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2º GRAU

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 inércia dos autores que ocasionou a demora na liberação do crédito    Resultado 1 de 147 
Detalhes
2º Grau
Processo

Tribunal de Justiça do Paraná TJ-PR - PROCESSO CÍVEL E DO MOSTRAR NÚMERO DO PROCESSO

TRABALHO - Recursos - Apelação: APL XXXXX- Órgão Julgador


59.2018.8.16.0014 PR XXXXX-59.2018.8.16.0014 (Acórdão) 18ª Câmara Cível

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Publicado por Tribunal de Justiça do Paraná há 4 anos
Relator
Desembargadora Denise Kruger Pereira
Resumo Inteiro Teor

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RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER Diários Oficiais. O Jusbrasil não produz, edita,
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FAZER – SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS
REMANESCENTES – IRRESIGNAÇÃO DOS AUTORES – INSURGÊNCIA
RECURSAL QUE SE LIMITA À ANÁLISE DE OCORRÊNCIA DE DANO
MORAL – DEMORA NA LIBERAÇÃO DO CRÉDITO DE CONSÓRCIO
CONTEMPLADO – CULPA DA ADMINISTRADORA NÃO VERIFICADA –
MONTANTE COLOCADO À DISPOSIÇÃO DESDE A CONTEMPLAÇÃO –
LIBERAÇÃO QUE DEPENDIA DA ANÁLISE DE CADASTRO DO
CONSORCIADO E INDICAÇÃO DO BEM A SER PAGO COM O CRÉDITO –
DEMORA NO ENVIO DOS DOCUMENTOS PELO CONSUMIDOR –
ADMINISTRADORA QUE PODERIA SOLICITAR DOCUMENTOS
COMPLEMENTARES – PROTEÇÃO DO GRUPO DO CONSÓRCIO –
EXPRESSA DISPOSIÇÃO CONTRATUAL – DIFERENÇA ENTRE O VALOR
CONTEMPLADO E O VALOR DO FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO A SER
QUITADO QUE NÃO HAVIA SIDO PAGO PELO CONSORCIADO –
INÉRCIA DOS AUTORES QUE OCASIONOU A DEMORA NA LIBERAÇÃO
DO CRÉDITO – DANO MORAL – INEXISTENTE – SENTENÇA MANTIDA
– RECURSO DESPROVIDO (TJPR - 18ª C.
Cível - XXXXX-59.2018.8.16.0014 - Londrina - Rel.: Desembargadora
Denise Kruger Pereira - J. 17.08.2020)

Acórdão
RELATÓRIO:Trata-se de Recurso de Apelação (mov. 135.1) interposto em
face de sentença (mov. 107.1), complementada pelo julgamento de Embargos
de Declaração (mov. 128.1), que, em autos de Ação de Obrigação de Fazer
cumulada com Indenização por Danos Materiais e Morais e Consignação em
Pagamento proposta por Roger de Lima Cruz e Mayra Rodrigues Martins
Cruz contra Servopa Administradora de Consórcios Ltda., julgou
improcedentes os pedidos formulados pela parte autora, naquilo que não foi
objeto de transação entre as partes.Diante da sucumbência, a parte autora foi
condenada ao pagamento integral das custas processuais e dos honorários
advocatícios em favor dos procuradores da parte requerida, estes fixados em
12% (doze por cento) sobre o valor da causa.Eis o teor da sentença recorrida:
II - Fundamentação:Trata-se de ação através da qual a parte autora pretende
a imediata liberação da carta de crédito mediante quitação do financiamento
de bem imóvel junto à CEF, assim como a condenação da ré ao pagamento
de indenização por danos materiais e danos morais.Houve realização de
transação parcial entre as partes quanto à obrigação de fazer pretendida,
devidamente homologada, restando para apreciação tão somente os pedidos
de indenização por danos materiais e morais.Preliminarmente, quanto à
impugnação aos benefícios da Gratuidade da Justiça - manifestada em
contestação - impende registrar que os elementos constantes dos autos
conduzem à manutenção da decisão proferida, através da qual concedido tal
benefício aos autores (mov. 1.7).A esse respeito, válido registrar que,
inquirido o autor quanto a tal aspecto em audiência, informou que trabalha
como analista de suprimentos, auferindo renda de R$ 2.500,00
(05min36seg - mov. 93.1), e que sua esposa trabalharia como revendedora de
produtos da marca Mary Kay, porém não recebendo uma renda fixa por tal
atividade. A informação foi confirmada em depoimento da autora, que
afirmou trabalhar como secretária, recebendo cerca de R$ 1.900,00 por tal
labor (02min49seg – mov. 93.2), acrescido de rendimentos de cerca de R$
50,00 ao mês decorrentes da venda dos produtos de beleza acima
referidos.Tais informações corroboram o contido na documentação
apresentada (mov. 1.5/1.6) e indicam que a renda do grupo familiar é de
aproximadamente R$ 4.500,00 mensais, o que, ante a ausência de elementos
que demonstrem situação diversa, permite a manutenção do referido
benefício.Vencido tal aspecto, passa-se à análise do mérito da demanda.Do
que consta do processo, depreende-se que o autor firmou “Proposta de
participação a grupo de consórcio, por adesão” em data de 26.06.2018 (mov.
1.15 e 49.3), tendo sido contemplado por lance em data de 28.08.2018, este
pago em parte através da própria carta de crédito (mov. 49.4) e em parte
através de valor em espécie, no total de R$ 77.213,70 (mov. 49.5).A cláusula
36ª do contrato celebrado prevê que “a ADMINISTRADORA colocará à
disposição do CONSORCIADO contemplado por sorteio ou lance, o
respectivo crédito, até o 3º (terceiro) dia útil seguinte à data de
contemplação.” (mov. 1.16 – fl. 05).Há, ainda, expressa disposição na
cláusula 32ª do contrato celebrado quanto ao dever do consorciado de
apresentar as garantias exigidas após a notificação da contemplação (mov.
1.16 – fl. 04).Não obstante tal preceito, o autor demorou cerca de 20 (vinte)
dias para cumprimento de tal disposição – como mencionado pelo
procurador da ré em audiência e não impugnado pela parte autora – sob o
argumento de que estaria aguardando os próximos passos para recebimento
do valor (09min47seg – mov. 93.1).Válido registrar que o próprio autor
revela não ter promovido a leitura do instrumento contratual na íntegra
(08min24seg – mov. 93.1). Além disso, menciona contatos por aplicativo de
mensagens (02min29seg – mov. 93.1), cujo teor sequer foi apresentado nos
autos.Ainda em tal instrumento contratual, verifica-se a expressa indicação
dos documentos necessários para análise de liberação de crédito, consoante
disposto em sua cláusula 31ª (mov. 1.16 – fl. 03).Anote-se que a solicitação
de análise do crédito se deu em 14.09.2018, tendo sua aprovação ocorrido
em 19.09.2018, sendo que o crédito estaria disponível para utilização após a
avaliação e conferência de certidões das partes e do imóvel cuja aquisição
pretendia o autor, andamento este inclusive descrito em resposta
apresentada pela ré na seara administrativa (mov. 1.22).Foi providenciada a
avaliação do imóvel, ocorrida em 21.09.2018 (mov. 49.8/49.9). Após a
solicitação de documentos e o envio destes pelo autor, foi solicitada certidão
atualizada do imóvel, haja vista seu vencimento próximo, e extrato de
débitos de parcelamento realizado junto à Receita Federal, tendo sido estes
apresentados.Em 30.10.2018, foi enviada minuta para conferência pelo
consorciado, sendo que a finalização do procedimento e liberação do valor
pretendido para quitação do financiamento junto à instituição financeira tão
somente aguardava a quitação da diferença do saldo devedor junto à Caixa
Econômica Federal.Assim, o que se observa é que a documentação
inicialmente apresentada foi insuficiente, o que resultou na formulação de
outras solicitações nesse sentido. Da demora daí decorrente, resultava o
vencimento das certidões, o que gerava aos autores a obrigação de
apresentação de novos documentos.Não se está negando que o procedimento
foi relativamente extenso.No entanto, referida morosidade teve início em
razão da própria conduta da parte autora, que não adotou as providências
que lhe competiam em tempo hábil após a notificação da
contemplação.Quanto ao alegado fracionamento na solicitação de
documentos por parte da ré, válido registrar que o artigo 31, § 2º, previa
expressamente a possibilidade de exigência de outros documentos para
análise (mov. 1.16 - fl. 04) e, além disso, devem ser igualmente sopesadas as
peculiaridades do caso concreto, no qual inclusive restou verificada a
existência de débitos perante a Receita Federal, fato não impugnado pelos
autores e cuja regularização exigia também o dispêndio de algum
tempo.Desta feita, conclui-se que os autores contribuíram para o deslinde
dos fatos narrados, não tendo sido demonstrado que a demora na fase de
solicitação e análise da documentação teria decorrido de falha na prestação
dos serviços da ré.E da mencionada morosidade no trâmite administrativo
em análise, não resultaram, assim, quaisquer prejuízos materiais aos autores
que possam ser imputados às rés.Em primeiro lugar, quanto ao alegado
pagamento de valores à Caixa Econômica Federal durante tal procedimento,
é certo que a obrigação dos autores junto à referida instituição financeira
persistia até que o débito com ela mantido fosse quitado pela ré. Assim, não
se observa a existência de prejuízo emergente que tenha sido originado da
alegada demora, mas tão somente cumprimento de disposições contratuais
previamente existentes.Quanto à pretensão de abatimento de valores pagos
do montante descrito em boleto bancário (mov. 44.2), não foi apresentado
pela parte autora qualquer demonstrativo que indique que estes não teriam
sido considerados quando da elaboração dos cálculos realizados pela
instituição financeira.Anote-se, contudo, que o abatimento não se daria no
exato montante das parcelas pelos autores pagas, haja vista que nestas –
como acertadamente disposto em contestação – estariam embutidos, além
do valor do principal, outros encargos, que não necessariamente comporiam
o valor utilizado para efetiva amortização do saldo devedor.Em segundo
lugar, igualmente não se observa qualquer ilegalidade nos pagamentos
efetuados a título de “Avaliação Imobiliária” e “Despesas com levantamento
e serviço de elaboração e emissão de contrato de quitação de financiamento”
(mov. 1.20).A cláusula 20 do contrato celebrado entre as partes prevê tal
obrigação (mov. 1.15 - fl. 04), nos seguintes termos:(...) Não demonstrada,
assim, a existência de falha no dever de informação por parte da ré – dever
este previsto no artigo 6º, III, do Código de Defesa do Consumidor – a qual
expressamente consignou em instrumento contratual a obrigação de custeio
de despesas relacionadas ao imóvel cuja aquisição pretendiam os
consorciados, ora autores.Ademais, o que se observa é que os autores apenas
questionam o repasse de tais custos em seu desfavor, não tendo sido por eles
alegada a ausência de prestação dos serviços ou mesmo demonstrada
onerosidade excessiva de seus valores.Anote-se que inclusive foi apresentada
prova documental acerca da realização de vistoria do imóvel dado em
garantia (mov. 49.8/49.9).Forçoso, assim, reconhecer a licitude das
cobranças.No que pertine aos valores dos rendimentos financeiros sobre o
saldo depositado, prescreve a cláusula 37ª do contrato em discussão (mov.
1.6 - fl. 05):(...) Da leitura de tal dispositivo, depreende-se que os
rendimentos cuja restituição pretendem os autores são disponibilizados,
juntamente com o valor do crédito, para aquisição do bem almejado,
inexistindo retenção destes acessórios por parte da ré.Não verificados, assim,
danos materiais indenizáveis no caso em apreço.Por derradeiro, impende
analisar o pleito de condenação da ré ao pagamento de indenização por
danos morais. E, quanto a tal aspecto, igualmente não assiste razão aos
autores.Como explicitado, da análise conjugada dos elementos constantes
dos autos não é possível constatar que a alegada morosidade no trâmite
administrativo para concessão da carta de crédito tenha decorrido de falha
na prestação de serviços do réu.O que se observa, ao contrário, é que os
autores aguardaram alguns dias para dar início ao processo administrativo,
que não poderia ser iniciado de ofício pelo réu, e que este último, amparado
em expressa disposição contratual e diante da necessidade apresentada no
curso do mencionado procedimento, solicitou outros documentos a fim de
viabilizar a adequada análise das condições dos compradores e do imóvel,
bem como a emissão do documento pretendido.Ao final, decorridos cerca de
02 (dois) meses após a contemplação, foi emitida a minuta de quitação aos
autores, o que se deu em outubro de 2018, mas estes permaneceram inertes
quanto ao pagamento, o que impediu a liberação da carta e motivou o
ajuizamento da presente demanda.Dessa forma, não se vislumbra a
formulação de solicitações injustificadas por parte da ré, irregularidade no
procedimento por ela adotado ou atraso excessivo em seu trâmite que desse
ensejo à indenização pretendida pelos autores.Igualmente não se vislumbra
nos autos qualquer reflexo nas atividades cotidianas da parte autora,
decorrente de atuação da parte ré, que pudesse lhe trazer algum sofrimento
que afetasse seu equilíbrio psicológico.Sobre o assunto, já se pronunciou o E.
Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme ementa abaixo transcrita:(...)
Inconformados, recorrem os autores sustentando, em síntese, que: (a) a
sentença deve ser reformada para ser julgado procedente o pedido de
condenação da requerida ao pagamento de indenização por danos morais;
(b) pelos documentos juntados aos autos, fica clara a morosidade com que a
requerida tratou a liberação da carta de crédito aos recorrentes; (c) deve ser
aplicada a pena de confissão à preposta da requerida, pois esta afirmou que
estavam aguardando o boleto da CEF para proceder ao pagamento, bem
como não soube informar sobre a falta de alguma documentação; (d) a
recorrida tinha a obrigação contratual de colocar o crédito à disposição dos
apelantes no prazo de 3 (três) dias úteis; (e) não há qualquer cláusula
contratual quanto às instruções após a contemplação, de forma que há
violação ao direito de informação; (f) segundo consta do documento de mov.
1.22, p. 113, a aprovação do cadastro se deu 5 (cinco) dias após a solicitação
de liberação de crédito, ou seja, não corresponde à verdade dos fatos
alegados pela recorrida que tal ocorrência se deu em 24 (vinte e quatro)
horas; (g) jamais deram causa à morosidade; (h) a requisição de documentos
de forma morosa e fracionada pela requerida impôs aos recorrentes que
realizassem diversas diligências para coleta dos documentos; (i) o recorrente
Roger explicou em seu depoimento que, quando eram enviados os
documentos solicitados pela requerida, ela retornava solicitando mais
documentos e certidões, ocasionando a demora; (j) o autor Roger continua
em seu depoimento relatando que, diante dos pedidos de documentos não
especificados anteriormente, da morosidade da requerida, e da cobrança de
taxas, sentiu-se lesado; (k) não havia qualquer justificativa pela apelada para
a solicitação de novos documentos; (l) o apelante Roger informa que a
procura da recorrida, após a contemplação, se deu em virtude de prazo
requerido pelo vendedor desta, tendo ficando aguardando os “próximos
passos” para o recebimento da carta de crédito; (m) a demora se deu em
razão das desencontradas informações prestadas pela apelada; (n) não
deixaram de fornecer quaisquer documentos; (o) a assinatura do
instrumento de garantia bancária junto à CEF não ocorreu naquele tempo,
pois a recorrida se negou a liberar o valor contemplado na carta de crédito,
suficiente, conjuntamente com o valor consignado em juízo, para quitar o
saldo devedor do financiamento; (p) o saldo entre o financiamento junto à
CEF e o crédito foi depositado em juízo, tendo sido o valor remanescente do
financiamento informado pela própria recorrida, qual seja, R$ 2.119,20 (dois
mil, cento e dezenove reais e vinte centavos), abatidas as parcelas adimplidas
durante o interregno de tempo; (q) o depósito do valor remanescente para a
quitação do financiamento foi efetivamente realizado e consta do mov. 14.1 e
14.2; (r) se não era a diferença de saldo devedor a ser adimplida, a recorrida
induziu os recorrentes a erro e merece ser responsabilizada, bem como deixa
de observar o que determinam os princípios da informação, da
vulnerabilidade, da garantia e adequação, da boa-fé e da interpretação mais
favorável ao consumidor; (s) cumpriram com todas as exigências da
recorrida e, se deixaram de cumprir com alguma delas, isso se deu em
decorrência da própria apelada que não levou ao seu conhecimento ou
causou empecilho e embaraço; (t) os recorrentes despenderam valores por
longos meses até o acordo parcial formulado nos autos, sendo que altas
quantias mensais foram desembolsadas em prejuízo do orçamento familiar
para adimplir com o contrato de consórcio, bem como continuaram
adimplindo mensalmente com as parcelas de financiamento, graças à inércia
e ao embaraço criado pela recorrida; (u) o recorrente Roger confirma que
continuou adimplindo com as parcelas de financiamento junto à CEF, bem
como que fora solicitado o pagamento de algumas taxas não especificadas
aos consumidores quando da assinatura do contrato de adesão; (v) arcavam
com custos dobrados, referentes ao financiamento e ao próprio consórcio,
comprometendo significativamente a renda familiar; (x) a testemunha
Gabriel confirmou em audiência que os apelantes estavam desgostosos e
frustrados com toda a situação vivenciada; (y) o informante da recorrida
disse que é enviada a listagem completa de documentos para a liberação do
crédito e pagamento do bem, sendo que isso não foi observado no caso dos
autos, pois solicitados de forma fracionada, morosa e com vistas a causar
embaraço ao acesso dos recorrentes ao crédito; (z) após a contemplação, a
recorrida não entrou em contato com os apelantes, sequer para cientificar
das obrigações dali em diante e dos procedimentos a serem adotados; (a2) o
depoimento do informante Danilo é imprestável para quaisquer fins, visto
que, além da condição de informante, o que lhe retira credibilidade e fidúcia,
não possui conhecimento dos fatos, prestando seu depoimento com base nos
hipotéticos procedimentos da empresa, que não foram observados no caso
dos autos; (b2) a recorrida foi negligente e imperita com os autores; (c2) o e-
mail de mov. 1.22 dá conta de demonstrar que em 16.10.2018 a apelada já
teve acesso ao boleto para quitação do financiamento junto à CEF, mormente
porque consigna o saldo devedor na correspondência; (d2) fica claro e
límpido, quer pelas provas produzidas nos autos, quer pela confissão da
preposta da recorrida, que esta atuou de forma morosa para a solicitação de
documentos dos recorrentes, não tendo prestado informações satisfatórias
aos consumidores, ensejando demora superior à razoável, que acarretou
altas despesas financeiras (pagamento do financiamento, ante a ausência de
liberação da carta de crédito, e do consórcio já contemplado), bem como
lesão de ordem moral; (e2) deve a requerida ser condenada ao pagamento de
indenização por danos morais aos recorrentes, no importe de 10% (dez por
cento) do valor da carta de crédito (R$ 143.116,00 – cento e quarenta e três
mil, cento e dezesseis reais) para cada autor, o que resulta no montante de
R$ 28.633,20 (vinte e oito mil, seiscentos e trinta e três reais e vinte
centavos); (f2) deve ser invertido o ônus sucumbencial.Oportunizado o
contraditório, a requerida apresentou suas contrarrazões pugnando pelo
desprovimento do apelo (mov. 139.1).Encaminhados os autos a este egrégio
Tribunal de Justiça, vieram conclusos após distribuição por prevenção (mov.
4.1 – AC).É a breve exposição. VOTO E SUA FUNDAMENTAÇÃO:Presentes
os pressupostos de admissibilidade intrínsecos (legitimidade, interesse,
cabimento e inexistência de fato impeditivo ou extintivo) e extrínsecos
(tempestividade e regularidade formal, dispensado o preparo por ser a parte
beneficiária da justiça gratuita), é de se conhecer do recurso dos
autores.Cinge-se a controvérsia recursal em verificar eventual dever da
requerida de indenizar os autores por danos morais em decorrência da
demora na liberação da carta de crédito de consórcio contemplada por
lance.Sustentam os autores, em breve síntese, que pelos documentos
juntados aos autos fica clara a morosidade com que a demandada tratou a
liberação da carta de crédito a eles, já que a recorrida tem obrigação
contratual de colocar o crédito à disposição no prazo de 3 (três) dias
úteis.Ainda, defendem que jamais deram causa à morosidade, sendo que a
requisição de documentos de forma morosa e fracionada pela requerida
impôs aos recorrentes que realizassem diversas diligências para coleta dos
documentos, acrescentando também que não existe qualquer justificativa
para a apelada solicitar novos documentos.Aduzem que a assinatura do
instrumento de garantia bancária junto à Caixa Econômica Federal não
ocorreu naquele tempo, pois a recorrida se negou a liberar o valor
contemplado na carta de crédito, que seria suficiente para quitar o saldo
devedor do financiamento conjuntamente com o valor consignado em
juízo.Outrossim, afirmam terem cumprido com todas as exigências da
recorrida e, se deixaram de cumprir com alguma delas, isso se deu em
decorrência desta não ter levado ao seu conhecimento ou ter causado
empecilho e embaraço.Entendem que a demora na liberação do crédito
ocasionou custos dobrados aos apelantes, referentes ao financiamento junto
à CEF e ao próprio consórcio, comprometendo significativamente a renda
familiar.Por fim, concluem que fica claro e límpido, quer pelas provas
produzidas nos autos, quer pela confissão da preposta da recorrida, que esta
atuou de forma morosa para a solicitação de documentos dos recorrentes,
não tendo prestado informações satisfatórias aos consumidores, ensejando
demora superior à razoável, que acarretou altas despesas financeiras
(pagamento do financiamento, ante a ausência de liberação da carta de
crédito, e do consórcio já contemplado), bem como lesão de ordem
moral.Requerem, dessa forma, a condenação da requerida ao pagamento de
indenização por danos morais, no importe de 10% (dez por cento) do valor
da carta de crédito (R$ 143.116,00 – cento e quarenta e três mil, cento e
dezesseis reais) para cada autor, o que resulta no montante de R$ 28.633,20
(vinte e oito mil, seiscentos e trinta e três reais e vinte centavos).Não
possuem razão, contudo.Quanto aos danos morais, visto que os litigantes
firmaram acordo parcial na audiência de instrução e julgamento, inexiste
reparo a ser realizado na sentença.O reconhecimento do dano, seja ele de
natureza material ou moral, depende da prática de um ato ilícito, conforme
determinam os artigos 186 e 187 do Código Civil de 2002, sendo a sua
reparação regulada pelo artigo 927 do mesmo diploma.Colaciona-se para
melhor compreensão:Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.Art. 187. Também comete ato ilícito
o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.Ainda, nos termos dos artigos 12 e 14 do
Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor de produtos ou serviços será
responsabilizado pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos dos serviços e produtos, assim como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua fruição e riscos, independentemente da existência
de culpa.O fornecedor somente será isento de responsabilidade caso
demonstrada excludente de responsabilidade, conforme prevê o § 3º do
artigo 14 do mencionado códex. Confira-se:Art. 14. (...)§ 3º O fornecedor de
serviços só não será responsabilizado quando provar:I - que, tendo prestado
o serviço, o defeito inexiste;II - a culpa exclusiva do consumidor ou de
terceiroNo caso dos autos, tem-se que os apelantes ingressaram com a
presente demanda afirmando, em resumo, que adimpliram com a totalidade
das parcelas do consórcio até o momento da contemplação em 28.08.2018,
mediante oferta de lance no valor de R$ 77.000,00 (setenta e sete mil
reais).Afirmaram, no entanto, que a requerida/apelada lhes criou vários
embaraços e empecilhos quanto à disponibilização do crédito, mediante a
solicitação de inúmeros e infundados documentos, o que impediu a quitação
do financiamento de imóvel que possuíam junto à Caixa Econômica Federal
(CEF), causando dano de ordem moral.Contudo, analisando-se as provas
existentes nos autos, não há como imputar à apelada a culpa pela demora na
liberação do crédito decorrente da contemplação.Ainda que os apelantes
afirmem que a requerida, na forma da cláusula 36ª do contrato (mov. 1.16),
tinha a obrigação de disponibilizar o crédito no prazo de 3 (três) dias úteis,
tem-se que os autores também possuíam a obrigação de apresentar a
documentação necessária para a análise do cadastro, bem como
demonstrarem a destinação que dariam ao crédito decorrente da
contemplação.Quanto a esse ponto, basta mencionar que a partir da data da
contemplação em 28.08.2018 os autores somente solicitaram a análise do
cadastro em 14.09.2018 (mov. 1.22), de forma que a inércia dos próprios
autores ocasionou a superação do prazo contratual.Além disso, após
solicitada a análise de cadastro dos consorciados, não há dúvidas de que a
requerida poderia requerer documentos complementares para a sua
aprovação, inclusive para o reforço da garantia do valor do crédito, na forma
da cláusula 31, § 2º, do contrato (mov. 1.16). In verbis:§ 2º A
ADMINISTRADORA mediante a análise do risco do crédito poderá exigir
OUTROS DOCUMENTOS PARA ANÁLISE, assim como garantias em valor
superior à CARTA DE CRÉDITO, de acordo com o saldo devedor acumulado
das parcelas vincendas.Não se olvide que a exigência de documentos e
certidões, ainda que de forma reiterada e parcelada, objetiva a proteção do
grupo do consórcio, que é de responsabilidade da apelada, não se tratando –
no caso dos autos – de retardamento injustificado ou de diligências inúteis e
protelatórias.Tal raciocínio se encontra, inclusive, disposto na cláusula 31, §
4º, do contrato (mov. 1.16):§ 4º As exigências feitas pela
ADMINISTRADORA para análise cadastral e aceitação da garantia, bem
como sua recusa, são soberanas e têm por finalidade a defesa dos interesses
do grupo. Em qualquer caso, os motivos da decisão adotada serão
comunicados ao CONSORCIADO.Aqui vale ponderar que as disposições
contratuais supramencionadas evidenciam a concretude da conduta da
requerida e, por certo, observam o direito básico de disponibilização de
informações ao consumidor, nos termos do artigo 6º, inciso III[1], e do
artigo 46[2], ambos do Código de Defesa do Consumidor.Vale destacar,
ainda, que na contranotificação enviada pela requerida aos autores na data
de 06.12.2018 (mov. 49.6) consta informação de que ainda não teria sido
enviado o boleto para quitação do financiamento junto à Caixa Econômica
Federal e, bem assim, os autores ainda não haviam pago a diferença residual
do financiamento, pois o crédito deles naquele momento era de R$
143.116,00 (cento e quarenta e três mil, cento e dezesseis reais) e o saldo
devedor junto à Caixa Econômica Federal era de R$ 145.315,20 (cento e
quarenta e cinco mil, trezentos e quinze reais e vinte centavos).Tais
providências, que caberiam aos autores, macularam a célere disponibilização
do crédito pela requerida.E note-se que o montante consignado em juízo
pelos autores (R$ 322,04 – trezentos e vinte e dois reais e quatro centavos –
mov. 14.2) não seria suficiente para pagar a diferença remanescente do
financiamento junto à Caixa Econômica Federal, pois equivalente a R$
2.199,20 (dois mil, cento e noventa e nove reais e vinte centavos).Ademais,
tem-se que as despesas relativas à avaliação do imóvel dado em garantia ao
consórcio e à elaboração do contrato de quitação encontram-se abarcadas
pela disposição da cláusula 20ª do contrato (mov. 1.15), não servindo de
justificativa para a ocorrência de dano moral.Para além do exposto, ainda
que os autores aleguem em recurso que a requerida não havia
disponibilizado a listagem completa da documentação, confessaram em seu
depoimento pessoal, na audiência de instrução e julgamento, que não leram
o contrato de adesão ao consórcio quando da sua celebração.Eis o teor dos
depoimentos dos autores.Depoimento pessoal do autor Roger de Lima Cruz
(mov. 93.1):(...) que inicialmente fez um contrato de adesão com a requerida;
que a requerida na contratação disse que a partir do momento em que for
contemplado terá alguns dias para entregar o dinheiro para você quitar o
financiamento na CEF; que passados alguns meses, deu um lance no valor de
R$ 77.000,00 (setenta e sete mil reais) e foi contemplado; que ficou na
expectativa de ficar com o dinheiro disponível; que eles solicitaram
documentação; que o depoente preparava e enviava a documentação,
passava mais alguns dias eles solicitavam outras certidões e documentos;
que foi se estendendo; que ficou meses sem ter o dinheiro disponível; que o
depoente permaneceu pagando o financiamento junto à CEF enquanto não
era liberado o crédito do consórcio; (...) que no ato da contemplação não
deram uma lista de documentos por escrito; que as tratativas foram via
WhatsApp; que a requerida tinha um administrativo que fazia o
acompanhamento; que as vezes precisava ir no cartório para autenticar os
documentos; (...) que o crédito efetivo que iria receber era algo de 143 ou 144
mil reais; que tinha um valor que ia abater das parcelas, pois para o lance foi
utilizado parte do crédito; (...) que quando comprou o imóvel arcou com os
custos do cartório; que quando adquiriu o consórcio com a requerida não leu
na íntegra o contrato que assinou; (...) que teve a contemplação e ficou
aguardando os próximos passos para receber o valor; que não tinha ciência
de que deveria indicar um imóvel para que fosse pago com o crédito, o qual
ficaria alienado fiduciariamente para a requerida; (...) que sabe que foi feita
avaliação no imóvel (...) – grifou-seDepoimento pessoal da autora Mayra
Rodrigues Martins Cruz (mov. 93.2):(...) que participou das negociações no
início junto com seu marido; que a questão de documentação foi mais o seu
esposo; que bem depois foi vista uma listagem escrita da documentação, para
entender o porquê deles solicitarem tantos documentos; que então foi
analisar detalhadamente o contrato; que após foi encaminhado um novo
contrato por e-mail; que através deste contrato a requerida exigia alguns
valores, que não sabiam a que se referiam; (...) que o contrato do contrato é
de adesão; que no início não leram o contrato; que confiaram no que o
vendedor falou; que só depois de exigirem a documentação é que foram olhar
o contrato (...) – grifou-seA preposta da requerida, Sra. Luciana Forli Costa,
não acompanhou a negociação da parte autora e tão somente esclareceu que
estavam aguardando que estes enviassem o boleto para quitação do
financiamento junto à Caixa Econômica Federal, mas não o fizeram (mov.
93.3):(...) que trabalha na requerida há 2 (dois) meses; que não acompanhou
a negociação dos autores com a requerida; eu viu a documentação; que
estavam aguardando o boleto da CEF para fazer o pagamento; que não sabe
se faltou alguma documentação; que aos autores caberia o pagamento do
funrejus e escritura, debitados do valor do crédito; que não sabe se os
autores não concordavam com o pagamento das taxas; que os autores
deveriam pegar o boleto com a CEF e encaminhar para a requerida; que eles
não fizeram isso; (...) A testemunha dos autores, Sr. Gabriel Moreira Ribeiro,
somente destacou a celeuma envolta nas exigências e no envio de
documentos entre as partes (mov. 93.4):(...) que trabalha junto com o autor
Roger; que no final do ano passado ele contou que tinha contratado o
consórcio e que havia sido contemplado para pagar o financiamento que
tinha feito anteriormente; que após algumas semanas ele não conseguiu a
liberação do crédito; que ele reclamava que estava demorando para liberar o
crédito; que a requerida solicitava documentações do autor, sendo que ele
enviava; que isso foi se prolongando e ele entrou com o processo; (...) que
foram alguns meses de reclamação do autor; (...) que pesou financeiramente
para o autor ter que arcar com o consórcio e com o financiamento
conjuntamente; que o autor comentou que chegou a pegar dinheiro
emprestado dos pais (...) O informante da requerida, Sr. Danilo Djean Ramos
Antônio da Silva, traçou linhas gerais da prática padrão da empresa,
explicando que, após a contemplação o crédito, este já fica disponível ao
consorciado, mas para haver a liberação é preciso fazer a análise de cadastro
e a indicação do bem a ser pago com o montante (mov. 93.5):(...) que não
acompanhou a contratação dos autores com a requerida; que não chegou a
ver documentação; que não sabe a razão deles estarem reclamando da
demora na liberação da carta de crédito; que tem conhecimento da prática
padrão da empresa; que após a contemplação o consorciado passa pela
análise de cadastro e, após aprovado, ele escolhe um bem e é feito o
pagamento do bem; que após a contemplação não tem nada que obrigue o
consorciado a utilizar o crédito naquele momento; que ele tem o prazo que
ele achar melhor para utilizar o crédito; que é o consorciado que deve
procurar a empresa; que uma coisa é o cadastro e outra é o pagamento do
bem, seguindo o que está estipulado no contrato; que após a contemplação,
para imóvel, dentro de 3 (três) dias o crédito é disponibilizado, ou seja, sai
do fundo do consórcio; que após isso passa-se pela análise de cadastro e
depois o consorciado indica o imóvel; que aí tem uma média de 45 (quarenta
e cinco) dias; (...) que é enviado ao consorciado a listagem completa de
documentos; que é o autor que deveria solicitar o documento perante a CEF
para que a requerida efetuasse a quitação do financiamento; que não sabe se
o autor apresentou o documento para quitação; (...) que os tabelionatos não
aceitam certidões emitidas a mais de 30 (trinta) dias; que o crédito dos
autores está disponível; (...) que após a contemplação o consórcio já entra em
contato com o cliente; que avisa que foi contemplado, dá os parabéns, e
explica que ele passará pela análise de cadastro e indicação do bem (...)
Nesses termos, diante do depoimento do informante da requerida, importa
dizer que em nenhum momento a requerida se recusou a disponibilizar o
crédito referente à cota de consórcio dos autores, pelo contrário, o valor
encontra-se à disposição desde a sua contemplação, somente aguardando o
fim do processo de análise documental e de indicação do bem para a
liberação do valor, a fim de garantir a segurança do grupo do consórcio.E no
caso dos autos ainda havia um agravante, pois o crédito não pagaria a
integralidade do financiamento junto à Caixa Econômica Federal, de forma
que cabia aos autores, de forma antecipada, efetuar o pagamento da
diferença para então ser emitido um boleto à requerida para a quitação do
restante (então equivalente ao crédito do consórcio).Portanto, a demora na
liberação do crédito não ocorreu por desídia da administradora de consórcio,
mas por inércia dos próprios autores, em razão da demora em solicitarem a
análise de cadastro e em fornecerem os documentos solicitados, bem como
por causa do não pagamento da diferença do saldo remanescente junto à
Caixa Econômica Federal.Soma-se a isso o fato de que em nenhum momento
foi comprovada qualquer situação de sofrimento, abalo psicológico e/ou
humilhação que tenham os autores sofrido e que seja apta à configuração de
dano indenizável.Situação semelhante pode ser vista nos seguintes julgados
deste egrégio Tribunal de Justiça:AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. CONTRATO DE CONSÓRCIO. CONTEMPLAÇÃO. ALEGAÇÃO
DE DEMORA NA LIBERAÇÃO DO CRÉDITO. EXISTÊNCIA DE DÍVIDAS
EM NOME DA EMPRESA DO ATÉ ENTÃO CÔNJUGE DA CONTRATANTE.
CAUTELA DA INSTITUIÇÃO. POSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA DE
GARANTIA PARA LIBERAÇÃO DO CRÉDITO. DEVEDOR SOLIDÁRIO.
PREVISÃO CONTRATUAL. TEMPO DECORRIDO ENTRE A
CONTEMPLAÇÃO E A LIBERAÇÃO DA CARTA. INSUFICIÊNCIA PARA
GERAR DANO MORAL. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
SUCUMBÊNCIA RECURSAL. MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA.
(TJPR - 18ª C.Cível - XXXXX-09.2017.8.16.0193 - Colombo - Rel.:
Desembargador Vitor Roberto Silva - J. 20.04.2020) RECURSO
INOMINADO (2). AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS. ALEGAÇÃO DE DEMORA PARA LIBERAÇÃO DA
INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA. CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR
EVIDENCIADA. DEMORA NO ENVIO DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
PARA LIBERAÇÃO DO PRÊMIO. AUSÊNCIA DE PROVA DE FALHA NO
DEVER DE INFORMAÇÃO. CIÊNCIA ACERCA DO REGULAMENTO
GERAL DO PLANO DE CONSÓRCIO E DAS CONDIÇÕES GERAIS DO
SEGURO. PRÊMIO QUE FOI PAGO DENTRO DO PRAZO DE 30 DIAS
ESTIPULADO NAS CONDIÇÕES GERAIS DO SEGURO, CONTADOS A
PARTIR DA APRESENTAÇÃO DE TODOS OS DOCUMENTOS
NECESSÁRIOS. AUSÊNCIA DE ATO ILÍCITO. DANOS MATERIAIS E
MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA REFORMADA. RECURSOS
CONHECIDOS E PROVIDOS. (TJPR - 2ª Turma Recursal - XXXXX-
47.2017.8.16.0056 - Cambé - Rel.: Juiz Marcos Antonio Frason - J.
16.04.2019) RECURSO INOMINADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS. CONSÓRCIO DE VEÍCULO. CESSÃO DE COTA
CONTEMPLADA. LIBERAÇÃO DA CARTA DE CRÉDITO AO
CESSIONÁRIO. DEMORA DE APROXIMADAMENTE SESSENTA DIAS.
REALIZAÇÃO DE TRÂMITES NECESSÁRIOS À TRANSFERÊNCIA DA
TITULARIDADE, AVALIAÇÃO E ALIENAÇÃO DO VEÍCULO. EXIGÊNCIA
DE ANTECIPAÇÃO DE PARTE DO SALDO DEVEDOR. INDICAÇÃO DE
VEÍCULO PELO CESSIONÁRIO COM ANO DE FABRICAÇÃO INFERIOR
AO PACTUADO. DESCUMPRIMENTO BILATERAL DO CONTRATO.
RESTITUIÇÃO DE VALORES INDEVIDA. DANO MORAL NÃO
CARACTERIZADO. RECURSO DESPROVIDO. (TJPR - 2ª Turma Recursal -
XXXXX-18.2016.8.16.0056 - Cambé - Rel.: Juiz Helder Luis Henrique
Taguchi - J. 26.09.2018) Logo, o voto é no sentido de negar provimento ao
Recurso de Apelação, na forma da fundamentação. Com fulcro na previsão
do art. 85, § 11, do CPC, majora-se a verba honorária de sucumbência ao
patamar de 13% (treze por cento) do valor atualizado da causa.

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