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Home Office
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar as implicações trazidas pelo constante uso
da tecnologia, intensificada pela pandemia de Covid-19, bem como as vantagens e desvantagens da
sua aplicação dentro do mundo do Direito do Trabalho, com enfoque na relação laboral em regime de
home office e os riscos suportados pelo trabalhador. A exposição busca destacar a importância de uma
proteção jurídica mais ampla e principalmente, da aplicabilidade de um Direito à Desconexão no regime
de home office. O Direito à Desconexão tem como princípio a proteção do direito dos trabalhadores em
home office ao não-trabalho, buscando a aplicação de mecanismos que limitem o controle tecnológico
fornecido ao empregador nesta relação trabalhista. Destaca-se a necessidade de uma resposta jurídica
e mais coerente para esses trabalhadores que são obrigados a desempenhar suas atividades laborais
de maneira isolada e distante, sendo necessária uma regulamentação e implementação de novos
mecanismos para solução destes conflitos.
Introdução
Objetivos
Tem-se como objetivo fazer uma breve análise das consequências impostas
principalmente pela revolução tecnológica e as implicações causadas pela pandemia
de Covid-19, que exigiu o isolamento social dos trabalhadores das mais diversas
classes, levando ao aumento do trabalho em home office.
Buscar-se-á destacar as dificuldades e consequências enfrentadas nessa
nova modalidade e de compreender as implicações que afetam a vida privada e outros
direitos dos trabalhadores em home office, considerando a relevância do Direito do
Trabalho como elemento de equilíbrio e contenção de excessos que normalmente
decorrem de um processo produtivo pautado exclusivamente no lucro.
Resultados
1
Art. 6º CLT. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no
domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação
de emprego.
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para
fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho
alheio.
2
Art. 75-B CLT. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências
do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se
constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas
que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.
e por tal razão torna-se imprescindível que esses trabalhadores usufruam de seu
direito à desconexão.
O direito à desconexão implica no reconhecimento de que todos os
trabalhadores devam ter respeitado os limites no tocante a jornada de trabalho,
independentemente se realizada nas instalações do empregador, ou em sua própria
residência. Encontrando guarida em preceitos constitucionais inafastáveis,
independentemente do local da prestação de serviços, como nos incisos em destaque
abaixo:
Art. 7ºCF: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide Decreto-
Lei nº 5.452, de 1943)
(...)
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
Discussão
Conclusão
Referências
IPEA. Ipea: 11% dos trabalhadores fizeram home office ao longo de 2020.
Disponível em:
<https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=382
89&catid=131#:~:text=Agora%20ES%20%2D%20Ipea%3A%2011%25,office%20ao
%20longo%20de%202020>. Acesso em 25/09/2021.