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09/04/2020 Solução

Orientações MP 936 - Benefício Emergencial Pandemia


COVID - 19
Foi publicada no dia 1º de Abril de 2020 no Diário Oficial da União a Medida Provisória nº 936
(http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/medida-provisoria-n-936-de-1-de-abril-de-2020-250711934), que institui o Programa
Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-
conteudo/apresentacoes/2020/apresentacaompemprego.pdf) e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para
enfrentamento do estado de calamidade pública e da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus (covid-19).

Veja quais são as medidas que podem ser tomadas:

Opções da Empresa

1 - Redução da jornada/salário de 25%, 50% e 70% por até 90 dias;


2 - Suspensão do Contrato de Trabalho por até 60 dias, fracionado em 30 dias;

Poderá ser realizado um acordo individual para trabalhadores com salário igual ou inferior a R$ 3.135,00 ou
que possuam nível superior com salário igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios
previdenciários;
Para os demais trabalhadores as opções somente poderão ser implementadas através de
acordo/convenção coletiva. Exceto a redução de 25% da jornada/salário que pode ser por acordo individual.

Aplica-se também para Aprendizes e Contrato Parcial.

Obrigações da Empresa

1 - Informar o Ministério da Economia em 10 dias contados da data da realização do acordo;


2 - O Governo entenderá como data de início para pagamento do benefício a data na qual a informação foi enviada
pela Empresa.
3 - A primeira parcela do benefício será paga em até 30 dias contados da data do recebimento da informação.
4 - Se não cumprir o prazo de 10 dias a empresa ficará responsável pelo pagamento dos Salários e Encargos;
5 - Poderá pagar uma ajuda compensatória de natureza indenizatória (não integra salário) que será isenta de
encargos e FGTS.
6 - Poderá reduzir em percentual diverso do estipulado se for por Convenção Coletiva/Acordo Coletivo.
7 - Poderá suspender o contrato nos termos do Art. 476-A da CLT (curso/programa de qualificação) no período de
no mínimo 1 mês e no máximo 3 meses.

Antes de decidir pelas situações acima, deverá resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e
das atividades essenciais.

Trabalhador

1 - Tem o direito de receber a parcela mensal (benefício emergencial) em até 30 dias contados da data da
realização do acordo;

O benefício emergencial será pago ao trabalhador pelo Governo, enquanto durar a redução proporcional da
jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho;

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09/04/2020 Solução

2 - Possui direito ao seguro desemprego mesmo se receber o benefício emergencial;


3 - Base de cálculo do Benefício: O valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito;

Se a Jornada/Salário forem reduzidos, a base de cálculo será reduzida proporcionalmente;


O salário-hora será o mesmo;

4 - O acordo precisa ser encaminhado ao empregado com dois dias de antecedência;


5 - Se o contrato de trabalho for suspenso, será pago pelo Governo 100% do valor equivalente ao seguro
desemprego;

Exceto se a empresa teve receita bruta superior a 4 milhões e 800 mil reais em 2019. Nesta situação, a
empresa terá que pagar 30% do salário do empregado durante o período de suspensão do contrato e o
Governo pagará 70% do seguro desemprego.
Os benefícios devem continuar sendo pagos pela Empresa em qualquer hipótese.
O trabalhador pode recolher INSS Segurado como facultativo.

6 - O valor a ser pago deverá ser arredondado para a unidade inteira imediatamente superior;
7 - O empregado com mais de um vínculo formal de emprego poderá receber cumulativamente o benefício, exceto
contrato de trabalho intermitente;
8 - Estabilidade no emprego durante o período de redução ou suspensão e ao retornar as atividades normais
possui estabilidade pelo mesmo período de redução ou suspensão;
9 - Caso ocorra rescisão sem justa causa durante o período de estabilidade (garantia provisória), além das verbas
rescisórias, o trabalhador terá direito a uma indenização de:

50% do salário do período de estabilidade, se a redução da jornada/salário foi de 25% a 50%.


75% do salário do período de estabilidade, se a redução da jornada/salário foi de 50% a 70% .
100% do salário do período de estabilidade, se a redução da jornada/salário foi de 71% ou mais ou o
contrato foi suspenso.

OBS: Não se aplica se rescisão com justa causa ou pedido de demissão.

Não possui direito ao benefício

1 - Trabalhador que ocupa cargo público, em comissão de livre nomeação e exoneração ou titular de mandato
eletivo;
2 - Trabalhador que estiver recebendo benefício previdenciário (seguro desemprego, aposentadoria, auxílio
doença, pensão, maternidade, etc);
3 - Trabalhador que estiver recebendo bolsa qualificação profissional;

Contrato de Trabalho Intermitente

1 - Possui direito a R$ 600,00 (seiscentos reais), pelo período de três meses, pagos em até 30 dias;
2 - A existência de mais de um contrato de trabalho nos termos do disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, não gerará direito à concessão de mais de um
benefício emergencial mensal.

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