: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL prejudicado o pedido contraposto
Data de Julgamento: 04/08/2009 formulado pelo apelado na
Relator: JOSENIDER VAREJÃO contestação. 5) O dano moral
TAVARES encontra-se presente na ação
arbitrária da empresa, eis que não
Ementa: APELAÇÃO CÍVIL - AÇÃO comprovada a coerência com as
INDENIZATÓRIA - - CORTE NO exigências normativas para o corte
FORNECIMENTO DE ENERGIA abrupto do fornecimento de energia
ELÉTRICA - CONTRADITÓRIO - elétrica, tendo a prestadora de serviço
ENERGIA ELÉTRICA - NATUREZA DE praticado ato ilícito, nos termos do
SERVIÇO ESSENCIAL - art. 186 do CC c⁄c art. 5º, V, da
IMPOSSIBILIDADE DA AUTO-TUTELA Constituição Federal. 6) Recurso
PRETENDIDA - IRREGULARIDADE NÃO conhecido e provido. Conclusão À
CONFIGURADA - DOCUMENTO UNANIMIDADE DAR PROVIMENTO AO
DESTITUÍDO DE REGULARIDADE RECURSO
FORMAL - INDENIZAÇÃO ATO ILÍCITO índice
DANO MORAL - CONFIGURADO -
QUANTUM ESTABELECIDO - -------------------------
CONFORMIDADE COM OS PRINCÍPIOS 41040005740
DA PROPORCIONALIDADE E Classe: Apelação Cível
RAZOABILIDADE - RECURSO Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
CONHECIDO E PROVIDO. 1) O Data de Julgamento: 08/04/2008
fornecimento de energia elétrica é Relator: ARNALDO SANTOS SOUZA
considerado serviço essencial,
garantido, nos termos das Leis EMENTA: PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE
7.783⁄89 e do Código de Defesa do INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
Consumidor, art. 22, razão pela qual, CORTE ABUSIVO DE FORNECIMENTO
a auto-tutela exercida com o corte no DE ENERGIA. PLEITO AUTORAL
fornecimento de energia deve ser PROCEDENTE E PEDIDO
respaldada com provas plenas da RECONVENCIONAL IMPROCEDENTE.
ocorrência da hipótese prevista em PRELIMINAR DE JULGAMENTO EXTRA
seu art. 90, inciso I na resolução CAUSA PETENDI, NÃO ACOLHIDA.
456⁄2000 - da ANEEL. 2) Houve abuso MÉRITO: ALEGAÇÃO DE FRAUDE.
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IDONEIDADE DO PROCEDIMENTO examinado medidor de energia da
ADMINISTRATIVO PARA O CORTE DE unidade residencial do apelado
FORNECIMENTO E COBRANÇA DE (consumidor adimplente), corta
TARIFA DE ENERGIA COM BASE EM abruptamente o fornecimento do
LANÇAMENTO PRESUMIDO. serviço de consumidor adimplente e
FUNDAMENTOS NÃO ACOLHIDOS. remove arbitrariamente o aparelho de
REVELIA NA RECONVEÇÃO. contagem de pulso, obstruindo a
PRESUNÇÃO RELATIVA DE prévia chance do apelado realizar a
VERACIDADE AFASTADA COM BASE qualificada prova técnica (perícia)
NA PROVA TESTEMUNHAL COLHIDA prevista no art. 72, da resolução 456,
NA INSTRUÇÃO DA CAUSA PRINCIPAL. da ANNEL, para defesa de seu direito.
AUSÊNCIA DE PROVA PERICIAL. 4. Se há prova, como na hipótese, da
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO existência de relógio vizinho
IMPROVIDO. 1. Invocando o apelado apresentando defeitos similares ao do
causa de pedir com base no corte apelado, torna-se temerosa a ilação
indevido de fornecimento de de fraude no aparelho medidor do
energia¿, além de afirmar negligência apelado. Sem a devida comprovação
e erro grosseiro da concessionária na da alegada fraude, através de prévia
inicial, o excesso de exercício perícia técnica na instância
fiscalizatório da apelante é mera administrativa (art. 72, da resolução
circunstância que se faz integrante 456, da ANNEL), deve-se entender
destes motivos, não incorrendo a arbitrária a cobrança da
sentença em julgamento extra causa concessionária com base na estimativa
petendi, nem mesmo em violação aos de cálculo de consumo com base em
arts. 128 e 460, do CPC. 2. O corte faturas pretéritas. Abstendo-se a
indevido de energia elétrica de apelante de produzir prova pericial
unidade residencial gera dano moral. para comprovar a fraude alegada,
Precedente: Por outras palavras, o deixou de cumprir com o ônus
dano moral está ínsito na ilicitude do previsto no art. 333, inciso II, do CPC,
ato praticado, decorre da gravidade do devendo ser valorizada a prova
ilícito em si, sendo desnecessária sua testemunhal coligida que se inclina no
efetiva demonstração, ou seja, como sentido de que, no período em que a
já sublinhado: o dano moral existe in recorrente⁄reconvinte aponta fraude
re ipsa. Afirma Ruggiero: Para o dano no consumo de energia, o
ser indenizável, 'basta a perturbação consumidor⁄recorrido não estava
feita pelo ato ilícito nas relações residindo no imóvel (fls. 228),
psíquicas, na tranqüilidade, nos militando em seu favor a presunção de
sentimentos, nos afetos de uma baixo consumo de energia daquela
pessoa, para produzir uma diminuição unidade residencial (em tal
no gozo do respectivo direito. (RESP interstício), afastando por completo as
608918⁄RS, Relator Ministro José teses sustentadas com base no art.
Delgado, Primeira Turma, DJ de art. 105, da Resolução n.º 456⁄2000,
21.06.2004). Precedentes da Corte: da ANNEL, e arts. 629, 630 e 932,
(...) (REsp 709.877⁄RS, Rel. Min. Luiz inciso V, do CC⁄2002. 5. Sentença
Fux, 1ª Turma, DJ 10.10.2005 p. mantida. Recurso improvido. VISTOS,
244). 3. Caracteriza-se abuso de relatados e discutidos estes autos
direito, violação ao princípio do ACORDAM os Desembargadores que
contraditório, do devido processo legal compõem a Primeira Câmara Cível do
substantivo (art. 5º, LIV, da CF) e da egrégio Tribunal de Justiça do Estado
cortesia (art. §1º, do art. 6º, da Lei do Espírito Santo, de conformidade
8.987⁄95) a inspeção unilateral da com a ata e notas taquigráficas que
concessionária de energia elétrica que, integram este decisum, à

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Revista Jurídica/85
unanimidade, rejeitar a preliminar SUFICIENTE A RECOMPOSICAO DOS
argüida. No mérito, por idêntica PREJUIZOS, SEM IMPORTAR EM
votação, negar provimento ao recurso, ENRIQUECIMENTO ILICITO DA
nos termos do voto do Relator. VITIMA. APELO IMPROVIDO.
Conclusão À UNANIMIDADE, REJEITAR
A PRELIMINAR ARGÜÍDA. NO MÉRITO, DECISÃO....: ACORDAM OS
POR IDÊNTICA VOTAÇÃO, NEGAR COMPONENTES DA 3A TURMA
PROVIMENTO AO RECURSO, NOS JULGADORA DA 4A CAMARA CIVEL DO
TERMOS DO VOTO DO RELATOR. EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO
ESTADO DE GOIAS, A UNANIMIDADE
índice DE VOTOS, EM CONHECER DA
APELACAO E IMPROVE-LA, NOS
------------------------- TERMOS DO VOTO DO RELATOR.
======================
Íntegra do Acórdão
índice
Tribunal de Justiça do Estado
-------------------------
de Goiás
PROCESSO...:200603299878
====================== ORIGEM.......:4ª CAMARA CIVEL
ACÓRDÃO....:29/03/2007
PROCESSO...:200900850390 RELATOR.....:DES. KISLEU DIAS
ORIGEM.......:4ª CAMARA CIVEL MACIEL FILHO
ACÓRDÃO....:20/08/2009 RECURSO.....:104775-5/188 -
RELATOR.....:DES. CARLOS ESCHER APELACAO CIVEL
RECURSO.....:140681-7/188 -
APELACAO CIVEL EMENTA: "APELACAO CIVEL. ACAO
DE INDENIZACAO. SUSPENSAO DO
EMENTA: APELACAO CIVEL. ACAO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
INDENIZACAO POR DANOS MORAIS. ELETRICA. CONTA QUITADA.
CORTE NO FORNECIMENTO DE CRITERIOS PARA FIXACAO DO
ENERGIA ELETRICA. QUANTUM. INVERSAO DOS ONUS
DESCUMPRIMENTO DE ORDEM SUCUMBENCIAIS. PRINCIPIO DA
JUDICIAL ANTECIPATORIA DE TUTELA SUCUMBENCIA. PEDIDO DE REFORMA
EM ACAO ANTERIOR. QUANTUM DA SENTENCA FORMULADO EM
INDENIZATORIO. 1 - COMPROVADO O CONTRA-RAZÕES. I - RESTANDO
ATO ILICITO DECORRENTE DO CORTE DEMONSTRADO QUE A SUSPENSAO
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA DO FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELETRICA EM DESCUMPRIMENTO A ELETRICA OCORREU APESAR DE
ANTERIOR ORDEM JUDICIAL ENCONTRAR-SE QUITADA A
OBSTATIVA, RESTA EVIDENTE O RESPECTIVA CONTA, CARACTERIZA
DEVER DE INDENIZAR. 2 - NA TAL CORTE COMO INDEVIDO POR
FIXACAO DO QUANTUM DA PARTE DA EMPRESA
REPARACAO POR DANOS MORAIS, CONCESSIONARIA. II - SENDO A
INCUMBE AO JULGADOR SE PAUTAR, ENERGIA ELETRICA ESSENCIAL AO
SOBRETUDO, NAS CONDICOES COTIDIANO DE QUALQUER PESSOA E
FINANCEIRAS DO OFENSOR E DO EVIDENTE QUE O USUARIO, COM A
OFENDIDO E NO BEM JURIDICO ATITUDE INDEVIDA POR PARTE DA
LESADO, DEVENDO-SE ATER, ALEM CONCESSIONARIA, SOFREU DANOS
DISSO, AOS PRINCIPIOS DA DE NATUREZA MORAL,
PROPORCIONALIDADE E REPRESENTADOS PELOS
RAZOABILIDADE, DE FORMA A TRANSTORNOS QUE PASSOU NO
ARBITRAR VALOR QUE SE EVIDENTE
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Revista Jurídica/86
PERIODO QUE A ENERGIA ELETRICA RELATOR.....:DR(A). ATILA NAVES
INJUSTAMENTE DEIXOU DE LHE SER AMARAL
FORNECIDA, SENDO CERTO QUE A RECURSO.....:90238-1/188 -
VERBA REPARATORIA APELACAO CIVEL
CORRESPONDENTE DEVE SER FIXADA
EM VALORES MODERADOS, PARA QUE EMENTA: "APELACAO CIVEL. ACAO
NAO EXPRESSE UM ENRIQUECIMENTO DE INDENIZACAO. SUSPENSAO
SEM CAUSA, MAS TAMBEM QUE NAO INDEVIDA NO FORNECIMENTO DE
DEIXE UM CUNHO DE SANCAO ENERGIA ELETRICA. ONUS DA PROVA.
OBJETIVANDO DESESTIMULAR O ATO DANOS MORAIS. VALOR
ILICITO ASSIM PRATICADO. III - A INDENIZATORIO. HONORARIOS.
FIXACAO POR DANOS MORAIS DEVE ADEQUACAO. I - DEMONSTRADA E
SE LIMITAR NO IMPORTE QUE SEJA COMPROVADA NOS AUTOS A
JUSTO E RAZOAVEL, RAZAO PELA OCORRENCIA DE INDEVIDA
QUAL PROCEDE A REDUCAO DO INTERRUPCAO NO FORNECIMENTO DE
QUANTUM ARBITRADO NA SENTENCA. ENERGIA ELETRICA NA RESIDENCIA
IV - SEGUNDO O PRINCIPIO DA DO AUTOR, INCLUSIVE COM
SUCUMBENCIA, A CONFISSAO A PROPRIA RE, TEM-SE
RESPONSABILIDADE PELAS CARACTERIZADA A SUA
DESPESAS E HONORARIOS E DA RESPONSABILIDADE. II - EM
PARTE VENCIDA. V - O PEDIDO DE RESPEITO AO ARTIGO 333, INCISO II
REFORMA DA SENTENCA HA QUE SER DO CPC, CABE AO REU PROVAR A
INSTRUMENTALIZADO VIA DE EXISTENCIA DE FATO IMPEDITIVO,
IMPULSO RECURSAL PROPRIO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO
ATENDENDO-SE AOS PRESSUPOSTOS DIREITO DO AUTOR. III - A
DE SUA ADMISSIBILIDADE, REPARACAO POR DANO MORAL DEVE
INCLUSIVE O PREPARO. AS CONTRA- SERVIR PARA RECOMPOR A DOR
RAZOES SAO EXCLUSIVAS PARA SOFRIDA PELA VITIMA, BEM COMO
RESPONDER A MATERIA ATACADA PARA INIBIR A REPETICAO DE ACOES
PELO RECURSO INTERPOSTO PELA LESIVAS DA MESMA NATUREZA,
PARTE CONTRARIA. VI- RECURSO DE DEVENDO A SUA FIXACAO OBEDECER
APELACAO PARCIALMENTE PROVIDO. AOS PRINCIPIOS DA RAZOABILIDADE,
SENTENCA REFORMADA EM PARTE. PROPORCIONALIDADE, FINALIDADE
COMPENSATORIA, PREVENTIVA E
DECISÃO....: "ACORDAM OS PUNITIVA. RESTANDO
INTEGRANTES DA QUARTA TURMA CARACTERIZADO A OBSERVANCIA
JULGADORA DA QUARTA CAMARA AOS MENCIONADOS CRITERIOS NA
CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE FIXACAO DA VERBA INDENIZATORIA,
JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, A IMPOE-SE A SUA MANUTENCAO. IV -
UNANIMIDADE DOS VOTOS, EM SE OS HONORARIOS DE
CONHECER DA APELACAO E DAR-LHE SUCUMBENCIA FORAM FIXADOS DE
PARCIAL PROVIMENTO, NOS TERMOS FORMA EQUIVOCADA NOS TERMOS
DO VOTO DO RELATOR." DO PARAGRAFO QUARTO DO ARTIGO
20 DO CPC, IMPOE-SE A SUA
Íntegra do Acórdão ADEQUACAO E FIXACAO PELO
índice PARAGRAFO TERCEIRO DO MESMO
PRECEITO LEGAL. APELO CONHECIDO
------------------------- E PARCIALMENTE PROVIDO."
PROCESSO...:200501374110
ORIGEM.......:1ª CAMARA CIVEL DECISÃO....: "ACORDAM OS
ACÓRDÃO....:13/02/2007 INTEGRANTES DA QUINTA TURMA
JULGADORA DA PRIMEIRA CAMARA
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CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE
JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, POR -------------------------
UNANIMIDADE, EM CONHECER DA Nº Processo 318642008
APELACAO E DAR-LHE PARCIAL Acórdão 0807302009
PROVIMENTO, NOS TERMOS DO VOTO Relator ANTONIO GUERREIRO
DO RELATOR, QUE A ESTE SE JÚNIOR
INCORPORA." Data 30/04/2009
Processo APELAÇÃO CÍVEL
Íntegra do Acórdão
índice Ementa: CIVIL E PROCESSUAL.
DANOS MORAIS. ENERGIA ELÉTRICA.
------------------------- SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO.
FATURAS PAGAS. DANO MORAL.
====================== OCORRÊNCIA. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. OBSERVÂNCIA DOS
Tribunal de Justiça do Estado PRINCÍPIOS NORTEADORES DA
PROPORCIONALIDADE E
do Maranhão RAZOABILIDADE. NECESSIDADE.
====================== INDENIZAÇÃO. FIXAÇÃO EM
SALÁRIOS MÍNIMOS.
Nº Processo 100072009 IMPOSSIBILIDADE. I. É devida a
Acórdão 0835392009 reparação moral ao usuário que,
Relator JORGE RACHID pagando no vencimento sua conta de
MUBÁRACK MALUF Energia, tem suspenso o fornecimento
Data 29/07/2009 do serviço sem aviso prévio. II.
Processo APELAÇÃO CÍVEL Situação dos autos Em que o valor
arbitrado pelo magistrado a quo
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. mostra-sE razoável, limitando-se à
RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO compensação do sofrimento advindo
MORAL E MATERIAL. COMPROVAÇÃO. do Evento danoso, E não afrontando o
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO princípio que veda o Enriquecimento
PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA. sem causa. III. Orientou-se a
INTERRUPÇÃO NA PRESTAÇÃO. I - jurisprudência tanto do Egrégio
Assiste ao consumidor o direito de Supremo Tribunal Federal, como a do
reclamar Em juízo a indenização por STJ, no sentido de inadmitir a fixação
danos decorrentes do corte indevido de valor de indenização Em
do fornecimento de Energia Elétrica, quantitativo de salários mínimos, que
principalmente quando os autos não serve como indexador para Efeito
demonstram que a suspensão do de correção monetária. (STJ, 4ªT,
fornecimento de Energia deu-sE sem Resp 586.547/SP, REl. Ministro Aldir
que houvesse débito. II - A fixação do Passarinho Júnior, julgado Em
quantum Em indenização por danos 02/06/2005, DJ 27/06/2005).
morais deve ater-sE a critérios Precedente que se adéqua aos autos.
razoáveis, pois se presta à reparação IV. Recurso não provido.
do prejuízo sofrido, não servindo de
fonte de Enriquecimento da outra Íntegra do Acórdão
parte. III - Comprovados os danos índice
materiais, E não impugnados
Especificamente, devem ser mantidos -------------------------
os valores fixados na sentença. Nº Processo 14152007
Acórdão 0673412007
Íntegra do Acórdão Relator MARCELO CARVALHO
índice SILVA
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Data 17/07/2007 Em atraso foi paga 05 dias antes do
Processo APELAÇÃO CÍVEL vencimento, sendo inevitável não
reconhecer que o Equívoco do corte
Ementa: CIVIL E PROCESSO CIVIL. acarretou constrangimento à autora o
INTERRUPÇÃO DE FORNECIMENTO DE que de pronto caracteriza o dano
ENERGIA ELÉTRICA. AUSÊNCIA DE moral sofrido. II - Apelo improvido
DÉBITOS. DANO MORAL.
CONFIGURAÇÃO. INDENIZAÇÃO Íntegra do Acórdão
DEVIDA. CORREÇÃO MONETÁRIA. índice
DATA DA FIXAÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO. PRECEDENTES DO -------------------------
STJ. I - Os serviços públicos, Nº Processo 136882006
mormente os Essenciais, como os de Acórdão 0619602006
Energia Elétrica, devem ser adequados Relator JORGE RACHID
E contínuos, só podendo a MUBÁRACK MALUF
concessionária interromper o Data 23/08/2006
fornecimento, nos casos de Processo APELAÇÃO CÍVEL
inadimplência, após prévia notificação.
Inteligência da Lei nº 8.987/93 E do Ementa: APELAÇÃO CÍVEL.
Código de Defesa do Consumidor. II - RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO
Inexistindo débitos, ilegal é o ato da MORAL. CONCESSIONÁRIA DE
concessionária, consistente no corte SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA
do fornecimento de Energia Elétrica, ELÉTRICA. INTERRUPÇÃO NA
devendo, por Essa razão, ressarcir os PRESTAÇÃO. PAGAMENTO JÁ
danos Experimentados pelo EFETIVADO. I - Assiste ao consumidor
consumidor. III - A correção o direito de reclamar Em juízo a
monetária, nas ações de indenização indenização por danos decorrentes do
por ato ilícito, deve incidir a partir da corte indevido do fornecimento de
decisão que fixar seu valor. Energia Elétrica, principalmente
Precedentes do STJ (EDcl no Resp quando constatado que a suspensão
468.903/RJ, REl. Ministro HÉLIO se deu mesmo inexistindo débito. II -
QUAGLIA BARBOSA, QUARTA TURMA, A fixação do quantum Em indenização
julgado Em 17.04.2007, DJ por danos morais deve ater-se a
21.05.2007, p. 581) IV -Apelo critérios razoáveis, pois se presta à
desprovido. reparação do prejuízo sofrido, não
servindo de fonte de Enriquecimento
Íntegra do Acórdão da outra parte. III - Verificado que o
índice valor arbitrado a título de danos
morais se Encontra dentro dos
------------------------- parâmetros de razoabilidade E
Nº Processo 188602006 proporcionalidade, deve o mesmo ser
Acórdão 0665622007 mantido. IV - Apelo improvido.
Relator NELMA SARNEY COSTA
Data 05/06/2007 Íntegra do Acórdão
índice
Processo APELAÇÃO CÍVEL
-------------------------
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
Nº Processo 279772008
DE INDENIZAÇÃO. INDEVIDO CORTE
Acórdão 0798352009
DE ENERGIA ELÉTRICA. DANOS
Relator CLEONES CARVALHO
MORAIS DEVIDOS. APELO
CUNHA
IMPROVIDO. I - O Erro da Empresa
Data 18/03/2009
restou claramente demonstrado Eis
Processo APELAÇÃO CÍVEL
que a conta que Estaria supostamente
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PELA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA
Ementa: DIREITO CIVIL E DO ELÉTRICA - CORTE NO
CONSUMIDOR. APELAÇÕES CÍVEIS. FORNECIMENTO - ILEGALIDADE -
AÇÃO INDENIZATÓRIA. EMPRESSA DANO MORAL - OCORRÊNCIA -
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO RESTITUIÇÃO EM DOBRO - ARTIGO
PÚBLICO. COBRANÇA INDEVIDA. 42, § ÚNICO DO CDC - INEXISTÊNCIA
CONSTANTE AMEAÇA DE SUSPENSÃO DE PAGAMENTO EM EXCESSO - NÃO
DO FORNECIMENTO DE ENERGIA CARACTERIZAÇÃO - RECURSO
ELÉTRICA. AGRESSÕES MORAIS. CONHECIDO E PROVIDO
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO PARCIALMENTE. É reconhecida como
MORAL. VALOR DA CONDENAÇÃO. indevida, a cobrança de fatura de
PROPORCIONALIDADE. ENERGIA ELÉTRICA oriunda de erro
IMPROVIMENTO. I - A cobrança de reconhecido pela concessionária.
débito inexistente, acrescida de Ilegal a interrupção no fornecimento
agressões morais sofridas por de ENERGIA ELÉTRICA do consumidor,
consumidor por ato de preposto de caracterizando a ocorrência de dano
concessionária de serviço público moral, enquanto se discute
(Energia Elétrica), que, dentre outras judicialmente a legalidade ou não da
ofensas, imputa-lhe a prática de crime cobrança. A restituição em dobro
(falsificação de documento), traduzem prevista no artigo 42, parágrafo único
constrangimento E humilhações hábeis do Código de Defesa do Consumidor,
a Ensejar a respectiva indenização por só é possível se houver pagamento
dano moral; II - fixado valor de em excesso.
indenização por danos morais nos
padrões de razoabilidade, faz-sE Íntegra do Acórdão
desnecessária a intervenção do órgão índice
ad quem, devendo prevalecer os
critérios adotados na instância de -------------------------
origem. III - apelações não providas. Numero: 84764
Ano: 2008
Íntegra do Acórdão Magistrado: DES. JURACY PERSIANI
índice
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL -
------------------------ INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL -
CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA E
====================== INADIMPLÊNCIA RECONHECIDOS NA
SENTENÇA - IMPROCEDÊNCIA DO
Tribunal de Justiça do Estado PEDIDO - AUSÊNCIA DE
INADIMPLÊNCIA DEMONSTRADA PELA
do Mato Grosso
CONCESSIONÁRIA - SILÊNCIO DA
====================== CONCESSIONÁRIA A RESPEITO DO
CORTE RECOHECIDO NA SENTENÇA -
Numero: 138589 JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE -
Ano: 2008 ALEGACÃO DE CERCEAMENTO DE
Magistrado: DES. SEBASTIÃO DE DEFESA - ATO ABUSIVO
MORAES FILHO CONFIGURADO - DANO MORAL PURO
- CONDENAÇÃO - RECURSO PROVIDO.
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO Configura-se ilícito o ato da
CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA concessionária de serviço público de
NEGATIVA DE DÉBITO C/C DANOS suspensão do fornecimento de
MORAIS - PROCEDÊNCIA - COBRANÇA ENERGIA ELÉTRICA, em caso de
INDEVIDA - ERRO NA FATURA comprovação, pelo usuário, do
APRESENTADA - RECONHECIMENTO pagamento da respectiva fatura, por
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meio de estabelecimento conveniado Íntegra do Acórdão
com a cessionária, dias antes do índice
corte.
-------------------------
Íntegra do Acórdão Numero: 52678
Ano: 2009
índice Magistrado: DES. CARLOS ALBERTO
------------------------- ALVES DA ROCHA
Numero: 28795
Ano: 2008 Ementa: INDENIZAÇÃO - DANO
Magistrado: DES. MARIANO ALONSO MORAL - ILEGITIMIDADE ATIVA
RIBEIRO TRAVASSOS AFASTADA - NEGLIGÊNCIA DA
PRESTADORA DE SERVIÇO - CORTE
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA
INDENIZAÇÃO POR DANOS ELÉTRICA - FATURA QUITADA - ATO
MATERIAIS E MORAIS - CORTE DE ILÍCITO - DANO EXISTENTE -
ENERGIA ELÉTRICA - DANO MORAL - CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA
INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE INDENIZAÇÃO - MAJORAÇÃO -
ENERGIA - CONTA PAGA - HONORÁRIO ADVOCATÍCIO -
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA - MINORAÇÃO. Não ocorre ilegitimidade
ATO ILÍCITO VERIFICADO - ativa quando o requerente, mesmo
REPERCUSSÃO FRENTE A TERCEIROS não sendo o titular da unidade
- PROVAS CONTUNDENTES A consumidora de ENERGIA ELÉTRICA,
RESPEITO APESAR DE DISPENSÁVEIS demonstra através de prova
- DANO MORAL CONFIGURADO - testemunhal que reside no imóvel e
QUANTUM INDENIZATÓRIO que foi quem experimentou o abalo
EXORBITANTE - REDUÇÃO OPERADA - perante a vizinhança quando da
VERBA HONORÁRIA - FIXAÇÃO EM suspensão da ENERGIA ELÉTRICA.
PERCENTUAL - RESPEITADOS OS Compete a concessionária provar ou
LIMITES DO CPC - CONDENAÇÃO desconstituir a alegação do autor.
MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E Provado que a empresa fornecedora
PROVIDO PARCIALMENTE. O corte de de energia procedeu à interrupção do
ENERGIA ELÉTRICA por falha na fornecimento quando o consumidor se
prestação dos serviços implica na encontrava com as faturas quitadas,
responsabilização da fornecedora por correta é a imposição de
dano moral. No arbitramento dos INDENIZAÇÃO por dano moral. A
danos morais levam-se em conta as importância indenizatória deve ser
circunstâncias do caso concreto, as majorada, de modo a reparar o
condições das partes, o grau de culpa sofrimento, vexame e
e, principalmente, a finalidade da constrangimento, além das agruras da
reparação do dano moral, bem como família que esteve privada do
inibir a conduta abusiva. O valor da fornecimento da energia necessária e
INDENIZAÇÃO por dano moral imprescindível para a manutenção
merece, no caso, sofrer redução em normal de sua vivência. Os honorários
seu quantum a fim de adequá-lo à advocatícios arbitrado deve obedecer
razoabilidade e atender à justeza de a regra do art. 20, §4, do CPC, de
sua aplicação à espécie. Repousando a modo que a verba estipulada
verba honorária sucumbencial nos extrapolou os limites do art. 20, §3º
limites legais dispostos no artigo 20, § do CPC, devendo ser minorado e
3º do CPC, não há falar-se em adequado.
abusividade digna de intervenção e
redução. Íntegra do Acórdão
índice
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ADVOCATÍCIOS - PERCENTUAL QUE
------------------------- ATENDE OS CRITÉRIOS ELENCADOS
Numero: 106316 PELA ALÍNEA A, B E C DO §3º,
Ano: 2008 ARTIGO 20, DO CPC - RECURSO
Magistrado: DES. JOSÉ SILVÉRIO IMPROVIDO. É abusiva a conduta
GOMES praticada pela Concessionária de
Serviço Público, que interrompe o
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE fornecimento de ENERGIA ELÉTRICA,
INDENIZAÇÃO POR DANOS quando a conta está devidamente
PATRIMONIAIS E MORAIS - CORTE adimplida, gerando, o dever de
INDEVIDO DE ENERGIA ELÉTRICA - indenizar, pelos danos morais
DANOS MORAIS - DESCUMPRIMENTO experimentados pelo usuário. Aplica-
DE ORDEM JUDICIAL - VERBA se o Código de Defesa do Consumidor
INDENIZATÓRIA - MAJORAÇÃO às Concessionárias de Serviços
DEVIDA - FINALIDADE DA Públicos que não fornecem
INDENIZAÇÃO - RECURSO PROVIDO. adequadamente seus serviços, nos
A finalidade da INDENIZAÇÃO por termos do seu artigo 22 e parágrafo
danos morais, por corte indevido de único. Não existem parâmetros
ENERGIA ELÉTRICA, visa compensar o objetivos para fixação do quantum
ofendido pelos prejuízos sofridos, mas indenizatório. Assim, deve o julgador
principalmente, penalizar o ofensor, observar os critérios da
evitando que se repita a conduta tida proporcionalidade e razoabilidade,
como ilícita. verificando as circunstâncias fáticas
para a gravidade do dano, seu efeito
Íntegra do Acórdão lesivo, bem como as condições sociais
índice e econômicas da vítima e do ofensor,
de forma que não possibilite o
------------------------- enriquecimento sem causa do
Numero: 73320 ofendido, mas que iniba o ofensor. Os
Ano: 2008 juros moratórios, nos casos de
Magistrado: DR. MARCELO SOUZA responsabilidade extracontratual,
DE BARROS devem fluir a partir do evento danoso,
conforme disciplina a Súmula 54 STJ.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - Entretanto, em razão do princípio da
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - proibição da reformatio in pejus, é
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO impossível alterar a data da incidência
PÚBLICO - CORTE INDEVIDO NO dos juros moratórios, quando não
FORNECIMENTO DE ENERGIA houver recurso da parte contrária.
ELÉTRICA - CONTA ADIMPLIDA - Para a fixação dos honorários
ABUSIVIDADE - RESPONSABILIDADE advocatícios, o julgador deve utilizar-
OBJETIVA - INVERSÃO DO ÔNUS DA se da equidade e, ainda, atender os
PROVA - APLICABILIDADE DO critérios objetivos elencados nas
CÓDIGO DE DEFESA DO alíneas a, b e c do § 3º, artigo 20, do
CONSUMIDOR - REDUÇÃO DO CPC.
QUANTUM INDENIZATÓRIO -
INVIABILIDADE - VALOR FIXADO Íntegra do Acórdão
CONFORME CRITÉRIOS DE índice
PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE - TERMO INICIAL -------------------------
PARA INCIDÊNCIA DOS JUROS Numero: 10732
MORATÓRIOS - DATA DO TRÂNSITO Ano: 2009
EM JULGADO DA SENTENÇA - Magistrado: DRA. MARILSEN
IMPOSSIBILIDADE - HONORÁRIOS ANDRADE ADDARIO
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CABIMENTO - QUANTUM -
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DIMINUIÇÃO. RECURSO
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - PARCIALMENTE PROVIDO. Se a prova
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE documental é suficiente para
ENERGIA ELÉTRICA POR ATRASO NO comprovar a irregularidade na
PAGAMENTO DA CONTA MENSAL - cobrança da fatura de ENERGIA
IMPROCEDÊNCIA - SUSPENSÃO DO ELÉTRICA, deve-se confirmar a
SERVIÇO EFETIVADA DENTRO DO sentença que declarou a inexistência
PRAZO DE UM DIA ÚTIL CONTADO DO da dívida, principalmente se a
PAGAMENTO - IRRESIGNAÇÃO empresa de ENERGIA ELÉTRICA não
RECURSAL - “CORTE” REALIZADO justificou o valor excessivo, muito
APÓS O PAGAMENTO DO DÉBITO - menos apontou qual o montante
DANO SUPOSTAMENTE CONFIGURADO correto. Inexistindo pagamento da
- NECESSIDADE DE MAIOR ATENÇÃO quantia cobrada indevidamente, não
DA CREDORA - INOCORRÊNCIA - há se falar em repetição do indébito.
CONTA PAGA APÓS A DATA PREVISTA, O quantum fixado pelos danos morais
NA FATURA SUBSEQUENTE, COMO O sofridos pelo consumidor cobrado
DIA DO “CORTE” - DANOS indevidamente, deve ser reduzido
DESENCADEADOS POR ATO DO sempre que não forem verificadas
PRÓPRIO OFENDIDO - RECURSO maiores repercussões relacionadas a
IMPROVIDO - SENTENÇA MANTIDA. atividade exercida pela empresa
Ao pagar a conta de ENERGIA consumidora.
ELÉTRICA com quarenta e quatro dias
de atraso, e cinco dias depois da data Íntegra do Acórdão
informada como a prevista para a índice
suspensão do fornecimento de
energia, o consumidor assume os -------------------------
riscos pela suspensão dos serviços em Numero: 130343
decorrência da mora, sendo que tal Ano: 2008
conduta (omissiva) sobreleva à da Magistrado: DES. JURANDIR
concessionária que efetua referido FLORÊNCIO DE CASTILHO
“corte” na manhã do primeiro dia útil
subseqüente ao do pagamento. Ementa: “RECURSO DE APELAÇÃO
CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE
Íntegra do Acórdão INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
índice ANTECIPAÇÃO DE TUTELA E DANO
MORAL - CEMAT - CORTE INDEVIDOO
------------------------- DO FORNECIMENTO DE ENERGIA
Numero: 696 ELÉTRICA - CONTA ADIMPLIDA -
Ano: 2009 ABUSIVIDADE CONFIGURADA - CULPA
Magistrado: DES. EVANDRO STÁBILE DE TERCEIRA - IRRELEVÂNCIA -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA -
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO - DANO MORAL CONFIGURADO -
AÇÃO DECLARATÓRIA DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO NA FORMA
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA DOBRADA - IMPOSSIBILIDADE -
COM PERDAS E DANOS E PEDIDO DE AUSÊNCIA DE MA-FÉ - QUANTO
TUTELA ANTECIPADA - FATURA DE INDENIZATÓRIO FIXADO
ENERGIA ELÉTRICA - COBRANÇA MODERAMENTE - RECURSO
INDEVIDA - CONFIGURAÇÃO - PARCIALMENTE PROVIDO APENAS
DECLARAÇÃO DA INEXISTÊNCIA DO PARA DETERMINAR QUE A
DÉBITO - REPETIÇÃO DO INDÉBITO - RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO SE DÊ NA
INEXISTÊNCIA DOS REQUISITOS - FORMA SIMPLES, E NÃO,
AFASTAMENTO - DANOS MORAIS - DUPLICIDADE, ANTE AUSÊNCIA DE
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Revista Jurídica/93
MA-FÉ”. É considerada ilícita a ENERGIA ELÉTRICA - USUÁRIO
conduta perpetrada por Empresa ADIMPLENTE COM AS FATURAS DE
Pública Concessionária de ENERGIA FORNECIMENTO - ABALO MORAL
ELÉTRICA que, efetua, indevidamente, CONFIGURADO - INDENIZAÇÃO
o Corte do fornecimento do produto, DEVIDA - VALOR EXCESSIVO FRENTE
pois, não havendo débito a ser ÀS PECULIARIDADES DO CASO -
saldada pelo usuário, tal prática é REDUÇÃO DO QUANTUM -
manifestamente tida como abusiva e POSSIBILIDADE - JUROS DE MORA A
gera o dever de indenizatório por dano PARTIR DO EVENTO DANOSO -
moral, em decorrência da sensação de CORREÇÃO MONETÁRIA A PARTIR DA
desespero, de aflição, angústia PROLAÇÃO DA SENTENÇA - CUSTAS E
desconforto e preocupação a que se HONORÁRIOS MANTIDOS - RECURSO
sujeitou o consumidor. Aplica-se na PARCIALMENTE PROVIDO. Se na data
hipótese o artigo 37 da Cártula da interrupção do fornecimento de
Fundamental, ou seja, a da ENERGIA ELÉTRICA, o consumidor
responsabilidade objetiva. Inexistindo encontrava-se com todas as faturas
regras objetivas para fixação do dano regularmente pagas, devida é a
moral, cabe ao julgador a árdua tarefa INDENIZAÇÃO dos danos morais
de arbitrá-lo, em observância aos decorrentes do evento. Para assegurar
princípios da razoabilidade e ao lesado justa reparação, sem
proporcionalidade, além de se atentar incorrer em enriquecimento ilícito,
para certos critérios, tais como: cabe a redução do valor indenizatório.
extensão do dano, o grau de culpa, a Nas indenizações por danos moral, o
condição sócio-financeira cultural, termo inicial para a incidência da
política e familiar da vítima, bem como correção monetária é a data em que
o porte econômico da ofensora, não se foi arbitrado o valor. Já os juros de
desvencilhando ainda, do duplo mora a partir do evento danoso, nos
objetivo que rege as indenizações termos da súmula 54 do STJ.
desta natureza, qual seja o de punir o Observado os limites do artigo 20, e
ofensor e compensar a vítima em seus parágrafos, do Código de
forma de pecúnia pela lesão moral Processo Civil, razoável é a
sofrida. Observadas os critérios manutenção do valor dos honorários
mencionados descabe o pedido de advocatícios.
redução da condenação. Uma vez
comprovado que a ré emitiu cobrança Íntegra do Acórdão
de fatura indevidamente, ocasionando índice
no corte de ENERGIA ELÉTRICA,
causando dano de ordem moral ao -------------------------
usuário, devida é a restituição em
dobro do indébito. ======================

Íntegra do Acórdão Tribunal de Justiça do Estado

índice de Minas Gerais


------------------------- ======================
Numero: 24967
Ano: 2008 Número do processo:
Magistrado: DES. GUIOMAR 1.0069.06.018573-8/001(1)
TEODORO BORGES Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do Julgamento: 28/08/2008
Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO -
INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS - Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO -
INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE CORTE NO FORNECIMENTO DE
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ENERGIA ELÉTRICA POR FALTA DE consumidor para eximir-se da
PAGAMENTO - ERRO DA CEMIG - responsabilidade que lhe é atribuída. -
PAGAMENTO EFETUADO - No plano da responsabilidade objetiva,
RESPONSABILIDADE OBJETIVA - o dano ressarcível tanto pode resultar
NEXO DE CAUSALIDADE - de ato doloso ou culposo como
INDENIZAÇÃO - RESPONSABILIDADE daquele revelador de falha da
OBJETIVA - INTELIGÊNCIA DO máquina administrativa e que se
ARTIGO 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO tenha caracterizado como injusto para
FEDERAL. CRITÉRIO DE FIXAÇÃO. O o particular, ou como lesivo a direito
dano causado por agente público no subjetivo, independente de culpa de
exercício de sua função gera para a agente. Mister se faz, no entanto, a
Administração a responsabilidade prova de que a lesão ocorrida resultou
objetiva prevista no artigo 37, § 6º, induvidosamente do fato da atividade
da Constituição Federal, sendo administrativa, do procedimento
necessária apenas a prova do nexo comissivo ou omissivo da
causal entre o ato praticado pelo Administração. Havendo o dano e o
agente (ação ou omissão) e a alegada nexo de causalidade entre este e a
repercussão na esfera moral da conduta do agente, surge a obrigação
vítima, para identificar e estabelecer a de indenizar, mesmo se não há culpa.
responsabilidade do Estado e a - É devida a indenização por dano
conseqüente obrigação de indenizar. O material, se comprovados os gastos
desligamento da energia elétrica de suportados pelo autor decorrentes do
forma indevida, por estar o usuário ato ilícito perpetrado. - O dano moral
em dia com suas obrigações, enseja a pode ser presumido quando corte de
reparação civil, na modalidade de energia elétrica ocorre, sem motivo
dano moral. Na estimação do dano justificado, na residência do autor,
moral, deverá o julgador levar em localizada na zona rural, e quando não
consideração as circunstâncias do caso há impugnação dos fatos narrados na
concreto, tendo em vista as inicial. Se a concessionária corta o
conseqüências advindas do fato. fornecimento de energia por conta
Súmula: DERAM PROVIMENTO regularmente quitada, incorre em ato
PARCIAL. ilícito. A Resolução da ANEEL não
Íntegra do Acórdão exclui a indenização por danos morais,
índice principalmente se a energia cortada
por engano somente é religada
------------------------- quando já passados dois dias.
Número do processo: Súmula: NEGARAM PROVIMENTO.
1.0287.06.026425-9/001(1)
Relator: WANDER MAROTTA Íntegra do Acórdão
Data do Julgamento: 04/12/2007 índice

Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL - -------------------------


CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA Número do processo:
ELÉTRICA - CORTE NO 1.0145.08.463997-3/001(1)
FORNECIMENTO - ERRO DA Relator: ALVIM SOARES
AUTARQUIA - PROVA DO DANO Data do Julgamento: 31/03/2009
MATERIAL E MORAL - VALOR. - Na
responsabilidade objetiva não se Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO -
apura o dolo ou a culpa, mas somente CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA
o nexo de causalidade, sendo possível INADIMPLÊNCIA - CONTA PAGA -
que a concessionária de serviço ALEGAÇÃO DE FALHA DO AGENTE
público prove que ocorreu culpa ARRECADADOR - DANO MORAL -
concorrente ou exclusiva do PEDIDO JULGADO PROCEDENTE -
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RECURSO DESPROVIDO. - ''Se houve decorrentes, imediatamente, do ato
falha na prestação do serviço ou no omissivo/comissivo, culposo ou doloso
repasse do pagamento tais falhas são e que devem ser concreta e
de exclusiva responsabilidade da eficientemente demonstrados pelo
concessionária, devendo a mesma prejudicado. A
responder pelos possíveis danos caracterização/ocorrência do dano
causados''. - ''Tratando-se de dano moral depende de efetiva ofensa a um
moral, o conceito de ressarcimento dos atributos da personalidade da
deve abranger o caráter punitivo, pessoa humana, sendo certo que
visando castigar o causador do dano meros dissabores cotidianos não se
pela ofensa que praticou e o caráter prestam a caracterizá-lo. Súmula:
compensatório, que proporcionará à NEGARAM PROVIMENTO.
vítima algum bem em contrapartida
ao mal sofrido''. - ''O valor fixado a Íntegra do Acórdão
título de dano moral tem como índice
objetivo minimizar a dor e a aflição
suportada pela vítima, não podendo -------------------------
constituir fonte de enriquecimento Número do processo:
ilícito''. Súmula: NEGARAM 1.0701.07.197123-1/001(1)
PROVIMENTO AOS RECURSOS. Relator: EDIVALDO GEORGE DOS
SANTOS
Íntegra do Acórdão Data do Julgamento: 23/09/2008
índice Ementa: APELAÇÃO - INDENIZAÇÃO -
CEMIG - CONCESSIONÁRIA DE
------------------------- SERVIÇO PÚBLICO - CORTE DE
Número do processo: ENERGIA - CONTA QUITADA - DANOS
1.0145.05.202731-8/001(1) MORAIS - CONFIRMAÇÃO DA
Relator: GERALDO AUGUSTO SENTENÇA. Responde por danos
Data do Julgamento: 02/09/2008 morais a concessionária de energia
elétrica que desliga o relógio de luz do
Ementa: AÇÃO ORDINÁRIA - consumidor, sob alegação de não
CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA - pagamento da conta, quando tal
DÉBITO PENDENTE - CORTE NO quitação já foi realizada. Cuida-se de
FORNECIMENTO - IMÓVEL LOCADO - responsabilidade objetiva do art. 37, §
RESPONSABILIDADE DO LOCATÁRIO - 6º, da CF. A indenização por danos
OBRIGAÇÃO PESSOAL - morais visa não somente reparar,
RESTABELECIMENTO - DANO ainda que minimamente, os danos
MATERIAL INCERTO - SITUAÇÃO experimentados pela vítima, mas,
INAPTA A ENSEJAR DANO MORAL - também, servir como fator de
INDENIZAÇÃO INDEVIDA. A obrigação desestímulo ao agente, de forma a
decorrente de consumo de energia inibir a prática de novos atos lesivos.
elétrica possui caráter pessoal, não Ao se fixar o valor da indenização por
havendo que se falar em danos morais deve-se, além de se
responsabilidade de quem não foi o procurar minimizar o sofrimento da
efetivo consumidor. É inadmissível, a vítima, constituir um fator de
teor do disposto no § 2º do art. 4º da desestímulo ao agente, de modo a
Resolução 456/00 da ANEEL, impedir-lhe a prática de novos atos
condicionar a ligação da energia ao lesivos. Súmula: NEGARAM
pagamento de débito pendente em PROVIMENTO.
nome de terceiro. Não se tem como
indenizar suposto dano material ou Íntegra do Acórdão
dano remoto, incerto e eventual; mas índice
somente aqueles diretos e efetivos,
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------------------------- Íntegra do Acórdão
Número do processo: índice
1.0116.08.014191-8/001(1)
Relator: ALMEIDA MELO -------------------------
Data do Julgamento: 21/05/2009 Número do processo:
1.0042.05.013717-5/001(1)
Ementa: FORNECIMENTO DE Relator: EDILSON FERNANDES
ENERGIA ELÉTRICA. DANO MORAL. Data do Julgamento: 02/09/2008
PEDIDO DE INDENIZAÇÃO.
FATURAMENTOS REPUTADOS Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL -
EXCESSIVOS. RECLAMAÇÃO DO INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE
CONSUMIDOR. INEXISTÊNCIA DE ENERGIA ELÉTRICA EM
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. ESTABELECIMENTO COMERCIAL SEM
SUSPENSÃO INDEVIDA DA MOTIVO APARENTE - PESSOA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. A JURÍDICA - HONRA OBJETIVA - DANO
concessionária do serviço de MORAL - CRITÉRIO DE FIXAÇÃO -
distribuição de energia elétrica se LUCROS CESSANTES - CORREÇÃO
submete aos princípios norteadores da MONETÁRIA - TERMO INICIAL. Para a
Administração Pública, dentre eles os procedência do pedido de indenização
da legalidade, moralidade e eficiência. por danos morais formulado por
Provada a existência reclamação pessoa jurídica é necessária a
administrativa em torno de comprovação da existência de lesão à
lançamentos reputados excessivos, a sua honra objetiva, assim entendida a
falta de pagamento das respectivas repercussão negativa sobre sua
faturas não caracteriza o imagem. Para fixação dos danos
inadimplemento que legitima o corte morais, devem-se levar em conta as
do fornecimento de energia elétrica, condições econômicas das partes, as
quando a concessionária não adota circunstâncias em que ocorreu o fato,
procedimento regular e conclusivo, o grau de culpa do ofensor, a
com possibilidade de defesa do intensidade do sofrimento, devendo-se
consumidor, para a apuração da causa ainda considerar o caráter repressivo
dos registros impugnados. É manifesto e pedagógico da reparação, além de
o agravo moral decorrente da indevida se propiciar à vítima uma satisfação. A
suspensão de fornecimento de bem lesão à justa expectativa de vendas de
essencial à vida, com base em produtos eletroeletrônicos, decorrente
inadimplemento que não se configurou do comportamento culposo da ré -
por culpa da concessionária de interrupção indevida no fornecimento
distribuição de energia elétrica. A de energia elétrica -, é fato que
sanção pecuniária, em forma de demonstra a existência de um dano
indenização por dano moral, não pode material indenizável. Tratando-se de
ser assimilada como fonte de responsabilidade extracontratual o
enriquecimento do indenizado, como termo inicial para a incidência da
também não deve se transformar em correção monetária é a data da
veículo de incentivo à recalcitrância do prolação da decisão em que foi
responsável pela reparação. Recurso arbitrado o valor certo da indenização,
não provido. Súmula: REJEITARAM A pois ao fixá-la, o Magistrado já leva
PRELIMINAR DE NULIDADE DA em consideração o poder aquisitivo da
CITAÇÃO, ACOLHERAM A PRELIMINAR moeda. Súmula: DERAM
PARA AFASTAR A REVELIA DA PROVIMENTO PARCIAL.
APELANTE E NEGARAM PROVIMENTO
AO RECURSO. Íntegra do Acórdão
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Íntegra do Acórdão
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índice
Tribunal de Justiça do Estado ------------------------
Nº ACÓRDÃO: 69152
do Pará Nº PROCESSO: 200630076865
RECURSO: APELACAO CIVEL
======================
RELATOR: MARNEIDE TRINDADE
PEREIRA MERABET
Nº ACÓRDÃO: 72304
Nº PROCESSO: 200730023237
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL.
RECURSO: APELACAO CIVEL
DANO MORAL. NECESSIDADE APENAS
RELATOR: CARMENCIN MARQUES
DA PROVA DO FATO. CORTE DA
CAVALCANTE
ENERGIA ELÉTRICA DEPOIS DE
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO
QUITADA A CONTA. FALHA NA
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL AÇÃO DE
EXECUÇÃO DO SERVIÇO. DANO
INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS
MORAL CONFIGURADO. OCORRENDO
CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA
O DANO MORAL,
COBRANÇA ABUSIVA DISCUSSÃO
CONSEQUENTEMENTE OCORRE O
EXIGÊNCIA DE PRÉVIO AVISO. O
DEVER DE INDENIZAR PELA CELPA. 1.
INADIMPLEMENTO DO CONSUMIDOR,
O ilícito não ocorreu pelo tempo em
MORMENTE SE BASEADO EM
que fornecimento de energia ficou
JUSTIFICATIVAS PLAUSÍVEIS, OU
suspenso, mas pelo ato de corte
SEJA, COBRANÇA ABUSIVA, NÃO
quando a conta já estava devidamente
AUTORIZA O CORTE NO
paga, fato este que por si só gera o
FORNECIMENTO DE ENERGIA
dano moral, independente de qualquer
ELÉTRICA ENQUANTO É DISCUTIDO O
outra prova. 2. O dano moral resulta
VALOR REAL, POIS, TAL CONDUTA
de situação de vexame, transtorno e
REPRESENTA EXERCÍCIO ARBITRÁRIO
humilhação a que esteve exposta a
DAS PRÓPRIAS RAZÕES, SENDO
vítima. 3. A sentença de primeiro grau
VEDADA, PORTANTO, A ATUAÇÃO DA
sopesou a extensão do dano causado
JUSTIÇA PRIVADA NO BRASIL,
ao autor, a suportabilidade da
ESPECIALMENTE QUANDO EXERCIDA
causadora do dano e a razoabilidade
POR CREDOR ECONÔMICA E
do valor fixado, aplicando o direito
FINANCEIRAMENTE MAIS FORTE DO
objetivo ao caso concreto. Apelo
QUE O DEVEDOR. DESSE MODO, A
conhecido improvido, sentença de
CONDUTA ARBITRÁRIA E ILEGAL
primeiro grau mantida à unanimidade.
REALIZADA PELOS FUNCIONÁRIOS DA
EMPRESA RECORRENTE AO
Íntegra do Acórdão
ADENTRAREM NA RESIDÊNCIA DO
APELADO E RETIRAREM O RELÓGIO E
índice
OS FIOS DE ENERGIA ELÉTRICA SEM
-------------------------
O CONSENTIMENTO DE SUA MULHER
QUE ESTAVA PROCURANDO O
======================
COMPROVANTE DO PAGAMENTO,
CAUSANDO-LHE ENORME Tribunal de Justiça do Estado
CONSTRANGIMENTO E HUMILHAÇÃO,
JUSTIFICA O VALOR ARBITRADO PELA do Paraná
D. JULGADORA DE 1º GRAU A TÍTULO
======================
DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
Processo: 0551133-3
DECISÃO UNÂNIME.
Nº do Acórdão: 17561
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Revista Jurídica/98
Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível nos termos do voto do relator.
Recurso: Apelação Cível EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL -
Relator: José Augusto Gomes Aniceto INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
Julgamento: 23/07/2009 CORTE DO FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA - FATURA PAGA -
Ementa: DECISÃO: ACORDAM os ERRO NA COBRANÇA PELA
Senhores integrantes da Nona Câmara CONCESSIONÁRIA DISTRIBUIDORA
Cível do Tribunal de Justiça do Estado DE ENERGIA - DANO MORAL
do Paraná, por unanimidade de votos, CARACTERIZADO - VALOR FIXADO
em dar parcial provimento ao recurso CORRETAMENTE - HONORÁRIOS -
de apelação e negar provimento ao REDUÇÃO - RECURSO - PROVIMENTO
recurso adesivo, nos termos do voto PARCIAL.
do Desembargador Relator. APELAÇÃO
CÍVEL E RECURSO ADESIVO - AÇÃO Íntegra do Acórdão
DE INDENIZAÇÃO POR CORTE DE
FORNECIMENTO DE ENERGIA índice
ELÉTRICA - CERCEAMENTO DE -------------------------
DEFESA POR AUSÊNCIA DE Processo: 0454702-8
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E Nº do Acórdão: 8291
INDEFERIMENTO DA DENUNCIAÇÃO À Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível
LIDE AFASTADO - ENERGIA CORTADA Recurso: Apelação Cível
INDEVIDAMENTE - INADIMPLÊNCIA Relator: Rogério Ribas
NÃO CONSTATADA - ATO ILÍCITO Julgamento: 17/04/2008
CONFIGURADO - DEVER DE
INDENIZAR - QUANTUM Ementa: DECISÃO: ACORDAM os
INDENIZATÓRIO CORRETAMENTE Senhores Magistrados integrantes da
FIXADO - DANOS MATERIAIS NÃO 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
COMPROVADOS - CONDENAÇÃO EM do Estado do Paraná, por unanimidade
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E de votos, em REJEITAR A PRELIMINAR
CUSTAS PROCESSUAIS FIXADOS E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO
RECURSO DE APELAÇÃO nos termos da fundamentação.
PARCILMENTE PROVIDO E RECURSO EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.
ADESIVO DESPROVIDO. INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E
MORAIS. CORTE DE ÁGUA E ENERGIA
Íntegra do Acórdão ELÉTRICA EM PROPRIEDADE RURAL,
CAUSANDO PREJUÍZOS AOS
índice PARCEIROS AGRÍCOLAS QUE
------------------------- PLANTAVAM NA ÁREA. PRELIMINAR
Processo: 0467831-9 DE CERCEAMENTO DE DEFESA.
Nº do Acórdão: 17133 REJEIÇÃO. MÉRITO. ATO ILÍCITO.
Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível INDENIZAÇÃO DEVIDA. DOCUMENTOS
Recurso: Apelação Cível SUFICIENTES A DEMONSTRAR OS
Relator: Sérgio Luiz Patitucci DANOS MATERIAIS. DANO MORAL
Julgamento: 25/06/2009 DECORRENTE DA PERTURBAÇÃO
PSÍQUICA CAUSADA AO AGRICULTOR,
Ementa: ACORDAM os TENDO EM VISTA QUE A PLANTAÇÃO
Excelentíssimos Senhores ERA SUSTENTO DA FAMÍLIA.
Desembargadores integrantes da APELANTES PESSOAS ESCLARECIDAS,
Nona Câmara Cível do Tribunal de QUE PODERIAM TER AGIDO DE OUTRA
Justiça do Estado do Paraná, por MANEIRA. FIXAÇÃO DO DANO MORAL
unanimidade de votos, em dar parcial EQUILIBRADA. SENTENÇA CORRETA.
provimento ao recurso de apelação,

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MANUTENÇÃO. RECURSO Ementa: DECISÃO: ACORDAM os
DESPROVIDO. Excelentíssimos Senhores
Desembargadores integrantes da
Íntegra do Acórdão Nona Câmara Cível do Tribunal de
índice Justiça do Estado do Paraná, por
------------------------- unanimidade de votos, em negar
Processo: 0350700-6 provimento ao recurso de apelação,
Nº do Acórdão: 11215 nos termos do voto do relator.
Órgão Julgador: 8ª Câmara Cível APELAÇÃO CÍVEL - INDENIZAÇÃO POR
Recurso: Apelação Cível DANOS MORAIS - CORTE DO
Relator: Macedo Pacheco FORNECIMENTO DE ENERGIA
Julgamento: 14/02/2008 ELÉTRICA - FATURA PAGA - ERRO
NOS CADASTROS DA
Ementa: DECISÃO: ACORDAM os CONCESSIONÁRIA DISTRIBUIDORA
Desembargadores integrantes da DE ENERGIA - CORTE INDEVIDO -
OITAVA CAMARA CÍVEL DO TRIBUNAL CONSTRANGIMENTO - DANO MORAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ, CARACTERIZADO - SENTENÇA -
por maioria de votos em DAR MANUTENÇÃO - RECURSO -
provimento ao recurso, vencido o APELAÇÃO - NEGA PROVIMENTO.
Desembargador Macedo Pacheco (com
declaração de voto em separado), que Íntegra do Acórdão
negou provimento ao recurso. índice
EMENTA: I. - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. RELAÇÃO DE -------------------------
CONSUMO. PAGAMENTO DE CONTA
UTILIZANDO-SE DE CAIXA DE ======================
COLETAS DE CONTAS. II. - CHEQUE
NO VALOR DA FATURA, CRUZADO E Tribunal de Justiça do Estado
NOMINAL À APELADA, DEPOSITADO
EM CONTA DE TERCEIRO. de São Paulo
PRECARIEDADE DO SISTEMA ======================
ADOTADO PELA APELADA. INDÍCIOS
SUFICIENTES DE PAGAMENTO. Apelação 992051415959
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. III. - (997554900)
INDEVIDO CORTE DE ENERGIA Relator(a): Erickson Gavazza
ELÉTRICA DE ESTABELECIMENTO Marques
COMERCIAL, EM HORÁRIO Órgão julgador: 27ª Câmara de
COMERCIAL. DANO MORAL Direito Privado
CARACTERIZADO. III. - RECURSO Data do julgamento: 20/10/2009
PROVIDO.
Ementa: INDENIZAÇÃO - DANOS
Íntegra do Acórdão MORAIS - SUSPENSÃO DE
índice FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA COMUNICAÇÃO PRÉVIA
------------------------- PROCEDIMENTO REALIZADO DÍVIDA
Processo: 0381116-7 PAGA EM ATRASO 23 HORAS ANTES
Nº do Acórdão: 6099 DO CORTE DA PRESTAÇÃO DE
Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível SERVIÇO - IMPOSSIBILIDADE DE
Recurso: Apelação Cível APRESENTAR A CONTRA-ORDEM -
Relator: Sérgio Luiz Patitucci EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO -
Julgamento: 20/09/2007 SENTENÇA MANTIDA - RECURSO NÃO
PROVIDO.
índice
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Apelação 992050912495 índice
(970909700) -------------------------
Relator(a): Luiz Eurico Apelação 992070483336
Órgão julgador: 33ª Câmara de (1141890800)
Direito Privado Relator(a): Clóvis Castelo
Data do julgamento: 30/11/2009 Órgão julgador: 35ª Câmara de
Direito Privado
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – Data do julgamento: 30/11/2009
ENERGIA ELÉTRICA- SUSPENSÃO DO
FORNECIMENTO - AÇÃO DE Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -
INDENIZAÇÃO - DANO MORAL ENERGIA ELÉTRICA - SUSPENSÃO
PEDIDO GENÉRICO - PESSOA INDEVIDA - NOTIFICAÇÃO PREVIA -
JURÍDICA - ADMISSIBILIDADE - DANO DANO MORAL - RECURSO
MORAL CONFIGURADO - REDUÇÃO PARCIALMENTE PROVIDO. Sendo
DO VALOR FIXADO - APELAÇÃO negligente a concessionária e não
PARCIALMENTE PROVIDA procedendo a notificação prévia para a
índice suspensão do fornecimento de energia
elétrica, deve responder pela
------------------------- indenização por danos morais (Lei
Apelação 992051218371 Estadual n° 11.260/02).
(927128700)
índice
Relator(a): Antonio Maria
-------------------------
Órgão julgador: 27ª Câmara de
Apelação 992080480160
Direito Privado
(1204097800)
Data do julgamento: 24/11/2009
Relator(a): Pedro Baccarat
Órgão julgador: 36ª Câmara de
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL -
Direito Privado
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS RELATIVOS
Data do julgamento: 26/11/2009
À ENERGIA ELÉTRICA -
INADIMPLEMENTO - PARCELAMENTO
Ementa: Dano moral. Cobrança
DO DÉBITO - CUMPRIMENTO PARCIAL
indevida fundada em fornecimento de
DO ACORDO FIRMADO PARA
energia elétrica. Inexistência de
QUITAÇÃO DO DÉBITO - SUSPENSÃO
relação jurídica entre as partes.
DO FORNECIMENTO
Responsabilidade extracontratual.
-INADMISSIBILIDADE. A interrupção
Competência da 1a a 10a Câmaras da
do fornecimento de energia elétrica,
Seção de Direito Privado do Tribunal
conquanto possível, limita-se a
de Justiça do Estado de São Paulo.
hipótese em que o consumidor,
Recurso não conhecido.
inobstante notificado a pagar a conta índice
regular relativa ao mês consumo,
deixa de quitá-la no prazo concedido. -------------------------
Tratando-se, contudo, de débitos Apelação 992070531250
antigos e como tal consolidados, ainda (1146952400)
que tenham sido objeto de acordo Relator(a): Sá Duarte
firmado com a Concessionária, e não Órgão julgador: 33ª Câmara de
cumpridos, ou parcialmente quitados, Direito Privado
não legitimam a interrupção do Data do julgamento: 23/11/2009
fornecimento da energia elétrica,
cumprindo a credora promover por via Ementa: INDENIZAÇÃO - Interrupção
ordinária a sua cobrança, sob pena de do fornecimento de energia elétrica
infringir o disposto no artigo 42 do por conta do suposto não pagamento
Código de Defesa do Consumidor.
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de fatura mensal - Débito, porém, Decisão cassada para afastar a
inexistente - Suposto erro no extinção contra a segunda ré.
reconhecimento do código
identificador da conta - Fato que não índice
pode ser atribuído ao autor -
Sopesando as peculiaridades do caso, -------------------------
o dano moral foi corretamente
dimensionado - Ação procedente - ======================
Recurso adesivo e Apelação não
Superior Tribunal de Justiça
providos.
índice
======================
-------------------------
Agravo de Instrumento AgRg no Ag 805248
992090509837 (1267915600) Ministro SIDNEI BENETI
Relator(a): Reinaldo Caldas Decisão: 16/09/2008
Órgão julgador: 29ª Câmara de
Direito Privado AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE
Data do julgamento: 18/11/2009 INSTRUMENTO. SUSPENSÃO
INDEVIDA DO FORNECIMENTO DE
Ementa: Agravo de Instrumento - ENERGIA POR ERRO DA
Indenização por danos materiais e CONCESSIONÁRIA. FUNDAMENTAÇÃO
morais proposta contra a DEFICIENTE. INOCORRÊNCIA.
concessionária e a pessoa jurídica EXISTÊNCIA DO DANO. SÚMULA
arrecadadora, conveniada - Corte de 7/STJ. DANO MORAL. VALOR FIXADO
fornecimento de energia elétrica - EM PATAMAR RAZOÁVEL. DISSÍDIO
Conta de consumo paga com atraso - NÃO COMPROVADO. I - Não se
Demora na baixa no sistema de viabiliza o especial pela indicada
controle da concessionária - Extinção ausência de prestação jurisdicional,
do processo contra a acionada porquanto verifica-se que a matéria
arrecadadora por ilegitimidade passiva em exame foi devidamente
- Recurso provido. 1. Havendo vínculo enfrentada, emitindo-se
contratual entre a CPFL, titular do pronunciamento de forma
crédito, e a sociedade co-ré, fundamentada, ainda que em sentido
arrecadadora de valores relativos ao contrário à pretensão da recorrente. A
consumo de energia elétrica, detém jurisprudência desta Casa é pacífica ao
esta legitimidade para responder, proclamar que, se os fundamentos
perante o consumidor, pelas adotados bastam para justificar o
conseqüências de eventual falta de concluído na decisão, o julgador não
repasse do montante recebido ou de está obrigado a rebater, um a um, os
informação sobre quitação, que teria argumentos utilizados pela parte. II -
gerado suspensão de fornecimento. 2. A discussão quanto à existência do
Para apurar a legitimidade passiva "ad dano por erro da Concessionária
causam", a moderna doutrina demanda o reexame de matéria fática,
processual recomenda se faça exame circunstância obstada pelo enunciado
"in status assertionis", ou seja, em 7 da Súmula desta Corte. III -
tese, à luz dos fatos e fundamentos Considerando que não existem
expostos na inicial. Bem por isso, critérios legais para a fixação do
nesse exame, não se deve examinar e quantum indenizatório por danos
confrontar provas, que isso se morais, a intervenção deste Tribunal
constitui atividade destinada ao limita-se aos casos em que a verba for
exame do mérito. Recurso provido. estabelecida em patamar
desproporcional à luz do quadro
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Revista Jurídica/102
delimitado em primeiro e segundo
graus de jurisdição para cada feito. IV Íntegra do Acórdão
- Nos termos da jurisprudência desta
Corte, não se afere exorbitância ou índice
irrisoriedade no valor de R$ 8.000,00 -------------------------
(oito mil reais), por danos morais AgRg no REsp 945508
decorrentes de interrupção no Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
fornecimento de energia elétrica por Decisão: 28/10/2008
erro da Concessionária. Como já
salientado em inúmeras ADMINISTRATIVO. AGRAVO
oportunidades, as situações em REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE
virtude das quais há fixação de CIVIL. SUSPENSÃO INDEVIDA NO
indenização por danos morais são FORNECIMENTO DE ENERGIA
muito peculiares, de modo que ELÉTRICA. DANO MORAL.
eventuais disparidades do quantum INDENIZAÇÃO. SÚMULA 7/STJ. 1. O
fixado, sem maior relevância, não Tribunal de origem consignou que, no
autorizam a intervenção deste caso, mesmo com o pagamento da
Tribunal. V - Agravo improvido. conta, a concessionária suspendeu o
fornecimento de energia do autor,
Íntegra do Acórdão sem motivação ou aviso prévio. Os
índice argumentos da ora agravante -
notadamente os de que o corte
------------------------- ocorreu por inadimplência do usuário -
REsp 1066418 esbarram na Súmula 7/STJ. 2. Agravo
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES regimental não-provido.
Decisão: 07/10/2008
Íntegra do Acórdão
ADMINISTRATIVO. RECURSO índice
ESPECIAL. OFENSA AO ART. 535 DO
-------------------------
CPC NÃO-CARACTERIZADA.
REsp 636202
INDENIZAÇÃO. USUÁRIO TIDO POR
Ministro CESAR ASFOR ROCHA
INADIMPLENTE DE FORMA INDEVIDA.
Decisão: 22/06/2004
DANO MORAL CARACTERIZADO.
SÚMULA 7. FALTA DE
RESPONSABILIDADE CIVIL. SERVIÇO
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211.
DE ENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA
1. Não houve ofensa ao art. 535 do
INDEVIDA. DANO MORAL. QUANTUM
CPC. O Tribunal de origem apreciou de
INDENIZATÓRIO. "O valor da
forma completa e fundamentada as
indenização por dano moral não pode
questões necessárias ao deslinde da
escapar ao controle do Superior
controvérsia. 2. O Tribunal a quo
Tribunal de Justiça" (REsp n.
entendeu que, além de ser
53.321/RJ, Min. Nilson Naves).
indevidamente considerado
Redução da condenação a patamares
inadimplente, o consumidor não
razoáveis, considerando as
conseguiu obter o fornecimento de
peculiaridades da espécie. Recurso
energia elétrica, o que lhe causou
especial conhecido e parcialmente
transtorno indenizável. No caso, os
provido.
argumentos da ora recorrente
esbarram na Súmula 7. 3. Ademais, a
Íntegra do Acórdão
indenização por dano moral independe
índice
de prova do prejuízo. 4. O art. 6º, §
3º, da Lei n. 8.987/95 não foi -------------------------
prequestionado. Incide a Súmula 211. REsp 858885
5. Recurso especial não-conhecido.
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Revista Jurídica/103
Ministro CASTRO MEIRA
Decisão: 23/04/2009

ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDA-
DE CIVIL DO ESTADO. LIGAÇÃO
CLANDESTINA DE ENERGIA ELÉTRICA
EFETUADA POR TERCEIROS. CORTE
INDEVIDO. DANO MORAL. 1. A
desconstituição das premissas fáticas
firmadas pelo acórdão recorrido - de
que restou comprovada a existência
de abuso na suspensão de
fornecimento de energia elétrica, pois
a ligação clandestina teria sido
realizada por terceiros em proveito
unicamente deles em local anterior à
medição do relógio – demandaria o
reexame do contexto probatório dos
autos, o que é vedado em sede de
recurso especial, a teor da Súmula
7/STJ. 2. "Na ação de indenização por
dano moral, a condenação em ======================
montante inferior ao postulado na
inicial não implica sucumbência Tribunal de Justiça do Estado
recíproca" (Súmula 326/STJ). 3. O
acórdão deve ser reformado quanto ao do Rio de Janeiro
termo inicial da correção monetária do ======================
valor arbitrado a título de danos
morais, aplicando-se a Súmula 0109780-28.2004.8.19.0001
362/STJ: "A correção monetária do (2009.001.11750) - APELAÇÃO
valor da indenização do dano moral DES. FERDINALDO DO NASCIMENTO
incide desde a data do arbitramento". Julgamento: 07/07/2009
4. O valor dos danos morais (R$ DECIMA NONA CAMARA CIVEL
10.000,00) se insere dentro dos
critérios de razoabilidade e LIGHT. MORTE DO FILHO DOS
proporcionalidade, principalmente se AUTORES CAUSADA POR DESCARGA
considerada a situação dos autos em ELÉTRICA AO CONTATO COM FIO DE
que a suspensão do fornecimento de ALTA TENSÃO. RESPONSABILIDADE
energia durou nove meses. 5. Recurso CIVIL OBJETIVA. DANO MORAL E
especial conhecido em parte e provido MATERIAL COMPROVADOS. É dever da
também em parte. ré isolar de forma adequada a área ao
Eletrocussão redor das suas instalações de molde a
Íntegra do Acórdão evitar danos a terceiros. Essa é uma
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA: índice obrigação imanente ao risco da sua
------------------------- atividade, já que trabalha com energia
RIO DE JANEIRO em alta tensão, produto ao mesmo
CEARÁ tempo fundamental e extremamente
DISTRITO FEDERAL perigoso à vida. Por se tratar de
ESPÍRITO SANTO concessionária de serviço público, a
GOIÁS responsabilidade da demandada é
MARANHÃO objetiva, sendo a culpa presumida,
MATO GROSSO DO SUL motivo pelo qual só se exime do dever
MINAS GERAIS
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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Revista Jurídica/104
de indenizar se comprovar uma das E DE ACORDO COM AS NORMAS
causas excludente dessa TÉCNICAS PERTINENTES. AUSÊNCIA
responsabilidade, ou seja, fato DE QUALQUER EXCLUDENTE DE
exclusivo da vítima, caso fortuito ou RESPONSABILIDADE. INDENIZAÇÃO
força maior e fato exclusivo de PELO DANO IMATERIAL À GENITORA
terceiros, o que não foi o caso dos DA VÍTIMA QUE DEVE SE APROXIMAR,
autos. É inegável que a morte de um NA MEDIDA EM QUE IMPOSSÍVEL O
filho em um acidente que poderia e REPARO INTEGRAL, A COMPENSAÇÃO
deveria ter sido evitado pela CAPAZ DE AMENIZAR O SOFRIMENTO
demandada é suficiente para causar EXPERIMENTADO. MONTANTE
danos psíquicos, os quais se estendem ARBITRADO EM CONSONÂNCIA COM
por toda a vida. Reforma parcial da OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
sentença. RECURSOS CONHECIDOS. DA PROPORCIONALIDADE.
DESPROVIMENTO DO APELO DO RÉU. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
PROVIMENTO PARCIAL DA APELAÇÃO FIXADOS EM PERCENTUAL
DOS AUTORES. EXCESSIVO. REDUÇÃO. REFORMA
PARCIAL DA SENTENÇA. RECURSO
Íntegra do Acórdão CONHECIDO E PARCIALMENTE
índice PROVIDO.
-------------------------
0015499-41.2004.8.19.0014 Íntegra do Acórdão
(2009.001.40865) – APELAÇÃO
DES. MAURO DICKSTEIN índice
Julgamento: 03/09/2009 -------------------------
DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL 0002532-21.2001.8.19.0029
(2008.001.48604) – APELAÇÃO
INDENIZATÓRIA. CONCESSIONÁRIA DES. MARCO AURELIO BEZERRA DE
DE SERVIÇO PÚBLICO. MORTE MELO
DECORRENTE DE DESCARGA Julgamento: 02/06/2009
ELÉTRICA. RESPONSABILIDADE CIVIL DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL
OBJETIVA. ART. 37, §6º, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SENTENÇA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
DE PROCEDÊNCIA. APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. MORTE DE
ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO NO CRIANÇA. DESCARGA ELÉTRICA EM
DIREITO DE DEFESA, QUE NÃO FIO DE ARAME FARPADO.
MERECE PROSPERAR, VEZ QUE, AS CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
PROVAS PRETENDIDAS MOSTRAM-SE PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA.
DESINFLUENTES PARA A SOLUÇÃO DENUNCIAÇÃO DA LIDE À
DO LITÍGIO. DOCUMENTOS SEGURADORA. SENTENÇA DE
JUNTADOS AOS AUTOS SUFICIENTES PROCEDÊNCIA PARCIAL. RECURSOS
PARA O DESLINDE DA QUESTÃO, DAS PARTES. Rejeição da preliminar
SUBMETIDOS AO CONTRADITÓRIO E de ilegitimidade passiva. Teoria da
NÃO IMPUGNADOS PELO asserção. Responsabilidade civil
INTERESSADO. RELATÓRIO TÉCNICO objetiva por omissão. Aplicação das
E LAUDO DESCRITIVO QUE teorias do risco administrativo (art.
INFORMAM QUE A REDE ELÉTRICA 37, § 6º, CRFB) e risco criado (Art.
ENCONTRAVA-SE EM ALTURA 927, parágrafo único, CCB). Incidência
INFERIOR AO PERMITIDO, do artigo 37, § 6º, da CRFB por se
PROPICIANDO A OCORRÊNCIA DO tratar de dano causado por
ACIDENTE FATAL. DEVER DA RÉ EM concessionária de serviço público.
MANTER OS CABOS DE ENERGIA EM Aplicação, outrossim, dos artigos 14,
PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO 17 e 22 do Código de Proteção e

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Revista Jurídica/105
Defesa do Consumidor, pois a vítima (arts. 88 e 101, II, da lei 8078/90), o
de acidente de consumo equipara-se a fato é que tal questão não foi sequer
consumidor (consumidor bystander). ventilada nos autos por nenhum de
Laudo pericial concludente no sentido seus atores e por não ensejar
de total ausência no local da rede de nulidade, não deve ser conhecida de
distribuição de energia elétrica, fato ofício, sendo hipótese de preclusão
que levava os moradores a obterem o pro judicato. Desta forma, há
serviço essencial através de ligações responsabilidade da Seguradora-
clandestinas. A chuva que acarretou a Denunciada de arcar com o
queda de poste de bambu, onde se pagamento dos valores expressos na
encontravam os denominados "gatos", apólice, no limite geral de U$
eletrificando a cerca de arame farpado 135.000.000 por sinistro e com o
não foi a causa direta e imediata para pagamento dos honorários
o evento danoso. Ausência de advocatícios em 10% sobre o valor de
demonstração de culpa in vigilando sua condenação, tudo em relação à
por parte dos pais da vítima. Ré-Denunciante. Recurso da
Descumprimento, pela concessionária litisdenunciada provido parcialmente
de serviço público de energia elétrica, para determinar o cumprimento do
do dever anexo à boa fé objetiva de contrato de seguro que prevê franquia
segurança que exigiria vigilância e de U$ 200.000. Sentença
fiscalização com vistas a evitar o parcialmente reformada. Recursos
nefasto falecimento de criança em parcialmente providos.
tenra idade. Se a Ré promove
fiscalização das ligações clandestinas Íntegra do Acórdão
em razão do evidente prejuízo índice
econômico, deve fazê-la também por
motivos de segurança da população. -------------------------
Acidente ocasionado pela omissão da 0004202-75.2006.8.19.0011
Ré em proceder à distribuição do (2009.001.07114) - APELAÇÃO
serviço de energia elétrica e em DES. LETICIA SARDAS
fiscalizar os chamados "gatos". Julgamento: 29/04/2009
Ausência de prova de excludentes da VIGESIMA CAMARA CIVEL
responsabilidade civil objetiva, na
forma preconizada no artigo 14, § 3º, "RESPONSABILIDADE CIVIL
da lei 8.078/90. Danos morais OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE
reduzidos para R$ 100.000,00 (cem SERVIÇO PÚBLICO. DEFEITO DO
mil reais), para cada Autor. Juros SERVIÇO. ACIDENTE EM REDE
moratórios que deverão correr a partir ELÉTRICA. FIO NO CHÃO. NEXO
da citação, tendo em vista que a CAUSAL. CAUSA EFICIENTE.
apelação requereu expressamente FALECIMENTO DA VÍTIMA. AUTOR
nesse sentido (art. 515, CPC), IRMÃO DA VÍTIMA. LEGITIMIDADE.
desconsiderando que em se tratando DANOS MORAIS. PRECEDENTES DO E.
de responsabilidade civil SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1.
extracontratual os juros incidem a Afasta-se a preliminar suscitada em
partir do evento danoso (art. 398, CC sede de agravo retido e ora reiterada
e súmula 54 do STJ). Correção de ilegitimidade ativa ad causam do
monetária a partir da data da irmão do falecido, uma vez que como
sentença (Súmula nº 362, STJ). A parente colateral em segundo grau
despeito de tecnicamente não dever possui legitimidade para propor a ação
se falar na hipótese de acidente de reparatória por danos morais sofridos
consumo em denunciação da lide e em razão da morte do ente querido.2.
sim em chamamento ao processo Não é correto dizer, sempre, que toda

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Revista Jurídica/106
hipótese de dano proveniente de entre o evento lesivo e o fornecimento
omissão estatal será encarada, do serviço público pela concessionária.
inevitavelmente, pelo ângulo Em conseqüência, inviável condenar a
subjetivo.3. Assim o será quando se empresa fornecedora de energia
tratar de omissão genérica. Não elétrica pelo óbito de menor devido a
quando houver omissão específica, choque elétrico causado por fiação
pois ai há dever individualizado de exposta em poste de praça pública.
agir. 4. A responsabilidade das Recurso provido.
concessionárias de serviços públicos é
objetiva, nos termos do art. 37, §6º Íntegra do Acórdão
da CF/88.5. O fornecedor de serviços índice
responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação -------------------------
dos danos causados aos consumidores 0000982-07.2006.8.19.0064
por defeitos relativos à prestação dos (2009.001.46374) - APELAÇÃO
serviços. 6. O fornecedor de serviço DES. CRISTINA TEREZA GAULIA
somente não será responsabilizado Julgamento: 15/09/2009
quando provar a inexistência do QUINTA CAMARA CIVEL
defeito ou culpa exclusiva do
consumidor ou de terceiro.7. Ação indenizatória. Apelação Cível.
Improcedência do agravo retido e Oposição. Companheiro e pai dos
provimento parcial do recurso." autores que morre vítima de
eletroplessão. Sentença de
Íntegra do Acórdão procedência, condenando a
índice concessionária de energia elétrica a
------------------------- pagar aos autores indenização por
0003656-34.2004.8.19.0029 danos morais e pensionamento à
(2007.001.03614) - APELAÇÃO primeira autora. Terceira que afirma
DES. HENRIQUE DE ANDRADE ser a verdadeira beneficiária do direito
FIGUEIRA discutido nos autos da ação
Julgamento: 28/03/2007 indenizatória. Oferecimento da
DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL oposição antes da realização da
audiência de instrução e julgamento.
ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. Inteligência do art. 59 CPC.
FALTA DE INTIMAÇÃO DA PARTE PARA Julgamento conjunto da oposição e da
A PRÁTICA DOS ATOS PROCESSUAIS. ação principal que se impõe. Juízo a
RESPONSABILIDADE CIVIL DO quo que em decisão interlocutória
ESTADO. SERVIÇO PÚBLICO DE irrecorrida decide aplicar ao caso o
ENERGIA ELÉTRICA POR art. 60 CPC, pois o cartório certificara
CONCESSIONÁRIA. ELETROCUSSÃO. o oferecimento da oposição após a
ACIDENTE EM PRAÇA PÚBLICA. AIJ. Dispositivo legal que, de qualquer
Embora no curso da instrução a Ré sorte, privilegia o julgamento conjunto
não tenha sido intimada para os atos da ação principal e da oposição,
processuais, desnecessário decretar a facultando ao juiz a suspensão da
nulidade do feito tendo em conta a ação principal por até 90 dias. Medida
inexistência de prejuízo, porque desde que se impõe, para evitar decisões
a resposta afirmou o desinteresse em conflitantes em demandas conexas.
produzir provas. Configurada a Economia processual. Oposição que já
responsabilidade do Município pela se encontra na fase instrutória.
instalação e manutenção dos Prejudicialidade. Nulidade da
equipamentos da rede elétrica em sentença. Suspensão do feito por 90
praça pública, afasta-se o nexo causal dias, ou até que sejam os autos da

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Revista Jurídica/107
oposição conclusos para sentença. Íntegra do Acórdão
Recurso provido. índice
-------------------------
Íntegra do Acórdão 0011834-56.2004.8.19.0001
índice (2006.001.67437) - APELAÇÃO
DES. MARIA HENRIQUETA LOBO
------------------------- Julgamento: 08/02/2007
0098137-05.2006.8.19.0001 SETIMA CAMARA CIVEL
(2009.001.13838) – APELAÇÃO
JDS. DES. ANTONIO ILOIZIO BARROS Responsabilidade civil. Menor que,
BASTOS quando trafegava de bicicleta pela via
Julgamento: 08/09/2009 pública, veio a ser atingido por um fio
DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL de eletricidade que havia sido cortado
por funcionário da concessionária ré.
Embargos de declaração opostos por Morte por eletroplessão. Vítima fatal.
ambas as partes. Acórdão proferido Indenização. Caracterização de desídia
em sede de apelação. Companhia da concessionária ré, pois, conforme
Municipal de Energia e Iluminação. relato das testemunhas, no local onde
Morte de criança de 11 anos por se verificou o acidente, estava sendo
eletroplessão. Empresa pública Rio Luz efetuado reparo na rede elétrica sem
que não tomou as necessárias adoção de quaisquer medidas de
medidas e precauções contra segurança, como sinalização
acidentes. Matéria devidamente adequada. Nexo causal comprovado.
apreciada. Inexistência de Dano moral. Valoração. Quantum
obscuridade, contradição ou omissão. indenizatório a título de dano moral
O recurso de embargos de declaração em conformidade com os princípios da
não é meio adequado para se razoabilidade e proporcionalidade.
rediscutir questões já decididas, Parcial provimento do recurso da ré
mesmo para fins de apenas para limitar o pensionamento
prequestionamento. Recursos até a data em que a vítima
conhecidos e improvidos. completaria 25 (vinte e cinco) anos,
como requerido pela recorrente, bem
Íntegra do Acórdão como limitar a incidência de juros às
parcelas vencidas.
índice
------------------------- Íntegra do Acórdão
0000969-75.2005.8.19.0053 índice
(2006.001.68289) - APELAÇÃO
DES. ANTONIO CARLOS AMADO -------------------------
Julgamento: 11/04/2007 0102253-54.2006.8.19.0001
DECIMA CAMARA CIVEL (2007.001.65375) - APELAÇÃO
DES. MARCO AURELIO FROES
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO Julgamento: 02/04/2008
INDENIZATÓRIA. MORTE POR SEXTA CAMARA CIVEL
ELETROPLESSÃO. Prestação de serviço
inadequada, na forma do artigo 22, APELAÇÃO CÍVEL.
parágrafo único, do Código de Defesa RESPONSABILIDADE CIVIL. MORTE
do Consumidor e não omissão. POR ELETROPLESSÃO.
Quantum adequado face às IRREGULARIDADE NAS INSTALAÇÕES
peculiaridades da hipótese. ELÉTRICAS. LIGAÇÕES
Desprovimento de ambos os recursos. CLANDESTINAS. RESPONSABILIDADE
Maioria. OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA DE
SERVIÇO PÚBLICO. AFASTADA A
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Revista Jurídica/108
ALEGAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA DE sentença que apenas mandou
TERCEIROS POR TRATAR-SE DE refaturar as contas com excesso
FORTUITO INTERNO, SENDO DEVER apurado pela perícia, negando o dano
DA RÉ CORRIGIR AS moral por incabível na espécie, já que
IRREGULARIDADES QUE POSSAM a ré não chegou a suspender o
CAUSAR RISCOS AOS PEDESTRES. fornecimento de energia à casa do
DANOS MORAIS EXISTENTES E autor, assim como este não pagou
FIXADOS DE FORMA CORRETA EM R$ nenhuma das contas onde ocorreu o
25.000,00 PARA CADA AUTOR, PAIS excesso de cobrança e recorreu
DA VÍTIMA, QUE FALECEU COM 10 imediatamente à Justiça, não
ANOS DE IDADE. PENSIONAMENTO havendo, por isso, dano moral a
INDEVIDO ANTE À FALTA DE indenizar, já que dano moral não é
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. Levando remédio para todos os males nos dias
em conta os elementos contidos nos que correm, devendo a indenização
autos, à condição econômicas das por ocorrência dele ser restrita aos
partes, a extensão e os reflexos que, casos em que realmente há ofensa à
do fato, resultaram para os autores, honra do indivíduo (como ocorre no
entendo que o Ilustre Magistrado caso de negativação indevida, de
sentenciante fixou a indenização de protesto indevido, de corte in-devido
forma correta, merecendo de energia elétrica, de morte de
manutenção o seu decisum. parente em acidente de transporte,
DESPROVIMENTO DE AMBOS OS etc), mas não num caso em que
RECURSOS. houve mero defeito no instrumento de
medição.
Íntegra do Acórdão
índice Íntegra do Acórdão
índice
-------------------------
0003861-82.2007.8.19.0021 -------------------------
(2008.001.32473) - APELAÇÃO
DES. MIGUEL ANGELO BARROS ======================
Julgamento: 03/07/2008
DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL Tribunal de Justiça do Estado

AÇÃO EM QUE CONSUMIDOR DE do Ceará


ENERGIA SE VOLTA CONTRA CONTAS ======================
EXCESSIVAS DE FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA, NÃO AS PAGA E 6881-83.2002.8.06.0000/0 -
PROPÕE AÇÃO PEDINDO APELAÇÃO CÍVEL
REFATURAMENTO E INDENIZAÇÃO Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL
POR DANO MORAL PERÍCIA QUE Relator: Des. JOSÉ ARÍSIO LOPES DA
CONSTATA EXCESSO NAS CONTAS - COSTA
SENTENÇA QUE MANDA REFATURAR
AS CONTAS NÃO PAGAS - APELAÇÃO Ementa: CIVIL - PROCESSO CIVIL -
DO AUTOR PEDINDO INDENI-ZAÇÃO AÇÃO DE INDENIZAÇÃO -
POR DANO MORAL. Se o consumidor RESPONSABILIDADE OBJETIVA -
não pagou nenhuma das contas onde EMPRESA PRESTADORA DE
houve cobrança excessiva e se a FORNECIMENTO DE ENERGIA
fornecedora, por seu lado, não inter- ELÉTRICA - MORTE DE FUNCIONÁRIO
rompeu o fornecimento de energia POR ELETROPLESSÃO - NEGLIGÊNCIA
(embora a princípio tivesse ameaçado NOS PROCEDIMENTOS DE
com isso), afigura-se correta a SEGURANÇA DO TRABALHO -

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JULGAMENTO EXTRA PETITA -
EXCLUSÃO DE PENSÃO DA MÃE DA -------------------------
POSTULANTE - ESTABELECIMENTO DO 45854729.2000.8.06.0000/0 APE
PENSIONAMENTO MENSAL ATÉ OS LAÇÃO CÍVEL
VINTE E QUATRO PARA A FILHA. Número Antigo: 199909179800
MANUTENÇÃO A TÍTULO DE DANOS
MORAIS. I. Responde objetivamente
pelos eventuais prejuízos decorrentes
da omissão em seu mister de bem Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL
zelar pela segurança da malha Relator: Des. RÔMULO MOREIRA DE
elétrica, a empresa prestadora de DEUS
fornecimento de energia elétrica, que Ementa: Apelação Cível. Indenização.
descuida em seus procedimentos de Danos Materiais. Morte de menor.
segurança para evitar acidentes com Choque elétrico. Culpa objetiva da
seus funcionários. Caso em que o Concessionária de Energia Elétrica. I -
necessário aterramento para a fixação É cediço na jurisprudência pátria a
de novo poste de iluminação pública existência de danos materiais em
não foi realizado por parte da equipe decorrência da morte de filho menor,
de funcionários da COELCE, razão pela que ajudava ou poderia vir a ajudar
qual a vítima foi exposta à corrente nas despesas da família. Inteligência
elétrica de alta voltagem, vindo a da Súmula 491 do STF. II - Em se
falecer por eletroplessão. II. Reduz-se tratando de concessionária de energia
o limite de idade para o elétrica, vige o princípio da
pensionamento da filha de vinte e responsabilidade objetiva, prevista no
cinco (25) para vinte e quatro (24) art. 37, § 6º CF/88, fundada na
anos de idade, conforme fixada pela existência de nexo de causalidade
jurisprudência do STJ como a que entre a conduta do agente público e o
presumivelmente estará exercendo resultado lesivo ao patrimônio do
alguma atividade profissional. III. particular, independentemente da
Julgamento extra petita, uma vez que comprovação de culpa daquele, que,
a genitora e representante da todavia, restou devidamente
postulante não fez pedido para si, estabelecida nos autos. Ausência de
senão que apenas para a filha, do que comprovação de causa excludente de
se depreende que não poderia ter o responsabilidade da concessionária.
juiz deferido pensionamento em seu III - Indenização paga na forma de
favor, posto não requestado. Redução pensão, no valor de 2/3 do salário
aos limites do pedido que se impõe, mínimo até a data em que o menor
preservando-se o julgado singular nos faria 25 (vinte e cinco) anos. IV -
seus ulteriores termos. IV. Recurso improvido. Sentença mantida.
Responsabilidade extracontratual.
Juros de mora a partir do evento Íntegra do Acórdão
danoso e correção a incidir da índice
prolação da sentença condenatória.
Precedentes do STJ. V. Recurso -------------------------
conhecido e parcialmente provido, 450702-43.2000.8.06.0000/0 -
apenas para reduzir a faixa de APELAÇÃO CÍVEL
pensionamento da filha da vítima para Número Antigo: 200005355100
a idade de vinte e quatro anos.
Excluída de oficio a pensão da mãe da
postulante.
Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CÍVEL
Íntegra do Acórdão
índice
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Relator: Des. JOSÉ ARÍSIO LOPES DA
COSTA APELAÇÃO CÍVEL 2004 01 1
065015-2 APC - 0065015-
Ementa: RESPONSABILIDADE 05.2004.807.0001
OBJETIVA - EMPRESA PRESTADORA Registro do Acórdão: 228976
DE FORNECIMENTO DE ENERGIA Data de Julgamento: 05/09/2005
ELÉTRICA - MORTE DA VÍTIMA POR Órgão Julgador: 6ª Turma Cível
ELETROCUSSÃO - NEGLIGÊNCIA NA Relator: SANDRA DE SANTIS
FISCALIZAÇÃO DA REDE ELÉTRICA -
PENSÃO MENSAL ATÉ OS SESSENTA E Ementa: INDENIZAÇÃO - DANOS
CINCO ANOS - CORREÇÃO MATERIAIS E MORAIS - MORTE DE
MONETÁRIA A PARTIR DO EVENTO - EQUINO EM VIA PÚBLICA POR
JUROS A PARTIR DA CITAÇÃO - ELETROCUSSÃO - VAZAMENTO DE
HONORÁRIOS SOBRE OS DANOS ENERGIA - FIAÇÃO EXPOSTA -
MATERIAIS CALCULADOS SOBRE AS RESPONSABILIDADE OBJETIVA. 1. A
PARCELAS VENCIDAS MAIS DOZE DAS RESPONSABILIDADE PELA VISTORIA E
VINCENDAS - PRECEDENTES DO STJ. FISCALIZAÇÃO DA REDE ELÉTRICA
I - Responde objetivamente pelos EXISTENTE ENTRE O POSTE PÚBLICO
eventuais prejuízos decorrentes da E A UNIDADE CONSUMIDORA É DA
omissão em seu mister de bem zelar PRESTADORA DE SERVIÇO. 2. SE
pela segurança da malha elétrica, a ÓBITO DO EQÜINO DECORREU DE
empresa prestadora de fornecimento ELETROCUSSÃO OCASIONADA POR
de energia elétrica, ainda que em face FIAÇÃO EXPOSTA E COMPROVADO
de ligações clandestinas, mas desde VAZAMENTO DE ENERGIA, NÃO HÁ
que ocorrentes na via pública, como in COMO AFASTAR A
casu. II - Consoante jurisprudência RESPONSABILIDADE PELOS DANOS
iterativa dos tribunais, em se tratando EXPERIMENTADOS PELA PMDF. 3.
de prestações periódicas, decorrente NOS TERMOS DO ART. 37, § 6º DA
de reparação de danos, fixa-se o CF, A RESPONSABILIDADE DA CEB É
termo final da indenização quando o OBJETIVA. 4. SENTENÇA MANTIDA.
acidentado completaria sessenta e Decisão CONHECER, NEGAR
cinco anos de idade. III - Inobstante a PROVIMENTO, UNÂNIME.
correção monetária incida a partir do
prejuízo, os juros moratórios somente Íntegra do Acórdão
se contabilizam a após a citação. IV - índice
A parcela dos honorários sobre os -------------------------
danos materiais, nos casos de licito
civil de índole objetiva, tem como =====================
base de cálculo o somatório das
parcelas vencidas, com doze das Tribunal de Justiça do Estado
vincendas. V- Recurso parcialmente
provido. do Espírito Santo
======================
Íntegra do Acórdão
índice 24020095766
------------------------- Classe: Apelação Cível
Órgão: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
====================== Data de Julgamento: 22/05/2007
Relator: ÁLVARO MANOEL ROSINDO
Tribunal de Justiça do Distrito BOURGUIGNON

Federal
======================
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Ementa: APELAÇÃO – AÇÃO à concessionária manter a fiscalização
INDENIZATÓRIA – JULGAMENTO ininterrupta, para garantir, não só a
EXTRA PETITA - OCORRÊNCIA - sua conservação e seu funcionamento
CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO regular, como também a segurança ao
CARACTERIZADO- VALORAÇÃO DAS público perante o qual responde, pelos
PROVAS - LIVRE CONVENCIMENTO DO danos resultantes de falta de
JUIZ - DESCARGA ELÉTRICA - FIOS cumprimento desse dever. Cumpre-
ALTA TENSÃO - OMISSÃO DE lhe todas as cautelas necessárias para
AFASTAMENTO E⁄OU SUBSTITUIÇÃO eliminar qualquer perigo decorrente
DE CABOS. OMISSÃO DE do serviço prestado para a
FISCALIZAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE A coletividade, valendo-se das inovações
REDE E OS IMÓVEIS ADJACENTES - tecnológicas. 5 - Destarte, se agiu o
PIPA PRESA NA REDE ELÉTRICA - acidentado com imprudência,
DESCARGA ELÉTRICA - MORTE - demonstrando também ter tido culpa
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DA pela ocorrência do evento danoso,
CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA resta demonstrada a culpa
ELÉTRICA - DA CONSTITUIÇÃO concorrente e, via de conseqüência, a
FEDERAL - CULPA CONCORRENTE DA responsabilidade da ESCELSA pela
VÍTIMA - REDUÇÃO DO QUANTUM teoria do risco objetivo deve ser
INDENIZATÓRIO - HONORÁRIOS atenuada. 6 - Dessa forma, restou
ADVOCATÍCIOS RECURSO demonstrado que a vítima e a
PARCIALMENTE PROVIDO. ré⁄apelante contribuíram para a
1- A sentença que fixara indenização, ocorrência do dano, o que parece
presumindo que fora gasta referida tenha ocorrido em igual proporção,
verba, sem qualquer pedido expresso razão pela qual se reduz a
da parte, decidiu além do pedido da indenização arbitrada à sua metade,
inicial, ou melhor, fora do pedido ou seja, ao importe de R$ 50.000,00
inicial, extra-pedido, acarretando (cinqüenta mil reais). 7 - Formulada
vício⁄nulidade insanável, na forma do pretensão de cumular à reparação
art. 459 e 460 do CPC. Preliminar de moral, reparação patrimonial, e
julgamento extra-petita acolhida. 2 - rejeitadas uma das pretensões, é
O cerceamento de defesa não se caso de sucumbência recíproca com
configura pela valoração que o juiz distribuição proporcional das custas e
confere à prova produzida, pois o honorários. 8 - Recurso conhecido e
principio do livre convencimento lhe parcialmente provido. VISTOS,
assegura a possibilidade de emprestar relatados e discutidos, estes autos em
a determinada prova à eficácia que que estão as partes acima indicadas.
considerar adequada. 3 - A ESCELSA é Conclusão À unanimidade, acolher em
concessionária de serviço público de parte a preliminar argüida de
energia elétrica e, nessa qualidade, julgamento "extra petita", e rejeitar a
submete-se à disposição do art. 37, preliminar de cerceamento do direito
§6º da Constituição federal, sendo-lhe de defesa, para quanto ao mérito e
aplicável a teoria da responsabilidade por igual votação, dar provimento
civil objetiva da Administração. O parcial ao recurso, fixando a
nosso ordenamento jurídico não indenização por danos morais em R$
adotou a teoria do risco integral, 50.000,00 (cinqüenta mil reais).
permitindo que o Estado se exima do índice
dever de indenizar, se demonstrar a
culpabilidade da vítima, seja de forma -------------------------
integral ou concorrente, hipótese em 24000043562
que o quantum indenizatório deve ser Classe: Apelação Cível
repartido proporcionalmente. 4 - Cabe Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

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Data de Julgamento: 08/05/2007 indenização de caráter alimentar, a
Relator Designado: ARNALDO constituição de capital que assegure o
SANTOS SOUZA integral pagamento da obrigação é
medida cautelar necessária para
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DANO garantir o efetivo recebimento das
CAUSADO POR CONCESSIONÁRIA DE prestações futuras. 7. Conforme
SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA mansa jurisprudência do egrégio STJ,
ELÉTRICA. ATO OMISSIVO. admite-se a cumulação de indenização
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. por danos morais e estéticos
NEGLIGÊNCIA. REPARAÇÃO DOS derivados do mesmo fato. No presente
DANOS MATERIAIS, MORAIS E caso, as perdas dos dedos, além das
ESTÉTICOS. 1. A responsabilidade da diversas marcas de queimadura pelo
concessionária de serviço público por corpo, representam incontornáveis
ato omissivo é do tipo subjetiva, de prejuízos à aparência da vítima.
forma que se exige a existência de Assim, condena-se a concessionária a
dolo ou culpa. 2. In casu, a indenizar os danos estéticos
concessionária foi omissa, por não ter suportados pela vítima, no valor de R$
dado manutenção na rede elétrica 15.000,00 (quinze mil reais), devendo
pela qual é responsável, assim como a correção monetária incidir a partir
negligente, pois, apesar de da data em que o valor da indenização
comunicada da existência, no local do é fixado e os juros hão de ser
fato, de um fio elétrico pendurado no computados a partir do evento
poste, apenas pela parte superior e danoso, sendo 0,5% (meio por cento)
com aterramento desativado, ao mês até a entrada em vigor do
nenhuma providência adotou para novo Código Civil (fevereiro de 2003),
reparar o defeito, de maneira a evitar a partir de quando serão calculados
a ocorrência de acidentes. 3. De em 1% (um por cento) ao mês, nos
acordo com os posicionamentos da termos do art. 406 do aludido
doutrina, a multa criminal referida no diploma, c⁄c o art. 161, do CTN. 8. No
caput do art. 1.538, do Código Civil de tocante ao valor da pensão
1916, é de aplicação impossível e, por alimentícia, o mesmo deve ter por
isso, não deve ser imposta no caso base o valor de R$ 200,00(duzentos
dos autos, sob pena de configurar bis reais), remuneração da vítima à época
in idem. 4. A duplicidade também se dos fatos, bem como incluir o 13º
apresenta na condenação cumulativa salário. Nesse passo, anualmente
de lucros cessantes e pensão deverem ser pagas 13 (treze) parcelas
alimentícia. A pensão mensal no valor de R$ 200,00 (duzentos)
estipulada na sentença como reais. 9. Na fixação do quantum
compensação pela redução da indenizatório relativo aos danos
capacidade laborativa compreende os morais o magistrado a quo utilizou dos
lucros cessantes, sendo indevida nova critérios da razoabilidade e da
condenação sob essa rubrica. 5. proporcionalidade, levando em conta
Concernente ao tratamento médico- também a condição econômica das
hospitalar da vítima do acidente, na partes, o grau de culpa da requerida,
medida em que o pedido se referiu à atendendo, ainda, ao caráter
eventos futuros e posteriores ao repressivo e pedagógico da reparação,
ajuizamento da ação, deve ser de forma que o valor na sentença
mantida a sentença que condenou a arbitrado não merece qualquer reparo.
concessionária a indenizar o autor no 10. No tocante à verba honorária, por
pagamento das despesas de seu ter sido arbitrada dentro dos limites
tratamento até o fim da estabelecidos no art. 20, § 3º, do CPC,
convalescença. 6. Em havendo não deve ser reformada. 11. Recursos

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foram conhecidos e parcialmente ser ultra petita, a sentença que,
providos. VISTOS, relatados e acolhendo o pedido de indenização
discutidos estes autos ACORDAM os formulado, fixa o quantum
Desembargadores que compõem a indenizatório em valor superior àquele
Primeira Câmara Cível do egrégio expressamente indicado na petição
Tribunal de Justiça do Estado do inicial, em flagrante violação aos arts.
Espírito Santo, de conformidade com a 128 e 460, ambos do CPC. O vício,
ata e notas taquigráficas que integram porém, não enseja a invalidação da
este julgado, por maioria de votos, sentença, mas, apenas, a extirpação,
dar provimento parcial a ambos os em sede recursal meritória, da parte
recursos, nos termos do voto do sobeja do dispositivo da sentença.
Revisor, designado para a elaboração Preliminar rejeitada. 2. Incorrem em
do acórdão. Conclusão POR MAIORIA evidente culpa, na modalidade
DE VOTOS, DAR PROVIMENTO negligência, os proprietários rurais
PARCIAL A AMBOS OS RECURSOS, que, cientes de que a rede elétrica
NOS TERMOS DO VOTO DO REVISOR, construída entre seus imóveis rompia-
DESIGNADO PARA ELABORAÇÃO DO se corriqueiramente, mantêm-se
ACÓRDÃO. inertes aos óbvios riscos decorrentes
índice da soltura de fio de alta tensão,
sobretudo porque o mesmo mantinha-
------------------------- se dependurado sobre a cabeça dos
28030023387 passantes. Incidência dos arts. 942 e
Classe: Apelação Cível 275, ambos do CC. 3. Impossível
Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL imputar responsabilidade à
Data de Julgamento: 17/10/2006 concessionária fornecedora de energia
Relator : ARNALDO SANTOS SOUZA elétrica, considerando que, além da
rede estar instalada em propriedade
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. privada rural, seus defeitos não foram
ATO ILÍCITO. MORTE DE MENOR POR comunicadas ao particular delegado
ELETROCUSSÃO. PRELIMINAR DE pelo Poder Público, tendo sido
NULIDADE POR SENTENÇA ULTRA reparados, sempre, pelos próprios
PETITA. REJEIÇÃO. MÉRITO. usuários. 4. Não configurada culpa
ADEQUAÇÃO DO QUANTUM exclusiva da vítima, posto que esta,
INDENIZATÓRIO. CULPA DOS enquanto infante (11 anos), não
PROPRIETÁRIOS RURAIS USUÁRIOS possuía capacidade psíquica de
DA REDE ELÉTRICA. SOLTURA DA entendimento e autodeterminação, o
FIAÇÃO. DEFEITO CONHECIDO. que lhe levou à prática de peraltice
NEGLIGÊNCIA. FIO DESGARRADO DO inerente à sua condição humana
POSTE QUE ATINGE MENOR. (arremesso de correia metálica em
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE fiação energizada), acarretando a
POR PARTE DA CONCESSIONÁRIA DE consumação do evento danoso. 5. A
SERVIÇO PÚBLICO. INOCORRÊNCIA alegação de que o rompimento da
DE CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. rede elétrica decorreu das chuvas do
PERALTICE INERENTE À CONDIÇÃO dia anterior não configura força
INFANTIL. CHUVAS FORTES maior, visto que, além da soltura do
DERRUBANDO A FIAÇÃO. fio ser corriqueira, a real causa do
INOCORRÊNCIA DE FORÇA MAIOR. óbito da vítima foi a negligência dos
NEGLIGÊNCIA EXTENSAMENTE proprietários que, cientes dos riscos
COMPROVADA. QUANTIFICAÇÃO DA existentes, não tomaram qualquer
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. providência para evitar o infortúnio.
PENSIONAMENTO EM VIRTUDE DO 6. Reconhecimento do caráter ultra
ÓBITO DE MENOR. PROVIMENTO petita da sentença que repercute na
PARCIAL. 1. Incorre em nulidade, por
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adequação do quantum indenizatório, MUNICIPAL, POR FORCA DA
o qual fica reduzido a aproximados R$ EXISTENCIA DE CONTRATO/OU
90 mil, valor que atende às CONVENIO FIRMADO ENTRE ELES,
peculiaridades do caso concreto e ao TAL DISCUSSAO E SECURIDARIA E
grau de culpa dos envolvidos, além de NAO TEM QUALQUER IMPLICACAO NO
equiparar-se a inúmeros precedentes PRETENSO DIREITO ALEGADO PELA
do STJ. 7. A morte de menor, mesmo AUTORA, DE FORMA QUE O
que não exerça atividade ACOLHIMENTO DA DENUNCIACAO A
remunerada, autoriza seus pais, LIDE, EM CIRCUSTANCIA COMO ESTA,
quando de baixa renda, a perceber do SO VIRIA A TUMULTURAR O
responsável pela sinistra indenização PROCESSADO, E RETARDAR MAIS A
por danos materiais sofridos, ENTREGA DA PRESTACAO
representados pelo auxílio que os JURISDICIONAL, EM OFENSA, POR
filhos poderiam, no futuro, lhes ASSIM DIZER, AO PRINCIPIO DA
prestar. Precedentes do STJ. 8. Apelo ECONOMIA OU CELERIDADE
conhecido e parcialmente provido. PROCESSUAL. AGRAVO CONHECIDO E
Conclusão À UNANIMIDADE, NÃO PROVIDO.
CONHECER DA PRELIMINAR
ARGÜIDA. NO MÉRITO, POR DECISÃO....: ACORDA O TRIBUNAL
IDÊNTICA VOTAÇÃO, DAR DE JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS,
PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO, EM SESSAO PELOS INTEGRANTES DA
NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR. QUINTA TURMA JULGADORA DA
SEGUNDA CAMARA CIVEL, A
índice
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM
CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE
------------------------- PROVIMENTO, NOS TERMOS DO VOTO
DO RELATOR.
======================
Integra do Acórdão
Tribunal de Justiça do Estado índice

de Goiás
-------------------------
====================== PROCESSO...:200701233596
ORIGEM.......:2ª CAMARA CIVEL
PROCESSO...:200901469160 ACÓRDÃO....:25/08/2009
ORIGEM.......:2ª CAMARA CIVEL RELATOR....: DR(A). CAMARGO NETO
ACÓRDÃO....:15/09/2009 RECURSO....:109800-8/188 -
RELATOR....: DES. ALAN S. DE SENA APELACAO CIVEL
CONCEICAO
RECURSO....:73627-7/180 - AGRAVO EMENTA: APELACAO CIVEL. ACAO DE
DE INSTRUMENTO INDENIZACAO. RESPONSABILIDADE
CIVIL DA COMPANHIA DE ENERGIA
EMENTA: AGRAVO DE ELETRICA. DANO MATERIAL E MORAL
INSTRUMENTO. ACAO DE DEVIDOS. RECURSO ADESIVO.
INDENIZACAO EM DECORRENCIA DA HONORARIOS ADVOCATICIOS SOBRE
MORTE DE MENOR POR FORCA DE O TOTAL DA CONDENACAO (DANOS
DESCARGA DE ENERGIA ELETRICA. MATERIAIS MAIS DANO MORAL). 1 -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA E COMPROVADO O NEXO DE
SOLIDARIA. DENUNCIACAO A LIDE. CAUSALIDADE, NAO SE DISCUTE
INCABIVEL. SE HA CULPA OU DOLO DO AGENTE DA
RESPONSABILIDADE SOLIDARIA ADMINISTRACAO. SIMPLESMENTE
ENTRE A CONCESSIONARIA DE INDENIZA-SE, FIGURANDO COMO
SERVICO PUBLICO E O PROPRIO ENTE
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EXCLUDENTES DA RECURSO....:128306-3/188 -
RESPONSABILIDADE A FORCA MAIOR APELACAO CIVEL
E A CULPA DA VITIMA. 2 - NA
AUSENCIA DE COMPROVACAO DA EMENTA: "PROCESSUAL CIVIL. ACAO
RENDA AUFERIDA PELA VITIMA, O DE INDENIZACAO. MORTE POR
QUANTUM DA PENSAO MENSAL A ELETROCUSSAO. CONCESSIONARIA
TITULO DE DANOS MATERIAIS DEVE DE ENERGIA ELETRICA.
EQUIVILAR A 2/3 (DOIS TERCOS) DO RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
SALARIO-MINIMO VIGENTE A DATA CABIMENTO DE INDENIZACAO A
DO OBITO; SENDO FILHO O TITULO DE DANOS MORAIS E
BENEFICIARIO DA PENSAO, ESTA MATERIAIS. QUANTUM
SERA DEVIDA ATE A DATA EM QUE A INDENIZATORIO. MAJORACAO. I-
VITIMA COMPLETARIA SESSENTA E TRATANDO-SE DE CONCESSIONARIA
CINCO ANOS DE IDADE, OU ATE A DE SERVICO PUBLICO, NOS TERMOS
MORTE DO BENEFICIARIO, O QUE DO ARTIGO 37, PARAGRAFO 6, DA
OCORRER PRIMEIRO. 3 - A FIXACAO CONSTITUICAO FEDERAL A
DO VALOR DA CONDENACAO POR RESPONSABILIDADE PELOS DANOS
DANOS MORAIS EM 150 (CENTO E CAUSADOS A TERCEIROS A
CINQUENTE) SALARIOS-MINIMOS E OBJETIVA. SOMENTE NAO
CRITERIO RAZOAVEL PARA RESPONDERA A CONCESSIONARIA NA
INDENIZAR O DANO DECORRENTE DE HIPOTESE EM QUE O EVENTO
MORTE POR ELETROPLESSAO DANOSO SE DER EM VIRTUDE DE
(PRECEDENTES DO STJ). 4 - PARA A CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA. II- A
FIXACAO DA VERBA HONORARIA, EM FIXACAO DO DANDO MORAL DEVE
SE TRATANDO DE INDENIZACAO POR ATENTAR PARA A EFICACIA DA
DANOS MATERIAIS E MORAIS, TOMA- REPARACAO DA LESAO SOFRIDA, MAS
SE POR BASE O VALOR TOTAL DA EVITANDO, DE OUTRO LADO, O
CONDENACAO, E NAO APENAS A ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.
VERBA ARBITRADA A TITULO DE NESSE CASO, CONSTATADO QUE O
DANOS MORAIS. MONTANTE DA INDENIZACAO A TAL
TITULO SE REVELOU INSUFICIENTE
DECISÃO....: ACORDAM OS EM FACE DA GRAVIDADE DO DANO, E
INTEGRANTES DA QUARTA TURMA DE SE ESTABELECER O VALOR
JULGADORA DA 2ª CAMARA CIVEL DO RESSARCIMENTO EM PATAMAR MAIS
EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ELEVADO, IMPONDO-SE A SUA
ESTADO DE GOIAS, POR MAJORACAO. APELACOES CIVEIS
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECIDAS, PARCIALMENTE
CONHECER DE AMBOS OS RECURSOS, PROVIDA A PRIMEIRA E DESPROVIDA
NEGANDO PROVIMENTO A APELACAO SEGUNDA. SENTENCA REFORMADA."
E PROVENDO O RECURSO ADESIVO,
NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR. Decisão....: "Acorda, o Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de
Íntegra do Acórdão Goiás, pelos integrantes da 2ª Turma
índice julgadora da 3ª Câmara Cível, por
unanimidade de votos, em conhecer
------------------------- de ambos os apelos e dar parcial
PROCESSO...:200802712244 provimento ao 1º mas desprover o 2º,
ORIGEM.......:3ª CAMARA CIVEL nos termos do voto do relator."
ACÓRDÃO....:11/11/2008
RELATOR....: DES. ROGERIO AREDIO Íntegra do Acórdão
FERREIRA índice

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danos morais deve ser mantido, vez
====================== que se coaduna com os critérios de
prudência E razoabilidade; IV -
Tribunal de Justiça do Estado Negado provimento ao presente apelo
de acordo com o parecer da douta
do Maranhão Procuradoria Geral de Justiça.
======================
Íntegra do Acórdão
Nº Processo 319172008 índice
Acórdão 0818052009
Relator NELMA SARNEY COSTA -------------------------
Data 04/06/2009 Nº Processo 73142008
Processo APELAÇÃO CÍVEL Acórdão 0759702008
Relator MARCELO CARVALHO
Ementa: CIVIL E PROCESSO CIVIL. SILVA
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E Data 23/09/2008
MATERIAIS. CONCESSIONÁRIA DE Processo APELAÇÃO CÍVEL
SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA
ELÉTRICA. MORTE DE DOIS FILHOS Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL.
MENORES RESULTANTE DE CHOQUE CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
ELÉTRICO. FIO DE ALTA TENSÃO. ATO PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA.
ILÍCITO. RESPONSABILIDADE ELETROPLESSÃO. MORTE DE
OBJETIVA. ART. 37, § 6º DA CF/88 E CRIANÇA. TEORIA DO RISCO
ART. 14 DO CDC. DANO MATERIAL OBJETIVO. APLICABILIDADE. CULPA
COMPROVADO E ARBITRADO DE EXCLUSIVA DA VÍTIMA.
FORMA RAZOÁVEL. DANO MORAL. INADMISSIBILIDADE.
CRITÉRIOS DA RAZOABILIDADE E PENSIONAMENTO DOS PAIS.
PROPORCIONALIDADE QUE FORAM POSSIBILIDADE. CONSTITUIÇÃO DE
OBSERVADOS. NEGADO PROVIMENTO CAPITAL. PRECEDENTES. DANOS
AO APELO. I - As concessionárias de MORAIS. VALOR RAZOÁVEL. I -
serviço público de fornecimento de Consoante deflui do disposto no artigo
Energia Elétrica respondem 37, § 6º, da Constituição Federal,
objetivamente, nos termos do art. 37, basta ao autor demonstrar a
§ 6º, da Constituição Federal, E do Existência do dano para haver a
art. 14 do Código de Defesa do indenização pleiteada, ficando a cargo
Consumidor, pelos danos materiais E da ré o ônus de provar a causa
morais ocasionados Em decorrência de excludente alegada, o que, segundo
morte resultante de choque Elétrico as instâncias ordinárias, não logrou
proveniente de fio de alta tensão caído fazer. II - A morte de criança Em
no chão, ainda mais quando não acidente, mesmo que à data do óbito
houve a devida comprovação de culpa ainda não Exercesse atividade laboral
Exclusiva ou concorrente da vítima ou remunerada, autoriza os pais, quando
de terceiro; II- Danos materiais de baixa renda, a pedir ao responsável
arbitrados de forma razoável pelo juiz pelo sinistro a indenização por danos
de base, que levou Em consideração a materiais, aqueles resultantes do
idade das vítimas, a Expectativa de auxílio que futuramente o filho poderia
vida calculada pelo IBGE E o tempo de prestar-lhes. III - A Estipulação do
contribuição familiar, chegando ao valor da indenização por danos morais
valor de R$ 97.500,00 (noventa E sete pode ser revista neste Tribunal
mil E quinhentos reais). III - Face às somente quando contrariar a lei ou o
circunstâncias que norteiam o caso bom senso, mostrando-sE irrisório ou
Em análise, o valor fixado a título de Exorbitante, o que não se verifica na

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hipótese dos autos. IV - Recurso
conhecido E parcialmente provido. Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS E
Íntegra do Acórdão MATERIAIS - CONCESSIONÁRIA DE
índice ENERGIA ELÉTRICA - ELETROCUSSÃO
- MORTE DE MENOR -
------------------------- RESPONSABILIDADE CIVIL
Nº Processo 172432006 CONTRATUAL - TEORIA DO RISCO
Acórdão 0635932006 OBJETIVO - APLICABILIDADE - FALTA
Relator CLEONES CARVALHO DE FISCALIZAÇÃO - CULPA
CUNHA COMPROVADA - CULPA EXCLUSIVA DA
Data 28/11/2006 VÍTIMA - INADMISSIBILIDADE - FATO
Processo APELAÇÃO CÍVEL DE TERCEIRO - NÃO COMPROVADO -
DANO MORAL E MATERIAL -
Ementa: CIVIL E PROCESSO CIVIL. CUMULATIVIDADE - PENSIONAMENTO
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E DOS PAIS - POSSIBILIDADE - DANOS
MATERIAIS. CONCESSIONÁRIA DE MORAIS - VALOR RAZOÁVEL -
SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA PROCEDENTE O PEDIDO DE
ELÉTRICA. MORTE RESULTANTE DE DENUNCIAÇÃO À LIDE - CUSTAS E
CHOQUE ELÉTRICO. INEXISTÊNCIA DE HONORÁRIOS - RESPONSABILIDADE
MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES DA LITISDENUNCIADA - SENTENÇA
ELÉTRICAS. ATO ILÍCITO. MANTIDA - RECURSOS IMPROVIDOS.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. NÃO
PROVIMENTO. I - As concessionárias índice
de serviço público de fornecimento de
Energia Elétrica respondem -------------------------
objetivamente, nos termos do art. 37, Processo: 2004.002596-3
§ 6º, da Constituição Federal E do art. Julgamento: 04/05/2004
14 do Código de Defesa do Órgão Julgador: 4ª Turma Cível
Consumidor, pôr danos materiais E Classe: Apelação Cível – Ordinário
morais ocasionados Em decorrência de Relator: Des. Rêmolo Letteriello
morte resultante de choque Elétrico,
ainda mais quando não houve a Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
devida comprovação de culpa INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS E
Exclusiva da vítima ou de terceiro; II - MATERIAIS - CONCESSIONÁRIA DE
apelação não provida. ENERGIA ELÉTRICA - ELETROCUSSÃO
índice - MORTE DE MENOR -
RESPONSABILIDADE CIVIL
------------------------- CONTRATUAL - TEORIA DO RISCO
OBJETIVO - APLICABILIDADE - FALTA
====================== DE FISCALIZAÇÃO - CULPA
COMPROVADA - CULPA EXCLUSIVA DA
Tribunal de Justiça do Estado VÍTIMA - INADMISSIBILIDADE - FATO
DE TERCEIRO - NÃO COMPROVADO -
do Mato Grosso do Sul DANO MORAL E MATERIAL -
====================== CUMULATIVIDADE - PENSIONAMENTO
DOS PAIS - POSSIBILIDADE - DANOS
Processo: 2002.001316-2 MORAIS - VALOR RAZOÁVEL -
Julgamento: 24/05/2005 PROCEDENTE O PEDIDO DE
Órgão Julgador: 4ª Turma Cível DENUNCIAÇÃO À LIDE - CUSTAS E
Classe: Apelação Cível - Ordinário HONORÁRIOS - RESPONSABILIDADE
Relator: Des. Paschoal Carmello DA LITISDENUNCIADA - SENTENÇA
Leandro MANTIDA - RECURSOS IMPROVIDOS.
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DEMONSTRADO - AUSÊNCIA DE
índice PROVA QUANTO À EXISTÊNCIA DE
------------------------- FATO MODIFICATIVO OU EXTINTIVO
DO DIREITO DA AUTORA - DEVER DE
====================== INDENIZAR - RESPONSABILIDADE
OBJETIVA DO CONCESSIONÁRIO DE
Tribunal de Justiça do Estado SERVIÇO PÚBLICO - OBRIGAÇÃO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ADEQUADO
de Minas Gerais COM SATISFAÇÃO DAS CONDIÇÕES
====================== DE SEGURANÇA - LEI 8.987/95 -
INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL
Número do processo: CORRESPONDENTE A PENSÃO
1.0145.04.156157-5/001(1) BASEADA NO SALÁRIO AUFERIDO
Relator: SILAS VIEIRA PELO FALECIDO QUE CONTRIBUÍA NO
Data do Julgamento: 14/08/2008 SUSTENTO DA MÃE - VALOR FIXADO
A TÍTULO DE DANOS MORAIS NO
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE SENTIDO DE DESESTIMULAR
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E CONDUTA DESIDIOSA - SENTENÇA
MATERIAIS - CEMIG - MORTE REFORMADA. Usuário eletrocutado em
CAUSADA POR CHOQUE ELÉTRICO E virtude de defeito no transformador de
QUEDA DA VÍTIMA - CEMIG - energia. A CEMIG é concessionária de
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO serviços públicos e nessa qualidade
PÚBLICO - RESPONSABILIDADE responde objetivamente pelos atos de
OBJETIVA - ART. 37, § 6º, DA seus agentes (comissivos ou
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - omissivos), cumprindo-lhe o dever de
ALEGAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA DA indenizar os danos deles decorrentes,
VÍTIMA - AUSÊNCIA DE PROVAS - independentemente da demonstração
REVELIA - SENTENÇA MANTIDA. - de culpa, nos termos do artigo 37,
Sendo a CEMIG empresa §6º, da Constituição Federal. É
concessionária de energia elétrica, evidente o nexo causal entre a
prestadora de serviço público, omissão da CEMIG e o dano suportado
responde objetivamente pelos danos pela autora, porquanto em virtude de
que vier a causar a terceiros, desídia da empresa requerida na
independentemente da ocorrência de manutenção de seus equipamentos,
dolo ou culpa, nos termos do art. 37, ocorreu a eletrocussão do filho da
§ 6º, da Constituição da República. requerente. Caberia à CEMIG provar
Súmula: REJEITARAM A PRELIMINAR que procedeu regularmente e
E NEGARAM PROVIMENTO AOS justificadamente, nos termos do art.
RECURSOS. 333, inciso II, do Código de Processo
Civil. A Lei nº 8.987/95 estabelece em
Íntegra do Acórdão seu artigo 6º, § 1º que serviço
índice adequado é o que satisfaz as
condições de regularidade,
------------------------- continuidade, eficiência, segurança,
Número do processo: atualidade, generalidade, cortesia na
1.0026.04.016169-2/001(1)
sua prestação e modicidade das
Relator: ARMANDO FREIRE
tarifas, sendo certo que cabe a CEMIG
Data do Julgamento: 20/05/2008
a garantia de segurança aos usuários
do sistema de energia elétrica por ela
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO
fornecida e cobrada. A autora
ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO -
comprovou a profissão exercida por
USUÁRIO ELETROCUTADO - DEFEITO
seu filho, e ao trazer aos autos o
NO TRANSFORMADOR - NEXO CAUSAL
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documento de fl. 147, demonstrou os Número do processo:
ganhos por ele auferidos, sendo 1.0395.04.006200-6/001(1)
razoável o arbitramento de pensão no Relator: TARCISIO MARTINS COSTA
importe de dois salários mínimos, o Data do Julgamento: 27/11/2007
que corresponde a aproximadamente
30% do salário do falecido, pensão Ementa: INDENIZAÇÃO POR DANOS
essa devida até que o falecido MATERIAIS E MORAIS - PROCESSUAL
completasse 65 anos, ou enquanto CIVIL - QUEDA DE REDE ELÉTRICA
viver a autora, sendo o prazo final do RURAL - MORTE POR ELETROCUSSÃO
pagamento da pensão o -ILEGITIMIDADE PASSIVA DO
acontecimento que sobrevier primeiro. PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL -
A verba indenizatória fixada em 200 CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
salários mínimos apresenta-se PÚBLICO - INTELIGÊNCIA DO 37, § 6º
eqüitativa, condizente com as DA CF/88 - PARTE LEGÍTIMA. O
circunstâncias fáticas, atendidos os proprietário do imóvel rural, não é
critérios da razoabilidade e parte legítima para figurar no pólo
moderação, proporcionalmente ao passivo de ação de indenização, por
grau de culpa e ao porte econômico da morte provocada em razão de
ré. Revela-se como forma de eletrocussão, resultante de queda de
desestimular a reincidência de ofensa fio de alta tensão, não tendo a menor
ao direito dos usuários do sistema de relevância tratar-se de rede interna,
fornecimento de energia, do qual a construída, ou não, por ordem sua,
CEMIG é a única detentora da uma vez que a fiscalização deve ser
concessão, a fim de que a condenação exercida pela concessionária do
cumpra função punitiva e pedagógica, serviço público, cuja responsabilidade
compensando o sofrimento da autora é objetiva, a teor do art. 37, § 6º, da
sem, no entanto, constituir fonte de Constituição Federal, advindo
enriquecimento. Os valores arbitrados legitimidade passiva da prestadora do
a titulo de indenização por danos fato de fornecer energia elétrica para
morais e materiais devem se sujeitar uma linha de transmissão, tida como
á correção monetária a partir da particular, incumbindo-lhe, portanto,
condenação e juros de mora no verificar se atende todas as
importe de 1% a partir da data de especificações técnicas, bem como a
citação. Consoante dispõe o artigo 20, regularidade de sua manutenção.
§4º, do CPC, os honorários devem ser Súmula: DE OFÍCIO, JULGARAM
fixados com base em apreciação EXTINTO O PROCESSO, SEM
eqüitativa do julgador, atendidos o RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
grau de zelo do profissional, o lugar
de prestação do serviço e a natureza e Íntegra do Acórdão
importância da causa, bem como, o índice
trabalho realizado pelo advogado da
causa e o tempo exigido para o -------------------------
serviço. Número do processo:
Súmula: NEGARAM PROVIMENTO AO 1.0194.05.054466-8/001(1)
PRIMEIRO RECURSO E DERAM Relator: SILAS VIEIRA
PROVIMENTO PARCIAL AO SEGUNDO Data do Julgamento: 30/11/2006
RECURSO.
Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO
Íntegra do Acórdão POR DANOS MORAIS - MORTE POR
índice ELETROCUSSÃO - CEMIG -
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
------------------------- PÚBLICO - RESPONSABILIDADE
OBJETIVA - ART. 37, § 6º, DA
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - Súmula: ACOLHERAM OS EMBARGOS,
Sendo a CEMIG empresa VENCIDOS O REVISOR E O 2º VOGAL.
concessionária de energia elétrica,
prestadora de serviço público, Íntegra do Acórdão
responde objetivamente pelos danos índice
que vier a causar a terceiros,
independentemente da ocorrência de -------------------------
dolo ou culpa, nos termos do art. 37,
§ 6º, da Constituição da República. - A
morte por eletrocussão acarreta a
responsabilidade objetiva do prestador
do serviço público, prevalecendo essa ======================
responsabilidade ainda que tenha
havido culpa concorrente, mas não Tribunal de Justiça do Estado
exclusiva, da vítima.
Súmula: NEGARAM PROVIMENTO AO do Pará
RECURSO. ======================

Íntegra do Acórdão Nº ACÓRDÃO: 75205


Nº PROCESSO: 200530045960
índice RECURSO: APELACAO CIVEL
------------------------- RELATOR: LEONAM GONDIM DA
Número do processo: CRUZ JUNIOR
1.0000.00.290572-7/001(1)
Relator: EDGARD PENNA AMORIM EMENTA: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL
Data do Julgamento: 18/11/2004 - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DANOS
MORAIS RESPONSABILIDADE CIVIL
Ementa: ADMINISTRATIVO – AÇÃO SUBJETIVA CARACTERIZAÇÃO -
DE INDENIZAÇÃO – MORTE CAUSADA Funcionários da empresa ré
POR CONTATO COM CABO CONDUTOR procederam uma ligação indevida, ou
DE ENERGIA – DESCUIDO DA VÍTIMA seja de um poste até a balsa, onde
NA ADOÇÃO DE MEDIDAS deixaram um fio elétrico descascado,
PREVENTIVAS – CULPA causando choque elétrico nos rapazes
CONCORRENTE – DANOS MATERIAIS que caindo no rio, debateram-se até a
– FIXAÇÃO. 1. Em ação de morte Redução do quantum
indenização movida em face da CEMIG indenizatório Procedência -
com base no falecimento de pai de Proporcionalidade e razoabilidade -
família por contato com cabos Recurso conhecido e parcialmente
condutores de energia elétrica, os provido Unânime.
quais estavam desencapados e
situados bem próximos ao prédio onde Íntegra do Acórdão
ele executava serviços de empreitada,
cabe reconhecer a culpa concorrente índice
da vítima que, apesar de ciente do -------------------------
risco ao qual estava submetido, não RECURSO: APELACAO CIVEL
adotou todas as medidas preventivas Nº ACÓRDÃO: 56072
que lhe cabiam. 2. Uma vez Nº PROCESSO: 200430045870
reconhecida a culpa concorrente da RELATOR: ELIANA RITA DAHER
vítima, impõe-se fixar os danos ABUFAIAD
materiais em valor inferior ao
estabelecido nos votos majoritários. 3. EMENTA: PROCESSUAL CIVIL.
Embargos infringentes acolhidos. INDENIZAÇÃO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO DE ACÓRDÃO
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PROFERIDO EM APELAÇÃO CÍVEL COM Tribunal de Justiça do Estado
EFEITOS MODIFICATIVOS.
CONTRADIÇÃO. INOCORRÊNCIA. ART. do Paraná
535 DA LEI ADJETIVA CIVIL. ======================
DESNECESSÁRIA A PRONÚNCIA
QUANTO À APLICAÇÃO DE Processo: 0512445-0
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA EM SEDE Nº do Acórdão: 14209
DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS. Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível
PEDIDO NÃO FORMULADO NA Recurso: Apelação Cível
INSURGÊNCIA DO RECURSO DE Relator: Antonio Ivair Reinaldin
APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Julgamento: 12/02/2009
PRONINCIAMENTO SOMENTE SOBRE
AS QUESTÕES QUE FORAM OBJETOS DECISÃO: Acordam os
DE REFORMA. REJEITADOS À Desembargadores integrantes da
UNANIMIDADE. I- DECISÃO Nona Câmara Cível do E. TRIBUNAL
CORRETAMENTE ANALISADA, SENDO DE JUSTIÇA, do Estado do Paraná, por
INEXISTENTE AS ALEGADAS unanimidade de votos, em dar parcial
CONTRADIÇÕES SUSTENTADAS PELA provimento aos recursos de apelação
EMBARGANTE, RATIFICANDO-SE A (1) e (2), nos termos do voto do
CONDENAÇÃO POR DANOS MORAIS, Relator. EMENTA: Apelação cível.
OBSERVANDO-SE AS PROVAS Indenização. Cabos energizados
CONTIDAS NOS AUTOS. passando por entre galhos de árvore.
FUNDAMENTOS DISCUTIDOS E Descarga elétrica. Rede de alta
ANALISADOS EM HARMONIA tensão. Eletroplessão. Ausência de
PERFEITA COM AS DISPOSIÇÕES prevenção, manutenção e fiscalização.
LEGAIS. II- APLICAÇÃO DE Risco da atividade. Legitimidade
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA À passiva configurada. Irmãos.
SENTENÇA. PEDIDO QUE DEVERIA Legitimidade ativa. Concessionária de
TER SIDO APRESENTADO serviço público. Responsabilidade
EXPRESSAMENTE A QUANDO DA objetiva. Nexo de causalidade. Dano
INTERPOSIÇÃO DA APELAÇÃO. material devido. Dano moral. Mãe e
PRONUNCIAMENTO SOMENTE SOBRE filho. Quantum majorado. Pensão.
AS QUESTÕES QUE FORAM OBJETOS Necessidade de adequação. Juros e
DO RECURSO. III- VIA INADEQUADA correção monetária. Termo inicial.
EM SEDE DE EMBARGOS Honorários advocatícios. Correta
DECLARATÓRIOS PARA A RÉ fixação. I - A legitimidade para figurar
EMBARGANTE BUSCAR O REEXAME JÁ no pólo passivo da demanda é da
DECIDIDA. IV- CASO INOCORRENTES Copel, considerando o risco da
OS VÍCIOS APONTADOS PELO atividade que desenvolve e a
RECORRENTE, REJEITAM-SE OS responsabilidade pelo fornecimento de
EMBARGOS DECLARATÓRIOS, NO energia elétrica nos cabos energizados
REAL SENTIDO À EXPRESSÃO que provocaram a morte da vítima. II
CONTIDA NO ART. 535 DO CPC. V- - Os irmãos da vítima detêm
EMBARGOS DECLARATÓRIOS legitimidade ativa para pleitearem
CONHECIDOS E DESACOLHIDOS. indenização por dano moral,
fundamentada na dor da perda, diante
índice da presunção júris tantum do laço
------------------------- afetivo existente entre eles. III -
Inadmissível a conduta da
concessionária de energia elétrica em
====================== não proceder a manutenção,
prevenção e fiscalização dos cabos
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elétricos de alta tensão que -------------------------
encontravam em contato com o Processo: 0454054-7
caquizeiro, falhando com a prestação Nº do Acórdão: 11754
de serviço público de qualidade. IV - Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível
Tratando-se de responsabilidade Recurso: Apelação Cível
objetiva, a obrigação de indenizar por Relator: José Augusto Gomes Aniceto
dano moral tem lugar quando restar Julgamento: 11/09/2008
comprovado, como na espécie, o nexo
de causalidade entre a conduta DECISÃO: ACORDAM, os Senhores
imputada e o dano sofrido pela vítima. integrantes da Nona Câmara Cível do
V - A pensão mensal de 2/3 do salário Tribunal de Justiça do Estado do
mínimo é devida para mãe e filho, Paraná, por unanimidade de votos, em
este menor impúbere. VI - Os juros dar parcial provimento aos recursos
moratórios fluem a partir do evento de apelação, nos termos do voto do
danoso, em caso de responsabilidade Desembargador Relator. EMENTA:
extracontratual (Súmula 54 do STJ). APELAÇÃO CÍVEL 1 - AÇÃO DE
VII - A correção monetária tem INDENIZAÇÃO - MORTE POR
incidência sobre dívida por ato ilícito, DESCARGA ELÉTRICA - COMPANHEIRA
a partir da data do efetivo prejuízo DO AUTOR - LUCROS CESSANTES -
(Súmula 43 do STJ). VII - Deve ser NÃO DESINCUMBÊNCIA DO ÔNUS DA
mantido o índice adotado pela PROVA - INC. I DO ART. 333 DO CPC -
sentença para atualização do débito - IMPOSSBILIDADE DE CONCESSÃO -
INPC- por ser o que melhor reflete a DANO MORAL - VALOR
desvalorização da moeda. Os juros de CORRETAMENTE FIXADO - CORREÇÃO
mora são devidos desde a data do MONETÁRIA - TERMO INICIAL DE
evento danoso, observado o INCIDÊNCIA - EVENTO DANOSO -
percentual 0,5% (meio por cento) ao APLICAÇÃO DA SÚMULA 43 DO STJ -
mês até a entrada em vigor do atual HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS -
Código Civil e, a partir daí, 1% (um FIXAÇÃO ADEQUADA - ÔNUS DA
por cento) ao mês. VIII - O dano SUCUMBÊNCIA CORRETAMENTE
moral ocorre in re ipsa; ou seja, da DISTRIBUÍDOS - OBSERVÂNVIA DOS
própria violação do direito ou bem ARTS. 20, §3º E 21, AMBOS DO CPC
tutelado, sendo despicienda a RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO
comprovação do reflexo patrimonial APELAÇÃO CÍVEL 2 - AÇÃO DE
ou dos prejuízos decorrentes do abalo INDENIZAÇÃO - MORTE POR
emocional sofrido pelos pais, filhos e DESCARGA ELÉTRICA - COPEL -
irmãos da vítima. IX - O quantum CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO DE
indenizatório deve ser fixado ENERGIA ELÉTRICA -
observando-se os princípios da COMPORTAMENTO OMISSIVO DA
proporcionalidade e razoabilidade, não CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
podendo mostrar-se pequeno a ponto PÚBLICO - TEORIA DA
de chegar às raias do inexpressivo, RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA
ficando longe de seu objetivo. X - Os AFASTADA - APLICAÇÃO DA TEORIA
honorários advocatícios devem DA RESPONSABILIDADE CIVIL
corresponder à justa fixação, de forma SUBJETIVA - EXCLUDENTES DA
a remunerar condignamente o RESPONSABILIDADE CIVIL AUSENTES
advogado. XI - Recursos (1) e (2) - FORÇA MAIOR NÃO CARACTERIZADA
parcialmente providos. - POSTE DE ENERGIA ELÉTRICA
AVARIADO - DESÍDIA DOS
Íntegra do Acórdão PREPOSTOS DA COPEL - CULPA
DEVIDAMENTE CONFIGURADA NA
índice MODALIDADE DE NEGLIGÊNCIA -
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DEVER DE INDENIZAR DA COPEL E DE -------------------------
SEUS PREPOSTOS PRESENTE - Apelação 5594874800
MANUTENÇÃO DO VALOR DA Relator(a): Enio Zuliani
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - Órgão julgador: 4ª Câmara de
JUROS DE MORA - TERMO INICIAL - Direito Privado
EVENTO DANOSO - APLICAÇÃO DA Data do julgamento: 04/06/2009
SÚMULA 54 DO STJ - JUROS DE MORA
À BASE DE 0,5% ATÉ A ENTRADA EM Ementa: Responsabilidade civil -
VIGOR DO CC DE 2002 E A PARTIR DE Morte de transeunte e de sua filha por
ENTÃO DE 1% AO MÊS - ARTS. 460 eletrocussão ao transpor tronco de
CC/02 C/C 161 DO CTN RECURSO árvore eletrificado - Cabe à
PARCIALMENTE PROVIDO. concessionária de serviço público, que
distribui e fornece energia elétrica, de
Íntegra do Acórdão forma onerosa, o dever de indenizar
quando a queda da árvore arrasta fios
índice que, entrelaçados aos galhos,
------------------------- continuam transmitindo energia -
Indenização devida para reparar os
====================== danos e compensar o marido e pai
pela morte dos entes queridos, com
Tribunal de Justiça do Estado indenização de R$ 100.000,00 -
Sentença mantida - Não provimento.
de São Paulo
====================== índice

Apelação Com Revisão -------------------------


3153044400 Apelação 5310065300
Relator(a): Luiz Ambra Relator(a): Luis Ganzerla
Órgão julgador: 8ª Câmara de Órgão julgador: 11ª Câmara de
Direito Privado Direito Público
Data do julgamento: 26/08/2009 Data do julgamento: 27/04/2009

Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL - Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL -


Eletrocussão - Vítima a habitar Falecimento de menor por
construção irregularmente edificada, eletroplessão em torre de alta tensão
próxima a poste com fiação de alta - Alegação de culpa da concessionária
tensão - Loteamento clandestino, em de energia elétrica por falha na
zona de preservação permanente, nas conservação de uma das cercas de
proximidades da Represa Billings arame ao redor da sub-estação -
Alegação de que a corrente elétrica Irrelevância, pois a segunda cerca
teria puxado a haste de metal que estava em perfeitas condições e foi
empunhava, na laje de cobertura de transposta pela vitima por meio de
seu imóvel, desmentida pela perícia e escalada - Falta de nexo causai e
por testemunha da própria autora - ocorrência de culpa exclusiva da
Alegação de a fiação estar vítima - Ação improcedente - Recurso
desencapada, em mal estado de dos autores não provido - Incabível a
conservação, igualmente responsabilização de concessionária
despropositada; fios de alta tensão de energia elétrica pela morte de
são sempre desencapados - menor por eletroplessão. após
Improcedência bem decretada, apelo descarga em torre de transmissão, em
improvido. razão de falha de manutenção de uma
índice das cercas de arame, se havia
segunda cerca de segurança mantida
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em perfeitas condições, o que não tensão que, desafortunadamente,
impediu a vítima de transpô-la e provocou a eletrocussão do esposo e
atingir o local onde veio a falecer. pai das autoras

índice índice

------------------------- -------------------------
Apelação Com Revisão Apelação Com Revisão
2215734000 5810114300
Relator(a): Christine Santini Relator(a): Vito Guglielmi
Órgão julgador: 5ª Câmara de Órgão julgador: 6ª Câmara de
Direito Privado Direito Privado
Data do julgamento: 08/04/2009 Data do julgamento: 31/07/2008

Ementa: Apelação Cível. Ação de Ementa: INDENIZAÇÃO.


indenização por danos materiais e RESPONSABILIDADE CIVIL DANOS
morais, decorrentes de acidente OCASIONADOS A PARTIR DA
provocado por descarga elétrica de ELETROCUSSÃO DO AUTOR
grandes proporções, causando a COMPROVADA A IRREGULARJDADE NA
morte do filho dos autores - Não INSTALAÇÃO DA REDE DE
caracterização da responsabilidade da TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE
concessionária de energia elétrica por ENERGIA ELÉTRICA
"faute du service" - Manutenção da R. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA
Sentença. Nega-se provimento ao CONCESSIONÁRIA CONFIGURADA
recurso. IRRELEVÂNCIA DA SITUAÇÃO DO
índice IMÓVEL CULPA CONCORRENTE.
ENTRETANTO, RECONHECIDA AUTOR
------------------------- QUE FOI IMPRUDENTE NA
Apelação Sem Revisão REALIZAÇÃO DE OBRA DE REFORMA
1087323009 EM RESIDÊNCIA RECURSOS
Relator(a): Adilson de Araujo IMPROV1DOS LUCROS CESSANTES.
Órgão julgador: 31ª Câmara de RECONHECIMENTO LESÃO QUE
Direito Privado GEROU INCAPACIDADE LABORATIVA
Data do julgamento: 17/02/2009 RELATIVA QUE. NO CASO, IMPEDE O
Ementa: PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. EXERCÍCIO DAS OCUPAÇÕES
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS HABITUAIS DE PEDREIRO FIXAÇÃO
MATERIAIS E MORAIS. COLISÃO DE PARCIMONIOSA QUE NÃO DESCUROU
VEÍCULO AUTOMOTOR EM POSTE DA DA CONCORRÊNCIA DE CULPA VALOR
REDE ELÉTRICA. RUPTURA DE FIO DE ESTABELECIDO EM SALÁRIOS
ALTA TENSÃO. MORTE POR MÍNIMOS POSSIBILIDADE VERBA
ELETROCUSSÃO. RESPONSABILIDADE ALIMENTAR PRECEDENTES DO STF
DA CONCESSIONÁRIA. NÃO RECURSOS IMPROVIDOS DANO
CONFIGURAÇÃO. INAPLICAÇÃO DO ESTÉTICO. OCORRÊNCIA
ART. 37, § 6o, DA CF/88. VÍTIMA COMPREENSÃO DA REPARAÇÃO DA
FATAL. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. LESÃO MORAL VERBA ARBITRADA
IMPROVIDO O APELO DAS AUTORAS. MODICAMENTE QUE NÃO DESTOOU
Ao contrário do que sustentam as DO CRITÉRIO USUALMENTE
autoras, as provas coligidas nos autos UTILIZADO RECURSOS IMPROVIDOS
são conducentes à formação de um EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
seguro juízo de certeza no sentido de FINALIDADE PROTELATÓRIA
que a causa da morte da vitima, foi a RECONHECIMENTO INSURGÊNCIA
colisão do automóvel com o poste, ININTELIGÍVEL MANUTENÇÃO DA
ensejando a ruptura do fio de alta CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
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MULTA RECURSO DA RÉ IMPROVIDO DESPROVIMENTO. 1 - Havendo o
DENUNCIAÇÃO DA LIDE. PRETENDIDO Egrégio Tribunal a quo decidido, com
RECONHECIMENTO A DE base nas provas dos autos, pela
SOLIDARIEDADE responsabilidade da concessionária de
LITISCONSORCIALMENTE energia elétrica no evento danoso e a
DENUNCIANTE E DENUNCIADA sua obrigação de indenizar, é vedado
AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL a esta Corte Superior reexaminar a
RECURSO DA RE NÃO CONHECIDO. questão, a teor da Súmula 07/STJ.
índice (cf: REsp 113.908/SP, DJU de
29.05.1998 e REsp 111.298/SC, DJU
------------------------- de 22.05.2000). 2 - No que pertine ao
Embargos Infringentes valor arbitrado a título de indenização,
2523424202 a quantia estipulada pela Corte a quo
Relator(a): Adriana Borges de é de ser mantida, já que se encontra
Carvalho nos padrões da razoabilidade, não
Órgão julgador: 9ª Câmara de sendo ínfima e nem excessiva.
Direito Privado A Precedente (REsp 514.384/CE). 3 -
Data do julgamento: 09/10/2007 Agravo Regimental conhecido, porém,
desprovido.
Ementa: Embargos Infringentes -
Indenização por dano moral - Íntegra do Acórdão
Eletrocussão - Culpa exclusiva da índice
vitima demonstrada - Afastada a
responsabilidade civil da empresa de -------------------------
eletricidade - Inversão do julgado AgRg no Ag 1076643
colegiado, para manter a sentença Ministro MASSAMI UYEDA
monocrática proferida nos autos - Decisão: 05/02/2009
Embargos providos.
índice AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO - AÇÃO DE
------------------------- INDENIZAÇÃO - DANOS MATERIAIS E
====================== MORAIS - DESCARGA ELÉTRICA -
MORTE - NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
Superior Tribunal de Justiça JURISDICIONAL - NÃO-OCORRÊNCIA -
NEXO CAUSAL – EXISTÊNCIA - CULPA
====================== EXCLUSIVA DA VÍTIMA -
INEXISTÊNCIA - ENTENDIMENTO
AgRg no Ag 534712 OBTIDO DA ANÁLISE DO CONJUNTO
Ministro JORGE SCARTEZZINI FÁTICO-PROBATÓRIO - REEXAME DE
Decisão: 14/09/2004 PROVAS - IMPOSSIBILIDADE -
APLICAÇÃO DA SÚMULA N. 7/STJ -
PROCESSO CIVIL - AGRAVO DE DANO MORAL – VALOR DA
INSTRUMENTO - NEGATIVA DE CONDENAÇÃO QUE NÃO PODE SER
PROVIMENTO - AGRAVO REGIMENTAL CONSIDERADO ABUSIVO - PENSÃO
- RESPONSABILIDADE CIVIL - MENSAL - TERMO FINAL - APLICAÇÃO
INDENIZAÇÃO - MORTE DE FILHO DA SÚMULA N. 83/STJ - RECURSO
MENOR - ELETROCUSSÃO - AFERIÇÃO IMPROVIDO.
DE CULPA, NEXO DE CAUSALIDADE E
PREJUÍZOS PELA INSTÂNCIA Íntegra do Acórdão
ORDINÁRIA - IMPOSSIBILIDADE DE índice
REEXAME - SÚMULA 07/STJ - VALOR
INDENIZATÓRIO - FIXAÇÃO NOS -------------------------
PADRÕES DA RAZOABILIDADE -
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Autora requerendo o deferimento de
prova testemunhal emprestada. Oitiva
Falta de Energia Elétrica de testemunha em sede de A.I.J.
realizada em Ação Indenizatória
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA: proposta no Juizado Especial Cível da
Comarca de Itaboraí. Evidente a
RIO DE JANEIRO identidade das causas de pedir dos
ACRE feitos Indenizatórios, ou seja, a
ALAGOAS suspensão de energia elétrica na Rua
AMAPÁ onde residem os Autores de ambas as
BAHIA Demandas. II - Oitiva de testemunha
CEARÁ um dia após a prolação da R.
DISTRITO FEDERAL Sentença ora vergastada. Forçoso o
ESPÍRITO SANTO seu acolhimento como prova
GOIÁS emprestada, pois não foi oportunizada
MARANHÃO pela I. Juíza a quo a produção de
MATO GROSSO prova testemunhal neste feito, diante
MATO GROSSO DO SUL do julgamento antecipado da lide.
MINAS GERAIS Fato superveniente sobre o qual não
PARANÁ tinha a Parte Autora conhecimento
RIO GRANDE DO SUL anterior. Autorizada sua análise na
SÃO PAULO forma do disposto no art. 397 do CPC.
SANTA CATARINA III - Identidade de Réus em ambos os
SERGIPE feitos, havendo sua participação na
A.I.J. em que foi colhida a prova
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA testemunhal emprestada em voga.
Inexistência de qualquer ofensa ao
contraditório e ampla defesa em seu
acolhimento nesta sede. Ausência de
qualquer impugnação da Recorrida nas
contra-razões quanto ao pleito de
acolhimento da prova emprestada em
======================
comento. IV - Depoimentos colhidos
Tribunal de Justiça do Estado deixando cristalina a ocorrência da
suspensão de energia elétrica na rua
do Rio de Janeiro em que residem as Autoras. Evidentes
os danos causados pela falta de
======================
energia elétrica em uma residência
por dois dias. Reconhecido o dever de
0005791-63.2009.8.19.0087 -
indenizar da Recorrida diante da falha
APELAÇÃO
em sua prestação de serviço. Exegese
DES. REINALDO P. ALBERTO FILHO
do artigo 14 do CDC. V - R. Sentença
Julgamento: 03/12/2009
que se reforma a fim de julgar
QUARTA CAMARA CIVEL
procedente o pedido para condenar o
Réu a indenizar as Autoras pelos
E M E N T A: Ação de Indenização.
danos causados, bem como em custas
Suspensão do fornecimento de energia
e honorários advocatícios de 10% (dez
na residência das Autoras por dois
por cento) sobre o valor da
dias. I - Improcedência em virtude da
condenação, na forma do artigo 20 §
ausência de provas contundentes do
3º do CPC. Entendimentos reiterados
alegado corte de energia elétrica na
e sucessivos dos Tribunais Superiores,
residência das Autoras. Julgamento
o que autoriza a aplicação do § 1º- A
antecipado da lide. Apelação da
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do art. 557 do C.P.C. que se mostra fundamento nos artigos 14 e 22 do
possível, atendidos aos requisitos CDC, foi reconhecida em decorrência
legais. Provimento. da inadequada prestação do serviço
ao consumidor, o que acarretou para a
autora a lesão extrapatrimonial
Íntegra do Acórdão injusta, surgindo para a ré o dever de
indenizar fundado na teoria do risco
índice do empreendimento. 4. Considerando
------------------------- que no caso o dano moral emerge in
0002188-76.2005.8.19.0004 "re ipsa" e que, sem qualquer dúvida,
(2009.001.56271) - APELACAO foi o ato negligente da ré, ora
DES. MIGUEL ANGELO BARROS apelante o causador deste, cumpre à
Julgamento: 22/02/2010 mesma pagar a correspondente
DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL indenização, devendo esta se
aproximar de uma compensação capaz
AÇÃO INDENIZATÓRIA PROPOSTA EM de amenizar o constrangimento
FACE DA PRESTADORA DE SERVIÇO experimentado. 5. A doutrina e a
PÚBLICO, AO ARGUMENTO DE jurisprudência, com o objetivo de
CONSTANTE INTERRUPÇÃO NO delimitar e contornar os valores
FORNECIMENTO DE ENERGIA devidos indicam que a fixação do
ELÉTRICA. SENTENÇA DE "quantum" indenizatório deve
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. orientar-se pelos critérios da
APELAÇÃO DA RÉ. 1. O laudo razoabilidade e da proporcionalidade,
elaborado pelo "expert" nomeado pelo levando-se em consideração a
Juízo confirmou os números de extensão do dano, a condição
protocolos de reclamações feitas pela econômica das partes e os objetivos
autora e seus vizinhos no período do instituto. 6. Ponderados os critérios
indicado, e só não pode ser melhor e fins da verba indenizatória, de se
elaborado porque, apesar de ter ver que para o caso, aos critérios
requisitado à ré o seu relatório anual normais adotados na Câmara, a verba
para o aquele ano (onde deveria definida pela sentença em R$8.000,00
conter as indicações das causas de (oito mil reais), se apresenta elevada,
interrupções gerais de fornecimento devendo ser reduzida para R$6.000,00
de energia elétrica para a rua da (seis mil reais). 7. Apelo a que dou
autora), e reiterado o pedido por três parcial provimento (art. 557, § 1º-A,
vezes, não foi atendido. 2. Na do CPC).
qualidade de prestadora de serviços, a
requerida deve zelar pela qualidade Íntegra de Acórdão
dos mesmos, realizando toda a
manutenção necessária a permitir que índice
seus equipamentos estejam sempre
em plenas condições de uso, -----------------------
efetuando, se for o caso, as 0015367-51.2008.8.19.0205
substituições daqueles que (2009.001.64372) - APELAÇÃO
apresentarem qualquer defeito, com o DES. LETICIA SARDAS
escopo de prestar sempre um serviço Julgamento: 25/11/2009
de qualidade, ainda mais em se VIGESIMA CAMARA CIVEL
tratando de serviço essencial. 3.
Assim, não resta dúvida sobre a AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C
ocorrência da interrupção no INDENIZAÇÃO. RELAÇÃO DE
fornecimento de energia elétrica, e a CONSUMO. FALHA DO SERVIÇO.
responsabilidade objetiva da ré, com DOCUMENTOS COMPROVAM QUE A

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QUEIMA DO APARELHO DE TELEVISÃO ponto. 8. Insurge-se o agravante
FOI SOBRECARGA NA REDE somente quanto ao valor arbitrado a
ELETRICA. AUSÊNCIA DE PROVA título de danos morais, pretendendo,
QUANTO À INEXISTÊNCIA DO assim, sua redução, conforme pedido
ACIDENTE DE CONSUMO ALEGADO específico às fls. 81. 9. Razão lhe
OU DO NEXO CAUSAL ENTRE O FATO assiste. Diante da falha na prestação
E O DANO. DANO MATERIAL. DANO do serviço, apenas um aparelho
MORAL. VALOR EXCESSIVAMENTE eletrônico restou danificado, em que
ARBITRADO. REDUÇÃO. REFORMA. pese ser o televisor, utilizado como
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. O meio de comunicação de informação e
autor afirma que em 9 de dezembro lazer, sendo certo que havia outro
de 2007 o fornecimento de energia televisor em sua residência, embora
elétrica foi interrompido três vezes no menor. 10. Desta maneira, merece ser
intervalo de menos de um minuto, e reformada a sentença no tocante ao
quando restabelecido o serviço, sua valor da verba indenizatória pelo dano
televisão não mais ligou. 2. Verifica- moral, que deve ser reduzido para R$
se, assim, que a hipótese dos autos é 2.500,00 (dois mil e quinhentos
de relação de consumo. Por reais), em observância aos princípios
conseguinte, a responsabilidade da ré/ da razoabilidade e da
apelante, fornecedora de serviços, é proporcionalidade, ao critério punitivo
objetiva e tem fundamento no risco do pedagógico do instituto, à extensão do
empreendimento estando o dano à capacidade econômica do
consumidor desonerado do ônus de ofensor, bem como a intensidade e
provar a culpa do réu/apelante, no duração do sofrimento experimentado.
evento danoso, sendo ônus do 11. Provimento do recurso."
produtor ou do fornecedor a prova
excludente do nexo de causalidade. 3. Íntegra do Acórdão
Não obstante objetiva sua índice
responsabilidade em razão do risco do
empreendimento, necessária a prova -------------------------
do fato, do dano e do nexo causal 0000460-70.2008.8.19.0076
entre estes. 4. Parte autora que fez (2009.001.67728) - APELAÇÃO
prova do fato constitutivo de seu DES. SIRLEY ABREU BIONDI
direito, nos termos do artigo 333, I, Julgamento: 17/11/2009
CPC, trazendo aos autos documentos DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
que comprovam que a queima do
aparelho de televisão decorreu de Ação Indenizatória. Casamento que
sobrecarga de energia. 5. O réu, por não se realizou a contento por falta de
sua vez, em que pese a tentativa de energia elétrica na igreja. Sentença de
afastar o direito do autor, não logrou procedência. Indenização por danos
êxito em fazê-lo, pois não demonstrou morais fixada em R$ 9.000,00 (nove
que a inocorrência da falha na mil reais). Inconformismo da
prestação do serviço (oscilação de concessionária ré. AMPLA, no pólo
energia), que a descarga não poderia passivo. Demanda que se subsume
ter sido a causa da queima da aos ditames do CDCON. Comprovação
televisão, ou mesmo que o evento in re ipsa dos transtornos e dissabores
decorreu de culpa exclusiva do causados, que extrapolam os meros
consumidor. 6. Falha na prestação do aborrecimentos. Verba indenizatória
serviço caracterizada. 7. Danos arbitrada em consonância aos
materiais mantidos na forma fixada na princípios da proporcionalidade e da
sentença, eis que não há pedido razoabilidade em relação à extensão
específico no sentido de reforma neste do dano. Questão amplamente

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debatida nas Câmaras Cíveis, o que Apelação Cível. Rito ordinário. Ação
autoriza exame e decisão pela indenizatória. Falha no serviço de
Relatoria, nos termos do art. 557 do fornecimento de energia elétrica.
CPC, razão pela qual NEGO Queima de aparelho eletrônico.
SEGUIMENTO AO RECURSO Responsabilidade da concessionária
apelante. Danos materiais
comprovados. Dano moral não
Íntegra do Acórdão configurado. Mero aborrecimento.
Indenização indevida. Jurisprudência
índice do TJ/RJ. PARCIAL PROVIMENTO DO
------------------------- PRIMEIRO RECURSO E
0016916-92.2005.8.19.0014 IMPROVIMENTO DO SEGUNDO.
(2009.001.60950) - APELAÇÃO
DES. NORMA SUELY Íntegra do Acórdão
Julgamento: 29/10/2009 índice
DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL
-------------------------
APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO. 0003510-42.2006.8.19.0087
RELAÇÃO DE CONSUMO. (2009.005.00303) - EMBARGOS
PRESTADORA DE SERVIÇOS DE INFRINGENTES
ELETRICIDADE. FALTA DE ENERGIA DES. CELSO FERREIRA FILHO
ELÉTRICA. RESPONSABILIDADE Julgamento: 27/10/2009
OBJETIVA. PROCEDÊNCIA DO DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL
PEDIDO. RECURSO DE AMBAS AS
PARTES. ENQUANTO O AUTOR EMBARGOS INFRINGENTES.
PRETENDE A MAJORAÇÃO DA VERBA RESPONSABILIDADE CIVIL.
INDENIZATÓRIA, A CONCESSIONÁRIA "APAGÃO". FALTA DE ENERGIA
POSTULA A NULIDADE DA SENTENÇA, ELÉTRICA EM NOITE DE REVEILLON.
ALEGANDO CERCEAMENTO DE TEMPORAL. CASO FORTUITO. FORTES
DEFESA OU A REDUÇÃO DA VERBA CHUVAS QUE ATINGIRAM A REGIÃO,
INDENIZATÓRIA. FORTES CHUVAS. COMPROVADAS POR MATÉRIAS
FATO NOTÓRIO. OCORRÊNCIA DE JORNALÍSTICAS E QUE SÃO, ALÉM
FORTUITO EXTERNO, EXCLUDENTE DE DISSO, DE CONHECIMENTO GERAL.
RESPONSABILIDADE. NÃO VOTO VENCIDO QUE DEVE
CONFIGURAÇÃO DE DANO MORAL. PREVALECER. RESTABELECIMENTO DA
PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL. SENTENÇA MONOCRÁTICA, PELA
DESPROVIMENTO DO PRIMEIRO IMPROCEDÊNCIA. PROVIMENTO DO
RECURSO E PROVIMENTO DO RECURSO.
SEGUNDO.
Íntegra do Acórdão
índice
Íntegra do Acórdão
-------------------------
índice 0009879-45.2008.8.19.0002
(2009.001.40461) - APELAÇÃO
------------------------- DES. ELTON LEME
0008156-95.2007.8.19.0205 Julgamento: 07/10/2009
(2009.001.53429) - APELAÇÃO DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL
DES. PEDRO SARAIVA ANDRADE
LEMOS APELAÇÃO CÍVEL. RITO SUMÁRIO.
Julgamento: 07/10/2009 INDENIZATÓRIA. CONSUMIDOR.
DECIMA CAMARA CIVEL DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA.
INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO DE
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FORNECIMENTO DE ENERGIA IMPÕE AO AUTOR O ENCARGO DE
ELÉTRICA. "APAGÃO" NA NOITE DE DEMONSTRAR O FATO CONSTITUTIVO
NATAL DE 2006. FORTUITO EXTERNO. DO SEU DIREITO (ART. 333, I, DO
AUSÊNCIA DE NEXO DE CPC) E, COMO REGRA ESPECIAL,
CAUSALIDADE. DANOS MORAIS NÃO ADMITE A INVERSÃO DO ÔNUS
CONFIGURADOS. 1. Rejeita-se a DESSA PROVA (LEI 8.078/90, ART. 6º,
preliminar de decadência, pois a VIII).2-A INVERSÃO DO ÔNUS NÃO É
demanda objetiva o ressarcimento dos IMPOSITIVA, ESTANDO
alegados danos morais decorrentes de SUBORDINADA À AVALIAÇÃO
fato do consumo, submetendo-se ao JUDICIAL DA VEROSIMILHANÇA OU
prazo prescricional qüinqüenal HIPOSSUFICIÊNCIA DO TOMADOR,
previsto no artigo 27 do Código de BEM COMO DAS DEMAIS
Defesa do Consumidor, que no caso CIRCUNSTÂNCIAS DELIMITADAS NA
não operou seus efeitos. 2. O conjunto LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA.3 - O
probatório produzido nos autos, FORTE TEMPORAL CONSISTIU EM
somado à notoriedade dos fatos, FATO INEVITÁVEL, APTO E
aponta para a ocorrência de fortuito SUFICIENTE AO ROMPIMENTO DO
externo, à medida que a intensidade NEXO CAUSAL IN CASU, UMA VEZ
do temporal do dia 24/12/2006 QUE A RÉ SÓ TEM O DEVER DE
superou os padrões de previsibilidade MANTER COM EFICIÊNCIA O
e se tornou indubitavelmente FORNECIMENTO DE ENERGIA
inevitável. 3. Fortuito externo que ELÉTRICA EM CONDIÇÕES
rompe o nexo causal, afastando a ABRIGADAS PELA
responsabilidade estatuída no artigo NORMALIDADE.NEGADO PROVIMENTO
14, caput, do CDC, inexistindo a AO RECURSO
obrigação de indenizar. 4. Provimento
do recurso. Íntegra do Acórdão
índice
Íntegra do Acórdão
índice -------------------------
0032189-22.2007.8.19.0021
------------------------- (2009.001.00114) - APELAÇÃO
0283383-06.2008.8.19.0001 DES. CARLOS JOSE MARTINS GOMES
(2009.001.32274) - APELAÇÃO Julgamento: 11/05/2009
DES. ANTONIO SALDANHA PALHEIRO DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL
Julgamento: 07/07/2009
QUINTA CAMARA CIVEL Ementa: Responsabilidade civil
objetiva decorrente da má prestação
AÇÃO INDENIZATÓRIA. RELAÇÃO DE de serviço público de fornecimento de
CONSUMO. INDEFERIMENTO DA energia elétrica à apelada, a qual ficou
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA POR sem energia por cerca de quatro dias.
NÃO VISLUMBRAR A Sustentação de caso fortuito externo
HIPOSSUFICIÊNCIA TÉCNICA DA decorrente de sobrecarga na rede que
PARTE AUTORA. AGRAVO RETIDO. não foi comprovada. Por outro lado,
SERVIÇO PÚBLICO. FORNECIMENTO apesar de militar a favor da autora o
DE ENERGIA ELÉTRICA. TEMPORAL. princípio da inversão do ônus da
CONSEQUENCIAS IMPREVISÍVEIS E prova, inclusive o que foi deferido
INEVITÁVEIS. CASO FORTUITO. através de decisão preclusa, a prova
ROMPIMENTO DO NEXO DE testemunhal produzida corroborou
CAUSALIDADE. DEVER DE INDENIZAR com suas alegações. Assim,
AFASTADO. 1- O ORDENAMENTO permanece inalterada a
POSITIVO, COMO REGRA GERAL, responsabilidade civil objetiva da

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apelante, fulcrada na teoria do risco
do empreendimento, impondo-se o Ementa: DIREITO DO CONSUMIDOR.
dever de indenizar pela ineficiência do AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ENERGIA
serviço prestado, em violação ao ELÉTRICA. FORNECIMENTO. SERVIÇO
disposto no artigo 22 do CDC. Dano ESSENCIAL E CONTÍNUO. PRESTAÇÃO
moral configurado, cujo quantum DE SERVIÇO INADEQUADO. QUEDAS
fixado foi devidamente arbitrado em DE ENERGIA. PRECLUSÃO
consonância com os princípios da CONFIGURADA. MEDIDOR DE
razoabilidade e proporcionalidade. CONSUMO. INSTALAÇÃO. UNIDADES
Recurso a que se nega seguimento. CONSUMIDORAS. OBRIGAÇÃO DE
FAZER. EXCEÇÕES. RAZOABILIDADE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
Íntegra do acórdão
índice
índice
-------------------------
-------------------------
0000686-45.2004.8.19.0002 ======================
(2008.001.21672) - APELAÇÃO
DES. ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA Tribunal de Justiça do Estado
Julgamento: 20/05/2008
DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL de Alagoas
======================
DIREITO DO CONSUMIDOR.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE Apelação Cível nº 2001.000947-7
SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA. ACÓRDÃO Nº 1.0577/2006
CONSTANTES INTERRUPÇÕES NO
FORNECIMENTO DE ENERGIA. APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO.
APAGÕES. Alegação de que a EMPRESA INDUSTRIAL. PERDAS E
sobrecarga do sistema decorre da alta DANOS DECORRENTES DE
incidência de furto de energia (gato). REITERADAS E NÃO PREVIAMENTE
Laudo pericial conclusivo de que tais COMUNICADAS DESCONTINUAÇÕES
práticas não justificam a interrupção NO FORNECIMENTO DE ENERGIA
do fornecimento. Dano moral ELÉTRICA. NEXO DE CAUSALIDADE
configurado. Desprovimento do apelo. EVIDENCIADO. INTERRUPÇÕES
RECONHECIDAS. INSUBSISTÊNCIA DA
Íntegra do Acórdão ALEGADA INEXISTÊNCIA DE
índice RESPONSABILIDADE, DADO QUE AS
ANORMALIDADES TEMAM GUARDADO
------------------------- OS LIMITES RECONHECIDOS
TOLERAVEIS PELO DNAEE.
====================== PREVALÊNCIA DO PRECEITO DO ART.
37, § 3°, DA CONSTITUIÇÃO
Tribunal de Justiça do Estado FEDERAL, E DO COMANDO DO ART.
14, § 1°, DO CDC. EMBARGOS DE
do Acre
DECLARAÇÃO DE INDISFARÇÁVEL FIM
====================== ESTRITAMENTE PROCRASTINATÓRIO.
ACERTADA APLICAÇÃO DA SANÇÃO
Processo: 2009.000325-4 PREVISTA PELO ART. 538 DO CÓDIGO
Julgamento: 08/06/2009 DE PROCESSO CIVIL. RECURSO
Órgão Julgador: Câmara Cível APELATÓRIO CONHECIDO POREM
Relator: Desembargadora Eva IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
Evangelista
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índice curto circuito, causando incêndio no
medidor de energia, com as chamas
------------------------- propaladas pelo vento que se dirigia
APELAÇÃO CÍVEL N0 97.0004702 na direção da residência, destruindo
Relator, Des. Adalberto Correia de todo o imóvel, não se pode eximir a
Lima empresa fornecedora da culpa
ACÓRDÃO N0 1.126/97 objetiva. 2) Recurso a que se negou
provimento.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE Íntegra do Acordão


INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS índice
INTERRUPÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
SEM PRÉVIA COMUNICAÇÃO. Indústria -------------------------
PARALISADA. LUCROS CESSANTES Número Processo: 519/98
RECLAMADOS. RESPONSABILIDADE Relator: Juiz Convocado RAIMUNDO
CIVIL. RISCO ADMINISTRATIVO. VALES
LAUDO PERICIAL E SUA CONCLUSÃO. Classe: APELAÇÃO CÍVEL
A UNANIMIDADE DE VOTOS TOMOU- Número Acórdão: 2655
SE CONHECIMENTO DO RECURSO Data do Julgamento: 09/12/1998
PARA LHE NEGAR PROVIMENTO,
MANTENDO INTACTA A SENTENÇA CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
RECORRIDA, DEVENDO A MESMA RESPONSABILIDADE CIVIL.
FAZER PARTE INTEGRANTE DO CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA
ACÓRDÃO. ELÉTRICA. INCÊNDIO CAUSADO POR
CURTO CIRCUITO. AUSÊNCIA DE
índice NEXO CAUSAL ENTRE O FATO E O
------------------------- SERVIÇO PÚBLICO. IMPROCEDÊNCIA.
A responsabilidade civil das pessoas
====================== jurídicas de direito privado prestadora
de serviço público, embora de
Tribunal de Justiça do Estado natureza objetiva, com base no risco
administrativo, somente ocorre em
do Amapá
face à existência de nexo causal entre
====================== o dano e a ação administrativa; 2) Em
caso de incêndio residencial causado
Número Processo: 917/01 por curto circuito elétrico, cumpre ao
Relator: Desembargador DÔGLAS interessado demonstrar que este
EVANGELISTA resultou de defeito, falha, imperfeição
Classe: APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA ou omissão de serviço confiado à
EX-OFFÍCIO execução da economia mista
Número Acórdão: 4661 concessionária de energia elétrica,
Data do Julgamento: 18/12/2001 sem o que, é de regra a
improcedência da ação; 3) Recurso
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO provido.
DE REPARAÇÃO DE DANOS –
INCÊNDIO EM RESIDÊNCIA - CURTO Íntegra do Acórdão
CIRCUITO – INADEQUADA índice
INSTALAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
POR PARTE DA FORNECEDORA - -------------------------
CULPA OBJETIVA - 1) Se a empresa ======================
fornecedora instalou energia elétrica
em residência, sem a fiação e
instrumentos adequados para evitar
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Tribunal de Justiça do Estado Relator: Desembargadora. MARIA
IRACEMA DO VALE HOLANDA
da Bahia
====================== Ementa: DIREITO CIVIL E
ADMINISTRATIVO.
APELAÇÃO 566-5/2007 RESPONSABILIDADE CIVIL DO
Órgão Julgador: QUARTA CÂMARA ESTADO. TEORIA DO RISCO. CULPA
CÍVEL IRRELEVANTE. ART. 37, §6º - CF/88.
Relator: ANTONIO PESSOA CARDOSO ACIDENTE DE TRÂNSITO. ATO ILÍCITO
Data do Julgamento: 14/02/2007 E NEXO CAUSAL IMPUTADOS AO
ESTADO DO CEARÁ. DEMONSTRAÇÃO
Apelação Cível - Ação indenização por POR PERÍCIA E TESTEMUNHAS.
perdas e danos materiais e morais - CONFIRMAÇÃO DA SENTENÇA.
Interrupção em fornecimento de IMPROCEDÊNCIA DO APELO. 1. A
energia elétrica, inviabilizando a controvérsia a ser dirimida nos
realização de evento promocional - presentes autos trata do direito à
Não comprovação, pela acionada, de indenização decorrente da suspensão
caso fortuito, ou mesmo de intempérie do fornecimento de energia elétrica
capaz de retardar os reparos, por doze sem aviso prévio por parte da
horas - Mero relatório de ocorrência, concessionária. 2. A Coelce é empresa
ademais apócrifo - Prova favorável ao privada, prestadora de um serviço
pleito da autora - Comprovadas público, no caso, concessionária de
despesas para organização do evento, energia elétrica. Portanto, configurada
implicando em dano material, a ser sua responsabilidade objetiva nos
ressarcido - Constrangimento e abalo termos do § 6º do art. 37 da CF/88. 3.
de credibilidade perante a pequena Houve falha no serviço prestado pela
comunidade, e conseqüente dano Coelce, quando, negligentemente,
moral ocorrente, com cabível deixou de efetivar a baixa no seu
indenização - Devolução de ingressos sistema de pendências, veio a cortar,
não precisamente quantificada, indevidamente, o serviço de energia
descabendo o postulado ressarcimento elétrica dispensado ao autor. 4. O
por lucros cessantes, mormente arbitramento do dano moral no valor
quando já compensadas as despesas de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) pelo
praticadas com a preparação do Juízo "a quo" foi fixado em patamar
evento, afinal não realizado - que não exorbita a justa medida para
Sentença reformada, em parte, para a hipótese, considerando as
excluir-se os lucros cessantes - especificidades do caso, como o fato
Recurso parcialmente provido do corte ter se dado na data do
índice aniversário do apelado e a capacidade
financeira das partes. - Apelo
------------------------- conhecido e improvido. - Unânime.

====================== Íntegra do Acórdão


índice
Tribunal de Justiça do Estado
-------------------------
do Ceará
====================== ======================

624971-58.2000.8.06.0001/1 Tribunal de Justiça do Distrito


APELAÇÃO
Órgão Julgador: 4ª CÂMARA CÍVEL Federal
======================
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CONSTRANGIMENTOS SUPORTADOS
2008 01 1 041395-5 ACJ - PELA RECORRIDA PERANTE SEUS
0041395-22.2008.807.0001 CONVIDADOS, QUANDO SE VIU
Registro do Acórdão: 333341 IMPOSSIBILITADA DE CELEBRAR O
Data de Julgamento: 11/11/2008 ANIVERSÁRIO DE SEU FILHO, DEPOIS
Órgão Julgador: Primeira Turma DE TODOS OS PREPARATIVOS,
Recursal dos Juizados Especiais Cíveis COMPROMISSOS FIRMADOS E
e Criminais do D.F. EXPECTATIVAS FOMENTADAS.
Relator: ESDRAS NEVES RECURSO IMPROVIDO. Decisão
CONHECER. NEGAR PROVIMENTO AO
Ementa: DIREITO DO CONSUMIDOR. RECURSO. UNÂNIME.
CONTRATO DE LOCAÇÃO E SERVIÇOS
DE BUFFET PARA FESTA INFANTIL. MÁ Íntegra do Acórdão
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. índice
RESPONSABILIDADE OBJETIVA E
SOLIDÁRIA DO FORNECEDOR. DANO -------------------------
MORAL CONFIGURADO. RECURSO 2006 01 1 010271-6 APC -
IMPROVIDO. A OBRIGAÇÃO DE 0010271-89.2006.807.0001
FORNECER ENERGIA ELÉTRICA Registro do Acórdão: 292350
CERTAMENTE ESTÁ INCLUÍDA NOS Data de Julgamento: 09/01/2008
CUSTOS DA PROGRAMAÇÃO Órgão Julgador: 1ª Turma Cível
OFERECIDA PELA EMPRESA QUE LOCA Relator: NATANAEL CAETANO
SERVIÇOS PARA FESTA INFANTIL. TAL
SE DÁ PORQUE, DO CONTRATO Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.
FIRMADO ENTRE AS PARTES, CONSTA DANOS MORAIS. BLACKOUT. NÃO
A UTILIZAÇÃO DE BRINQUEDOS QUE COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA DE NEXO
SÓ FUNCIONARIAM COM UTILIZAÇÃO CAUSAL. ANTE A AUSÊNCIA DE
DE ENERGIA ELÉTRICA. ALÉM DISSO, DEMONSTRAÇÃO DE NEXO CAUSAL
O HORÁRIO DA FESTA ERA NOTURNO, ENTRE A CONDUTA DA RÉ E OS
O QUE SÓ REFORÇA A NECESSIDADE. DANOS SOFRIDOS PELA AUTORA,
A NORMA DE CONSUMO ESTABELECE NÃO HÁ FALAR-SE EM INDENIZAÇÃO
EM SEU ART. 18, A POR DANOS MORAIS. Decisão
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA CONHECER. NEGAR PROVIMENTO,
ENTRE OS FORNECEDORES. DA NOS TERMOS DO VOTO DO DES.
MESMA FORMA, O PARÁGRAFO RELATOR. UNÂNIME.
ÚNICO, DO ART. 7º, DO MESMO
DIPLOMA, ESTATUI QUE, HAVENDO Íntegra do Acórdão
MAIS DE UM AUTOR A OFENSA, índice
TODOS RESPONDERÃO
SOLIDARIAMENTE PELA REPARAÇÃO -------------------------
DOS DANOS PREVISTOS NAS APELAÇÃO CÍVEL 2000 01 1
NORMAS DE CONSUMO. NESSE 013030-6 APC - 0013030-
SENTIDO, É INTEIRAMENTE LÍCITO 36.2000.807.0001
QUE A RECORRENTE, SE ENTENDER Registro do Acórdão: 228799
CABÍVEL, DEMANDE EM REGRESSO Data de Julgamento: 20/06/2005
OU EM AÇÃO PRÓPRIA E EM SEDE Órgão Julgador: 5ª Turma Cível
PRÓPRIA, A COMPANHIA DE Relator: ASDRUBAL NASCIMENTO
ELETRICIDADE DE BRASÍLIA, PARA LIMA
HAVER O QUE FOR CONDENADA A Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO -
PAGAR, A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO. DANO MATERIAL - ESTRAGOS EM
NO CASO, O DANO MORAL RESTOU- APARELHOS ELÉTRICOS DEVIDO AO
SE EVIDENCIADO ANTE OS APAGÃO - ÔNUS DA EMPRESA
CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA
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ELÉTRICA DE PROVAR QUE AGIU TORRE. 3. RECURSO IMPROVIDO.
DENTRO DA TÉCNICA E QUE NÃO Decisão NEGAR PROVIMENTO.
CAUSOU DANO AO CONSUMIDOR - UNÂNIME.
INEXISTÊNCIA DESSA PROVA -
CONDENAÇÃO MANTIDA. Decisão Íntegra do Acórdão
CONHECER. NEGAR PROVIMENTO.
UNÂNIME. índice

Íntegra do Acórdão -------------------------


índice 2006 01 1 073002-5 APC -
0073002-24.2006.807.0001 DF
------------------------- Registro do Acórdão: 375143
APELAÇÃO CÍVEL 2005 03 1 Data de Julgamento: 19/08/2009
000676-6 APC - 0000676- Órgão Julgador: 5ª Turma Cível
94.2005.807.0003 Relator: LECIR MANOEL DA LUZ
Registro do Acórdão: 251495
Data de Julgamento: 14/06/2006
Órgão Julgador: 1ª Turma Cível Ementa: ADMINISTRATIVO -
Relator:HERMENEGILDO GONÇALVES CONSTITUCIONAL - CEB -
INTERRUPÇÃO - ENERGIA ELÉTRICA -
Ementa: CIVIL. TIM CELULAR. TORRE FORÇA MAIOR - DEMORA NO REPARO
DE ESTAÇÃO DE RÁDIO BASE. ÁREA - RESPONSABILIDADE - CONSUMIDOR
RESIDENCIAL. RAIO. DESCARGA - ATIVIDADE COMERCIAL - PREJUÍZO
ELÉTRICA. DANIFICAÇÃO DE - RECURSO IMPROVIDO. EM QUE
ELETRODOMÉSTICOS DAS CASAS PESE TRATAR-SE DE FORÇA MAIOR O
PRÓXIMAS À TORRE. PROVA FATO DA ÁRVORE QUE CAI SOBRE A
TESTEMUNHAL RESPONSABILIDADE REDE ELÉTRICA OCASIONANDO A
OBJETIVA. TEORIA DO RISCO DA INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE
ATIVIDADE (ART. 927, CCB/02). ENERGIA ELÉTRICA, É DE SE NOTAR
APELAÇÃO DESPROVIDA. QUE TAL INTERRUPÇÃO, QUE
1. AGIU COM ACERTO O JUIZ AO PERMANECEU POR
PRIORIZAR A PROVA TESTEMUNHAL APROXIMADAMENTE TRINTA (30)
COLHIDA, EM QUE FICOU HORAS, ULTRAPASSOU O LIMITE
DEMONSTRADO QUE OS DISPOSTO NAS NORMAS
ELETRODOMÉSTICOS DE CASAS REGULAMENTARES DA ANEEL,
PRÓXIMAS À TORRE DA ESTAÇÃO DE DENTRO DO QUAL A CEB TERIA PARA
RÁDIO BASE, COM FREQÜÊNCIA PARA EFETUAR O REPARO NECESSÁRIO.
CELULARES INSTALADA EM ÁREA INFERE-SE, ASSIM, A
RESIDENCIAL NA QNM 05, CONJUNTO RESPONSABILIDADE DA CEB PELOS
"A", CASA 08 - CEILÂNDIA SUL, DANOS SOFRIDOS PELO
FICARAM DANIFICADOS NA NOITE DE CONSUMIDOR, EXPLORADOR DE
17/02/2004, POR DESCARGA ATIVIDADE ECONÔMICA.
ELÉTRICA PROVOCADA POR "QUEDA Decisão CONHECER. NEGAR
DE RAIO" NA TORRE. 2.ADEMAIS, A PROVIMENTO. UNÂNIME.
INSTALAÇÃO DE TORRE EM ÁREA
RESIDENCIAL PELA EMPRESA DE Íntegra do Acórdão
TELEFONIA FAZ INCIDIR O
REGRAMENTO DO PARÁGRAFO ÚNICO índice
DO ART. 927 DO CC, DEVENDO -------------------------
HAVER A REPARAÇÃO DE DANO,
INDEPENDENTEMENTE DE CULPA, POR ======================
IMPLICAR RISCO PARA O DIREITO
DOS MORADORES PRÓXIMOS À
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Tribunal de Justiça do Estado minuciosa comprovação de que tais
custos tenham sido absorvidos pela
do Espírito Santo apelada ou mesmo que seus insumos
====================== teriam sido poupados; isto porque os
recibos e notas fiscais juntados aos
35020192718 autos são hábeis a comprovar o valor
Classe: Apelação Cível gasto com a terceirização. 4) Quanto
Órgão: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL ao pedido de sucumbência recíproca,
Data de Julgamento: 22/05/2007 deve a mesma ser reconhecida na
Relator: RÔMULO TADDEI proporção de 20% a cargo da apelada
e 80% dos ônus a cargo da apelante.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. 1) AÇÃO Recurso parcialmente
INDENIZATÓRIA. CORTE NO provido. Conclusão à unanimidade,
FORNECIMENTO DE ENERGIA dar parcial provimento ao recurso
ELÉTRICA. PREJUÍZO AO USUÁRIO.
índice
DEVER DE INDENIZAR. 2)
REALIZAÇÃO DE DUAS PERÍCIAS.
-------------------------
BLECAUTE ACIDENTAL. MÁQUINA
12030148253
PLOTTER E PABX QUEIMADOS.
Classe: Apelação Cível
ATERRAMENTO. NO BREAK
Órgão: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL
FUNCIONAMENTO. PARÂMETROS
Data de Julgamento: 25/07/2006
SEGUIDOS. 3) DANIFICAÇÃO DO
Relator: RÔMULO TADDEI
MAQUINÁRIO. FALHA NO SERVIÇO.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. 1) QUEDA
INDENIZAÇÃO POR DANOS
REPENTINA DE ENERGIA ELÉTRICA.
MATERIAIS. VALOR DE MERCADO DO
DEFEITO NA SUBESTAÇÃO.
APARELHO. CUSTOS DE
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. 2)
TERCEIRIZAÇÃO. RECIBOS E NOTAS
PROVA PERICIAL. EVENTO DANOSO.
FISCAIS. COMPROVAÇÃO. 4)
DEFEITO EM PEÇA DE COMPRESSOR.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROVA.
SUBSTITUIÇÃO. NOTA FISCAL. DANO
DISTRIBUIÇÃO PORPORCIONAL.
MATERIAL DEVIDO. 3) LUCROS
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
CESSANTES. FALTA DE
1) O corte no fornecimento de energia
DEMONSTRAÇÃO OBJETIVA.
elétrica, quando implicar prejuízo ao
EXCLUSÃO. RECURSO PARCIALMENTE
usuário, é fato gerador que
PROVIDO. 1) Diante da queda
desencadeia o dever de indenizar. A
repentina de energia em razão de
ocorrência do evento é pública e
defeito na subestação da Escelsa de
notória, máxime quando noticiado
Guarapari, evidencia-se a
pela imprensa local. 2) Após a
responsabilidade objetiva da
realização de duas perícias, ambas
prestadora de serviço público. 2)
constataram que o blecaute não foi
Afigura-se incontroverso pela prova
corriqueiro, mas um acidente.; que a
pericial que o evento danoso
máquina plotter queimada estava
(suspensão abrupta de energia
devidamente aterrada; e que o no
elétrica) foi responsável pelo defeito
break encontra-se funcionando e
ocasionado na peça denominada
dentro dos parâmetros definidos pelo
elemento elástico do acoplamento¿ do
fabricante. 3) Tendo em vista a
compressor da apelada, tanto que
danificação do maquinário por falha no
teve que ser substituída, devendo,
serviço proporcionado pela apelante, é
pois, ser ressarcida integralmente no
devida a indenização a título de danos
valor constante da Nota Fiscal. 3)
materiais (valor de mercado do
Contudo, no que tange aos lucros
aparelho e gastos com a terceirização
cessantes, o mesmo não foi
do serviço), não cabendo exigência de
objetivamente demonstrado, sendo
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imperioso e necessário que se prove o voto do Relator. Conclusão À
lucro que razoavelmente deixou de ser UNANIMIDADE, CONHECER E NEGAR
auferido durante o tempo em que a PROVIMENTO AO RECURSO, NOS
energia elétrica foi suspensa. Recurso TERMOS DO VOTO DO RELATOR.
parcialmente provido. Conclusão à
unanimidade, dar parcial provimento índice
ao recurso.
índice -------------------------
69010101652
------------------------- Classe: Apelação Cível
21040031375 Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
Classe: Apelação Cível Data de Julgamento: 18/03/2008
Órgão: PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL Relator: ANNIBAL DE REZENDE LIMA
Data de Julgamento: 10/06/2008
Relator: ANNIBAL DE REZENDE LIMA CIVIL E PROCESSUAL CIVIL -
APELAÇÕES CÍVEIS -
EMENTA: CIVIL E PROCESSUAL RESPONSABILIDADE CIVIL -
CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - DESCARGA ATMOSFÉRICA (RAIO) -
RESPONSABILIDADE CIVIL EXCLUDENTE DE CAUSALIDADE -
(OBJETIVA) - VARIAÇÃO DE TENSÃO INEXISTÊNCIA - DANOS MATERIAIS
CAUSADA POR QUEDA DE GALHO DE - NÃO COMPROVAÇÃO - DANO
ÁRVORE - DANO EM APARELHO MORAL - MERO DISSABOR -
ELETRÔNICO - CASO FORTUITO - SUCUMBÊNCIA. 1. Descarga
INOCORRÊNCIA. 1. Nos termos do atmosférica (raio) não tem o condão
art. 37, § 6º, da Carta Federal, é de justificar, por si só, queda de
objetiva, e não subjetiva, a energia elétrica que cause dano ao
responsabilidade civil das empresas consumidor, vez que, tratando-se de
concessionárias de energia elétrica. 2. fenômeno previsível, cabe à empresa
Fatores naturais, como a queda de concessionária de energia elétrica
folhas, galhos ou da própria árvore, dispor de equipamentos adequados
sobre a rede de energia elétrica, não para evitar a oscilação da rede de
tem o condão de afastar, em princípio, energia elétrica. 2. O dano material
em situações que tais, o nexo de deve ser satisfatoriamente
causalidade entre o dano demonstrado, não bastando mera
experimentado pela vítima e a alegação de sua existência. 3. O
conduta omissiva da empresa mero dissabor não configura dano
concessionária de energia elétrica. 3. moral. 4. Recursos conhecidos,
Cabe à empresa concessionária de porém, improvidos. VISTOS, relatados
energia elétrica promover a poda de e discutidos os presentes autos de
galhos, folhas e árvores às margens recursos de apelações cíveis, em que
de sua rede elétrica, além de dispor são Apelantes⁄Apelados ESPÍRITO
de equipamentos adequados para SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S⁄A -
evitar a oscilação da respectiva rede. ESCELSA e POSTO ECLIPSE
VISTOS, relatados e discutidos os PANIFICAÇÃO E SERVIÇOS LTDA.
presentes autos da apelação cível em ACORDA a Colenda Primeira Câmara
que é Apelante ESPÍRITO SANTO Cível, na conformidade da ata e notas
CENTRAIS ELÉTRICAS S⁄A - ESCELSA taquigráficas da sessão, à
e Apelada AZECYP HOTELARIA E unanimidade, conhecer e negar
TURISMO S⁄A, ACORDA a Colenda 1ª provimento a ambos os recursos, nos
Câmara Cível, na conformidade da ata termos do voto do Relator. Conclusão
e notas taquigráficas da sessão, à À UNANIMIDADE, CONHECER E
unanimidade, conhecer e negar NEGAR PROVIMENTO A AMBOS OS
provimento ao recurso, nos termos do
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RECURSOS, NOS TERMOS DO VOTO DECISÃO....: ACORDAM OS
DO RELATOR. INTEGRANTES DA TERCEIRA TURMA
índice JULGADORA DA PRIMEIRA CAMARA
CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE
------------------------- JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, A
UNANIMIDADE DE VOTOS EM
====================== CONHECER DO APELO, MAS LHE
NEGAR PROVIMENTO, NOS TERMOS
Tribunal de Justiça do Estado DO VOTO DO RELATOR.
de Goiás
Íntegra do Acórdão
====================== índice

PROCESSO...:200902734649 -------------------------
ORIGEM.......:1ª CAMARA CIVEL PROCESSO...:200702027400
ACÓRDÃO....:06/10/2009 ORIGEM.....: 2ª CAMARA CIVEL
RELATOR....: DR(A). JEOVA ACÓRDÃO....:18/08/2009
SARDINHA DE MORAES RELATOR....: DES. ZACARIAS NEVES
RECURSO....:146910-4/188 - COELHO
APELACAO CIVEL RECURSO....:111799-3/188 -
APELACAO CIVEL
EMENTA: APELACAO CIVEL. ACAO DE
INDENIZACAO POR DANOS EMENTA: APELACAO CIVEL. ACAO DE
MATERIAIS E MORAIS. INDENIZACAO POR DANOS MORAL E
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. MATERIAL. INCENDIO.
RESOLUCOES ADMINISTRATIVAS DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO
ANEEL. VALOR DA INDENIZACAO. I - MATERIAL DEMONSTRADO. A
A RESPONSABILIDADE CIVIL DAS RESPONSABILIDADE CIVIL DAS
EMPRESAS PRESTADORAS DE PESSOAS JURIDICAS DE DIREITO
SERVICOS PUBLICOS E OBJETIVA PRIVADO PRESTADORAS DE
(ART. 37, PARAGRAFO 6º DA CF/88). SERVICOS PUBLICOS, E OBJETIVA,
II - CABE A PARTE RECORRENTE BASTANDO PARA SUA
COMPROVAR, E NAO SO ALEGAR, A CONFIGURACAO A DEMONSTRACAO
OCORRENCIA DE CASO FORTUITO OU DO NEXO CAUSAL ENTRE O FATO
FORCA MAIOR COMO EXCLUDENTES LESIVO E O DANO SUPORTADO PELA
DE SUA CULPA OBJETIVA. III - VITIMA. DIANTE DISSO, EXISTINDO
NORMAS ADMINISTRATIVAS SOBRE O NOS AUTOS PROVA DE QUE O
ASSUNTO ELABORADAS PELA INCENDIO NO ESTABELECIMENTO
AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA COMERCIAL DO AUTOR TEVE COMO
ELETRICA - ANEEL. (ART. 22, I, CAUSA AS CONSTANTES QUEDAS DE
PARAGRAFO UNICO, CF /88), NAO ENERGIA ELETRICA E OSCILACOES NA
REPELEM A RESPONSABILIDADE CIVIL REDE, QUE VIERAM OCASIONAR
OBJETIVA RECONHECIDA POR LEI. IV SOBRECARGA ELETRICA EM UM
- COMPROVADOS OS DANOS E O ELETRODOMESTICO ALI EXISTENTE,
NEXO CAUSAL, PERFEITAMENTE BEM COMO OS DANOS SUPORTADOS
CABIVEL A INDENIZACAO POR DANOS POR ELE, INEVITAVEL A
MATERIAIS E MORAIS, FIXADOS COM CONDENACAO A TITULO DE DANO
RAZOABILIDADE. RECURSO DE MORAL E MATERIAL.
APELACAO CIVEL CONHECIDOS, MAS
IMPROVIDOS. DECISÃO....: ACORDAM OS
INTEGRANTES DA QUARTA TURMA
JULGADORA DA SEGUNDA CAMARA

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CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE A ACAO POR UM UNICO DE SEUS
JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, POR FUNDAMENTOS. O OUTRO RESTARIA
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM PREJUDICADO. A NAO ACOLHIDA DE
CONHECER DO RECURSO E NEGAR- UMA DAS CAUSAE PETENDI NAO
LHE PROVIMENTO, NOS TERMOS DO SIGNIFICA EM SE ACOLHER A
VOTO DO RELATOR. SUCUMBENCIA, COMO RECIPROCA,
PORQUE NAO HA COMO SE
Íntegra do Acórdão MISTURAREM OS PEDIDOS COM SEUS
índice FUNDAMENTOS. RECURSO DE
APELACAO CONHECIDO, MAS
------------------------- IMPROVIDO.
PROCESSO...:200901379446
ORIGEM.......:1ª CAMARA CIVEL DECISÃO....: ACORDAM OS
ACÓRDÃO....:30/06/2009 COMPONENTES DA TERCEIRA TURMA
RELATOR....: DES. JOAO UBALDO JULGADORA DA PRIMEIRA CAMARA
FERREIRA CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE
RECURSO....:142073-5/188 - JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, A
APELACAO CIVEL UNANIMIDADE DE VOTOS EM
CONHECER DO APELO, MAS LHE
EMENTA: APELACAO CIVEL. ACAO DE NEGAR PROVIMENTO, NOS TERMOS
INDENIZACAO POR DANOS DO VOTO DO RELATOR.
MATERIAIS E MORAIS. QUANTUM
INDENIZATORIO. MANUTENCAO. Íntegra do Acórdão
SUCUMBENCIA RECIPROCA. I - AO SE índice
VERIFICAR QUE A APELANTE
NEGLIGENCIOU NA MANUTENCAO DA -------------------------
REDE DE ENERGIA ELETRICA, A QUAL PROCESSO...:200601501955
DEU PANE NO DIA DA CERIMONIA ORIGEM.......:4ª CAMARA CIVEL
RELIGIOSA DOS APELADOS, ELA ACÓRDÃO....:05/10/2006
DEVE INDENIZA-LOS PELOS RELATOR.....:DR(A). MIGUEL
SOFRIMENTOS E ABORRECIMENTOS D\'ABADIA RAMOS JUBE
QUE ESTA SITUACAO LHES CAUSOU. RECURSO.....:99472-1/188 -
II - A FIXACAO DO QUANTUM APELACAO CIVEL
INDENIZATORIO POR DANOS MORAIS
E CONFERIDA AO JULGADOR QUE EMENTA: "APELACAO CIVEL. ACAO
DIANTE, DO CASO CONCRETO, DE INDENIZACAO POR DANOS
ESTABELECE DENTRO DA MATERIAIS. INCENDIO. QUEDA DE
RAZOABILIDADE E ENERGIA LAUDO PERICIAL.
PROPORCIONALIDADE, O VALOR DE RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
UMA INDENIZACAO JUSTA. IN CASU, FORNECEDORA. INEXISTENCIA DE
ANALISADO O DANO CAUSADO E O CASO FORTUITO OU FORCA MAIOR.
SENTIMENTO DE OFENSA DANOS MATERIAIS COMPROVADOS.
SUPORTADOS PELAS VITIMAS, NAO CONDENACAO. 1 - DEMONSTRADO
HA QUE SE FALAR EM REDUCAO DO SATISFATORIAMENTE PELOS
VALOR DA INDENIZACAO FIXADA. III DOCUMENTOS CONSTANTES DOS
- SE A CAUSA DE PEDIR AUTOS, PRINCIPALMENTE O LAUDO
FUNDAMENTA-SE EM DUAS PERICIAL, A CULPA DA EMPRESA/RE
POSTULACOES, MAS APENAS EM UMA PELO EVENTO DANOSO (INCENDIO)
DELAS VIRAM-SE EXITOSA OS CAUSADO A AUTORA, DEVE
AUTORES, NAO SE APRESENTAM PREVALECER O EXPOSTO NAQUELE,
SUCUMBENTES EM PARTE, PELO MORMENTE POR INEXISTIREM
SIMPLES MOTIVO DE SER ACOLHIDA PROVAS CONVINCENTES EM SENTIDO

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CONTRARIO. 2 - AS PESSOAS Processo EMBARGOS DE
JURIDICAS DE DIREITO PUBLICO E AS DECLARAÇÃO
DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS
DE SERVICOS PUBLICOS RESPONDEM Ementa: DIREITO PROCESSUAL
PELOS DANOS SEUS AGENTES, NESSA CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
QUALIDADE, CAUSARAM A OPOSIÇÃO CONTRA ACÓRDÃO QUE
TERCEIROS (ARTIGO 37, § 6, CF). NA JULGOU RECURSO DE APELAÇÃO.
HIPOTESE, INSUBSISTENTE A AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO
ALEGACAO DE OCORRENCIA DE CASO MATERIAL E MORAL.
FORTUITO OU FORCA MAIOR CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO DE
SUSTENTADA PELA APELANTE PARA FORNECIMENTO DE ENERGIA
EXIMIR-SE DA OBRIGACAO DE ELÉTRICA. DESCARGA ELÉTRICA.
INDENIZAR, HAJA VISTA QUE O PERECIMENTO DE SEMOVENTES.
INCENDIO DEU-SE EM DECORRENCIA FIAÇÃO CAÍDA EM DECORRÊNCIA DE
DE VARIACAO DE ENERGIA ELETRICA TEMPESTADE. RECONHECIMENTO DE
DA QUAL A APELANTE E CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR
FORNECEDORA. 3 - UMA VEZ COMO EXCLUDENTE DA
DEMONSTRADOS EFETIVAMENTE OS RESPONSABILIDADE CIVIL.
PREJUIZOS MATERIAIS SOFRIDOS INEXISTÊNCIA DO DEVER DE
PELA PARTE, CORRETA A SENTENCA INDENIZAR. EMBARGOS COM PEDIDO
QUE JULGA PROCEDENTE O PEDIDO DE ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS
INDENIZATORIO. RECURSO INFRINGENTES. ALEGAÇÃO DE
CONHECIDO E IMPROVIDO." EXISTÊNCIA DE OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO E OBSCURIDADE.
DECISÃO....: "ACORDAM OS IMPROCEDÊNCIA. PRETEXTO PARA
INTEGRANTES DA QUINTA TURMA REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
JULGADORA DA QUARTA CAMARA IMPOSSIBILIDADE NA VIA ESTREITA
CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, A DESVIRTUAMENTO DOS
UNANIMIDADE, EM CONHECER DO ACLARATÓRIOS. EMBARGOS
RECURSO E NEGAR-LHE REJEITADOS. I - Os Embargos de
PROVIMENTO, NOS TERMOS DO VOTO declaração são oponíveis apenas
DO RELATOR. CUSTAS DE LEI." quando o pronunciamento judicial se
ressentir de omissão, obscuridade ou
Íntegra do Acórdão contradição, como proclama o art. 535
índice do Código de Processo Civil, ou, por
construção jurisprudencial, para
correção de Erro material. II - SE os
------------------------- Embargos opostos desbordam dessas
hipóteses, para veicular
====================== inconformismo com o teor do julga
mento, há de ser rejeitada a
Tribunal de Justiça do Estado pretensão neles manifestada. III -
Embargos de declaração rejeitados.
do Maranhão
====================== Íntegra do Acórdão
índice
Nº Processo 226582009
Acórdão 0840352009 -------------------------
Relator MARCELO CARVALHO Nº Processo 44262009
SILVA Acórdão 0829602009
Data 13/08/2009 Relator MARCELO CARVALHO
SILVA
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Data 16/07/2009
Processo APELAÇÃO CÍVEL Numero: 116270
Ano: 2007
Ementa: DIREITO CIVIL E Magistrado: DES. LEÔNIDAS DUARTE
PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO MONTEIRO
DE INDENIZAÇÃO POR DANOS. Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - DANOS
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO DE MATERIAIS E MORAIS - REQUISITOS
FORNECIMENTO DE ENERGIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL
ELÉTRICA. FIAÇÃO CAÍDA EM PRESENTES - INDENIZAÇÃO DEVIDA -
DECORRÊNCIA DE TEMPESTADE. QUANTUM INDENIZATÓRIO -
DESCARGA ELÉTRICA. PERECIMENTO REDUÇÃO - DESCABIMENTO -
DE SEMOVENTES. RECONHECIMENTO RECURSO ADESIVO - MAJORAÇÃO DO
DE CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR QUANTUM INDENIZATORIO - VALOR
COMO EXCLUDENTE DA IRRISÓRIO - INOCORRÊNCIA -
RESPONSABILIDADE CIVIL. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS
INEXISTENCIA DO DEVER DE CONFORME PARÂMETROS LEGAIS -
INDENIZAR. APELAÇÃO PROVIDA. I - RECURSOS IMPROVIDOS. Uma vez
As concessionárias de serviço público comprovado o dano sofrido pela
de fornecimento de Energia Elétrica autora e a culpa da concessionária de
são obrigadas a reparar danos serviços públicos de ENERGIA
ocasionados pela fiação da rede ELÉTRICA, pelo ato ou omissão que
pública, salvo se provarem que o lhe deu causa, é devida a
sinistro ocorreu por caso fortuito. II - INDENIZAÇÃO por danos morais e
Apesar de tratar-sE o caso de materiais. O valor da INDENIZAÇÃO
responsabilidade objetiva, conforme o seja por danos morais ou materiais,
disposto no artigo 37, § 6º, da quando arbitrado de acordo com
Constituição Federal, não restou parâmetros razoáveis, não merece ser
configurado o nexo de causalidade, a reformado. Também não merece
fim de caracterizar o dever de reforma o valor da condenação ao
indenizar da Empresa concessionária pagamento de honorários quando
de Energia. Ao contrario, é de se fixado em estrita consonância com o
presumir que a superveniência da art. 20 do CPC.
causa Externa - tempestade - foi a
razão do sinistro. III - Assim, Íntegra do Acórdão
reconhecendo a inocorrência do nexo índice
de causalidade Entre a conduta da
Empresa E o dano, tEm-sE que não -------------------------
deve haver responsabilização civil
pelos prejuízos suportados pelo ======================
apelado. IV - Apelo conhecido E
provido. Tribunal de Justiça do Estado

Íntegra do Acórdão do Mato Grosso do Sul


índice ======================

------------------------- Processo: 2008.009882-7


Julgamento: 17/03/2009
====================== Órgão Julgador: 4ª Turma Cível
Classe: Apelação Cível - Ordinário
Tribunal de Justiça do Estado Relator: Des. Rêmolo Letteriello

do Mato Grosso Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE


====================== REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E
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MATERIAIS - RESPONSABILIDADE Tribunal de Justiça do Estado
CIVIL – ENERGIA ELÉTRICA - QUEIMA
DE ELETRODOMÉSTICOS - de Minas Gerais
OSCILAÇÃO DE ENERGIA - NEXO ======================
CAUSAL - INDENIZAÇÃO - DANO
MORAL - NÃO COMPROVADO - Número do processo:
INCABÍVEL - RECURSO 1.0145.04.162374-8/001(1)
PARCIALMENTE PROCEDENTE. Relator: RONEY OLIVEIRA
índice Data do Julgamento: 07/10/2008
Data da Publicação: 28/10/2008
-------------------------
Processo: 2008.030789-8 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL -
Julgamento: 06/11/2008 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
Órgão Julgador: 5ª Turma Cível DEMORA NO RESTABELECIMENTO DE
Classe: Apelação Cível – Ordinário ENERGIA ELÉTRICA - FALHA NA
Relator: Des. Luiz Tadeu Barbosa PRESTAÇÃO DO SERVIÇO - DEMORA NO
Silva RESTABELECIMENTO DA ENERGIA
ELÉTRICA - MANUTENÇÃO DO
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - QUANTUM INDENIZATÓRIO -
PROPORCIONALIDADE - CORREÇÃO
INDENIZAÇÃO POR DANOS
MONETÁRIA - INCIDÊNCIA A PARTIR DA
MATERIAIS - QUEIMA DE
CONDENAÇÃO - JUROS MORATÓRIOS A
EQUIPAMENTOS ELÉTRICO-
PARTIR DA OCORRÊNCIA DO EVENTO
ELETRÔNICOS - CONJUNTO DANOSO - PARCIAL PROVIMENTO DO
PROBATÓRIO SEGURO EM APONTAR RECURSO.
QUE OS DANOS FORAM CAUSADOS Súmula: DERAM PROVIMENTO
EM DECORRÊNCIA DE SOBRETENSÃO PARCIAL.
NA REDE DE ENERGIA ELÉTRICA -
RESPONSABILIDADE DA APELANTE Íntegra do Acórdão
CONFIGURADA - RECURSO índice
IMPROVIDO.
-------------------------
índice Número do processo:
------------------------- 1.0657.07.000926-8/001(1)
Processo: 2003.0015485/0001.00 Relator: ADILSON LAMOUNIER
Julgamento: 25/09/2007 Data do Julgamento: 17/04/2008
Órgão Julgador: 2ª Turma Cível Data da Publicação: 10/05/2008
Classe: Agravo Regimental em
Apelação Cível - Ordinário Ementa: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
Relator: Desª. Tânia Garcia de Freitas APELAÇÃO. AÇÃO CIVIL COLETIVA.
Borges LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO
PÚBLICO. INTERRUPÇÃO DE
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL - FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DANO MORAL COLETIVO. DEVER DE
INDENIZAÇÃO – ENERGIA ELÉTRICA - INDENIZAR. I - O Ministério Público tem
legitimação para demandar em seu
OSCILAÇÃO NA ENERGIA - DANOS EM
próprio nome direito alheio quando
APARELHOS ELÉTRICOS -
autorizado por lei. É o que se chama
SOBRECARGA - NEXO CAUSAL
legitimação extraordinária. II - A
COMPROVADO - RESPONSABILIDADE interrupção no fornecimento de energia
DA ENERSUL - RECURSO IMPROVIDO. elétrica em virtude da precária
qualidade da prestação do serviço tem o
índice
condão de afetar o patrimônio moral da
------------------------- comunidade. III - Provada a
====================== concretização do dano moral, o dever de
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indenizar se faz presente. IV - Os fatos
narrados no boletim de ocorrência -------------------------
presumem-se verdadeiros até prova em Número do processo:
contrário porque tem fé pública. 1.0330.06.003439-5/001(1)
Súmula: REJEITARAM PRELIMINAR, Relator: TERESA CRISTINA DA CUNHA
NEGARAM PROVIMENTO À APELAÇÃO PEIXOTO
PRINCIPAL E DERAM PARCIAL Data do Julgamento: 25/01/2007
PROVIMENTO À ADESIVA.
Ementa: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
Íntegra do acórdão DANOS MATERIAIS E MORAIS -
índice INCÊNDIO CAUSADO POR CURTO-
CIRCUITO NA REDE ELÉTRICA DE
------------------------- IMÓVEL - RESPONSABILIDADE
Número do processo: OBJETIVA DA CEMIG - ARTIGO 37, §6º,
1.0000.00.310820-6/000(1) DA CR/88 - DEMONSTRAÇÃO DOS
Relator: BRANDÃO TEIXEIRA ELEMENTOS - VALOR DA INDENIZAÇÃO
Data do Julgamento: 09/09/2003 - DANO MORAL - FIXAÇÃO -
Data da Publicação: 26/09/2003 MODERAÇÃO E EQUIDADE DO
JULGADOR - HONORÁRIOS
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. ADVOCATÍCIOS - RECURSO
CEMIG. BLECAUTE. PARCIALMENTE PROVIDO. A
RESTABELECIMENTO DA ENERGIA. responsabilidade civil do Estado, aí
SOBRECARGA DA ENERGIA. INCÊNDIO incluída a concessionária de serviço
RESIDENCIAL. PREENCHIMENTO DOS público, é objetiva, bastando para a sua
REQUISITOS ENSEJADORES PARA A configuração a comprovação do dano,
CONFIGURAÇÃO DA do fato administrativo e do nexo de
RESPONSABILIDADE DA causalidade. Não há regras objetivas
CONCESSIONÁRIA. EXISTÊNCIA DE para a fixação do dano moral, cabendo
NEXO CAUSAL. INDENIZAÇÃO DEVIDA ao juiz a árdua tarefa de arbitrá-lo,
POR DANO MORAL E DANO MATERIAL. I atentando, sempre, para a natureza e
- A CEMIG é concessionária do serviço extensão do dano, bem como para as
público federal de energia elétrica e, condições pessoais do ofensor e do
nessa qualidade, submete-se a ofendido, devendo ser fixado em
disposição do art. 37, § 6º, da quantia certa, a teor do artigo 7º, IV, da
Constituição da República, sendo-lhe Constituição da República de 1988. Os
aplicada a teoria da responsabilidade honorários advocatícios devem ser
objetiva da Administração. II - Havendo estabelecidos em termos justos,
demonstração de nexo causal entre a considerando-se a importância e a
atividade da concessionária de energia presteza do trabalho profissional, assim
elétrica e o dano suportado pelas como a imprescindibilidade de o
vítimas, surge o dever de ressarcimento causídico ser remunerado
do dano. III - Evidenciado que o condignamente, utilizando-se para tanto
incêndio destruiu grande parte do os parâmetros estabelecidos no §3º do
imóvel residencial iniciou-se com a artigo 20 do CPC, devendo o juiz fixá-los
sobrecarga da rede elétrica, após de acordo com a complexidade da
blecaute, responde a CEMIG causa, o conteúdo do trabalho jurídico
objetivamente pela indenização dos apresentado e a maior ou menor
danos materiais e morais sofridos pelas atuação no processo.
vítimas. Súmula: DERAM PARCIAL PROVIMENTO
Súmula: NEGARAM PROVIMENTO A AO RECURSO.
AMBAS AS APELAÇÕES E AOS AGRAVOS
RETIDOS. Íntegra do Acórdão
índice
Íntegra do Acórdão
índice -------------------------
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Número do processo: REGRA DO RISCO ADMINISTRATIVO -
1.0145.04.162374-8/001(1) RESPONSABILIDADE OBJETIVA -
Relator: RONEY OLIVEIRA NEXO CAUSAL - INDENIZAÇÃO
Data do Julgamento: 07/10/2008 DEVIDA - AUSÊNCIA DE PRODUÇÃO
Data da Publicação: 28/10/2008 PROBATÓRIA A CERCA DO
FATURAMENTO DA EMPRESA -
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CORRETA - DESPROVIMENTO DE
DEMORA NO RESTABELECIMENTO DE
AMBOS OS RECURSOS.
ENERGIA ELÉTRICA - FALHA NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO - DEMORA NO
Íntegra do Acórdão
RESTABELECIMENTO DA ENERGIA
ELÉTRICA - MANUTENÇÃO DO
índice
QUANTUM INDENIZATÓRIO -
-------------------------
PROPORCIONALIDADE - CORREÇÃO
MONETÁRIA - INCIDÊNCIA A PARTIR DA Processo: 0446238-8
CONDENAÇÃO - JUROS MORATÓRIOS A Nº do Acórdão: 9698
PARTIR DA OCORRÊNCIA DO EVENTO Órgão Julgador: 10ª Câmara Cível
DANOSO - PARCIAL PROVIMENTO DO Recurso: Apelação Cível
RECURSO. Relator: Marcos de Luca Fanchin
Súmula: DERAM PROVIMENTO Julgamento: 17/04/2008
PARCIAL.
DECISÃO: ACORDAM os
Íntegra do Acórdão Desembargadores integrantes da 10a
índice Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado do Paraná, por unanimidade de
------------------------- votos, em NEGAR PROVIMENTO a
apelação, nos termos do voto.
====================== EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS.
Tribunal de Justiça do Estado INTERRUPÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
POR CERCA DE ONZE HORAS QUE
do Paraná CAUSOU GRANDE MORTALIDADE DE
====================== AVES NOS BARRACÕES DOS
Processo: 0462694-6 PRODUTORES, PARCEIROS
Nº do Acórdão: 9704 INTEGRADOS DA AUTORA AVENORTE,
Órgão Julgador: 8ª Câmara Cível QUE ATUA NO RAMO AVIÁRIO,
Recurso: Apelação Cível DEVIDO AO CALOR EXCESSIVO
Relator: João Domingos Kuster Puppi PROVOCADO PELA IMPOSSIBILIDADE
Julgamento: 06/03/2008 DE MANTER VENTILADORES E
Decisão: Unânime NEBULIZADORES LIGADOS,
RESPONSÁVEIS PELA CLIMATIZAÇÃO
DECISÃO: Acordam os Senhores DENTRO DOS BARRACÕES DE
Juízes integrantes da 8ª Câmara Cível ENGORDA DE FRANGO. PLEITO DE
do Tribunal de Justiça do Estado do INDENIZAÇÃO PELOS DANOS
Paraná, por unanimidade de votos, em SOFRIDOS PELA AUTORA, COM A
negar provimento a ambos os MORTE DE 10.215 AVES, NO IMPORTE
recursos, nos termos do julgado. DE R$ 47.515,07 (QUARENTA E SETE
EMENTA: EMENTA - AÇÃO DE MIL QUINHENTOS E QUINZE REAIS E
REPARAÇÃO DE DANOS - CENTRAIS SETE CENTAVOS). SENTENÇA QUE
ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S/A JULGOU PROCEDENTE O PEDIDO.
- FORNECIMENTO DE ENERGIA CONTRA-RAZÕES DE APELAÇÃO
ELÉTRICA - VÁRIAS INTERRUPÇÕES - PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO
SERVIÇO PÚBLICO - DELEGAÇÃO -
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DO RECURSO POR OFENSA AO IMPOSSIBILIDADE DE EXIGIR DOS
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. PARCEIROS COOPERADOS DA
INOCORRÊNCIA. APELANTE QUE AUTORA, PEQUENOS PROPRIETÁRIOS
EXPÔS OS FUNDAMENTOS DE FATO E RURAIS, QUE INSTALASSEM
DE DIREITO PELOS QUAIS PRETENDE GERADORES DE ENERGIA NOS
A REFORMA DA SENTENÇA, EX VI DO BARRACÕES, MORMENTE
ART. 514, II DO CPC. PRELIMINAR CONSIDERANDO-SE O ALTO CUSTO
AFASTADA. "Não obsta o DESSES EQUIPAMENTOS.
conhecimento de apelação o fato de a RESPONSABILIDADE PELA GERAÇÃO,
recorrente reiterar os argumentos MANUTENÇÃO DE RECOMPOSIÇÃO DA
anteriormente articulados quando da ENERGIA ELÉTRICA QUE COMPETIA À
contestação, uma vez que presentes COPEL. PRODUTORES QUE TOMARAM
os requisitos insertos no art. 514 do AS PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS PARA
C.P.C" (RSTJ142/233 in Theotônio MINIMIZAR OS EFEITOS DO CALOR
Negrão, nota 10 ao artigo 514 35a EXCESSIVO DENTRO DOS
edição). APELAÇÃO PRELIMINAR 1) BARRACÕES. RECURSO DESPROVIDO
ALEGAÇÃO DE QUE HOUVE OFENSA NESTE ASPECTO. 4) ALEGAÇÃO DE
AO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE QUE DEVE SER APLICADA A
FÍSICA DO JUIZ. ALEGAÇÃO RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, POR
AFASTADA. JUIZ SUBSTITUTO QUE AO SE TRATAR DE COMPORTAMENTO
CONDUZIR A INSTRUÇÃO EXERCEU OMISSIVO IMPUTADO À RÉ, E
APENAS A JURISDIÇÃO TEMPORÁRIA AUSÊNCIA DE PROVA DE CULPA DA
SOBRE O FEITO, DIANTE DO MESMA. ALEGAÇÕES AFASTADAS.
AFASTAMENTO DA JUÍZA TITULAR EM COMPORTAMENTO IMPUTADO À
RAZÃO DA LICENÇA MATERNIDADE E REQUERIDA QUE NÃO É OMISSIVO,
GOZO DE FÉRIAS. ADEMAIS, MAS, SIM, CONSISTENTE NA
PRINCÍPIO QUE SE REVESTE DE ATUAÇÃO DEMORADA EM
CARÁTER RELATIVO, SOMENTE SOLUCIONAR O PROBLEMA, O QUE
ENSEJANDO NULIDADE DA SENTENÇA AGRAVOU OS PREJUÍZOS
SE HOUVESSE OFENSA AO SUPORTADOS PELA AUTORA.
CONTRADITÓRIO E A AMPLA DEFESA, RECURSO DESPROVIDO TAMBÉM
O QUE NÃO OCORREU NO CASO EM NESTE ASPECTO. 5) ALEGAÇÃO DE
EXAME. PRELIMINAR AFASTADA. AUSÊNCIA DE PROVAS DOS DANOS E
MÉRITO 2) ALEGAÇÃO DE SUA EXTENSÃO. PROVAS DOS AUTOS
OCORRÊNCIA DE FORÇA MAIOR. QUE DEMONSTRAM A EFETIVA
AUSÊNCIA DE PROVA NOS AUTOS OCORRÊNCIA DE DANOS, COM
ACERCA DA EFETIVA CAUSA DA GRANDE MORTALIDADE DE AVES,
INTERRUPÇÃO DA ENERGIA. BEM COMO A EXTENSÃO DOS
ADEMAIS, O QUE OCASIONOU OS PREJUÍZOS. RECURSO DESPROVIDO
DANOS À REQUERENTE NÃO FOI NESTE ASPECTO. APELAÇÃO
SOMENTE A INTERRUPÇÃO DA DESPROVIDA.
ENERGIA, MAS, SIM, O LONGO TEMPO
DESPENDIDO PELA COPEL, QUE Íntegra do Acórdão
DEMOROU CERCA DE ONZE HORAS
SEGUIDAS, PARA SOLUCIONAR O índice
PROBLEMA, QUE, SEGUNDO -------------------------
PREPOSTO DA RÉ COPEL, PODERIA Processo: 0496987-1
TER SIDO IDENTIFICADO Nº do Acórdão: 11187
VISUALMENTE. RECURSO Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível
DESPROVIDO NESTE ASPECTO. 3) Recurso: Apelação Cível
ALEGAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA DA Relator: Luis Espíndola
AUTORA. INOCORRÊNCIA. Julgamento: 28/08/2008

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DECISÃO: ACORDAM Excelentíssimos de votos, negar provimento ao recurso
Senhores integrantes da Nona Câmara de apelação 1, e dar provimento
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do parcial ao recurso de apelação 2, nos
Paraná, por unanimidade de votos, em termos deste julgamento. EMENTA:
negar provimento ao recurso, nos Indenização por ato ilícito. Danos
termos do voto. EMENTA: APELAÇÃO morais. Queda de poste de energia
CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR elétrica. Apelação Cível 1. Caso
DANOS MORAIS E MATERIAIS. fortuito como excludente de
INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE responsabilidade. Evento da natureza.
ENERGIA ELÉTRICA CASO FORTUITO Vento forte. Improcedência. Causa
COMPROVADO. RESPONSABILIDADE primária. Má conservação do poste de
DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO sustentação das linhas de alta tensão.
PÚBLICO. AFASTADA. DEMORA Responsabilidade caracterizada.
EXCESSIVA NO RESTABELECIMENTO. Indenização devida. Termo inicial para
NÃO COMPROVADA. INTELIGÊNCIA incidência dos juros e correção
DO ART. 333, I, DO CÓDIGO DE monetária. Manutenção. Recurso não
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO NÃO provido. Apelação Cível 2. Honorários.
PROVIDA. 1. Comprovadas as Majoração. Improcedência. Valor
intempéries que ocasionaram a corretamente fixado. Correção da
interrupção no fornecimento de parte dispositiva da sentença.
energia elétrica, é indevida a Procedência. Recurso parcialmente
condenação da concessionária de provido. I - O entendimento
serviço público ao pagamento de jurisprudencial é firme no sentido de
indenização por danos materiais e que a causa primária do acidente é a
morais, uma vez que o caso fortuito determinante da culpa, assim,
exclui, inclusive, a responsabilidade da concluindo que o acidente jamais teria
fornecedora de energia elétrica. 2. A ocorrido caso a recorrente tivesse
autora não se desincumbiu do ônus de tomado as cautelas que lhe eram
provar os fatos alegados na inicial, exigíveis quanto à manutenção do
conforme determina o art. 333, I, do poste, cabe a ela indenizar
Código de Processo Civil, de forma integralmente os danos sofridos pela
que incabível a responsabilização da vítima. III - Recurso de apelação 1
concessionária pela alegada demora que não merece provimento e recurso
excessiva no restabelecimento de de apelação 2 que merece provimento
energia elétrica. parcial .

Íntegra do Acórdão Íntegra do Acórdão

índice índice
------------------------- -------------------------
Processo: 0385921-4 Processo: 0472703-3
Nº do Acórdão: 5002 Nº do Acórdão: 7779
Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível Órgão Julgador: 9ª Câmara Cível
Processo: 0385921-4 Recurso: Apelação Cível
Recurso: Apelação Cível Relator: Eugenio Achille Grandinetti
Relator: Tufi Maron Filho Julgamento: 06/03/2008
Julgamento: 26/04/2007
DECISÃO: Acordam os julgadores
DECISÃO: Acordam os integrantes da 9ª Câmara Cível do
Desembargadores do TRIBUNAL DE Tribunal de Justiça do Estado do
JUSTIÇA do Estado do Paraná, em sua Paraná, por unanimidade de votos, em
Nona Câmara Cível, por unanimidade negar provimento ao recurso de

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apelação. EMENTA: AÇÃO DE Julgamento: 14/11/2007
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS. CONTRATO DE DECISÃO: ACORDAM os magistrados
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. EVENTO DE integrantes da Décima Segunda
FORMATURA QUE NÃO SE REALIZOU Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
DEVIDO FALTA DE ENERGIA Estado do Paraná, por unanimidade de
ELÉTRICA. ALEGAÇÃO DE votos, em conhecer e negar
SOBRECARGA DA REDE E provimento a apelação, nos termos do
NEGLIGÊNCIA DA EMPRESA-RÉ QUE voto do Relator. EMENTA: APELAÇÃO
NÃO COMUNICOU A COPEL CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.
SOLICITANDO REFORÇO. AUSÊNCIA FORNECIMENTO ENERGIA
CONTESTAÇÕES INTEMPESTIVAS. OS ELÉTRICA PELO PERÍODO DE 27
DOIS RÉUS OUTORGARAM PODERES HORAS. RESPONSABILIDADE
AOS MESMOS PROCURADORES. O OBJETIVA CARACTERIZADA.
FATO DE UM ADVOGADO ASSINAR A COMPROVAÇÃO DOS DANOS
CONTESTAÇÃO DE UM RÉU E O MATERIAIS E DANOS MORAIS. DEVER
OUTRO PROCURADOR A DO OUTRO DE INDENIZAR. DECISÃO
REQUERIDO NÃO CONFIGURA MONOCRÁTICA CORRETA. RECURSO
HIPÓTESE DE LITISCONSORTES COM CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
PROCURADORES DISTINTOS.
INAPLICABILIDADE DO ART. 191, DO Íntegra do Acórdão
CPC. REVELIA. CONCESSÃO DE
PRAZO PARA REQUERIMENTO DAS índice
PROVAS A SEREM PRODUZIDAS. RÉU -------------------------
ALLAN SE MANTEVE INERTE.
EMPRESA RÉ APRESENTOU PETIÇÃO ======================
INTEMPESTIVA. JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. Tribunal de Justiça do Estado
POSSIBILIDADE. NÃO
CONFIGURAÇÃO DE CERCEAMENTO do Rio Grande do Sul
DE DEFESA. ALEGAÇÃO DE ======================
ILEGITIMIDADE PASSIVA DO RÉU
ALLAN. PROVAS DE QUE OS VALORES Apelação Cível: 70032448896
PAGOS PELAS COMISSÕES DE ÓRGÃO JULGADOR: Nona Câmara
FORMATURA FORAM DEPOSITADOS Cível
NA CONTA CORRENTE DO RÉU. DATA DE JULGAMENTO: 25/11/2009
ARGÜIÇÃO DE CITAÇÃO NULA, EIS RELATOR: Léo Romi Pilau Júnior
QUE MENOR DE IDADE TERIA
ASSINADO O AVISO DE EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL.
RECEBIMENTO. AUSÊNCIA DE PROVAS TEMPORAL. INTERRUPÇÃO DE
ACERCA DA MENORIDADE. SENTENÇA ENERGIA ELÉTRICA. DEMORA NA
MANTIDA. APELAÇÃO DESPROVIDA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. PEDIDO
DE INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS
Íntegra do Acórdão E MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO.
INOCORRÊNCIA DE EXCLUDENTE.
índice Danos Materiais. A demora na
------------------------- prestação dos serviços gerou danos
Processo: 0376175-3 materiais a parte autora. Danos
Nº do Acórdão: 7483 Morais. A concessionária responde
Órgão Julgador: 12ª Câmara Cível independentemente de culpa, pela
Recurso: Apelação Cível integralidade dos danos gerados aos
Relator: D’artagnan Serpa Sa consumidores por defeitos relativos à

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prestação de seus serviços. Não Tribunal de Justiça do RS, Relator:
havendo excludentes de Luís Augusto Coelho Braga, Julgado
responsabilidade, é dever da parte ré em 08/10/2009)
indenizar. APELO IMPROVIDO.
UNÂNIME. (Apelação Cível Nº Íntegra do Acórdão
70032448896, Nona Câmara Cível, índice
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Léo
Romi Pilau Júnior, Julgado em -------------------------
25/11/2009) Recurso Cível: 71002287274
DATA DE JULGAMENTO: 08/10/2009
Íntegra do Acórdão ÓRGÃO JULGADOR: Primeira Turma
índice Recursal Cível
RELATOR: Luís Francisco Franco
-------------------------
Apelação Cível: 70029570967 EMENTA: CONSUMIDOR.
DATA DE JULGAMENTO: 08/10/2009 INTERRUPÇÃO DE ENERGIA
ÓRGÃO JULGADOR: Sexta Câmara ELÉTRICA. REPARAÇÃO DE DANOS
Cível MATERIAIS. QUEIMA DE
RELATOR: Luís Augusto Coelho Braga COMPUTADOR. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA DA FORNECEDORA. DANOS
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. MATERIAIS CONFIGURADOS. DEVER
RESPONSABILIDADE CIVIL. DE INDENIZAR. PRELIMINAR DE
INTERRUPÇÃO DE ENERGIA INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO
ELÉTRICA. CURTO CIRCUITO. AFASTADA. 1. Preliminar de
DEMORA NO REESTABELECIMENTO incompetência do juizado, pela
DO SERVIÇO. ISOLADOR complexidade da causa, não deve
INADEQUADO. RESOPONSABILIDADE prosperar, em virtude da
DO CONSUMIDOR. A responsabilidade inexigibilidade de perícia técnica,
da distribuidora de energia elétrica é tendo em vista que ambas as partes
objetiva, conforme o artigo 14, do juntaram provas acerca de suas
Código de Defesa do Consumidor, pretensões. 2. O autor apresentou aos
bastando a prova do ato ilícito, do autos documentos que embasam sua
dano e o nexo causal, desimportando pretensão e conferem verossimilhança
se a conduta foi dolosa ou culposa. No a seus argumentos. A ré, por sua vez,
caso dos autos, verifica-se que a não logrou comprovar que o fato
causa do curto circuito foi a utilização ocorreu por culpa de terceiro ou do
de isolador inadequado pelo próprio consumidor. 3. Assim, resta
consumidor, sendo de evidente a responsabilidade objetiva
responsabilidade deste a sua da empresa fornecedora da energia
substituição. Observa-se que a pelos danos decorrentes de defeitos
prestadora procurou solucionar o na prestação de serviço. 4. Obrigação
problema no dia seguinte e comprova da fornecedora de serviços de equipar
que a razão da demora no a rede com meios de segurança para
restabelecimento do serviço dependia evitar danos aos consumidores. 5.
da adequação do isolador. Desta Tendo sido comprovados a ocorrência
forma, caracteriza-se a excludente de da falha na prestação dos serviços da
responsabilidade prevista no artigo fornecedora, os danos ocasionados ao
14, § 3º, do Código de Defesa do consumidor e o nexo causal entre a
Consumidor, pois a culpa foi exclusiva conduta e o prejuízo, à ré incumbe o
da vítima, não tendo de se falar em dever de indenizar. Sentença mantida
indenização. NEGARAM PROVIMENTO por seus próprios fundamentos.
AO APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível
Nº 70029570967, Sexta Câmara Cível, Nº 71002287274, Primeira Turma
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Recursal Cível, Turmas Recursais, segurança para evitar danos aos
Relator: Luís Francisco Franco, consumidores. - Tendo sido
Julgado em 08/10/2009) comprovados a ocorrência da falha na
prestação dos serviços da
Íntegra do Acórdão fornecedora, os danos ocasionados ao
índice consumidor e o nexo causal entre a
conduta e o prejuízo, à ré incumbe o
------------------------- dever de indenizar. -Recurso não
Recurso Cível: 71002038065 provido.
DATA DE JULGAMENTO: 13/08/2009
ÓRGÃO JULGADOR: Terceira Turma Íntegra do Acórdão
Recursal Cível índice
RELATOR: Leila Vani Pandolfo -------------------------
Machado
EMENTA: REPARAÇÃO DE DANOS. ======================
CONSUMIDOR. INTERRUPÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA. DANOS EM Tribunal de Justiça do Estado
APARELHOS ELÉTRICOS.
ESTABILIZADOR, LÂMPADAS, de São Paulo
TELEFONE, FILTRO DE REDE DE ======================
INTERNET E COMPATIMENTOS DE Apelação 992040097829
COMPUTADOR. RESPONSABILIDADE (877586700)
OBJETIVA DA FORNECEDORA. DANOS Relator(a): Eduardo Sá Pinto
MATERIAIS CONFIGURADOS. -A Sandeville
responsabilidade da empresa Órgão julgador: 28ª Câmara de
fornecedora da energia pelos danos Direito Privado
decorrentes de defeitos na prestação Data do julgamento: 17/11/2009
de serviços é objetiva. No caso, não
se desincumbiu de demonstrar que o Ementa: Indenizatória - Seguro -
fato ocorreu por motivo alheio que a Ação regressiva - Queima de
eximisse do dever de indenizar. equipamentos eletroeletrônicos por
Inexistência de prova quanto à alegada sobrecarga - Perícia que não
presença de caso fortuito. -A afirma o nexo causai entre a
coincidência da queima dos aparelhos interrupção do fornecimento e os
quando detectadas interrupções por danos - Ação improcedente - Recurso
circuito, de responsabilidade da provido.
requerida, segundo relatório índice
apresentado pela própria demandada,
presume o nexo causal. - A prova -------------------------
testemunhal reforça a versão do Apelação 992051403462
autor, tanto no que se refere à (979540800)
ocorrência da alteração da tensão da Relator(a): Francisco Casconi
rede, quanto nos danos ocasionados Órgão julgador: 31ª Câmara de
aos aparelhos elétricos de propriedade Direito Privado
do autor. - A prova documental Data do julgamento: 17/11/2009
produzida, a seu turno, demonstra o
quantum do prejuízo suportado pelo Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL -
autor, consistente na contratação de INDENIZAÇÃO - DANOS MATERIAIS -
um executor de serviços de elétrica e CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA
na aquisição de bens em substituição ELÉTRICA - "APAGÃO" - ART. 26, II,
aos avariados. -Obrigação da DO CDC - INAPLICABILIDADE -
fornecedora de serviços de equipar a DECADÊNCIA INTERROMPIDA POR
rede com meios de prestação e RECLAMAÇÃO DO USUÁRIO - ART. 26,
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§ 2o, I, CDC - PROPOSTA A AÇÃO Tribunal de Justiça do Estado
DENTRO DO PRAZO A QUE ALUDE O
ART. 27 DO CDC - RECURSO de Santa Catarina
PROVIDO. ======================
índice
Apelação Cível n. 2009.028842-9
-------------------------
Relator: Cláudio Barreto Dutra
Apelação 992060313977
Órgão Julgador: Quarta Câmara de
(1051738300)
Direito Público
Relator(a): Kioitsi Chicuta
Data: 17/11/2009
Órgão julgador: 32ª Câmara de
Direito Privado
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
Data do julgamento: 24/09/2009
INDENIZAÇÃO - RESPONSABILIDADE
CIVIL - INTERRUPÇÃO NO
Ementa: Indenização.
FORNECIMENTO DE ENERGIA
Responsabilidade civil. Prestação de
ELÉTRICA - MORTE DE AVES EM
serviços. Danos materiais decorrentes
AVIÁRIO - EXCLUDENTE DE
da interrupção no fornecimento de
RESPONSABILIDADE - CASO
energia. Morte de frangos por falta de
FORTUITO OU FORÇA MAIOR NÃO
ventilação e de variação de
CONFIGURADOS - RELAÇÃO DE
temperatura. Aparelhos movidos
CONSUMO - RESPONSABILIDADE
mediante energia elétrica. Serviço
OBJETIVA - EXEGESE DOS ARTIGOS
essencial que deve ser adequado e
2º, 3º E 14, DO CDC - DEVER DE
contínuo. Alegação de caso fortuito.
INDENIZAR CARACTERIZADO, NOS
Inadmissibilidade. Incidência do
TERMOS DO ARTIGO 22 DO CITADO
Código de Defesa do Consumidor.
DIPLOMA LEGAL - SENTENÇA
Prejuízo comprovado. Indenização
MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
devida. Ação julgada procedente.
Recurso improvido. Em se cuidando de
Íntegra do Acórdão
processo de conhecimento, a inicial índice
está devidamente instruída, dos
documentos necessários, havendo, no -------------------------
caso, demonstração da propriedade, Apelação Cível em Mandado de
dos frangos perecidos com a Segurança n. 2000.017721-0
interrupção no fornecimento da Relator: Volnei Carlin
energia elétrica e do montante do Órgão Julgador: Primeira Câmara de
prejuízo.- -A interrupção no Direito Público
fornecimento de energia elétrica, Data: 01/03/2001
causando comprovados prejuízos ao
consumidor, gera à concessionária a MANDADO DE SEGURANÇA - CORTE
obrigação de reparar, uma vez que a NO FORNECIMENTO DE ENERGIA
sua responsabilidade é objetiva. Pouco ELÉTRICA A PRÉDIOS PÚBLICOS -
importa que a causa da interrupção DÉBITO INCONTROVERSO -
possa ser imputada a outra empresa, LEGITIMIDADE DO ATO. Em princípio,
mesmo porque ê aplicável a Teoria do à empresa concessionária é vedado
Risco ' Administrativo previsto no ' art. negar ou interromper a prestação do
37, S 6° da Constituição Federal. serviço. É porém o corte, precedido de
índice
aviso prévio, legítimo exercício de
------------------------- direito na hipótese de inadimplemento
da obrigação de pagar a tarifa.
====================== Consumidor é quem solicita ao
concessionário o fornecimento do

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serviço e assume a refrigerador de propriedade da
RESPONSABILIDADE tanto pelo consumidora Recorrida, responsável
pagamento das contas quanto pelas objetivamente a concessionária
obrigações legais (Portaria n. 466/97), Apelante, nos termos do art. 14, § 1º,
não havendo distinção entre I, II e III, c/c o Parágrafo único do art.
particulares e consumidores públicos. 22 da Lei nº 8.078/90. Recurso
Íntegra do Acórdão conhecido e improvido. Decisão
índice unânime.
Íntegra da Decisão
------------------------- índice

====================== -------------------------
Nº do Processo: 2009207977
Tribunal de Justiça do Estado Relator: DESA. SUZANA MARIA
CARVALHO OLIVEIRA
de Sergipe Recurso: APELAÇÃO CÍVEL
====================== Julgamento: 17/08/2009

Nº do processo: 2009207700 APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE


Relator: DESA. CLARA LEITE DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
REZENDE MATERIAIS - BAILE DE FORMATURA -
Recurso: APELAÇÃO CÍVEL ALUGUEL DE SEDE SOCIAL DO CLUBE
Julgamento: 05-10-2009 - INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO
DE ENERGIA - MÁ PRESTAÇÃO DO
Apelação Cível. Ação de Reparação de SERVIÇO - APLICAÇÃO DO CÓDIGO
Danos. Suspensão de fornecimento de DE DEFESA DO CONSUMIDOR -
energia elétrica. Preliminar de RESPONSABILIDADE OBJETIVA E
alegação de inaplicabilidade do Código SOLIDÁRIA DA CONCESSIONÁRIA E
de Defesa do Consumidor. Utilização DA ASSOCIAÇÃO - DANOS MATERIAIS
do bem pela Apelada como E MORAIS CONFIGURADOS - APELO
destinatária final. Aplicação do caput DOS AUTORES PROVIDO EM PARTE -
do art. 2º do CDC. Rejeição. Mérito. APELO DA CONCESSIONÁRIA
Prova da interrupção do serviço. IMPROVIDO - AGRAVO RETIDO E
Ofensa ao caput do art. 22 do estatuto RECURSO ADESIVO DA ASSOCIAÇÃO
consumerista. Responsabilidade civil IMPROVIDOS - DECISÃO UNÂNIME.- A
objetiva da concessionária. Intelecção responsabilidade da pessoa jurídica
do art. 14, § 1º, I, II e III, c/c o prestadora de serviços é objetiva,
Parágrafo único do art. 22 da Lei nº suficiente, portando, a comprovação
8.078/90. Demonstração dos danos do dano sofrido pelo consumidor e o
materiais. I - Inconteste a relação de nexo causal, para que haja o dever de
consumo entabulada entre a ora indenizar, consoante dispõe o art. 14
Apelada, destinatária final do serviço do CDC; - Existindo contrato entre os
de fornecimento de energia elétrica, autores e a associação para locação
nos termos da parte final do caput do de salão de festa preparado para baile
art. 2º do CDC, e a concessionária, de formatura, na hipótese de
ora Recorrente. II - Comprovada a interrupção de energia elétrica, deve
interrupção do serviço de esta figurar no pólo passivo da ação;-
fornecimento de energia elétrica, Cuidando-se de relação de consumo,
ofendida a obrigação de continuidade aquele que detém imóvel destinado à
prevista na parte final do caput do art. realização de festas e recepções,
22 do estatuto consumerista, e compete manter o bem apto a
demonstrado o nexo causal que realização do evento, inexistindo
resultou no dano causado ao causa que exclua a sua
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Revista Jurídica/152
responsabilidade;- O prejuízo material
ocorreu em face da inexecução por um Íntegra do acórdão
longo período da festa dos serviços índice
contratados, todos dependentes do
fornecimento de energia elétrica;- O -------------------------
dano moral encontra-se caracterizado
pelo abalo psíquico que a situação ======================
causou aos formandos;- Devido
ressarcimento por danos morais e Superior Tribunal de Justiça
materiais, de forma solidária,
conforme circunstância fática ======================
devidamente comprovada nos autos,
ex vi do parágrafo único do art. 7º e REsp 521096
art. 18, todos do CDC. (APELAÇÃO Ministra ELIANA CALMON
CÍVEL Nº 4052/2009, 4ª VARA Cível, Decisão: 16/12/2003
Tribunal de Justiça do Estado de
Sergipe, Relator: DESA. SUZANA PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO
MARIA CARVALHO OLIVEIRA, Julgado – FORNECIMENTO DE ENERGIA
em 17/08/2009). ELÉTRICA – INDENIZAÇÃO POR FALTA
DE ENERGIA. 1. OMISSÃO DO
Integra do acórdão ACÓRDÃO QUE, AO ADOTAR A
índice SENTENÇA POR INTEIRO, DEIXOU DE
MANIFESTAR-SE SOBRE A
------------------------- RESOLUÇÃO DO DNAEE, ARGÜIDA
Nº do Processo: 2006200872 ELA DEFESA, NÃO A CONSIDERANDO
Relator: DES. CLÁUDIO DINART SEQUER NA VIA DOS
DÉDA CHAGAS DECLARATÓRIOS. 2. OMISSÃO QUE
Recurso: APELAÇÃO CÍVEL LEVA À VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO
Julgamento: 12/03/2007 CPC. 3. RECURSO ESPECIAL
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CAUTELAR PROVIDO.
INOMINADA - SUSPENSÃO DO
FORNECIMENTO DE ENERGIA Íntegra do Acórdão
ELÉTRICA - INADIMPLÊNCIA - índice
CONSUMIDOR PRESTADOR DE
SERVIÇO PÚBLICO ESSENCIAL -------------------------
(ABASTECIMENTO DE ÁGUA E COLETA
DE ESGOTO) - IMPOSSIBILIDADE -
PREVALÊNCIA DO INTERESSE
COLETIVO - ART 6º, § 3º, INC. II DA
LEI Nº 8.987/1995 - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO - DECISÃO
UNÂNIME. - A disposição legal prevista
no art. 17, § 1º, da Lei 9.427/1996,
não é absoluta, devendo ser
preservado, em todo caso, o interesse Inscrição Indevida em
da coletividade, nos termos do art. 6º,
§ 3º, inc. II da lei nº 8.987/1995. Órgão de Proteção ao
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 0221/2006, Crédito
VARA CIVEL DE SÃO CRISTÓVÃO,
Tribunal de Justiça do Estado de TRIBUNAIS DE JUSTIÇA:
Sergipe, Relator: DES. CLÁUDIO
DINART DÉDA CHAGAS, Julgado em RIO DE JANEIRO
12/03/2007) DISTRITO FEDERAL
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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


Revista Jurídica/153
0017049-11.2008.8.19.0021
(2009.001.35187) - APELAÇÃO
DES. MARIO ASSIS GONCALVES
Julgamento: 24/11/2009
TERCEIRA CAMARA CIVEL

Consumidor. Responsabilidade civil.


Concessionária. Fornecimento de
energia elétrica. Unidades
consumidoras. Negativação indevida
do nome do consumidor nos cadastros
====================== restritivos de crédito. Exclusão.
Desconstituição do débito. Provas.
Tribunal de Justiça do Estado Risco do negócio. Responsabilidade
civil objetiva. Dano moral. Empresa
do Rio de Janeiro concessionária de serviço público.
====================== Fornecimento de energia elétrica.
Cobrança relativa a 12 (doze)
0020384-89.2008.8.19.0004 unidades consumidoras em nome do
(2009.001.57765) - APELAÇÃO autor, que nega ser o destinatário dos
DES. GABRIEL ZEFIRO mencionados serviços. Consumidor
Julgamento: 01/12/2009 por equiparação. Decretada a inversão
SEXTA CAMARA CIVEL do ônus da prova, a ré não produz
prova que invalide a afirmação do
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS cidadão. Falha na prestação do serviço
MORAIS E MATERIAIS. SERVIÇO DE evidenciada. Apontamento indevido do
FORNECIMENTO DE ENERGIA nome do autor. Aplicação do artigo 14
ELÉTRICA. COBRANÇAS EFETUADAS do CDC. Negativação do nome do
APÓS O PEDIDO DE DESLIGAMENTO. autor. Com tal atitude, a
QUESTÃO PROBATÓRIA. O NÚMERO concessionária assumiu o risco de
DE PROTOCOLO REFERENTE AO causar dano a terceiro. Em virtude
PEDIDO DE BAIXA DO SERVIÇO DE dessa conduta antijurídica impõe-se o
FORNECIMENTO DE ENERGIA dever de indenizar. Danos morais in re
ELÉTRICA JUNTADO PELO AUTOR, E ipsa. A indenização por dano moral,
NÃO CONTESTADO PELA RÉ, INDUZ contudo, deve ser fixada com
OS EFEITOS DA REVELIA, LEVANDO A moderação para que seu valor não
CRER O JUÍZO QUE AS COBRANÇAS seja tão elevado a ponto de ensejar
EFETUADAS APÓS ESSE PEDIDO E A enriquecimento sem causa para a
NEGATIVAÇÃO DO NOME DO AUTOR vítima, nem tão reduzido a ponto de
SÃO INDEVIDAS EM RAZÃO DA perder o caráter punitivo e pedagógico
INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA para o causador do dano. Recurso do
ENTRE AS PARTES. DANO MORAL. autor visando apenas e tão-somente
SÚMULA 89 DO TJRJ. MERAMENTE majoração dos danos morais
ORIENTATIVA. APLICAÇÃO DO arbitrados. O montante de R$
ARTIGO 557 DO CPC. 3.000,00 (três mil reais), arbitrado na
sentença, é incompatível com a
repercussão dos fatos narrados no
Íntegra do Acórdão caso concreto e o dano causado.
Pretensão do autor de majoração da
índice indenização, para R$ 30.000,00 (trinta
mil reais) que, por sua vez, se mostra
-------------------------
inadequada. Danos morais que devem
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Revista Jurídica/154
ser majorados e fixados em R$ Gonçalo, situação que poderia ter sido
10.000,00 (dez mil reais) em evitada pelo comportamento diligente
observância mais harmônica com os da Concessionária Ré no momento da
princípios da razoabilidade e verificação da autenticidade e
proporcionalidade. Quanto aos juros regularidade da pessoa solicitante. III
moratórios, a douta sentença merece - Apelante não logrou êxito em
pequeno reparo, uma vez que estes comprovar o fato constitutivo do seu
devem incidir a partir do evento direito, qual seja, a inclusão de seu
danoso, com respaldo no verbete nome em cadastro restritivo de
sumular nº 54 do Superior Tribunal de crédito, sendo certo que tal prova é de
Justiça. Sentença mantida quanto ao fácil produção, não havendo porque se
mais. Recurso a que se dá parcial falar em inversão do ônus da prova
provimento. para esta hipótese. IV - Evidente a
disponibilidade da informação de
Íntegra do Acórdão dados constantes em nome do
consumidor nos bancos de dados de
índice proteção ao crédito, não cabendo,
------------------------- neste caso, querer imputar o ônus a
0000341-83.2008.8.19.0020 Apelada. Conforme estipulado no art.
(2009.001.69416) - APELAÇÃO 333, I, do Código de Processo Civil,
DES. REINALDO P. ALBERTO FILHO compete à Autora fazer prova de fato
Julgamento: 19/11/2009 constitutivo de seu direito, o que não
QUARTA CAMARA CIVEL se deu na espécie. Matéria preclusa,
haja vista apenas a Autora ter se
E M E N T A: Ação Ordinária. Autora insurgido contra a R. Sentença V -
sustentando a indevida ameaça de Ausência de interferência intensa no
inscrição de seu nome no cadastro de comportamento psicológico da
restrição ao crédito requer se Apelante, com dor, vexame,
abstenha a Ré de sua inclusão no humilhação, constrangimento público
SERASA, bem como a condenação ao e o mais conexo, para fins de
pagamento de indenização a título de majoração de tal verba. Enfatize-se,
dano moral. I - Recorrente que alega ademais, que não se vislumbrou
exercício regular do direito e ausência qualquer alarde social, maculando o
de responsabilidade pela provável nome da Recorrente. VI - Nesse
atuação de terceiro. Negativação não diapasão, verifica-se que a
comprovada nos autos. Faturas em indenização a título de reparação
atraso se referindo à unidade moral se mostra quantum sufficit para
consumidora situada no Município de composição da controvérsia, decerto
São Gonçalo. Documentação não se coadunando com os danos
impugnada pela Ré demonstrando que suportados pela Suplicante, restando
a Recorrente possui domicílio em Duas atendidos aos princípios da
Barras, tendo residido em outro proporcionalidade e da razoabilidade,
endereço situado em Campo Grande - não estimulando o enriquecimento
RJ. II Ausência de comprovação da sem causa. Precedentes. VII -
exigência constante na alínea "h" do Honorários advocatícios que não foram
inciso II do art. 3º da Resolução nº arbitrados em sede a quo. R. Sentença
456/2000 da ANEEL, por parte da que merece ser reformada apenas
Apelada. Reconhecimento do uso neste particular.
indevido, por terceiros, do nome da
Autora, para solicitação do
fornecimento de energia elétrica à Íntegra do Acórdão
imóvel situado na cidade de São
índice
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Revista Jurídica/155
------------------------- negativação indevida do nome do
0010425-71.2007.8.19.0023 consumidor gera dano moral. A
(2009.001.58744) - APELAÇÃO existência de outros registros em
DES. ANDRE ANDRADE nome daquele que alega o dano moral
Julgamento: 11/11/2009 por manutenção indevida de seu nome
SETIMA CAMARA CIVEL em cadastro de inadimplentes não
afasta o dever de indenizar, mas deve
OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA refletir sobre a fixação do valor da
COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO. indenização. Precedente do STJ. Verba
INCLUSÃO DO NOME DO fixada no valor de R$ 6.000,00, que
CONSUMIDOR EM CADASTRO representa justa reparação a este
RESTRITIVO DE CRÉDITO. COBRANÇA prejuízo extrapatrimonial do ofendido.
RELATIVA A FATURAS DE ENERGIA Recurso desprovido.
ELÉTRICA QUE ESTÃO SENDO
DISCUTIDAS EM PROCESSO Íntegra do Acórdão
JUDICIAL, NO QUAL HÁ índice
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO DOS
VALORES INCONTROVERSOS. -------------------------
DISCUSSÃO JUDICIAL DO DÉBITO 0021803-86.2004.8.19.0004
QUE RETIRA A LEGITIMIDADE DO (2006.001.36963) - APELAÇÃO
APONTE. PRETENSÃO DE DES. MARIA AUGUSTA VAZ
CONDENAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA Julgamento: 29/05/2007
DO SERVIÇO AO PAGAMENTO DE PRIMEIRA CAMARA CIVEL
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
DESCABIMENTO. SOLICITAÇÃO DA AGRAVO INTERNO INTERPOSTO
INSCRIÇÃO QUE É ANTERIOR À CONTRA DECISÃO QUE NEGOU
CIÊNCIA QUANTO À DISCUSSÃO SEGUIMENTO À APELAÇÃO, QUE
JUDICIAL DO DÉBITO. ATACAVA SENTENÇA CONDENATÓRIA
DESPROVIMENTO DOS RECURSOS. AO PAGAMENTO DE DANOS MORAIS,
CUJO VALOR FIXOU EM R$ 6.000,00,
Íntegra do Acórdão POR TER INDEVIDAMENTE
índice NEGATIVADO O NOME DO AUTOR.
INCLUSÃO INDEVIDA DO NOME DO
------------------------- CONSUMIDOR NOS CADASTROS DO
0002429-91.2005.8.19.0055 SPC E DO SERASA. O artigo 557 do
(2008.001.12432) - APELAÇÃO CPC tem como escopo desobstruir as
DES. NAMETALA MACHADO JORGE pautas dos Tribunais a fim de que as
Julgamento: 16/04/2008 ações e os recursos que realmente
DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL precisam ser julgados por órgão
colegiado possam ser apreciados o
Responsabilidade Civil. CDC. Art. 17. quanto antes. Por isso, os recursos
Figura do bystander. Contrato de contrários à jurisprudência
fornecimento de energia elétrica consolidada no Tribunal de segundo
firmado por terceiro estelionatário. grau deverão ser decididos
Falta de cautela da concessionária. imediatamente pelo relator, por
Nulidade do contrato. decisão singular, acarretando o tão
Responsabilidade objetiva, fundada na desejado esvaziamento das pautas e
teoria do risco do empreendimento. prestigiando os princípios da economia
Inscrição indevida do nome da vítima, processual e da celeridade processual
equiparada à consumidor, em que norteiam o direito processual
cadastro de proteção ao crédito. Dano atual. Decisão monocrática que se
moral configurado. Quantificação. A só baseou em farta jurisprudência deste

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Revista Jurídica/156
Tribunal em relação à incidência de DANOS MORAIS. CEB. CONSUMIDOR
indenização por danos morais por se DE ENERGIA ELÉTRICA. INCLUSÃO DO
tratar de negativação nos cadastros NOME DO DEVEDOR NO CADASTRO
de maus pagadores indevidamente, DE INADIMPLENTES. EXERCÍCIO
entendimento esse já sumulado por REGULAR DO DIREITO. CONSUMIDOR
este Tribunal. Não tendo restado CONFESSADAMENTE DEVEDOR.
comprovado que a suspensão do OBRIGAÇÃO DE NATUREZA PESSOAL.
serviço se deu de forma regular, EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
decorre o dano in re ipsa, por CONTRATUAL ENTRE AS PARTES.
ocorrência do evento danoso, visto OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS NÃO
que o fornecimento de energia elétrica PAGAS. EXCLUSÃO DO NOME DO
é considerado serviço essencial e sua DEVEDOR DOS CADASTROS DE
ilegal interrupção fere o princípio da PROTEÇÃO AO CRÉDITO DE FORMA
dignidade humana. Falta de cautela EXPONTÂNEA. INEXISTÊNCIA DE
devida pelo agravante, em virtude dos DANO AO CONSUMIDOR. PROVA DO
princípios da eficiência e diligência na ALEGADO. AUSÊNCIA DE
prestação de serviços. A indenização IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. ÔNUS DA
foi fixada em montante condizente PROVA QUE NÃO PODE, DA ANÁLISE
com o verbete de súmula deste DO CASO CONCRETO, SER
Tribunal que determina que a INTEGRALMENTE INVERTIDO EM
indenização pela inscrição indevida do FAVOR DO CONSUMIDOR, EIS QUE HÁ
nome do consumidor nos cadastros de FATOS QUE SOMENTE CABE A ESTE
maus pagadores deve orbitar em valor PROVAR. FATOS EXTERNOS AOS
até quarenta salários mínimos. AUTOS ALEGADOS E NÃO PROVADOS.
Decisão da relatora que bem aplicou o RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
artigo 557 do CPC, visto estar a SENTENÇA MANTIDA.
apelação em confronto com a O CONSUMIDOR CONFESSADAMENTE
jurisprudência. Nega-se provimento ao DEVEDOR DOS DÉBITOS, QUE TEM
agravo interno. SEU NOME INCLUSO NOS CADASTROS
DE DEVEDORES E MESMO ASSIM NÃO
Íntegra do Acórdão LOGRA EM QUITAR A OBRIGAÇÃO À
índice SUA INTEIREZA, NÃO PODE
ENTENDER SER DEVIDO A SI
------------------------- INDENIZAÇÃO, QUANDO DEVEDOR
EFETIVO DA OBRIGAÇÃO, SEJA DO
====================== PRINCIPAL OU DE SEUS ACESSÓRIOS.
A NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO
Tribunal de Justiça do Distrito ENTRE A CEB DISTRIBUIÇÃO S/A E O
CONSUMIDOR É DE NATUREZA
Federal CONTRATUAL. ASSIM, AINDA QUE
====================== SUPOSTAMENTE O INQUILINO DE
IMÓVEL SEU TENHA SIDO
2008 01 1 128333-3 APC - INADIMPLENTE PARA COM O
0128333-20.2008.807.0001 CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Registro do Acórdão: 395131 REFERENTES AO CONSUMO DE
Data de Julgamento: 25/11/2009 ENERGIA ELÉTRICA, A FATURA
Órgão Julgador: 4ª Turma Cível ESTAVA GRAVADA EM SEU NOME, OU
Relator: ALFEU MACHADO SEJA, PARA O DIREITO ERA ELE O
DEVEDOR DAS OBRIGAÇÕES, SE NÃO
Ementa: CIVIL. CONSUMIDOR. TRANSFERIRA A FATURA PARA O
PROCESSUAL CIVIL. NOME DO SUPOSTO INQUILINO, CUJO
RESPONSABILIDADE CIVIL POR NOME SEQUER MENCIONA NA

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Revista Jurídica/157
INICIAL. IMPUGNAR DOCUMENTO POR EVENTUAIS DANOS CAUSADOS A
NÃO SIGNIFICA APENAS SE INSURGIR TERCEIROS, COM FULCRO NO ART.
CONTRA O SEU TEOR, DE FORMA 37, §6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
MERAMENTE TEXTUAL E GENÉRICA. SÓ PODENDO SE ISENTAR NA
NÃO SE MOSTRA FACTÍVEL, NO CASO EXISTÊNCIA DE PROVA DE CASO
DOS AUTOS, A COMPLETA APLICAÇÃO FORTUITO, FORÇA MAIOR OU CULPA
DA INVERSÃO DO INSTITUTO DA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. SE NÃO POR
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA DO ISSO, INCIDE, TAMBÉM, NORMA
CÓDEX CONSUMERISTA, EIS QUE HÁ INSERTA NO CDC, IMPONDO-SE O
FATOS ALEGADOS PELO PRÓPRIO DEVER OBJETIVO DE RESSARCIR O
REQUERENTE QUE SOMENTE ESTE CONSUMIDOR EM CASO DE DANO,
ESTARIA APTO A PROVAR, EIS QUE INDEPENDENTEMENTE DE FATO
EXTERNOS À RELAÇÃO CONSUMIDOR/ COMETIDO POR TERCEIRO, POIS,
FORNECEDOR. EM SENDO O DÉBITO CONSIDERANDO AUFERIR OS LUCROS
EXISTENTE E INADIMPLENTE O COM A ATIVIDADE, DEVE ASSUMIR
CONSUMIDOR, CONFIGURA-SE EM OS ENCARGOS CORRELATOS.
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO À 2. A INSCRIÇÃO IRREGULAR DO
INCLUSÃO DO NOME DO MESMO NOS NOME DO CONSUMIDOR NO ROL DOS
CADASTROS DE DEVEDORES, INADIMPLENTES, POR SI SÓ, GERA
ENQUANTO FOR EXISTENTE A ABANO MORAL PASSÍVEL DE
DÍVIDA. RECURSOCO NHECIDO E COMPENSAÇÃO FINANCEIRA,
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. INDEPENDENTEMENTE DE PROVA DE
Decisão NEGAR PROVIMENTO AO PREJUÍZO. 3. HAVENDO A DECISÃO
RECURSO, UNÂNIME MONOCRÁTICA OBEDECIDO AOS
CRITÉRIOS DA RAZOABILIDADE E
Íntegra do Acórdão PROPORCIONALIDADE NA FIXAÇÃO
índice DO QUANTUM DEBEATUR, DEVE SER
CONFIRMADA. 4. RECURSO
------------------------- CONHECIDO E IMPROVIDO.
2006 01 1 078980-9 APC -
0078980-79.2006.807.0001 Íntegra do Acórdão
Registro do Acórdão: 359305
Data de Julgamento: 29/04/2009 índice
Órgão Julgador: 4ª Turma Cível -------------------------
Relator: SANDOVAL OLIVEIRA 2006 01 1 040034-7 APC -
0040034-38.2006.807.0001
Ementa: DIREITO CIVIL E DO Registro do Acórdão: 310605
CONSUMIDOR. DANO MORAL. Data de Julgamento: 18/06/2008
INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO Órgão Julgador: 2ª Turma Cível
DE INADIMPLÊNCIA. SPC. COMPANHIA Relator: TEÓFILO CAETANO
ENERGÉTICA DE BRASÍLIA. CEB.
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO Ementa: CIVIL E DIREITO DO
PÚBLICO. RESPONSABILIDADE CONSUMIDOR. CEB. IMPUTAÇÃO DE
OBJETIVA. ART 14 DO CDC E 37, §6º DÉBITOS. CAUSA SUBJACENTE. NÃO
DA CF. COMPROVAÇÃO. COBRANÇA
1. INQUESTIONÁVEL A APLICAÇÃO DO INDEVIDA E INSERÇÃO DO NOME DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR EM CADASTRO DE
CONSUMIDOR - LEI 8.078/90, NO DEVEDORES INADIMPLENTES.
FORNECIMENTO DE ENERGIA OFENSA À INTANGIBILIDADE
ELÉTRICA, LEMBRANDO-SE QUE CEB, PESSOAL E À CREDIBILIDADE. DANO
POR OSTENTAR A CONDIÇÃO DE MORAL CARACTERIZADO.
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO COMPENSAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA.
PÚBLICO, RESPONDE OBJETIVAMENTE 1. ARGÜINDO O CONSUMIDOR QUE
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NÃO RECLAMARA O FORNECIMENTO ASSEGURAR AO LESADO UMA
DE SERVIÇOS DE ENERGIA ELÉTRICA COMPENSAÇÃO PECUNIÁRIA COMO
NEM RESIDIRA NO IMÓVEL NO QUAL FORMA DE ATENUAR AS
FORAM DISPONIBILIZADOS, À CONSEQÜÊNCIAS QUE LHE ADVIERAM
PRESTADORA DE SERVIÇOS, DA AÇÃO LESIVA QUE O ATINGIRA.
SUSTENTANDO QUE OS FOMENTARA, 4. APELAÇÃO CONHECIDA E
COMPETE EVIDENCIAR QUE OS IMPROVIDA. UNÂNIME. Decisão
PRESTARA DIRETAMENTE NO LOCAL NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.
EM QUE RESIDE OU NO IMÓVEL POR
ELE INDICADO, POIS, DE ACORDO Íntegra do Acórdão
COM AS FORMULAÇÕES LEGAIS QUE índice
REGULAM A REPARTIÇÃO DO ÔNUS
PROBATÓRIO, A RÉ, INVOCANDO -------------------------
FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU
EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR,
ATRAI PARA SI O ENCARGO DE
EVIDENCIÁ-LO, E, NÃO
COMPROVANDO-O, DEIXA CARENTE ======================
DE SUSTENTAÇÃO MATERIAL O
ARGUMENTO DE DEFESA, ENSEJANDO Tribunal de Justiça do
O ACOLHIMENTO DO PEDIDO. 2. A
COBRANÇA DE DÉBITO INEXISTENTE Estado do Mato Grosso
E A ANOTAÇÃO DO NOME DO ======================
CONSUMIDOR NO ROL DOS
INADIMPLENTES, VULNERANDO SUA Numero: 32132
INTANGIBILIDADE PESSOAL E Ano: 2009
AFETANDO SUA CREDIBILIDADE, Magistrado: DES. GUIOMAR
SUJEITANDO-O AOS TEODORO BORGES
CONSTRANGIMENTOS,
ABORRECIMENTOS, DISSABORES E Ementa: RECURSO DE APELAÇÃO -
HUMILHAÇÕES DE SER TRATADO AÇÃO DECLARATÓRIA DE
COMO INADIMPLENTE E REFRATÁRIO INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS -
AO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA - REQUERIMENTO
QUE LHE ESTÃO DESTINADAS, DE CANCELAMENTO DE UNIDADE
QUALIFICAM-SE COMO FATO CONSUMIDORA - CULPA DE TERCEIRO
GERADOR DO DANO MORAL, NÃO COMPROVADA - EXCLUDENTE DE
LEGITIMANDO QUE SEJA AGRACIADO RESPONSABILIDADE CIVIL AFASTADA
COM UMA COMPENSAÇÃO - INSCRIÇÃO NOS ÓRGÃOS DE
PECUNIÁRIA. 3. O DANO MORAL, PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANO
AFETANDO OS ATRIBUTOS DA MORAL - CONFIGURAÇÃO - VALOR
PERSONALIDADE DO OFENDIDO E FIXADO - MANUTENÇÃO -
ATINGINDO-O NO QUE LHE É MAIS DESNECESSIDADE DE SE PROVAR
CARO, SE APERFEIÇOA COM A PREJUÍZO - RECURSO DESPROVIDO.
SIMPLES OCORRÊNCIA DO ATO O dano moral decorre da inscrição
ILÍCITO E AFERIÇÃO DE QUE É APTO indevida em órgãos de proteção ao
A IMPREGNAR REFLEXOS EM SUA crédito e não se faz necessária a
PERSONALIDADE, PRESCINDINDO prova do prejuízo, que é presumido e
SUA QUALIFICAÇÃO DA GERMINAÇÃO decorre do próprio fato. No
DE EFEITOS MATERIAIS IMEDIATOS, arbitramento dos danos morais leva-
INCLUSIVE PORQUE SEU se em conta as circunstâncias do caso
RECONHECIMENTO DESTINA-SE A concreto, as condições das partes, o
SANCIONAR O AUTOR DO ILÍCITO E grau de culpa e, principalmente, a

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finalidade da reparação do dano contraditório, visando convencer da
moral, bem como inibir a conduta sua tese processual.
abusiva.
Íntegra do Acórdão
Íntegra do Acórdão índice

índice -------------------------
------------------------- Numero: 85224
Numero: 42847 Ano: 2008
Ano: 2009 Magistrado: DR. JOSÉ MAURO
Magistrado: DES. CARLOS ALBERTO BIANCHINI FERNANDES
ALVES DA ROCHA
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE
Ementa: INDENIZAÇÃO - DANO RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO
MORAL E MATERIAL - CERCEAMENTO ILÍCITO - INDENIZAÇÃO - DANO
DE DEFESA - PEDIDO DE MORAL. CONCESSIONÁRIA DE
INAPLICABILIDADE DO CDC - ENERGIA ELÉTRICA - INCLUSÃO DO
RELAÇÃO JURÍDICA - INSTALAÇÃO DE NOME EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO
ENERGIA ELÉTRICA - FRAUDE - CRÉDITO - CULPA EXCLUSIVA DO
NEGLIGÊNCIA DA PRESTADORA DE CONSUMIDOR - DANO NÃO
SERVIÇO - INSCRIÇÃO NO CADASTRO CONFIGURADO - INVERSÃO DO ÔNUS
DE RESTRIÇÃO AO CRÉDITO - DA PROVA - AUSÊNCIA DE
REGISTRO INDEVIDO - CRITÉRIOS DE VEROSSIMILHANÇA E
FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO. Não HIPOSSUFICIÊNCIA -
havendo o instrumento essencial e IMPOSSIBILIDADE - RECURSO
existindo apenas documentos viciados, IMPROVIDO. Ausente o nexo causal
não há que se falar em necessidade de entre a conduta e o alegado dano
dilação probatória, tratando-se de subjetivo, bem como a culpa do
procedimento meramente protelatório. agente indicado como causador, não
O autor é vítima da ré que positivou o há que se falar no dever de indenizar
nome do mesmo no cadastro de maus o consumidor pela devida inclusão de
pagadores, sendo lesionado na sua seu nome em órgão de proteção ao
esfera moral e desta forma há que se crédito por dívida originada de faturas
atribuir ao requerente a denominação em atraso. A inversão do ônus da
de consumidor em seu abrangente prova é uma faculdade do magistrado,
conceito e, portanto, aplicável o CDC que poderá aplicá-la quando diante da
no presente caso. O recorrente não verossimilhança do direito alegado
conseguiu comprovar que exista pelo postulante, ou na hipótese de
qualquer relação jurídica entre as hipossuficiência da parte, segundo as
partes, trazendo aos autos regras ordinárias da experiência.
documentos que se contradizem e
demonstram vícios. A inscrição do Íntegra do Acórdão
nome do consumidor no banco de índice
dados do SPC/SERASA, ante a
instalação de ENERGIA ELÉTRICA sem -------------------------
as devidas cautelas, é de
responsabilidade da empresa, a qual ======================
deve indenizar o ofendido pelos danos
morais. Incabível a condenação por Tribunal de Justiça do
litigância de má-fé, posto que a
contendora se utilizou do seu direito Estado do Pará
garantido pelo princípio do ======================

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Nº ACÓRDÃO: 60573 Ementa: 1. Concessionária de energia
Nº PROCESSO: 200430029674 elétrica responde pelo dano moral
RECURSO: APELACAO CIVEL decorrente de inscrição em cadastro
RELATOR: LUZIA NADJA GUIMARAES restritivo de crédito do nome de quem
NASCIMENTO nada lhe devia. 2. Dano moral,
exatamente porque moral, não se
Ementa: Processual civil - apelação demonstra nem se comprova, mas se
cível - dano moral - concessionária de afere, resultando por si da ação ou
energia elétrica - consumidor omissão ilícita e culposa. 3. Nas
residencial - inclusão em cadastro circunstâncias, o arbitramento da
comercial - equívoco corrigido após indenização moral em quatro mil e
reclamação - mera intercorrência seiscentos e cinqüenta reais satisfaz
administrativa - dever de indenizar sua real finalidade, a de amenizar a
afastado - dano in re ipsa não lesão e a de servir de "desestímulo, ou
configurado - condenação em custas e de inibição, para que se abstenha o
honorários - gratuidade da justiça - lesante de novas práticas do gênero".
observância do art. 12 da lei nº Eleva-se a honorária de sucumbência
1.060/50. I - O irrogado prejuízo a quinze por cento sobre o valor da
moral não resta configurado por condenação.
meras intercorrências administrativas índice
do serviço, caracterizando apenas
dissabores afastados do dever de -------------------------
indenizar. II - Pugnar indenização com
base em probabilidade de dano por ======================
força dos constrangimentos
supostamente advindos de um corte Superior Tribunal de Justiça
de energia não concretizado,
desaconselham a configuração do ======================
abalo moral digno de reparação
pecuniária. III - Custas e honorários REsp 799891
advocatícios por conta da apelada, Ministro JORGE SCARTEZZINI
observado, no entanto, o disposto no Decisão: 02/02/2006
art. 12 da lei nº 1.060/50, em face da
gratuidade da justiça. Recurso PROCESSO CIVIL. CIVIL. RECURSO
conhecido e provido. Unanimidade. ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO.
INSCRIÇÃO INDEVIDA EM ÓRGÃO DE
índice PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANOS
------------------------- MORAIS. OCORRÊNCIA. ALEGADA
INFRINGÊNCIA AO ART. 43, § 2º, DO
====================== CDC. INOCORRÊNCIA. SÚMULA
O7/STJ. 1. Com base nos elementos
Tribunal de Justiça do Estado fático-probatórios trazidos aos autos,
as instâncias ordinárias concluíram,
de São Paulo expressamente, que o cerne da
====================== questão relativo à ilicitude da conduta
da empresa-ré, consistiu no fato de
Apelação 992090753843 que esta agiu com negligência, ao dar
(1288298600) quitação dos débitos, para, após,
Relator(a): Celso Pimentel proceder ao apontamento negativo da
Órgão julgador: 28ª Câmara de autora por um débito residual (conta
Direito Privado de energia elétrica) apurado
Data do julgamento: 24/11/2009 posteriormente: "A CEB enviou o

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nome da autora para inclusão no
serviço de proteção ao crédito, mesmo
após ter dado quitação dos débitos
relativos ao consumo de energia
elétrica pela unidade residencial
outrora ocupada pela autora,
conforme demonstra os documentos
acostados aos autos de fls. 14/15.
(...) Fornecer quitação para só após
verificar alguma pendência só
demonstra que a ré não diligenciou no
tempo oportuno a verificação de seu
crédito". 2. Os danos morais foram
fixados pelo Tribunal de origem em R$
1.500,00 (um mil e quinhentos reais),
não postulando o recorrente sua
revisão. 3. Evidencia-se, portanto, que
o dano moral causado a autora
lastreou-se na conduta negligente da
CEB, não ocorrendo, portanto, a
suposta infringência ao art. 43, § 2º,
do CDC, como alegou a recorrente.
Ademais, para infirmar o decidido nas
instâncias ordinárias, necessário seria
o revolvimento do contexto probatório
trazido aos autos. Incidência da
Súmula 07 desta Corte. 4. Recurso
não conhecido.

Íntegra do Acórdão
índice

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Tabela elaborada pelo Serviço de Pesquisa Jurídica


e disponibilizada no Banco do Conhecimento
em: MARÇO 2010

(críticas e sugestões: jurisprudência@tj.rj.jus.br)

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