Direito do

Trabalho
I
 Formação e evolução do direito do
trabalho no mundo e no Brasil
Bíblia Sagrada: antigo testamento
- gênesis, 3:19
“No suor do teu rosto comerás o
teu pão”.
Sociedade pré-
industrial:
a. Escravidão: trabalhador era
concebido como coisa; objeto
negociável – o escravo não era
tido como pessoa humana, sujeito
de direitos;
b. Trabalho: sentido negativo ou
pejorativo – o trabalho era visto
como castigo;
c. Aristóteles e Platão: entendiam
que o trabalho não se apresentava
como valor a conferir dignidade
ao homem;
a. Feudalismo (servidão): senhor
feudal - conferia proteção militar e
política aos servos;
b. Final da Idade Média (séculos
XII ao XV): corporações de
ofício - trabalhadores (artesãos:
pedreiros, padeiros, ferreiros,
alfaiates, carpinteiros, entre outras
atividades);
• Mestres: donos das oficinas de
trabalho - obra mestra;
• Companheiros - trabalhadores
livres que recebiam pelas
atividades (renda), paga pelos
Mestres;
• Aprendizes - menores que
recebiam dos Mestres o
ensinamento do ofício (não havia
qualquer pagamento por isso -
poderiam perceber alimento,
vestuário ou outra prestação in
natura);
a. Supressão das corporações de
ofício, pois eram consideradas
incompatíveis com os ideais da
própria revolução;
b. Constitucionalismo:
Constituições Americana - 1787 e
Francesa - 1791 (Legislativo,
Executivo e Judiciário - limitação
do poder estatal) - direitos e
garantias individuais e coletivas
(princípios fundamentais);
 Revolução
Industrial (fins do
século do XVIII até a
primeira metade do século
XIX):
a. Surgimento do direito do
trabalho com o pagamento de
salário, existência de jornada de
trabalho e outras características
que existem na atualidade, apesar
das evoluções no tempo;
b. Industrialização – necessidade
de qualificação profissional para
operar o maquinário;
c. Péssimas condições de
trabalho (laborativas);
d. Igreja católica (doutrina social
ou pensamento social da igreja -
carta papal ou encíclica Rerum
Novarum - Das Coisas Novas -
1891 - Papa Leão XIII) – conferia
direitos mínimos ao trabalhador;
e. Reivindicações por melhores
condições de trabalho;
f. Estado intervencionista em
relação ao mundo trabalho: atos
administrativos e produção
legislativa intensa pela dignidade
da pessoa humana do trabalhador;
Constitucionalismo
Social (a partir do final
da Primeira Guerra
Mundial):
a. Constituição do México: 1917
(exemplos de alguns direitos
constitucionais trabalhistas: art.
123 - jornada diária de 8 horas;
proibição do trabalho de menores
de 12 anos de idade; descanso
semanal remunerado; proteção à
maternidade; salário mínimo e
igualdade salarial; sindicalização e
direito de greve);
b. Constituição da Alemanha
(Weimar) – 1919 (diversos
direitos);
c. Criação da Organização
Internacional do Trabalho - OIT
– 1919 (organismo internacional
de proteção dos trabalhadores e da
relações trabalhistas);
d. Pós Segunda Guerra Mundial
- criação da ONU e a Declaração
Universal dos Direitos Humanos –
1948 – consolidação de direitos
trabalhistas; Obs. princípio da
dignidade da pessoa humana /
direitos humanos; o trabalhador
auxilia o desenvolvimento
econômico, pois também é
consumidor;
• Maurício Godinho Delgado,
Ministro do TST, tese sobre
“Patamares mínimos
civilizatórios” - o trabalhador
precisa ter dignidade humana
assegurada, quando
desempenho de suas atividades
do
laborativas ou obreiras e ainda
obter justiça social;
História do Direito
do Trabalho no
Brasil
Constituição de 1824 - encerra as
corporações de ofício - promove
liberdade das profissões; Aspecto
extremamente negativo: manteve
o trabalho escravo até 1888;
Constituição de 1891 - liberdade
de associação; *Era Vargas: 1930
até 1945 - elevação da produção
legislativa/normativa, com a
edição de leis e atos
administrativos - exs. carteira
profissional de trabalho, duração
da jornada de trabalho (primeiro
no comércio, depois indústria -
homens, após às mulheres na
indústria e comércio, e, por fim,
aos menores);
Constituição de 1934 - foi a
primeira Constituição a tratar do
Direito do Trabalho como fruto do
Constitucionalismo Social;
Constituição de 1937 - sistema
corporativista - sindicato único e
vinculado (obediente) ao Estado;
proibição de greve; CLT -
01/05/1943 – Decreto-lei nº
5.452/1943;
Constituição de 1946 – conferiu
salário mínimo, proibição de
diferença salarial, adicional
noturno, jornada de trabalho de 8
horas, repouso semanal
remunerado, férias remuneradas,
convenções coletivas de trabalho -
CCT, direito de greve, entre outros
direitos. A Justiça do Trabalho é
integrada ao Poder Judiciário;
Constituição de 1967 -
manutenção dos direitos
trabalhistas, inclusive do FGTS
(Lei 5.107/66) - alterado pela Lei
8.036/90;
EC 1/1969 - manutenção dos
direitos;
Constituição Federal de 1988 -
arts. 6º ao 11;
Obs. As Varas do Trabalho são
órgãos da Justiça do Trabalho para
discussão (análise), instrução e
julgamento das demandas que são
apresentadas ao Poder Judiciário
Trabalhista, em 1º grau.
• A 1ª grande reforma trabalhista
após a CF/88, por meio da Lei
Federal 13.467, 13 de julho de
2017, alterou significativamente a
CLT (cerca de 100 artigos da CLT)
- vacatio legis de 120 dias, tendo,
portanto, iniciado a vigência em
11/11/2017;
• Após algumas leis alteraram a
CLT, mas em situações pontuais,
em especial a lei federal
13.874/2019, por meio da
conversão da medida provisória
881/2019.
 Disposições Gerais sobre o Direito
do Trabalho
Denominações Categoria
empregadores);
econômica =

atribuídas ao • A expressão Direito do

Trabalho é seguida pela maioria
Direito do Trabalho dos estudiosos;
• EUA (labor law); Itália (Diritto
• Legislação do trabalho - del Lavoro); Espanha (Derecho
CF/1934; del Trabajo);
• Direito operário - CF/1937;
• Direito corporativo -
Conceito do Direito
proveniente dos
totalitários/autoritários;
regimes
do Trabalho:
• Direito industrial - na época da “... pode ser definido como o ramo
revolução industrial; do Direito que regula as relações
de emprego e outras situações
• Direito Social ou Direito Social semelhantes”. Gustavo Filipe
do Trabalho - fundado na teoria Barbosa Garcia
dos hipossuficientes - os
trabalhadores são, em sua maioria, • o elemento nuclear do direito do
considerados em condição de trabalho é a relação entre
inferioridade econômica na relação empregador (contratante) e
de trabalho entre empregador e empregado (contratado);
empregado; • para que haja essa relação
• Direito Sindical - foi utilizado necessário se faz a existência de
em face das diversas relações alguns requisitos ou pressupostos
existentes entre as organizações fático-jurídicos: subordinação,
sindicais (Sindicatos - entidades habitualidade (não eventualidade,
representativas dos empregados e continuidade), onerosidade,
também dos empregadores. pessoalidade e pessoa física – art.
Categoria profissional = 3º da CLT;
trabalhadores/empregados.
 Natureza jurídica:
O direito do trabalho é de natureza
privada, entretanto de cunho
marcadamente social - posição
majoritária na doutrina;
• as normas trabalhistas são
cogentes/imperativas - apesar
dessas normas terem caráter
impositivo, não há
preponderância/predomínio
quanto ao direito estatal (relações
negociadas com limites
constitucionais);
• pertence ao ramo do direito
privado, pois o seu elemento
central de análise é o contrato de
trabalho, que aprecia os interesses
particulares entre empregador(es)
e empregado(s);
Autonomia da
matéria em nosso
país
• Doutrina homogênea e própria;
• Extensão legislativa da matéria
marcante e comprovada com a
edição da CLT (Decreto-Lei 5.452,
de 1º de maio de 1943) e outras
legislações; além disso, temos a
própria CF/88, e as Constituições
anteriores, que trataram sobre a
matéria;
• Princípios atinentes às relações
trabalhistas (continuidade,
primazia da realidade,
irrenunciabilidade, proteção ao
trabalhador);
• As metodologias utilizadas nos
Cursos de Direito são consolidadas
(cadeiras de Direito do Trabalho I
e II em todo o país);
• Estrutura orgânica do Poder
Judiciário Trabalhista e
Jurisprudência Consolidada - art.
114, CF/88 e as Súmulas,
Orientações Jurisprudenciais e
Precedentes Normativos;
Relações com outros
ramos do Direito
• Direito Constitucional - em razão
de direitos trabalhistas contidos na
CF - 7º ao 11, 22, I e 114;
• Direito Civil - Contrato de
Trabalho - art. 8º, §1º, CLT;
• Direito Empresarial - arts. 2º,
caput, e 8º, §1º, CLT;
• Direito Previdenciário - acidente
de trabalho, aposentadoria e
salário-maternidade;
• Direito Processual Trabalhista -
arts. 643 a 735 e 763 ao 908, CLT;
• Outros ramos menos
relacionados com o Direito do
Trabalho: Direito Internacional
Público - regula as Convenções e
Recomendações da OIT; Direito
Penal - arts. 49, 482, d e I - CLT e
também arts. 197 a 207 - CP;
Direito Administrativo - inspeção
ao meio ambiente do trabalho
(Normas Regulamentadoras) e
servidores públicos - empregados
celetistas - art. 173, º1º, II, CF/88;
Direito Tributário - FGTS, PIS e
IR;
 Fontes do Direito do Trabalho
Fontes materiais c. Leis:
• CLT - Decreto-lei 5.452/43;
São fatores/acontecimentos não • Lei 605/49 - repouso semanal
jurídicos, como sociais, históricos, remunerado/feriados;
filosóficos, políticos e
econômicos; • Lei 4.090/62 - 13º salário;
• Lei 5.889/73 - trabalho rural;
Fontes formais • Lei 6.019/74 - trabalho
São exteriorizadas das normas temporário;
jurídicas: • Lei 7.783/89 - greve;
a. Teoria monista (Estado); • Lei 8.036/90 - FGTS;
b. Teoria pluralista (corrente • Lei Complementar 150/2015 -
majoritária); empregados domésticos;
d. Atos normativos do Poder
Executivo (regulamentos):
Usos, costumes (art. 8º, CLT) e • arts. 84 e 87, CF;
negociações coletivas (ACT/CCT)
- art. 7º, XXVI, CF/88; e. Sentença Normativa - CF, art.
114, §2º;
• Precedente Normativo 120 SDC
(seção de dissídios coletivos) –
a. Constituição Federal de TST - SENTENÇA
1988: NORMATIVA. DURAÇÃO.
• art. 6º - trabalho; POSSIBILIDADE E LIMITES. A
sentença normativa vigora, desde
• art. 22, I;
seu termo inicial até que sentença
• art. 7º; normativa, convenção coletiva de
trabalho ou acordo coletivo de
• art. 8º - direito coletivo;
trabalho superveniente produza
• art. 9º - greve; sua revogação, expressa ou tácita,
b. Tratados internacionais - respeitado, porém, o prazo máximo
OIT: legal de quatro anos de vigência.

• art. 5º, §3º, CF/88;

f. Jurisprudência - art. 103-A,
CF; CLT - Art. 8º, §2º;
g. Sentença - Arbitragem - CF, art.
114, §§1º e 2º;
• Lei 9.307/96 - art. 1º;
• art. 507-A, CLT;
• art. 515, VII, CPC;
h. Regulamento empresarial:
CLT - Art. 144;
II - Havendo a coexistência de dois
regulamentos da empresa, a opção
do empregado por um deles tem
efeito jurídico de renúncia às
regras do sistema do outro.
i. Princípios jurídicos:
• princípio da proteção do
trabalhador;
• princípio da irrenunciabilidade de
direitos;

Súm. 51 - NORMA • princípio da primazia da

REGULAMENTAR.
VANTAGENS E OPÇÃO PELO
NOVO REGULAMENTO. ART.
468 DA CLT.
I - As cláusulas regulamentares,
que revoguem ou alterem
vantagens deferidas anteriormente,
só atingirão os trabalhadores
admitidos após a revogação ou
alteração do regulamento.
realidade;
• princípio da continuidade da
relação de emprego;
“Os princípios jurídicos
trabalhistas são, por isso, a
realização da justiça social, a
irrenunciabilidade dos direitos e a
continuidade da relação de
emprego”. Jorge Luiz Souto Maior
Interpretação, Integração e Eficácia
das Normas Trabalhistas
Interpretação: • Decreto-lei 4.657/42 – LINDB;
• CLT - art. 614, §1º e §3º,
a. Literal; ACT/CCT;
b. Lógica - mens legis; • OJ SBDI 1 - 322/TST;
c. Sistemática; • art. 5º, XXXVI, CF;
d. Teleológica;
Eficácia das normas
e. Histórica.
do direito do
Integração
Art. 4º, LINDB
trabalho no espaço
Art. 140 – CPC • Regra geral: aplicação da lei
onde houve a execução do contrato
Art. 8º, CLT de trabalho;

Eficácia das normas • Princípio da territorialidade;

do direito do
trabalho no tempo
 Princípios do Direito do Trabalho
Princípio da
proteção ao
trabalhador:
a. in dubio pro operario / in dubio
pro misero (Américo Pla
Rodriguez) - Evaristo de Moraes
Filho - aplicado no campo material
do direito do trabalho;
b. aplicação da norma mais
favorável: negociação coletiva
(ACT/CCT) x regra legal (artigo
de lei);
Obs. após a reforma trabalhista,
implementada pela Lei
13.467/2017, houve, o que
chamamos, de preponderância do
direito negociado em relação ao
direito legislado (lembrar que isso
não é ilimitado - arts. 611-A e 611-
B, CLT);
I - teoria da acumulação -
compara-se uma cláusula de
instrumento coletivo de trabalho
com um dispositivo de lei, por
exemplo; crítica: dessa forma há
um comprometimento de todo o
sistema normativo;
II - teoria do conglobamento -
deve ser aplicado um instrumento
coletivo (normativo) de trabalho
em sua inteireza (integralidade) -
ACT ou CCT - adotada pela
jurisprudência brasileira em quase
sua integralidade;
AGRAVO DE INSTRUMENTO
EM RECURSO DE REVISTA DA
RECLAMADA. APELO
INTERPOSTO NA VIGÊNCIA
DO NOVO CPC (LEI N.º
13.105/2015). CONFLITO DE
NORMAS COLETIVAS
APLICÁVEIS. Nos termos do art.
611, caput e § 1.º, da CLT, é
autorizado aos sindicatos
profissionais firmarem com os
sindicatos patronais convenção
coletiva de trabalho e , com os
próprios empregadores, acordo
coletivo de trabalho. Por força do
princípio da aplicação da norma
mais benéfica ao trabalhador,
havendo conflito entre as duas
normas autônomas, convenção
coletiva ou acordo coletivo, deve
prevalecer a que, em seu conjunto,
mostrar-se mais favorável ao
trabalhador. Nesse mesmo sentido,
a diretriz inserta no art. 620 da
CLT. No caso dos autos, tendo o
Regional expressamente
consignado que as cláusulas
previstas na convenção coletiva
(CCT de 2014/2014) eram, em seu
conjunto (teoria do
conglobamento), mais benéficas ao
Reclamante, a determinação de
prevalência da convenção coletiva
sobre o acordo coletivo não afronta
a literalidade do art. 620 da CLT diretamente pelo empregador, sem
(TST – 4ª T., AIRR 829- vínculo com as entidades de
62.2015.5.14.0091). previdência privada fechada, é
regida pelas normas em vigor na
III - teoria do conglobamento
data de admissão do empregado,
mitigado ou eclética ou dos
ressalvadas as alterações que
institutos ou intermediária -
forem mais benéficas (art. 468 da
haverá uma comparação das regras
CLT).
de cada instituto (ACT, CCT, Lei
estrito), analisadas separadamente,
pois pertinente a diversos temas; Princípio da
c. condição mais benéfica - direito
adquirido - se observa que os
irrenunciabilidade
direitos conquistados pelo
empregado, no curso do contrato de direitos
de trabalho, não podem sofrer
Nem o próprio trabalhador,
supressão ou diminuição (art. 5º,
empregado, poderá renunciar a
XXXVI, CF e art. 468, CLT, Súm.
direito consagrado na Constituição
51, I, Súm. 288, I - TST);
- art. 7º, CF e também nos arts.
CF - art. 5º, XXXVI; 611-B, 9º, 444, 468, CLT;
CLT - art. 468;
Súm. 51, I: NORMA
Princípio da
REGULAMENTAR.
VANTAGENS E OPÇÃO PELO
primazia da
NOVO REGULAMENTO. ART.
468 DA CLT.
realidade
I - As cláusulas regulamentares, A vontade da lei e a realidade fática
que revoguem ou alterem na relação de trabalho devem
vantagens deferidas anteriormente, prevalecer em relação ao aspecto
só atingirão os trabalhadores formal;
admitidos após a revogação ou
alteração do regulamento. Súm.
288, I: COMPLEMENTAÇÃO
Princípio da
DOS PROVENTOS
APOSENTADORIA.
DA continuidade da
I - A complementação dos relação de emprego:
proventos de aposentadoria,
instituída, regulamentada e paga
• a regra, no direito do trabalho, é
que os contratos de emprego são
por tempo indeterminado.
Isso é uma presunção juris tantum
(relativa - admite prova em
contrário) x jure et de jure
(absoluta - não admite prova em
contrário);
• situações excepcionais: contratos
por tempo determinado;
• estabilidades ou garantias
provisórias no emprego: dirigentes
sindicais, gestante, cipistas, entre
outras situações;
• Súm. 212. DESPEDIMENTO.
ÔNUS DA PROVA. O ônus de
provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o
despedimento, é do empregador,
pois o princípio da continuidade da
relação de emprego constitui
presunção favorável ao
empregado.
 Empregado
Diferenças entre
relação de trabalho,
prestação de serviço
e relação de
emprego
a. Relação de Trabalho: pode ser
entendida como gênero da relação
trabalhista, em que caracterizamos
as seguintes espécies: relação de
emprego; trabalhadores avulso,
eventual, voluntário e autônomo;
estagiário e prestador de serviço;
b. Prestação de serviço: provém
de contrato civilista e tem um
objeto vinculado a um produto
final e específico (CC, art. 593);
c. Relação de emprego: espécie
da relação de trabalho e que tem
requisitos formais a serem
observados (regulado pela CLT e
leis especiais);
Base legal:
• CF/88: arts. 7º e 114;
• CLT: art. 3º;
Elementos ou
requisitos
conceituais/essenciai
s da relação de
emprego:
a. Pessoa física/natural -
dignidade da pessoa humana -
art. 1º, III, CF; Obs. Distinção
entre Pejotização e Terceirização:
• A pejotização é caracterizada
como um ato ilícito, pois visa
burlar a relação de emprego -
aplicação do art. 9º, CLT;
• A terceirização é um instituto de
prestação de serviços por
intermédio de empresa
(intermediadora de mão de obra)
que vai fornecer seus empregados
para a prestação de serviços à
empresa contratante (principal).
Nesse caso, os empregados devem
se submeter apenas à empresa
intermediadora, sob pena de
configurar fraude à legislação
trabalhista (terceirização ilícita) -
STF: ADPF 324 e RE
958.252/MG;
b. Natureza não eventual /
habitualidade / continuidade:
revela a expectativa de retorno do empregado em cumprir as
empregado ao desempenho das determinações emanadas pelo
funções que foram contratadas, empregador e contidas no
redundando na normalidade das instrumento contratual;
atividades obreiras
e. Onerosidade - animus
(periodicidade);
contrahendi - é a intenção de
• CLT: não há, portanto, um prestar serviços com a
mínimo legal de dias para contraprestação pelo empregador,
caracterização da relação de quanto ao pagamento de salário
emprego (reforma trabalhista: (CLT, art. 463);
intermitente, sobreaviso,
Obs. Não caracteriza requisito da
teletrabalho), ressalvado o
relação empregatícia, o seguinte:
empregado doméstico;
I - Alteridade: requisito ou atributo
c. Pessoalidade: intuitu personae -
do empregador - os riscos do
a relação de emprego afigura-se
empreendimento devem ser
com o traço da infungibilidade -
suportados apenas pelo
não pode haver a substituição ou
empregador;
troca do empregado por outro na
prestação de serviços de vínculo II - Exclusividade: esse instituto
empregatício. contratual está atrelado a uma
cláusula do contrato de trabalho e
Exceções: licença maternidade,
não pode ser entendido como
férias, outras licenças previstas em
requisito do empregado ou da
lei, requerimento pelo empregado
relação de emprego;
de suspensão do contrato de
trabalho. Mesmo assim, é III - Local de prestação do
importante perceber que o serviço: art. 6º, CLT; Teletrabalho
empregador deverá contratar outra - arts. 75-A ao 75-E, CLT;
pessoa, por prazo determinado.
Obs. Quanto ao empregador Modalidades de
importante registrar que não ocorre
a pessoalidade; empregado:
d. Subordinação jurídica: pelo
poder diretivo ínsito à pessoa do
empregador (potestativo:
Empregados de
disciplinar, regulamentar e de
controle/fiscalizatório). Assim, a elevado padrão
subordinação jurídica refere-se,
exatamente, ao dever do remuneratório e
hierárquico – estes
empregados detêm
poderes de
administração ou
gestão:
I - cargos ou funções de confiança
- gerentes, diretores e chefes de
departamento ou quaisquer outros
equiparados: art. 62, CLT;
Súm. 291. GRATIFICAÇÃO DE
FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU
REDUÇÃO. LIMITES.
I - Percebida a gratificação de
função por dez ou mais anos pelo
empregado, se o empregador, sem
justo motivo, revertê-lo a seu cargo
efetivo, não poderá retirar-lhe a
gratificação tendo em vista o
princípio da estabilidade
financeira.
II - Mantido o empregado no
exercício da função comissionada,
não pode o empregador reduzir o
valor da gratificação.
Obs. Com a reforma trabalhista de
2017 a tendência é cancelar
referida Súmula, pois consta da
reforma a exclusão de
incorporação da chamada
“estabilidade financeira” (arts.
457, §2º e 468, §2º;
II - cargo ou função de confiança
no ramo bancário:
O gerente geral de agência
bancária, em regra, não está
submetido ao controle de horário
estabelecido no art. 62, CLT;
O gerente de menor grau
hierárquico na agência - terá
limitação da jornada em 8h e dessa
forma admite-se o pagamento das
horas extras - art. 224, §2º, CLT;
Súm. 102, II ao IV - TST.
BANCÁRIO. CARGO DE
CONFIANÇA.
II - O bancário que exerce a função
a que se refere o § 2º do art. 224 da
CLT e recebe gratificação não
inferior a um terço de seu salário já
tem remuneradas as duas horas
extraordinárias excedentes de seis.
III - Ao bancário exercente de
cargo de confiança previsto no
artigo 224, § 2º, da CLT são
devidas as 7ª e 8ª horas, como
extras, no período em que se
verificar o pagamento a menor da
gratificação de 1/3.
IV - O bancário sujeito à regra do
art. 224, § 2º, da CLT cumpre
jornada de trabalho de 8 (oito)
horas, sendo extraordinárias as
trabalhadas além da oitava.
III - Diretor de Sociedade
Anônima:
• Recrutado externamente: o TST
entende que nesse caso não há se Empregado Rural:
falar em empregado (majoritária);
Lei Federal 5.889/73
• Empregado eleito para Direção
de empresa (S.A.) - entende que o • Art. 7º, caput, CF;
contrato de trabalho fica suspenso, • Lei 5.889/73, arts. 2º e 3º;
enquanto exerce a Direção
• Art. 3º, CLT;
Geral/Presidência da S.A.
• Obs1. aquele empregado que
• Súm. 269 – TST:
trabalha no escritório de uma
DIRETOR ELEITO. Fazenda, mas que suas atividades
CÔMPUTO DO PERÍODO não tem finalidade
COMO TEMPO DE SERVIÇO. lucrativa/econômica, como
O empregado eleito para ocupar limpeza, cozinhar, etc, para o TST,
cargo de diretor tem o respectivo é empregado doméstico;
contrato de trabalho suspenso, não • Obs2. O fator principal não é o
se computando o tempo de serviço local da prestação de serviços mas
desse período, salvo se permanecer sim a natureza da atividade.
a subordinação jurídica inerente à
relação de emprego. Empregado público:
• CLT – Art. 468, §2º;
Art. 37, II, V e IX - art. 39, caput -
• Súm. 372. RJU;
GRATIFICAÇÃO DE • art. 173, §1º, II, CF - as empresas
FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU públicas e as sociedades de
REDUÇÃO. LIMITES economia mista têm seus
I - Percebida a gratificação de empregados submetidos às regras
função por dez ou mais anos pelo das empresas privadas - CLT;
empregado, se o empregador, sem • Súm. 390. ESTABILIDADE.
justo motivo, revertê-lo a seu cargo ART. 41 DA CF/1988.
efetivo, não poderá retirar-lhe a CELETISTA.
gratificação tendo em vista o ADMINISTRAÇÃO DIRETA,
princípio da estabilidade AUTÁRQUICA OU
financeira. FUNDACIONAL.
II - Mantido o empregado no APLICABILIDADE.
exercício da função comissionada, EMPREGADO DE EMPRESA
não pode o empregador reduzir o PÚBLICA E SOCIEDADE DE
valor da gratificação.
ECONOMIA
INAPLICÁVEL.
MISTA.
• I - O servidor público celetista da
administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da
estabilidade prevista no art. 41 da
CF/1988.
• II - Ao empregado de empresa
pública ou de sociedade de
economia mista, ainda que
admitido mediante aprovação em
concurso público, não é garantida a
estabilidade prevista no art. 41 da
CF/1988.
• Exceção: STF - RE 589.998 –
ECT;
Empregado
aprendiz:
Arts. 428 e ss, CLT;
• Forma: escrito;
• Prazo: determinado, com limite
temporal de até 2 anos de contrato
de aprendizagem, salvo ao
deficiente;
• Idade: 14 a 24 anos, salvo ao
deficiente;
• Jornada: máximo de 6 horas ao
dia;
• FGTS: 2% sobre o salário - art.
15, §7º, Lei 8.036/90;
• É vedada a dispensa imotivada.
• CLT - arts. 428 e ss.
Empregado
professor:
• arts. 317 e ss., CLT;
• Não exige registro no MT
(SEPRT);
• Lei 9.394/96 - LDB - Lei de
Diretrizes e Bases da Educação;
• Jornada de trabalho: igual aos
demais empregados;
• Vedado o trabalho aos domingos
e feriados;
• Remuneração é por aulas
semanais;
• Adicional noturno: 22h00 até
05h00 (20% - urbana) e (25% -
rural);
• Demais direitos trabalhistas
constitucionais e legais;
Empregado
“hipersuficiente”:
Será aquele empregado que tem
elevada qualificação (diploma
superior) e percebe valor
remuneratório superior a duas
vezes o limite máximo do
benefício do RGPS - INSS
(Portaria MTP/ME 12/2022 = R$
7.087,22); • art. 444, parágrafo
único, CLT;
 Empregado à
distância /
teletrabalho / home
office:
• art. 6º, CLT;
• Lei 13.467/2017 - art. 75-A e ss.,
CLT;
• art. 75-B: “preponderantemente”
• Precisa constar em contrato
escrito de trabalho;
• Não estão sujeitos ao controle de
horário - não há pagamento de
horas extras - art. 62, III, CLT;
• Pode haver alteração de
presencial para teletrabalho com
anuência do empregado e mediante
aditivo ao contrato de trabalho;
• Pode haver a alteração do
teletrabalho para o presencial, sem
a anuência do empregado, mas
precisa do prazo mínimo de
transição de quinze dias, também
registrado em aditivo contratual.
Empregado
doméstico:
• art. 7º, parágrafo único, CF;
• art. 3º, CLT; • LC 150/2015;
• Menor de 18 anos – proibição –
Conv. 182/1999 – OIT e Dec.
6.481/2008 - Lista das Piores
Formas de Trabalho Infantil;
• Jornada de até 8hs e carga horária
semanal de 44hs (HE – mínimo
50%);
• Regime de tempo parcial – até
25hs (+ 1h extra/dia – máx. de 6
hs/dia) e férias proporcionais
sendo o máx. de 18 dias;
• Contrato por prazo determinado –
experiência até 90 dias ou
substituição transitória limitado a 2
anos;
• Registro na CTPS: 48hs;
Rescisão
antecipada em
contrato com
prazo
determinado:
a. Do empregado: indenização
pelos prejuízos limitada ao valor
que teria direito o empregado em
igualdade de condições + saldo de
salário + 13º salário prop. + férias
prop. c/ 1/3 + FGTS depositado
(sem saque);
b. Do empregador: indenização em
metade da remuneração até o final
do contrato + saldo de salário + 13º • Intervalo interjornada – mín. de
salário prop. + férias prop. c/ 1/3 + 11hs;
FGTS depositado (com saque).
• Descanso Semanal Remunerado -
• Escala de 12 x 36 hs – acordo DSR – 24hs + feriados;
escrito (repouso e alimentação);
• Férias de 30 dias após 1 ano de
• Viagem: horas trabalhadas e trabalho;
acordo escrito – mín. de 25% > ou
• Adicional noturno – 20% -
banco de horas;
52’30’’ – 22h às 05h;
• Obrigatório o registro da jornada
• Vale-transporte + INSS;
e repouso/alimentação
(intrajornada) de 1h a 2hs – mín. de • Vedação: descontos de
30’. Se residente no local de alimentação, vestuário, higiene ou
trabalho – 2 períodos de 1h a 4hs; moradia, bem como de transporte,
hospedagem e alimentação quando
• Seguro-desemprego até 3
em viagem. Ressalva para plano de
parcelas + INSS (aposentadoria,
saúde, seguro e previdência
licença-maternidade,
privada até 20% do salário;
auxíliodoença acidentário e demais
benefícios); • Aviso prévio de 30 dias em caso
de contrato por prazo
• FGTS em 8% + 3,2% mensal (a
indeterminado.
título da multa rescisória em caso
de dispensa sem justa causa (40%);
• Labor aos domingos e feriados –
dobro, salvo compensação;
 Outras Espécies de Trabalhadores
não Empregados
Trabalhador avulso:
• Serviço prestado a diversas
empresas com intermediação de
entidade sindical ou do Órgão de
Gestão de Mão de Obra - OGMO
(ex. trabalho portuário);
• Inst. Normativa RFB 971/2009 –
Art. 263 – “aquele que,
sindicalizado ou não, presta
serviços de natureza urbana ou
rural, sem vínculo empregatício, a
diversas empresas, com
intermediação obrigatória do
sindicato da categoria ou, quando
se tratar de atividade portuária, do
OGMO”.
• Carga e descarga de mercadorias,
por exemplo;
• Remuneração – estabelecida em
instrumento normativo coletivo –
ACT/CCT;
• Art. 7º, XXXIV, CF e art. 611-B,
XXV, CLT – igualdade de direitos,
mesmo sem os requisitos da
relação de emprego;
• Competência da Justiça do
Trabalho: art. 643, CLT; art. 114,
CF – “relações de trabalho”.
Trabalhador
autônomo:
“É aquele que não transfere para
terceiro o poder de organização de
sua atividade”. Amauri Mascaro
Nascimento
• Exs. profissionais liberais (arts.
593 e ss., CC), empreiteiros (arts.
610 e ss., CC), representantes
comerciais, corretores de imóveis,
entre outros;
• Não há subordinação jurídica, e,
portanto, não tem relação de
emprego, mesmo que prestando
serviços a apenas um tomador de
serviços. Ou seja, a exclusividade
na prestação de serviços não é
motivo robusto para a presença do
vínculo empregatício;
• CLT - arts. 442-B, 9º e 444.
Trabalhador
eventual:
“Trata-se de trabalhador que presta
serviços ao tomador,
subordinadamente e
onerosamente; em regra, também
com pessoalidade”. Maurício
Godinho Delgado
Características:
a) Descontinuidade da prestação
do trabalho, entendida como a não
permanência em uma organização
com intenção definitiva;
b) Não fixação jurídica a uma
única fonte de trabalho com
pluralidade de tomadores de
serviços;
c) Normalmente tem curta duração
do trabalho prestado;
d) Trabalho vinculado a um evento
certo e episódico;
e) Natureza do trabalho que não
seria afinada aos fins do
empreendimento.
Ex. profissional que conserta o
aparelho de ar condicionado em
uma empresa.
Obs. O trabalho eventual, com a
reforma trabalhista e a
implementação do trabalho
intermitente, passou a ter seu
campo de atuação reduzido, no
entendimento de parte da doutrina.
Trabalhador
voluntário:
Lei nº 9.608/98 - arts. 1º ao 3º;
• Principal distinção da relação
empregatícia: ausente o elemento
onerosidade; Ex. estudantes em
empresa júnior em uma instituição
de ensino superior sem fins
lucrativos.
Estagiário:
Lei 11.788/2008
“A diferença entre o estágio e o
contrato de trabalho é que no
primeiro o objetivo é a formação
profissional do estagiário, tendo,
portanto, finalidade pedagógica,
embora haja pessoalidade,
subordinação, continuidade e uma
forma de contraprestação. ...O
estagiário irá, assim, trabalhar para
aprender. É uma forma de dar ao
estudante a experiência do
cotidiano, da profissão, que só é
adquirida com a prática”. Sérgio
Pinto Martins
• Termo de compromisso de
estágio (estudante, parte
concedente do estágio e instituição
de ensino);
• Ato educativo escolar
supervisionado (relatório
acadêmico de atividades);
• Local: ambiente de trabalho;
• Finalidade: preparação para o
trabalho;
• Destinatários: alunos
matriculados e que frequentam o
ensino regular;
• Não cria vínculo empregatício;
• Remuneração: bolsa auxílio;
auxílio transporte, alimentação e Lembretes:
saúde; seguro contra acidentes
pessoais; Súm. 386. POLICIAL MILITAR.
RECONHECIMENTO DE
• carga horária/jornada: limite de VÍNCULO EMPREGATÍCIO
diária de 4 horas e semanal de 20 COM EMPRESA PRIVADA.
horas – alunos de educação Preenchidos os requisitos do art. 3º
especial e dos anos finais do ensino da CLT, é legítimo o
fundamental, na modalidade reconhecimento de relação de
profissional de educação de jovens emprego entre policial militar e
e adultos; empresa privada,
• carga horária/jornada: limite de independentemente do eventual
diária de 6 horas e semanal de 30 cabimento de penalidade
horas – alunos do ensino superior, disciplinar prevista no Estatuto do
da educação profissional de nível Policial Militar.
médio e do ensino médio regular. OJ 199/SBDI I: JOGO DO
• Inscrição no INSS: facultativo; BICHO. CONTRATO DE
TRABALHO. NULIDADE.
• Recesso de 30 dias: igual ou
OBJETO ILÍCITO. É nulo o
superior a 1 ano de estágio;
contrato de trabalho celebrado para
• Prazo: até dois anos na mesma o desempenho de atividade
parte concedente, salvo deficiente; inerente à prática do jogo do bicho,
ante a ilicitude de seu objeto, o que
• Obrigatório (faculdade da bolsa)
subtrai o requisito de validade para
ou não (obrigatoriedade da bolsa +
a formação do ato jurídico.
transporte).
 Empregador
- Alteridade;
Conceito: - Contratação (admissão);
- Remuneração;
“Empregador é toda pessoa
- Poder diretivo;
jurídica, natural ou ente
despersonalizado que contrate - Prestação do serviço
empregado, mantendo relação (pessoalidade).
jurídica com este, ou seja, todo
ente que se utilize de empregados Empresa – “é a atividade
para a realização de seu objetivo econômica organizada, presentes
social”. Gustavo Filipe Barbosa a coordenação e a organização
Garcia dos fatores de produção,
destinada à produção ou à
Pessoa jurídica: cadastro em circulação de bens ou de serviços
órgão específico para esta no mercado”. Fábio Ulhoa
finalidade; CNPJ - RFB Pessoa Coelho.
natural (física): CC - natural, ex.
empregador doméstico;
• CC/2002 - Art. 966
Ente despersonalizado: órgão
público - desconcentração (escola Empresário (atividade
municipal, hospital estadual - econômica);
diretor (exemplo) - celetista -
emprego público. • CLT – Art. 7º
Excluídos da CLT - aplicação
subsidiária;
Base legal: Obs. Empregador por
equiparação:
CLT - Art. 2º - Considera-se
empregador a empresa, individual
ou coletiva, que, assumindo os • CLT – Art. 2º ... §1º -
riscos da atividade econômica, Equiparam-se ao empregador
admite, assalaria e dirige a (empregadores por equiparação),
prestação pessoal de serviço. para os efeitos exclusivos da
relação de emprego, os
- Composição empresarial; profissionais liberais (médicos,
advogados - não estou me
referindo aos empresários), as
instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos,
que admitirem trabalhadores como
empregados.
Poderes do
empregador:
Atributos subjetivos ao
empregador:
titularidade – subordinação
jurídica e limites (normas = fontes)
x direitos e garantias – jus
resistentiae (rescisão indireta ou
dispensa indireta - art. 483, a,
CLT);
I) Poder de Organização:
estrutura e o processo do trabalho
– fatores de produção – resultados
almejados;
II) Poder Regulamentar –
previsão dos direitos e deveres dos
empregados e empregadores;
• CLT - Art. 611-A. caput e VI -
reforma trabalhista - Lei
13.467/2017; O regulamento
empresarial é proveniente do
exercício do poder regulamentar.
• Súm. 51: NORMA
REGULAMENTAR.
VANTAGENS E OPÇÃO PELO
NOVO REGULAMENTO. ART.
468 DA CLT.
I - As cláusulas regulamentares,
que revoguem ou alterem
vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os
trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do
regulamento (art. 5º, XXXVI,
CF/88 - direito adquirido e ato
jurídico perfeito - cláusulas
pétreas).
II - Havendo a coexistência de
dois regulamentos da empresa, a
opção do empregado por um
deles tem efeito jurídico de
renúncia às regras do sistema do
outro.7
III) Poder de Controle –
fiscalização dos fatores de
produção; Provém da natureza
do poder diretivo do
empregador
• Art. 74, CLT - exemplo;
Limites:
art. 373-A, VI, CLT (TST, SBDI 1,
E-RR 1390-97.2010.5.19.0002,
Rel. Min. Renato de Lacerda
Paiva) - revista íntima das
mulheres empregadas - fere o
princípio constitucional da
intimidade, da honra - art. 5º, X;
• câmeras de segurança (art. 5º, V
e X, CF) - banheiro – TST; e-
mails: TST, 1ª T., RR 613/2000-
013-10-00.7, Rel. Min. Oreste
Dalazen);
• uniforme (art. 456-A, CLT) o por prazo superior a 30 dias
empregador poderá, pelo poder consecutivos
de controle que detém, impor
ao empregado a utilização de
vestimentas padronizadas da
Dispensa por/com
empresa,
normalmente,
entretanto,
cabe ao
justa causa
empregado a higienização das Art. 482,
roupas de trabalho, salvo se
convier ao empregador tal CLT - penalidade máxima
mister - incumbência; aplicada no âmbito do poder
disciplinar
IV) Poder Disciplinar
• Requisitos gerais:
• poder diretivo
a) Autoria;
• subordinação jurídica
b) Dolo ou culpa;
• modalidades
c) Nexo causal - relação de causa e
• razoabilidade e efeito entre o ato infringente e o
proporcionalidade dano ao empregador - elemento
subjetivo;
• estabilidade provisória (exceção)
d) Proporcionalidade /
• unilateral (salvo ACT/CCT e
razoabilidade - a relação entre a
regulamento de empresa) - devido
conduta do empregado e o dano ao
processo legal
empregador;
• Súm. 77-TST: PUNIÇÃO.
Nula é a punição de empregado e) Tipicidade – específico da DJC
se não precedida de inquérito ou - dispensa por justa causa;
sindicância internos a que se f) Imediatidade;
obrigou a empresa por norma
regulamentar. g) Singularidade (non bis in idem);

• Advertência – verbal ou Obs1. Falta grave – art. 853, CLT

escrita;
princípio do non bis in idem - não
se pode aplicar, para um mesmo
fato, duas ou mais penalidades
• Suspensão – art. 474, CLT; não
pode ser aplicada ao empregado,
- o empregado que detém a
estabilidade provisória no emprego
(cipista - CIPA: comissão interna
de prevenção de acidentes,
gestante (desde a concepção - até o
5º mês após o parto), dirigentes
sindicais - entre outros casos -
apenas podem ser dispensados por
justa causa mediante inquérito para
apuração de falta grave - IAFG -
somente via Poder Judiciário;
Obs2. Controle jurisdicional -
princípio de inafastabilidade de
apreciação jurisdicional (art. 5º,
XXXV, CF/88) – nulidade do ato;
Grupo de empresas
ou grupo econômico
– âmbito
trabalhista
• CLT - Art. 2º ...
§2o Sempre que uma ou mais
empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou
administração de outra, ou ainda
quando, mesmo guardando cada
uma sua autonomia, integrem
grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente
pelas obrigações decorrentes da
relação de emprego.
Grupo econômico Big: Big
Bompreço - A; Walmart - B;
Super Bompreço - C (empregado
Y - 8/12h); Mercadorama - D;
Maxxi Atacado - E (empregado
Y - 14/18h); Sam’s Club - F;
Nacional - G e Todo Dia - H;
Relação vertical e relação
horizontal - Art. 265 – CC
§3o Não caracteriza grupo
econômico a mera identidade de
sócios (elemento indiciário de
prova), sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a
demonstração do interesse
integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das
empresas dele integrantes.
• Súm. 129: CONTRATO DE
TRABALHO. GRUPO
ECONÔMICO. A prestação de
serviços a mais de uma empresa do
mesmo grupo econômico, durante
a mesma jornada de trabalho, não
caracteriza a coexistência de mais
de um contrato de trabalho, salvo
ajuste em contrário.
Sucessão
Trabalhista
“A empresa sucessora assume as
obrigações trabalhistas da empresa
sucedida e a sua posição no
processo”. Sérgio Pinto Martins
• Arts. 10, 10-A, 448 e 448-A –
CLT;
• OJ 261 - SBDI 1: BANCOS.
SUCESSÃO TRABALHISTA. As
obrigações trabalhistas, inclusive
as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para o
banco sucedido, são de
responsabilidade do sucessor, uma
vez que a este foram transferidos
os ativos, as agências, os direitos e
deveres contratuais, caracterizando
típica sucessão trabalhista.
• OJ 411 – SBDI 1: SUCESSÃO
TRABALHISTA. AQUISIÇÃO
DE EMPRESA PERTENCENTE
A GRUPO ECONÔMICO.
RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DO SUCESSOR
POR DÉBITOS
TRABALHISTAS DE EMPRESA
NÃO ADQUIRIDA.
INEXISTÊNCIA. O sucessor não
responde solidariamente por
débitos trabalhistas de empresa
não adquirida, integrante do
mesmo grupo econômico da
empresa sucedida, quando, à
época, a empresa devedora direta
era solvente ou idônea
economicamente, ressalvada a
hipótese de má-fé ou fraude na
sucessão. ***
•TERCEIRIZAÇÃO:
caracterização e posicionamento
recente pretoriano. ADPF - 324
RE 958.252 (efeito vinculante -
repercussão geral - 7 x 4) Súmula
331/TST
 Contrato De Trabalho
- pode ser denominado também de expressamente, verbalmente ou
contrato individual do trabalho por escrito, por prazo determinado
ou indeterminado, ou para
- contrato de emprego ou contrato
prestação de trabalho
individual de emprego
intermitente.
- é o instrumento principal da
- Mitigação quanto ao elemento da
relação empregatícia
relação de emprego, denominado

Conceito:
não eventualidade ou
habitualidade ou ainda
continuidade
“Acordo de vontades, tácito ou
expresso, pelo qual uma pessoa
física coloca seus serviços à
Denominação:
disposição de outrem, a serem - O nome considerado mais
prestados com pessoalidade, não adequado (didático),
eventualidade, onerosidade e doutrinariamente, para o contrato
subordinação ao tomador”. entre empregador (contratante) e o
Maurício Godinho Delgado empregado (contratado) é
contrato de trabalho; - lembre-se
Base legal: que pode também ser
denominado, tanto na doutrina,
Arts. 442/443, CLT quanto na jurisprudência, de
contrato de emprego;
• CLT - Art. 442, caput. Contrato
individual de trabalho é o acordo
tácito ou expresso, correspondente
Características do
à relação de emprego.
- lembre-se que trata-se de
contrato de
negócio jurídico contratual entre
empregado e empregador, e,
trabalho
portanto, devem ser respeitados os CONTRATO DE DIREITO
pressupostos da relação PRIVADO – negócio jurídico
empregatícia. (art. 104, CC); - validade: agente
• CLT - Art. 443, caput. O capaz (a partir de 16 anos; licitude
contrato individual de trabalho do objeto, possível, determinado
poderá ser acordado tácita ou
ou determinável; forma prescrita e
não defesa (proibida);
CONTRATO
SINALAGMÁTICO –
obrigações contrapostas;
- obrigação principal do
empregador - pagamento do
salário e correlatos / de igual sorte,
ao empregado, compete-lhe a
prestação dos serviços pactuados
CONTRATO CONSENSUAL -
não se sujeita às formalidades -
art. 443, CLT. Exceções: art. 428,
CLT; Lei 9.615/98 (desporto);
arts. 75-C (teletrabalho) e 452-A
(intermitente), CLT; contratos por
prazo determinado em geral.
CONTRATO INTUITU
PERSONAE (empregado ≠
empregador); - afigura-se
característica marcante ao
empregado (pessoa física)
- já para o empregador não se
reveste aludida característica (ex.
sucessão trabalhista)
CONTRATO DE TRATO
SUCESSIVO – prestações
contínuas no tempo: Súm. 212:
DESPEDIMENTO. ÔNUS DA
PROVA. O ônus de provar o
término do contrato de trabalho,
quando negados a prestação de
serviço e o despedimento, é do
empregador, pois o princípio da
continuidade da relação de
emprego constitui presunção
favorável ao empregado
- essa característica milita em
favor do empregado e não do
empregador; - presunção relativa
(juris tantum - admite prova em
contrário), que é diferente da
presunção absoluta (jure et de jure
- não vai admitir prova em
contrário). Arts. 373-CPC e 818-
CLT - ônus da prova pertence,
nesse caso, ao empregador.
Exceções: art. 428, CLT; Lei
9.615/98; arts. 75-C e 452-A,
CLT; contratos por prazo
determinado em geral.
CONTRATO ATIVIDADE –
prestação positiva (de fazer) pelo
empregado; Obs. Contrato de
inação – danos morais (corrente
majoritária do TST);
CONTRATO ONEROSO -
atribuível a cada parte a fim de
contribuir economicamente de
forma mensurável – art. 463,
CLT;
CONTRATO ALTERIDADE –
risco alheio ao empregado.
- mitigação da alteridade - TST -
art. 468, caput, CLT
• CLT - Art. 468. Nos contratos
individuais de trabalho só é lícita
a alteração das respectivas
condições por mútuo
consentimento, e ainda assim
desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade
da cláusula infringente desta
garantia.
• OJ 251-SBDI 1: DESCONTOS.
FRENTISTA. CHEQUES SEM
FUNDOS. É lícito o desconto
salarial referente à devolução de
cheques sem fundos, quando o
frentista não observar as
recomendações previstas em
instrumento coletivo. ACT/CCT
26
• OJ 244-SBDI 1: PROFESSOR.
REDUÇÃO DA CARGA
HORÁRIA. POSSIBILIDADE. A
redução da carga horária do
professor, em virtude da
diminuição do número de alunos,
não constitui alteração contratual,
uma vez que não implica redução
do valor da hora aula.
a) Expresso: escrito - mais
comum (assemelha a um contrato
de adesão, mas não é) ou verbal –
art. 443, CLT
b) Tácito: arts. 442 e 443, CLT
(comportamento omissivo –
primazia da realidade – prestação
de serviços - benefício ao
empregador);
QUANTO AO NÚMERO DE
SUJEITOS:
a) Individual; pessoa física ou
jurídica, empregador, e pessoa
física, empregado
b) Plúrimo; ou coletivo -
contratação a partir de duas
pessoas. Ex. banda de músicos;
QUANTO À DURAÇÃO
– art. 443, CLT:

a) Indeterminado; regra: a
Classificação dos indeterminabilidade prazal do
contrato de emprego
contratos de b) Determinado – previsão legal -
exceções: experiência; atletas;
trabalho temporários;

Contrato de
QUANTO À
MANIFESTAÇÃO DE emprego e contratos
VONTADE OU
MANIFESTAÇÃO afins
VOLITIVA:
Traço distintivo marcante - não
possuem o elemento marcante da
subordinação jurídica;
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
– arts. 593 e ss., CC - ex. advogado
- também e principalmente será
regido pela nossa lei - Lei
8.906/94;
REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL – Lei 4.886/65 –
art. 1º;
SOCIEDADE EMPRESARIAL
– affectio societatis (sócios - está
nos atos constitutivos da empresa
- contrato social);
Affectio societatis consiste na
intenção dos sócios de constituir
uma sociedade. É a declaração de
vontade expressa e manifestada
livremente pelo sócio de desejar,
estar e permanecer juntos na
sociedade, eis que se a vontade de
qualquer deles estiver viciada não
há affectio societatis.
EMPREITADA – art. 652, III,
CLT - arts. 610 e ss. CC/2002;
MANDATO - arts. 653 e ss,
CC/2002.
Elementos do
contrato de
trabalho (emprego)
Art. 104, CC
Requisitos
a) Agente capaz – idade – arts. 7º,
XXXIII, CF e 403, CLT c/c art.
428, CLT;
b) Objeto lícito, possível,
determinado ou determinável –
art. 444, CLT (limites);
c) Forma prescrita e não defesa
em lei – arts. 442 e 443, CLT;
Básicos (não anula o vínculo se
ausentes):
a) Funções - que devem ser
desempenhadas pelo empregado;
b) Remuneração - qual o valor do
salário mensal ou salário-hora;
c) Horário de trabalho - quanto
tempo irei trabalhar por dia
(jornada), por semana e por mês.
Cláusulas facultativas e
acessórias:
a) Termo: evento futuro e certo
(contrato determinado) - as
partes contratantes (empregado e
empregador) sabem a data de
encerramento do contrato - termo
inicial que consta no contrato
escrito de trabalho/verbal e/ou na
CTPS - data de admissão; termo
final que constará em contrato
escrito e na CTPS, quando houver
a extinção do vínculo
empregatício - dispensa ou
despedida do empregador ou
pedido de demissão do
empregado;
b) Condição: evento futuro e
incerto (contratação mediante
qualificação posterior) - ex.
quando se inclui no contrato de
emprego, que o empregado terá
aumento salarial, ao concluir sua
pós-graduação - não tem prazo
certo
Teoria das
nulidades no
contrato de
trabalho
Maurício Godinho Delgado
REQUISITOS
CUMULATIVOS X
AUSÊNCIA DE ELEMENTOS
ESSENCIAIS:
a) Cumulativos - Fáticos-
jurídicos (arts. 2º e 3º, CLT):
subordinação, não eventualidade,
onerosidade, pessoalidade e
pessoa física - não é OBJETO ILÍCITO. É nulo o
empregador;
b) Jurídicos - Essenciais (art.
104, CC): agente capaz, objeto e
forma - não defesa em lei - não
pode ser algo ilícito ou proibida;
Obs1. forma - ex. Trabalho de
menor de 16 anos – proibido –
art. 7º, XXXIII, CF/88. Serviços
despendidos (força de trabalho)
– valores sociais do trabalho e
dignidade da pessoa humana (art.
1º, IV e III, CF/88) –
enriquecimento sem causa do
empregador = a Justiça do
Trabalho poderá reconhecer o
vínculo de emprego.
Obs2. quando há ilicitude - delito
ou crime - objeto está maculado
ou eivado de vícios pela ilicitude
do objeto (ex. tráfico de drogas,
jogo do bicho, clínica de aborto -
criminosas, etc) – não se
reconhece o vínculo de emprego.
Corrente majoritária na
jurisprudência do TST.
Jurisprudência do
TST (casos especiais
da matéria):
1. OJ 199-SBDI 1: JOGO DO
BICHO. CONTRATO DE
TRABALHO. NULIDADE.
contrato de trabalho (sequer a se
falar em contrato, face a ilicitude
do objeto) celebrado para o
desempenho de atividade inerente
à prática do jogo do bicho, ante a
ilicitude de seu objeto, o que
subtrai o requisito de validade INDIRETA. PERÍODO
para a formação do ato jurídico. POSTERIOR À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
2. Súm. 363/TST: CONTRATO
DE 1988.
NULO. EFEITOS. A contratação
IMPOSSIBILIDADE. Ainda
de servidor público (sentido
que desvirtuada a finalidade do
lato/latu), após a CF/1988, sem
contrato de estágio (ou seja, tratar
prévia aprovação em concurso
o estagiário como se fosse
público, encontra óbice no
empregado - não há vínculo de
respectivo art. 37, II e §2º,
emprego) celebrado na vigência
somente lhe conferindo direito ao
da Constituição Federal de 1988, é
pagamento da contraprestação
inviável o reconhecimento do
pactuada, em relação ao número
vínculo empregatício com ente
de horas trabalhadas, respeitado
da Administração Pública direta
o valor da hora do salário mínimo,
ou indireta, por força do art. 37, II,
e dos valores referentes aos
da CF/1988, bem como o
depósitos do FGTS (sem a multa
deferimento de indenização
de 40% sobre o FGTS).
pecuniária, exceto em relação às
3. OJ 164-SBDI 1: OFICIAL DE parcelas previstas na Súmula nº
JUSTIÇA "AD HOC" - para 363 do TST, se requeridas. Lei
aquele ato - aquele que não foi Federal 11.788/2008
aprovado em concurso público.
5. Súm. 386/TST: POLICIAL
INEXISTÊNCIA DE
MILITAR.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO.
RECONHECIMENTO DE
Não se caracteriza o vínculo
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
empregatício na nomeação para o
COM EMPRESA PRIVADA.
exercício das funções de oficial de
Preenchidos os requisitos do art.
justiça "ad hoc", ainda que feita de
3º da CLT, é legítimo o
forma reiterada, pois exaure-se a
reconhecimento de relação de
cada cumprimento de mandado.
emprego entre policial militar e
Não há contrato de trabalho
empresa privada,
4. OJ 366-SBDI 1: independentemente do eventual
ESTAGIÁRIO. cabimento de penalidade
DESVIRTUAMENTO DO disciplinar prevista no Estatuto do
CONTRATO DE ESTÁGIO. Policial Militar.
RECONHECIMENTO DO
6. Súm. 430:
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
COM A ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA (empresa pública ou
PÚBLICA DIRETA ou
sociedade de economia mista).
CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA
DE CONCURSO PÚBLICO.
NULIDADE. ULTERIOR
PRIVATIZAÇÃO (ex. antigo
banco BANEB - Bradesco).
CONVALIDAÇÃO.
INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO.
Convalidam-se os efeitos do
contrato de trabalho que,
considerado nulo por ausência de
concurso público, quando
celebrado originalmente com ente
da Administração Pública
Indireta, continua a existir após a
sua privatização.
Ou seja, o contrato celetista
anterior, mesmo sem concurso
público, por meio de
Administração Pública Indireta,
ao passar pelo processo de
privatização, há que se reconhecer
e convalidar os efeitos do contrato
de emprego (trabalho)
Algumas
• Regra: indeterminado –
princípio da continuidade – Súm.
212/TST – arts. 1º, III e IV e 7º,
caput, CF - dignidade da pessoa
humana e valores sociais do
trabalho / melhores condições
sociais do trabalhador, urbano e
rural - aplica-se ao empregado
doméstico, na forma do parágrafo
único do art. 7º - CF/88;
Exceções: determinado (há que se
respeitar a previsão legal);
Determinação dos prazos:
Termo (final): evento futuro e
certo – Maurício Godinho
Delgado, Délio Maranhão,
Orlando Gomes, Amauri
Mascaro Nascimento e Arnaldo
Sussekind – corrente
doutrinária majoritária;
Condição resolutiva: art. 127,
CC – evento futuro e incerto –
Octávio Bueno Magano,
Valentin Carrion, José Martins
Catharino – corrente doutrinária

Espécies de minoritária. Ex. substituto ao

aposentado por invalidez em
caráter provisório.
Contrato De • Relação de determinação de
prazo do contrato de trabalho
Trabalho por Necessidade de tipificação legal
I – Incentivo ao emprego – Lei
Prazo 9.601/98 – 2 anos;

Determinado II – Safra – colheita - lavoura -

art. 14, Lei 5.889/73 (lei do
trabalhador rural) – 2 anos;
III – Técnico Estrangeiro –
Decreto 691/69, art. 25, V,
Decreto 86.715/81 – 2 anos;
IV – Atleta – art. 29, Lei
9.615/98 – 5 anos;43
V – Trabalho temporário – art.
10, §1º, Lei 6.019/74 – 180 dias;
VI – Experiência – arts. 443, §2º,
c, e 445, parágrafo único, CLT –
90 dias; VII – Obra certa – Lei
2.959/56 – 2 anos;
VIII – Artista – art. 9º, Lei
6.533/78 – 2 anos;
IX – Treinador de futebol – art. 6º,
I, 8.650/93 – 2 anos;
X – Peão de rodeio – art. 2º, II, Lei
10.220/01 – 4 dias a 2 anos;
XI – Aprendizagem – art. 428, §3º,
CLT – 2 anos; salvo deficiente
XII – Regra geral – art. 443, a e b,
CLT – 2 anos.
Regra geral
Art. 443, CLT: O contrato
individual de trabalho poderá ser
acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito, por
prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação
de trabalho intermitente. (Redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
• §1º (2 anos):
a) termo prefixado – data –
período claramente delimitado -
exs. substituição em férias ou
licença maternidade;
b) execução de serviços
especificados – se não tem data
pode ter serviço prefixado – liga-
se ao empregador, não sabendo o
prazo certo, mas tendo uma
estimativa relacionada nos
serviços - exs. organizar
departamentos, filiais,
implantação de um sistema de
informatização;
c) acontecimento suscetível de
previsão aproximada – eventos
externos que fogem ao alcance
das partes – genérico e
inespecífico: normalização dos
estoques, atividade ligada ao
verão ou inverno.
§2º - há uma combinação com as
situações do §1º:
a) Serviço de natureza transitória
(adaptação de um sistema
informatizado);
b) Atividade empresarial de
caráter transitório (trabalho em
quiosques no verão);
c) Experiência – avaliação
recíproca – item legal analisado
separadamente. Obs. limite de 2
anos – art. 445, CLT.
• Contagem: Lei 810/49 – não se
submete ao art. 132, caput, CC;
• Prorrogação: art. 451;
• Súm. 188/TST. CONTRATO
DE TRABALHO.
EXPERIÊNCIA.
PRORROGAÇÃO. O contrato
de experiência pode ser
prorrogado, respeitado o limite
máximo de 90 (noventa) dias.
Exceções:
Decreto 691/69 (dentro do prazo
- sucessividade) – técnicos
estrangeiros; Lei 9.601/98
(serviços provisórios) – mais de
uma prorrogação em 2 anos;
• Experiência e art. 443, CLT:
determinado;
Novo contrato:
Art. 452, CLT – descumprimento:
indeterminado (aviso prévio,
garantia de emprego – regra geral,
multa do FGTS de 40% - Lei
8.036/90 (art. 451).
• Exceções:
a) Serviços especializados:
implantação de sistemas
informatizados diferentes;
b) Certos acontecimentos:
safra, variações climáticas.
Extinção do
contrato de
trabalho:
• art. 479, CLT – termo estipulado
– consequência – Empregador;
• art. 480, CLT – termo estipulado
– consequência - prejuízos –
Empregado;
• art. 481, CLT (extinção do
contrato de trabalho mediante
cláusula assecuratória do direito
recíproco de rescisão) - rescisão
antes do prazo final – aviso prévio
(ambos - a proporcionalidade será
apenas em favor do empregado -
Lei 12.506/2011), 40% FGTS e
seguro desemprego
(empregador), além dos demais
direitos – indeterminado.
Contrato
intermitente
Lei 13.467/2017 – arts. 452-A e
443, §3º, CLT – ADI (5826, 5829
e 6154) - o empregador apenas vai
remunerar pelos serviços
efetivamente prestados (ex.
garçons em buffet).
• Empregado e contrato escrito;
• Variação: atividade e
inatividade;
• Conceito: Art. 443, §3º,
CLT: Considera-se como
intermitente o contrato de trabalho
no qual a prestação de serviços,
com subordinação, não é contínua,
ocorrendo com alternância de
períodos de prestação de serviços e
de inatividade, determinados em
horas, dias ou meses,
independentemente do tipo de
atividade do empregado e do
empregador, exceto para os
aeronautas, regidos por legislação
própria. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
• Requisitos: escrito e valor.
Garantia de
emprego no
contrato de
trabalho por prazo
determinado (exceções):
• Súm. 244/TST, III.
GESTANTE. ESTABILIDADE
PROVISÓRIA. III - A empregada
gestante tem direito à estabilidade
provisória prevista no art. 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das
Disposições Constitucionais
Transitórias, mesmo na hipótese de
admissão mediante contrato por
tempo determinado.
• Recurso Extraordinário n.º
629.053 - STF, ocorrido em
10/10/2018, deve prevalecer a tese
firmada no Tema 497 de
repercussão geral de que “a
incidência da estabilidade prevista
no art. 10, inciso II, do ADCT,
somente exige a anterioridade da
gravidez à dispensa sem justa
causa”.
• O Pleno do TST, em Incidente de
Assunção de Competência, com
efeito vinculante, no julgamento
do IAC-5639-31.2013.5.12.0051,
em sessão realizada em
18/11/2019, firmou a seguinte tese
jurídica:
“é inaplicável ao regime de
trabalho temporário,
disciplinado pela Lei
6.019/1974, a garantia de
estabilidade provisória à
empregada gestante, prevista no
art. 10, II, b, do Ato das
Disposições Constitucionais
Transitórias.”
Portanto, é inaplicável a garantia
de estabilidade provisória prevista
no art. 10, II, b, do ADCT à
empregada gestante contratada sob
o regime de trabalho temporário
previsto na Lei 6.019/1974.
• Súm. 378/TST, III.
ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
ACIDENTE DO TRABALHO.
ART. 118 DA LEI nº 8.213/1991.
III – O empregado submetido a
contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia
provisória de emprego decorrente
de acidente de trabalho prevista no
art. 118 da Lei nº 8.213/91.
Contrato de
experiência
Art. 443, §2º, c, CLT e art. 445,
parágrafo único, CLT.
• Objeto: avaliação recíproca;
• Forma: escrito – entendimento
pacífico do TST;
• Prorrogação: art. 451;
• Renovação para situações de
novas funções - se for para
funções diversas da contratada
cabe novo contrato de emprego
de caráter experimental; •
Extinção: arts. 479, 480 e 481,
CLT.
Alteração do
contrato de
trabalho
• pacta sunt servanda - deve haver
o respeito ao que foi pactuado,
tendo por base o princípio da
autonomia de vontade privada
contratual
• poder diretivo - não é ilimitado -
sofre restrições (previstas em lei)
• jus variandi (jus resistentiae - é o
direito do empregado em recusar o
cumprimento de algo que seja
contrário à legalidade, moralidade
e demais princípios jurídicos x jus
variandi - a possibilidade que
existe, legalmente, em alterar o
contrato de emprego, mas sujeita-
se, ou seja, limita-se, a
determinadas regras legais)
CLT - Art. 468 - Nos contratos
individuais de trabalho só é lícita a
alteração das respectivas
condições por mútuo
consentimento, e ainda assim
desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao
empregado (concebido de forma
objetiva e não subjetiva), sob pena
de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.
Requisitos
(cumulativos):
a) mútuo consentimento;
b) ausência de prejuízo
(financeiro/moral) ao empregado.
• Desrespeito: nulidade,
reparação de danos e/ou dispensa
indireta; • Reforma trabalhista
(art. 7º, XXVI, CF - ACT/CCT
- o direito negociado tem
prevalecido, com as ressalvas
legais, sobre o direito legislado;
(arts. 611-A, incisos e §2º e 611-
B, CLT).
Espécies do jus
variandi:
a) Ordinário: modificações
circunstanciais (exs. horário -
desde que não comprometa a
saúde e segurança do empregado,
uniforme, crachá - estão
inseridos no poder diretivo que
compete ao empregador);
b) Extraordinário: mudanças de
maior relevância, mas
excepcionais (Súm. 265 e OJ
159, 244 e 308).
Observações:
1)Uniforme de trabalho –
exigência do empregador –
desconto ou pagamento pelo
empregado. CLT - Art. 462. Ao
empregador é vedado efetuar
qualquer desconto nos salários
do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de
dispositivos de lei ou de contrato
coletivo.
PN/TST Nº 115. UNIFORMES.
Determina-se o fornecimento
gratuito de uniformes, desde que
exigido seu uso pelo
empregador.
2) Aviso prévio – dispensa sem
justa causa - novo emprego –
dispensa de pagamento pelo
empregador. Súm. 276/TST.
AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA
PELO EMPREGADO. O direito
ao aviso prévio é irrenunciável
pelo empregado. O pedido de
dispensa de cumprimento não
exime o empregador de pagar o
respectivo valor, salvo
comprovação de haver o
prestador dos serviços obtido
novo emprego.
Alteração da
jornada pelo
empregador –
redução no salário
proporcional
CF – art. 7º, VI -
irredutibilidade do salário, salvo
o disposto em convenção ou
acordo coletivo;
Obs. incidência do direito
negociado sobre o legislado ou
ainda motivo de força maior -
exemplo: COVID-19 - MP
936/2020, convertida na Lei
14.020/2020 - comunicação ao
Sindicato - ADI 6.363; Mesmo
assim, desde que não haja
redução do valor da hora-
salário.
CLT - Art. 611-A. A convenção
coletiva e o acordo coletivo de
trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de
trabalho, observados os limites
constitucionais;
§3o Se for pactuada cláusula que
reduza o salário ou a jornada, a
convenção coletiva ou o acordo
coletivo de trabalho deverão
prever a proteção dos
empregados contra dispensa
imotivada durante o prazo de
vigência do instrumento
coletivo.
CLT - Art. 468 - Nos contratos
individuais de trabalho só é lícita
a alteração das respectivas
condições por mútuo
consentimento, e ainda assim
desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade
da cláusula infringente desta
garantia.
• Súm. 265. ADICIONAL
NOTURNO. ALTERAÇÃO DE
TURNO DE TRABALHO.
POSSIBILIDADE DE
SUPRESSÃO. A transferência
para o período diurno de trabalho
implica a perda do direito ao
adicional noturno.
(alteração que não gera prejuízo ao
empregado - supressão de
adicional)
• OJ 159 SBDI 1. DATA DE
PAGAMENTO. SALÁRIOS.
ALTERAÇÃO. Diante da
inexistência de previsão expressa
em contrato ou em instrumento
normativo, a alteração de data de
pagamento pelo empregador não
viola o art. 468, desde que
observado o parágrafo único, do
art. 459, ambos da CLT.
• OJ 244 SBDI 1. PROFESSOR.
REDUÇÃO DA CARGA
HORÁRIA. POSSIBILIDADE. A
redução da carga horária do
professor, em virtude da
diminuição do número de alunos,
não constitui alteração contratual,
uma vez que não implica redução
do valor da hora aula.
• OJ 308 SBDI 1. JORNADA DE
TRABALHO. ALTERAÇÃO.
RETORNO À JORNADA
INICIALMENTE
CONTRATADA. SERVIDOR
PÚBLICO. O retorno do servidor
público (administração direta,
autárquica e fundacional) à jornada
inicialmente contratada não se
insere nas vedações do art. 468 da
CLT, sendo a sua jornada definida
em lei e no contrato de trabalho
firmado entre as partes.
 Transferência do
empregado
• CLT – Art. 469. Ao
empregador é vedado transferir
o empregado - não ocupante de
cargo ou função de confiança do
empregador, sem a sua
anuência, para localidade
diversa da que resultar do
contrato, não se considerando
transferência a que não acarretar
necessariamente a mudança do
seu domicílio. (art. 659, IX, CLT
– controle judicial)
§1º Não estão compreendidos na
proibição deste artigo: os
empregados que exerçam cargo
de confiança e aqueles cujos
contratos tenham como
condição, implícita ou explícita,
a transferência, quando esta
decorra de real necessidade de
serviço.
• Súm. 43/TST.
TRANSFERÊNCIA. Presume-
se abusiva a transferência de que
trata o §1º do art. 469 da CLT,
sem comprovação da
necessidade do serviço.
• CLT - Art. 469, §2º. É licita a
transferência quando ocorrer
extinção do estabelecimento em
que trabalhar o empregado.
• CC - Art. 1.142. Considera-se
estabelecimento todo complexo
de bens organizado, para
exercício da empresa, por
empresário, ou por sociedade
empresária.
• CLT - Art. 469, §3º. Em caso
de necessidade de serviço o
empregador poderá transferir o
empregado para localidade
diversa da que resultar do
contrato, não obstante as
restrições do artigo anterior, mas,
nesse caso, ficará obrigado a um
pagamento suplementar, nunca
inferior a 25% (vinte e cinco
por cento) dos salários que o
empregado percebia naquela
localidade, enquanto durar essa
situação.
• OJ 113 SBDI 1. ADICIONAL
DE TRANSFERÊNCIA.
CARGO DE CONFIANÇA OU
PREVISÃO CONTRATUAL
DE TRANSFERÊNCIA.
DEVIDO. DESDE QUE A
TRANSFERÊNCIA SEJA
PROVISÓRIA. O fato de o
empregado exercer cargo de
confiança ou a existência de
previsão de transferência no
contrato de trabalho não exclui o
direito ao adicional. O
pressuposto legal apto a
legitimar a percepção do
mencionado adicional é a
transferência provisória.
• CLT - Art. 470. As despesas
resultantes da transferência
correrão por conta do pelos servidores públicos, em
empregador. virtude da suspensão do vínculo
funcional que dela decorre,
Suspensão e permitida a compensação em
caso de acordo. O desconto será,
Interrupção do contudo, incabível se ficar
demonstrado que a greve foi
provocada por conduta ilícita do
Contrato de Poder Público.

Trabalho
d) Penalidade disciplinar de
suspensão – art. 474, CLT;
e) Auxílio-doença (a partir do
Suspensão: 16º dia) – art. 60, Lei 8.213/91;

• Interrupção: até o 15º dia – art.

Ausente o serviço e o salário,
60, §3º, Lei 8.213/91;
apesar da manutenção do vínculo
(paralisados os principais efeitos f) Qualificação profissional: art.
contratuais). 476-A;
• Principais hipóteses: • Auxílio compensatório – não tem
a) Encargo público (função natureza salarial (art. 476-A, §3º);
pública): art. 472, CLT;
• Art. 471, CLT – extensão de
b) Mandato sindical: art. 543, vantagens no retorno;
§2º, CLT;
g) Auxílio-doença acidentário:
c) Greve: art. 9º, CF/88 e art. 7º, arts. 21 e 118, Lei 8.213/91 c/c art.
Lei 7.783/89 - empregado celetista 4º, §1º, CLT;
privado; • Art. 37, VII, CF e MI
708 – servidores públicos; Súm. 440-TST. AUXÍLIO-
DOENÇA ACIDENTÁRIO.
• RE 693.456/RJ, Rel. Min. Dias
APOSENTADORIA POR
Toffoli, em 27/10/2016, Inf.
INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO
845/STF, em repercussão geral –
CONTRATO DE TRABALHO.
leading case;
RECONHECIMENTO DO
• RE 693456/RJ - A DIREITO À MANUTENÇÃO
administração pública deve DE PLANO DE SAÚDE OU DE
proceder ao desconto dos dias de ASSISTÊNCIA MÉDICA.
paralisação decorrentes do Assegura-se o direito à
exercício do direito de greve manutenção de plano de saúde
ou de assistência médica
oferecido pela empresa ao
empregado, não obstante suspenso
o contrato de trabalho em virtude
de auxílio-doença acidentário ou
de aposentadoria por invalidez.
Interrupção:
Ausente o serviço, mas presente o
salário e a manutenção do
vínculo (permanecem os
principais efeitos contratuais).
• Principais hipóteses:
a) Repouso semanal
remunerado – RSR/DSR e
feriados civis e religiosos: art.
7º, XV, CF e Lei 605/49 – art. 1º;
b) Férias: art. 7º, XVII, CF e art.
129, CLT;
c) Licença paternidade: art. 7º,
XIX c/c art. 10, §1º, ADCT;
• art. 1º, II, Lei 11.770/2008;70
d) Rol específico da CLT – art.
473; O empregado poderá deixar
de comparecer ao serviço sem
prejuízo do salário: (Redação dada
pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
I - até 2 (dois) dias consecutivos,
em caso de falecimento do
cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa
que, declarada em sua carteira de
trabalho e previdência social,
viva sob sua dependência
econômica; (Inciso incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II - até 3 (três) dias consecutivos,
em virtude de casamento; (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229,
de 28.2.1967)
III - por um dia, em caso de
nascimento de filho no decorrer
da primeira semana; (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229,
de 28.2.1967)
IV - por um dia, em cada 12
(doze) meses de trabalho, em
caso de doação voluntária de
sangue devidamente
comprovada; (Inciso incluído
pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
V - até 2 (dois) dias consecutivos
ou não, para o fim de se alistar
eleitor, nos têrmos da lei
respectiva. (Inciso incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
VI - no período de tempo em que
tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar referidas na letra
"c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de
17 de agosto de 1964 (Lei do
Serviço Militar). (Incluído pelo
Decreto-lei nº 757, de 12.8.1969)
VII - nos dias em que estiver
comprovadamente realizando
provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de
ensino superior. (Inciso incluído
pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997)
VIII - pelo tempo que se fizer
necessário, quando tiver que
comparecer a juízo. (Incluído
pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999)
IX - pelo tempo que se fizer
necessário, quando, na qualidade
de representante de entidade
sindical, estiver participando de
reunião oficial de organismo
internacional do qual o Brasil
seja membro. (Incluído pela Lei
nº 11.304, de 2006)
X - até 2 (dois) dias para
acompanhar consultas médicas e
exames complementares durante
o período de gravidez de sua
esposa ou companheira;
(Incluído dada pela Lei nº
13.257, de 2016)
XI - por 1 (um) dia por ano para
acompanhar filho de até 6 (seis)
anos em consulta médica.
(Incluído dada pela Lei nº
13.257, de 2016)
XII - até 3 (três) dias, em cada 12
(doze) meses de trabalho, em
caso de realização de exames
preventivos de câncer
devidamente comprovada.
(Incluído pela Lei nº 13.767, de
2018)
e) Licença maternidade: arts. 392
e 392-A, CLT;
• Ressalva: INSS – art. 72, §1º, Lei
8.213/91 - compensação; • art. 1º,
II, Lei 11.770/2008;
f) Aborto não criminoso: art. 395,
CLT;
Obs. ressalvam-se as hipóteses
contratuais e/ou previstas em
instrumentos normativos coletivos
(ACT/CCT), que podem dispor
diversamente, sempre em
benefício do empregado.
 Jornada de Trabalho
Noções
preambulares:
Estado: estabelece as normas
acerca da jornada de trabalho,
visando proteger a saúde e conferir
segurança à integridade física e
psíquica do trabalhador (dignidade
da pessoa humana – art. 1º, III,
CF/88). Vem imposta pelo Estado,
a partir de revoltas sociais
(conquistas) - mormente dos
trabalhadores - conferindo limites
à ingerência dos empregadores,
quanto à saúde e segurança dos
empregados.
Evolução histórica
no mundo:
 Revolução industrial – 1760
a 1840;
 Igreja Católica: encíclica
(carta papal) rerum novarum - das
coisas novas (1891) – papa
 Leão XIII - pensamento
social da igreja ou doutrina social
da igreja;
 Organização Internacional
do Trabalho - OIT – 1919 –
Convenção 1 - 8hs e 48hs;
 Declaração Universal dos
Direitos Humanos – 1948:
Art. XXIV – “Todo ser humano
tem o direito a repouso e lazer,
inclusive a limitação razoável das
horas de trabalho e a férias
remuneradas periódicas”.
Evolução histórica
no Brasil:
Praticamente ausentes dispositivos
da jornada de trabalho antes da
Constituição Federal de 1934: não
havia regra explícita nas
Constituições de 1824 e 1891-
CF 34: art. 121, §1º, c - 8hs/dia;
CF 37: art. 137, i – 8hs/dia;
CF 46: art. 157, V - 8hs/dia;
CF 67: art. 158, VI – 8hs/dia;
EC 69: art. 165, VI – 8hs/dia;
CF 88: art. 7º, incisos XIII e XIV:
trabalhadores urbanos e rurais
*lembrar dos empregados
domésticos (parág. único)
XIII – duração do trabalho normal
não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de
horários e a redução da jornada,
mediante acordo (sindicato dos
empregados x uma ou mais
empresas - âmbito municipal)
ouconvenção coletiva de trabalho
(sind. dos empregados x sind. dos
empregadores - âmbito regional -
estadual);
XIV - jornada de seis horas para o
trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
NORMA
INFRACONSTITUCIONAL
PRINCIPAL ACERCA DE
JORNADA DE TRABALHO:
CLT: arts. 58 e ss.
Denominação:
“giornata” (italiano) – dia, jornada,
trabalho de um dia, salário de um
dia, dia de trabalho ≠ duração de
trabalho (semana, mês, ano) ≠
horário de trabalho (8/12hs,
14/18hs).
Conceito legal de
Jornada de
Trabalho:
Tempo de serviço efetivo de
trabalho - à disposição do
empregador – art. 4º, caput e §§ 1º
e 2º, CLT (ressalvas estabelecidas
pela Reforma Trabalhista).
Súm. 118/TST: JORNADA DE
TRABALHO. HORAS EXTRAS.
“Os intervalos concedidos pelo
empregador na jornada de
trabalho, não previstos em lei,
representam tempo à disposição da
empresa, remunerados como
serviço extraordinário, se
acrescidos ao final da jornada”.
Tempo in itinere ou
horas in itinere
Entendimento pretoriano anterior
– posicionamento recente com a
Lei 13.467/2017 (art. 58, §2º,
CLT) - vacatio legis 120 dias
- a partir de 11/11/2017 - início da
vigência da Reforma Trabalhista.
Obs. art. 58, §1º - CLT – 5’ até
10’/dia (antecipação ou atraso).
Classificação:
Normal/comum – 8hs/44hs ou
6hs/30hs – art. 7º, XIII e XIV, CF
(intervalos de 1h a 2hs a partir de
6hs de trabalho e de 15’ a partir de
4hs de trabalho até 6hs – art. 71,
CLT);
Até 4hs de trabalho não há
intervalo;
Extra/extraordinária/suplement
ar – excedente.
Diurna – 5/22hs;
Noturna: 22/5h – art. 73, §2º, CLT não há que se falar em horas extras,
(urbana) e rural (Lei 5.889/73): salvo as excedentes à oitava, desde
20/04h (pecuária) e 21/05h que seja respeitado o salário
(lavoura); mínimo/horário das categorias.
Obs. Advocacia - art. 20, Lei
8.906/94 – observações
específicas.
art. 224/CLT – BANCÁRIOS ;
Art. 224 - A duração normal do
trabalho dos empregados em
Regime de Tempo
bancos, casas bancárias e Caixa
Econômica Federal será de 6 (seis) Parcial:
horas continuas nos dias úteis, com
- CLT – máx. 30h e sem HE
exceção dos sábados, perfazendo
(horas extras) ou até 26h com
um total de 30 (trinta) horas de
com até 6 HE – 50% acréscimo a
trabalho por semana. (Redação
cada HE; se menos de 26hs de
dada pela Lei nº 7.430, de
jornada pode ter HE; Pagamento
17.12.1985)
proporcional ao tempo integral;
art. 227/CLT –
- LC 150/2015 (empregados
TELEFONISTAS. Art. 227 - Nas
domésticos) - máx. 25 com + 1 HE
empresas que explorem o serviço
– 50% acréscimo.
de telefonia, telegrafia submarina
ou subfluvial, de radiotelegrafia ou
de radiotelefonia, fica estabelecida Empregados
excluídos do regime
para os respectivos operadores a
duração máxima de seis horas
contínuas de trabalho por dia ou 36
(trinta e seis) horas semanais. da duração do
Súm. 370/TST: MÉDICO E
ENGENHEIRO. JORNADA DE trabalho:
TRABALHO. LEIS nºs
* art. 62 e art. 75-A -
3.999/1961 e 4.950-A/1966.
TELETRABALHO– CLT.
Tendo em vista que as Leis nº
3.999/1961 e 4.950-A/1966 não
estipulam a jornada reduzida, mas Prorrogação da
jornada de trabalho:
apenas estabelecem o salário
mínimo da categoria para uma
jornada de 4 horas para os médicos
e de 6 horas para os engenheiros,
* art. 59 - A duração diária do
trabalho poderá ser acrescida de
horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo
individual, convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho – CLT
– horas extras ou compensação
(banco de horas).
1ª Poderá ser dispensado o
acréscimo de salário se, por força
de acordo ou convenção coletiva
de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela
correspondente diminuição em
outro dia, de maneira que não
exceda, no período máximo de um
ano, à soma das jornadas semanais
de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de
dez horas diárias
Escala de revezamento 12x36hs –
art. 59-A, CLT – discussão da
inconstitucionalidade – burla à
dignidade da pessoa humana. ADI
5994 – STF
Intervalos:
Interjornada: mínimo de 11hs –
art. 66, CLT; (de um dia para o
outro)
Intrajornada: repouso e
alimentação – art. 71, CLT.
Trabalho aos
Domingos/Feriados
(art. 70, CLT) Salvo disposto nos
arts. 68 e 69, é vedado o trabalho
em dias feriados nacionais e
feriados religiosos, nos termos da
legislação própria; compensação
ou pagamento em dobro – art. 67,
CLT: É assegurado a todo
empregado um repouso semanal
remunerado de vinte e quatro horas
consecutivas, preferencialmente
aos domingos. Parágrafo Único-
Nos serviços que exijam trabalho
aos domingos, com exceção
quanto aos elencos teatrais, será
estabelecida escala de
revezamento, mensalmente
organizada e constando de quadro
sujeito à fiscalização.
Súm. 146/TST: “TRABALHO
EM DOMINGOS E
FERIADOS, NÃO
COMPENSADO. O trabalho
prestado em domingos e feriados,
não compensado, deve ser pago em
dobro, sem prejuízo da
remuneração relativa ao repouso
semanal”.
 Férias
Fundamento – saúde física mental
e segurança ocupacional;
Norma de ordem pública –
interesse do Estado;
Plano internacional:
- OIT – Convenções ratificadas
pelo Brasil – 1ª – Convenção 52 -
1936 – 6 dias úteis e outras; O
Brasil ratifica em 1938.
- DUDH (1948): “Art. XXIV –
Todo ser humano tem direito a
repouso e lazer, inclusive a
limitação razoável das horas de
trabalho e a férias remuneradas
periódicas”.
No Brasil:
- 1889 – Ministério da Agricultura,
Comércio e Obras Públicas – 15
dias;
- 1925 – Estendido a todos os
empregados;
- CLT/1943 – férias anuais; no
mínimo 30 dias + acréscimo ⅓
constitucional
Constituição de 1934: art. 121,
§1º, f – férias anuais remuneradas;
Constituição de 1988: art. 7º,
XVII – “gozo de férias anuais
remuneradas com, pelo menos, um
terço a mais do que o salário
normal”; urbanos, rurais e
domésticos (parágrafo único, art.
7º, CF);
Conceito:
Período de descanso do
empregado, de forma mais
prolongada, pelo qual não haverá a
prestação de qualquer serviço com
direito à remuneração, inclusive
com percepção remuneratória de,
no mínimo, um terço em relação ao
salário, em prol da saúde física e
mental do indivíduo.
Natureza jurídica:
Interrupção do contrato de
trabalho; direito social – saúde e
segurança do trabalhador –
dignidade da pessoa humana;
obrigação de fazer – ao
empregador – imposição legal do
período e remuneração;
Classificação:
INDIVIDUAIS: concessão
particularizada ao trabalhador –
art. 130/CLT;
COLETIVAS: concedidas a todos
os empregados de uma empresa ou
a grupos ou setores determinados
da mesma – art. 139/CLT;
 Período Aquisitivo
Arts. 129/130
Para que o empregado tenha direito
ao gozo de férias deve trabalhar
por, no mínimo, 12 meses, e, no
período das férias terá assegurada
sua remuneração com acréscimo
de um terço sobre o salário mensal;
Duração das férias:
Art. 130/CLT;
- 30 dias corridos: não faltar ao
serviço mais que 5 dias;
- 24 dias corridos: faltas ao serviço
entre 6 a 14 dias;
- 18 dias corridos: faltas ao serviço
entre 15 a 23 dias;
-12 dias corridos: faltas ao serviço
entre 24 a 32 dias de falta.
Obs. mais que 32 dias de faltas não
têm direito às férias. Os dias de
férias são contados como tempo de
serviço.
Súm. 89/TST. Falta ao serviço.
Se as faltas já são justificadas pela
lei, consideram-se como ausências
legais e não serão descontadas para
o cálculo do período de férias.
Hipóteses que não
são consideradas
faltas ao serviço:
Art.131/CLT
I - nos casos referidos no art.
473; (Incluído pelo Decreto-lei
nº 1.535, de 13.4.1977
Il - durante o licenciamento
compulsório da empregada por
motivo de maternidade ou
aborto, observados os requisitos
para percepção do salário-
maternidade custeado pela
Previdência Social; (Redação
dada pela Lei nº 8.921, de
25.7.1994)
III - por motivo de acidente do
trabalho ou enfermidade atestada
pelo Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, excetuada
a hipótese do inciso IV do art.
133; (Redação dada pela Lei nº
8.726, de 5.11.1993)
IV - justificada pela empresa,
entendendo-se como tal a que
não tiver determinado o desconto
do correspondente salário;
(Incluído pelo Decreto-lei nº
1.535, de 13.4.1977)
V - durante a suspensão
preventiva para responder a
inquérito administrativo ou de
prisão preventiva, quando for
impronunciado ou absolvido; e
(Incluído pelo Decreto-lei nº
1.535, de 13.4.1977)
VI - nos dias em que não tenha
havido serviço, salvo na hipótese
 do inciso III do art. 133.
(Incluído pelo Decreto-lei nº
1.535, de 13.4.1977)
(V-art.414-CPP):
Súm. 46/TST. Acidente de
trabalho. As faltas ou ausências
decorrentes de acidente do trabalho
não são consideradas para os
efeitos de duração de férias e
cálculo da gratificação natalina.
Súm. 198/STF. As ausências
motivadas por acidente do trabalho
não são descontáveis do período
aquisitivo das férias.
Hipóteses de perda
do direito às férias:
Art. 133/CLT:
I - deixar o emprego e não for
readmitido dentro de 60
(sessenta) dias subseqüentes à
sua saída; (Incluído pelo
Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
II - permanecer em gozo de
licença, com percepção de
salários, por mais de 30 (trinta)
dias; (Incluído pelo Decreto-lei
nº 1.535, de 13.4.1977)
III - deixar de trabalhar, com
percepção do salário, por mais de
30 (trinta) dias, em virtude de
paralisação parcial ou total dos
serviços da empresa; e (Incluído
pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
IV - tiver percebido da
Previdência Social prestações de
acidente de trabalho ou de
auxílio-doença por mais de 6
(seis) meses, embora
descontínuos
Período Concessivo:
12 meses seguintes ao período
aquisitivo – art. 134/CLT –
interesse do empregador – não
pode o empregado prestar serviços
nas férias – art. 138/CLT –
críticas*;
Fracionamento das
férias:
Art. 134, §1º/CLT – até 3 períodos.
Desde que haja concordância do
empregado, as férias poderão ser
usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá
ser inferior a quatorze dias
corridos e os demais não poderão
ser inferiores a cinco dias
corridos, cada um.– exige a
anuência do empregado, pois foge
da regra;
Obs. Férias coletivas – art. 139,
§1º/CLT (2 x mín. 10 dias);
Poderão ser concedidas férias
coletivas a todos os empregados
de uma empresa ou de
determinados estabelecimentos
ou setores da empresa.
§ 1º - As férias poderão ser
gozadas em 2 (dois) períodos
anuais desde que nenhum deles
seja inferior a 10 (dez) dias
corridos.
*E quando for período inferior a 24
dias (hipóteses do art. 130, III e IV,
CLT)?
Não se aplica o art. 134, §1º/CLT;
*Vedação de início das férias dois
dias antes de feriado ou dia de
RSR/DSR – art. 134, §3º/CLT; É
vedado o início das férias no
período de dois dias que
antecede feriado ou dia de
repouso semanal remunerado.
*Membros da mesma família – art.
136, §1º/CLT – inclusive às férias
coletivas; Os membros de uma
família, que trabalharem no
mesmo estabelecimento ou
empresa, terão direito a gozar
férias no mesmo período, se
assim o desejarem e se disto não
resultar prejuízo para o serviço.
Comunicação do
período das férias:
Art. 135/CLT: A concessão das
férias será participada, por
escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30
(trinta) dias. Dessa participação
o interessado dará recibo – por
escrito e no mínimo em 30 dias do
início do gozo;
Anotação na CTPS e
livro do
empregador, quanto
ao gozo das férias
Art. 135, §§1º ao 3º/CLT:
O empregado não poderá entrar no
gozo das férias sem que apresente
ao empregador sua Carteira de
Trabalho e Previdência Social,
para que nela seja anotada a
respectiva concessão. (Incluído
pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
§ 2º - A concessão das férias será,
igualmente, anotada no livro ou
nas fichas de registro dos
empregados. (Incluído pelo
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
§ 3º Nos casos em que o
empregado possua a CTPS em
meio digital, a anotação será feita
nos sistemas a que se refere o § 7º
do art. 29 desta Consolidação, na
forma do regulamento,
dispensadas as anotações de que
tratam os §§ 1º e 2º deste artigo.
 Remuneração das
férias:
Art. 142/CLT
O empregado perceberá,
durante as férias, a remuneração
que lhe for devida na data da sua
concessão + 1/3 (art. 7º, XVII,
CF) e Súm. 328/TST: Férias. Terço
constitucional. O pagamento das
férias, integrais ou proporcionais,
gozadas ou não, na vigência da
CF/1988, sujeita-se ao acréscimo
do terço previsto no respectivo art.
7º, XVII.
Prazo:
Art. 145/CLT (O pagamento da
remuneração das férias e, se for
o caso, o do abono referido no
art. 143 serão efetuados até 2
(dois) dias antes do início do
respectivo período. (formas: art.
142/CLT);
Abono pecuniário
das férias:
Art. 143/CLT: É facultado ao
empregado converter 1/3 (um
terço) do período de férias a que
tiver direito em abono
pecuniário, no valor da
remuneração que lhe seria
devida nos dias correspondentes;
O pagamento da remuneração das
férias, e o abono, se for o caso
ocorrerá dois dias antes do início
do respectivo período– art.
145/CLT; Não incide novamente
sobre o abono, pois já incidiu do
total – evitando-se bis in idem;
Obs. Férias coletivas – ACT (art.
143, §2º/CLT); Tratando-se de
férias coletivas, a conversão a
que se refere este artigo ( abono
pecuniário) deverá ser objeto de
acordo coletivo entre o
empregador e o sindicato
representativo da respectiva
categoria profissional,
independendo de requerimento
individual a concessão do abono.
Férias concedidas
após o período
concessivo:
Ou seja, concessão após os 12
meses seguintes à aquisição do
direito – art. 137/CLT: (Sempre
que as férias forem concedidas
após o prazo de que trata o art. 134,
o empregador pagará em dobro a
respectiva remuneração), mesmo
que tenha já percebido a
remuneração do mês com o terço
constitucional, mas não tenha
gozado o período.
Súm. 81. Férias. Os dias de férias
gozados após o período legal de
concessão deverão ser
remunerados em dobro.
Súm. 450. FÉRIAS. GOZO NA
ÉPOCA PRÓPRIA.
PAGAMENTO FORA
DOPRAZO. DOBRA DEVIDA.
ARTS. 137 E 145 DA CLT. É
devido o pagamento em dobro da
remuneração de férias, incluído o
terço constitucional, com base no
art. 137 da CLT, quando, ainda que
gozadas na época própria, o
empregador tenha descumprido o
prazo previsto no art. 145 do
mesmo diploma legal.
Penalidade:
*Súm. 81/TST: Férias. Os dias de
férias gozados após o período legal
de concessão deverão ser
remunerados em dobro.
*Súm. 7/TST: Férias. A Extinção do
indenização pelo não-deferimento
das férias no tempo oportuno será
calculada com base na
remuneração devida ao empregado
na época da reclamação ou, se for
o caso, na da extinção do contrato.
Ressalva para
empregado em que
o empregador não
teve culpa
Exs. acidente de trabalho, licença
maternidade, etc. – não pagamento
em dobro;
Súm. 450/TST: FÉRIAS. GOZO
NA ÉPOCA PRÓPRIA.
PAGAMENTO FORA DO
PRAZO. DOBRA DEVIDA.
ARTS. 137 E 145 DA CLT. É
devido o pagamento em dobro da
remuneração de férias, incluído o
terço constitucional, com base no
art.137 da CLT, quando, ainda que
gozadas na época própria, o
empregador tenha descumprido o
prazo previsto no art. 145 do
mesmo diploma legal.
contrato de
trabalho:
Art. 146/CLT – natureza
indenizatória; Na cessação do
contrato de trabalho, qualquer
que seja a sua causa, será devida

situações de ao empregado a remuneração

simples ou em dobro, conforme o

afastamento do caso, correspondente ao período

de férias cujo direito tenha
adquirido.
Obs. Férias proporcionais – não
paga se for justa causa.
Súm. 171/TST. FÉRIAS
PROPORCIONAIS. CONTRATO
DE TRABALHO.EXTINÇÃO.
Salvo na hipótese de dispensa do
empregado por justa causa, a
extinção do contrato de trabalho
sujeita o empregador ao
pagamento da remuneração das
férias proporcionais, ainda que
incompleto o período aquisitivo de
Culpa recíproca:
Art. 484/CLT.
Súm. 14/TST. CULPA
RECÍPROCA. Reconhecida a
culpa recíproca na rescisão do
contrato de trabalho (art. 484 da
CLT), o empregado tem direito a
50% (cinquenta por cento) do valor
do aviso prévio, do décimo terceiro
salário e das férias proporcionais.

Férias em regime de
12 (doze) meses (art. 147 da CLT).
Súm. 261/TST. FÉRIAS
PROPORCIONAIS. PEDIDO DE
DEMISSÃO.CONTRATO
tempo parcial
VIGENTE HÁ MENOS DE UM Art. 130/CLT (art. 58-A,
ANO. O empregado que se demite §7º/CLT): aquele cuja duração
antes de complementar 12 (doze) não exceda a trinta horas
meses de serviço tem direito a semanais, sem a possibilidade de
férias proporcionais. horas suplementares semanais,

Dispensa sem justa

ou, ainda, aquele cuja duração
não exceda a vinte e seis horas
semanais, com a possibilidade de
causa / contrato por acréscimo de até seis horas
suplementares semanais. As
prazo determinado férias do regime de tempo
parcial são regidas pelo disposto
Art. 147/CLT: O empregado que no art. 130 desta Consolidação.
for despedido sem justa causa,
ou cujo contrato de trabalho se
extinguir em prazo
Férias do empregado
predeterminado, antes
completar 12 (doze) meses de
de doméstico
serviço, terá direito à LC 150/2015 (art. 17 –
remuneração relativa ao período fracionamento): O empregado
incompleto de férias, de doméstico terá direito a férias
conformidade com o disposto no anuais remuneradas de 30 (trinta)
artigo anterior.
dias, salvo o disposto no § 3o do
art. 3o, com acréscimo de, pelo
menos, um terço do salário normal,
após cada período de 12 (doze)
meses de trabalho prestado à
mesma pessoa ou família. O
período de férias poderá, a critério
do empregador, ser fracionado em
até 2 (dois) períodos, sendo 1 (um)
deles de, no mínimo, 14 (quatorze)
dias corridos.
FÉRIAS EM REGIME DE
TEMPO PARCIAL DO
DOMÉSTICO – art. 3º, §3º, LC
150/2015:
Considera-se trabalho em regime
de tempo parcial aquele cuja
duração não exceda 25 (vinte e
cinco) horas semanais.
§ 3º Na modalidade do regime de
tempo parcial, após cada período
de 12 (doze) meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado
terá direito a férias, na seguinte
proporção:
I - 18 (dezoito) dias, para a duração
do trabalho semanal superior a 22
(vinte e duas) horas, até 25 (vinte e
cinco) horas;
II - 16 (dezesseis) dias, para a
duração do trabalho semanal
superior a 20 (vinte) horas, até 22
(vinte e duas) horas;
III - 14 (quatorze) dias, para a
duração do trabalho semanal
superior a 15 (quinze) horas, até 20
(vinte) horas;
IV - 12 (doze) dias, para a duração
do trabalho semanal superior a 10
(dez) horas, até 15 (quinze) horas;
V - 10 (dez) dias, para a duração do
trabalho semanal superior a 5
(cinco) horas, até 10 (dez) horas;
VI - 8 (oito) dias, para a duração do
trabalho semanal igual ou inferior
a 5 (cinco) horas.
 Remuneração
Contrato de trabalho é retributivo,
comutativo e sinalagmático
(contrato de emprego: empregador
- contratante e empregado -
contratado - relação
jurídicadesigual do ponto de vista
da situação socioeconômica –
desigualdade material
/substancial).
As partes do contrato de emprego
devem observar suas respectivas
obrigações na relação jurídica.
Conceito:
Contraprestação, pecuniária ou
não, recebida pelo empregado,
decorrente do contrato de trabalho
(emprego).
(valor global = salário + gorjetas -
registre-se que a denominação
“gorjetas” no caput do art. 457 é
inapropriada) – art. 457, CLT;
Remuneração ≠ vencimento ≠
vantagens pecuniárias - servidores
públicos estatutários - arts. 40 ;e 41
- Lei Federal 8.112/90.
Servidor Público - gênero:
empregado público - CLT ou
ocupante de cargo = estatutário;
Elementos da
Remuneração:
I. HABITUALIDADE - o
contrato de trabalho é um pacto
sucessivo, havendo a continuidade
da prestação de serviço;
II. PERIODICIDADE – pois a
contraprestação deve ser de igual
forma sucessiva, tornando-se, por
conseguinte, habitual o pagamento
dos salários;
III. QUANTIFICAÇÃO – o
empregado deve saber com clareza
quanto receberá;
IV. ESSENCIALIDADE - da
remuneração decorre o sustento do
empregado e de sua família;
caráter ou natureza
alimentar/alimentícia
V. RECIPROCIDADE - pois o
empregador paga os salários em
função dos serviços que foram
prestados.
Salário:
Conjunto de parcelas pagas pelo
empregador, em geral em espécie e
em moeda nacional (art. 463), em
contraprestação ao trabalho
efetivado ou disponibilizado (art.
4º) pelo empregado, ressalvadas as
hipóteses de interrupção do
contrato de trabalho (arts. 473,
129, licença até 15 dias, tempo
final do AP, DSR/RSR e feriados,
etc) - art. 76, CLT e art. 7º, IV e VI,
CF – que dispõe sobre o salário do empregado, não servindo de
mínimo, mas também a base de cálculo para as parcelas de
irredutibilidade salarial. Portanto, aviso-prévio, adicional noturno,
o salário se constitui parcela horas extras e repouso semanal
central devida ao trabalhador no remunerado. (Opinião: não tem
contexto da relação de emprego. explicação plausível e técnica para
tanto, pois tem parcelas aqui que
Observações:
são de cunho remuneratório).
 CTPS: deve estipular a
Gueltas - são valores pagos por
remuneração (salário – parte fixa +
terceiros (em geral fornecedores)
percentual de gorjeta ou demais
aosempregados de uma empresa
incentivos, adicionais,
pela venda de produtos ou serviços
gratificações devidas ao
daquele terceiro (não é comissão).
empregado) - art. 29, CLT - meio
O atual entendimento do Tribunal
digital/opcional e/ou o contrato de
Superior do Trabalho é pacífico no
emprego;
sentido de entender as gueltas tem
 Parcelas fixas e/ou a mesma natureza jurídica das
variáveis; gorjetas:
 Moeda vigente nacional - […]3 – GUELTAS.
art. 463; REPERCUSSÃO. Predomina no
âmbito desta Corte o entendimento
 Gueltas e gorjetas (art. 457, de que as gueltas possuem natureza
§3º) – tem natureza remuneratória, jurídica idêntica à das gorjetas,
mas não se confunde com verba uma vez que decorrem de
salarial (fixa). pagamentos efetuados por
Integram as gorjetas a terceiros que integram à
remuneração - FGTS (art. 15, Lei remuneração do empregado, não
8.036/90), Férias - art. 142, CLT, servindo, contudo, de base de
13º salário (art. 1º, Lei 4.090/62) e cálculo para as parcelas de aviso-
das contribuições previdenciárias prévio, adicional noturno, horas
(art. 28, I, Lei 8.212/91). extras e repouso semanal
remunerado, nos termos da Súmula
SÚMULA Nº 354/TST -
354 do TST. Recurso de revista
GORJETAS. NATUREZA
conhecido e provido (ARR – 2600-
JURÍDICA. REPERCUSSÕES.
63.2014.5.02.0085 , Relatora
As gorjetas, cobradas pelo
Ministra: Delaíde Miranda
empregador na nota de serviço ou
Arantes, Data de Julgamento:
oferecidas espontaneamente pelos
31/05/2017, 2ª Turma, Data de
clientes, integram a remuneração
Publicação: DEJT 09/06/2017).
 Denominações
atinentes à
remuneração:
- Salário – salarium – pagamento
em sal – soldados;
- Remuneração – global – art.
457;
- Retribuição;
- Estipêndio – stipendium
(imposto, pagamento, presente) –
stips (pequeno pagamento) +
pendere (pesar);
- Soldos – solidus (soldados);
- Honorários – honorarium –
propina (língua de Portugal) dada
em troca da indicação de um posto
honorário – honos (honra) –
considerado não salarial, em regra.
Parcelas salariais
(ou
remuneratórias):
Integram o salário a importância
fixa + as gratificações e adicionais
(variáveis) + comissões – integram
o salário e compõe para efeito de
cálculo das férias, 13º salário e
verbas rescisórias.
DÉCIMO TERCEIRO
SALÁRIO OU
GRATIFICAÇÃO NATALINA:
Lei 4.090/62 – 1/12 – 15 dias ou
mais e paga até o dia 20/12: devido
em pedido de demissão e dispensa
sem justa causa – simples e
proporcional, salvo em dispensa
por justa causa. Horas extras pagas
com habitualidade devem ser
integradas para efeito de
pagamento do 13º salário – Súm.
45/TST;
· ADICIONAL DE HORAS
EXTRAS: art. 7º XVI, CF e art.
59, CLT: A duração diária do
trabalho poderá ser acrescida de
horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo
individual, convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho.
· ADICIONAL NOTURNO: art.
7º, IX, CF e art. 73, §2º, CLT -
22/5h – (urbana) - 20% e rural (Lei
5.889/73): 20/04h (pecuária) e
21/05h (lavoura) - 25%;
· ADICIONAIS DE
PERICULOSIDADE E DE
INSALUBRIDADE: art. 7º,
XXIII, CF – Norma
Regulamentadora – NR/MTE
(extinto) - SEPT (Ministério da
Economia) e arts.192 e 193, CLT;
Art. 192 CLT - O exercício de
trabalho em condições
insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo
Ministério do Trabalho, assegura
a percepção de adicional
respectivamente de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte
por cento) e 10% (dez por cento)
do salário-mínimo da região,
segundo se classifiquem nos
graus máximo, médio e mínimo.
Art. 193 CLT - São
consideradas atividades ou
operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho e
Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em
virtude de exposição permanente
do trabalhador a: (Redação dada
pela Lei nº 12.740, de 2012)
I - inflamáveis, explosivos ou
energia elétrica; (Incluído pela
Lei nº 12.740, de 2012)
II - roubos ou outras espécies de
violência física nas atividades
profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial. (Incluído
pela Lei nº 12.740, de 2012)
§ 1º - O trabalho em condições
de periculosidade assegura ao
empregado um adicional de 30%
(trinta por cento) sobre o salário
sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da
empresa. (Incluído pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977)
§ 2º - O empregado poderá optar
pelo adicional de insalubridade
que porventura lhe seja devido.
(Incluído pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
§ 3º Serão descontados ou
compensados do adicional
outros da mesma natureza
eventualmente já concedidos ao
vigilante por meio de acordo
coletivo. (Incluído pela Lei nº
12.740, de 2012)
§ 4º São também consideradas
perigosas as atividades de
trabalhador em motocicleta.
(Incluído pela Lei nº 12.997, de
2014)
- Verbas trabalhistas salariais –
incidência do IR e INSS: salário
base, comissões, prêmios, abonos
(adiantamentos salariais, em
regra), gratificações (função,
natalina – 13º), adicionais
(insalubridade, periculosidade,
noturno, dashoras extraordinárias –
condições propter laborem...);
Parcelas não
salariais:
Verbas trabalhistas indenizatórias
– não incidência do IR e INSS: art.
457, §2º, CLT - (abono, ajuda de
custo, auxílio alimentação, diárias
de viagem, participação nos lucros,
prêmios, gueltas – não é salário,
pois não pago pelo empregador -
integra a remuneração, mas não
compõe o salário do empregado),
salário-família (art. 7º, XII, CF),
salário-maternidade (art. 7º, XVIII,
CF),
FGTS, multa de 40% do FGTS,
indenização patrimonial ou
extrapatrimonial, indenização do
aviso prévio, valores pagos a título
de Plano de Demissão Voluntária -
PDV, valores pagos a título de
Participação nos Lucros e
Resultados - PLR, indenização das
férias não gozadas, indenização
das parcelas do seguro desemprego
quando não pagos, auxílio
alimentação – Programa de
Alimentação do Trabalhador -
PAT.
*Desconto salarial: art. 462: Ao
empregador é vedado efetuar
qualquer desconto nos salários do
empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de
dispositivos de lei ou de contrato
coletivo.
Observações:
- Salário ≠ salário família
(benefício previdenciário - Lei
8.213/91);
- Salário ≠ salário educação
(contribuição social – art. 212, §5º,
CF);
- Salário ≠ salário maternidade
(compensação – Lei 8.213/91).
Características do
salário:
A. RETRIBUTIVIDADE –
provém do caráter comutativo e
sinalagmático do contrato de
trabalho;
B. NATUREZA ALIMENTAR
OU ALIMENTÍCIA – restrições
à penhora e pagos em preferência
quando da recuperação judicial de
empresa - Lei 11.101/2005 - art.
83;
C. CARÁTER FORFETÁRIO
(alteridade - significa que o salário
deve ser pago, independente das
situações que ocorram com o
empregador, pois este está
submetido à característica da
alteridade - ou seja, dos riscos do
empreendimento);
D. INDISPONIBILIDADE –
mitigação com a Lei 13.467/2017;
E. IRREDUTIBILIDADE – art.
7º, VI, CF;
F. MATERIALIDADE NO
PAGAMENTO: arts. 463 e 458
(in natura ou utilidade).
Forma de fixação do
salário:
A) SALÁRIO POR UNIDADE
DE TEMPO – hora, dia, semana,
quinzena ou mês (máximo);
O salário por unidade de tempo
independe do serviço, sendo
somente relacionado a quantidade
de tempo gasto para sua execução.
B) SALÁRIO POR UNIDADE
DE PRODUÇÃO – fixo +
comissões (mínimo);
Já o salário por produção se refere
aquele sistema de pagamento de
salário que leva em consideração
única e exclusivamente o serviço
realizado, não importando o
quanto de tempo que foi gasto para
executar o serviço.
C) SALÁRIO POR TAREFA –
industrial (confecção de peças).
Época de pagamento:
O pagamento do salário não pode
ser estipulado por período superior
a um mês, salvo quanto às
comissões, porcentagens ou
gratificações. O salário deve ser
pago com pontualidade, até o 5º dia
útil do mês seguinte ao vencido
(sábado será considerado dia útil
para efeito do pagamento de
salário) – art. 459, CLT.
Salário utilidade ou
in natura:
Art. 458, CLT; art. 18, LC
150/2015 (doméstico);
Salário in natura e a expressão que
significa o pagamento ao
empregado em utilidades, ou seja,
além do pagamento em dinheiro, o
empregador poderá fornecer
utilidades ao empregado, como
alimentação, vestuário ou outras
prestações in natura. Para sua
configuração e, portanto, sua
integração a remuneração, essas
parcelas deverão ser concedidas
habitualmente e de forma gratuita,
sem ônus ao trabalhador.
Equiparação
salarial:
Art. 7º, XXX, CF/88, art. 461, CLT
e Súm. 6/TST. CF/88
Art. 7º São direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que vise à
melhoria de sua condição social:
XXX - proibição de diferença de
salários, de exercício de funções
e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil;
Art. 461 da CLT - Sendo
idêntica (1) a função, a todo
trabalho de igual valor (2),
prestado ao mesmo empregador
(3), no mesmo estabelecimento
(4) empresarial, corresponderá
igual salário (=), sem distinção
de sexo, etnia, nacionalidade ou
idade (em respeito ao princípio
da isonomia).
§1º Trabalho de igual valor, para
os fins deste Capítulo, será o que
for feito com igual produtividade
(a) e com a mesma perfeição
técnica (b) , entre pessoas cuja
diferença de tempo de serviço
para o mesmo empregador não
seja superior a quatro anos e a
diferença de tempo na função
não seja superior a dois anos.
§2º Os dispositivos deste artigo
não prevalecerão quando o
empregador tiver pessoal
organizado em quadro de
carreira ou adotar, por meio de
norma interna da empresa ou de
negociação coletiva
(ACT/CCT), plano de cargos e
salários, dispensada qualquer
forma de homologação ou
registro em órgão público.
§3º No caso do §2o deste artigo,
as promoções poderão ser feitas
por merecimento e por
antiguidade, ou por apenas um
destes critérios, dentro de cada
categoria profissional.
§4º O trabalhador readaptado em
nova função por motivo de
deficiência física ou mental
atestada pelo órgão competente
da Previdência Social (INSS -
AUTARQUIA) não servirá de
paradigma para fins de
equiparação salarial.
§5º A equiparação salarial só
será possível entre empregados
contemporâneos no cargo ou na
função, ficando vedada a
indicação de paradigmas
remotos, ainda que o paradigma
contemporâneo tenha obtido a
vantagem em ação judicial
própria.
§6º No caso de comprovada
discriminação por motivo de
sexo ou etnia, o juízo
determinará, além do pagamento
das diferenças salariais devidas,
multa, em favor do empregado
discriminado, no valor de 50%
(cinquenta por cento) do limite
máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência
Social.(RGPS-INSS).
Atualmente está fixado em R$
7.087,22 - Portaria MTP e ME nº
12/2022.
Súmula 6/TST;
ART. 461 DA CLT.
I - Para os fins previstos no §2º
do art. 461 da CLT, só é válido o
quadro de pessoal organizado em
carreira quando homologado
pelo Ministério do Trabalho e
Previdência (MP 1.058/2021 e
Lei 14.261/2021), excluindo-se,
apenas, dessa exigência o quadro
de carreira das entidades de
direito público da administração
direta, autárquica e fundacional
aprovado por ato administrativo
da autoridade competente.
II - Para efeito de equiparação de
salários em caso de trabalho
igual, conta-se o tempo de
serviço na função e não no
emprego.
III - A equiparação salarial só é
possível se o empregado e o
paradigma exercerem a mesma
função, desempenhando as
mesmas tarefas, não importando
se os cargos têm, ou não, a
mesma denominação.
IV - É desnecessário que, ao
tempo da reclamação sobre
equiparação salarial, reclamante
e paradigma estejam a serviço do
estabelecimento, desde que o
pedido se relacione com situação
pretérita.
V - A cessão de empregados não
exclui a equiparação salarial,
embora exercida a função em
órgão governamental estranho à
cedente, se esta responde pelos
salários do paradigma e do
reclamante.
VI - Presentes os pressupostos
do art. 461 da CLT, é irrelevante
a circunstância de que o desnível
salarial tenha origem em decisão
judicial que beneficiou o
paradigma, exceto:
a) se decorrente de vantagem
pessoal ou de tese jurídica
superada pela jurisprudência de
Corte Superior;
b) na hipótese de equiparação
salarial em cadeia, suscitada em
defesa, se o empregador produzir
prova do alegado fato
modificativo, impeditivo ou
extintivodo direito à equiparação
salarial em relação ao paradigma
remoto, considerada irrelevante,
para esse efeito, a existência de
diferença de tempo de serviço na
função superior a dois anos entre
o reclamante e os empregados
paradigmas componentes da
cadeia equiparatória, à exceção
do paradigma imediato.
VII - Desde que atendidos os
requisitos do art. 461 da CLT, é
possível a equiparação salarial
de trabalho intelectual, que pode
ser avaliado por sua perfeição
técnica, cuja aferição terá
critérios objetivos.
VIII - É do empregador o ônus
da prova do fato impeditivo,
modificativo ou extintivo da
equiparação salarial. Art. 818,
CLT e 373, CPC (art. 769, CLT).
IX - Na ação de equiparação
salarial, a prescrição é parcial e
só alcança as diferenças salariais
vencidas no período de 5 (cinco)
anos que precedeu o
ajuizamento.
X - O conceito de "mesma
localidade" (prevalece o art. 461-
CLT – mesmo estabelecimento)
de que trata o art. 461 da CLT
refere-se, em princípio, ao
mesmo município, ou a
municípios distintos que,
comprovadamente, pertençam à
mesma região metropolitana
Direito do
Trabalho
II
 Aviso Prévio
É a comunicação da rescisão do
contrato de trabalho pela parte que
decide extingui-lo sem justa causa
Empregado Empregador
Contrato de Trabalho
OBS: Justa Causa
- Empregado => art. 482 (rol
taxativo)
- Empregador => art. 483
(rol taxativo) => rescisão
indireta (todos os direitos)
=> Just. Do Trabalho
A comunicação com antecedência
prevista em lei oferece vantagens
para ambas as partes do contrato de
trabalho.
a) Empregador => empregado
Possibilita o empregado
reduzir o período que
permanece desempregado
b) Empregado => empregador
No pedido de demissão do
empregado permite que o
empregador procure outro
trabalhador.
Cabimento do Aviso
Prévio
Em regra, a concessão do aviso
prévio é cabível nos contratos a
prazo indeterminado (art. 487
CLT).
Nos contratos a prazo
determinado, não seria lógico
cogitar o aviso prévio, porque as
partes já sabem a data de termo
(fim) do contrato.
No entanto, pode ocorrer conforme
previsto no art. 480 da CLT,
devendo o empregado indenizar o
valor restante para o fim do
contrato, em metade, desde que
seja comprovado prejuízo
irreparável.
Em caso de extinção por parte do
empregador é devida indenização
da data de extinção até o fim do
contrato, sem a necessidade de que
seja comprovado prejuízo
irreparável (art. 479 CLT).
É cabível o aviso prévio nos
contratos à prazo determinado,
quando este contrato tiver a
clausula asseguratória do direito
recíproco de rescisão (art. 481
CLT).
Neste caso, passa a possuir efeitos
com base nos efeitos previstos ns
contratos de prazo indeterminado.
OBS: Quando não contém a
cláusula aplica-se o art. 479 e 478
da CLT.
Contrato a prazo determinado
- Contém cláusula => art. 481 CLT
(efeitos do contrato a prazo
determinado)
- Não contém cláusula => art. 479
e 480 da CLT.
Súmula 163 do TST: Nos
contratos de experiência cabe aviso
prévio, desde que conte a cláusula
asseguratória do direito recíproco
de rescisão.
Objetivo do Aviso
Prévio
a) É devido na rescisão do
contrato sem justa causa;
b) É indevido na rescisão do
contrato com justa causa;
c) É devido pela metade nos
casos de rescisão por culpa
recíproca (falta grave praticada
pelas partes);
d) É devido pela metade nos
casos de rescisão por acordo (Lei
nº 13.467/2017);
e) É devido o aviso prévio ao
empregado na rescisão indireta do
contrato de trabalho desde que
reconhecido pela Justiça do
Trabalho;
Rescisão indireta = processo judicial
em que o empregado prova a Justiça
do Trabalho falta grave cometida
pelo empregador, sendo reconhecida
a veracidade desta prova.
f) É devido o aviso prévio na
rescisão do contrato de trabalho
pela extinção da empresa;
g) Nos contratos temporários
regidos pela Lei nº 6019/74 não é
devido o aviso prévio (não se
aplica a cláusula asseguratória).
É inválida concessão do aviso
prévio na influência da garantia de
empregador (estabilidade) ante a
incompatibilidade dos dois
institutos (Súmula 348 TST).
EX: gestante, dirigente sindical,
cipa, etc.
Súmula 369, inc. V do TST: Caso
o empregado registre a candidatura
a dirigente e suplente sindical no
curso do aviso prévio, não terá
direito a estabilidade.
Formalidade para a
Concessão de Aviso
Prévio
A CLT não estabelece uma forma
solene para a concessão do aviso
prévio.
Então a concessão do aviso prévio
poderá ser feita até verbalmente.
Por dificuldade ulterior de
comprovação da concessão do
aviso prévio, segure-se que o aviso
prévio deva ser concedido por
escrito, em duas vias, ficando uma
com o pré-avisado e outra com o
cedente do aviso prévio.
Renúncia do Aviso
Prévio pelo
Empregado
Conforme o art. 9 da CLT a
renúncia do empregado ao aviso
prévio não terá nenhuma validade
(regra).
O aviso prévio para o empregado é
irrenunciável.
A Súmula nº 276 do TST informa
que a irrenunciabilidade do
empregado ao aviso prévio não é
absoluta, caso o empregado tenha
obtido um novo emprego, este,
poderá renunciar o aviso prévio, se
essa condição for favorável ao
empregado (exceção).
Efeitos da Concessão
do Aviso Prévio
O aviso prévio é ato unilateral,
portanto independe da aceitação da
outra parte.
Ocorre a projeção do contrato de
trabalho pelo período
correspondente do aviso prévio,
mesmo que o aviso prévio seja
indenizado.
Ex: 8 meses + 1/12 = 9 meses =
9/12
O reajuste salarial coletivo
determinado no curso do aviso
prévio beneficia o empregado pré-
avisado.
O cometimento de falta grave no
curso do aviso prévio retira do
empregado o direito de
recebimento dos créditos
trabalhistas, salvo no caso de
abandono do emprego, em que se
conta 1/12, mas não se recebe a
verba do aviso prévio.
Haverá incidência do FGTS no
aviso prévio trabalhado ou
indenizado.
Duração do Aviso
Prévio
A duração do aviso prévio é uma
garantia constitucional, sendo
também de maneira proporcional,
sendo de no mínimo 30 dias (art.
7º, XX da CF/88).
A Lei nº 12.506/2011, garante ao
empregado dispensado sem justa
causa o direito ao acréscimo de 3
dias para cada 12 meses de
trabalho e prestação de serviço
para a mesma empresa, até o limite
de 90 dias (20 anos).
- Válido para a remuneração e não
os dias trabalhados.
Redução da Jornada Não se admite o pagamento da
redução da jornada com horas

de Trabalho
extras, acrescidas de 50% sobre a
hora normal (rural e urbano).

durante o A.P. Remuneração do

Durante o aviso prévio trabalhado
haverá redução da jornada de
Aviso Prévio
trabalho em: O pagamento da remuneração do
 Urbano = duas horas diárias aviso prévio deverá corresponder a
ou sete dias consecutivos. última remuneração do
empregado.
- Sem prejuízo de remuneração
(art. 488, p.u. da CLT)
Reconsideração do
- Direito potestivo (empregador
não pode proibir) Aviso Prévio
A redução de jornada de trabalho
só é assegurada na hipótese de O aviso prévio é ato unilateral,
extinção do contrato do independe de aceitação da parte
empregador para o empregado. avisada.

No período de demissão, não A reconsideração do aviso prévio é

ocorre a redução da jornada de ato bilateral, depende da aceitação
trabalho. da parte contrária.

OBS: A redução da jornada no Reconsideração tácita: acabou o

período do aviso prévio trabalhado aviso prévio, o empregado
é direito potestativo do empregado permanece trabalhando e o
não cabendo aceitação da parte do empregador não se manifesta.
empregador.
 Rural = um dia por semana
sem prejuízo de remuneração
 Estabilidade
Conceito a) Os salários do período final
da estabilidade até o término do
contrato de trabalho;
É o direito que o empregado tem de
permanecer no empregado mesmo OBS: não tendo direito a
contra a vontade do empregador. reintegração
A estabilidade pode ser: ESTABILIDADE
_I_____________________
a) Própria: quando garante
efetivamente a permanência do Data que descobriu a gravidez
empregado; _I________________I____
b) Imprópria: quando 9 meses 5 meses
somente dificultará a despedia por
_I_______________
parte do empregador. Ex: gestante,
auxílio acidente; 2 meses (extinguiu o contrato de
trabalho) = salários + créditos trabalhista
c) Geral: quando é conferida a
OBS: Quais as estabilidades
todos os trabalhadores;
provisórias (especiais) que existem
d) Especiais: quando em na legislação brasileira?
concedida em razão da condição
especial (lei) em que se encontra o
trabalhador.
Dirigente e
Estabilidades Suplente sindical
Art. 8, VIII da CF/88
Especiais Período de estabilidade: da data
de registro da candidatura até um
São chamadas de provisórias, são ano após o final do mandato,
aquelas conferidas por lei a certos inclusive o suplente, salvo se,
empregados que se encontram em cometer fata grave.
circunstâncias excepcionais no
Ex:
contrato de trabalho.
eleições Term. mand. 1 ano
Súmula 396 do TST: Nos casos de
estabilidades especiais exaurido o a
período dessas são devidos aos b
empregados apenas: c
Falta grave deve ser apurada por
inquérito judicial (processo Acidentado
judicial trabalhista) => Súmula
379 TST. O segurado que sofre acidente de
trabalho tem garantia
Não cabe estabilidade para
delegado, secretário, conselho Período: pelo prazo de no mínimo
fiscal sindical. 12meses a manutenção de seu
contrato de trabalho.

Representante da Nem todo acidentado no trabalho

tem direito e estabilidade. A lei
CIPA exige condições para que o
empregado tenha direito a
Art. 10, II, “a”, da ADCT estabilidade no contrato de
trabalho.
Veda a dispensa do empregado
sem justa causa ou arbitrária, para a) Afastamento superior a 15
o cargo de direção da CIPA, dias;
representando os empregados. +
b) O recebimento do auxílio por
incapacidade temporária
Direção (representação (auxilio acidente).
partidária)
Art. 118, Lei nº 8.213/91
6 rep. da CIPA 6 rep. da CIPA
empregados empregador Se for constatada após a extinção
eleitos indicado do contrato de trabalho doença
ocupacional que guarde relação
Período: Da data de registro da com a atividade de trabalho
candidatura até um ano após o final desenvolvida, o empregado
do mandato. também terá direito a estabilidade
(deve ser constatada por decisão
Somente eleitos gozam de judicial).
estabilidade e suplentes.
A estabilidade provisória do
Presidência não goza de acidentado tem que ter relação com
estabilidade, por ser empregador a atividade de trabalho
(indicado). desenvolvida pelo empregado ou
Súmula 339 TST: estabilidade estar relacionada a ele (contrato de
não passa para local distinto do trabalho). Sendo assim, o
eleito. empregado que sofrer acidente não
relacionado com o seu contrato não
goza de estabilidade.
 Gestante
Art. 10, II, “b”, da ADCT
Período: Data da confimação da
gravidez até 5 meses após o parto
Art. 395 CLT => aborto natural =>
descanso de 2 semanas
Arts. 496 e 497 da CLT:
Condições para TODOS os
indivíduos que gozam de
estabilidade:
1ª – Reintegração
2ª – Não sendo possível a
reintegração, o empregador deverá
pagar em dobro para o empregado
que goza de estabilidade, todo o
período estabilitário.
A estabilidade da empregada
gestante só funcionará para a
extinção do contrato de trabalho
sem justa causa ou arbitrária.
Súmula 244 TST: Se, no contrato
de experiência a empregada
engravidar, goza de estabilidade
gestante.
O fato do empregador desconhecer
o estado gravídico da empregada
da direito a estabilidade a gestante?
Não, afasta o direito da
estabilidade a empregada gestante.
A estabilidade gestante de aplica as
empregadas domésticas, conforme
Lei nº 11.324/2006.
Dirigente de
Cooperativa
Lei nº 5.764/71, art. 55
Período: Da data de registro da
candidatura até um ano após o final
do mandato.
Estabilidade só serve contra
extinção do contrato sem justa
causa ou arbitrária.
OBS: Não abrange os suplentes.
Membros da
Comissão de
Conciliação Prévia
Lei nº 9.958/2000
Órgão criado no âmbito da
empresa com a participação do
sindicato.
Dirimir os conflitos individuais de
trabalho no âmbito da empresa, de
forma extrajudicial.
Art. 625-A e 625-B da CLT
Art. 625 – B: Comissão de
Conciliação prévia será
estabelecido no âmbito da empresa
e terá composição paritária de no
mínimo 2 e no máximo 10
membros.
 Empregados
CCP
empregadores Membros de Órgão
2 2
Eleitos + indicados Curador do FGTS
suplentes
Aos membros eleitos para
representar os trabalhadores no
OBS: Estabilidade aos eleitos e
conselho nacional da previdência
suplentes.
social enquanto representantes dos
Período: Da data de registro da empregados (trabalhadores) em
candidatura, até 1 ano após o atividade, titulares e suplentes é
término do mandato, salvo se assegurado a estabilidade do
cometer falta grave nos termos da empregado, nomeação até 1 ano
Lei. após o final do mandato, salvo se
cometer falta grave, apurado
Membro do através de PROCESSO
SINDICAL.
Conselho Nacional ATENÇÃO!!!!

da Previdência Porém as estabilidades especiais

ou provisórias, podem os períodos

(CNPS) da estabilidade serem modificados

(para mais) e serem criadas novas
estabilidades através de
Aos membros eleitos para
NEGOCIAÇÕES COLETIVAS,
representar os trabalhadores no
são elas:
conselho nacional da previdência
social enquanto representantes dos
empregados (trabalhadores) em Representante dos
Empregados
atividade, titulares e suplentes é
assegurado a estabilidade do
empregado, nomeação até 1 ano
após o final do mandato, salvo se A reforma trabalhista (Lei nº
cometer falta grave, apurado 13.467/2017) instituiu a
através de PROCESSO estabilidade dos representantes dos
JUDICIAL. empregados.
Não confunda a estabilidade dos
representantes dos empregados
com os representantes dos
empregados do art. 11 da CF/88, e
com os representantes sindicais
(dirigente e suplente do art. 8º, VIII Somente para os representantes
da CF/88). dos empregados, não se estende
Representantes dos empregados (art. 11
aos suplentes (art. 510-D da CLT).
da CF/88) Número de representantes: Art.
510-A, §1º da CLT
Nas empresas com + 200 empregados
+200 ---- 3000 = 3 membros
+3000 --- 5000 = 5 membros
+5000 = 7 membros
Representante de empregados (art. 510-
OBS: Não terá apuração de falta
A, §1º da CLT)
grave (inquérito).
Período: Da data de registro da
candidatura até 1 ano após o final
do mandato.
 FGTS (Fundo da Garantia do Tempo
de Serviço)
É uma conta bancária aberta em
nome do empregado pelo
empregador.
O empregado poderá efetuar o
saque da conta FGTS quando for
dispensado da empresa nos casos
previstos em lei, ou diante de
situações excepcionais previstas
em lei.
O FGTS foi criado em 1966 em
alternativa a estabilidade decenal
 Antes de 1966 =
estabilidade decenal (trabalho 10
ou + anos), demitido sem justa
causa
 Em 1966 = FGTS
 A partir de 1966 = Depósitos Mensais
estabilidade decenal e FGTS
A dualidade de regime durou até a
CF/88
 CF/88 = estabilidade
decenal foi extinta, institui um
regime único = FGTS
b) Trabalhadores avulsos
c) Empregados domésticos
d) Trabalhadores rurais
e) Trabalhadores temporários
(Lei nº 6019/74)
OBS: Não são beneficiários do
FGTS
- Trabalhadores autônomos
- Trabalhadores eventuais
- Servidores públicos efetivos civis
e militares
OBS: As empresas podem, se
assim quiserem, estender o FGTS
aos seus diretores não empregados
(cargos de administração).
Todo empregador é obrigado a
depositar na conta do trabalhador,
mensalmente, até o dia 07 de cada
mês (não é 7º dia útil), o percentual
de 8% sob a remuneração do
trabalhador.

Beneficiários do
Ex: R$ 2.000,00 (salário) x 8% =
R$ 160,00 (FGTS)

FGTS ATENÇÃO!!!
Não é permitido por lei fazer o
São beneficiários do FGTS: pagamento do FGTS diretamente
a) Trabalhadores regidos pela ao trabalhador.
CLT (empregados)
O FGTS incide sobre todas as Contrato nulo com efeito limitado
verbas salariais. (saldo de salário e FGTS)
a) 13º salário; Levantamento do FGTS
b) Adicionais (insalubridade,
Levantamento = saque
periculosidade, noturno);
c) Comissões. O levantamento do FGTS se
encontra no art. 20 da Lei nº
Ex: R$ 2.000,00 (salário) + R$
8.036/90 (rol taxativo)
400,00 (ad. noturno) = R$
2.4000,00 x 8% = FGTS
O FGTS não incide sobre:
Efeitos na Rescisão
a) Vale transporte; ou Extinção do
b) Ajuda de custo;
c) Salaário família; Contrato de
d) Diárias que não excedem a
50%
Pois, não possuem natureza
Trabalho
salarial Se o empregado:
O FGTS é obrigatório nos a) Pedir demissão;
seguintes casos: b) Extinção com justa causa
Não terá direito ao saque do FGTS
a) Interrupção do contrato de
trabalho; Nos casos de:
b) Salário maternidade;
a) Despedida sem justa causa;
c) Prestação de serviço militar
b) Rescisão indireta;
OBS: Nos contratos de c) Força maior;
aprendizagem o percentual será de d) Extinção normal (contrato a
2% sobre a remuneração. prazo determinado);
e) Temporário
Súmula 305 do TST: Há
Nesses casos o trabalhador terá
incidência do FGTS no aviso
direito ao levantamento/saque do
prévio trabalhado ou indenizado.
FGTS
Súmula 363 do TST
Nos casos de:
O empregado público contratado
a) Rescisão indireta;
sem concurso público, o contrato é
b) Despedida sem justa causa
nulo, nas hipóteses do art. 37 §2º
O empregador estará obrigado no
da CF/88.
ato da rescisão do contrato
depositar o valor da indenização
correspondente a 40% dos valores Ex. (acordo):
depositados R$ 5.000,00 => 80% = R$
Ex¹: R$ 5.0000(FGTS) x 40% = 4.000,00
R$ 2.000 = R$ 7.0000 R$ 5.000,00 => 20% = R$
Ex²: R$ 5.000 (FGTS depositado) 1.000,00
x 40% = R$ 2.000 4.000+1.000 = 5.000,00
R$ 2.000 (sacado) Restará 1.000,00 (poderá ser
= R$ 3.000,00 sacado nos casos do art. 20)
Se a despedia for:
a) Culpa recíproca
Prescrição
b)
c)
Força maior
Acordo (Lei nº
Quinquenal
13.467/2017) – 80% do FGTS A partir de novembro de 2019 a
A indenização do FGTS será de prescrição do FGTS passou a ser
20% do total dos depositados na de 5 anos.
conta do FGTS
 Entes Coletivos Históricos
Antiguidade absolutismo ----------------------------------

Colégios Romanos: Fim do Feudalismo Corporações de ofício

Império romano Modelo econômico Séc. XIV

A divisão do povo por Oficinas especializadas
ofício de trabalho em um determinado
mister ou atividade de
trabalho
Facilitar a Monopólio da atividade
governabilidade econômica
O povo resistia menos Manufaturada artesanal
Semente do Autonomia/organização
sindicalismo (1º marco própria
histórico)
Burgos
Organização (rei, clero,
nobres – donos das c.o.,
povo)
Organização interna (
mestres – donos,
companheiros,
aprendizes – menores)
-------------------- liberalismo------------------------------- intervencionismo---

Séc. XVI Revolução Francesa Revolução Industrial

Companheiros/aprendizes x Séc. XVIII Inglaterra: invenção da
mestres máquina a vapor
Boicotes (manifestações) 1789 Liberalismo: pactuação
livre entre trabalhador e
patrão
Paralisações Liberdade, fraternidade, Desemprego: pobreza,
igualdade, propriedade exploração do
trabalhador
Compagnonage x corporações Liberalismo: rompimento Concentração de renda x
de ofício do homem com o Estado pobreza extrema
“pacta sun servanda”
Oposição Proibição de qualquer Boicotes => passa a ser
grupo de ajuda mútua intervencionista
1ª manifestação sindical (2º Extinção das corporações Lei trabalhista – Lei Peel,
marco histórico) de ofício e revogação das lei que
compagnonages proibiam grupos de ajuda
mútua
Princípio do paralelismo Relação de trabalho livre: Fase de tolerância
sindical: correspondência trabalhadores entregues a sindical (4º marco
entre classes, para cada livre pactuação histórico)
sindicato deve existir outro
Lei chapelier 1791: 1824 na Inglaterra surge o
proíbe e extingue as 1º sindicato
corporações de ofício, 1833 – Trade Union ACT
compagnonages e
qualquer associação
Fase de proibição 1844 (frança) – Lei
sindical (3º marcos Valdeck Russeau:
histórico) liberdade de associação
sindical
1881 – encíclica rerum
novarum
1884 – O capital
Fase de reconhecimento
sindical (5º marco)
Séc XX 1948 – Paris

Matéria trabalhista alcançou status D.U.D.H. art XX e XXIII

constitucional
1ª Constituição do México (Querétaro) 1949 (Versalhes) – O.I.T.
2ª Constituição da Alemanha (Weimar)
Tratado de Versalhes: fim da 1ª guerra e
reconhece o direito sindical
 Brasil e o Sindicalismo
1824 – Constituição do Império É parte do direito do trabalho que
- Extinção das corporações de trata coletivamente (categoria) dos
ofício conflitos de trabalho e das formas
- Agrícola e mineração de solução desses conflitos. Trata
da organização sindical e da forma
1903 – Decreto Lei nº 979
de representação coletiva dos
- 1ª Lei sindical brasileira
interesses das categorias
Unidade Sindical profissionais (trabalhadores) e
DL CF CF CF CF CF econômicas (empregadores).
1931 1934 1937 1946 1967 1988
U.S U.S U.S P.S U.S U.S
Princípios do
Decreto Lei nº Direito Coletivo do
19.770/31 Trabalho
1. Princípio da Liberdade
1. Unidade Sindical (válido
Sindical
atualmente)
Para cada categoria só pode existir É o princípio mais importante da
um único sindicato estrutura sindical brasileira.
2. Proibia qualquer É vedado ao estado intervir ou
propaganda ou ideologia política interferir na criação e organização
dos sindicatos.
3. Obrigava patrões a pagar
para os trabalhadores dispensados No brasil é livre a criação de
em razão da atuação sindical uma sindicato.
indenização correspondente a 6
O Brasil é signatário (ratificou) a
meses de salário
Convenção nº 98 do OIT.
4. Excluia o empregado
O Brasil não é signatário (não
público e os domésticos de
ratificou) da Convenção nº 87 da
sindicalizar
OIT (pluralidade sindical).

Conceito de Direito A liberdade sindical no Brasil não

é plena/absoluta.
Coletivo 1º Contribuição sindical
tributária/compulsória
=>
 - Lei nº 13.467/2017 acabou com a
natureza compulsória da
contribuição sindical =>
facultativa
2º Unicidade sindical => princípio
constitucional brasileiro
2. Princípio da
preponderância ou
supremacia do interesse
público
O direito coletivo tem o objetivo de
buscar a melhoria da condição de
trabalho para as categorias.
A vontade da maioria deverá
prevalecer sobre a vontade da
minoria
2.1. Princípio da democracia
interna sindical
A vontade da maioria prevalecerá
sobre a vontade da minoria, porém
quem decide as condições de
melhoria da categoria são os
membros do sindicato.
Aplicável de maneira interna nos
sindicatos
2.2. Princípio da Solidariedade
Social
Empregado se submete a decisão
da categoria
3. Princípio da Autonomia
Coletiva ou Poder de Auto-
regulamentação
As categorias (empregadores e
empregados) podem mediante os
agentes sociais (sindicatos) criar
normas coletivas (equiparadas a
lei) para melhoria das condições de
trabalho.
Sindicatos (categorias)
Normas coletivas (acordo coletivo
de trab./convenção coletiva de
trab.)
Normas Jurídicas coletivas
Melhoria das condições de
trabalho
As normas coletivas jurídicas
podem:
a) Criar
b) Alterar Dir. trabalhistas
c) Suprimir
OBS: Este princípio se aplica
somente ao direito do trabalho
4. Princípio da Busca do
Equilíbrio Social ou da Paz
Social
Capital x Trabalho = Conflito
Mecanismos para solução de
conflito:
a) Autocomposição
(negociação coletiva, mediação,
conciliação)
b) Heterocomposição
(arbitragem, dissídio coletivo)
 Pacificação da coletividade
OBS: Greve não é meio de solução
de conflito, e sim, mera
insatisfação
5. Princípio da Adequação ou
Adaptação Setorial
A negociação coletiva tem a Para que haja uma análise
finalidade que é adequar os direitos adequada das proposições do
trabalhistas a cada categoria de adversário, com intuito de facilitar
acordo com: o entendimento das categorias.
a) Época; Ex: Bancários x Bancos
b) Situação econômica Bancários: + salários, +
c) Região participações nos lucros e redução
d) Empresa da jornada
e) Condições de trabalho Banco: Não temos condições
econômicas de atender o pleito da
6. Princípio do Limite da
categoria dos bancários. (Falta de
Negociação Coletiva
lealdade e boa-fé).
As normas coletivas têm ampla
8. Princípio da Intervenção
liberdade de conceder direitos
Obrigatória dos Sindicatos
trabalhistas, superiores aos que
determinam a lei. Para negociação coletiva ter
validade é obrigatória a
Agora existem limitação quando
participação dos sindicatos (art. 8º,
desejarem:
III e IV da CF/88).
a) Criar
Exceção: No nosso sistema legal
b) Alterar Dir. trabalhistas
não é função principal das
c) Suprimir
federações ou confederações fazer
Os arts. 611-A e 611-B da CLT negociação coletiva ou instaurar
estabelecem quais os direitos dissídio coletivo. Essas
trabalhistas que podem ou não ser associações sindicais só
negociados aparecerão nas negociações
- Podem ser negociados – coletivas ou os dissídios coletivos
indisponibilidade relativa (art. para suprir as lacunas sindicais,
611-A) cobrindo os espaços
representativos quando não
- Não podem ser negociados – houverem sindicatos
indisponibilidade absoluta (art. representativos.
611-B)
OBS: Obrigatória a participação
7. Princípio da Boa- Fé ou do sindicato dos trabalhadores em
Lealdade entre os negociantes acordos coletivos de trabalho
Nas negociações coletivas é (sindicato x empresa) ou
requisito fundamental a convenções coletivas de trabalho
transparência nas tratativas. (sindicato x sindicato).
9. Princípio da Equivalência
entre os Negociantes
O que se equivale numa
negociação coletiva são os
sindicatos e não os membros da
categoria.
Essa equivalência é jurídica e
econômica com igualdade de
negociação.
Sindicato é pessoa jurídica de
direito privado com autonomia
financeira e estatutos próprios.
10. Princípio da Atuação de
Terceiros
Quando as partes não conseguirem
de forma isolada resolver os
conflitos coletivos chegando a um
consenso e mantiver o impasse nas
propostas, é permitido a
participação ou atuação de um
terceiro eleito ou não pelas partes
para a solução dos conflitos, com o
objetivo de aproximar pontos de
vista, diminuir as animosidades e
ajudar na solução dos conflitos.
Ex: arbitragem, mediação
conciliação, dissídio coletivo.
 Modelo Sindical a Luz da CF/88
Art. 5º, inc. XVII da CF/88
É livre a liberdade de associação,
vedada as de caráter paramilitar
(corporações associativas armadas
de natureza ideológica, política,
religiosa, etc).
Art. 37, inc. VI da CF/88
Garante ao servidor público civil o
direito a associação sindical
Art. 142, inc. IV da CF/88
É vedado ao servidor público
militar o direito a associação
sindical
Art. 8º, caput, da CF/88
Art. 8º, caput, da
CF/88
Considera-se livre a criação de
associação profissional
(OAB,CRM,CREA) ou sindical.
As categorias (econômicas e
profissionais) são representadas
jurídica e administrativamente
somente pelos sindicatos.
Categorias => Sindicatos
 Profissionais = empregados
 Econômicas = empregadores
Art. 8, inc. I da
CF/88
Princípio da liberdade sindical
Veda o Estado:
a) Intervir, e
b) Interferir na criação e
organização sindical
Ressalvado o registro em órgão
competente todo sindicato tem por
obrigação ser registrado em órgão
competente.
O registro serve para aferir a
unicidade sindical, ou seja, não
permitira a criação de mais de um
sindicato.
O registro se encontra a cargo do
Ministério do Trabalho e da
Previdência
Art. 8, inc. II da
CF/88
Estabelece o chamado princípio da
unicidade sindical (princípio
constitucional).
Para cada categoria só pode ter um
único sindicato, ou seja, 1
sindicato, 1 federação e 1
confederação.
Veda a criação de mais de uma
organização sindical em qualquer
grau (refere-se ao sistema
confederativo sindical).
Confederação
Federação
Sindicato(+ importante)
O grau de hierarquia vai do topo
até a base.
OBS: As centrais sindicais não são
entes sindicais, são associações
para qualquer fim.
Ex: SEEB VIC e Região
FEEB/BA e Sergipe
CEEB
No Brasil só existem duas
categorias: Profissional
(trabalhadores) e Econômica
(empregadores).
OBS; Sindicato não é nome é
registro
OBS: O MTP => ato vinculado
administrativo => fiscalização da
unicidade sindical
Área de atuação do sindicato
- Área não inferior a de 1
município
- Área mínima é um município,
não pode ser por bairros
Desmembramento: É quando um
sindicato se desmembra de outro
sindicato, desde que o sindicato
novo não atue na área de atuação
do outro.
- Os sindicatos são criados por
iniciativa dos trabalhadores e
empregadores interessados.
Art. 8º, inc. III da
CF/88
Assegura ao sindicato (1º grau) a
defesa dos interesses individuais e
coletivos das categorias, em
questões judiciais e
administrativas.
A grande diferença é que só o
sindicato possui representatividade
de categoria em questões judiciais
e administrativas, as associações
não.
Art. 8º, inc. IV da
CF/88
Por assembleia geral criara a
contribuição confederativa.
Contribuição confederativa (art. 8
IV) => Tributação compulsória
(STF)
Contribuição sindical – federação
(CLT art. 579) => Tributação
compulsória
Súmula 666 do STF: Tirou a
natureza compulsória tributária da
contribuição confederativa.
Reforma trabalhista => Lei nº
13.467/2017: Tirou a natureza
compulsória tributária da
contribuição sindical.
 Contribuição confederativa:
associação paga (facultativa)
 Contribuição sindical:
categoria paga (facultativa
Ex.: art. 7º, inc. VI, XIII e XIV da
CF/88
Art. 8º, inc. VII da
CF/88
É garantido o aposentado votar e
ser votado nas eleições sindicais.
Fica revogado os arts. 540 da CLT
=> permitia o aposentado votar,
mas não ser votado nas eleições

Art. 8º, inc. V da sindicais.

CF/88 Art. 8º, inc. VIII da

Ninguém é obrigado a filiar-se a CF/88
sindicato. Estado filiado pode
desfiliar-se. Trata de estabilidade do dirigente e
suplente sindical.
- Filiação positiva: filiar-se a
sindicato Da data de registro da candidatura
- Filiação negativa: desfiliar-se do até um ano após o final do
sindicato mandato, salvo se, cometer falta
grave, apurada por meio de
Princípio da liberdade de inquérito judicial (art. 482 CLT).
associação sindical
OBS: Não pode cobrar desfiliação Art. 8º, pár. único
Art. 8º, inc. VI da da CF/88
CF/88 As disposições constantes no art.
8º e seus incisos, aplica-se aos:
É obrigatória a participação dos a) Sindicatos rurais, e
sindicatos nas negociações b) Colônias de pescadores
coletivas (1º grau).
Negociação coletiva para ser
válida tem que ter a participação
dos sindicatos.
 Art. 9º da CF/88 governo nos órgãos considerados
quadripartite.
Direito de greve => trabalhador Ex: Órgão curador do FGTS /
Conselho Nacional da Previdência
§1º - Atividades essenciais (art. 10, Social
lei nº 7.783/89) também podem
fazer greve. a) Trabalhadores => sindicatos
b) Empregadores
§2º - Responsabilização (civil, c) Aposentados
criminal e trabalhista) para os d) Governo
abusos cometidos durante a greve.
§3º - Legitimidade processual do Art. 11 da CF/88
MPT para ajuizar dissídio coletivo
nos casos de greve que causem Dispõe que as empresas com + 200
prejuízo irreparável a coletividade. empregados poderão eleger 1
representante (sem estabilidade)
Art. 10 da CF/88 para negociar diretamente com o
empregador.
Os sindicatos poderão compor a
representação dos trabalhadores,
cooperando/ colaborando com o
 Criação e Registro dos Sindicatos
Todo sindicato é uma associação, A nomenclatura da associação ou
mas nem toda associação é um sindicato, não define a
sindicato. representação da categoria
Associação Sindicato
1. Atos constitutivos (votados em 1. Atos constitutivos +
assembleia geral) Art. 46 CC estatutos (registro) = > registro
como associação
2. Estatutos (voltados em assembleia 2. Registro no MTP
geral)
3. Registro (atos constitutivos + 3. C.N.E.S => Princípio da
estatutos) no cartório de títulos e unicidade sindical /ato vinculado
documentos administrativo
4. Personalidade jurídica 4. Registro sindical
 Associação 5. Personalidade jurídica
sindical
 Sindicato=> art.8, III, CF/88

OBS: Pode haver associação que

leva a nomenclatura de sindicato,
mas não é sindicato, pois não
possui registro no MTP
Ex: Sindicato dos trabalhadores
rurais de Paramirim
Ex: Febraban – Federação
brasileira dos bancos
OBS: Pode haver sindicato que
possua nomenclatura de
associação, mas é sindicato por
possuir registro no MTP.
Ex: Associação dos Docentes da
Universidade do Sudoeste da
Bahia
Órgãos dos
Sindicatos
1. Assembleia geral: órgão +
importante
2. Diretoria: mín. 3, máx. 7
diretores
3. Conselho Fiscal: composto
por 3 membros
Um membro eleito da diretoria
exercerá o cargo de presidente do
sindicato.
O cargo de presidente deverá ser
ocupado por brasileiro nato, e os
demais cargos por brasileiros.
A duração do mandato da diretoria c) Promover a conciliação dos
será de 3 anos. dissídios de trabalho (negociações
coletivas);
Para criação de um sindicato
deverá os trabalhadores ou d) Sempre que possível e
empregadores interessados, dentro de suas possibilidades,
convocar a categoria através de manter em seu quadro pessoal, um
edital de convocação. assistente social, com o objetivo de
promover integração profissional
Empresas Trabalhadores
da classe.
Mín. 1/3 das Mín. 1/3 dos

Prerrogativas dos
empresas da trabalhadores
categoria da categoria
interessada profissional
interessada Sindicatos
Art. 513 da CLT
Deveres do a) Representar perante as

Sindicato (art. 514

autoridades administrativas e
judiciárias, os interesses
individuais e coletivos da
CLT) categoria, relativos as atividades
ou profissão exercida => art.8, III,
a) Colaborar com os poderes da CF/88;
públicos no desenvolvimento da
solidariedade social. Ex: CNPS, b) Os sindicatos de
órgão curador do FGTS; empregados, terão a prerrogativa
de fundar agências de colocação;
b) Manter o serviço de
assistência judiciária para os c) Colaborar com o Estado
associados do sindicato. CLT não com órgãos consultivos e técnicos
menciona, mas não impede: do estudo de soluções e problemas
médico, hospitalares, das categorias.
odontológicos;
 Órgãos Sindicais de Grau Superior
A CF/88, no art. 8º, inc. IV, Em caso de desfiliação da
manteve o sistema confederativo federação, passando a ter número
sindical, com isso, foi inferior a 5, ainda haverá
recepcionado o art. 533 da CLT. federação, pois no momento da
criação da federação sindical o ato
Art. 533 da CLT:
jurídico era perfeito.
Os entes sindicais de graus
Excepcionalmente, admite-se a
superior são:
representação das federações no
a) Federações; e âmbito regional ou inter-estadual.
b) Confederações Exemplos de Federações
Sindicais:
Federações Sindicais - FIESP
Art. 534 - FEEB/RS/ES
As federações sindicais - FECOMERCIO-RS
organizadas nos estados-membros
Não é Federação sindical:
(área de atuação), representando as
categorias profissionais e - FEBRABAN = associação civil
econômicas.
As federações se formam
conforme os seguintes
pressupostos:
A federações e confederações
a) Reunindo um número não
podem em certos casos celebrar
inferior a 5 sindicatos;
negociação coletiva ou ser partes
+
no dissídio coletivo:
b) Representação da maioria
1. Art. 611, §2º da CLT
Necessário registro sindical
- Inorganizadas em sindicatos
OBS: Pode ser mais de um Estado
2. Art. 617, §1º da CLT
Em caso de desmembramento pode
o estado-membro ter número - Recusa do sindicato, prazo de 8
inferior a 5 sindicatos, desde que a dias
federação criada siga os
3. Art. 857, parágrafo único
parâmetros do art. 534.
da CLT
- Dissídios coletivos c) Conselho fiscal
4. Caso as categorias não - Art. 538 da CLT
tenham representação de
- Diretoria: mínimo de 3 membros
sindicatos, federações ou
confederações, poderá a - Conselho fiscal: 3 membros
representação da categoria ser feita - Os membros da diretoria e do
por uma comissão de trabalhadores conselho fiscal serão eleitos pelo
ou empregadores interessados, conselho de representantes, para
para instaurar dissídio coletivo ou mandato de 3 anos.
participar de negociação coletiva.

Confederação Centrais Sindicais

Sindical
São entidades de representação
geral dos trabalhadores.

As confederações sindicais, As centrais sindicais são

representam categorias constituídas em âmbito nacional.
profissionais e econômicas em As centrais sindicais são pessoas
âmbito de representação nacional. jurídicas de direito privado na
Art. 535 da CLT modalidade de associações civis.

As confederações se formam
conforme os seguintes
pressupostos: - Sindicatos, Federações e
Confederações
a) Mínimo de 3 federações
+ As centrais sindicais não são
b) Sede em Brasília – DF sindicatos, ou seja, não fazem parte
do sistema confederativo sindical.
Ex: Art. 535, §§1º e 2º da CLT
As centrais sindicais são
Administração das intercategorias e não tem
influência o princípio da unicidade
Federações e sindical.

Confederações
Tem por finalidade unir, num
a) Diretoria
momento de juntar forças, agir
b) Conselho de
perante empregadores e governo
representantes
para estabelecer diálogos para
tratar de assuntos relacionados
com os trabalhadores.
- UST, CUT, NCST, CGT, Força
Sindical
a) Declarar greve; As centrais sindicais passaram a
existir através da Lei nº 648/2008,
b) Realizar acordos e
art. 1º.
convenções coletivas;
c) Propor ações coletivas;
d) Representar a categoria Art. 2º, Lei nº 648/2008.
 Categorias Econômicas e
Profissionais
Categoria Atividade econômica: Define a
categoria pela atividade econômica

Econômica
em que o trabalhador esteja
inserido, não leva em consideração
a profissão do trabalhador. Ex:
A categoria econômica é formada professores da Fainor.
por empregadores (art. 511 §1º)
Profissão: Não leva em
Solidariedade de interesses consideração a atividade
econômicos. econômica do trabalhador e sim a
Desenvolvem atividades: profissão. Ex: Engenheiros de
idênticas, similares, conexas. Vitória da Conquista.

Ex: Donos de pizzaria (idênticas),

bares e restaurantes (similares),
ramo da construção civil – pintura,
hidráulica (conexas).
Art. 511, §3º
Categoria Pessoas que desenvolvem a mesma
profissão
Profissional Profissionais regidos por lei
A categoria profissional é formada própria
por trabalhadores (art. 511 §2º). Ex: Mergulhador, advogado,
União de trabalhadores. médico, engenheiro.

Similitude de condições de vida É a que se forma de empregados

em razão da profissão ou trabalho que exercem:
que exercem em comum. a) Profissões ou funções
diferenciadas (em razão de estatuto
profissional especial);
b) Em condições de vida
1) Atividade econômica singular
2) Profissão
Segundo o TST o empregado eleito
dirigente sindical em categoria
profissional diferenciada, só categoria profissional do sindicato
gozará de estabilidade se exercer a para que foi eleito.
empresa atividade pertinente a
 Greve
É autodefesa.
É uma garantia constitucional,
prevista no capítulo dos direitos
sociais no art. 9º, §§1º ao 3º da
CF/88.
O direito de greve conforme o
caput do art. 9º, cabe aos
trabalhadores exercerem, quando
achar necessário.
§1º - Assegura o direito de greve
aos trabalhadores, inclusive da
atividade essencial;
§2º - Os abusos cometidos durante
a greve, sujeitam os responsáveis
as penas da lei.
§3º - O MPT terá legitimidade para
instaurar dissídio coletivo nos
casos em que a greve causae
prejuízo a população.
Regulamentação do Direito de
greve:
Lei nº 7.783/89 (Lei da Greve)
Conceito de Greve
O direito de greve, exercício
legítimo da greve, é a suspensão
coletiva, temporária, pacífica,
total ou parcial da prestação dos
serviços a empregador (art. 2º).
No direito brasileiro somente é
considerado greve de
trabalhadores e houver paralisação
dos serviços.
Qualquer outra manifestação que
não haja paralisação dos serviços
não será considerada greve.
Exemplo:
1) Operação tartaruga: Não há
paralisação da atividade de
trabalaho, há um extremo vagar,
atrasando a atividade de trabalho.
Ex: PRF conferindo todos os
documentos.
2) Greve de zê-lo / Operação
padrão: Não há paralisação da
atividade de trabalho, nesses caso
os trabalhadores trabalham com
redobrado esmero, cumprindo a
risca suas funções laborais. Ex:
Bancários contando todas as
moedas.
A greve é uma paralisação coletiva
dos trabalhadores.
A paralisação de um único
trabalhador não é greve, é
inexecução da atividade de
trabalho que poderá ser punido
com a demissão com justa causa.
Classificação da
Greve
A greve pode ser classificada
como:
a) Lícita: feita de acordo com m) Solidariedade: quando a
a Lei; categoria de trabalhadores adere a
greve de outra categoria de
b) Ilícita: feita em
trabalhadores.
desconformidade com o que
prescreve a Lei;
c) Abusiva: a greve, durante
Atos Preparatórios
seu curso, são praticados atos que
vão de encontro com a lei. Quem
para a Greve
determina a abusividade do A deflagração da greve deve
movimento paredista (greve) é a obedecer a certos atos
Justiça do Trabalho; preparatórios previstos em lei:
d) Não abusiva: é a greve que 1) Negociação coletiva ou
no transcorrer dela está dentro dos arbitragem;
limites determinados na lei;
+
e) Global: quando atinge
várias empresas; 2) Assembleia geral =>
sindicato
f) Parcial: quando alcança
alguns setores da empresa; +

g) Greve de empresa: a greve 3) Aviso prévio ou prévio aviso

atinge apenas uma empresa A lei não autoriza o início da
específica; paralisação a não ser depois de
h) Contínua: quando a greve frustrada a negociação coletiva ou
perdura no tempo sem interrupção; verificada a impossibilidade de
arbitragem.
i) Intermitente: intercala dias
trabalhados com dias de A greve deve ser deliberada em
paralisação; assembleia geral (art. 4º),
convocada pelas entidades
j) Rotativa: quando praticada sindicais.
por um grupo de trabalhadores
alternadamente; Art 4º, §§2º e 5º da Lei nº 7.783/89

k) Branca: quando os Na falta de entidade sindical a

trabalhadores estão nos postos de assembleia será realizada pelos
trabalho mas não executam suas trabalhadores interessados que
funções; constituirão uma comissão para
representá-los, inclusive na
l) Política: quando há Justiça do Trabalho.
reivindicação de ordem legal;
Em terceiro, é indispensável o
prévio aviso. O empregador ou a
entidade sindical patronal deve ser
comunicada previamente da
paralisação da categoria com
antecedência mínima de 48h em
atividades não essenciais, nos
serviços essenciais ou atividades
essenciais a entidade sindical ou
trabalhadores, deverão comunicar
a paralisação ao empregador e
usuários com antecedência mínima
de 72 horas.
Não há obrigatoriedade de
comunicação de prévio aviso para
a Delegacia Regional do Trabalho
(D.R.T).
Garantia aos
Grevistas
Art. 6º da Lei nº 7.783/89
a) O emprego de meios
pacíficos tendentes a persuadir ou
aliciar trabalhadores a aderir a
greve, portanto, é permitido o
piquete pacífico;
b) A arrecadação de fundos e a
livre divulgação do movimento
paredista (greve);
c) No Brasil não é permitido o
piquete violento => impedir o
acesso ao trabalho dos empregados
que não aderiram a greve;
d) Os trabalhadores que
entenderem que devem trabalhar
durante a greve não podem ser
impedidos;
e) O empregador não é
obrigado a fazer o pagamento dos
salários durante o período de
paralisação da greve;
f) Os efeitos dos dias
paralisados durante a greve no
contrato de trabalho, será o de
suspensão;
g) O efeito da suspensão
poderá ser transformado no efeito
da interrupção do contrato de
trabalho, quando o empregador e a
entidade patronal deliberam pelo
retorno as atividades
condicionadas aos pagamentos dos
salários;
h) A livre divulgação do
movimento de greve é permitida
podendo ser efetuada através de
panfletos, cartazes de propaganda,
veículo de som, internet, rádio,
televisão.
i) Na divulgação do
movimento é proibida ofender a
imagem do empregador =>
objetivo é a melhoria das
condições de trabalho, e não
prejudicar o funcionamento da
empresa.
Greve e Direitos
constitucionais
Art. 6º, §1º da Lei nº 7.783/89
Em nenhuma hipótese poderão ser Exceção
violados direitos e garantias
1) Empregador poderá demitir
constitucionais.
o empregado durante a greve por
Os grevistas têm a obrigação de justa causa (art. 482 CLT);
respeitar os direitos
2) Pode o empregador fazer
constitucionais, tanto em relação
contratações durante a greve;
aos empregadores quanto aos
demais trabalhadores e usuários do 2.1.) Quando a paralisação causar
serviço. prejuízo irreparável; ao
empregador;
São eles:
2.2.) Inexistência de acordo para
a) Direito à propriedade;
a manutenção de trabalhadores
b) Direito a livre manifestação nos postos de trabalho;
de pensamento;
OBS: As regas são cabíveis as
c) Direito a moral e a imagem; atividades essenciais e não
essenciais, mas as exceções são
d) Direito de locomoção das
cabíveis somente as atividades não
pessoas
essenciais.

Dispensa e A greve que foi considerada

abusiva pela Justiça do Trabalho
Contratação de também dará direito a contratação.

empregados durante Greve nos Serviços

a greve essenciais
Art. 9º da Lei nº 7.783/89 São consideradas atividades
essenciais (art. 10 da Lei nº
Regra e Exceção de Contratação e 7.783/89):
Demissões durante a greve:
Tratamento e abastecimento de
Regra água; produção e distribuição de
1) É vedado ao empregador energia elétrica, gás e
fazer demissões durante a greve; combustíveis; assistência médica e
hospitalar; distribuição e
2) É vedado ao empregador comercialização de medicamentos
fazer contratações durante a greve; e alimentos; funerários; transporte
coletivo; captação e tratamento de
esgoto e lixo; telecomunicações;
guarda, uso e controle de
substâncias radioativas,
equipamentos e materiais
nucleares; processamento de dados
ligados a serviços essenciais;
controle de tráfego aéreo; controle
de tráfego aéreo e navegação
aérea; compensação bancária;
atividades médico-periciais
relacionadas com o regime geral de
previdência social e a assistência
social; atividades médico-periciais
relacionadas com a caracterização
do impedimento físico, mental,
intelectual ou sensorial da pessoa
com deficiência, por meio da
integração de equipes
multiprofissionais e estará obrigada ao pagamento dos
interdisciplinares, para fins de
reconhecimento de direitos
previstos em lei; outras prestações
médico-periciais da carreira de
Perito Médico Federal
indispensáveis ao atendimento das
necessidades inadiáveis da
comunidade; atividades portuárias.
Os serviços essenciais a população
=> é vedado a paralisação
completa dos trabalhadores, essa
vedação é decorrente de Lei.
Em caso de greve em atividades
essenciais, com possibilidade de
lesão do interesse público, o MPT
poderá ajuizar um dissídio
coletivo, competindo a Justiça do
Trabalho julgar o conflito (art. 114,
§3º da CF/88).
Locaute (Lockout)
É a paralisação das atividades de
trabalho, pelo empregador com o
objetivo de frustrar a negociação
ou dificultar os entendimentos dos
empregados (art. 17 da Lei nº
7.783/89).
O Locaute é expressamente
proibido pela lei da greve.
Caso a empresa haja desta maneira
salários do período
correspondente.
Greve no Serviço
Público
Art. 37, inc. VII da CF/88
Lei complementar
Subsidiariamente é utilizada a Lei
nº 7.783/89.
Processo
do
Trabalho