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LeandroGOnzaga
Licenciado para - Thiago Protegido
dos SAntos- Oliveira
Mol - 32297523840 - 04041911508 - Protegido por Eduzz.com
por Eduzz.com
Licenciado para - Thiago GOnzaga dos SAntos Oliveira - 04041911508 - Protegido por Eduzz.com
Apresentação
O ebook tem a finalidade de auxiliar os profissionais no dia a dia para fins de cálculos
trabalhistas e para fazer uma boa gestão de folha de pagamento.
Sobre a autora:
Danielle Cerqueira, proprietária da empresa ADIANTE, MBA em Legislação Trabalhista
e Direito Previdenciário, Auditora, Consultora, Escritora Digital, Professora, Especialista em
eSocial e Tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos, vivência profissional há 12 anos no
mercado de trabalho.
Integrante da comissão e palestrante do 1º Congresso Nacional e eSocial, realizado no
dia 10 de dezembro de 2018.
Palestrante do 1º Congresso Nacional On-line de Departamento Pessoal e eSocial, no
período de 10 a 15 de outubro de 2020.
Contato: (82) 98183-2826 / www.adiante-al.com.br
Sumário
Dados importantes para cálculos:................................................................................................. 5
Tabela de Jornada de Trabalho:...................................................................................................... 5
Tabela de Jornada de Trabalho Especial..................................................................................... 5
Contagem de dias no Contrato de Experiência ...................................................................... 7
Folha de pagamento........................................................................................................................... 8
Tipos de descontos de Folha de Pagamento............................................................................ 11
Cálculo de Conversão das horas relógio em horas centesimais........................................ 12
Cálculo de Horas Extras..................................................................................................................... 14
Cálculo de Hora Extra Noturna....................................................................................................... 18
Cálculo de Hora Extra com Insalubridade.................................................................................. 20
Cálculo de Hora Extra com Periculosidade................................................................................ 22
Cálculo de Trabalhador Intermitente............................................................................................ 23
Cálculo de DSR – Descanso Semanal Remunerado .............................................................. 24
Cálculo para Minutos Residuais...................................................................................................... 28
Cálculo de SobreAviso....................................................................................................................... 29
Cálculo de Horas Interjornada......................................................................................................... 30
Cálculo de Horas Intrajornada......................................................................................................... 32
Cálculo de Insalubridade................................................................................................................... 34
Cálculo de Periculosidade................................................................................................................. 35
Cálculo de Adicional Noturno e Hora noturna reduzida....................................................... 36
Cálculo de Adicional de Transferência......................................................................................... 38
Cálculo de Vale-Transporte............................................................................................................... 40
Cálculo de Salário-Família................................................................................................................. 42
Gratificação ........................................................................................................................................... 43
Prêmios | Ajuda de Custo | Diárias | Alimentação................................................................... 45
Cálculo da Cota de Aprendizes...................................................................................................... 46
Cálculo da Cota de Portador com Deficiência.......................................................................... 47
Cálculo de Férias.................................................................................................................................. 48
Cálculo de Décimo Terceiro.............................................................................................................. 55
Sumário
Cálculo de Adiantamento (1ª parcela) de décimo terceiro.................................................. 56
Cálculo de Rescisão de Contrato de Trabalho.......................................................................... 58
Cálculo de INSS do Empregado..................................................................................................... 65
Cálculo de Imposto de Renda do Empregado.......................................................................... 66
Cálculo de Participação nos Lucros e Resultados – PLR...................................................... 67
Encargos do Empregador................................................................................................................. 68
Motivos que elevam os custos de folha de pagamento........................................................ 70
A importância de planejar com gestores e dono da empresa o quadro de pessoal.73
Quais informações devem constar na previsão de custos de folha de pagamento?.73
Gabarito................................................................................................................................................... 76
Base legal:
CLT, Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade
privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente
outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações
de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio
de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
CLT, Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido
dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere o art.
58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.
Exemplo 2:
» Empregado foi admitido em 01/06/2021, em contrato de experiência de 45 dias
e prorrogação de 30 dias.
Base legal:
CLT, Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado
por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.
Folha de pagamento
» Lei nº 8.212/91, Artigo 32, Inciso I
» Decreto nº 3.048/1999, Artigo 225, § 9º
» IN RFB nº 971/09, Artigo 47, Inciso III
Exemplo 1:
Hora Extra 2:56 minutos
56/60 = 0,93 horas centesimais
Resposta = 2,93 (H.E que deve ser calculada)
Exemplo 2:
Hora Extra 3:30 minutos
30/60 = 0,50 horas centesimais
Resposta = 2,50 (H.E que deve ser calculada)
Exemplo 3:
Hora Extra 9:20 minutos
20/60 = 0,33 horas centesimais
Resposta = 9,33 (H.E que deve ser calculada)
Exemplo 4:
Hora Extra 20:46 minutos
46/60 = 0,76 horas centesimais
Resposta = 20,76 (H.E que deve ser calculada)
Exemplo 5:
Hora Extra 12:50 minutos
50/60 = 0,83 horas centesimais
Resposta = 12,83 (H.E que deve ser calculada)
Hora Cen- Hora Cen- Hora Cen- Hora Cen- Hora Cen- Hora Cen-
Min. Min. Min. Min. Min. Min.
tesimal tesimal tesimal tesimal tesimal tesimal
1 0,016 11 0,183 21 0,350 31 0,516 41 0,683 51 0,850
2 0,033 12 0,200 22 0,366 32 0,533 42 0,700 52 0,866
3 0,050 13 0,216 23 0,383 33 0,550 43 0,716 53 0,883
4 0,066 14 0,233 24 0,400 34 0,566 44 0,733 54 0,900
5 0,083 15 0,250 25 0,416 35 0,583 45 0,750 55 0,916
6 0,100 16 0,266 26 0.433 36 0,600 46 0,766 56 0,933
7 0,116 17 0,283 27 0,450 37 0,616 47 0,783 57 0,950
8 0,133 18 0,300 28 0,466 38 0,633 48 0,800 58 0,966
9 0,150 19 0,316 29 0,483 39 0,650 49 0,816 59 0,983
Recomendação:
As horas normais trabalhadas ou as horas extras apuradas no registro de ponto são
consideradas de minuto a minuto.
Na folha de pagamento, as horas computadas no registro de ponto do empregado
devem ser convertidas em centesimais.
» Opção 2:
50% = x1,5
60% = x1,6
75% = x1,75
100% = x2
Exemplo da Opção 1:
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220horas
Horas extras realizadas 13,50 (já convertida em centesimal)
Valor HE = (salário/carga horária mensal x nº horas extras) + % acréscimo)
Valor HE = 2.536,50/220 = 11,52
11,52x13,50 = 155,52
155,52 + 77,76 = R$ 233,28 a receber de horas extras a 50%
Exemplo da Opção 2:
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220horas
Horas extras realizadas 13,50 (já convertida em centesimal)
Salário/jornada mensal = valor da hora
Valor da hora x % de hora extra = valor da hora extra
Valor da hora + valor da hora extra = valor de uma hora extra
Valor da hora extra x qtde de horas extras realizadas = valor a receber
2.536,50/220 = 11,52
11,52 x 50% = 5,76
11,52 + 5,76 = 17,28
17,28 x 13,50 = R$ 233,28 a receber de horas extras a 50%
Exemplo da Opção 3:
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220 horas
Salário R$ 1.728,69, jornada mensal 220 horas e 20,50 de horas extras a 50%.
Recomendação:
Sempre observar os percentuais de horas extras que rege a convenção coletiva de
trabalho ou acordo coletivo de trabalho.
A CLT, Art. 59, § 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por
cento) superior à da hora normal.
Base legal:
Súmula nº 264 do TST
HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado
por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo,
convenção coletiva ou sentença normativa.
» Opção 1:
Salário hora x nº de Horas Extras + Adic. Noturno 20% + percentual de Horas Extras
» Opção 2:
Salário / Jornada mensal
Salário / Jornada mensal + 20% Adic. Noturno
Valor da Hora normal + 20% Adic. Noturno + percentual de Horas Extras
Valor da Hora Extra Noturna x qtde de Horas Extra Realizada
Exemplo da Opção 1:
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220 horas
Horas Extras Noturnas 2,50 (já convertida em centesimal)
Salário Hora x Hora Extra + Adic. Noturno 20% + percentual de Horas Extras
11,52 x 2,50 = 28,80 + 20% = 34,56 + 50% = R$ 51,84 a receber de horas extras noturnas
a 50%
Exemplo da Opção 2:
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220horas
Horas extras noturnas 2,50 (já convertida em centesimal)
Valor da Hora Normal: salário / jornada mensal 2.536,50/220 = 11,52
Valor da Hora Noturna: salário / jornada mensal + 20% Adic. Noturno 11,52 + 20%
Valor da Hora Extra Noturna: valor da hora normal + 20% Adic. Noturno +
percentual de Horas Extras 11,52 + 20% + 50% = 20,73
Valor da Hora Extra Noturna x qtde de Horas Extra realizada 20,73 x 2,50 = R$ 51,84
a receber de horas extras noturnas a 50%
Exemplo da Opção 1:
Salário R$ 3.550,50/220 = 16,13
Horas Extras Noturnas 2,50 (já convertida em centesimal)
Salário hora x nº de Hora Extra + Adic. Noturno 20% + percentual de Horas Extras
(R$ 16,13 x 2,50) + 20% + 50%
(R$ 40,32 + 20%) + 50%
R$ 48,38 + 50% = R$ 72,57 a receber de horas extras noturnas a 50%
Recomendação:
Verificar na convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho se existe
percentual diferente de 20% sobre adicional noturno.
Base legal:
Súmula nº 60 do TST
ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM
HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado
para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974)
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido
é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-
OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
OJ SDI-1/TST nº 97
HORAS EXTRAS. ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO (inserida em 30.05.1997)
O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período
noturno.
Exemplo 1:
Salário mínimo R$ 1.100,00
Adicional de insalubridade 10%
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220horas
Exemplo 2:
Salário Mínimo R$ 1.100,00
Adicional de insalubridade 40%
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220horas
50% Horas extras: 10h
1º passo: Salário Mínimo x Adicional de insalubridade
R$ 1.100,00 x 40% = R$ 440,00
2º passo: (Salário base + Adicional de insalubridade) / 220 x nº H.E + percentual de
Horas Extras
(R$ 2.536,50 + R$ 440,00)/ 220 x 10 + 50%
2.976,50/220x10+ 50%
13,52x10+50%
135,20+50% = 202,80 Hora Extra com Insalubridade
Recomendação:
Verificar no laudo de insalubridade o percentual destinado ao cargo e o salário mínimo
regional.
Base legal:
CLT, Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento)
do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Exemplo 1:
Salário R$ 2.536,50
Jornada mensal 220horas
50% Horas extras 2,50 (já convertida em centesimal)
1º passo: Salário base x Adicional de periculosidade
R$ 2.536,50 x 30% = R$ 760,95
2º passo: (Salário base + Adicional de periculosidade) / 220 x nº H.E + percentual de
Horas Extras
(R$ 2.536,50 + R$ 760,95)/ 220 x 2,50 + 50%
3.297,45/220x2,50 + 50%
14,98x2,50+50%
37,45+50% = 56,17 Hora Extra com Periculosidade
Exemplo 2:
Salário R$ 1.220,00
Jornada mensal 220horas
50% Horas extras: 10h
1º passo: Salário base x Adicional de periculosidade
R$ 1.220,00 x 30% = R$ 366,00
Empregado com salário de R$ 2.794,26, com carga horária mensal de 180h, realizou
10 horas extras a 75%.
Base legal:
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de
30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente
já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.
Exemplo:
Empregado contrato como intermitente, teve sua primeira convocação para laborar
por 15 dias, com carga horária de 4h/dia, total de 60 horas, remuneração valor/hora
R$ 5,90, no mês de abril/2021.
Remuneração R$ 5,90 x 60h = R$ 354,00
DSR 354,00/24*6= 88,50
Férias proporcional (1/12 avos)= 36,87
1/3 de férias= 12,29
13º proporcional (1/12 avos)= 36,87
Total a receber R$ 528,53
Empregado contrato como intermitente, teve sua primeira convocação para laborar
por 10 dias, com carga horária de 5h/dia, total de 50 horas, remuneração valor/hora
R$ 7,90, no mês de abril/2021.
MARÇO 2021
28 01 02 03 04 05 06
07 08 09 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
Base legal:
Lei nº 605, de 05/01/1949.
CLT, Art. 318. O professor poderá lecionar em um mesmo estabelecimento por mais de
um turno, desde que não ultrapasse a jornada de trabalho semanal estabelecida legalmente,
assegurado e não computado o intervalo para refeição.
Art. 319 - Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e o trabalho
em exames.
Art. 320 - A remuneração dos professores será fixada pelo número de aulas semanais,
na conformidade dos horários.
§ 1º - O pagamento far-se-á mensalmente, considerando-se para este efeito cada mês
constituído de quatro semanas e meia.
§ 2º - Vencido cada mês, será descontada, na remuneração dos professores, a
importância correspondente ao número de aulas a que tiverem faltado.
§ 3º - Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por
motivo de gala ou de luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe,
ou de filho.
Base legal:
Súmula nº 366 do TST
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E
SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado
em 14, 15 e 18.05.2015
Cálculo de SobreAviso
Fórmula a ser utilizada:
Exemplo 1:
Jan/2021: Qtde de horas sobreaviso 25horas
Salário R$ 1.895,00
Jornada mensal 220horas
1.895,00 / 220 = 8,61 Valor da hora
8,61/3 = 2,87 Valor da hora de sobreaviso
2,87 x 25 = R$ 71,75 Total de horas a disposição
Exemplo 2:
Mar/2021: Qtde de horas sobreaviso 15horas
Salário R$ 3.598,00
Jornada mensal 220horas
1.895,00 / 220 = 8,61 Valor da hora
8,61/3 = 2,87 Valor da hora de sobreaviso
2,87 x 25 = R$ 71,75 Total de horas a disposição
Recomendação:
Se o trabalhador for convocado para trabalhar, interrompe-se o regime de sobreaviso
e a jornada de trabalho é pago normalmente, entretanto, se ocorrer horas extras deverá
pagar com percentual de horas extras, da mesma forma se convocado para laborar no
horário noturno, receberá o adicional de 20% (vide convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho).
Base legal:
Súmula nº 428 do TST
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação alterada
na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado
em 25, 26 e 27.09.2012
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao
empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle
patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de
plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante
o período de descanso.
CLT, Art. 244. § 2º Considera-se de “sobre-aviso” o empregado efetivo, que permanecer
em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada
escala de “sobre-aviso” será, no máximo, de vinte e quatro horas, as horas de “sobre-aviso”,
para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
8h diárias + 4horas extras = 12horas, 22h -------- 08h do dia seguinte, ocorreu apenas
10h de descanso entre duas jornadas, portanto, terá direito a 1h hora extra (das 08h
às 9h), além das 4h do dia anterior e ficará passível a fiscalização, autuação e multa
do trabalho.
Conclui que o empregado deveria laborar no dia seguinte às 9h.
Exemplo 2:
Empregado dispõe do horário de trabalho, das 06h às 16h, com 1h de intervalo, total
de 8horas diárias.
Realizou 4horas extras das 16h às 20h
No dia seguinte registrou ponto às 6h, sendo assim, o descanso entre duas jornadas
de trabalho não ocorreu, sendo menor de 11horas consecutivas para descanso.
8h diárias + 4horas extras = 12horas, 20h -------- 06h do dia seguinte, ocorreu apenas
10h de descanso entre duas jornadas, portanto, terá direito a 1h hora extra (das 06h
às 7h), além das 4h do dia anterior e ficará passível a fiscalização, autuação e multa
do trabalho.
Conclui que o empregado deveria laborar no dia seguinte às 7h.
Empregado dispõe do horário de trabalho, das 09h às 19h, com 1h de intervalo, total
de 8horas diárias.
Realizou 4horas extras das 19h às 23h
No dia seguinte registrou ponto às 9h, sendo assim, o descanso entre duas jornadas
de trabalho não ocorreu. Quantas horas extras é devida ao empregado perante o
intervalo interjornada?
Base legal:
CLT, Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11
(onze) horas consecutivas para descanso.
Súmula nº 110 do TST
JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal
Exemplo:
Base legal:
CLT, Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória
a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de
15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro
do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se
verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos
refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado
a horas suplementares.
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho.
§ 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido
no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e
o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação
de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a
remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.
de remuneração.
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a
supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene,
saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e
art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação
introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido
pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo,
assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo
do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o
período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo
adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.
Cálculo de Insalubridade
Grau de Insalubridade Percentual
Salário Mínimo R$ 1.100,00 NR15.2.3 - Mínimo 10%
PORTARIA SEPRT/ME Nº 477, DE 12 DE JANEIRO DE 2021
NR15.2.2 - Médio 20%
NR15.2.1 - Máximo 40%
Exemplos:
Base legal:
o salário mínimo, enquanto não sobrevier lei dispondo de forma diversa, salvo critério mais
vantajoso para o trabalhador estabelecido em norma coletiva, condição mais benéfica ou
em outra norma autônoma aplicável.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - TEMPO DE EXPOSIÇÃO - Não existe previsão legal
e jurisprudencial para pagamento proporcional ao tempo de exposição de insalubridade,
mormente porque não se pode dar interpretação restritiva às normas de higiene e segurança
de medicina do trabalho, porquanto o que está em jogo nestes casos, é a saúde e a vida do
trabalhador. (TRT 3ª Região, Processo: 00773-2002-048-03-00-0 RO, Data de Publicação:
07-10-2003, Órgão Julgador: Setima Turma, Relator: Paulo Roberto de Castro,
Revisor: Bolívar Viégas Peixoto).
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - BASE DE CÁLCULO - PAGAMENTO
PROPORCIONAL ILEGAL. O percentual do adicional de insalubridade incide sobre
o salário mínimo, sendo, absolutamente ilegal, o seu pagamento proporcional às
horas efetivamente trabalhadas. Ref.: Art. 7º, XXIX, CF/88 Lei 2351/87 En. 228/
TST Art. 192, CLT (TRT 3ª Região, Processo: RO - 7577/90, Data de Publicação:
02-08-1991, Órgão Julgador: Quarta Turma, Relator: Benedito Alves Barcelos)
Cálculo de Periculosidade
Fórmula a ser utilizada:
Salário do empregado x percentual de periculosidade = (valor total da periculosidade)
Exemplo 01:
Salário base R$ 2.500,00
2.500,00 x 30% = R$ 750,00 valor da periculosidade
Exemplo 02:
Salário base R$ 1.310,00
1.310,00 x 30% = R$ 393,00 valor da periculosidade
Exemplo 03:
Salário base R$ 1.982,00
1.982,00 x 30% = R$ 594,60 valor da periculosidade
Base legal:
NR16.2 O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador
a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
Base legal: Norma Regulamentadora NR-16.
NR16.3- É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização
da periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho
ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT”.
Base legal: Norma Regulamentadora NR-16.
Súmula nº 39 do TST
PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade
(Lei nº 2.573, de 15.08.1955).
Pagamento mínimo de 20% acima do valor da hora normal, salvo melhor condição em
Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.
Adicional Noturno:
Salário/ jornada mensal = R$ 11,36 (valor da hora diurna)
Valor da hora diurna x 20% = R$ 2,27 (valor da hora noturna)
Qtde de horas noturnas trabalhadas x valor da hora noturna = (valor total do adicional
noturno)
Coeficiente de Conversão:
60/52,50 = 1,1428571
Exemplo 01:
R$ 1.100,00 / 220 = R$ 5,00 (hora diurna)
R$ 5,00*20 % = R$ 1,00 (hora noturna)
6hnoturnas trabalhadas x R$ 1,00 = R$ 6,00 (valor do adicional noturno)
Hora noturna reduzida
6h noturnas trabalhadas x 1,1428571 = 6,8571426 horas noturnas trabalhadas
6,8571426 x R$ 1,00 = R$ 6,85 (valor total do adicional noturno)
Exemplo 02:
R$ 3.100,00 / 220 = R$ 14,09 (hora diurna)
R$ 14,09*20 % = R$ 2,81 (hora noturna)
4h noturnas trabalhadas x R$ 2,81 = R$ 11,24 (valor do adicional noturno)
Hora noturna reduzida
4h noturnas trabalhadas x 1,1428571 = 4,5714284 horas noturnas trabalhadas
4,5714284 x R$ 2,81 = R$ 12,84 (valor total do adicional noturno)
Base legal:
CLT, Art. 73.
Súmula nº 60 do TST
ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO
DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ
20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para
todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974)
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ
nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
Exemplo 01:
Salário 3.500,00 x 25% = R$ 875,00 Valor do Adicional de Transferência
Exemplo 02:
Salário 2.385,00 x 25% = R$ 596,25 Valor do Adicional de Transferência
Exemplo 03:
Salário 1.879,00 x 25% = 469,75 Valor do Adicional de Transferência
Base legal:
CLT, Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência,
para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a
que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam
cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita,
a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.
§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que
trabalhar o empregado.
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado
para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo
anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a
25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade,
enquanto durar essa situação.
Súmula nº 29 do TST
TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de
sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa
de transporte.
Súmula nº 43 do TST
TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem
comprovação da necessidade do serviço.
OJ SDI I, nº 113
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO
CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA
PROVISÓRIA (inserida em 20.11.1997).
O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de
transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal
apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.
Cálculo de Vale-Transporte
O Cálculo:
Exemplo:
MARÇO 2021
DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB
28 01 02 03 04 05 06
07 08 09 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
Informações úteis:
1. Vale transporte pago em dinheiro não incide contribuição previdenciária (decisões
STF RE 478410/SP, de 14/05/2010 e STJ Resp./RJ 1180562, de 26/08/2010) e PGFN.
2. Cabe ao empregador o desconto do percentual de 6% (seis por cento) incidente
sobre o salário-base ou vencimento do empregado, excluídos quaisquer adicionais
ou vantagens, se o empregado optar por este benefício.
3. O valor deve ser de acordo com a competência de uso para passagens da residência-
trabalho e trabalho-residência.
4. O desconto é proporcional nos casos de admissão, desligamento e férias.
Base legal:
Lei nº 7.418, de 16/12/1985
Art. 4º - A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo empregador dos Vales-
Transporte necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-
versa, no serviço de transporte que melhor se adequar.
Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a
ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico.
Decreto nº 95.247, de 17/11/1987
Art. 9° O Vale-Transporte será custeado:
I - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico
ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens;
II - pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior.
Parágrafo único. A concessão do Vale-Transporte autorizará o empregador a descontar,
mensalmente, do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela de que
trata o item I deste artigo.
Art. 10. O valor da parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontada
proporcionalmente à quantidade de Vale-Transporte concedida para o período a que se
refere o salário ou vencimento e por ocasião de seu pagamento, salvo estipulação em
contrário, em convenção ou acordo coletivo de trabalho, que favoreça o beneficiário.
Art. 11. No caso em que a despesa com o deslocamento do beneficiário for inferior
a 6% (seis por cento) do salário básico ou vencimento, o empregado poderá optar pelo
recebimento antecipado do Vale-Transporte, cujo valor será integralmente descontado por
ocasião do pagamento do respectivo salário ou vencimento.
Art. 12. A base de cálculo para determinação da parcela a cargo do beneficiário será:
I - o salário básico ou vencimento mencionado no item I do art. 9° deste decreto; e
II - o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados por tarefa ou
serviço feito ou quando se tratar de remuneração constituída exclusivamente de comissões,
percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes.
Cálculo de Salário-Família
Base de cálculo:
Exemplo 1:
Empregado com salário/remuneração de R$ 1.420,00, possui três filhos menor de 14
anos e entregou na empresa a seguinte documentação conforme dispõe no Decreto
nº 3.048, de 06/05/1999, Art. 84.
Exemplo 2 – Proporcionalidade:
Empregado admitido em 15/03/2021, salário/remuneração de R$ 1.420,00, possui três
filhos menor de 14 anos.
Base legal:
PORTARIA SEPRT/ME Nº 477, DE 12 DE JANEIRO DE 2021
Art. 4º O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição,
até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de
2021, é de R$ 51,27 (cinquenta e um reais e vinte e sete centavos) para o segurado com
remuneração mensal não superior a R$ 1.503,25 (um mil quinhentos e três reais e vinte e
cinco centavos).
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, considera-se remuneração mensal do segurado o
valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante da soma dos salários
de contribuição correspondentes a atividades simultâneas.
§ 2º O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que
seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente
trabalhados.
§ 3º Todas as importâncias que integram o salário de contribuição serão consideradas
como parte integrante da remuneração do mês, exceto o décimo terceiro salário e o adicional
de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição, para efeito de definição do direito
à cota do salário-família.
§ 4º A cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos
meses de admissão e demissão do empregado.
Gratificação
Tipos:
1. Gratificação de cargo;
2. Gratificação de resultados;
3. Gratificação de colaboração/tempo de serviço;
4. Gratificação semestral;
5. Gratificação natalina.
Base legal:
CLT, Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento
ou filial.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo
salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
CLT, Art. 457. § 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações
legais e as comissões pagas pelo empregador.
Súmula nº 148 do TST
GRATIFICAÇÃO NATALINA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
É computável a gratificação de Natal para efeito de cálculo de indenização (ex-
Prejulgado nº 20).
Súmula nº 157 do TST
GRATIFICAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A gratificação instituída pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962, é devida na resilição contratual
de iniciativa do empregado (ex-Prejulgado nº 32).
Súmula nº 202 do TST
GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPENSAÇÃO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo
empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva
ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja
mais benéfica.
Súmula nº 203 do TST
GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. NATUREZA SALARIAL (mantida) - Res.
Recomendações:
Base legal:
CLT, Art. 457.
§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-
alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos
não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e
não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
§ 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma
de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão
de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Exemplo de Cálculo:
Recomendação:
Necessário consultar na CBO (buscar no google site da CBO), nas abas abaixo quais
cargos é composição para cálculo de aprendiz.
Exemplo 02:
Exemplo 03:
Base legal:
Lei 8.213/1991, Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a
preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários
reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I até 200 empregados............................................. 2%
II - de 201 a 500.......................................................3%
III - de 501 a 1.000...................................................4%
IV - de 1.001 em diante. ......................................... 5%
Cálculo de Férias
Para ter direito as férias 30 dias corridos, quando não houver fal-
CLT, artigo 130 tado ao serviço mais de 5 vezes;
24 dias corridos, quando houver tido de
6 a 14 faltas;
18 dias corridos, quando houver tido de
15 a 23 faltas;
12 dias corridos, quando houver tido de
24 a 32 faltas.
É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao
serviço.
Poderá dividir férias em três períodos Um período não pode ser inferior a 14 dias cor-
CLT, artigo 134, §1º ridos e os demais não poderão ser inferiores a
5 dias corridos, cada um.
As férias não podem acontecer Dois dias que antecede feriado ou dia de re-
CLT, artigo 135, §3º pouso semanal remunerado.
Férias Coletivas Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de
uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da
CLT, artigo 139 e 140 empresa.
2 períodos anuais desde que nenhum deles
seja inferior a 10 dias corridos.
O empregador comunicará ao órgão local do
Secretária do Trabalho (pode ser feito on-line),
com a antecedência mínima de 15 dias, as da-
tas de início e fim das férias e enviará cópia da
comunicação aos sindicatos representativos
da respectiva categoria profissional.
Pagamento das férias Efetuados até 2 dias antes do início do res-
CLT, artigo 145 pectivo período.
Não terá direito a férias Deixar o emprego e não for readmitido
CLT, artigo 133 dentro de 60 dias subsequentes à sua
saída;
Permanecer em gozo de licença, com
percepção de salários, por mais de 30
dias;
Deixar de trabalhar, com percepção do
salário, por mais de 30 dias, em virtude
de paralisação parcial ou total dos ser-
viços da empresa; e
Tiver percebido da Previdência Social
prestações de acidente de trabalho ou
de auxílio-doença por mais de 6 meses,
embora descontínuos.
Iniciar novo período aquisitivo quando o em-
pregado, após o implemento de qualquer das
condições previstas acima, retornar ao serviço.
Fórmulas:
» Férias normais
» Férias proporcionais
» Média de comissão
Base legal:
Sem incidências sobre:
Súmula nº 81 do TST
FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados
em dobro.
Súmula nº 89 do TST
FALTA AO SERVIÇO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Se as faltas já são justificadas pela lei, consideram-se como ausências legais e não
serão descontadas para o cálculo do período de férias.
e 21.11.2003
O art. 479 da CLT aplica-se ao trabalhador optante pelo FGTS admitido mediante
contrato por prazo determinado, nos termos do art. 30, § 3º, do Decreto nº 59.820, de
20.12.1966.
Exemplo 01:
Empregado admitido em 12/02/2021, terá direito a quanto avos de décimo terceiro?
R- 11/12 avos
Mês Avos
Fevereiro 1/12
Março 2/12
Abril 3/12
Maio 4/12
Junho 5/12
Julho 6/12
Agosto 7/12
Setembro 8/12
Outubro 9/12
Novembro 10/12
Dezembro 11/12
Exemplo 02:
Empregado admitido em 24/02/2021, terá direito a quanto avos de décimo terceiro?
R- 10/12 avos
Mês Avos
Março 1/12
Abril 2/12
Maio 3/12
Junho 4/12
Julho 5/12
Agosto 6/12
Setembro 7/12
Outubro 8/12
Novembro 9/12
Dezembro 10/12
Exemplo 1:
Empregado admitido em 13/01/2021, com salário de R$ 3.200,00, e pagamento da 1º
parcela do 13º salário em novembro de 2021.
R$ 3.200,00 / 2 = R$ 1.600,00 valor do adiantamento do 13º salário
Direito a 12/12 avo de décimo
R$ 1.600,00 x 8% = R$ 128,00 de FGTS
Mês Avos
Janeiro 1/12
Fevereiro 2/12
Março 3/12
Abril 4/12
Maio 5/12
Junho 6/12
Julho 7/12
Agosto 8/12
Setembro 9/12
Outubro 10/12
Novembro 11/12
Dezembro 12/12
Exemplo 2:
Empregado admitido em 21/09/2020, com salário de R$ 2.587,00, e pagamento da 1º
parcela do 13º salário em novembro de 2020.
R$ 2.587,00 / 12 * 3 = R$ 646,75 (base de cálculo do 13º salário)
R$ 646,75/ 2 = R$ 323,37 valor do adiantamento do 13º salário
Direito a 3/12 avo de décimo
R$ 323,37 x 8% = 25,86 de FGTS
Mês Avos
Setembro 0
Outubro 1/12
Novembro 2/12
Dezembro 3/12
Base legal:
Lei nº 4.090, de 13/07/1962
Lei nº 4.749, de 12/08/1965
Decreto nº 57.155, de 03/11/1965
Exemplo 1:
3.000,00/30 = 100,00 x 54 dias = R$ 5.400,00 de aviso prévio
Exemplo 2:
2.500,00/30 = 83,33 x 39 dias = R$ 3.249,87 de aviso prévio
Poderá descontar o aviso prévio trabalhado caso não seja cumprido, lembrando que se o
empregado conseguir outro emprego e comprove (declaração) a empresa não pode des-
contar o aviso prévio trabalhado.
Exemplo 1:
Salário R$ 1.100,00 x 7,5% = R$ 82,50 Valor do INSS
Exemplo 2:
Salário R$ 1.725,30 x 9% = 155,277 - 16,500 = R$ 138,77 Valor do INSS
Exemplo 3:
Salário R$ 3.250,00 x 12% = 390,00 - 82,604 = R$ 307,39 Valor do INSS
Exemplo 4:
Salário R$ 6.433,57 x 14% = 900,69 – 148,708 = R$ 751,97 Valor do INSS
Base legal:
PORTARIA SEPRT/ME Nº 477, DE 12 DE JANEIRO DE 2021
Exemplo:
Salário R$ 3.000,00 + Gratificação R$ 1.400,00
01 dependente
Total de proventos com incidência do IRRF R$ 4.400,00 x 14% = R$ 467,30 (valor do
INSS)
R$ 467,30 (valor do INSS) - Dedução por dependente (IRRF) R$ 189,59 = R$ 277,71
(Total das deduções do IRRF)
R$ 4.400,00 - R$ 277,71 = R$ 4.122,29 (base de cálculo)
R$ 4.122,29 x 22,5% = R$ 927,51 (valor do IRRF sem dedução)
R$ 927,51 - 636,13 = R$ 291,38 Valor do IRRF
Base legal:
IN RFB 1.500/14, Decreto nº 3.000/99 (Decreto nº 9.580/2018) e MAFON.
Exemplo 02:
Empregado recebe R$ 6.000,00 de PLR, qual será o valor líquido a
receber?
R- R$ 6.000,00 a receber de PLR
Base legal:
Lei nº 10.101, de 19/12/2000
Encargos do Empregador
» Simples Nacional Anexos I, II, III e V não possui Contribuição Previdenciária Patronal.
» Simples Nacional Anexo IV: 20% de Contribuição Previdenciária Patronal + RAT +
FAP + FPAS.
» Código de terceiros, informar [0000] para empresas do Simples Nacional.
» Lucro Presumido ou Real: 20% de Contribuição Previdenciária Patronal + RAT +
FAP + FPAS + Terceiros.
Valor da con-
Nº Descrição Base de cálculo Alíquota
tribuição
Valores de salário
Folha de pagamento de contribuição por
1 Remuneração 7,5%, 9%, 12% e 14%
empregados empregado para o
INSS
Valor do Pró-la-
2 Pró-labore 11% Valor x 11%
bore
Tipo de Classificação Tributária
Patronal sobre Folha + Pró-
3 (linhas 1+2) Lucro Presumido, Lucro Real ou Simples (linhas 1+2) x 20%
-labore (linhas 1+2) Nacional Anexo IV será 20%
RAT 1%, 2% e 3% (Para consulta o RAT é o
Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 971,
de 13/11/2009) Multiplicar remu-
4 RAT x FAP Remuneração FAP 0,5000 a 2,0000 neração x resulta-
(Link: FapWEB - Fator Acidentário de Preven- do do RATXFAP
ção - (dataprev.gov.br)
Encargos do Empregador
» Benefícios
1. Vale-transporte;
2. Ticket alimentação/refeição;
3. Ticket combustível;
4. Assistência médica;
5. Assistência odontológica;
6. Cesta básica;
7. Auxílio-creche;
8. Convênio farmácia.
Tudo que é parcela individualizada por empregado, deve constar na folha de pagamento como verba
informativa da parte do empregador.
Empresas possuem faturamento, fluxo de caixa, capital de giro, lucro, despesas fixa e
variável, entre outros, sendo assim, a folha de pagamento é um dos custos mais relevante
numa empresa, juntamente com os encargos trabalhistas, previdenciários e tributários,
portanto, manter uma atuação de planejamento do quadro de pessoal de todos os setores
sem dúvidas terá uma visão holística para saber como será o orçamento.
» Ajuda de custo;
» Diárias para viagem;
» Prêmios;
» Vale-transporte;
» Ticket alimentação/refeição;
» Ticket combustível;
» Assistência médica;
» Assistência odontológica;
» Cesta básica;
» Auxílio-creche;
» Convênio farmácia;
» Participação nos Lucros e Resultados – PLR;
» Bolsa de estudos.
» RAT;
» FAP;
» Contribuição Terceiros (verificar o FPAS);
» FGTS mensal;
» FGTS férias + 1/3;
» FGTS 13º;
» FGTS 40% de indenização;
» FGTS sobre o Aviso Prévio Indenizado;
» IRRF mensal;
» IRFF 13º.
» Fardamento;
» Crachá;
» ASOs e exames complementares;
» Equipamento de proteção individual – EPI;
» Contas de celular corporativo;
» Cursos e Treinamentos de capacitação/atualização profissional.
RESUMO
Bloco I – Cargos, salários e parcelas integrantes da remuneração (com incidência);
Bloco II - Cargos, salários e parcelas não integrantes da remuneração (sem incidência);
Bloco III – Cargos, salários e custos indiretos (fardamento, ASO, crachá, etc);
Bloco IV - Encargos trabalhista, previdenciário e tributário.
Gabarito
Hora de praticar 01:
Empregado foi admitido com salário de R$ 1.865,34, devido a data de admissão laborou
apenas 15 dias. Qual o valor líquido do salário do empregado?
R$ 1.865,34/30= 62,17
62,17*15= 932,67
932,67*7,5% INSS = 69,95
Líquido a receber = R$ 862,72
1.728,69/220 = 7,85
7,85 x 50% = 3,92
7,85 + 3,92 = 11,77
11,77 x 20,50 = R$ 241,28 a receber de horas extras a 50%
3.632,53/180x10 + 75%
20,18x10+75%
201,80+75% = R$ 353,15 Hora Extra com Periculosidade
Descontos:
Saldo de salário 696,77 x 7,5% = 52,25
13º salário 787,50 x 7,5% = 59,06
Total de descontos R$ 111,31
Líquido a receber: R$ 2.422,96