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REFORMA
TRABALHISTA
2.0
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) lançou o programa Verde Amarelo de olho na geração
de novos empregos, mas também aproveitou o texto da medida provisória (MP) para incluir
mudanças da CLT.
No pacote, o governo incluiu ainda uma série de outras alterações nas regras trabalhistas:
uma nova sistemática de homologação do acordo trabalhista, a regulamentação da gorjeta,
estímulo à contratação de pessoas com deficiência, aplicação de multas trabalhistas e até
alteração na regulamentação de profissões, como a dos jornalistas e publicitários.
Todas essas medidas estão na MP, que ainda precisa passar pela análise do Congresso Nacional
para, de fato, virar lei. Quem está à frente desse processo é o secretário especial de Previdência
e Trabalho, Rogério Marinho, que foi o relator da reforma trabalhista aprovada no governo de
Michel Temer.
REGISTRO PROFISSIONAL
O governo aproveitou também para retirar a exigência de registro profissional para jornalistas,
publicitários, radialistas, químicos, arquivistas e até guardador e lavador de veículos. Em
relação aos jornalistas, a MP acaba ainda com a exigência legal de diploma de jornalismo para
o exercício de algumas funções. A medida ainda revoga leis que regulamentam o exercício de
profissões como corretor de seguro e guardador e lavador de carros - uma lei de 1975 exigia o
registro na Delegacia Regional do Trabalho para guardar e lavar veículos automotores.
VALE-REFEIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
A MP deixa claro que o fornecimento de alimentação, seja in natura ou por meio de tíquetes, vales
ou cupons, não tem natureza salarial e, portanto, não é tributável e nem pode ser contabilizada
para efeito da contribuição previdenciária. Esse auxílio, acrescenta o texto, também não integra
a base de cálculo do Imposto de Renda pessoa física.
GORJETAS
A medida provisória também trata das gorjetas recebidas por trabalhadores como os garçons e
deixa claro que se trata de uma remuneração do empregado. Ou seja, não pode ser apropriada
pelo empregador. O texto determina ainda que os valores recebidos a título de gorjeta devem
constar das notas fiscais emitidas pelos estabelecimentos e devem ser anotados na carteira
de trabalho dos empregados. O texto também coloca penalidades para empresas que
descumprirem essas medidas.