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Principais mudanças da legislação trabalhista

em tempos de pandemia
O aumento de casos de Covid-19 no Brasil obrigou o Governo Federal a implementar
diversas mudanças trabalhistas causadas pela pandemia. Da redução de salários ao auxílio a
trabalhadores informais, várias medidas vêm sendo tomadas para amenizar os impactos do
coronavírus sobre a economia e o mercado de trabalho.
Principais Mudanças

• Redução da jornada de trabalho;


• Suspensão temporária de contrato;
• Recontratação de funcionários
• Parcelamento do FGTS;
• Auxílio emergencial
Redução da jornada de trabalho
Possibilidade de reduzir a jornada de trabalho e o salário do colaborador por até 90 dias. De acordo
com a Medida Provisória 936 (MP 936), as deduções podem ser de 25%, 50% ou 70% e devem
seguir as regras a seguir:
Benefício emergencial
• O trabalhador que tiver o salário reduzido deve receber do governo um benefício emergencial
baseado na parcela do seguro-desemprego à qual ele teria direito se fosse demitido.
• O empregador pode negociar qualquer percentual de redução de jornada e salário
Cálculo do benefício
Para descobrir o valor do benefício emergencial, é necessário primeiro saber quanto seria o seguro-
desemprego que o trabalhador receberia caso fosse demitido. Esse cálculo é feito conforme a média
da faixa salarial nos últimos três meses de contrato
Prazo para o pagamento do benefício
Para garantir ao trabalhador o acesso ao benefício emergencial, a empresa deve comunicar a redução
de jornada ao Ministério da Economia em até 10 dias após a alteração do contrato. Feito isso, o
governo deve pagar a primeira parcela no prazo de 30 dias.
Garantia temporária no emprego
De acordo com a MP 936, a jornada e o salário devem ser restabelecidos em até dois dias corridos
após o fim do acordo ou do estado de calamidade pública, que tem duração prevista até 31 de
dezembro de 2020.
Após esse período, o colaborador que atuou nessas condições deverá ter seu emprego
garantido pelo mesmo tempo em que trabalhou recebendo menos.
Negociação direta x negociação com sindicato
A negociação desse acordo é feita diretamente com os trabalhadores ou pelos sindicatos
dependendo a faixa salarial do empregado e do percentual de redução de jornada.
Se o corte for de 25%, a negociação pode ser feita diretamente entre a empresa e os
colaboradores, independentemente da faixa salarial.
Para reduções de 50% e 70%, há outras regras:
• Salário de até R$ 3.135 e acima de R$ 12.202,15: negociação direta entre empresa e
colaboradores;
• Salário entre R$ 3.135 e R$ 12.202,15: negociação deve passar por acordo coletivo com
o sindicato.
Suspensão temporária de contrato
Suspensão temporária de contrato, também permitida pela MP 936.
O colaborador tem seu contrato suspenso, não podendo prestar qualquer serviço para a empresa,
dentro ou fora do local de trabalho. Caso isso aconteça, o empregador deverá pagar toda a
remuneração e encargos trabalhistas referentes ao período, além de arcar com as multas previstas em
lei e em acordos coletivos.

Assim como na redução de jornada, trabalhadores com contratos suspensos também recebem o
benefício emergencial, embora a duração do acordo tenha prazo máximo de 60 dias, e não de 90.
Recontratação de funcionários
O governo publicou em 14 de julho de 2020 uma portaria em que altera as regras para recontratação
de funcionários por uma mesma empresa.
A nova regra permite que uma empresa que demitiu um empregado sem justa causa poderá
recontratá-lo sem necessidade de cumprir o prazo de 90 dias. Antes da portaria era preciso esperar
esse período antes de firmar um novo contrato.
Como a calamidade pública começou ainda no final de março, a nova portaria também se aplica a
quem foi demitido antes de sua publicação.
Parcelamento do FGTS
A MP 927 também permite ao empregador a suspensão e o parcelamento do recolhimento do FGTS
referente aos meses de março, abril e maio de 2020.
Esses pagamentos poderão ser depositados em 6 parcelas, sem juros, correção ou multas, a partir do
dia 7 de julho de 2020 até o mês de dezembro.
Auxílio emergencial
De início, a medida consistia no pagamento de três parcelas de R$ 600 mensais à população de baixa
renda e sem emprego formal. No mês de junho, o Ministério da Economia estendeu em mais dois
meses o pagamento do auxílio, totalizando cinco parcelas.
Como essas mudanças
afetam o profissional
de Comunicação?
• Em regime CLT: Acabam sofrendo as mesmas alterações se trabalham em empresas através da
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
• Independentes:
Fontes:

https://www.jornalcontabil.com.br/mudancas-trabalhistas-causadas-pela-pandemia-saiba-quais-sao-e
las/
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/07/19/As-mudanças-trabalhistas-na-pandemia.-E-o-q
ue-pode-ficar#:~:text=Redução%20de%20salário%20e%20jornada,%2C%20podendo%20chegar%2
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Lorrayne Keller
Comunicação Visual | 3° CV Noite

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