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11/03/2022

HISTÓRIA DO SINDICALISMO
UNIÃO DAS PESSOAS COM O FIM
DE DEFENDER SEUS
INTERESSES ECONÔMICOS E
PROFISSIONAIS.

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO

 NO MUNDO

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ESCRAVIDÃO

CORPORAÇÕES DE OFÍCIO
(SÉC. XII)

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O aprendiz devia obediência a seu mestre e no


final de seu aprendizado, em torno de cinco anos,
tornava-se companheiro ou oficial.

 No entanto, continuava vinculado ao mesmo


mestre até que o aprendiz ou o companheiro se
tornassem mestres, o que acontecia somente
através de prova, que era paga.

 OSAPRENDIZES TRABALHAVAM A PARTIR DE


12 OU 14 ANOS, E EM ALGUNS PAÍSES JÁ SE
OBSERVAVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COM
IDADE INFERIOR.

 JORNADA DE TRABALHO ERA EXAUSTIVA,


MUITAS VEZES ALCANÇANDO 18 HORAS
DIÁRIAS

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Embrião do Sindicalismo
 Supressão das corporações de ofício

 Revolução Industrial:
A. Grande concentração de trabalhadores

B. Trabalho desumano - grande


oferta de mão de obra e inexistência de
normas regulamentares

TRABALHO INFANTIL

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MOVIMENTO SINDICAL
NASCE COMO UMA FORMA DE RESISTÊNCIA
À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E À MANEIRA
COMO OS TRABALHADORES ERAM
EXPLORADOS PELAS EMPRESAS.

CONSCIÊNCIA DE QUE SÓ PELA UNIÃO


SERIA POSSÍVEL OPOR-SE AOS QUE LHES
EXPLORAVAM

PRIMEIROS MOVIMENTOS
ORGANIZADOS

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Manifesto Comunista de Karl Marx e F. Engel


 De 1848, destacava a revolução operária, num
primeiro tempo, “o advento do proletariado como
classe dominante e a conquista da democracia”, e,
valendo-se de sua supremacia política, arrancar da
burguesia, pouco a pouco, seu capital, centralizando
todos os instrumentos de produção nas mãos do
Estado, “isto é, do proletariado organizado em classe
dominante”.

ENCÍCLICA RERUM NOVARUM, de 1891, Papa


Leão XIII, pregava a concórdia e a solidariedade

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 2. Em todo o caso, estamos persuadidos, e todos concordam


nisto, de que é necessário, com medidas prontas e eficazes,
vir em auxílio dos homens das classes inferiores, atendendo
a que eles estão, pela maior parte, numa situação de
infortúnio e de miséria imerecida. O século passado
destruiu, sem as substituir por coisa alguma, as corporações
antigas, que eram para eles uma proteção; os princípios e o
sentimento religioso desapareceram das leis e das
instituições públicas, e assim, pouco a pouco, os
trabalhadores, isolados e sem defesa, têm-se visto, com o
decorrer do tempo, entregues à mercê de senhores
desumanos e à cobiça duma concorrência desenfreada.

A usura voraz veio agravar ainda mais o mal.


Condenada muitas vezes pelo julgamento da Igreja,
não tem deixado de ser praticada sob outra forma
por homens ávidos de ganância, e de insaciável
ambição. A tudo isto deve acrescentar-se o
monopólio do trabalho e dos papéis de crédito,
que se tornaram o quinhão dum pequeno
número de ricos e de opulentos, que impõem
assim um jugo quase servil à imensa multidão
dos proletários.

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Proteção do trabalho dos operários, das


mulheres e das crianças
 25. No que diz respeito aos bens naturais e
exteriores, primeiro que tudo é um dever da
autoridade pública subtrair o pobre operário à
desumanidade de ávidos especuladores, que
abusam, sem nenhuma descrição, tanto das
pessoas como das coisas. Não é justo nem
humano exigir do homem tanto trabalho a ponto
de fazer pelo excesso da fadiga embrutecer o
espírito e enfraquecer o corpo.

A atividade do homem, restrita como a sua natureza,


tem limites que se não podem ultrapassar. O
exercício e o uso aperfeiçoam-na, mas é preciso
que de quando em quando se suspenda para dar
lugar ao repouso. Não deve, portanto, o trabalho
prolongar-se por mais tempo do que as forças
permitem. Assim, o número de horas de trabalho diário
não deve exceder a força dos trabalhadores, e a
quantidade de repouso deve ser proporcionada à
qualidade do trabalho, às circunstâncias do tempo e
do lugar, à compleição e saúde dos operários.

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Se a força de trabalho era o único bem que os


proletários possuíam, negá-la, comprometendo a
atividade empresarial e a obtenção do lucro,
passou a ser a forma de pressão em favor de suas
reivindicações.

A greve tornou-se o instrumento de ação coletiva.


Mas foram reprimidas violentamente pela polícia,
que se submetia à vontade dos detentores do
poder, justamente os empregadores.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SINDICALISMO

A) FASE DE PROIBIÇÃO

B) FASE DE TOLERÂNCIA

C) FASE DE RECONHECIMENTO

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 Com o fim da 1ª guerra Mundial, há o acréscimo nas


Constituições de preceitos atinentes à proteção social da
pessoa humana, em especial, de normas de proteção a
direitos sociais e fundamentais, dentre eles direitos
trabalhistas.

 Constituição do México (1917). Jornada de 8 horas,


proibição de trabalho aos menores de 12 anos, limitação da
jornada de menores de 16 anos a 6 horas, descanso
semanal, proteção à maternidade, jornada noturna de 7
horas, salário mínimo, direito à sindicalização, à greve,
seguro social, indenização proveniente de dispensa e
proteção em face de acidente de trabalho

 Constituição da Alemanha (de Weimar, 1919)


Segunda Carta a dispor sobre regras do Direito do Trabalho,
tratando, especificamente, sobre:

A) A participação e representação dos trabalhadores nas


empresas,
B) Autorizando a liberdade de coalizão dos obreiros,
C) Criando um sistema de seguro social,
D) Possibilitando que os trabalhadores colaborassem com
os empregadores na estipulação de condições de
trabalho e salários.

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 CARTA DEL LAVORO DA ITÁLIA (1927)

 Base do sistemas políticos corporativistas que


influenciou Espanha, Portugal e Brasil.

 “Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado, nada


contra o Estado.”

Em 1919, surge o Tratado de Versalhes

Criando a OIT, com a principal função de


estabelecer regras gerais internacionais
envolvendo a relação empregatícia,
através de Convenções e recomendações,
sempre tendo em conta a proteção da
dignidade do trabalhador.

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No plano da legislação internacional, podem


ser ressaltados, pela sua proeminência:
a) a Convenção n. 87 da OIT
 Relativa à liberdade sindical e a proteção do direito
de sindicalização, adotada na Conferência
Internacional do Trabalho realizada em São
Francisco/EUA, EM 1948.

b) Declaração Universal dos Direitos Humanos

HISTÓRIA DO SINDICALISMO

 NO BRASIL

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ESCRAVIDÃO

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL


Acontecimentos do fim do Século XIX:
 Desaparecimento da escravatura, Lei do Ventre Livre
(1871) e Lei Áurea (1888).
 1891 – 1º CF, que garantiu o direito de associação,
contanto que pacificamente.

 Temos, a partir daí, um período fértil para o sindicalismo


brasileiro, de duração de mais ou menos 40 anos.
 Adoção do liberalismo e o estado deixa de regular as
relações de trabalho.

Nas proximidades de Araraquara, existe uma daquelas tantas prisões


perpétuas, chamada Fazenda São Luís, da qual é digno proprietário
aquela pérola de bandido que responde pelo nome de José de
Lacerda Abreu. (...) Nesta prisão perpétua ocorrem frequentemente
cenas assustadoras. Os pobres reclusos (é assim que precisamos
chamar os colonos porque não podem sair da fazenda, sob pena de
serem pegos a pauladas ou assassinados) trabalham anos e anos
sem serem pagos. Quando perguntam pelo seu ganho se responde a
eles com insultos e com chicotadas (...) Deste lugar de horror nove
famílias colonas conseguiram fugir enfrentando perigos de toda a
espécie. As outras que permanecem gostariam de seguir o exemplo
das primeiras mas, sendo a Fazenda circundada por capangas, não
se arriscam.
 — ROMANI p. 150

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Greve Geral de 1917


 Foi uma greve da indústria e do comércio do Brasil, ocorrida
em julho de 1917 em São Paulo, durante a Primeira Guerra
Mundial, promovida por organizações operárias de
inspiração anarquista aliadas à imprensa libertária.

 Foi a primeira greve geral da história do Brasil, e durou 30


dias.

 Trabalhadores europeus italianos e espanhóis que


imigraram para o Brasil buscando melhores condições de
vida.

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Reivindicações do movimento:
- Que sejam postas em liberdade todas as pessoas detidas por
motivo de greve;
- Que seja respeitado do modo mais absoluto o direito de
associação para os trabalhadores;
- Que nenhum operário seja dispensado por haver participado
ativa e ostensivamente no movimento grevista;
- Que seja abolida de fato a exploração do trabalho de menores
de 14 anos nas fábricas, oficinas etc.;
- Que os trabalhadores com menos de 18 anos não sejam
ocupados em trabalhos noturnos;

Reivindicações do movimento:
- Que seja abolido o trabalho noturno das mulheres;
- Aumento de 35% nos salários inferiores a $5000 e de 25% para
os mais elevados;
- Que o pagamento dos salários seja efetuado pontualmente,
cada 15 dias, e, o mais tardar, 5 dias após o vencimento;
- Que seja garantido aos operários trabalho permanente;
- Jornada de oito horas;
- Aumento de 50% em todo o trabalho extraordinário.

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL

A partir de 1930, Decreto n.º 19.770, FASE


INTERVENCIONISTA, sujeitando o sindicato ao Estado
e retirando-lhe a autonomia.
 Regra do monossindicalismo.

 Estabeleceu a sindicalização por categoria, estruturou


nosso sistema confederativo, transformou o sindicato em
órgão de colaboração com o Estado,
 Negou-lhe função política e lhe deu função
assistencial.

HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL


A CF de 1934 previa a pluralidade e a autonomia
sindicais, demonstrando a completa ruptura com o modelo
anterior.

 No entanto, 4 dias antes da entrada em vigor do novo


texto constitucional, baixou o Governo o Decreto 24.694,
mantendo em linha geral, os mesmos princípios
anteriores, não tendo sua inconstitucionalidade declarada
pelo STF.

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL

 1937. Implantação do “Estado Novo”

 Voltando a unicidade sindical e todo o aparato


corporativista que vem caracterizado o nosso
sindicalismo.

 Proibição de greve, recurso antissocial.

HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL

CF de 1946
Novamente declara a liberdade sindical
condicionado-a, no entanto, à lei.

Greve deixa de ser ilícito, para ser direito.

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL


 “Apesar de se encontrar em vigor a nova
Constituição desde 18 de setembro de 1946, pouco
se tem modificado a nossa legislação sindical. E
isso constitui um fato deveras curioso: a
sobrevivência de uma lei, promulgada para um
regime corporativo fascistizante, em pleno quadro
democrático de uma nação.”
 Evaristo de Moraes Filho

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL


 Regime de exceção de 1964 1964.. CF de 1967 e EC n. 1, de
1969.
1969
 No início deste período pouco se alterou, com exceção da
nova Lei de Greve, 4.330/64, que tornou praticamente
quase impossível este direito.
 Intensificação do controle sobre as entidades sindicais para
mantê-las sobre controle.
 De 1968 a 1978. Atividade sindical reduzida e a atividade dos
sindicatos consistia em implantar ou expandir grandes e
dispendiosos serviços assistenciais.

“No dia 12 de maio de 1978, os trabalhadores da Saab-Scania


do Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), entraram na
fábrica, bateram o cartão de ponto, vestiram seus macacões,
foram para os seus locais de trabalho diante das máquinas, mas
não as ligaram: cruzaram os braços. No momento, eles não
poderiam imaginar que com aquele gesto, aparentemente
simples, estavam abrindo o caminho de uma nova proposta
sindical para o Brasil. A greve desafiou o regime militar e iniciou
uma luta política que se estendeu por todo o país. No contexto
das mobilizações populares que se seguiram, surgiram
manifestações em defesa das liberdades democráticas e contra
a ditadura militar, entre elas, a luta pela anistia e pelas Diretas
Já. (2010)”

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL


 A partir de 1978 a situação começa a altera-se, greve do
metalúrgicos da região do ABC.

 1983. Surgimento da CUT, pretendendo uma reforma geral


do movimento sindical.

 1986. CGT, batia na intervenção do Estado, mas pregando a


manutenção da unicidade sindical.

 1985. Governo José Sarney, inicia-se um período de maior


liberdade.

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HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL


 Promulgação da CF/1988

 Marco concreto do sindicalismo brasileiro.


 Liberdade para regrar, de forma autônoma, sua
vida interna, além de impedir a interferência e a
intervenção do Estado.
 Sindicalização dos servidores públicos

HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL


Promulgação da CF/1988.
Mantido:

 A) UNICIDADE SINDICAL

 B) CONTRIBUIÇÃO COMPULSÓRIA

 C) COMPETÊNCIA NORMATIVA DA JUSTIÇA DO


TRABALHO

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REFORMA TRABALHISTA
 CONTRATAÇÃO COLETIVA

 REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES


NAS EMPRESAS

 FIM
DA OBRIGATORIEDADE DA
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

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