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BENEFÍCIO
RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO
SUMÁRIO
1- Salário de benefício 3
2- Atividades concomitantes 7
3- Benefícios da Previdência social (LOAS) 19
4- Princípios do benefício assistencial 23
5- Jurisprudencias 29
6- Do benefício de prestação continuada 39
Referencias 50
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1- SALÁRIO DE BENEFÍCIO
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Tc x a f = -------------------- x 1 + Tc x a + Id Es 100
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2- ATIVIDADES CONCOMITANTES
CÁLCULO DO SB
A CAT deverá ser emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador, por seus
dependentes, pela entidade sindical, pelo médico ou por autoridade (magistrados,
membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União, dos estados e do
Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da
Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar).
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AUXÍLIO-ACIDENTE
pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago
quando o trabalhador se aposenta. Pagamento A partir do dia seguinte em que
cessa o auxílio-doença. Valor do benefício Corresponde a 50% do salário de
benefício que deu origem ao auxílio-doença corrigido até o mês anterior ao do início
do auxílio-acidente.
SALÁRIO-MATERNIDADE Inc. II, Art. 201 da CF Letra “b”, Inc. II, Art. 10 do
ADCT Arts. 71 a 73 - Lei nº 8.213/91 Arts. 93 a 103 - Decreto nº 3.048/99
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observando as disposições dos arts. 193 e 221 da citada IN, ou serem objeto de
requerimento de restituição.
Os dependentes do segurado que for preso por qualquer motivo têm direito a
receber o auxílio-reclusão durante todo o período da reclusão. O benefício será pago
se o trabalhador não estiver recebendo salário da empresa, auxílio-doença,
aposentadoria ou abono de permanência em serviço. Não há tempo mínimo de
contribuição para que a família do segurado tenha direito ao benefício, mas o
trabalhador precisa ter qualidade de segurado. A partir de 1º de fevereiro de 2009,
será devido aos dependentes do segurado cujo salário-de-contribuição seja igual ou
inferior a R$ 752,12 (setecentos e cinquenta e dois reais e doze centavos)
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O auxílio reclusão deixará de ser pago: - com a morte do segurado e, nesse caso, o
auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte; - em caso de fuga, liberdade
condicional, transferência para prisão albergue ou extinção da pena; - quando o
dependente completar 21 anos ou for emancipado; - com o fim da invalidez ou morte
do dependente. Fuga Em caso de fuga, o pagamento é interrompido e só pode ser
restabelecido a partir da data da recaptura. Em caso de falecimento do detento, o
benefício é automaticamente convertido em pensão por morte. Havendo mais de um
dependente, o auxílio é dividido entre todos, em partes iguais. Quando um dos
dependentes perde o direito de receber o benefício, é feita nova divisão entre os
dependentes restantes.
SALÁRIO-FAMÍLIA
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...
A regulamentação deste benefício se deu pela Lei 8.742/93, conhecida como Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), e do Decreto 1.744/95, os quais
estabelecem os seguintes requisitos para concessão:
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Anteriormente a idade mínima para ter direito ao benefício era de 70 anos, mas com
a edição de novas leis, a idade teve redução conforme quadro abaixo:
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto
das provisões socioassistenciais.
No entanto, os valores que porventura não tenham sido recebidos em vida pelo
beneficiário serão pagos aos seus herdeiros diretamente pelo INSS.
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Perícia Médica
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d) a interdição, seja total ou parcial, nunca deve ser exigência do INSS, pois ela
deve ser promovida pelos pais ou tutores, pelo cônjuge ou qualquer outro parente,
ou ainda, pelo Ministério Público, conforme art. 1.768 do Código Civil;
Beneficiário Carcerário
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O valor da Renda Mensal Vitalícia (RMV), urbana ou rural, recebido por idoso ou por
pessoa inválida, compõe o cálculo da renda familiar per capita quando da concessão
de benefício do LOAS, inclusive a idoso, desde que os interessados integrem o
mesmo grupo familiar, cabendo porém renúncia expressa àquele benefício em prol
de si mesmo ou de outrem.
O idoso que declara renda fruto de seu trabalho, cuja renda per capita do grupo
familiar seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo, terá direito ao beneficio de
prestação continuada da assistência social, desde que atendido o disposto do art. 20
da Lei 8.742/1993 e art. 34 da Lei 10.741/2003.
Não integram o grupo familiar as pessoas não elencadas no rol do art. 16 da Lei
8.213/1991, ainda que tenham sob sua curatela o deficiente ou venham a acolher
idoso.
A renda do tutor não deve integrar o cálculo para aferição da renda per capita,
exceto quando o rendimento do tutor decorrer da administração dos bens do
tutelado ou quando ocorrer a hipótese prevista no § 2º do art. 16 da Lei 8.213/1991,
ou seja, mediante declaração do segurado/tutor e a comprovação da dependência
econômica.
Carência
Não há carência para a concessão do benefício de assistência social uma vez que a
própria legislação prevê que não há necessidade de contribuição, dentro dos
requisitos pré-estabelecidos.
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Beneficiários
Revisão do Benefício
O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para
avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem.
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Se for constatado que por erro administrativo foi concedido benefício assistencial a
casal de idosos, antes do Estatuto do Idoso, sem observar os critérios estabelecidos
no parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), o INSS deve
cessar o benefício mais recente e, em seguida, conceder novo benefício.
Cessação do Benefício
I) Morte do beneficiário;
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5- JURISPRUDÊNCIAS
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idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais (art. 34 do Estatuto do Idoso - Lei n.º
10.741 de 01.10.2003); 2) não possuir meios de subsistência próprios ou de tê-la
provida por sua família, cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ do salário
mínimo (art. 203, V, da CF; art. 20, § 3º, e art. 38 da Lei n.º 8.742 de 07.12.1993). 2.
Preenchidos os requisitos legais ensejadores à concessão do benefício. 3. Agravo
Legal a que se nega provimento. (TRF-3 - AC: 18702 SP 0018702-
28.2012.4.03.9999, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL FAUSTO DE SANCTIS,
Data de Julgamento: 18/03/2013, SÉTIMA TURMA).
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Neste sentido, percebe-se que o legislador foi minucioso ao estabelecer no art. 3º,
inciso IV da Lei 13.146, a conceituação das diferentes espécies de barreiras que
podem dificultar a participação em igualdade de condições da pessoa com
deficiência, veja-se:
Art. 3o Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:
IV – barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou
impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de
seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à
comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com
segurança, entre outros, classificadas em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados
abertos ao público ou de uso coletivo;
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo,
atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o
recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de
comunicação e de tecnologia da informação;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem
a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e
oportunidades com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso da pessoa com
deficiência às tecnologias;
Logo, não mais se conceitua a deficiência que enseja o acesso ao BPC-LOAS como
aquele que incapacite a pessoa para a vida independente e para o trabalho, e sim
aquele que possui algum tipo de impedimento, que, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade, em
igualdade de condições com as demais pessoas. Em momento algum a norma
condiciona o recebimento do benefício à demonstração da incapacidade para o
trabalho!
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Não se pode mais confundir deficiência (artigo 20, § 2º da LOAS) com incapacidade
laborativa, exigindo, para a configuração do direito, a demonstração da “invalidez
de longo prazo”. Isto, pois a consequência prática deste equívoco é a
denegação do benefício assistencial a um número expressivo de pessoas que
têm deficiência e vivem em condições de absoluta penúria e segregação
social, comprometendo as condições materiais básicas para seu sustento e
até desenvolvimento social para sair da situação de extrema necessidade.
Nesse sentido, cumpre salientar que o novo conceito de pessoa com
deficiência foi primeiramente estabelecido pelo art. 1º da Convenção Internacional
sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, constitucionalizado pelo Brasil ao
seguir o rito do art. 5º, §3º da Constituição Federal (incorporado em nosso
ordenamento jurídico com força de EMENDA CONSTITUCIONAL), com a
consequente promulgação do Decreto nº 6.949/09. Em 2012 a Convenção já havia
sido ratificada por 126 países.
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que este não possuir condições financeiras de custear tratamento especializado, ou,
mesmo, se sua reinserção no seu ambiente de trabalho restar impossibilitado. […].
(TNU, PEDILEF 05344825220094058300, Relator JUIZ FEDERAL WILSON JOSÉ
WITZEL, DOU 23/01/2015 PÁGINAS 68/160)
Para além da questão afeta à observância do CIF por ocasião da perícia, giza-se
que também deverá ser feita a avaliação da deficiência com fundamento no
Índice de Funcionalidade Brasileiro aplicado para fins de Classificação e
Concessão da Aposentadoria da Pessoa com Deficiência (IF-BRA). O referido índice
foi introduzido pela Portaria Interministerial AGU/MPS/MF/SEDH/MP Nº 1 DE
27.01.2014, e visa fornecer o método a ser utilizado a fim de se avaliar a deficiência
do segurado. E saliente-se que o próprio INSS já se adequou aos parâmetros do
IF-BRA e do CIF na concessão administrativa dos BPC.
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Assim, apenas podem ser consideradas família, para fins da LOAS, as pessoas
mencionadas, que residam no mesmo domicílio arroladas de forma expressa e
exaustiva.
Ocorre que recentes decisões judiciais tem considerado, como membros familiares,
filhos casados e solteiros não residentes sob o mesmo teto do requerente, a fim de
lhes atribuir o dever de sustento, mesmo tendo o estudo social realizado nos autos
concluído ser o núcleo familiar somente composto pelo requerente e
esposo/esposa e não ter sido averiguada a real condição de tais parentes.
fornecida pelo SUS e tem gastos aproximados de R$ 100,00 com remédios e total
de R$ 799,00. O marido da autora é aposentado e recebe um salário mínimo
mensal. O casal possui 7 filhos, que têm dever legal dos filhos prestar alimentos a
seus genitores. Assim sendo, a família da parte autora tem condições de prover a
sua subsistência, em atendimento às suas necessidades básicas, ressaltando que
a atuação do Estado é sempre subsidiária em relação à família.” (grifos nossos).
Entretanto, entendemos que tal decisão contraria o artigo 20, § 1º, da LOAS, que
enumera taxativamente quem são os parentes que possuem o dever legal de
sustento, para fins de concessão do beneficio assistencial, desconsiderando,
dentre outros parentes, os filhos casados e os solteiros não residentes sob o
mesmo teto, sendo tal rol exaustivo segundo a jurisprudência pátria,
caracterizando-se assim a miserabilidade familiar, conforme se verá a seguir.
Da análise da jurisprudência
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O citado acórdão afirma que o rol do artigo 20, § 1º, da lei 8742/93 é exaustivo,
não podendo considerar outros parentes, como membros familiares, uma vez que a
lei assim não considera. Diferentemente do que entendeu o acórdão recorrido, o
qual considerou filhos casados e solteiros não residentes sob o mesmo teto,
atribuindo aos mesmos o dever civil de sustento da recorrente, mesmo sem prova
material desta capacidade, já que não são considerados membros familiares, nos
termos da LOAS.
A Turma Recursal da 1ª Região, ao analisar o tema, nos autos do processo n.
347016920074013, tendo como relatora, a Juíza Federal HIND GHASSAN
KAYATH, em julgamento ocorrido em 21/01/2003 (consultado
em: http://columbo2.cjf.jus.br/juris/unificada/Resposta, em 08/11/14, as 14:18h), por
maioria de votos deu parcial provimento ao pedido, entendeu que:
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Veja-se que o entendimento foi no sentido de que o artigo 20, § 1º, da lei 8742/93
possui interpretação restritiva, de forma que somente podem ser considerados os
filhos nela elencados. Entendimento este divergente daquele esposado no acórdão
atacado, demonstrando a necessidade da uniformização.
No mesmo sentido, a 1ª Turma Recursal do Distrito Federal - 1ª Região,
igualmente ao analisar o tema, nos autos do processo n. 241273620114013, tendo
como relator, o Juiz Federal DAVID WILSON DE ABREU PARDO, em julgamento
ocorrido em 05/04/2013 por unanimidade, deu provimento ao recurso, entendeu
que:
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Mais uma vez, o entendimento foi no sentido da interpretação literal do artigo 20, §
1º, da lei 8742/93, para fins de apuração do núcleo familiar, contrariando a
interpretação realizada pelo acórdão recorrido.
A TNU, igualmente, ao analisar a questão da extensão do artigo 20, § 1º, da
lei 8742/93, nos autos do PEDILEF n. 200733007030145, tendo como relator, o
Juiz Federal PAULO ERNANE MOREIRA BARROS, em recente julgamento
ocorrido em 17/01/14, deram parcial provimento ao pedido de uniformização, sob o
entendimento de que:
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REFERÊNCIAS
Art. 203 da CF/88; Lei 8.742/93; Decreto 1.744/95; art. 16 da Lei 8.213/1991; art.34
da Lei 10.741/2003; Lei 10.406/2002 (Código Civil) .
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CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de Direito
Previdenciário. 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013.
GOUVEIA, Carlos Alberto Vieira de. Benefício por Incapacidade & Perícia
Médica. 1ª ed. Curitiba: Juruá, 2012.
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