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AUDITORIA TRABALHISTA ©
Autor: Júlio César Zanluca
Esta é uma obra com direitos autorais REGISTRADOS, não podendo ser
reproduzida, distribuída, comercializada por qualquer meio sem autorização por escrito
do detentor dos direitos autorais. Permitida a reprodução de apenas 1 (uma) cópia para
uso exclusivo e pessoal do adquirente.
LINKS ÚTEIS
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Escalas de Revezamento
Jornadas de 12 x 36 horas
Quadro de Horário de Trabalho
Entrega de EPIs
Livro Inspeção do Trabalho
Descontos Salariais
Descontos Legais
Contribuição Previdenciária
Imposto de Renda na Fonte
Contribuição Sindical
Vale-Transporte
Pensão Alimentícia
Mensalidade Sindical, Convênios e Outros Descontos
Reversão Salarial e Contribuição Confederativa
Prestações de Empréstimos, Financiamentos e Cartão de Crédito
Recolhimento e Pagamento dos Valores Descontados
GILRAT/SAT
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Normas Regulamentadoras
CIPA
Formulário PPP
eSocial
Obrigações Acessórias
Guarda de Documentos
Terceirização de Atividades
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Nesta obra procurei apresentar as principais rotinas de auditoria para análise dos
procedimentos trabalhistas, extraídos dos anos em que atuei como auditor e consultor
empresarial de diversas empresas.
Inclui links para a legislação e também para termos, diminuindo assim a extensão dos
textos necessários e incorporando maior conteúdo aos estudos práticos e teóricos do
auditor trabalhista.
Entretanto, por não ter sido votada pelo Congresso Nacional, referida MP deixou de
produzir seus efeitos em 23.04.2018.
Entretanto, ressalte-se que mesmo perdendo sua validade a partir da citada data, a MP
teve eficácia legal durante o período em que esteve vigente, ou seja, a contar
de 14.11.2017 a 22.04.2018.
Neste período, todos os atos praticados pelo empregador com base na MP 808/2017,
foram válidos e possuem amparo jurídico.
Ajudas de Custo
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Pelas regras, as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo,
limitadas a 50% da remuneração mensal, o auxílio-alimentação, vedado seu
pagamento em dinheiro, as diárias para viagem e os prêmios não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Gorjetas
A MP ratificava os termos da Lei nº 13.419/2017, que alterou o art. 457 da CLT, para
estabelecer que gorjeta não constitui receita própria dos empregadores, destinando-se
aos trabalhadores e sendo distribuída segundo os critérios de custeio e de rateio
definidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
b) 33%, quando não inscritas em regime de tributação federal diferenciado (lucro real,
presumido ou arbitrado); e
Gestantes
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O acordo individual por escrito ficava restrito, no período de vigência da MP, aos
profissionais e empresas do setor de saúde.
Trabalho Intermitente
O empregado registrado por prazo indeterminado que fosse demitido não poderia ser
recontratado por meio de contrato de trabalho intermitente pelo prazo de dezoito
meses.
Danos Morais
Os valores para indenização seriam calculados com base no limite dos benefícios da
Previdência Social, deixam de ser calculados pelo último salário contratual do
ofendido.
Ofensas à etnia, idade, nacionalidade, orientação sexual e gênero passavam fazer parte
da lista de danos que podem originar pedidos de indenizações extrapatrimoniais.
Autônomo
Representação
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Revogações
1) os incisos I, II e III do art. 394-A (sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o
valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser afastada de: atividades
consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação; atividades
consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de
saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento
durante a gestação; atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando
apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que
recomende o afastamento durante a lactação);
CONTRATO DE TRABALHO
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5) cláusulas relativas a:
- desconto de vales;
- adiantamento a convênios (farmácia, seguros, associações, mercado).
Alerta: sem previsão contratual que autorize tais descontos, os mesmos poderão ser
questionados na justiça do trabalho, com pleito de devolução dos valores descontados.
Sempre quando houver previsão de que o funcionário poderá mudar de horário deve-se
mencionar no contrato de trabalho, fato que o auditor precisa estar atento.
CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Verificar:
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O artigo 451 da CLT determina que o contrato de experiência só poderá sofrer uma
única prorrogação, sob pena de ser considerado contrato por prazo indeterminado.
Desta forma, temos que o contrato de experiência não poderá ultrapassar 90 dias, e nem
sofrer mais de uma prorrogação.
O novo contrato justifica-se somente para nova função, uma vez que não há coerência
alguma em se testar o desempenho da mesma pessoa na mesma função antes já
avaliada.
Banco de Horas
A exceção à regra geral é o banco de horas, no qual poderá ser dispensado o acréscimo
de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas
em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira
que não exceda, no período estipulado, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
A partir de 11.11.2017, por força da Lei 13.467/2017, poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de 6 meses.
Menores
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Nesta hipótese o empregado poderá pleitear 48 minutos extras todos os dias, totalizando
4 horas semanais.
Exemplo:
R$ 2.000,00 / 220 horas mês x 50% (percentual que pode ser maior, dependendo da
convenção coletiva vigente) x 960 horas = R$ 4.363,64.
REGISTRO DE EMPREGADOS
Também pode ser utilizado sistema eletrônico. Neste caso, atentar para existência de
backups, integridade do sistema e segurança contra vazamento de dados.
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SALÁRIO-FAMÍLIA
O benefício somente poderá ser pago pela empresa, na folha de pagamento, mediante a
apresentação da documentação completa exigida pelo INSS.
Os documentos são:
Compensação na GPS
EXAMES MÉDICOS
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De acordo com a CLT - artigo 168 e Item 7.4.1 da Norma Regulamentadora Relativa à
Segurança e Medicina no Trabalho NR 7 - Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional, é obrigatória a realização de exames médicos a seguir listados:
Periódicos - anual, quando menores de dezoito anos e maiores de quarenta e cinco anos
de idade.
Periódicos - cada dois anos, para os trabalhadores entre dezoito anos e quarenta e cinco
anos de idade.
Para um empregado que trabalha 8:48 (oito horas e quarenta e oito minutos) de segunda
a sexta-feira para compensar o sábado, poderá prorrogar diariamente, no máximo, 1:12
(uma hora e doze minutos), ou seja, o tempo que falta para completar a jornada máxima
diária (8:48 + 1:12 = 10:00 horas).
ANOTAÇÕES DA CTPS
O artigo 25 da CLT estabelecia que a CTPS deveria ser entregue aos interessados
pessoalmente mediante recibo. Entretanto, a partir de 20.09.2019, tal artigo foi revogado
pela Lei 13.874/2019.
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Observe-se que ao ser contratado o trabalhador poderá informar ao empregador seu CPF
e esta informação equivale à apresentação da CTPS em meio digital, por força da Lei
13.874/2019.
DECLARAÇÃO DE DEPENDENTES
A falta da declaração implica que a dedução dos dependentes foi feita de forma
irregular.
Constatar eventual pagamentos “por fora” da folha, que poderão facilmente gerar
demandas trabalhistas (incidência de FGTS, Férias, 13º salário, DSR e outras verbas)
bem como encargos e multas (contribuições previdenciárias, IRF).
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ADESÃO A SINDICATO
A ausência deste termo implica que o desconto foi irregular – neste caso o empregador
deverá ressarcir ao empregado, com juros e correção monetária, os valores descontados
em folha.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Escalas de Revezamento
A Lei 11.603/2007 estabelece que o repouso semanal remunerado deverá coincidir com
o domingo, pelo menos uma vez, no período máximo de 3 semanas, respeitadas as
demais normas de proteção ao trabalho e os acordos e convenção coletiva de trabalho.
Jornadas de 12 x 36 horas
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Verificar se horário de trabalho foi alterado mediante aditivo contratual – pois sua
ausência caracteriza alteração unilateral de contrato, equivalente à despedida indireta.
Por força da Lei 13.874/2019, que alterou a CLT, não é mais obrigatório a afixação do
Quadro de Horário de Trabalho, a partir de 20.09.2019.
Mesmo o empregado tendo culpa por não utilizar tais equipamentos, somente o
comprovante é que atestará, de forma inequívoca, o cumprimento da legislação pelo
empregador.
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Qualquer excesso superior a 10 horas diárias, em uma fiscalização, terá multa variável.
Observar se, no ponto dos funcionários, este limite está sendo observado.
A partir de 11.11.2017, por força da Lei 13.467/2017, desde que previsto em convenção
coletiva e/ou acordo coletivo de trabalho, respectivo intervalo poderá ser reduzido,
respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas.
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Exemplo:
Funcionário terminou seu turno de trabalho diário às 18 horas. Somente poderá reiniciar
um novo turno após as 5 horas do dia subsequente (18 horas + 11 horas).
Desta forma, entre uma jornada e outra o funcionário tem direito a descanso de 11
horas.
Devido ao encargos que trazem aos empregadores (INSS, FGTS, DSR), o auditor
precisa verificar se os funcionários que realizam horas extras estão autorizados pela
supervisão das mesmas, e se, de fato, as mesmas são necessárias, para fins de
gerenciamento do trabalho e produtividade.
É fato sabido que as horas extras, em geral, são menos produtivas que as horas normais.
Os funcionários, cansados pelas horas de atividade anteriormente exercidas, têm maior
propensão a acidentes de trabalho. Há também outros riscos, como retardamento das
tarefas (para “esticar” as horas com direito a remuneração extra) e falta de concentração
(cansaço físico e mental).
Em uma empresa de porte médio que atuei como consultor percebi que o custo das
horas extras era em torno de 20% (!) da folha de pagamento. Ao questionar o fato, me
surpreendeu a indisposição com que o assunto foi recebido (somente a alta cúpula da
empresa concordou com a supressão das mesmas), pois se tratava de “necessidade
imperiosa” para os trabalhos.
Trata-se de um sistema de compensação de horas extras mais flexível, mas que exige
autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando à empresa adequar a
jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de produção e demanda de
serviços.
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Como o feriado pode coincidir com o sábado e havendo banco de horas, esta
compensação não deve ser realizada, uma vez que dia de feriado é considerado repouso
semanal remunerado e não precisa ser compensado.
Caso ocorra a compensação, o empregado que trabalha além da jornada durante esta
semana estará, na realidade, trabalhando um sábado que é feriado e, portanto, tais horas
deverão ser acumuladas no banco de horas conforme estabelecido no acordo.
O sistema pode variar dependendo do que for negociado nas convenções ou acordos
coletivos, (e a partir de 11.11.2017, também no que for convencionado individualmente
- Lei 13.467/2017), respeitando sempre o limite legal de 10 horas diárias trabalhadas,
não podendo ultrapassar, no prazo negociado no prazo estipulado, a soma das jornadas
semanais de trabalho previstas.
A compensação das horas extras deverá ser feita durante a vigência do contrato, ou seja,
na hipótese de rescisão de contrato (de qualquer natureza), sem que tenha havido a
compensação das horas extras trabalhadas, o empregado tem direito ao recebimento
destas horas, com o acréscimo previsto na convenção ou acordo coletivo, que não
poderá ser inferior a 50 % da hora normal, conforme prevê artigo 6º, § 3º da Lei
9.601/1998.
Na entrada dos funcionários, verificar se a marcação respeita este limite, sob pena de
considerar tais minutos como horas extras.
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A Lei 13.874/2019, que alterou a CLT, permite o registro de ponto por exceção,
situação em que somente serão feitos os registros do trabalho fora da jornada normal.
Entretanto, para adoção deste sistema é necessário acordo individual escrito entre
empregado e empregador ou convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos 1 (uma) vez no período
máximo de 3 (três) semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção
ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva.
Dependendo da situação, a falta de desconto das horas pode gerar uma verdadeira
cultura do “tanto faz” dentro da organização.
O auditor precisa verificar se, de fato, as faltas (por atraso na entrada ou antecipação na
saída) estão sendo descontadas na folha de pagamento.
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Por exemplo: a falta de descontos pode significar que o empregador “perdoou” (abonou)
tais condutas, e que, no futuro, um eventual registro de “aviso de advertência” ou
mesmo de “suspensão disciplinar” ao empregado seja considerado sem efeito pela
justiça do trabalho, já que a cultura era de “chegar quando der” e “sair quando precisar”,
gerando um verdadeiro caos na organização do trabalho...
Ocorre que, para fins de apuração dos resultados contábeis, é obrigatório o registro das
despesas incorridas, inclusive de tais provisões, para atendimento do denominado
“regime de competência contábil”.
A falta destes relatórios, ou sua execução de forma irregular, fará com que a
contabilidade registre de forma inadequada seus custos da folha e encargos, gerando
ônus indireto (como pagamento a maior de imposto de renda e contribuição social sobre
o lucro ou dividendos ou lucros distribuídos).
A partir de 11.11.2017, por força da Lei 13.467/2017, não mais será exigida esta
autorização para as jornadas de 12 x 36. Também não será exigida a licença caso a
autorização estiver expressa por convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho.
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Caso o auditor constate que este não é o procedimento, deve alertar para os riscos de
reclamatórias trabalhistas (pleito de horas extras e seus reflexos remuneratórios).
CARGOS DE SUPERVISÃO
Não havendo a gratificação de função (ou esta não ser especificada), mesmo exercendo
cargo de supervisor ou gerente, haverá o direito do mesmo em reclamar horas extras e
respectivos reflexos na remuneração recebida.
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Exemplo:
Dia 01.9 – Entrada 7.00h – Saída 13.00h
Dia 02.9 - Entrada 7.00h – Saída 13.00h
........ (idem, idem)....
Dia 29.09 – Entrada 7.00h – Saída 13.00h
Dia 30.09 – Entrada 7.00h – Saída 13.00h
Verificar se o registro de ponto está com rasuras, caso em que será desqualificado como
prova para afastar eventuais pleitos de horas extras do empregado.
Cartões ponto sem assinatura do funcionário não são documentos probantes (que fazem
prova) – portanto, alertar que é necessário o procedimento de coletar a assinatura após a
respectiva marcação.
O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses
anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
(Súmula 291 TST).
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Uma destas categorias é a de telefonista em que, por força do disposto no art. 227 da
CLT, a jornada de trabalho deve ser de no máximo 6 horas (contínuas) diárias e de 36
horas semanais.
Operadores de Telemarketing
Essa exigência não prejudica a existência de jornadas de duração superior, nos termos
da legislação, desde que o restante da jornada seja ocupado com outras tarefas e que se
respeitem as pausas obrigatórias diárias previstas no Anexo II da NR-17 e o limite
semanal de 36 horas de teleatendimento/telemarketing.
Base: Precedente Administrativo SIT 71 (aprovado pelo Ato Declaratório SIT 10/2009).
Orientar a empresa, neste caso, para possível implantação do banco de horas, afim de
minimizar o custo trabalhista.
Trabalho do Menor
Salário Complessivo
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Desta forma, as horas extras e outras parcelas, por ocasião da elaboração da folha de
pagamento, devem ser discriminadas nas rubricas próprias.
Comissionista
Trabalho Noturno
Quando o serviço suplementar for prestado durante o horário noturno, o empregado fará
jus aos adicionais noturno e extra (20% + 50%, vide convenção ou acordo coletivo da
categoria, para os percentuais), cumulativamente.
Banco de Horas
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Esta regra é válida para qualquer modalidade de contrato de trabalho, mas sempre
através de convenção ou acordo coletivo. A partir de 11.11.2017, admite-se a pactuação
do banco de horas por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no
período máximo de 6 meses (Lei 13.467/2017).
Verificar se:
Como os valores movimentados pelos recursos humanos são elevados, todo cuidado é
pouco ao analisar a folha, já que as possibilidades de falhas, erros, fraudes e omissões
são grandes com tanto volume de informações.
Chegar as rotinas de pagamento das verbas salariais, quando realizada por crédito ou
transferência bancária:
1. Se o pagamento está sendo efetuado no prazo devido (até o 5º dia útil do mês
subsequente).
2. Se o valor líquido creditado na conta bancária do empregado corresponde ao
valor líquido demonstrado individualmente na folha.
3. Atenção para os desvios padrões – analisar individualmente situações como:
créditos individuais de valores elevados, horas extras significativas, créditos em
contas de titularidade diferentes do empregado (pode caracterizar fraude/desvio
de recursos), etc.
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Checar se está sendo obedecido o salário mínimo nacional, o salário mínimo estadual
e/ou o salário base previsto na Convenção – dentre os três, sempre o funcionário terá
direito ao maior deles.
HORAS EXTRAS
Analisar com os cartões ponto se as faltas e atrasos foram descontados, incluindo o DSR
reflexo.
COMISSÕES
HORAS NOTURNAS
Verificar na folha o pagamento aos funcionários que tem direito ao adicional de 20%
correspondente ao trabalho noturno:
A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo
20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna, exceto condições mais benéficas
previstas em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
Sendo o empregado sendo transferido para o período diurno, o mesmo perde o direito ao
adicional (Súmula 265 TST).
A hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo
de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
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Observar ainda que é devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o
empregado ao regime de revezamento (Súmula 213 do TST).
Verificar se o DSR foi pago de forma reflexa (cálculo sobre adicionais devidos ao
trabalhador), nos casos de:
- Hora Noturna
- Comissões
- Pagamento por Hora Trabalhada (“horista”)
- Horas Extras
Não é devido o DSR ao empregado que faltou durante a semana sem motivo justificado,
ou seja, que tenha cumprido integralmente o seu horário de trabalho na semana.
Para o mensalista que exerce atividades insalubres não se calcula o DSR sobre a
insalubridade, pois o funcionário está recebendo a insalubridade sobre as 220 horas
mensais (incluindo, portanto, os finais de semana).
Porém, para o horista deve ser calculado o DSR sobre as horas de insalubridade, devido
o DSR não estar incluso nas horas pagas.
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
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REMUNERAÇÃO DE SOBREAVISO
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Nos termos da nova redação do art. 477 da CLT, o termo de homologação deixa de ser
utilizado, uma vez que não há mais a obrigação do empregador em homologar a
rescisão de contrato junto ao sindicato da categoria profissional a partir de 11.11.2017.
DESCONTOS SALARIAIS
Cada um destes exige atenção específica pelo auditor, já que as normas são variáveis, e
o desconto “a torto e a direito” de determinadas verbas pode ensejar conflitos
trabalhistas.
DESCONTOS LEGAIS
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Quando houver pagamento de remuneração relativa a décimo terceiro salário, este não
deve ser somado a remuneração mensal para efeito de enquadramento na tabela de
salários-de-contribuição, ou seja, aplicar-se-á a alíquota sobre os valores em separado.
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Base de Cálculo
Adiantamentos Salariais
Férias
O valor pago a título de férias, acrescido do abono (terço constitucional), deve ser
tributado no mês de seu pagamento e em separado de qualquer outro rendimento pago
no mês.
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Consoante art. 19 da Lei 10.522/2002, com a redação dada pelo art. 21 da Lei
11.033/2004, não são tributados pelo Imposto sobre a Renda na fonte, nem na
Declaração de Ajuste Anual, os pagamentos efetuados sob as rubricas de férias não-
gozadas - integrais, proporcionais ou em dobro - convertidas em pecúnia, e de adicional
de um terço constitucional quando agregado a pagamento de férias, por ocasião da
rescisão do contrato de trabalho.
Da mesma forma não são tributados os pagamentos efetuados sob as rubricas de abono
pecuniário relativo à conversão de 1/3 do período de férias, de que trata o art. 143 do
Decreto-Lei 5.452/1943 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
13º Salário
a) dependentes;
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
De 01.03 a 28.06.2019
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Isto porque a Medida Provisória 873/2019, que alterou a CLT, estipulava novas normas
para a contribuição, a seguir especificadas:
A autorização prévia do empregado a que se refere deve ser individual, expressa e por
escrito, não admitidas a autorização tácita ou a substituição dos requisitos estabelecidos
nesta norma para a cobrança por requerimento de oposição.
A alteração se fez necessária, porque no texto anterior havia dúvidas se esta autorização
expressa poderia ser substituída pela imposição em assembleia geral do sindicato, o que
gerou inúmeros conflitos judiciais entre sindicatos, empresas e empregados.
A MP 873 não foi votada pelo Congresso, e perdeu sua validade em 28.06.2019.
Portanto, as restrições à cobrança da contribuição sindical são as mencionadas no
subtópico seguinte.
Desconto em Folha
Até 10.11.2017, referido desconto era obrigatório (artigos 578 e 579 da CLT), cabendo
ao empregador o seu desconto e recolhimento ao sindicato respectivo da categoria
profissional do empregado, independentemente de autorização do empregado.
A partir de 11.11.2017, por força da Lei 13.467/2017, a contribuição sindical passa a ser
facultativa, e não mais obrigatória, ou seja, deveria haver prévia autorização (por
escrito) do empregado para referida cobrança na folha de pagamento.
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Caso não houvesse ocorrido qualquer desconto, o mesmo deveria ocorrer no próprio
mês de admissão. Observe-se que, a partir de 11.11.2017, por força da Lei 13.467/2017,
a contribuição sindical passou a ser facultativa, e não mais obrigatória, ou seja, para
haver o desconto, deveria haver prévia autorização (por escrito) assinada pelo
empregado.
Valor do Desconto
Assim, as horas extras não eram inclusas na base de cálculo do desconto, uma vez que
estas horas são realizadas além da jornada normal.
Exemplo:
Profissionais Liberais
A partir de 11.11.2017 esta obrigação deixa de existir, por força da Lei 13.467/2017.
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da empresa, ainda que, simultaneamente, fora da empresa, exerça sua atividade liberal e
efetue a respectiva Contribuição Sindical.
Advogados Empregados
Contabilistas
Recolhimento
Relação de Empregados
VALE-TRANSPORTE
Se o empregador já adiantou o vale referente a este período, resta justo o seu desconto
ou a compensação para o período seguinte. O auditor precisa verificar se este controle
está sendo efetuado por funcionário.
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PENSÃO ALIMENTÍCIA
O desconto deve ser suportado, no caso de sentença judicial transitada em julgado, por
quem por direito for obrigado a pagá-la.
No caso de prestação de alimentos por acordo por escritura pública é imprescindível que
o empregador tenha a respectiva autorização do empregado que suportará o ônus da
pensão.
A mesma situação se aplica a convênios médicos e planos de saúde, seguro de vida, etc.
O auditor precisa verificar se tais descontos estão devidamente suportados por
autorização escrita e assinada pelo empregado.
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O desconto de empregados não sindicalizados fará com que o empregador tenha que
repor o valor indevidamente descontado, acrescido de juros e correção monetária, além
de multa por falta ou insuficiência de salário.
Autorização
Limites
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Auditoria Trabalhista © - 37
- Retenções do IRF.
GILRAT/SAT
A atividade econômica principal da empresa, que define o código CNAE principal a ser
informado no cadastro do CNPJ, não se confunde com a atividade preponderante do
estabelecimento (matriz ou filial), atividade esta que é utilizada para se determinar o
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho (GILRAT/SAT).
Base: Lei nº 8.212, de 1991, art. 22, II; IN RFB nº 1436, de 2013, art. 17; Decreto nº
3.048, de 1999, art. 202; IN RFB nº 971, de 2009, art. 72 e Solução de Consulta Cosit
90/2016.
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NORMAS REGULAMENTADORAS
NR 01 - Disposições Gerais
NR 02 - Inspeção Prévia (revogada pela Portaria 915/2019)
NR 03 - Embargo ou Interdição
NR 04 - Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho
NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
NR 08 - Edificações
NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 12 - Máquinas e Equipamentos
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
NR 14 - Fornos
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas
NR 17 - Ergonomia
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR 19 - Explosivos
NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
NR 21 - Trabalho a Céu Aberto
NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR 23 - Proteção Contra Incêndios
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR 25 - Resíduos Industriais
NR 26 - Sinalização de Segurança
NR 27 - (Revogada pela Portaria GM n.º 262/2008)
NR 28 - Fiscalização e Penalidades
NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
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Atuação Conjunta
CIPA - Terceirizadas
Livros de Atas
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SIPAT
FORMULÁRIO PPP
O PPP deve ser elaborado pela empresa com base no LTCAT e assinado pelo
representante legal da empresa ou seu preposto, indicando o nome do médico do
trabalho e do engenheiro de segurança do trabalho, em conformidade com o
dimensionamento do SESMT.
O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com poderes específicos
outorgados por procuração, contendo a indicação dos responsáveis técnicos legalmente
habilitados, por período, pelos registros ambientais e resultados de monitoração
biológica.
Arquivamento
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O PPP deve ser mantido pelo empregador, atualizado magneticamente ou por meio
físico com a seguinte periodicidade:
eSOCIAL
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Concessões especiais, do tipo “férias adiantadas” (funcionário não tem direito a férias,
porém o empregador as concede, e posteriormente “desconta” o período
proporcionalmente gozado a mais), ou “13º total” (pagamento de 100% da verba do 13º
salário) podem gerar contingências trabalhistas, por serem práticas irregulares e não
previstas na legislação trabalhista em vigor.
FÉRIAS - PROPORÇÃO
Férias Até 5 6 a 14 15 a 23 24 a 32
proporcionais faltas faltas faltas faltas
1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia
2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias
3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias
4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias
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Férias Até 5 6 a 14 15 a 23 24 a 32
proporcionais faltas faltas faltas faltas
5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias
6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias
7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias
8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias
9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias
10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias
11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias
12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias
A concessão de férias “cheias” (30 dias) sem observar a proporção da tabela enseja
características de “abono disfarçado”, que poderá gerar direitos trabalhistas
(incorporação salarial, com consequentes reflexos em todas as demais remunerações
que o trabalhador tem direito).
Caso houver concessão de férias coletivas, os dias concedidos a mais deverão ser
tratados como “licença remunerada”, e nunca descontados posteriormente do
trabalhador. Inicia-se, neste caso, um novo período aquisitivo de férias do trabalhador
beneficiado, “zerando-se” o direito às férias na data da respectiva concessão.
FÉRIAS – CÁLCULOS
Chegar se o aviso de gozo de férias ao empregado está sendo comunicado com 30 dias
de antecedência, com prova mediante recibo assinado (art. 135 da CLT).
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Cabe ao auditor verificar se este prazo está sendo rigorosamente seguido, pois sua
inobservância sujeita o empregador à multa por não pagamento de salário no prazo
devido.
Outro erro comum é integrar as férias de forma integral à folha do mês, sem fazer o
cálculo relativo aos dias gozados de cada mês.
Exemplo:
Neste caso, 21 dias de férias entrarão na folha de março (11 março a 31 de março), e 9
dias entrarão na folha de abril.
FÉRIAS “TRABALHADAS”
Outra distorção grave do regime de férias é quando, por negociação ou por situações
emergenciais, o empregador chama o funcionário de volta, e este passa a “trabalhar nas
férias”.
Ora, esta situação não é prevista na legislação trabalhista. O auditor, ao constatar tal
prática abusiva, deve alertar a administração sobre as consequências: todas as horas
trabalhadas serão consideradas como extras, além do que a concessão de férias passará a
ser irregular, podendo gerar a necessidade de pagamento de férias dobradas.
DOBRA DE FÉRIAS
O controle deve ser eficaz, para evitar ônus da dobra do pagamento (art. 137 da CLT).
Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados
em dobro (Súmula 81 TST).
Neste caso, o pagamento de férias de 30 dias se fará com remuneração de 60 dias. Mas
o empregado ainda terá direito a 30 dias de férias do período vencido e pago em dobro.
Alertar ainda que neste pagamento é devido o 1/3 constitucional, sobre o valor da dobra.
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A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo, devida ao
empregado até que seja cumprida.
FÉRIAS FRACIONADAS
- o período de férias poderá ser dividido em até 3 períodos, sendo que um deles não
poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias
corridos, cada um.
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Observar que, para que o empregado faça jus ao adiantamento da primeira parcela do
13o salário por ocasião das férias, deverá requerer no mês de janeiro do correspondente
ano ao empregador, por escrito.
Para fins de pagamento do 13º salário, atentar que as faltas legais e as justificadas ao
serviço não serão deduzidas.
O empregado não terá direito à fração de 1/12 avos no mês em que trabalhar menos de
15 dias, ou seja, nos meses de 31, 30 e 28 dias em que faltar injustificadamente 17, 16 e
14 dias respectivamente. Nesta hipótese não fará jus ao 13º Salário no referido mês.
Para fins da dedução da parcela do 13º salário pago, verificar se foi procedido da
seguinte forma:
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b) o resultado da operação descrita na alínea “a” deverá ser dividido pelo número de
meses considerados no cálculo da remuneração do décimo terceiro;
c) a parcela referente ao décimo terceiro salário proporcional ao período de licença
maternidade corresponde ao produto da multiplicação do resultado da operação descrita
no item “b” pelo número de dias de gozo de licença-maternidade no ano.
A Lei 4.749/65 em seu artigo 2º impõe o pagamento da 1ª parcela do 13º salário até o
mês de novembro.
Para o pagamento conjunto das duas parcelas não há previsão legal conforme
mencionado acima.
Verificar se a segunda parcela do 13º salário foi paga até o dia 20 de dezembro, e se foi
descontado a contribuição previdenciária e o IRF (caso devido).
Nestas situações, o empregado afastado para o serviço militar obrigatório faz jus ao 13º
salário, correspondente ao período anterior e posterior (se houver) ao afastamento, ou
seja, o período de ausência não é computado para fins do 13º salário.
Exemplo:
Afastamento: 04/março
Faz jus a 2/12 avos no ano que se afastou (janeiro e fevereiro).
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Como o prazo final para pagamento do décimo é dia 20 de dezembro de cada ano,
normalmente o pagamento é feito com base na média apurada de janeiro a novembro
pelo divisor de 11 avos.
Verificar se após efetuada a revisão, o valor da diferença do 13º salário foi favorável ou
não ao empregado.
REGISTRO
DOCUMENTOS
CARDÁPIO
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Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de
legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma
porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche).
CESTAS DE ALIMENTOS
Controle Interno
Especial atenção para fraudes (desvios) dos tíquetes alimentação, que podem ocorrer
mediante compra de quantidade superior à efetivamente distribuída, sem controle por
parte do setor responsável.
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Nesta hipótese, tal benefício será considerado como parte integrante da remuneração do
trabalhador. Por isso, sofrerá todas as incidências reflexas (FGTS, INSS e IRRF), bem
como integrará a base de cálculo de férias e 13 o salário e o valor do salário em caso de
pagamento das verbas rescisórias.
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Não obstante, é válido lembrar que a lei dispõe sobre a ajuda alimentação por parte do
empregador e não no custeio total, ou seja, o fornecimento de alimentação pela empresa
de forma gratuita, caracteriza parcela de natureza salarial, incidindo assim, todos os
reflexos trabalhistas sobre o valor pago.
Da mesma forma, poderá ser caracterizada a natureza salarial do valor custeado pelo
empregador, independentemente de ser parcial ou não, quando este conceder o benefício
aos empregados, sem ter aderido ao PAT através do contrato de adesão.
O benefício concedido aos trabalhadores que percebem até 5 salários mínimos não
poderá, sob qualquer pretexto, ter valor inferior àquele concedido aos de renda mais
elevada.
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Exemplo:
Desconto Máximo do
Custo Valor Refeição
Trabalhador (20%)
Diário R$ 10,00 R$ 2,00
Mensal R$ 200,00 R$ 40,00
Daí, para o empregador tentar cobrar o débito, é quase certo que perderá o valor
emprestado.
Contrato de Empréstimo
Adiantamentos Salariais
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OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Verificar se o empregador está emitindo a CAT, mesmo quando se verifica que não
haverá necessidade do empregado se afastar do trabalho por mais de 15 (quinze) dias.
Prazo
Penalidade
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TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADES
Aspectos a Considerar
a) empresas com até dez empregados – capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados – capital mínimo de R$ 25.000,00
(vinte e cinco mil reais);
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados – capital mínimo de R$
45.000,00 (quarenta e cinco mil reais);
d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados – capital mínimo de R$
100.000,00 (cem mil reais); e
e) empresas com mais de cem empregados – capital mínimo de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais).
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IV – valor.
RETENÇÕES
GUARDA DE DOCUMENTOS
Não obstante, dentre os vários direitos garantidos aos trabalhadores urbanos e rurais
pela Constituição Federal, há também o direito de ingressar com ação quanto aos
créditos resultantes da relação de trabalho, com prazo prescricional de:
Nota: ao trabalhador menor não corre prazo prescricional enquanto não completar 18
(dezoito) anos de idade.
É importante que o auditor averigue o devido arquivamento dos documentos, uma vez
que estes poderão servir como provas não só para o empregado em questão como
também para os paradigmas que eventualmente possam pleitear os direitos resultantes
da relação de trabalho.
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NOTA¹: O Decreto 3048/99 em seu artigo 214, § 9º, inciso V, concomitante com a IN
3/2005, estabelecia que não integrava a remuneração para fins de cálculo
de INSS, além de outras parcelas, o aviso prévio indenizado e a parcela do
décimo terceiro salário correspondente ao período do aviso prévio
indenizado, paga ou creditada na rescisão do contrato de trabalho.
Entretanto, em 13.01.2009 foi publicado o Decreto 6.727/2009 revogando
a alínea "f" do art. 214, § 9º, data a partir da qual, passaria a incidir INSS
sobre o Aviso Prévio Indenizado.
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O roteiro a seguir é uma sinopse que pode ser utilizada pelo auditor para facilitar os
planejamentos e trâmites de seus exames de rotinas trabalhistas.
1. Contrato de Trabalho
a) O contrato de trabalho é celebrado por
escrito?
b) O contrato está assinado pelo empregador
(ou seu preposto) e pelo empregado?
c) Está devidamente preenchido?
d) Consta cláusula de horário de trabalho?
e) Consta cláusula autorizando o desconto de
vales, convênios (farmácia, seguros,
associações, mercado), entre outros?
f) Houve alteração do horário de trabalho do
funcionário, com respectivo aditivo
contratual?
g) Outras alterações estão suportadas por
termo de aditivo contratual?
h) Estão sendo respeitados os prazos legais de
contrato de experiência e prorrogação de
trabalho?
i) O contrato de experiência foi prorrogado no
máximo 2 vezes, no prazo de 90 dias?
j) Há contrato com trabalhadores temporários?
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TABELA DE MULTAS
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NOTAS:
As multas pagas dentro do prazo da notificação serão cobradas pela UFIR do ano do
pagamento.
As multas não pagas no prazo da notificação serão corrigidas pela UFIR Anual.
Com a extinção da UFIR, deve-se utilizar a última UFIR oficial divulgada - R$ 1,0641.
Por meio da Medida Provisória 927/2020 foram estipuladas medidas trabalhistas que
poderão ser adotadas pelos empregadores para preservação do emprego e da renda, para
enfrentamento do estado de calamidade pública e da emergência de saúde pública
decorrente do coronavírus (covid-19).
APLICAÇÃO
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trabalhistas, constitui hipótese de força maior, nos termos do disposto no art. 501 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - Decreto-Lei nº 5.452/1943.
5) o banco de horas;
TELETRABALHO
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As férias:
2 - poderão ser concedidas por ato do empregador, ainda que o período aquisitivo a elas
relativo não tenha transcorrido.
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FÉRIAS COLETIVAS
BANCO DE HORAS
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O exame demissional poderá ser dispensado caso o exame médico ocupacional mais
recente tenha sido realizado há menos de 180 dias.
Referidos treinamentos:
O contrato de trabalho poderá ser suspenso, pelo prazo de até 4 meses, para participação
do empregado em curso ou programa de qualificação profissional não presencial
oferecido pelo empregador, diretamente ou por meio de entidades responsáveis pela
qualificação, com duração equivalente à suspensão contratual.
Referida suspensão:
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RECOLHIMENTO DO FGTS
1 - do número de empregados;
3 - da natureza jurídica;
5 - da adesão prévia.
O recolhimento das competências de março, abril e maio de 2020 poderá ser realizado
de forma parcelada, sem a incidência da atualização, da multa e dos encargos previstos.
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Eventuais parcelas vincendas terão sua data de vencimento antecipada para o prazo
aplicável ao recolhimento previsto para a rescisão.
Exemplo:
Zanluca, Júlio César. Auditoria Trabalhista. Curitiba, Portal Tributário Publicações, 2017-202,
Edição Eletrônica Atualizável.
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jurídica.
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