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(10 linhas)
TITO, nacionalidade, estado civil, motoboy, data de nascimento __, RG: __,
CPF: __, CTPS: __ e Série: __, PIS: __, nome da mãe: __, E-Mail: __, residente e
domiciliado à __, CEP: __, vem, por seu advogado com escritório à __, CEP: __, E-
Mail: __, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Com pedido de Tutela de Urgência relativo à reintegração ao trabalho
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O autor encontra-se atualmente desempregado e não possui condições para
arcar com os encargos processuais sem prejuízo do seu próprio sustento ou de sua
família, portanto, requer na forma dos artigos 98 e 99 do CPC c/c § 3º do artigo 790
da CLT, o benefício da gratuidade de justiça.
II – DOS FATOS
O reclamante foi contratado para exercer a função de Motoboy, em
15/12/2018, com salário no valor de 1 salário-mínimo, realizando entregas em
domicílio de pizzas e outros tipos de massas aos clientes.
Em razão da atividade desempenhada, o reclamante poderia escolher
diariamente um item do cardápio para se alimentar no próprio estabelecimento, sem
precisar pagar pelo produto. O reclamante fazia em média 10 entregas em seu turno
de trabalho, e normalmente recebia R$ 1,00 (um real) de bonificação espontânea de
cada cliente, gerando uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais)
mensais.
O reclamante exercia suas funções durante seis dias na semana, com folga
na 2ª feira, sendo que, uma vez por mês, a folga era em um domingo. A jornada
cumprida ia das 18h às 3h30, com intervalo de 40 minutos para refeição.
No mês de agosto de 2019, o reclamante fez a entrega de uma pizza na casa
de um cliente. Ocorre que o cozinheiro da reclamada se confundiu no preparo e
assou uma pizza de calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse produto
(linguiça). Ao ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, começou
a xingar e a ameaçar o reclamante, e terminou por soltar seus cães de guarda,
dando ordem para atacar o entregador. O reclamante correu desesperadamente,
mas foi mordido e arranhado pelos animais, sendo lesionado gravemente. Em razão
disso, ele precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o benefício
previdenciário pertinente do INSS.
Ato contínuo, o reclamante gastou R$ 30,00 na compra de vacina antirrábica,
que por recomendação médica foi obrigado a tomar, porque não sabia se os
cachorros eram vacinados. Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do INSS, o
reclamante retornou à empresa e foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias.
Nos contracheques do reclamante, constam, mensalmente, o pagamento do
salário-mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto de INSS na coluna de
descontos, sendo que no mês de março de 2019 houve ainda dedução de R$ 31,80
(trinta e um reais e oitenta centavos) a título de contribuição sindical, sem que
tivesse autorizado o desconto. O reclamante foi à CEF e solicitou seu extrato
analítico, onde consta depósito de FGTS durante todo o contrato de trabalho.
DA ALTERAÇÃO DA CTPS
Conforme o exposto no tópico anterior, deve ser retificado na CTPS o valor do
salário-mínimo fixo mais as gorjetas recebidas, para fazer constar a real
remuneração percebida pelo autor, na forma do § 1º do artigo 29 da CLT.
“Art. 29 - O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS,
em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as
condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou
eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da
Economia. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
“Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das
categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas
referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas,
recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e
expressamente autorizadas. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)
São devidas as horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jornada
das 8 horas diárias ou 44 horas semanais, por trabalhar entre 18h e 3h30, conforme
o artigo 7º, XIII e XVI da CRFB/88 e artigos 58 e 59 da CLT.
§ 3º - O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido
por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de
Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende
integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas
suplementares.
Diante disso, com base nos artigos 21, II, a), e 118 da Lei nº 8.213/91, é devida
a reintegração no emprego pela estabilidade não observada em razão do acidente
do trabalho.
Art. 118 - O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após
a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de
auxílio-acidente.”
DO DANO MATERIAL
Conforme fora narrado, amparado pelos artigos 186 e 927 do CC, o autor, após
o ataque dos cães de guarda do cliente, sendo mordido e arranhado pelos animais,
teve de gastar o valor de RS 30,00 com vacina antirrábica por recomendação
médica, pois não sabia se os cães eram vacinados, portanto, cabe o pagamento de
indenização pelo gasto com a vacina antirrábica.
Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.”
DO DANO MORAL
Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham
colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da
omissão. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida
cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato
lesivo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
“(...) Danos morais são lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito
em seu patrimônio ideal, entendendo-se por patrimônio ideal, em contraposição a patrimônio
material, o conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível de valor econômico. Danos
morais, pois, seriam, exemplificadamente, os decorrentes das ofensas à honra, ao decorro,
à paz interior de cada qual, às crenças íntimas, aos sentimentos afetivos de qualquer
espécie, à liberdade, à vida, à integridade corporal (...)”
“Todo ato ilícito é danoso e cria para o agente a obrigação de reparar o dano causado”
(Código Civil Brasileiro Interpretado, 5ª Ed. V. III, p. 331)
DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
IV – DOS PEDIDOS
V – DAS PROVAS
VI – DO VALOR DA CAUSA
Nome do advogado
OAB