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MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Coordenação de Produção
Escola de Administração Fazendária - ESAF
Desenvolvimento
Avante Brasil Tecnologias Educacionais
Sumário
Apresentação .........................................................................................................................4
1 Considerações iniciais........................................................................................................5
8 Princípio da moralidade....................................................................................................16
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
Apresentação
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Esta unidade irá tratar das proposições fundamentais que se encontram na base de
toda a legislação. São os pressupostos dos quais derivam as regras jurídicas.
São eles:
Ao final dos seus estudos, você será capaz de compreender melhor os princípios
mais relevantes que norteiam o sistema jurídico.
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SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
1 Considerações iniciais
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Nesta unidade, serão abordados alguns de cada categoria. Antes, porém, vamos à
definição de princípio.
1
MELO, Fábio Soares de. Processo administrativo tributário: princípios, nulidades e efeitos jurídicos. São Paulo,
2009. (Dissertação de Mestrado em Direito Tributário). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2009. p.
162.
2
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 53.
5
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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Segundo Michels3:
judiciais.
Daí ser esse princípio considerado pelos doutrinadores como um princípio base,
sobre o qual todos os outros se sustentam.
que são titulares todos quantos se vejam postos em confronto com a ação do
Estado.
(...)
Por ora, cabe reafirmar que a presença do due process of law na estrutura e
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COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Visto sob duas dimensões, o devido processo legal pode ser analisado em seu
sentido formal (ou adjetivo) e material (ou substantivo). Segundo Michels5, o devido
processo adjetivo caracteriza-se pela simples norma de respeito ao procedimento
previamente regulado (acepção mais restrita adotada pela doutrina); o devido processo
legal material é a manifestação do devido processo legal na esfera material. Tutela o
direito material do cidadão, inibindo que lei em sentido genérico ou ato administrativo
ofendam os direitos do cidadão, como a vida, a liberdade e a propriedade.
Princípio do
Sentido
formal
devido Sentido
material
(ou adjetivo)
processo (ou substantivo)
legal
5
MICHELS, Gilson Wessler, Op. cit., p.39.
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COORDENAÇÃO-GERAL DE RECURSOS LOGÍSTICOS
Dados do Processo
defesa
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Decorre do art. 5º, LV, que tem a seguinte dicção: "aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".
Importante
Nesse aspecto, mostra-se evidente a correlação entre a ampla
defesa e o amplo debate (princípio do contraditório), não sendo
concebível falar-se em um sem pressupor a existência do outro -
daí a inteligência do inciso LV do artigo 5º Constitucional em
agrupá-los em um dispositivo.
6
MEDAUAR, Odete. Processualidade no direito administrativo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993. p. 111.
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Dados do Processo
4 Princípio da publicidade
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
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Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Importante
A publicidade dos atos do processo administrativo fiscal deve ser
analisada tanto de acordo com a norma constitucional para os
atos processuais (art. 5º, inc. LX) quanto com o princípio da
publicidade dos atos praticados pela Administração (art. 37,
caput). No processo administrativo fiscal, esse princípio deve ser
aplicado com cautela, em face do sigilo que a Administração
deve guardar a respeito da situação econômica e financeira do
contribuinte.
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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Por esse princípio, inscrito no art. 5º, inciso LXXVIII, da CF/1988, toda pessoa tem
direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz
ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente em lei, na
apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem
seus direitos e obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra
natureza.
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Dados do Processo
6 Princípio da proporcionalidade
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
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Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Esse princípio tem como preceito a exigência de que o particular fique preservado de
intervenções desnecessárias e excessivas, no sentido de que uma norma, ou uma decisão, não
deve onerar o cidadão mais intensamente do que o imprescindível para a proteção do interesse
público.
O princípio da proporcionalidade
é dividido em três subprincípios
Adequação Proporcionalidade
Exigibilidade estrita
A medida adotada deve ser ou necessidade
idônea e eficiente para A medida deve ser a menos O benefício obtido com a
alcançar seu objetivo, isto é gravosa possível, ou seja, a medida deve compensar o
o meio adotado na atuação conduta deve ter-se por sacrifício imposto (relação
deve ser compatível com o necessária, não havendo custo/benefício).
fim colimado. outro meio menos gravoso
ou oneroso para alcançar o
fim público.
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7 Princípio da razoabilidade
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
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Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Importante
O princípio da razoabilidade tem fundamento em análise valorati
va, afastando condutas contrárias ao bom senso que não esta
beleçam relação racional entre a finalidade normativa e a condu
ta administrativa8.
7
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 1996. p. 66.
8
NEDER E LÓPEZ. Op. cit., p. 57.
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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVO – PENA DE PERDIMENTO – EMBARCAÇÃO ESTRANGEI
RA INTERNADA NO BRASIL.
As regras de direito tributário devem ser aplicadas sem perquirir o intérpre
te a intenção do contribuinte. Diferentemente, as regras que impõem
sanção administrativa devem ser aplicadas dentro dos critérios da razoabi
lidade e da proporcionalidade, quando as circunstâncias fáticas, devida
mente comprovadas, demonstram a não-intenção do agente no cometi
mento do ilícito.
Embarcação estrangeira que ingressa para permanência temporária no
país apenas para realização de obras e reparos necessários em estaleiro
nacional, sem nenhuma intenção de deixar internalizado o bem apreendido.
Aplicação exacerbada e desproporcional da pena de perdimento.
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Dados do Processo
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI Nº 8.846/94 EDITADA
PELA UNIÃO FEDERAL - ... A TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA É VEDADA
PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
É cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o
Supremo Tribunal Federal examinar se determinado tributo ofende, ou não,
o princípio constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art.
150, IV, da Constituição da República. Hipótese que versa o exame de diplo
ma legislativo (Lei 8.846/94, art. 3º e seu parágrafo único) que instituiu
multa fiscal de 300% (trezentos por cento). - A proibição constitucional do
confisco em matéria tributária - ainda que se trate de multa fiscal resultan
te do inadimplemento, pelo contribuinte, de suas obrigações tributárias -
nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer
pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à
injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos
rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilida
de da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a
prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas
necessidades vitais básicas. - O Poder Público, especialmente em sede de
tributação (mesmo tratando-se da definição do “quantum” pertinente ao
valor das multas fiscais), não pode agir imoderadamente, pois a atividade
governamental acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da
razoabilidade que se qualifica como verdadeiro parâmetro de aferição da
constitucionalidade material dos atos estatais. ... STF - ADI-MC 1075 / DF
ADI-MC 1075 / DF - DJ 24-11-2006 PP-00059.
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Saiba Mais
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COELHO. Inocêncio Mártires Coelho. Interpretação constitucional. 3. ed. rev. e aument. São Paulo: Editora Sarai
va, 2007. p. 109.
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8 Princípio da moralidade
Número: 12345.678910/01-23
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Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
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Importante
Previsto, expressamente, no caput do art. 2º da Lei nº
9.784/1999, o princípio da moralidade tem sua aplicação, no
processo administrativo, orientada pelo critério contido no inciso
IV do parágrafo único deste artigo, que dispõe: “atuação segundo
padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”.
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Esse princípio é consequência da regra contida no artigo 5º, inc. XXXV, da CF/1988, que
concede exclusividade ao Poder Judiciário para prestação jurisdicional. Neste sentido, é regra
limitadora do processo administrativo, por decorrência lógica, e dela se infere que as decisões
administrativas não são definitivas e seu cumprimento pode depender de provimento judicial.
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A Administração deve tomar decisões com base nos fatos tais como se apresentam
na realidade, não se satisfazendo com a versão oferecida pelas partes.
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MEDAUAR, , Odete, Op cit.p.121.
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Data de Protocolo: 01/01/2000
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Importante
A Administração não defende interesse subjetivo na solução do
litígio, sendo lícito ao órgão fiscal agir sponte sua com o objetivo
de corrigir versões inverídicas dos fatos ou complementar provas
insuficientemente produzidas por meio de perícias e diligências.
Por Exemplo
Uma questão tormentosa diz respeito ao conhecimento de provas apre
sentadas após o momento processual da reclamação.
Qual a regra?
A regra é que as provas devem ser apresentadas juntamente com a impugna
ção ou com a manifestação de inconformidade, no devido prazo legal, confor
me art. 56 do Regulamento do PAF. No § 4º do artigo 57, a disposição foi repe
tida, mitigando a regra preclusiva nas circunstâncias elencadas nos incisos
I a III.
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Qual é o risco?
O risco, nesse caso, é que a causa já tenha sido julgada quando da apresenta
ção da prova documental adicional, perdendo-se, assim, o efeito que a dita
prova pudesse produzir.
Se isso ocorrer, ela deverá ser juntada para apreciação pela autoridade julgadora da
instância seguinte. Evidentemente, o documento extemporâneo deve guardar pertinência
com a matéria controvertida na reclamação, sob pena de também não ser conhecido no
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF (2ª instância administrativa) por
ter-se operado a preclusão.
Se, por um lado, a concentração dos atos em momentos processuais definidos tem
a finalidade de proteger o Estado contra a protelação injustificada do processo, por outro,
o formalismo exagerado tem restringido as possibilidades de defesa diante da notória
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Saiba Mais
12
11
NEDER, Marcos Vinicius; LÓPEZ, Maria Teresa Martinez. Processo administrativo fiscal federal comentado. São
Paulo: Dialética, 2002. p. 66.
12
MICHELS, Gilson Wessler. Op. cit., p. 37.
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Deve-se sempre ter em conta que o Estado não possui interesse subjetivo nas
questões controvertidas no processo, senão para certificar-se da validade jurídica dos
atos praticados por seus agentes. Portanto, ressalvadas as situações em que a lei exija,
expressamente, certa formalidade, devem ser relevadas pequenas incorreções de forma,
corrigida a instância quando a petição for dirigida à autoridade diversa da competente para
proferir o despacho ou a decisão, de maneira a tornar simples o acesso do administrado
ao processo, desde que não prejudique a sistematização necessária à sua tramitação.
É esta a orientação do art. 2º, caput, do Regulamento do PAF, e do art. 2º, inciso IX,
da Lei 9.784/1999, respectivamente:
13
Apud NEDER e LÓPEZ, Op. cit., p.65.
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12 Princípio da oficialidade
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
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Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
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Importante
Este princípio contrapõe-se ao princípio da inércia, aplicável ao
processo civil e que procura preservar a neutralidade do julgador
que age apenas quando provocado pelas partes e no limite dos
seus pedidos. Nesse caso, a falta de iniciativa das partes enseja
o encerramento do processo.
A Lei nº 9.784/1999, artigo 2º, inciso XII, determina a impulsão de ofício do processo
administrativo, sem prejuízo da iniciativa dos interessados.
O art. 63 do Regulamento do PAF, a seu turno, prescreve que a autoridade pode
determinar ex officio a realização de diligências ou perícias que entender necessárias.
14
ARRUDA, Luiz Henrique Barros de. Processo administrativo fiscal. 2. ed. atualizada. São Paulo: Editora Resenha
Tributária Ltda., 1994. p. 4.
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13 Princípio da preclusão
Número: 12345.678910/01-23
Data de Protocolo: 01/01/2000
Documento de origem: RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Procedência: SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Assunto: AUTO DE INFRAÇÃO - IRPJ
Nome do Interessado: EMPRESA ABC Ltda
Por força desse princípio, anula-se uma faculdade ou o exercício de algum poder
ou direito processual15.
Importante
Sem regras de preclusão, os processos correriam o risco de se
tornarem intermináveis.
15
GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel; CINTRA, Antônio Carlos do Araújo. Teoria geral do
processo. São Paulo: Malheiros, 1997. p. 332.
16
MICHELS, Gilson Wessler. Op. cit., p. 43.
24