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RESUMO
RESUMEN
El trabajo tiene como objetivo averiguar la responsabilidad civil del empleador em caso
de accidente laborales. Respondiendo el cuestionamiento si hay en facto
responsabilidad del empleador en estos casos y cual es su base jurídica, abordando
en cuáles puntos de trabajo podría haber la interferencia directa del empleador en el
ámbito laboral de manera à fiscalizar y fijar normas específicas que conllevan la
configuración exacta del accidente teletrabajo. Analizando el tema sobre la
perspectiva de las actualizaciones traídas por la ley nº13.467/2017, así cómo una
análise de las enfermedades laborales que podrían ser equiparadas por la ley
nº8.213/91,especialmente el rol de la enfermedad ocupacional que asemejan de la
realidad del teletrabajo.
1 INTRODUÇÃO
canga (peça de madeira que prende os bois pelo pescoço e os liga ao carro ou ao
arado) que pesava sobre os animais (CUNHA, 1982, p. 760).
O art. 75-B, por exemplo, que aceitava como teletrabalho apenas as atividades
realizadas preponderantemente fora das dependências do empregador, também
passou a considerar como teletrabalho ou trabalho remoto as atividades realizadas
em seu maior tempo dentro das dependências da empresa. Para a nova redação,
basta que haja prestação de serviços com apoio de instrumentos telemáticos fora das
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O parágrafo único do art. 75-B, nesse mesmo sentido, dispõe que, mesmo de
maneira habitual, o comparecimento do empregado às dependências do empregador
para a realização de atividades específicas não descaracteriza o regime de
teletrabalho ou trabalho remoto.
Nesse artigo ainda foram incluídos outros oito parágrafos. O foco desses
dispositivos que aqui interessa é na jornada e na forma de trabalho desses
empregados. Há autorização de prestação de serviços no teletrabalho por jornada
controlada ou, sem controle de jornada quando o teletrabalho se der por produção ou
tarefa. Antes, o controle de jornada era dispensado de maneira genérica no art. 62,
inciso III, da CLT. Com as alterações, apenas está excluído da limitação de jornada o
teletrabalho por tarefa ou produção.
critério de idade quando para o filho, enteado ou pessoa sob guarda judicial com
deficiência.
A Constituição Federal de 1988 regula em seu art. 7º, XXII, que são direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
meio de normas de saúde, higiene e segurança. Além disso, ao instituir o Sistema
Único de Saúde, determina que esse deve colaborar na proteção de um meio
ambiente utilizado para o trabalho, conforme art. 200, VIII.
O meio ambiente geral está inserido no meio ambiente do trabalho, assim como
é impossível alcançar qualidade de vida sem ter qualidade de trabalho. Como
assevera José Afonso da Silva, “o problema da tutela jurídica do meio ambiente
manifesta-se a partir do momento em que sua degradação passa a ameaçar não só o
bem estar, mas a qualidade da vida humana, senão a própria sobrevivência” (2000,
p.28).
Existiu por muito tempo a ideia do acidente de trabalho como falta de sorte e
um acontecimento infortúnio. Segundo JÚNIOR (2013, p.55) esse infortúnio era tido
como um acontecimento súbito, traumático e decorrente do acaso, e isso passava
uma falsa ideia de que nada poderia ser realizado para o evitar.
Nos tempos atuais, a doutrina afasta essa ideia e a substitui pela possibilidade
de precaução, ainda que em abstrato e por consequência traz a obrigatoriedade de
prevenção, tendo em vista que as causas são “perfeitamente identificadas dentro do
meio ambiente do trabalho” (JÚNIOR, 2013, p.55).
O doutrinador José Affonso Dallegrave Neto (2010, p.55) defende que em
relação às doenças ocupacionais e suas repercussões, o foco do estudioso deverá
ser sempre promover a saúde do trabalhador e menos a ideia de reparar o infortúnio
O objetivo deste artigo é averiguar no teletrabalho a responsabilidade civil do
empregador em casos de acidente, se essa realmente existe e o fundamento para
essa conclusão. Para isso, é necessário analisar não só a possível ocorrência de
acidente, mas também as doenças a ele equiparadas pela Lei nº 8.213/91,
especialmente o rol de doenças ocupacionais que se aproximem da realidade do
teletrabalho.
Nos termos da Lei nº8.213/91, a expressão “acidente de trabalho” é um gênero
composto de duas espécies, o acidente típico e o atípico. O atípico seriam aqueles
casos em que não há acidente no local de trabalho, mas situações nas quais por causa
do trabalho, abalam o trabalhador de forma psíquica ou fisicamente, é o caso das
doenças ocupacionais.
O art. 19 da referida Lei conceitua acidente de trabalho como aquele que ocorre
com o exercício do trabalho a serviço do empregador, independentemente do local
onde a função é realizada, o que se amolda perfeitamente à modalidade do
teletrabalho. Veja-se:
O grande problema seria como as provas que são levadas ao Juízo pelas
partes, poderiam diferenciar o que seria um acidente de trabalho típico de um acidente
doméstico sem relação com trabalho realizado pelo teletrabalhador, como por
exemplo uma queda no momento da prática laboral e a mesma queda sem nenhum
nexo com a atividade laborativa.
Existe uma dificuldade ao analisar o tema no atual cenário jurídico, com uma
nova e insuficiente legislação acerca do teletrabalho, portanto o presente artigo se
propõe a delinear certas premissas que podem ser utilizadas para um melhor
entendimento do assunto. A primeira premissa delineada é que em razão da natureza
das atividades desenvolvidas pelo teletrabalho não é possível a responsabilidade
objetiva do empregador pelos danos causados ao empregado. Isso porque não há, na
principal doutrina, qualquer menção a alguma atividade de risco a ser desenvolvida
no teletrabalho.
Por isso, de acordo com Cairo Júnior (2014, p.49) a responsabilidade civil do
empregador, nos casos do teletrabalho, só poderá ocorrer se estiverem presentes os
requisitos: dano, nexo de causalidade e o elemento subjetivo, dolo ou culpa. O dano
é caracterizado pela redução ou destruição do patrimônio de uma pessoa, seja moral
ou patrimonial. Já o nexo de causalidade é basicamente quando o dano sofrido pelo
empregado resulta do exercício laboral. Dallegrave Neto (2010, p.376) traz que o
elemento subjetivo, está presente quando o empregador age com dolo, em outros
termos com a intenção de provocar o dano, ou com culpa, o que ambos se configuram
pela violação da norma legal e o pelo descumprimento do “dever geral de cautela”.
deve existir uma efetiva veiculação das instruções, devendo adotar todas as possíveis
medidas para instruir seus empregados, sob pena de ser configurada sua culpa por
causa da omissão.
Apenas o tempo irá mostrar quais são as instruções a serem instruídas pelo
empregador para poder assim cumprir com a determinação legal. Todavia, isso não
pode se tornar uma forma de fazer o empregado se sentir desincumbido, portanto
deve-se adotar todas as medidas previstas nas normas regulamentadoras do
Ministério do Trabalho.
Segundo Melo (2017, p. 73), caso a fiscalização das atividades realizadas pelo
empregado ocorra de forma descomunal, atingindo a privacidade e o seu direito à
desconexão, ficará configurado culpa pelos acidentes sofridos e doenças, e assim
levando ao dever de indenizar.
culpa não existirá o dever de indenizar, fato este será ao contrário caso o empregador
não realize a fiscalização mesmo com a autorização expressa.
Art. 5º [...]
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante aos dados apresentados foi possível analisar que o teletrabalho é uma
modalidade de trabalho complexa e com escassa legislação, levando a uma difícil
averiguação para o enquadramento do acidente de trabalho, tendo em vista que o
teletrabalho pode ou não ocorrer dentro do ambiente de trabalho tradicional.
entanto, essa legislação faz jus a diversas críticas por possibilitar interpretações
equivocadas e silentes em diversos aspectos, a exemplo sobre a responsabilidade do
empregador em relação aos possíveis acidentes ou a forma que será realizada a
fiscalização sem esbarrar com garantias e direitos fundamentais protegidos pela
Constituição Federal.
O art. 75-E traz que a instrução do empregador deverá ser ostensiva e expressa
sobre os acidentes de trabalho, no entanto, apenas a experiência mostrará quais
práticas devem ser adotadas para evitar os acidentes de trabalho, tendo em vista de
que se trata de uma legislação relativamente nova e pouco detalhista, apenas com o
tempo e experiência o tele-empregador conseguirá cumprir o disposto na referida
norma.
privacidade e o seu direito à desconexão, sendo esse último direito muito atual e
debatido, caso em que restará presente a sua culpa pelos acidentes de trabalho e
doenças desenvolvidas, e assim o dever de indenizar.
REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 11ª. ed. São Paulo: LTr,
2017.
SOBRATT. Pesquisa home office Brasil 2016 – Teletrabalho e Home Office, uma
tendência nas empresas brasileiras.Disponível em: <https://www.sobratt.org.br/11-e-
12052016-estudo-home-office-brasil-apresenta-o-cenario-atual-da-pratica-no-pais-
sap-consultoria/> Acessado em: 14 jun. 2022.
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