Você está na página 1de 11

02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DOS EMPREGADOS


 
O artigo 149 da Constituição Federal prevê a Contribuição Sindical, nos seguintes termos: 

"Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado
o disposto nos arts. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que
alude o dispositivo.
 
Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social."

Os artigos 578 e 579 da CLT preveem que as contribuições devidas aos sindicatos, pelos que participem das categorias econômicas ou
profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades, têm a denominação de "Contribuição Sindical".
 
A contribuição sindical não se confunde com a contribuição confederativa, contribuição assistencial e assemelhadas, pois enquanto a
contribuição sindical decorre da competência da União em instituí-la (contida na própria Constituição), as demais são instituídas por
meio de acordo ou convenção coletiva, e são contribuições destinadas ao custeio do sistema confederativo da representação sindical.
Veja maiores detalhes no tópico Contribuições Confederativa, Assistencial e Assemelhadas Empregados não Sindicalizados.
 
A Contribuição Sindical, até outubro/2017, era devida por todos aqueles que participassem de uma determinada categoria econômica
ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão (artigo 583 da CLT).
Na inexistência dessa categoria, o recolhimento era feito à federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional (art.
591 da CLT).
 
Entretanto, a Lei 13.467/2017 (Lei da Reforma Trabalhista) alterou os arts. 578, 579 e 582 da CLT, estabelecendo que a contribuição
sindical só será devida nas seguintes condições:

O empregado deverá requerer o pagamento da contribuição sindical, autorizando de forma prévia (POR ESCRITO),
voluntária, individual e expressa, conforme dispõe o art. 579 da CLT;
A autorização deverá ser feita de forma individual (preferencialmente contendo nome, cargo, setor, CPF, CTPS e PIS do
trabalhador) e entregue para o RH da empresa ou diretamente ao sindicato. A empresa poderá recepcionar as autorizações e
encaminhá-las ao sindicato da categoria mediante protocolo de entrega.
 
Portanto, a partir de 11.11.2017, quando entrou em vigor a Lei 13.467/2017 (reforma trabalhista), a contribuição sindical dos
trabalhadores participantes das categorias econômicas, autônomos e profissionais liberais só será devida se houver a citada autorização.
 
O TST vem decidindo que a autorização coletiva, ainda que aprovada em assembleia geral, não supre a autorização individual prévia e
expressa de cada empregado, conforme jurisprudência abaixo.
 
FILIAÇÃO – NÃO OBRIGATORIEDADE
 
Ninguém é obrigado a filiar-se a sindicato, mas todos os trabalhadores deverão ser enquadrados em determinada categoria sindical,
considerando a categoria econômica em que o trabalhador está vinculado (atividade preponderante da empresa) e a base territorial.
 
Sendo ou não filiado os trabalhadores farão jus a todos os direitos dispostos na convenção coletiva, inclusive o dissídio, daquela
categoria a que está enquadrado.
 
CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS - BOLETO BANCÁRIO - PERDA DA VALIDADE DA MP 873/2019
 
A Medida Provisória 873/2019 havia alterado o art. 582 da CLT dispondo que, havendo autorização expressa, a contribuição sindical
seria feita exclusivamente por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico, que seria encaminhado obrigatoriamente à
residência do empregado ou, na hipótese de impossibilidade de recebimento, à sede da empresa.
 
Por não ter sido votada pelo Congresso Nacional dentro do prazo de 120 dias, a citada medida provisória deixou de produzir seus
efeitos a partir de 29.06.2019.
 
Portanto, de 01.03.2019 a 28.06.2019, período de vigência da Medida Provisória 873/2019, ficou terminantemente proibido o
desconto da contribuição sindical em folha de pagamento por parte da empresa.
 
Neste período, o recolhimento deveria ser feito diretamente pelo próprio empregado que optou (POR ESCRITO) em contribuir, por
meio de boleto bancário enviado pelo sindicato.
 
Com a perda da validade da MP 873/2019, a contribuição sindical será devida na forma como estabeleceu a Lei 13.467/2017 (reforma
trabalhista), ou seja, mediante desconto em folha de pagamento, desde que haja autorização expressa (POR ESCRITO) por
parte do empregado ou profissional liberal.
 
Nos termos do art. 582, § 3º, incisos I e II da CLT, considera-se um dia de trabalho o equivalente a: 

Uma jornada normal de trabalho, na hipótese de o pagamento ao empregado ser feito por unidade de tempo (hora, dia, semana,
quinzena ou mês);

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 1/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa, empreitada ou comissão.
 
A contribuição sindical devida ao empregado que fizer a autorização expressa corresponde a um dia normal de trabalho, ou seja, vai ser
composta da remuneração que corresponda à jornada diária normal do empregado.
 
Assim, as horas extras não irão compor a base de cálculo da contribuição sindical, uma vez que estas horas são realizadas além da
jornada normal.
 
Exemplos
 
Salário Mensal:           R$ 1.710,00.
Desconto da Contribuição Sindical: R$ 57,00  (R$
1.700,00 / 30 dias)
 
Salário Mensal:           R$ 1.984,50   
Horas Extras:              R$    450,00
Total:                          R$ 2.434,50
Desconto da Contribuição Sindical: R$ 66,15  (R$
1.984,50 / 30 dias)
 
Salário Pago em Utilidades
 
Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente, gorjetas, a contribuição sindical
corresponderá a 1/30 avos da importância que tiver servido de base, no mês de janeiro para a contribuição do empregado à Previdência
Social (art. 582, § 4º da CLT).
 
DESCONTO EM FOLHA - POSSIBILIDADE - VIGÊNCIA DA MP 873/2019
 
Os empregadores poderão descontar da folha de pagamento de seus empregados (desde que tenham feito a autorização expressa),
relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical aos respectivos sindicatos, já que a MP 873/2019 perdeu sua validade,
conforme já mencionado acima.
 
Admissão Antes do Mês de Março
 
Os empregados admitidos no mês de janeiro ou fevereiro e que fizerem a autorização do pagamento da contribuição sindical de forma
expressa, terão a contribuição descontada no mês de março do respectivo ano, ou seja, no mês destinado à esta contribuição.
 
Admissão no Mês de Março
 
Os empregados admitidos no início do mês de março e que fizerem a autorização de pagamento da contribuição sindical de forma
expressa, terão a contribuição descontada no mês de abril, conforme estabelece o art. 602 da CLT.
 
Nota: Caso o empregado tenha sido admitido no dia 28 ou 30 de março, por exemplo, nada obsta que o mesmo faça a contribuição
(desde que haja autorização expressa) somente no mês de maio, haja vista que o saldo de salários de 2 ou 3 dias serão insuficientes para
suportar tal contribuição, já que haverá outros descontos normais, tal como o de INSS.
 
Admissão Após o Mês de Março
 
Os empregados que forem admitidos depois do mês de março poderão contribuir no primeiro mês subsequente ao do início do trabalho,
caso opte pela autorização expressa.
 
Como exemplo, empregado admitido no mês de abril sem que tenha contribuído em outra empresa.
 
Neste caso, se o empregado fizer a autorização de pagamento da contribuição sindical de forma expressa, o desconto em folha será
efetuado em maio, nos termos do art. 602 da CLT.
 
Empregado Afastado
 
O empregado que se encontra afastado da empresa no mês de março, sem percepção de salários, por motivo de doença, acidente do
trabalho ou licença não remunerada, havendo autorização expressa, o desconto poderá ser feito no primeiro mês subsequente ao do
reinício do trabalho.
 
Exemplo
 

Empregado sofreu acidente de trabalho em fevereiro e só retornou à atividade em junho. A contribuição sindical poderá ser
efetuada em julho do respectivo ano, caso opte expressamente por contribuir.
 
Aposentado
 
O aposentado que retorna à atividade como empregado e, portanto, é incluído em folha de pagamento, fica sujeito ao desconto da
contribuição, desde que manifeste formalmente por contribuir.

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 2/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

 
O art. 8º, inciso VII da Constituição Federal determina também que o aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas
organizações sindicais.
 
Porque dividir por 30 e não pelo número de dias do mês?
 
Conforme o art. 582, § 3º, incisos I e II da CLT, a contribuição equivale a uma jornada normal de trabalho (no caso do mensalista, por
exemplo), e a 1/30 avos se a remuneração for paga por tarefa, empreitada ou comissão.
 
Na Nota Técnica 05/2004 da Coordenação-Geral de Relações do Trabalho, em resposta a inúmeras consultas recebidas sobre o modo
de calcular a contribuição sindical prevista nos artigos 578 a 591 da CLT, podemos observar até nos exemplos ilustrados que o
entendimento da forma de cálculo é de 1/30 avos, conforme exemplo na íntegra referente à Nota Técnica:
 
“O artigo 580 da CLT estabelece que o valor da Contribuição Sindical será:
I)  para os empregados, correspondente à remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma de suas remunerações.
É ainda importante ressaltar que um dia de trabalho para cálculo da Contribuição Sindical, segundo a CLT, equivale a:

a) uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de tempo;

Por exemplo: um empregado que recebe R$ 1.000,00 por mês, contribuirá com aproximadamente R$34,00. Se recebe R$
1.000,00 a cada quinze dias, contribuirá com aproximadamente R$ 67,00.

b) a um trinta avos da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa, empreitada ou comissão;

Por exemplo: um empregado que tenha recebido R$ 500,00 no mês anterior, contribuirá com aproximadamente R$ 17,00.”
 
Observamos que no demonstrativo do cálculo tanto para o mensalista quanto para o tarefeiro ou comissionista, o entendimento na
forma de cálculo foi de 1/30 avos.
 
Como no caso do mensalista não há variação da remuneração em relação à variação do número de dias de trabalho no mês, o
entendimento é que o valor será de uma jornada normal de trabalho, considerando que este sempre recebe por base fixa de 30 dias ou
de 220 horas mensais.
 
Se adotássemos o cálculo de contribuição sindical dividindo pelos dias do mês, e não por 1/30, haveria variação de valores, conforme
abaixo demonstrado:
 
Cálculo sobre o número de dias do mês
Salário
Fevereiro (28 dias) Fevereiro (29 dias) Março (31 dias) Abril (30 dias)
R$ 1.610,00 R$ 57,50 R$ 55,52 R$ 51,94 R$ 53,67
 
Neste exemplo foi considerado o mês de fevereiro (inclusive no ano bissexto) para demonstrar que, se tivéssemos esta situação durante
o ano e se considerássemos o número de dias efetivos do mês, ora teríamos o desconto a maior e ora a menor em relação aos 30 dias.
 
Assim, o entendimento com base na própria legislação (CLT) é que a contribuição deve corresponder a 1/30 avos do salário,
independentemente do mês em que está sendo descontado, se de 28, 29, 30 ou 31 dias.
 
Não se trata de estar prejudicando ou beneficiando o trabalhador, mas de aplicar o princípio da razoabilidade.
 
PROFISSIONAL LIBERAL COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO
 
Considera-se profissional liberal aquele que exerce com independência ou autonomia profissão ligada à aplicação de seus
conhecimentos técnicos e para a qual possua diploma legal que o autorize ao exercício da respectiva atividade.
 
Os profissionais liberais poderão optar pelo pagamento da Contribuição Sindical unicamente à entidade sindical representativa da
respectiva profissão (até o última dia útil de fevereiro de cada ano), desde que a exerça, efetivamente, na empresa e, como tal, sejam
nelas registradas.
 
Neste caso, o profissional deverá exibir a prova da quitação da contribuição dada por sindicato de profissionais liberais, nos termos dos
arts. 579 e 582 da CLT. Ainda que o profissional não apresente prova de quitação da contribuição sindical em fevereiro para a empresa,
esta só poderá proceder o desconto no mês de março em folha de pagamento, se houver autorização expressa do empregado.
 
Para maiores detalhes acesse o tópico Contribuição Sindical - Autônomos e Profissionais Liberais.
 
Profissional Liberal Com Vínculo Empregatício - Não Exercício da Atividade Equivalente a Seu Título
 
Os empregados que, embora liberais, não exerçam na empresa atividade equivalente a seu título, caso optem expressamente por escrito,
deverão contribuir à entidade sindical da Categoria Profissional preponderante da empresa, ainda que, simultaneamente, fora da
empresa, exerça sua atividade liberal e efetue a respectiva Contribuição Sindical.
 
Advogados Empregados
 

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 3/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

Os advogados empregados que contribuem para a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB ficam isentos da Contribuição Sindical
(Estatuto da OAB - Lei 8.906/1994). Para maiores detalhes acesse o tópico Contribuição Sindical - Autônomos e Profissionais Liberais.
 
Técnicos em Contabilidade
 
De acordo com o Despacho do Ministro do Trabalho no processo MTb 325.719/82, os técnicos em contabilidade têm direito à opção
para efeito da Contribuição Sindical unicamente ao Sindicato dos Contabilistas, desde que observem os seguintes requisitos:

Exerçam efetivamente na empresa a respectiva profissão;


Sejam registrados na respectiva profissão;
Exibam prova de quitação da contribuição concedida pelo Sindicato dos Contabilistas;
Opção em poder do empregador. 
 
ANOTAÇÕES EM FICHA/LIVRO DE REGISTRO OU SISTEMA DE FOLHA DE PAGAMENTO

A empresa deverá anotar na ficha/folha do livro de Registro de Empregados ou na base de dados do sistema de folha de pagamento as
informações relativas à Contribuição Sindical paga.

A citada anotação deve ser feita para efeitos de controle da empresa, uma vez que a Portaria MTP 671/2021 não exige as referidas
anotações.  

QUADRO DAS PROFISSÕES LIBERAIS


O estatuto da Confederação Nacional dos Profissionais Liberais (CNPL) dispõe, em seu artigo 1º, § 2º, que o profissional liberal é
“aquele legalmente habilitado a prestação de serviços de natureza técnico-científica de cunho profissional com a liberdade de execução
que lhe é assegurada pelos princípios normativos de sua profissão, independentemente de vínculo da prestação de serviço”. 
 
Abaixo a lista de profissões liberais regulamentados de acordo com as leis específicas:
 
Ordem Profissão Lei que Dispõe Sobre o E
1 Administradores Lei 7.469 de 09 de setembro de 1965
2 Advogados Lei 8.906 de 04 de julho de 1994
3 Aeronauta Lei 13.475 de 28 de agosto de 2017
4 Agrônomos Lei 5.194 de 24 de dezembro de 1966
5 Arquitetos Lei 5.194 de 24 de dezembro de 1966 e Lei 12
6 Arquivistas Lei 6.546 de 04 de julho de 1978
7 Artistas Lei 6.533 de 24 de maio de 1978
8 Assistentes Sociais Lei 8.662 de 07 de junho de 1993
9 Atores Teatrais Lei 6.533 de 24 de maio de 1978
10 Atuários Decreto-Lei 806 de 4 de setembro de 1969
11 Bibliotecários Lei 4.084 de 30 de junho de 1962
12 Biólogo e Biomédicos Lei 6.684 de 03 de setembro de 1979
13 Bombeiro Civil Lei 11.901 de 12 de janeiro de 2009
Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e
14 Lei 12.592 de 18 de janeiro de 2012
Maquiador
15 Cenógrafos Lei 4.641 de 27 de maio de 1965
16 Compositores Artísticos, Musicais e Plásticos Lei 3.857 de 22 de dezembro de 1960
17 Contabilistas Decreto-Lei 9.295 de 27 de maio de 1946
18 Corretores de Imóveis Lei 6.530 de 12 de maio de 1978
19 Corretor de Seguros Lei 4.594 de 29 de dezembro de 1964
20 Despachante Aduaneiro Decreto 6.759 de 05 de fevereiro de 2009
21 Economistas Lei 1.411 de 13 de agosto de 1951
22 Economista Doméstico Lei 7.387 de 21 de outubro de 1985
23 Educadores Físicos Lei 9.696 de 1 de setembro de 1998
24 Enfermeiros Lei 7.498 de 25 de junho de 1986
Engenheiros (civis, de minas, mecânicos, eletricistas, industriais e
25 Lei 5.194 de 24 de dezembro de 1966
agrônomos)
26 Engenheiros de Segurança do Trabalho Lei 7.410 de 27 de novembro de 1985
27 Enólogos Lei 11.476 de 29 de maio de 2007
28 Escritores Decreto 91.004  de 27 de fevereiro de 1985
29 Estatísticos Lei 4.739 de 15 de julho de 1965
30 Farmacêuticos Lei 13.021 de 08 de agosto de 2014
31 Fisioterapeutas (Auxiliares), Terapeutas Ocupacionais (Auxiliares) Decreto-Lei 938 de 13 de outubro de 1969
32 Fonoaudiólogos Lei 6.965 de 09 de dezembro de 1981
33 Fotógrafos Lei 6.965 de 09 de dezembro de 1981
34 Garimpeiro Lei 11.685 de 02 de junho de 2008

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 4/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

35 Geógrafo Lei 6.664 de 26 de junho de 1979


36 Geólogos (Lei 4.076 de 23 de junho de 1962) Lei 4.076 de 23 de junho de 1962
37 Guardador e Lavador de Veículos Lei 6.242 de 23 de setembro de 1975
38 Instrutor de Trânsito Lei 12.302 de 02 de agosto de 2010
39 Jornalistas Decreto-Lei 972 de 17 de outubro de 1969
40 Leiloeiro Decreto 21.981 de 19 de outubro de 1932
41 Leiloeiro Rural Lei 4.021 de 20 de dezembro de 1961
42 Massagista Lei 3.968 de 05 de outubro de 1961
43 Médicos Lei 12.842 de 10 de julho de 2013
44 Médicos Veterinários Lei 5.517 de 23 de outubro de 1968
45 Mototaxista e Motoboy Lei 12.009 de 29 de julho de 2009
46 Museólogo Lei 7.287 de 18 de dezembro de 1984
47 Musicos Lei 3.857 de 22 de dezembro de 1960
48 Nutricionistas Lei 8.234 de 17 de setembro de 1991
49 Oceanógrafo Lei 11.760 de 31 de julho de 2008
50 Odontologistas Lei 5.081 de 24 de agosto de 1966
51 Orientador Educacional Lei 5.564 de 21 de dezembro de 1968
52 Parteiros Lei 774 de 06 de agosto de 1949
53 Peão de Rodeiro Lei 10.220 de 11 abril de 2001
54 Pescador Profissional/Artesanal Lei 11.959 de 29 junho de 2009
55 Professores (privados) Lei 5.194 de 24 de dezembro de 1966
56 Protéticos Dentários Lei 6.710 de 05 de novembro de 1979
57 Psicólogos Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962
58 Publicitário/Agenciador de Propaganda Lei 4.680 de 18 de junho de 1965
59 Químicos (industriais, industriais agrícolas e engenheiros químicos) Lei 2.800 de 18 de junho de 1956
60 Radialistas Lei 6.615 de 16 de dezembro de 1978
61 Relações Públicas Lei 5.377 de 11 de dezembro de 1967
62 Repentista Lei 12.198 de 14 de janeiro de 2010
63 Representantes Comerciais Autônomos Lei 4.886 de 09 de dezembro de 1965
64 Sociólogos Lei 6.888 de 10 de dezembro de 1980
65 Sommelier Lei 12.467 de 26 de agosto de 2011
66 Taxista Lei 12.468 de 26 de agosto de 2011
67 Técnico em Biblioteconomia Lei 13.601 de 09 de janeiro de 2018
68 Técnico em Radiologia Lei 7.394 de 29 de outubro de 1985
69 Técnico em Prótese Dentária Lei 6.710 de 05 de novembro de 1979
70 Técnicos Agrícolas de nível médio (2º grau) Lei 6.530 de 12 de maio de 1978 e Decreto 90
71 Técnicos Industriais de nível médio (2º grau) Lei 5.524 de 05 de novembro de 1968
72 Terapeuta Ocupacional Decreto-Lei 938 de 13 de outubro de 1969
73 Tradutores Lei 12.319 de 1º de setembro de 2010
74 Tusismólogo Lei 12.591 de 18 de janeiro de 2012
75 Zootecnistas Lei 5.550 de 04 de dezembro de 1968
 
CATEGORIA DIFERENCIADA
 
O conceito de categoria profissional diferenciada encontra-se disposto no § 3º do art. 511 da CLT, onde se estabelece que essa categoria
é aquela "que se forma dos empregados que exercem profissões ou funções diferenciadas por força do estatuto profissional especial ou
em consequência de condições de vida singulares", a qual, quando organizada e reconhecida como sindicato na forma da lei, detém
todas as prerrogativas sindicais (art. 513 da CLT).
 
Contribuição Sindical - Recolhimento Separado
 
A Contribuição Sindical de trabalhadores enquadrados em categoria diferenciada destina-se às entidades que os representam,
desconsiderando, portanto, o enquadramento dos demais empregados da empresa onde trabalham. A referida contribuição sindical
(categoria diferenciada) é feita pelos próprios empregados nos termos do art. 582 da CLT.
 
Relação das Categorias Profissionais Diferenciadas
 
- Aeronautas;
- Oficiais Gráficos;
- Aeroviários;
- Operadores de Mesas Telefônicas (telefonistas em geral);
- Agenciadores de Publicidade;
- Práticos de Farmácia;

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 5/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

- Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões (cenógrafos e cenotécnicos, atores teatrais, inclusive corpos de corais e bailados,
atores cinematográficos e trabalhadores circenses, manequins e modelos);
- Professores;
- Cabineiros (ascensoristas);
- Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde;
- Profissionais de Relações Públicas;
- Carpinteiros Navais;
- Propagandistas, Propagandistas-Vendedores e Vendedores de Produtos Farmacêuticos;
- Classificadores de Produtos de Origem Vegetal;
- Publicitários;
- Condutores de Veículos Rodoviários (motoristas);
- Radiotelegrafistas (dissociada);
- Empregados Desenhistas Técnicos, Artísticos, Industriais, Copistas, Projetistas Técnicos e Auxiliares;
- Radiotelegrafistas da Marinha Mercante;
- Jornalistas Profissionais (redatores, repórteres, revisores, fotógrafos, etc.);
- Secretárias;
- Maquinistas e Foguistas (de geradores termoelétricos e congêneres, exclusive marítimos);
- Técnicos de Segurança do Trabalho;
- Músicos Profissionais;
- Tratoristas (excetuados os rurais);
- Trabalhadores em Atividades Subaquáticas e Afins;
- Trabalhadores em Agências de Propaganda;
- Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral;
- Vendedores e Viajantes de Comércio.
 
CONCORRÊNCIA PÚBLICA – PARTICIPAÇÃO

O art. 607 da CLT dispõe que para a participação em concorrências públicas ou administrativas e para o fornecimento às repartições
paraestatais ou autárquicas, é essencial a apresentação da guia de contribuição sindical quitada, tanto dos empregadores como dos
empregados.

Entendemos que esta norma perdeu sua eficácia tendo vista a nova redação do artigo 587 da CLT, em relação especificamente à
contribuição sindical patronal. Isto porque não se poderá exigir a quitação, uma vez que o citado artigo dispõe que é uma opção (e não
uma obrigação) do empregador em recolher a contribuição sindical.

Observe-se que a guia de contribuição sindical anual dos empregados ainda poderá ser exigida, exceto a do mês de março/2019
(Medida Provisória 873/2019), uma vez que tal contribuição continua sendo feita mediante o desconto em folha de pagamento.

Recomendamos às empresas que forem submetidas à exigência da guia patronal, por órgãos públicos, que façam a devida análise
jurídica, visando não interromper a possibilidade de participar da licitação, resguardando o direito de não recolher tal contribuição, já
que tal obrigação é opcional, nos termos do artigo 587 da CLT.

RELAÇÃO DE EMPREGADOS
 
As empresas são obrigadas a remeter, dentro de 15 dias contados do recolhimento, uma relação com nome, função, salário no mês a
que corresponde a contribuição e o seu respectivo valor, relativamente a todos os contribuintes, ao sindicato da categoria profissional
ou, em sua ausência, ao órgão regional do Ministério do trabalho (atual Secretaria Especial de Previdência e Trabalho - SEPT).
 
A relação de empregados pode ser substituída por cópia de folha de pagamento.
 
ESTABELECIMENTOS DISTINTOS
 
Nas empresas que possuam estabelecimentos localizados em base territorial sindical distinta da matriz, o recolhimento da contribuição
sindical urbana será devida pelos trabalhadores e empregadores que optarem pelo recolhimento na respectiva base territorial.
 
RECOLHIMENTO - PRAZO
 
A contribuição sindical urbana poderá ser recolhida em qualquer agência bancária, bem como em todos os canais da Caixa Econômica
Federal - CAIXA (agências, unidades lotéricas, correspondentes bancários, postos de autoatendimento), até o dia 30 de abril, ou até o
último dia útil do mês subsequente ao do efetivo desconto, no caso de empregados que tiverem o desconto em mês diferente ao de
março e que não comprovarem o recolhimento da contribuição sindical respectiva.
 
Após o desconto em folha de pagamento, as empresas poderão emitir a GRCSU para posterior pagamento.
 
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RECOLHIDA INDEVIDAMENTE OU A MAIOR - RESTITUIÇÃO OU REPASSE
 

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 6/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

De acordo com o art. 2º da Portaria ME 5.570/2021, será devida a restituição ou o repasse de valores relativos a Contribuição Sindical
Urbana - CSU aos requerentes, quando restar comprovado que valores a eles pertencentes foram depositados na Conta Especial
Emprego e Salário - CEES e transferida para a Conta Única da União - CTU em desacordo com os normativos vigentes à data do
recolhimento da Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana - GRCSU correspondente.
 
Considera-se legitimado a requerer a restituição de CSU recolhida indevidamente ou a maior para a CEES e repassados à CTU:

O empregador, agente, trabalhador autônomo ou profissional liberal que efetuou o recolhimento da GRCSU;
O sindicato de trabalhadores avulsos, em relação ao recolhimento da CSU dos trabalhadores avulsos por ele representados.
 
Nota: O empregador que tenha efetuado desconto indevido a título de CSU e o recolhimento do valor respectivo, poderá pleitear sua
restituição, desde que comprovado o ressarcimento ao empregado da quantia indevidamente descontada.
 
A restituição de valores creditados à CEES e repassados à CTU será devida ao requerente que, comprovadamente:

I - houver efetivado o recolhimento da GRCSU em valor maior do que o devido;

II - houver efetivado o recolhimento da GRCSU, apesar de ser legalmente isento dessa obrigação; ou

III - reconhecer erro no enquadramento sindical, quando do preenchimento da GRCSU, com indicação de código de
destinatário diverso.

Para maiores detalhes sobre os procedimentos para restituição ou repasse, acesse a Portaria ME 5.570/2021.
 
RECOLHIMENTO FORA DO PRAZO
 
O pagamento da contribuição sindical fora do prazo, quando espontâneo, é acrescido de multa, juros e atualização monetária. Na
elaboração dos cálculos, seguir instruções do sindicato respectivo, visto não ser uniforme o entendimento quanto à correta aplicação
dos acréscimos legais.
 
PENALIDADES
 
De acordo com o art. 598 da CLT, a fiscalização do trabalho pode aplicar multas de 7,5657 a 7.565,6943 Ufir pelas infrações a
dispositivos relacionados à Contribuição Sindical.
 
PRESCRIÇÃO
 
O direito à ação para cobrança da Contribuição Sindical prescreve em 5 anos (Código Tributário Nacional, art. 217).
 
JURISPRUDÊNCIA

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL APÓS A LEI 13.467/2017. EXIGÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA. A lei
13.467/2017, além de tornar a contribuição sindical prevista em lei facultativa, foi clara ao exigir autorização prévia e expressa como
condição para que a contribuição se torne exigível do trabalhador, conforme nova redação dos arts. 545 e 578 da CLT. No presente
caso, a recorrida afirmou expressamente, na defesa da reconvenção, que o empregado é contribuinte sindical desde 2009 (fl. 173),
sendo incontroverso que os descontos, a título de contribuição sindical, eram efetuados desde a admissão do consignado. Ademais, a
consignante não comprovou a autorização expressa do consignado, quanto aos descontos de contribuição sindical, efetuados após a
reforma trabalhista, ônus que lhe competia (art. 373, II, do CPC). Sendo assim, dá-se provimento ao pleito, neste ponto, para que a
consignante reconvinda ressarça, ao recorrente, além do valor constante no TRCT, todos os valores pagos, a título de contribuição
sindical, após a vigência da reforma trabalhista (11/11/2017), até a data de sua dispensa (06/12/2021). Recurso ordinário conhecido e
parcialmente provido. (TRT-7 - ROT: 00009615320215070011, Relator: FRANCISCO TARCISIO GUEDES LIMA VERDE JUNIOR,
3ª Turma, Data de Publicação: 08/02/2023).

"RECURSO DE REVISTA. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. DESCONTOS. AUTORIZAÇÃO MEDIANTE ASSEMBLEIA.


NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO INDIVIDUAL EXPRESSA DOS EMPREGADOS . Tem prevalecido no âmbito desta Corte o
entendimento de que, a partir da Lei nº 13.467/2017, o recolhimento das contribuições sindicais passou a ser facultativo, exigindo-se,
assim, a autorização prévia e expressa dos trabalhadores. A autorização coletiva para o desconto da contribuição sindical, dada em
assembleia geral, não cumpre a exigência legal de prévia e expressa autorização do trabalhador. Precedentes. Recurso de revista
conhecido e não provido" (RR-396-46.2018.5.07.0027, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 25/02/2022).

"AGRAVO INTERNO. RECURSO DE REVISTA. DECISÃO MONOCRÁTICA. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI
N° 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA JURÍDICA RECONHECIDA. REFORMA TRABALHISTA. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL.
DESCONTO. NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO INDIVIDUAL EXPRESSA. A controvérsia diz respeito à questão nova em torno
de inovação legislativa oriunda das alterações promovidas pela Lei 13.467/2017, motivo pelo qual se entende demonstrada a
transcendência jurídica da causa, nos termos do art. 896-A, § 1º, II, da CLT. Esta Corte Superior, quanto à matéria em discussão, vem
decidindo que, após a reforma trabalhista que tornou a contribuição sindical facultativa, a autorização coletiva, ainda que aprovada em
assembleia geral, não supre a autorização individual prévia e expressa de cada empregado, prevista em lei, para que se proceda ao
desconto da referida contribuição da remuneração do empregado. Precedentes. Agravo interno não provido" (Ag-RR-391-
51.2018.5.07.0018, 5ª Turma, Relator Desembargador Convocado Joao Pedro Silvestrin, DEJT 12/03/2021).

"RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N.º13.015/2014. (...). ENQUADRAMENTO
SINDICAL. (...). A reclamada não se conforma com a aplicação das normas coletivas juntadas com a exordial, firmadas entre o

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 7/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

Sindicato dos Empregados em Empresa de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares do Estado de Minas Gerais -
SINDADOS e o Sindicato das Empresas de Processamento de Dados, Informática, Software e Serviços de Tecnologia da Informação
do Estado de Minas Gerais- SINDINFOR. Afirma que o processamento de dados não é sua atividade preponderante, mas sim o
comércio de produtos de informática, motivo pelo qual o ente representativo da categoria obreira seria o Sindicato dos Empregados no
Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana. luz do contido nos artigos 570 e 581, § 2º, da CLT, o enquadramento sindical, em
regra, é determinado pela atividade preponderante da empresa, à exceção da categoria profissional diferenciada e dos empregados
regidos por lei especial (art. 511, § 3º, da CLT), devendo ser considerada, ainda, a base territorial do local onde ocorreu a prestação de
serviços, em atenção aos princípios da territorialidade e unicidade sindical (art. 8°, II, da CR/88). O contrato social da ré revela que a
sociedade tem como objeto: a pesquisa e o desenvolvimento, a indústria, o comércio e os serviços em geral, inclusive a importação e
exportação, a prestação de serviços de informática, tais como o processamento de dados em geral e outros de natureza correlata; a
produção, a comercialização e manutenção de programas de computador, a consultoria na área de serviços de informática e a prestação
de serviços de integração, instalação e assistência técnica de equipamentos e sistema de informática; o ensino e treinamento de recursos
humanos em serviços de informática, bem como todas as atividades comerciais e de representação comercial necessárias para atingir o
objeto social (art. 2º, Id. 9fee409). Evidente, pois, que a reclamada não só fabrica e comercializa produtos, como também presta
diversos serviços na área de informática, como processamento de dados, desenvolvimento de softwares, assistência técnica,
ensino e treinamento de recursos humanos, entre outros. Todo o empreendimento está, pois, direcionado ao setor de tecnologia
e informática, motivo pelo qual reputo inaplicáveis as normas coletivas firmadas pelo Sindicato dos Empregados no Comércio
de Belo Horizonte e Região Metropolitana, como pretendido pela ré. Por outro lado, o SINDADOS abrange não só os empregados
das empresas de processamento de dados, como também aqueles das empresas de serviços de Informática.  De igual forma, o
SINDINFOR é o legítimo representante da categoria econômica, pois compreende todas as empresas de processamento de
dados, informática, software e serviços de tecnologia da informação, como é o caso da ré. Logo, não pairam dúvidas de que os
instrumentos coletivos aplicáveis à hipótese dos autos são aqueles colacionados juntamente com a exordial, conforme decidido
na sentença. Nego, pois, provimento ao recurso. (...). Na hipótese, o Tribunal Regional consignou que " a reclamada não só fabrica e
comercializa produtos, como também presta diversos serviços na área de informática, como processamento de dados, desenvolvimento
de softwares, assistência técnica, ensino e treinamento de recursos humanos, entre outros". Diante disso, concluiu que a atividade
econômica preponderante seria "serviços de informática e tecnologia da informação". Impossível reformar tal conclusão, uma vez que
embasada na análise do quadro fático-probatório, incidindo o óbice da Súmula 126 do TST. Recurso de revista não conhecido" (RR-
10186-45.2015.5.03.0003, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 13/03/2020).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.467/2017.


CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PESSOAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO.
PREQUESTIONAMENTO. (...). A MM. Juíza a quo ponderou que a constituição da contribuição sindical imprescinde de notificação
prévia do sujeito passivo, cuja condição não foi cumprida a contendo pelo autor, razão pela qual extinguiu o processo sem resolução de
mérito. Inconformado, o autor argumenta que não há previsão legal acerca da necessidade de notificação pessoal. De toda forma, alega
que comunicou extrajudicialmente o réu antes do aforamento desta demanda. Pontua que não se deve aplicar o mesmo entendimento da
contribuição sindical rural, pois não haveria dúvidas de a categoria do réu - feirantes e vendedores ambulante urbanos - teriam pleno
acesso aos meios de informação comuns. Pugna pela reforma. Depreende-se da inicial o sindicato-autor buscou o pagamento das
contribuições sindicais devidas pela autora de 2013 a 2017, cujos valores foram atualizados até 02.02.2018 à fl. 22. O art. 605 da CLT
estabelece a obrigatoriedade do credor em promover a publicação de editais para cobrança do imposto sindical. (...) Prosseguindo, o c.
TST tem entendido que, mesmo nas hipóteses de a cobrança da contribuição sindical de pessoa jurídica urbana, é indispensável que o
sindicato instrua a ação com a guia de recolhimento, a cópia do edital expedido e a comprovação da notificação pessoal do devedor.
Por conseguinte, não mais se exige a lavratura da certidão de Dívida Ativa para o lançamento da contribuição sindical, nos moldes da
NOTA/MGB/CONJR/MTE/N° 30/2003. (...). O art. 145 do CTN, por sua vez, dispõe que a notificação pessoal do devedor deve
ocorrer na fase de lançamento do tributo para que ocorra a constituição regular do crédito tributário. Logo, a efetivação do crédito
tributário somente se consolida com a prévia notificação pessoal do devedor, não se afigurando suficiente para a sua constituição a
mera publicação de editais genéricos e inespecíficos em jornais (art. 145 do CTN). Pelo exposto, entendo que o posicionamento
encampado pelo TST e pelo STJ, no sentido de exigibilidade de notificação pessoal do contribuinte para constituição da dívida,
também se aplica ao presente caso, nada obstante não se trate especificamente de uma contribuição rural. (...). Ora, a notificação tardia
não atende a finalidade dos arts. 605 da CLT e 145 do CTN, tendo em vista que o devedor fica impossibilitado de pagar a dívida
imediatamente o tributo, sem a incidência de multas e juros. (...). Assim, a ausência das notificações pessoais do sujeito passivo, nos
anos acima descritos, torna inexigíveis os créditos tributários. Logo, o procedimento instaurado não preenche os requisitos necessários
exigidos pela legislação em vigor. (...). A Parte, nas razões de recurso de revista, não observou os pressupostos do art. 896, § 1.º-A, I,
da CLT, deixando de indicar o trecho da decisão que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista.
Agravo de instrumento não provido. (AIRR - 10578-21.2018.5.18.0016 , Relatora Ministra: Delaíde Miranda Arantes, Data de
Julgamento: 27/02/2019, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/03/2019).

I. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. (...) ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA.


VINCULAÇÃO ENTRE SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES SINDICAIS DE GRAU SUPERIOR. MATÉRIA AFETA À LIVRE
DISCRIÇÃO DOS SINDICATOS. IMPOSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO ESTATAL. PREVALÊNCIA DA LIBERDADE DE
ASSOCIAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. REPASSE. Discute-se nos presentes autos o direito da Confederação Nacional dos
Trabalhadores nas Indústrias Têxtil, Vestuário, Couro, Calçados e afins (CONACCOVEST) ao recebimento da contribuição sindical
compulsória, decorrente do recolhimento processado junto às categorias empresariais representadas pelas Federações que figuram no
polo passivo, contribuições repassadas à Confederação Nacional da Indústria (CNI), à qual as mencionadas federações se filiaram. De
acordo com a jurisprudência desta 7ª Turma (RR - 33740-81.2006.5.10.0018, DEJT 11/12/2015), o postulado da unicidade sindical não
se mostra incompatível com a existência de entes sindicais de segundo e terceiro graus, representativos do mesmo segmento econômico
ou profissional, desde que os quadros de associados (sindicatos e federações, respectivamente) não sejam coincidentes. Com efeito, o
rígido sistema sindical brasileiro - unitário e confederativo - idealizado a partir da década de 1930 do século passado sofreu mutação
após o advento da Carta Política de 1988. Desde então, embora mantidas as travas corporativas da unicidade (CF, art. 8º III) e da
contribuição sindical compulsória (CLT, arts. 578 a 610 c/c o art. 7º da Lei 11.648/2008), o conceito de unicidade foi alterado,
vinculando-se à noção geográfica de base territorial, definida a partir dos (sindicatos) e alcançando, por projeções sucessivas, as
federações e confederações (CF, art. 8º, II). Significa dizer que as regras da CLT que definiam federações com âmbito estadual (art.
534, § 2º) e confederações com base nacional (art. 535) não foram recepcionadas pela Constituição de 1988. Não se compadece com a

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 8/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

noção essencial da liberdade sindical o reconhecimento do monopólio de representação a ente sindical com espectro subjetivo de
representação - definido pelos entes sindicais que lhe são vinculados - não coincidente com o do outro ente de mesmo nível, quando
diversas são as bases territoriais. Afinal, se o postulado da unicidade sindical, segundo a exata definição constitucional, deve ser
cumprido em todos os níveis de representação e está atrelado ao espaço físico ou geográfico idealizado a partir dos sindicatos (CF, art.
8º, II), apenas haverá ofensa à unicidade se as bases territoriais das organizações forem coincidentes, o que não se verifica no caso dos
autos, em que as Federações Recorridas se associam a Confederação diversa da Recorrente. Em igual perspectiva, a noção de
categorias rígidas e pré-definidas pelo Estado, por meio do quadro anexo ao art. 577 da CLT e da Comissão de Enquadramento
Sindical, não mais se revela adequada e compatível com as novas formas de organização da produção, com a realidade econômica
definida em escala global e com os avanços proporcionados pelo progresso da tecnologia. Nesse cenário, por imperativos de ordem
lógica, democrática e jurídica, nada obsta que os entes sindicais de primeiro e segundo graus se vinculem às entidades de grau superior
que considerem mais representativas de seus legítimos interesses, sem que se cogite de quebra do postulado da unicidade ou do sistema
confederativo. Em síntese, não há como dissociar a liberdade sindical proclamada pela Constituição de 1988 do direito à livre adesão a
órgãos de classe superiores representativos de igual segmento econômico ou profissional. No caso dos autos, fixada a premissa da
válida existência de duas confederações com igual campo de representação, ainda que uma delas tenha alcance mais amplo (CNI), não
se divisa ilegalidade ou inconstitucionalidade no repasse das contribuições sindicais arrecadas junto aos sindicatos vinculados às
federações rés. A rigor, a singularidade do caso reside na circunstância de que coexistem uma Confederação genérica - a CNI - e uma
específica - a CONACOVEST -, caracterizando-se, em razão do vínculo das federações à confederação genérica, o fenômeno da
agregação, em oposição ao processo de desmembramento antes idealizado. Fixada a possibilidade plena da adesão das federações às
confederações que considerem mais representativas, porque consentânea com a concepção democrática da liberdade sindical, correta a
decisão regional. Incólumes os artigos 8º, II e IV, da Constituição Federal, 589 a 591 da CLT, inexistindo contrariedade à Súmula 677
do STF. Recurso de revista conhecido por divergência jurisprudencial e não provido. (ED-RR - 214-96.2014.5.10.0001, Relator
Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 06/12/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 09/03/2018).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. (...) 4. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. DESCONTOS DEVIDOS.


DENEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO DE REVISTA COM FUNDAMENTO NO ARTIGO 896, § 1º-A, I, DA CLT.
INDICAÇÃO DO TRECHO DA DECISÃO RECORRIDA QUE CONSUBSTANCIA O PREQUESTIONAMENTO DA
CONTROVÉRSIA OBJETO DO RECURSO DE REVISTA. (...) Insurge-se a recorrente, alegando que a decisão Regional que deferiu
à reclamante a restituição dos valores descontados de seus salários a título de filiação sindical não merece prosperar, argumentando que
a contribuição sindical é disciplinada no art. 578 e seguintes da CLT, cuja parcela é devida por todos que participarem de determinada
categoria profissional ou econômica, ou ainda de uma profissão liberal, em favor do sindicato, ou, em caso de inexistência deste
último, da federação representativa da categoria ou profissão. Pontua que a reclamada também participa do Acordo Coletivo com o
SINTTEL, e dentro deste, aos quais se beneficiam os funcionários da ora reclamada, há uma cláusula estipulando a contribuição social
para todos os empregados. Analiso. A insurgência se encontra desfundamentada, porquanto a parte recorrente não se reporta aos
pressupostos específicos do recurso de revista, nos termos do artigo 896 da CLT, sobretudo com a nova redação dada pela Lei
13.015/2014, que exige a indicação, nas razões recursais, do trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
controvérsia objeto do recurso de revista, seja pela transcrição do fragmento, seja pela sinalização da página e do parágrafo do acórdão
em que se encontra a matéria impugnada. Ademais, o recorrente, além de indicar o trecho da controvérsia, deverá confrontá-lo
analiticamente com a fundamentação jurídica apresentada no recurso. Portanto, inviável o seguimento do recurso, nos termos do artigo
896, §1º-A, da CLT. CONCLUSÃO - DENEGO seguimento ao recurso de revista da ALMAVIVA DO BRASIL TELEMARKETING E
INFORMÁTICA S/A ." (fls. 338/347 - grifo no original).  Nos termos do artigo 896, § 1º-A, I, da CLT, incluído pela Lei nº
13.015/2014, é ônus da parte, sob pena de não conhecimento, "indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista". No caso, não há falar em observância do requisito previsto no artigo
896, § 1º-A, I, da CLT, porque se verifica que a reclamada, nas razões do seu recurso de revista, não indicou precisamente as folhas,
tampouco transcreveu a ementa, o inteiro teor ou o trecho pertinente da decisão atacada que consubstancia o prequestionamento da
matéria recorrida. Agravo de instrumento conhecido e não provido. (AIRR - 1628-95.2015.5.20.0008 , Relatora Ministra: Dora Maria
da Costa, Data de Julgamento: 08/03/2017, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/03/2017).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/14. CONTRIBUIÇÃO
SINDICAL RURAL. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO. I - Convém salientar que incumbe à parte, ao interpor recurso de revista em
processos que tramitam pelo procedimento sumaríssimo, apresentar sua irresignação de acordo com os parâmetros do artigo 896, § 9º,
da CLT, ou seja, a argumentação exposta deve incluir, necessariamente, a indicação de afronta direta e literal a preceito da Constituição
ou contrariedade à Súmula do TST e Súmula Vinculante do STF. II - Diante das premissas delineadas pelo Regional, notadamente de
que "a autora tenha anexado aos autos cópias dos editais publicados em jornais de circulação estadual, bem como em jornais locais (ID.
d2b59e2 e seguintes), é certo que tais publicações mostram-se, efetivamente, genéricas, uma vez que não especificam o nome do
devedor, o valor da dívida, o exercício a que se referem, entre outros dados essenciais", conclui-se que para constatar-se violação aos
artigos 2º, 5º, inciso XXXV, 8º, inciso IV, parte final, 146, inciso III, alínea "b", 150, inciso I, e 154, inciso I, da Constituição Federal, a
partir da alegação de validade da publicação dos editais, sobrevêm o inamovível óbice do seu revolvimento, em sede de cognição
extraordinária, consubstanciado no precedente da Súmula nº 126 do TST, não havendo como aferir a pretensa afronta aos dispositivos
indicados. III - De outro lado, salientado também que "tais publicações não se prestam para notificar a requerida do débito referente às
contribuições sindicais rurais postuladas pela autora, estando ausente, portanto, um pressuposto de constituição e desenvolvimento
válido e regular do processo", o entendimento adotado pelo Colegiado de origem encontra-se em conformidade com a notória e atual
jurisprudência desta Corte, conforme se depreende dos seguintes precedentes desta Corte. IV - Com isso, avulta a convicção de que o
recurso de revista efetivamente não lograva processamento, quer a guisa de violação legal, quer de divergência pretoriana, a teor do
artigo 896, § 7º, da CLT e da Súmula 333 do TST, pela qual os precedentes desta Corte foram erigidos a requisitos negativos de
admissibilidade do apelo. V - Agravo de Instrumento a que se nega provimento. (AIRR - 11641-30.2014.5.15.0073 , Relator Ministro:
Antonio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: 08/03/2017, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/03/2017)

RESTITUIÇÃO DE DESCONTOS INDEVIDOS. CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA. O artigo 8º, III, da Constituição Federal
garantiu o direito à liberdade de associação profissional ou sindical. Apenas a contribuição sindical (art. 578 da CLT) remanesce como
obrigatória a todos os integrantes da categoria, ainda que não sindicalizados, por força da parte final do artigo 8º, IV, da Constituição
Federal. Dessa forma, as denominadas contribuições assistenciais e confederativas instituídas pelos sindicatos só podem ser cobradas
de seus associados conforme jurisprudência do excelso STF, Súmula 666/STF, e deste Tribunal, Precedente Normativo nº 119/TST e

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 9/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

Orientação Jurisprudencial nº 17 da SDC/TST. Por isso, a obrigatoriedade do desconto das contribuições a título de contribuição
assistencial de empregado não sindicalizado afronta o princípio constitucional de liberdade de associação, previsto no artigo 5º, XX, da
Constituição Federal. Recurso de revista conhecido por violação do artigo 5º, XX, da Constituição Federal e provido. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. CREDENCIAL SINDICAL. NECESSIDADE. Na Justiça do Trabalho, os honorários advocatícios são
disciplinados por legislação própria, ficando a sua percepção condicionada ao preenchimento das exigências do art. 14 da Lei n.º
5.584/1970. Estando o empregado assistido por advogado particular, não se verifica o correto preenchimento dos requisitos em questão,
sendo indevida a verba honorária, nos termos da Súmula n.º 219 do TST. Recurso de revista não conhecido. Conclusão: Recurso de
revista parcialmente conhecido e provido. (RR - 159-55.2011.5.15.0117 , Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data
de Julgamento: 22/03/2017, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/03/2017).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. ENQUADRAMENTO SINDICAL. CATEGORIA DIFERENCIADA. Sustenta a Agravante que possui
como atividade principal a fabricação de biscoitos e bolachas, estando os seus empregados vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores
das Indústrias e Alimentação, Carne e Derivados de São Lourenço do Oeste, o qual recebeu os valores recolhidos a título de
contribuição sindical. Argumenta que não participou de negociação coletiva promovida pelo Sindicato-autor, estando equivocada a
decisão recorrida. Aponta violação dos arts. 511, §§ 1.º e 2.º, 579 e 581 da CLT, além de contrariedade à Súmula n.º 374 do TST.
Colaciona arestos. (...) Registre-se, inicialmente, que, ao contrário do que afirma a Recorrente, o Sindicato-autor não representa apenas
os empregados vendedores de produtos farmacêuticos, mas todos os empregados que trabalham como vendedores, vendedores
viajantes, propagandistas e propagandistas vendedores no Estado de Santa Catarina. (...) Por outro lado, o Regional consignou,
expressamente, que a Reclamada possui empregados que se enquadram na categoria diferenciada dos vendedores viajantes e pracistas,
nos termos da Lei n.º 3.207/57, devendo ser recolhida a contribuição sindical respectiva em favor do Autor desta Reclamação. Com
isso, não se verifica a alegada violação dos arts. 511, §§ 1.º e 2.º, 579 e 581 da CLT, pois o Tribunal a quo procedeu ao correto
enquadramento dos empregados da Reclamada, pertencentes à categoria diferenciada dos vendedores viajantes e pracistas. Ademais,
não houve contrariedade à Súmula n.º 374 do TST nem divergência jurisprudencial, pois não há pedido de aplicação de cláusula de
norma coletiva celebrada pelo Sindicato-autor. De fato, o objeto desta ação restringe-se à condenação da Ré em pagar ao sindicato
representante de categoria diferenciada a contribuição sindical correspondente. Ante o exposto, conheço do Agravo de Instrumento e,
no mérito, nego-lhe provimento. (...) A despeito das razões expostas pela parte agravante, merece ser mantido o despacho que negou
seguimento ao Recurso de Revista, pois não preenchidos os requisitos do artigo 896 da CLT. Agravo de Instrumento conhecido e não
provido. (AIRR - 1410-69.2014.5.12.0026 , Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Data de Julgamento: 14/12/2016, 4ª Turma,
Data de Publicação: DEJT 19/12/2016).

RECURSO DE REVISTA 1. ENQUADRAMENTO SINDICAL. FRENTISTA. POSTO DE ABASTECIMENTO MANTIDO POR


HIPERMERCADO. SÚMULA Nº 374. NÃO CONHECIMENTO. O egrégio Tribunal Regional manteve a decisão em que se indeferiu
o enquadramento do reclamante na categoria representada pelo Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e
Derivados de Petróleo de Londrina e Região (SINDESPOL), sob os fundamentos de que a empresa explora outra atividade, a saber, o
comércio atacadista, e de que, ainda que se admitisse o enquadramento do autor em categoria profissional diferenciada, a norma
coletiva não lhe seria aplicável, pois a reclamada não foi representada por órgão de classe de sua categoria na negociação. Inicialmente,
observo que o Tribunal a quo decidiu em consonância com o entendimento desta colenda Corte Superior no sentido de que o
enquadramento sindical se dá em face da atividade preponderante da empresa, salvo se o empregado for integrante de categoria
profissional diferenciada, o que não é o caso dos autos. Precedentes. Nesse contexto, não há falar em ofensa ao artigo 581, § 1º, da
CLT. Ademais, vale ressaltar que o segundo fundamento adotado pela egrégia Corte Regional está em consonância com o disposto na
Súmula nº 374, segundo a qual é necessária representação por órgão de classe da categoria da empregadora para que empregado de
categoria profissional diferenciada afira vantagens previstas em instrumentos negociais. Recurso de revista de que não se conhece. (RR
- 305-43.2012.5.09.0242 , Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 14/12/2016, 5ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 19/12/2016).

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. EMPREGADOS QUE ATUAM NA MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS. CATEGORIA


DIFERENCIADA. Ocorre que o enquadramento sindical dos empregados, segundo a regra geral do ordenamento jurídico pátrio,
observa a atividade preponderante da categoria econômica do empregador, consoante o disposto no § 2º do art. 581 da CLT, à exceção
do preceituado no art. 511, § 3º, da CLT, que ressalva as categorias profissionais diferenciadas. Com a edição da Portaria MTb 3204/88,
os trabalhadores na movimentação de mercadorias em geral passaram a ser agregados em categoria diferenciada, integrante do 3º
Grupo – Trabalhadores no Comércio Armazenador – do plano da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, previsto no
quadro de atividade e profissões a que se refere o art. 577 da CLT. Na atualidade, há a Lei 12023/2009 que regulamentou sobre as
atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas tanto por trabalhadores avulsos (art. 1º) como por trabalhadores com
vínculo empregatício (art. 3º). Portanto, o trabalhador que movimenta mercadoria em geral é integrante de categoria profissional
equiparada à categoria diferenciada, na forma do art. 511, § 3º, da CLT. Segundo depoimento do preposto e objeto social da empresa,
restou indiscutível que o recorrido possui empregados que atuam na movimentação de mercadorias, de modo que entendo ser
inequívoca a representatividade do sindicato-recorrente em relação a esses trabalhadores, fazendo jus às contribuições sindicais
respectivas. (TRT-15 - RO: 14161420125150010 SP 000211/2013-PADC, Relator: LORIVAL FERREIRA DOS SANTOS, Data de
Publicação: 26/07/2013).

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. EMPREGADOS CONTRATADOS APÓS O MÊS DE MARÇO. O art. 582 da CLT determina que o
empregador recolha as contribuições sindicais de seus empregados da folha de pagamento do mês de março de cada ano. Comprovado
nos autos haver empregados contratados em mês posterior a março, não é devido, quanto a eles, a contribuição sindical do ano da
contratação. (TRT-1 - RO: 15844220105010247 RJ, Relator: Leonardo Dias Borges, Data de Julgamento: 13/05/2013, Terceira Turma,
Data de Publicação: 16-05-2013).

RECURSO DE REVISTA. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. RATEIO ENTRE AS ENTIDADES ÀS QUAIS O SINDICATO NÃO
ESTÁ FILIADO. As contribuições sindicais fazem parte do patrimônio das associações sindicais. O artigo 589, § 1º determina que o
sindicado deverá indicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a central a que estiver filiado como beneficiária da Contribuição.
Ofende o direito à livre associação profissional ou sindical, consagrado no artigo 8º, V da Constituição da República, a obrigatoriedade
de repasse da contribuição sindical ao sindicato não filiado à respectiva entidade de classe superior. Recurso de revista a que se nega

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 10/11
02/05/2023, 14:19 Contribuição Sindical dos Empregados

provimento. (TST - RR: 8941220115120040 894-12.2011.5.12.0040, Relator: Emmanoel Pereira, Data de Julgamento: 02/10/2013, 5ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 11/10/2013).

Base legal: Art. 578 a 593 da CLT;


Lei 8.906/94;
Portaria MTP 671/2021;
Lei 13.467/2017;
Medida Provisória 873/2019 e os citados no texto.

Clique aqui se desejar imprimir este material.


Clique aqui para retornar.

Guia Trabalhista - Índice

https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/clientes/contr_sindical_empregados.htm 11/11

Você também pode gostar