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No Brasil, existem alguns tipos de aposentadorias, cada uma com seus requisitos, vantagens, e
cálculos próprios. Conhecer cada um delas é fundamental para conseguir identificar em quais
categorias se encaixa e garantir o melhor benefício.
Mas afinal, o que é aposentadoria?
É o afastamento que um trabalhador faz de suas atividades após cumprir requisitos
estabelecidos por lei, a fim de usufruir dos benefícios, sendo ela de uma previdência social/e
ou privado.
A aposentadoria é um fator comum para milhões de trabalhadores no país, e é um direito
social; isso quer dizer, que é garantida por lei da Constituição Federal.
Além de refletir diretamente na economia, por possibilitar que essas pessoas continuem ativas
no mercado consumidor, ela é capaz de tornar a vida do trabalhador mais digna.
Criada e ministrada através do INSS – INSTITUTO NACIONAL SEGURO SOCIAL (que é o órgão
público responsável pelo pagamento da aposentadoria e outros benefícios aos trabalhadores e
demais segurados), o objetivo da previdência social, ou aposentadoria, é garantir que a renda
do contribuinte e de sua família em alguns casos específicos, como acidente, gravidez, prisão,
morte e velhice.
Segundo a Secretaria da Previdência Social, no Brasil hoje, temos um pouco mais de 20
Milhões de aposentados, e a média de idade é de 58 Anos. Um detalhe curioso e preocupante;
de cada três aposentados, dois ganham apenas um salário mínimo.
Todos os anos, o valor do benefício passa por um reajuste baseado no índice de preços ao
consumidor (INPC), que mede a inflação entre pessoas que recebem de 1 a 5 salários mínimos,
calculados pelo IBGE.
Com o reajuste, o valor máximo de aposentadoria paga pelo INSS sobe de R$ 6.433,57(2021)
para R$ 7.087,22 em 2022. Um reajuste de 10,16 %.
Quem trabalha por conta própria, por outro lado, precisa se inscrever e contribuir todos os
meses com o INSS para ter direito aos benefícios previdenciários.
Temos que citar que após intensos debates, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
6/2019 foi aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada na Emenda Constitucional
103/2019.a chamada Reforma da Previdência.
Desde a sua aprovação, entraram em vigor as novas regras para os benefícios relacionados à
Previdência que trouxeram muitas mudanças para as modalidades de aposentadorias, vamos
conhecer as 4 principais aposentadorias no INSS em 2022 e suas principais características:
Regra de transição
Criada após a reforma, sua função é evitar um prejuízo muito grande a pessoas que começam
a serem contribuintes diante de uma regra previdenciária que mudou no meio do caminho, as
leis previdenciárias quase sempre irão trazer a regra de transição, servindo para amenizar um
pouco as novas regras mais rigorosas.
Essa pontuação sobe um ponto a cada ano até chegar a 100 pontos para mulheres, em 2033, e
105 pontos para homens, até 2028.
Mas para entendermos um pouco melhor sobre esse requisito, precisamos entender o
que é a aposentadoria por pontos.
O QUE É APOSENTADORIA POR PONTOS?
Nessa modalidade, antes da reforma, era necessário comprovar 180 meses de contribuição, ou
seja, ter vertido contribuições para o INSS por 15 anos, além da idade mínima de 60 anos, se
mulher, e 65 anos, se homens.
Para tentar trazer um equilíbrio, o governo criou uma fórmula, que visava somar o tempo de
contribuição do segurado com a idade obtida por ele, de modo a conseguir receber a sua
aposentadoria de forma integral.
Como a reforma a aposentadoria por tempo de contribuição foi extinta e foram criadas
algumas regras de transição para quem começou a contribuir antes da Reforma, mas estava
longe de se aposentar em 2019.
Com a Reforma, há um aumento progressivo dos pontos até atingir o limite de 105 pontos
para os homens e 100 pontos para as mulheres.
O funcionamento é simples: basta somar a idade e o tempo de contribuição do segurado.
Para se aposentar por essa regra de transição, é preciso somar a idade com o tempo de
contribuição. Essa soma deve ser de:
Porém, a quantidade de pontos que você deve somar vai variar e isso dependerá de quando
você reuniu os requisitos necessários.
Pontos Pontos
ANO H M
2019 96 86
2020 97 87
2021 98 88
2022 99 89
2023 100 90
2024 101 91
2025 102 92
2026 103 93
2027 104 94
105
2028 LIMITE 95
2029 105 96
2030 105 97
2031 105 98
2032 105 99
100
2033 105 LIMITE Para o cálculo do valor da aposentadoria:
2034 105 100 60 % de todos os salários + 2% para cada ano.
Agora, se você não reuniu os pontos necessários até 31/12/2019, você entrará no aumento
progressivo dos pontos que a reforma trouxe.
A cada ano, desde 01/01/2020, aumentará em 1 ponto o requisito da aposentadoria por
pontos, limitado a 105 pontos, para os homens, e 100 pontos, para as mulheres.
Por exemplo, imagine que Josué conta com 61 anos de idade e 35 anos de tempo de
contribuição em março de 2019. A soma é evidente: 61 + 35 = 96 pontos.
Ou seja, Josué poderá se aposentar por pontos.
2 – PEDÁGIO DE 50 %
Uma das regras de transição é o pedágio de 50 %, que é destinada aqueles segurados que
faltavam dois anos para se aposentar na data da entrada em vigor da Reforma da Previdência,
ou seja, ele terá que cumprir 50% sobre o tempo que falta para se aposentar. Ou seja, se
faltavam dois anos para a aposentaria, serão necessários trabalhar três anos para se
aposentar.
Confira os requisitos:
Contribuinte Requisitos Regra de transição
O cálculo do salário-benefício dessa regra de transição é feito com base em 100% de todos os
salários recebidos com exclusão dos 20% menores, mas também leva em conta o fator
previdenciário.
3 – PEDÁGIO DE 100 %
A regra do pedágio de 100% é válida tanto para trabalhadores de empresas privadas quanto
para funcionários públicos. Assim como no pedágio de 50%, no pedágio de 100% também será
necessário pagar um período maior de contribuições para ter direito a aposentadoria por
idade na transição. Neste caso, é necessário contribuir o equilavente ao mesmo número de
anos que falta para cumprir o tempo mínimo de contribuição de 30 para mulheres e 35 anos
para homens, na data em que a Reforma entrou em vigor.
Além disso, o segurado preciso também cumprir o requisito de idade mínima. Os
trabalhadores do setor privado e do setor público devem ter 57 anos, se mulher, e 60 anos, se
homem.
Por exemplo, o segurado que já tiver a idade mínima, mas tiver 32 anos de contribuição na
data da Reforma, terá que trabalhar os 3 anos que faltam para chegar aos 35 anos
requisitados, mais 3 anos do pedágio de 100%. Ou seja, o dobro do tempo de contribuição
para conseguir se aposentar nesta regra de transição.
Esta regra de transição, se comparada às demais regras que temos pós-reforma, não parece
ser uma boa alternativa, pois normalmente as outras regras alcançam direito antes e
garantem uma aposentadoria mais cedo.
Base de cálculo
No pedágio de 50%, o cálculo será a média de todos os salários de contribuição desde julho de
1994 ou desde o início das contribuições. Desta média, será aplicado o fator previdenciário. O
resultado será o valor da aposentadoria.
No pedágio de 100%, o cálculo é um pouco mais simples. O valor da aposentadoria será 100%
da média de todos os salários de contribuição a partir de julho de 1994 ou desde o início das
contribuições. Diferente do pedágio de 50%, neste caso não há aplicação do fator
previdenciário.
Contribuinte Requisitos Regra de transição
4. IDADE PROGRESSIVA
Por fim, há uma regra de idade progressiva específica para quem tem pouco tempo de
contribuição. Pelo nome, pode perceber-se que para essa modalidade de aposentadoria é
menor, de forma gradual, e vai aumentando ao passar dos anos. Essa regra de transição leva
em conta dois fatores.
idade mínima;
tempo de contribuição mínimo.
Para você conseguir se aposentar nesta Regra, é exigido um “pré requisito”: ter
contribuído antes da Reforma.
Mulher
30 anos de contribuição;
56 anos de idade + 6 meses por ano, a partir de 2020, até atingir 62 anos de idade.
Homem
35 anos de contribuição;
61 anos de idade + 6 meses por ano, a partir de 2020, até atingir 65 anos de idade.
O cálculo do salário-benefício para essa regra de transição segue o mesmo padrão de 60% de
todos os salários + 2% para cada ano acima de 20 anos de contribuição para homens e 15 para
mulheres.
Desde as mudanças em 2019, há uma nova idade mínima em vigor e já não é mais possível
se aposentar por tempo de contribuição, a não ser que você possua o direito adquirido ou
entre em uma das regras de transição (Visto acima).
O restante dos trabalhadores passam a ter a aposentadoria por idade como única opção,
sendo obrigados a atingir a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres
(Com exceção da aposentadoria por invalidez, especiais, e rurais.
II – APOSENTADORIA POR IDADE
A aposentadoria por idade é um dos mais procurados pelo INSS e devido a isso sofreu diversas
mudanças com a Reforma Previdenciária. Isso porque ela é o benefício com os requisitos mais
brandos e os segurados assumem que ela é a única que pode ser alcançado no caso deles.
60 anos de idade
O requisito de idade aumenta em 6 meses a partir de 2020, até
Mulher 15 anos de tempo de
atingir os 62 anos necessários para se aposentar
contribuição
Base de cálculo: 70% da média dos seus maiores salários + 1% para cada ano completo de
trabalho
Essa regra é válida se você completou estes requisitos até o dia 12/11/2019.
Importante destacar que essa é a regra para quem se aposenta por idade, sem considerar
o tempo de contribuição. Esse, aliás, é outro fator alterado para os homens com a reforma.
Agora, é necessário contribuir por pelo menos 20 anos para dar entrada no benefício (Mulher
continua com 15) ,
Agora, para ter direito a receber 100% do salário de benefício, as mulheres terão que
contribuir por 35 anos e, os homens, por 40 anos.
Outra mudança importante ocorreu na forma de calcular o salário de benefício do
contribuinte.
O valor do benefício de aposentadoria será correspondente a 60 % da média aritmética de
todos os salários de contribuições posteriores a julho de 1994, com acréscimo de 2 pontos
percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 15 anos (mulheres) e 20
anos (homens).
QUAL A DIFERENÇA ENTRE APOSENTADORIA POR IDADE E CONTRIBUIÇÃO?
A diferença entre se aposentar por idade e contribuição é que, no primeiro tipo, é preciso
atingir uma idade mínima, enquanto o segundo exige um tempo mínimo de contribuição ao
INSS.
A Aposentadoria por invalidez visa substituir a remuneração do segurado que está total e
definitivamente incapacitado para o exercício de atividade que lhe garanta sobrevivência.
A partir da Reforma da previdência, caso a aposentadoria por invalidez seja não acidentária, o
cálculo é o seguinte: 60 % + 2% a cada ano que exceder 15 e 20 anos de tempo de contribuição
para homem e mulher, respectivamente.
IV – APOSENTADORIA ESPECIAL
A aposentadoria especial permite se aposentar em qualquer idade, importando apenas a
comprovação de 15 a 25 anos de atividade especial (realização de trabalho em contato com
alguns elementos que são perigosos (periculosidade) ou que fazem mal á saúde
(insalubridade).
Depois da Reforma:
Conforme a regra de transição, ela precisa de 86 pontos e 25 anos de atividades especiais.
É importante ressaltar que esses anos deverão ser interruptos, segundo a lei Previdenciária, a
cumprir os 25 anos completos para ter o benefício, caso o segurado trabalhe, por exemplo, 22
anos sujeito a elementos perigosos, ele precisará cumprir, mais 3 anos de atividade especial.
Com a Reforma da Previdência ocorreram algumas mudanças quanto a esses trabalhadores:
Quase tiraram o direito dessas classes de trabalhadores à Aposentadoria Especial, mas foi na
prorrogação do segundo tempo que os senadores fizeram um acordo para deixar as atividades
periculosas como especiais.
Mas tem um porém: foi feito um Projeto de Lei Complementar (PLP 245/2019) que vai
dizer quais são as profissões que vão ter direito ao benefício da aposentadoria especial.
Agora que você viu que cada aposentadoria possui requisitos diferentes, alguns mais fáceis
outros que exigem uma apuração mais detalhada, é importante saber o tempo de contribuição
que já possui e escolher o melhor benefício.