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GICELLI PAIXAO ADVOCACIA

Redução de
Salários e
suspensão
do contrato
COMO LOJAS E O COMÉRCIO
VAREJISTA PODEM COLOCAR EM
AÇÃO AS NOVAS REGRAS

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DO QUE TRATA ESSA LEI?

LEI N. 14.020 DE 06/07/2020 INSTITUIU O PEMER


(PROGRAMA EMERGENCIAL DE MANUTENÇÃO DO
EMPREGO E DA RENDA) É RESULTANTE DA
CONVERSÃO DA MP 936 EM LEI.

SEGUNDO A QUAL AS EMPRESAS PODERÃO


SUSPENDER OS CONTRATOS DE TRABALHO OU
AJUSTAR, DE MODO ESCRITO, COM SEUS
FUNCIONÁRIOS UMA REDUÇÃO NA JORNADA E NO
SALÁRIO DE 25%, 50% OU ATÉ 70%.

NESSE CASO FICARÁ A ENCARGO DO MINISTÉRIO DA


ECONOMIA O PAGAMENTO DO PERCENTUAL DE
REDUÇÃO, QUE SERÁ CALCULADO DE ACORDO COM
O VALOR DO SEGURO-DESEMPREGO.

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PARA QUEM É APLICÁVEL?


A TODOS OS TRABALHADORES COM VÍNCULO
FORMAL, ISTO É, QUE TENHA CARTEIRA
ASSINADA. NÃO É LEVADO EM CONTA O
CUMPRIMENTO DE QUALQUER PERÍODO
AQUISITIVO, O TEMPO DE TRABALHO OU A
QUANTIDADE DE SALÁRIOS RECEBIDOS.

MAS EXISTEM ALGUMAS REGRAS DIFERENTES


A DEPENDER DO SALARIO DO TRABALHADOR.
ASSIM, CASO O TRABALHADOR CONCORDE
COM A SUSPENSÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO OU REDUÇÃO DE JORNADA E DE
SALÁRIOS TERÁ GARANTIA TEMPORÁRIA DE
EMPREGO, PELO MESMO PERÍODO DE
DURAÇÃO DO ACORDO.

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PARA QUEM NÃO É APLICÁVEL?


- EMPREGADO:
O empregado que esteja ocupando cargo ou emprego público, cargo em
comissão de livre nomeação e exoneração ou titular de mandato eletivo ou
em gozo de BPC (benefício de prestação continuada), ou estiver
recebendo seguro desemprego ou a bolsa qualificação.

Mas pode ser aplicada aos empregados aposentados.

- EMPRESAS:

As empresas que tenham faturado mais de R$ 4,8 milhões de reais ano


passado, poderão se utilizar da medida de suspensão do contrato de
trabalho, desde que mantenham o pagamento de ajuda compensatória
correspondente a trinta por cento do valor do salário do empregado,
durante o período da suspensão temporária de trabalho pactuado.
As demais empresas com faturamento inferior poderão utilizar-se das
medidas de suspensão do contrato de trabalho, sem a obrigatoriedade
dessa contrapartida.
Nesse caso ficará sobe encargo do Ministério da Economia o pagamento
do percentual de redução, que será calculado de acordo com o valor do
seguro-desemprego.

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-O QUE É ESSA AJUDA COMPENSATÓRIA?

É o valor de no mínimo trinta por cento do salario do empregado a


ser pago pelas empresas com faturamento superior a R$ 400.000,00
(quatrocentos mil reais) por mês. Valor que não possui natureza
salarial, não incidindo sobre ele encargos tributários, fiscais ou
trabalhistas, incluindo o FGTS.

COMO ADOTAR A REDUÇÃO DE SALÁRIOS E JORNADA E A


SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO?

É necessária a formalização de um acordo, entre empregado e


empregador, por meio escrito. Sendo que o acordo deverá ser
submetido para aceite ou concordância do empregado no prazo de
02 (dois) dias. Após a celebração desse acordo a empresa deverá
comunicar ao Ministério da Economia e o Sindicato, no prazo de 10
(dez) dias.

HAVERÁ ALGUM PREJUÍZO AO EMPREGADO QUE ADERIR?

Não impactará o direito a futuro no recebimento do seguro-


desemprego, caso preencha os requisitos.

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-COMO QUE VAI FUNCIONAR NA PRÁTICA A SUSPENSÃO

Agora a suspensão total do contrato por até 04 (quatro) meses. Pode ser de
forma setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho
Nesse caso, haverá o pagamento da parcela integral do seguro desemprego.
Atualmente o valor vai de R$1.045,00 a R$ 1.813,03. Nesse caso não poderá
haver prestação de serviços, seja presencial ou remotamente. O empregado
continuará usufruindo do plano de saúde, alimentação e outros benefícios
concedidos pela empresa voluntariamente, excetuado o vale transporte, por
exemplo.
A suspensão do contrato de trabalho poderá ser efetuada de forma
fracionada, em períodos sucessivos ou intercalados, desde que esses
períodos sejam iguais ou superiores a dez dias e que não seja excedido o
prazo de cento de vinte dias

COMO QUE VAI FUNCIONAR NA PRÁTICA A REDUÇÃO DA


JORNADA E DOS SALÁRIOS?

Também pode ser de forma setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos


postos de trabalho.

A Lei traz 3(três) faixas salariais:

O primeiro grupo os empregados com salário igual ou inferior a R$ 2.090,00


(dois mil e noventa reais), na hipótese de o empregador ter auferido, no ano-
calendário de 2019, receita bruta superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e
oitocentos mil reais).

o segundo grupo, os empregados com salário igual ou inferior a R$ 3.135,00


(três mil, cento e trinta e cinco reais), na hipótese de o empregador ter auferido,
no ano-calendário de 2019, receita bruta igual ou inferior a R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais); ou

o terceiro grupo, Os empregados portadores de diploma de nível superior e que


percebam salário mensal igual ou superior a 02 (duas) vezes o limite máximo
dos benefícios do inss.

SE O SALÁRIO DO EMPREGADO FOR ENQUADRADO EM FAIXA DIFERENTE


DEVERÁ SER FEITO ACORDO MEDIANTE O SINDICATO, SALVO SE A
REDUÇÃO FOR DE ATÉ 25%.

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UM EXEMPLO:

Uma balconista que ganha R$ 1.248,00 (mil duzentos e quarenta e


oito reais). Se o salário e a jornada é reduzida em 50% (cinquenta por
cento) ela receberá da empresa R$ 624,00 (seiscentos e vinte e
quatro reais). O Governo pagará 50% (cinquenta por cento) do seguro
desemprego (utilizando parâmetro mínimo R$ 1.045) o valor de R$
522,00 (quinhentos e vinte e dois reais).

IMPORTANTE SALIENTAR QUE, É RECOMENDÁVEL A


CELEBRAÇÃO DE ACORDOS COLETIVOS PARA TODAS AS FAIXAS
SALARIAIS, POIS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL EXIGE QUE A
REDUÇÃO DE JORNADA E SALÁRIOS SE DÊ POR NORMA
COLETIVA. NESSE SENTIDO, A LEI SIMPLIFICOU O PROCEDIMENTO
E REDUZIU OS PRAZOS PARA MAIOR EFETIVIDADE E AGILIDADE.

Os empregados aposentados poderão ter redução proporcional de


jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do
contrato de trabalho por acordo individual escrito, desde que
dentro das faixas que admitem pacto individual ou no caso das
hipóteses mencionadas acima, mas nesse caso deverá haver o
pagamento de ajuda compensatória pelo empregador.

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DO PRAZO DESSAS MEDIDAS:

Podem ser aplicáveis os 02 (dois) institutos, da redução da jornada e


salários e a suspensão temporária do contrato de trabalho, desde
que a soma não ultrapasse 90 (noventa) dias.

A suspensão temporária do contrato de trabalho poderá ser de até


60 (sessenta) dias, sendo que este período poderá ser fracionado em
02(dois) de 30 (trinta) dias cada. Já a acordar a redução proporcional
da jornada de trabalho e de salário de seus empregados, por até 90
(noventa) dias.

A inovação da presente Lei foi no sentido de admitir a prorrogação


deste prazo por meio de decreto presidencial.

Segundo o Decreto, os acordos de suspensão podem ser


prorrogados por mais 60 dias. Os de redução de jornada e salário,
por mais 30 dias. NÃO PODENDO ULTRAPASSAR 120 (CENTO E
VINTE) DIAS.

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AS EXPLICAÇÕES NESTE MANUAL NÃO SUBISTITUEM A CONSULTA AO SEU ADVOGADO.

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