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MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Coordenação de Produção
Escola de Administração Fazendária - ESAF
Desenvolvimento
Avante Brasil Tecnologias Educacionais
Sumário
Apresentação .........................................................................................................................4
3 Classificação de provas....................................................................................................12
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
Apresentação
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
• Conceito de prova
• Meios de prova
• Classificação das provas
• Provas indiretas - Indícios e presunções
• Classificação das presunções
• Ficção legal
Ao final dos seus estudos, você será capaz de entender a investigação de provas,
suas classificações, presunção legal, bem como a presunção absoluta através da ficção
legal.
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COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
1 Conceito de prova
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Importante
Trata-se de matéria de grande relevância para o processo admi
nistrativo fiscal, visto que é com base nas provas, tanto as apre
sentadas pela autoridade autuante como pelo sujeito passivo em
suas alegações, que o julgador administrativo dirimirá o litígio
instaurado.
1
ALVIM, José Eduardo Carreira. Elementos de teoria geral do processo. 4. Ed. Rio de Janeiro: Editora Forense,
1995. p. 276.
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COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Assim, é obrigação do autuante instruir o processo com todas as provas dos fatos
autuados ou, no caso de presunções legais, com as provas dos fatos que levaram à
presunção.
Essa exigência da prova do ilícito tem como objetivo demonstrar sua ocorrência,
possibilitar o exercício do direito de defesa por parte do autuado, bem como a formação
da convicção do julgador, no caso de instauração do litígio. O autuado tem o direito de
saber não só quais os fatos que lhe são imputados, mas também que elementos levaram
a fiscalização a concluir pela sua efetiva ocorrência.
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BONILHA, Paulo Celso B. Da prova no processo administrativo tributário. São Paulo: Dialética, 1997. p. 72.
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COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
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Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
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Dados do Processo
2 Meios de prova
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Para Augustin Gordillo3, “Não há limitações referentes às provas que podem ser
produzidas no processo administrativo, devendo admitir-se, em princípio, qualquer
classe de prova das que se aceitam na legislação processual vigente em matéria civil e
do trabalho...”.
Porém, Bonilha4 faz uma ressalva importante com relação ao PAF, ao observar
que no processo administrativo tributário, por sua feição peculiar, predominam,
substancialmente, a prova documental, a prova pericial e a prova indiciária, não se
utilizando, senão acidentalmente, a prova testemunhal e a inspeção ocular da autoridade
julgadora.
PROVAS
PREDOMINANTEMENTE NÃO ACEITAS SENÃO
INADMISSÍVEIS
ACEITAS ACIDENTALMENTE
Provas obtidas
Prova documental Prova testemunhal
por meios ilícitos
Prova pericial
Inspeção ocular
Prova indiciária
3
Apud BONILHA, Paulo Celso B. Da prova no processo administrativo tributário. São Paulo: Dialética, 1997. pp.
82-83.
4
BONILHA, Paulo Celso B. Op. cit.. p. 83.
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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
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Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Art. 212. Salvo o negócio jurídico a que se impõe forma especial, o fato
jurídico pode ser provado mediante:
I. confissão;
II. documentos;
III. testemunhas;
IV. presunção;
V. perícia.
2.1 Confissão
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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
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Saiba Mais
5
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997. p. 633.
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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Inclusive, todas as vezes que, além da infração tributária, fique constatado haver,
em tese, crime, é recomendável apreender os documentos que comprovem o tipo penal.
Quando for formalizada representação fiscal para fins penais, os originais devem
constar do processo de representação e, as cópias, do processo de exigência do crédito
tributário.
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Dados do Processo
3 Classificação de provas
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Prova direta
É aquela que se refere diretamente ao fato que se quer provar. É o caso, por exemplo,
da escrituração contábil e fiscal, que tem relação direta com os fatos nela registrados.
Prova indireta
É aquela que alude a um fato diverso do que se pretende provar, mas que dele pode
ser deduzido, como ocorre nas presunções.
6
CARNELUTTI, Francesco. La prueba civil. Trad. De Niceto Alcalá-Zamora y Castillo. Buenos Aires: Arayú, 1955.
pp. 90- 91 e 103-104.
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4 Provas indiretas -
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Data de Protocolo: 01/01/2000
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Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Indícios e presunções
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O indício é assim definido por Moacyr Amaral Santos7: “Indício sob o aspecto
jurídico consiste no fato conhecido que, por via de raciocínio, sugere o fato probando, do
qual é causa ou efeito.”
Presunção
7
Apud BONILHA, Paulo Celso B. Op. cit. p. 92.
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Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Segundo Bonilha8,
8
BONILHA, Paulo Celso B. Op. cit., pp. 92-93.
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Dados do Processo
Na presunção legal, o fato que a lei presume não precisa ser provado, e sim, os
indícios que levam a esse fato.
Não admitem prova em contrário. O fato descrito na lei e apurado conforme suas
disposições é tido como verdade definitiva e absoluta, dispensando a produção de prova
da sua realização. Exemplo: “Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens
ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa (art. 185 do CTN, com redação
dada pela LCP 118, de 9 de fevereiro de 2005)”.
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Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Nesses casos, o autuante comprova o fato que leva à presunção de omissão de re
ceita (ex: no caso de passivo fictício, junta ao processo duplicatas que já se encontravam
quitadas e que ainda integravam o passivo da empresa no período fiscalizado) e pode o
autuado apresentar prova em contrário (erro na composição do passivo, por exemplo).
FATOS QUE
COMPROVAÇÃO PROVA
LEVAM A UMA
DOS FATOS INDIRETA
PRESUNÇÃO
Como observam Neder e López9, “Em geral, as presunções legais visam facilitar
a prova de um fato ilícito que se repete com certa frequência. Nesse caso, a relação
entre o fato indiciário e o fato ilícito é estabelecida por força de lei e, portanto, não
precisa ser comprovada pelo agente fiscal. Basta a prova do fato indiciário, cabendo ao
sujeito passivo, quando admitido, infirmar o fato presumido.” Portanto, verifica-se que a
utilização da presunção legal relativa tem como efeito a inversão do ônus da prova, pois
cabe ao sujeito passivo provar que o fato ilícito não ocorreu.
9
NEDER, Marcos Vinícius; LÓPEZ, Maria Teresa Martínez. Processo administrativo fiscal federal comentado. 3. ed.
São Paulo: Dialética, 2010. p. 216.
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Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
10
PAOLA, Leonardo Sperb de. Presunções e ficções em direito tributário. Belo Horizonte: Del Rey editora. p. 267.
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6 Ficção legal
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
A ficção legal, embora não constitua um meio de prova, é uma figura jurídica cujo
resultado prático é o mesmo da presunção legal absoluta.
Tome Nota
As ficções, ao contrário das presunções, não se baseiam no que ordinaria-
mente acontece, mas naquilo que se sabe não ter acontecido. Essa a razão
primordial de só se admitir ficção legal. A função da ficção é criar a aparência
de realidade, quando se sabe que a realidade é outra... A ficção consiste em a
lei atribuir a determinado fato, coisa, pessoa ou situação um predicado que
não possuem no mundo real. O legislador sabe que as coisas não existem no
mundo real, conforme a situação descrita na norma; apesar disso, finge que
realmente existem conforme previsto na norma.
Enquanto na presunção se parte de um fato conhecido para se chegar a um
fato desconhecido, mas real, na ficção já se sabe que o fato não existe, mas a
lei o considera como se existisse.
11
CABRAL. Antonio da Silva. Processo administrativo fiscal. São Paulo: ed. Saraiva, 1993. p 315.
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