RMI INSS significa (Renda Mensal Inicial), que é o valor inicial que o segurado

ou beneficiário vai receber mensalmente a título de benefício do INSS. O

cálculo da RMI depende do tipo de benefício solicitado e das características da
vida laboral do segurado. De maneira geral, a RMI corresponde ao valor do
benefício na DIB INSS (Data de Início do Benefício).
O cálculo da RMI sofreu alterações após a Reforma da Previdência (Emenda
Constitucional 103/2019). Para todos os demais casos, é preciso observar qual
era a lei vigente à época. As novas regras não se aplicam a situações
passadas, pois ela não se sobressai sobre o direito adquirido.
Caso queira saber a RMA (renda mensal atual), é só aplicar o reajuste sobre a
RMI, que será, via de regra, proporcional no primeiro ano e obedecerá a Tabela
de Reajustamento do INSS.
RMI INSS como calcular
1. Verificar todos os seus salários de contribuição desde julho de 1994 no
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS);
2. Retirar os 20% menores salários e fazer a média do que restou, dividindo o
valor pelo tempo de contribuição correspondente;
3. Multiplicar essa média pelo fator previdenciário ou pela regra 86/96
progressiva, se for o caso;
4. Aplicar o percentual de acordo com o tipo de aposentadoria (100%, 70% +
5% a cada 12 contribuições excedentes ou proporcional).

A fórmula geral é: RMI = SB x %, onde SB é o salário de benefício e % é o

coeficiente de cálculo
O fator previdenciário é uma fórmula matemática que considera a idade,
expectativa de sobrevida e tempo de contribuição do segurado ao se
aposentar. Isso resulta em um coeficiente que é aplicado sobre o salário de
benefício do segurado, ou seja, sobre o valor em que será calculado o valor do
benefício a ser pago.
O fator previdenciário foi criado com a finalidade de reduzir o valor dos
benefícios previdenciários, no momento de sua concessão, de maneira
inversamente proporcional à idade de aposentadoria do segurado. Quanto
menor a idade no momento da aposentadoria, maior o redutor e
consequentemente, menor o valor da aposentadoria a receber.
A regra 86/96 progressiva é uma das formas de se aposentar por tempo de
contribuição sem a aplicação do fator previdenciário. Essa regra consiste em
somar a idade e o tempo de contribuição do segurado e verificar se o resultado
atinge uma pontuação mínima.
Essa pontuação mínima é de 86 pontos para as mulheres e 96 pontos para os
homens, desde que tenham pelo menos 30 anos de contribuição (mulheres) ou
35 anos (homens). Essa pontuação é progressiva, ou seja, aumenta a cada
dois anos até chegar a 90 pontos para as mulheres e 100 pontos para os
homens em 2026.
Por exemplo, uma mulher que tem 56 anos de idade e 30 anos de contribuição
pode se aposentar pela regra 86/96 progressiva em 2019, pois a soma dos
seus pontos é igual a 86 (56 + 30) 3. Se ela quiser se aposentar em 2020, ela
precisará ter mais um ponto, ou seja, 57 anos de idade ou 31 anos de
contribuição.
O coeficiente do cálculo RMI é um valor percentual que irá variar de acordo
com cada benefício previdenciário. Esse coeficiente é aplicado sobre o salário
de benefício do segurado, que é a média aritmética simples dos salários de
contribuição.

O coeficiente da aposentadoria por tempo de contribuição depende da

regra de cálculo escolhida pelo segurado. Existem três regras possíveis:
1. A regra geral, que aplica o fator previdenciário sobre a média dos
salários de contribuição. Nesse caso, o coeficiente é o valor do fator
previdenciário, que varia conforme a idade, o tempo de contribuição e a
expectativa de sobrevida do segurado.

2. A regra 86/96 progressiva, que não aplica o fator previdenciário se o

segurado atingir uma pontuação mínima somando a idade e o tempo de
contribuição. Nesse caso, o coeficiente é 100%, ou seja, o segurado recebe a
média integral dos salários de contribuição.

3. A regra proporcional, que só vale para quem tinha direito até 16/12/1998,
data em que essa modalidade deixou de existir. Nesse caso, o coeficiente é um
percentual que varia conforme a idade e o tempo de contribuição do segurado,
podendo ser 70% + 5% a cada 12 contribuições excedentes ou proporcional ao
tempo de serviço.

Aposentadoria programável

O coeficiente de aposentadoria programável é um percentual que é aplicado

sobre a média de todos os salários de contribuição do segurado desde julho de
1994 para calcular o valor do benefício. Esse coeficiente varia de acordo com o
tempo de contribuição e o tipo de aposentadoria programável.
Existem três tipos de aposentadoria programável: a comum, a do professor e
a especial. Cada uma tem seus próprios requisitos de idade mínima, tempo de
contribuição e exposição a agentes nocivos. O coeficiente de aposentadoria
programável é diferente para cada tipo.
1. Para a aposentadoria programável comum, o coeficiente é de 60% da
média de todos os salários de contribuição, acrescido de 2% a cada ano
que exceder 20 anos de tempo de contribuição para homens e 15 anos
para mulheres. Por exemplo, se um homem tem 35 anos de tempo de
contribuição, seu coeficiente será de 90% (60% + 2% x 15).

2. Para a aposentadoria programável do professor, o coeficiente é de

60% da média de todos os salários de contribuição, acrescido de 2% a
cada ano que exceder 15 anos de tempo de contribuição para ambos os
sexos. Por exemplo, se uma professora tem 25 anos de tempo de
contribuição, seu coeficiente será de 80% (60% + 2% x 10).

3. Para a aposentadoria programável especial, o coeficiente é de 60%

da média de todos os salários de contribuição, acrescido de 2% a cada
ano que exceder 15 anos (para atividades especiais com exposição
mínima), 20 anos (para atividades especiais com exposição moderada)
ou 25 anos (para atividades especiais com exposição máxima) de tempo
de contribuição para ambos os sexos. Por exemplo, se um trabalhador
tem 30 anos de tempo de contribuição em atividades especiais com
exposição máxima, seu coeficiente será de 70% (60% + 2% x 5).

Referências:
Reforma da Previdência: você sabia que o valor do benefício não está limitado a 100% da
média de contribuições? (previdenciarista.com)

Aposentadoria Programada | Regra Definitiva em 2023 (ingracio.adv.br)

Agora é 86/96: fórmula para cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição é
atualizado — Instituto Nacional do Seguro Social - INSS (www.gov.br)

INSS: Aprenda a calcular o valor da sua aposentadoria - Contabilidade é na Rede Jornal Contábil
- Portal de Notícias (jornalcontabil.com.br)

Entenda o Salário de Benefício do INSS sem "sofrência"! | Jusbrasil

FATOR PREVIDENCIARIO O QUE FAZER SE O CALCULO NAO FOR O ESPERADO

(guiatrabalhista.com.br)