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DIREITO DO TRABALHO I

PROFª MA MARLIETE LOPES


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO
 
Assumiu, ao longo do tempo, várias
Formas.

 TRABALHO SUBORDINADO

O trabalho sempre foi exercido pelo homem.


 Na antiguidade o homem trabalhava para alimentar-se,
defender-se, abrigar-se, troca, etc.
 A formação de tribos propiciou o início das lutas pelo
poder e domínio.
 Os perdedores tornavam-se prisioneiros e podiam passar a
condição de escravo para execução de serviços penosos.
 A partir da escravidão surgiu o trabalho subordinado.
SOCIEDADE PRÉ- INDUSTRIAL 

ESCRAVIDÃO – ATÉ SÉC. XIX : Primeira forma de


trabalho

Vinculação do homem ao homem 

Estava presente uma absoluta relação de domínio.


 O escravo era coisa, não tinha direitos.
 A escravidão era indigna para os homens livres.
 Não se cogita de um direito trabalhista.
LOCAÇÃO DO TRABALHO – SÉCULO XXI a.C. ATÉ XIX
 
O Código de Hammurabi, do século XIX a.C. adotado na Babilônia, dispôs

sobre condições de prestação de trabalho livre, inclusive salário e já


vislumbrava uma forma de arrendamento do trabalho.

NO DIREITO ROMANO 
Nasce o arrendamento da coisa = locatio conductio rei

Locatio conductio operarum: contrato pelo qual uma pessoa se obriga a


prestar serviços durante certo tempo a outra mediante retribuição.

Locatio opris faciendi: contrato pelo qual alguém se obriga a executar uma
obra a outra pessoa mediante remuneração (locação de obra ou empreitada).

A locação de serviços é apontada como embrião da relação de emprego.


FEUDALISMO NA IDADE MÉDIA - SERVIDÃO – SÉC. I
A XI.

Vinculação do homem a terra

 Onde os senhores feudais davam proteção MILITAR e


POLÍTICA aos servos que não eram escravos, mas na
prática não eram livres, pois tinham que trabalhar nas
terras do senhor feudal e entregar a ele praticamente toda
sua produção.

 Assumem status
 pessoa
MITA ESPANHOLA – SÉC.XIV. (LEGISLAÇÃO DAS
ÍNDICAS DE FELIPE II – ORDENAÇÕES DE 1574)

Impostas aos indígenas na América espanhola como forma


de trabalho obrigatório imposto por sorteio.

O sorteado era obrigado ao


trabalho vitalício.

Em troca recebia uma contraprestação pelo serviço, além


de algumas garantias: salário em dinheiro; jornada de 8 horas,
salvo em minas (7 horas); descanso dominical; assistência
médica e meio salário durante o tratamento do acidente de
trabalho e proibição de alguns trabalhos aos menores de 18
anos e mulheres.
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – NA IDADE MÉDIA – SÉC. XII a XVI:

Vinculação do homem a profissão

As Corporações desfrutavam de verdadeiro monopólio, pois nenhum


outro trabalhador ou corporação poderia explorar aquela atividade naquele
local.
 
Consistiam em grupos de trabalhadores especializados em determinado
mister, com uma rígida regulação do exercício de suas atividades,
objetivando controlar o mercado e a concorrência.

As características das relações de trabalho, ainda não permitiam a


existência de uma ordem jurídica, mas já há uma certa liberdade do
trabalhador.
 
A relação de trabalho possuía 03 personagens.

1) O MESTRE – Proprietário da oficina 


2) COMPANHEIROS – Trabalhadores que
percebiam salários. 
3) APRENDIZES – Menores entre 12 e 14 anos, cujo
os pais pagavam altas taxas para poderem receber o ensino
profissional.
Poderiam receber castigos corporais dos mestres.
Os objetivos eram os interesses da corporação.
CARACTERISTICAS DAS CORPORAÇÕES

A) Estabelecer uma estrutura hierárquica;

B) Regular a capacidade produtiva;

C) Regulamentar a técnica de produção.

São suprimidas pela Revolução Francesa,


em 1789, por serem incompatíveis com os
ideais de liberdade do homem.
SOCIEDADE INDUSTRIAL - TRABALHO ASSALARIADO – DIREITO DO
TRABALHO

 PRICIPAIS CAUSAS DO SURGIMENTO DO DIREITO DO


TRABALHO

1) CAUSA POLÍTICA

 REVOLUÇÃO FRANCESA: 1789

Suprimiu as corporações consideradas incompatíveis com o ideal de LIBERDADE


DO HOMEM. O trabalho tornou-se livre
 
Inicia a LIBERDADE CONTRATUAL.
 
 LIBERALISMO DO SÉCULO XVII:
 O Estado alheio à área econômica
 (deixa fazer, deixa passar) 

 
2) CAUSA ECONÔMICA

REVOLUÇÃO
 INDUSTRIAL: Inglaterra no Séc. XVIII

Aparecimento da máquina a vapor, de fiar, tear mecânico, etc.


O trabalho passou a ser feito de forma mais rápida e produtiva
Substitui o trabalho manual pela máquina e consequentemente há a ESPECILIZAÇÃO
DA MÃO-DE-OBRA, terminando como vários postos de trabalho.

TRABALHO
 – EMPREGO - SALÁRIO

Transforma o trabalho em EMPREGO, pois os trabalhadores passam a trabalhar por


SALÁRIOS. SURGE A RELAÇÃO DE EMPREGO

DIREITO
 E CONTRATO DO TRABALHO
O Direito do Trabalho e o Contrato de Trabalho
passam a desenvolver-se.
 LIBERALISMO CONTRATUAL: A partir desse momento, surge uma
liberdade na contratação das CONDIÇÕES DE TRABALHO.
(Desregurlamentação).

Prevalecia a lei de mercado onde o empregador ditava as regras, sem


intervenção do Estado.

 PERÍODO NEGRO: Do Século XVIII para XIX.

. Jornada excessiva e exaustiva diária de


até 16 horas.
. Toda família trabalhava.
. Condições adversas e insalubres.
. Doenças (peste).
. Exploração da mão de obra infantil em níveis alarmante.
. Salários miseráveis (pago a mulheres e menores metade ou menos do que
era pago aos homens).
3) CAUSA JURÍDICA

ORGANIZAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA

Os trabalhadores começaram a reunirem-se e associarem-se para


reivindicarem melhores condições de trabalho, salários, diminuição
das jornadas de trabalho (12, 14 ou 16 horas) e contra a exploração do
menor e da mulher que recebiam salários inferiores.

a) Sindicato e direto a sindicalização


b) Sistema de direitos de proteção que
coíbem abusos do empregador e
preservam o princípio da dignidade
do homem trabalhador
c) Direito de contratação individual e coletiva

 
 ESTADOINTERVECIONISTA: O Estado deixa de ser
ABSTENCIONISTA e passa ser INTERVENCIONISTA.

Começa a existir a necessidade de intervenção estatal nas


relações do trabalho dado os abusos que vinham sendo
cometidos pelos empregadores.

O Estado intervém na ordem social e econômica, limitando


a liberdade plena das partes da relação de trabalho.

Presença fortemente autoritária que transfere a ordem


trabalhista para a esfera das relações de natureza publica.
NASCIMENTO DO DIREITO DO TRABALHO

O Direito do Trabalho nasce como reação às


Revoluções Francesa e Industrial e à crescente
exploração desumana do trabalho.

Nasce com duas ramificações:

a) Direito Individual do Trabalho, com a preocupação


concreta da proteção dos direitos sociais do
empregado.

b) Direito Coletivo do Trabalho: com a preocupação


abstrata e geral de proteção dos interesses do grupo de
trabalhadores (categoria) ou de empresários.
IDEIA DE JUSTIÇA SOCIAL

 PRINCÍPIO DA HIPOSSUFICIÊNCIA
 
Verifica-se a necessidade de proteção do trabalhador em razão
de ser o patrão o proprietário da máquina, detendo os meios de
produção, tendo o PODER DE DIREÇÂO, o que representa a
desigualdade a que é submetido o trabalhador.
 
O trabalhador passa a ser protegido juridicamente e
economicamente.

. Estabelecimento de limite mínimo de idade para o trabalho


. Duração máxima da jornada de trabalho
. Na França é reconhecido o direito de greve
O Estado estabelece:

1) O BEM-ESTAR SOCIAL
2) MELHORIAS NAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO
3) NORMAS MÍNIMAS SOBRE ESSAS
CONDIÇÕES DE TRABALHO QUE
DEVEM SER RESPEITADAS.
 
LEIS: Entre os anos de 1802 e 1880 várias
leis surgem na Inglaterra e França,
melhorando as condições de trabalho e
protegendo o trabalhador.
 
Elas tratam de:

. INTERVALOS PARA REFEIÇÃO


. EDUCAÇÃO E HIGIENE DO
TRABALHADOR
. TORNAVAM ILEGAL O EMPREGO DE
MENORES DE 9 ANOS
. PROIBIÇÃO DE TRABALHO DE
MENORES EM MINAS
. VEDAVA OS TRABALHOS AOS
DOMINGOS E FERIADOS
 FASE DA JUSTIÇA SOCIAL:

É o convencimento geral da
necessidade de uma ordem
social justa, o que pressupõe a superação dos problemas
que caracterizam a QUESTÃO SOCIAL.

Foram elaboradas doutrinas sociais não coincidentes


quanto aos meios que devem ser empregados para que a
ordem social venha a sofrer as modificações esperadas.

O DIREITO DO TRABALHO tende à realização de um


valor: A JUSTIÇA SOCIAL.
 MEIOS DOUTRINÁRIOS:
 
1) A IGREJA: também passa a se preocupar
com o trabalho subordinado.
 
 Lança as encíclicas, como a Rerum novarum (coisas novas) de

1891, do Papa Leão XIII; Quadragésimo anno, de 1931, de Pio XII


e Laborem exercens, de 1981, do Papa João Paulo II.
 
 Trata da intervenção estatal na relação entre trabalhador e patrão.

 
2) O ANARQUISMO: Defendem a luta de classes.
 

3) O SOCIALISMO: A ditadura do proletariado como forma política


pela qual a questão social encontraria melhor dimensionamento.
CONSTITUCIONALISMO
 SOCIAL:
 
É a inclusão nas constituições de preceitos relativos à:
 
1) DEFESA SOCIAL DA PESSOA
2) NORMAS DE INTERESSE SOCIAL
3) GARANTIA DE CERTOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, incluindo o Direito do Trabalho.
 
A primeira Constituição que tratou do tema foi a do MÉXICO, em 1917. Estabelecia em seu art. 125: 
. Jornada de 8 horas
. Proibição de trabalho de menores de 12 anos
. Limitação da jornada de menores de 16 anos a 6 horas
. Jornada máxima noturna de 7 horas
. Proteção à maternidade
. Descanso semanal
. Salário mínimo
. Direito à sindicalização e de greve
. Indenização de dispensa
. Seguro social
. Proteção contra acidentes de trabalho

Daí em diante, as constituições dos países passaram a tratar do Direito do Trabalho, portanto, a
constitucionalizar os direitos trabalhistas.
A segunda constituição a tratar da tutela das
relações de trabalho foi a Constituição da
Alemanha (1919), a de Weimar

Considerada a base das democracias sociais,


disciplinou:

 A criação de direito unitário do trabalho


 A liberdade de coalização dos trabalhadores,
para a defesa e melhoria das suas condições
de trabalho
 O direito de colaboração dos trabalhadores com os
empregadores na fixação dos salários e demais
condições de trabalho
 A representação dos trabalhadores na empresa
CARTA DEL LAVORO DA ITÁLIA (1927)

Foi a base dos sistemas políticos corporativistas.


Influenciou os sistemas da Espanha, Portugal e Brasil.

Tinha como princípios:


◦A intervenção do Estado na ordem econômica.
◦O controle do direito coletivo do trabalho.
◦A concessão, por lei, de direitos aos trabalhadores.

Era lema da Carta del Lavoro:

“Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado”.

Os sindicatos não tiveram autonomia e a organização sindical, modelada pelo Estado,


impediu a sua liberdade de organização e de ação.

Por outro lado promoveu a tutela dos assalariados por meio de ampla legislação de fundo
paternalista.
 TRATADO DE VERSALES EM 1919:

Criação da ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT),

Organismo supra nacional que iria incumbir-se


de proteger as relações entre empregados e
empregadores no âmbito
internacional, expedindo:

1) CONVENÇÕES
2) RECOMENDAÇÕES

 ATUALMENTE: São grandes as transformações no mundo das relações de


trabalho.

A conjuntura internacional mostra uma sociedade pós-capitalista que produz


mais com pouca mão-de-obra.
A INFORMAÇÃO e a ROBÓTICA, trazem produtividade crescente e trabalho
decrescente, com redução da demanda de trabalhadores.
DIREITO DO TRABALHO

DENOMINAÇÃO:

VÁRIAS DENOMINAÇÕES SÃO ENCONTRADAS PARA DESIGNAR A DISCIPLINA ORA EM


ESTUDO. ENCONTRAMOS O USO DAS EXPRESSÕES:

LEGISLAÇÃO DO TRABALHO
 
DIREITO OPERÁRIO (O VOCÁBULO OPERÁRIO REFERE-SE AO TRABALHADOR BRAÇAL. A
DISCIPLINA NÃO SE LIMITA AOS OPERÁRIOS, TAMBÉM OS PATRÕES ESTÃO INCLUÍDOS).

DIREITO CORPORATIVO (CORPORATIVISMO DESTINA-SE À UNIFICAÇÃO ECONÔMICA


NACIONAL).

DIREITO SOCIAL (PORQUE SOCIAL É TODO O DIREITO E, ASSIM SENDO, NÃO PODE INDICAR,
ESPECIFICAMENTE, QUALQUER DISCIPLINA JURÍDICA).
 
DIREITO INDUSTRIAL (DIREITO INDUSTRIAL HOJE, É A PARTE DO DIREITO QUE ESTUDA AS
MARCAS, PATENTES, INVENÇÕES, ETC.).

A DENOMINAÇÃO, MAIS CORRENTE É DITREITO DO TRABALHO.


 
 
 
Fatores que influenciaram na formação do Direito do Trabalho no Brasil

CRESCENTE ELABORAÇÃO LEGISLATIVA DE PROTEÇÃO DO TRABALHADOR EM MUITOS PAÍSES.

MOVIMENTO OPERÁRIO DE IMIGRANTES COM INSPIRAÇÕES ANARQUISTAS, CARACTERIZADO


POR INÚMERAS GREVES EM FINS DE 1.800 E INÍCIO DE 1900.

O SURTO INDUSTRIAL, EFEITO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL, COM A ELEVAÇÃO DO NÚMERO


DE FÁBRICA EM TORNO DE 1919.

COMPROMISSO INTERNACIONAL ASSUMIDO AO INGRESSAR NA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL


DO TRABALHO (OIT), PROPONDO-SE A OBSERVAR NORMAS TRABALHISTAS.

POLÍTICA TRABALHISTA DE GETÚLIO VARGAS (1930),

APROVAÇÃO DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (1943) E SEUS DISPOSITIVOS


SINDICAIS.

ALTERAÇÃO NO DIREITO INDIVIDUAL, COM AMPLA LEGISLAÇÃO ESPARSA.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

 
 BRASIL:

 A CARTA DE 1891 GARANTIU O LIVRE EXERCÍCIO DE


QUALQUER PROFISSÃO; ASSEGUROU O DIREITO DE LIBERDADE
DE ASSOCIAÇÃO.

 DECRETO 1.313/1891, PROIBIU O TRABALHO AO MENOR DE 12


ANOS EM FABRICAS; FIXOU JORNADA DE 7 HORAS PARA
MENORES ENTRE 12 E 15 ANOS DO SEXO FEMININO E ENTRE 12 E
14 DO SEXO MASCULINO; PROIBIU TRABALHO NOTURNO DOS
MENORES DE 15 ANOS.

 LEI 4.682/1923 (LEI ELOI CHAVES), INSTITUIU A CAIXA DE


APOSENTADORIA E O DIREITO A ESTABILIDADE PARA OS
FERROVIÁRIOS QUE COMPLETASSEM 10 ANOS DE SERVIÇO.

 LEI 4.982/1925, DISCIPLINAVA O DIREITO DE FÉRIAS ANUAIS


REMUNERADAS.

 EM 24 DE OUTUBRO DE 1930, GETÚLIO VARGAS TORNOU-SE


PRESIDENTE E ATRAVÉS DO DECRETO Nº 19.443/30 CRIOU O
MINISTÉRIO DO TRABALHO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO, A PARTIR
DESSE MOMENTO FOI ELABORADA FARTA LEGISLAÇÃO
 DECRETO LEGISLATIVO 19.770/1931,
REGULAMENTOU A ORGANIZAÇÃO SINDICAL.

 DECRETO LEGISLATIVO 22.132/32, CRIOU AS


JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO.

 PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO DE 1934, ELABORADA


SOB FORTE INFLUÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO DE
WEIMAR (SOCIAL-DEMOCRATA) E DA
CONSTITUIÇÃO AMERICANA (LIBERAL-
INDIVIDUAL), ELEVOU OS DIREITOS TRABALHISTAS
AO STATUS CONSTITUCIONAL.

 LEI62/35 DISCIPLINOU A RESCISÃO DO CONTRATO,


JUSTA CAUSA, AVISO PRÉVIO E A ESTABILIDADE
DOS EMPREGADOS DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO
APÓS 10 ANOS DE SERVIÇO.
 CONSTITUIÇÃO DE 1937, OUTORGADA POR GETÚLIO
VARGAS, GARANTIU DIREITOS COLETIVOS COMO:
RECONHECIMENTO DOS SINDICATOS; IMPOSIÇÃO DA
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL; UNICIDADE SINDICAL;
PREVISÃO PARA CONTRATO COLETIVO DE TRABALHO. A
GREVE E O LOCKOUT FORAM CONSIDERADOS RECURSOS
ANRTISSOCIAIS.

 DECRETO-LEI N° 1.237/1939, A JUSTIÇA DO TRABALHO. 

 DECRETO-LEI 5.452/1943, CLT.


 
 A CONSTITUIÇÃO DE 1946, DISPÔS SOBRE A PARTICIPAÇÃO
DOS EMPREGADOS NOS LUCROS DA EMPRESA; REPOUSO
SEMANAL REMUNERADO;; FERIADOS; CONCEDEU
ESTABILIDADE DECENAL A TODOS OS TRABALHADORES;
RECONHECEU O DIREITO DE GREVE; INCLUIU A JUSTIÇA DO
TRABALHO NO PODER JUDICIÁRIO, RETIRANDO-A DA
ESFERA DO EXECUTIVO. ESSA CONSTITUIÇÃO E ASS QUE
SE SEGUIRAM PASSAM A UTILIZAR A EXPRESSÃO DIREITO
DO TRABALHO.
CONSTITUIÃO DE 1988

Diversos dispositivos versão sobre direitos


trabalhistas (individuais ou coletivos).

Consagra o direito ao trabalho como direito social,


inserindo-o no título “Direitos Fundamentais”.

1) Adoção de um modelo prescritivo seguindo a


diretriz do constitucionalismo social e seus
objetivos (inclusão dos direitos sociais na
Constituição).
2) OPÇÃO POR UM TEXTO CONSTITUCIONAL MAS
SINTÉTICO, DE CERTO MODO EXTENSO E QUE, APESAR DE
POUCOS ARTIGOS, CONTÉM INÚMEROS INCISOS DISPONDO
SOBRE UMA VARIEDADE DE DIREITOS TRABALHISTAS.

3) INCLUSÃO DE NOVOS DIREITOS TRABALHISTAS QUE


ATÉ O MOMENTO DE ELABORAÇÃO DA CARTA NÃO ERAM
PREVISTOS, COMO TAMBÉM AQUELES QUE ERAM
PREVISTOS APENAS EM LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA.

ART. 1º, IV - PRINCÍPIO FUNDAMENTAL


ART. 7º - DIREITOS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES
ART. 8º - LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU
SINDICAL
ART. 9º - DIREITO DE GREVE
Regras gerais aplicáveis ao Direito do Trabalho

Ex.: direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada (art. 5º, XXX, VI).

Regras específicas

Que abrangem o direito individual, o direito coletivo e o direito processual do


trabalho.

Exs.: a) Redução da jornada semanal de trabalho para 44 horas;


b) Redução para 6 horas da jornada normal nos sistemas de revezamento
ininterruptos de jornada, salvo negociação coletiva;
c) Adicional de horas extras de 50%;
d) Acréscimo de 1/3 da remuneração das férias;
Irredutibilidade do salário, salvo negociação coletiva;
e) Licença-paternidade de 5 dias;
f) Idade mínima de 16 anos para empregados e 14 anos para aprendiz;
g) Isonomia salarial entre avulsos e empregados;
h) Estabilidade da gestante desde a confirmação da
gravidez até 5 meses após o parto;
i) Estabilidade do exercente de cargo de direção de
CIPA, na mesma dimensão atribuída aos dirigentes
sindicais;
j) Direito de greve;
l) Criação de sindicatos sem necessidade de prévia
autorização de lei ou do Poder Público, bastando o
registro no órgão competente;
m) Autonomia da administração das entidades sindicais,
vedadas a intervenção e interferência do Poder Público;
Regulamentação Incompleta

Diversos dispositivos importantes não foram


seguidos de leis complementares.

Exs.: Dispositivo que prevê a proteção contra a


dispensa arbitrária ou sem justa causa (art. 7º, I).

O adicional de penosidade;

A proteção em face da automação.


 HOJE:

 
JUSTIÇA DO TRABALHO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
SECRETÁRIA ESPECIAL DO TRABALHO DO MINISTÉRIO DA
ECONOMIA (ANTIGO MINISTÉRIO DO TRABALHO

 CONCEITO:

A doutrina emprega algumas teorias ou definições para


conceituar a matéria em estudo, as teorias mais importantes são:
 1) TEORIA OU DEFINIÇÃO SUBJETIVA - tem como vértice os
sujeitos ou pessoas a que se aplica e que figuram na relação de
emprego. Os tipos de trabalhadores.
 
A) Para essa teoria não é qualquer trabalhador que é amparado pelo
Direito do Trabalho.
 
B) O Direito do Trabalho vai estudar uma espécie de trabalhador: O
EMPREGADO, QUE É SUBORDINADO AO EMPREGADOR.

 ASSIM: O FUNCIONÁRIO PÚBLICO E O TRABALHADOR


AUTÔNOMO, que são espécies do gênero trabalhadores, não são
assistidos por essa matéria.

SERVIDOR PÚBLICO
 TRABALHADORES TRABALHADOR AUTÔNOMO
EMPREGADO
 ALGUNS CONCEITOS SUBJETIVOS:

“Ramo do direito que disciplina as relações de emprego,


individuais e coletivas”. (Amauri Mascaro do Nascimento).
 
“Conjunto de princípios e regras jurídicas aplicáveis as
relações individuais e coletivas que nascem entre
empregadores privados ou equiparados e os que trabalham
sob sua direção”. (Orlando Gomes).
 
“É conjunto de leis que consideram individualmente o
empregado e o empregador unidos numa relação contratual”.
(Cesarino Junior).
 2) TEORIA OU DEFINIÇÃO OBJETIVA
 
É a definição que considera o OBJETO, a matéria disciplinada pelo
Direito do Trabalho e não as pessoas que figuram nas relações jurídicas.
 
Para maioria dos autores dessa teoria o objeto do Direito do Trabalho é
o TRABALHO SUBORDINADO, objeto do contrato de trabalho.

 ALGUNS CONCEITOS OBJETIVOS:


 
“É complexo de normas que regulam o trabalho prestado em virtude de
um contrato na dependência de uma empresa privada”. (Asquini).
 
“Corpo de princípios e de normas jurídicas que ordenam a prestação do
trabalho subordinado ou a este equivalente, bem como as relações e os
riscos que dela se originam”. (Messias Pereira Donato).
 3) TEORIA OU DEFINIÇÃO MISTA (majoritária na doutrina)
 
É a que abrange as PESSOAS e o OBJETO do Direito do Trabalho numa unidade
para melhor explicar o conteúdo desse ramo do direito.
 
 ALGUNS CONCEITOS MISTOS:

 
“Conjunto de princípios e normas que regulam, principalmente, as relações imediatas
ou mediatamente ligadas ao trabalho remunerado, livre, privado e subordinado, e
ainda aspectos relativos a existência dos que o executam”. (José Martins Catharino).
 
“O Conjunto de princípios e de normas que regulam as relações jurídicas oriundas da
prestação de serviço subordinado e outros aspectos destes ultimo, como consequência
da situação econômica das pessoas que o exercem” (Evaristo de Morais Filho).
 
“Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes a
relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar melhores
condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção
que lhe são destinadas” (Sérgio Pinto Martins).

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