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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICARIOCA

SUPERIOR TECNOLÓGICO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS EAD


ALUNOS:

PROJETO INTEGRADOR
Home office nos dias atuais

RIO DE JANEIRO
2021
PROJETO INTEGRADOR
Home office nos dias atuais

RIO DE JANEIRO
2021
SUMÁRIO

Introdução --------------------------------------------------------------- 04

Co-working----------------------------------------------------------------04

A História do Home Office ----------------------------------------- 05


Crise do Petróleo ------------------------------------------------------ 05

Revolução da Telecomunicação------------------------------------06

Home Office no Brasil--------------------------------------------------06

Lei do Home Office-----------------------------------------------------07

Direitos no Home Office---------------------------------------------07

Quem é responsável pelo equipamento de trabalho?-------08

Hora Extra no Home office – Reforma Trabalhista-----------08

Hora Extra no Home office – Ministério do Trabalho---------09

Vale-Refeição e Vale-Alimentação------------------------------09

Vale-Transporte ------------------------------------------------------09
INTRODUÇÃO

A tradução da expressão Home Office ao pé da letra significa “escritório em casa”, mas


o Home Office não precisa necessariamente ser realizado em casa. Por isso, existem
outros termos mais precisos para definir essa modalidade de trabalho, por
exemplo, Trabalho Remoto, Teletrabalho, Trabalho à Distância ou Trabalho Portátil.

O conceito de Home Office é usado quando uma pessoa trabalha da sua própria casa
ou em algum espaço alternativo fora da estrutura convencional de uma organização,
como cafés, coworking, etc. Os profissionais que trabalham em Home Office podem
ser freelancers, autônomos ou funcionários de uma empresa.

A gestão híbrida é um dos arranjos que fará parte do chamado “novo normal”. Esse
modelo consiste no gerenciamento simultâneo de equipes remotas e presenciais, uma
realidade que atinge cada vez mais empresas em todo o planeta. A pandemia de
coronavisrus (COVID-19), fez com que expandisse o home Office de forma generalizada
em poucos meses, que prometia levar décadas para se concretizar.

Embora muitas organizações tenham enfrentado dificuldades para implementar e gerir


o trabalho remoto, o experimento inesperado acabou gerando resultados muito
positivos para outras. Segundo levantamento recente da Gartner, 82% dos líderes
empresariais pretendem manter seus funcionários em jornadas mistas (remota e
presencial) e 47% dizem que tornarão o home office permanente.

Co-working

Assim como o home office, o co-working também é uma tendência mundial no


universo trabalhista. Essa modalidade vem crescendo ano a ano e ganhando muitos
adeptos ao redor do mundo.
Mas enquanto o teletrabalho tem como principal característica o isolamento, já que o
profissional atua sozinho de forma remota, o co-working propõe um modelo de
trabalho onde os profissionais compartilham o mesmo ambiente de forma presencial.
Dessa forma, essa modalidade incentiva o compartilhamento de ideias e a
colaboração, permitindo ao profissional estabelecer ou aumentar a sua rede de
contatos (network). Uma característica do co-working é que ele reúne, no mesmo
espaço, pessoas com profissões e perfis diferentes.
Isso porque esses ambientes compartilhados, conhecidos como “Espaços de Co-
working” podem agregar, simultaneamente, profissionais de áreas distintas e ligados a
diferentes empresas.
De certo modo, um co-working funciona como um escritório físico, fora das
dependências de uma empresa. Ainda, pode ser entendido como um local ou
companhia que reúne a estrutura necessária para abrigar profissionais de outras
organizações.
Vale destacar que existem co-workings pagos ou gratuitos, basta pesquisar e, com
certeza, você encontrará um espaço colaborativo onde poderá desenvolver seus
projetos, trabalhar, conhecer outros profissionais e até firmar parcerias.

A História do Home Office

Crise do Petróleo

A primeira prática de atividade de trabalho remoto aconteceu em 1857, nos Estados


Unidos, na realização de trabalhos com telégrafo, um sistema de transmissão e
recepção de mensagens, que utilizava eletricidade para enviar mensagens codificadas
através de fios. Para realização dessa atividade, não importava onde o operador
estivesse, desde que tivesse a infraestrutura necessária. Pelo contrário, como o envio e
recebimento de mensagens poderiam acontecer a qualquer horário, trabalhar em casa
poderia ser não só uma possibilidade, mas uma necessidade.

Mas o termo teletrabalho, usado para se referir ao trabalho que acontece fora das
dependências do empregador, surgiu só na década de 1970, quando o mundo passava
pela crise do petróleo. Diante disso, os gastos com o deslocamento ao trabalho se
tornaram uma grande despesa para muitas empresas e o home office ganhou espaço
como uma alternativa viável para alguns tipos de atividades.
Revolução da Telecomunicação

A partir da terceira Revolução Industrial, a Revolução das Telecomunicações, foi criada


novas formas de trabalho, entre elas, o teletrabalho. Na década de 90, a internet,
os computadores, celulares, etc, começam a se tornar cada vez mais comuns nas casas
pelo mundo. No século XXI, a internet de alta velocidade se tornou praticamente um
item essencial para sobrevivência e, em muitos países, o número de aparelhos
celulares ultrapassou o número de habitantes. Com a facilitação do uso de
equipamentos, de sistema de informações e comunicações, verificou-se também um
crescimento no trabalho home office.

Home Office no Brasil

O modelo de Home Office surgiu no Brasil oficialmente em 1997 durante o


Seminário Home Office/Telecommuting – Perspectivas de Negócios e de Trabalho para
o Terceiro Milênio. E em 1999 foi fundada a SOBRAT – Sociedade Brasileira de
Teletrabalho e Teleatividades. Nesse período o acesso a internet e a computadores
pessoais começava a se popularizar no Brasil.

O Brasil dispõe de uma frota de 77 milhões de veículos trafegando pelas cidades, (em
2000 eram 29,5 milhões), uma estrutura aeroportuária defasada, estradas em
condições precárias de tráfego, pessoas morando cada vez mais longe do trabalho e
alguns dos metros quadrados comerciais mais caros do mundo. É o terceiro país do
mundo onde mais cresce o home office.
O modelo de trabalho remoto chegou ao Brasil recentemente, expandindo com as
empresas multinacionais e embalado como benefício no pacote de horários flexíveis.
Hoje, já é uma solução adotada por 31,2% das empresas brasileiras. Dados do Censo
2010 mostram que cerca de 20 milhões de brasileiros trabalham e moram no mesmo
endereço. A proporção é de quase um quarto da mão de obra ocupada do país. A
pesquisa revela ainda que 1,5 milhões de paulistanos trabalham em casa (o
equivalente a 27% dos que têm ocupação). Porém, estas estatísticas incluem todos os
trabalhadores que executam suas atividades no local de moradia: artesãos, porteiros,
manicures, cabeleireiros, mecânicos, etc. Dentre os 20 milhões, o número preciso de
tele trabalhadores ainda não foi mensurado.
Para acompanhar tamanho crescimento, a CLT brasileira teve que se adaptar. A Lei
12.551, assinada em 2011, passou a garantir direitos iguais para trabalhadores
remotos e locados nas empresas. Isso mostra que o home office no Brasil deixou de ser
tendência e passou a ser realidade.

Lei do Home Office

A lei nº 13.467 de 13 de julho de 2017 alterou a Consolidação das Leis do Trabalho


(CLT) a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho, como o Home Office,
chamado pela lei de Teletrabalho.
É considerado trabalho remoto (ou teletrabalho) todo serviço
preponderantemente prestado fora das dependências do empregador, por meio de
tecnologias de informação e de comunicação. As atividades do teletrabalho poderiam
ser realizadas dentro da empresa, mas são realizadas fora por decisão do empregado e
do empregador. O teletrabalhador, necessariamente, possui um vínculo empregatício
com o empregador e deve obedecer às mesmas regras dos funcionários que trabalham
diretamente na empresa.

A MP 927/2020, publicada pelo governo federal, dispensa algumas formalidades, como


por exemplo, o aditivo ao contrato de trabalho. Além de prevê que trabalhadores
pertencentes ao grupo de risco do coronavírus devem ser priorizados para o gozo de
férias, individuais ou coletivas.

Direitos no Home office

As pessoas que trabalham em Home Office seguindo o regime de contratação CLT


tem praticamente os mesmos direitos e deveres dos funcionários que trabalham
internamente nas empresas e estão contratados pela CLT, como por exemplo:

 Férias
 13° salário
 Recolhimento do Fundo de Garantia ( FGTS)
 Vale Transporte para o deslocamento
 Auxílio doença
 Outros benefícios concedidos aos funcionários convencionais ou estabelecidos
de acordo com a convenção coletiva de trabalho.

Outros benefícios concedidos aos funcionários convencionais ou estabelecidos de


acordo com a convenção coletiva de trabalho.

Porém, há alguns direitos específicos do Home Office, que podem variar em diferentes
situações, sendo que o ideal é que todos eles estejam detalhados em um contrato de
trabalho home office, evitando mal-entendidos e queixas trabalhistas na justiça:

 Fornecimento ou não das ferramentas de trabalho necessárias ao exercício da


função.
 Como as despesas fixas (como internet e telefone) serão tratadas (por
exemplo, ajuda de custo ou reembolso).
 Remuneração por atividade (sem pagamento de horas extras) ou por tempo
dedicado a empresa (com controle da jornada de trabalho).

Quando o funcionário trabalhar internamente na empresa e ocorrer uma mudança


para o teletrabalho, alguns cuidados adicionais deverão ser observados:

 Um aditivo no contrato atestando o acordo do empregado e do empregador.


 Período de 15 dias de transição, para que o funcionário se adapte.
Quem é responsável pelo equipamento de trabalho?

Segundo a nova lei, a empresa precisa fornecer as condições necessárias para


desempenho das funções do funcionário em casa, e isso inclui equipamentos.

No entanto, não existe uma lei ou regra que obrigue o empregador a pagar nada no
que diz respeito a reembolso de despesas. A lei deixa brecha para que haja livre
negociação entre as partes a respeito da responsabilidade por esses gastos de
infraestrutura.

Como essa questão pode variar em diferentes situações, o ideal é que esteja detalhado
em um contrato de trabalho home office, como isso será tratado pela empresa,
evitando mal-entendidos e queixas trabalhistas na justiça.

Hora Extra no Home office – Reforma Trabalhista

A reforma trabalhista, lei nº 13.467 de 13 de julho de 2017, define que regras de


jornada de trabalho não se aplicam a funcionários que fazem teletrabalho. Ou seja,
não tem direito de receber hora extra, mas também não tem controle das horas
trabalhadas. A idéia é que a remuneração é feita pelas atividades realizadas ou pela
produtividade, não pelo tempo de dedicado ao trabalho.

Isso pode significar mais horas trabalhadas por dia, mas também pode significar menos
horas trabalhada, depende da produtividade de cada um. Além disso, se não há
controle das horas trabalhadas, há maior flexibilidade no horário de trabalho, não só
na hora de encerrar o expediente, mas também na hora de iniciar, não tem desconto
ou advertência devido a atrasos, as pausas são mais flexíveis, etc.

Hora Extra no Home office – Ministério do Trabalho

Porém, o Ministério Público do Trabalho criticou esse ponto da reforma, pois gera um
sério risco de exageros e distorções perigosas, das jornadas diárias de trabalho.
Mesmo a distância, já existe tecnologia confiável para controlar a jornada de trabalho
dos funcionários. Por isso, o Ministério do Trabalho lançou uma cartilha sobre as novas
regras da reforma trabalhista onde eles orientam que o limite máximo de trabalho por
dia no home office seja de 12 horas e 220 horas por mês.

Vale-Refeição e Vale-Alimentação

Começamos explicando qual a diferença entre vale-refeição e vale-alimentação, o


primeiro deve ser usado em bares e restaurantes para pagamento de refeições,
lanches e almoços, o segundo deve ser usado em supermercados, para compras, por
exemplo.

A princípio, o empregador pode cortar os benefícios de vale-refeição e vale-


alimentação se o pagamento desses benefícios não estiver definido em convenção
coletiva, sindicato ou diretamente com o profissional. Mas há controvérsias, pois uma
vez que o benefício foi concedido, sua supressão representa uma alteração no
contrato de trabalho prejudicial ao empregado. Um contrato de trabalho home office
eliminaria essas controvérsias.

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) não faz distinção entre o home office e o
trabalho realizado na empresa, ou seja, trabalhando em home office ou na empresa,
os profissionais possuem os mesmos direito.

Vale-Transporte

O vale-transporte é um benefício para deslocamento, que cobre custos de


deslocamento. Por isso, mesmo entre os funcionários que trabalham na empresa,
pode haver pessoas que recebem mais, outras menos ou mesmo nada, se não houver
custo de deslocamento. Por isso, nesse caso não há controvérsias, a empresa pode
parar de pagar.

A lei 7.485/1987 institui o benefício do vale-transporte e diz que o empregador deve


pagar para o empregado, antecipadamente, o valor necessário para ir para o trabalho
e para voltar para casa, no transporte público coletivo. Como no home office não há
deslocamento até o trabalho, o vale-transporte pode ser suspenso pela empresa.

Se o funcionário for até a empresa em alguns dias fixos da semana ou


esporadicamente, então, ele terá o direito de receber o vale-transporte referente a
esses dias.

Vantagens

Flexibilidade, ausência de engarrafamentos e ônibus lotados, mais tempo para lazer,


prática de esportes, poder curtir os amigos e a família, participar da educação dos
filhos, ter uma alimentação mais saudável, entre outras vantagens fazem do escritório
em casa uma ótima opção para os novos tempos.
Depois da ascensão da internet podemos dizer que o mundo mudou, e nos não
podemos ficar de fora, para trabalhar em casa você pode escolher fazer alguns cursos
sobre trabalho home office, sem precisar vender nada, prestando serviços pela
internet, ou até partindo pra um nível mais avançado de marketing digital e montar
seu negocio pela internet de forma muito mais barata que o convencional, em muitos
casos ate mesmo de graça.
Ao analisar o modelo de home office dentro do cenário brasileiro pode ser analisado
diversos fenômenos como a demonstração, através de uma Pesquisa realizada pelo
Buffer(2019), de que 98% dos trabalhadores entrevistados gostaria de trabalhar
remotamente, outra pesquisa, realizada pela Owl Labs(2019), teve como resultado que
a maioria dos profissionais, em regime de trabalho remoto, demonstram uma
felicidade maior com a sua carreira; Os motivos que levam um profissional a querer
trabalhar de casa podem variar, porém tirando dessa pesquisa analisa-se que o
trabalho remoto já faz parte dos planos dos trabalhadores desse inicio de século XXI.
Outras vantagens que podem ser observadas pelos especialistas sobre o home office
são:

1. Trabalhador não precisa se deslocar até a empresa, o que significa economia


para o funcionário e, às vezes, até para o empregador
2. Tempo antes desperdiçado em deslocamento pode ser convertido em
proximidade com a família, qualificação ou em exercícios físicos
3. Economia em roupas
4. Empresa pode diminuir o espaço antes mantido para comportar o quadro de
funcionários
5. Com menos pessoas e carros circulando, diminui a poluição.

Desvantagens

1. Para quem a disciplina não é um forte, será preciso começar a praticar a


organização e o foco total nas atividades
2. Misturar a vida pessoal e a vida profissional. Não conseguir distinguir a hora de
trabalhar e a hora de ficar em casa tranquilo preocupa porque pode parecer
que se está sempre envolvido com o trabalho
3. Tendência de isolamento social. Para quem mora sozinho, o home office pode
despertar um lado mais antissocial
4. Dificuldades tecnológicas, como conexão de internet mais lenta
5. Menos cuidado com a postura, o que pode acarretar problemas de saúde.

Por que o trabalho em home office?

A situação de pandemia ocasionada pela Covid-19 está reformulando hábitos e


rotinas. O isolamento recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) fez
com que muitas empresas liberassem seus colaboradores para trabalhar a partir de
casa.
Nessa hora, o trabalho remoto possibilita que as pessoas fiquem resguardadas em
casa, evitando se expor aos riscos de contágio ao Coronavírus. Por isso, o home
office deve se intensificar, mesmo após a pandemia.

Isso mesmo! Apesar da implantação de home office ser compulsória, é provável que
essa modalidade de trabalho cresça cerca de 30% nos próximos meses. Essa é
a opinião do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Miceli.

Segundo Miceli, a prática do home office é “um caminho sem volta” e apresenta
diversas vantagens para além da saúde: menos tráfego nas ruas, menor sobrecarga
no transporte público, menos poluição e mais qualidade de vida para as pessoas.

Quem pode trabalhar em Home Office?

Fora dos contornos de uma pandemia, o home office é uma modalidade de trabalho
ajustada entre patrão e empregado. O artigo 75-C da CLT determina que a prestação
de serviços na modalidade de home office deve constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo
empregado.

Porém, durante o período de calamidade, dadas as circunstâncias, o empregado


é obrigado a aceitar, considerando a MP em vigor, trabalhar remotamente se o
empregador assim decidir. A decisão deverá ser comunicada com, ao menos, 48 horas
de antecedência. Caso o empregado se recuse a fazer o home office ele poderá ser
demitido por justa causa.

Segundo a MP 927/2020, publicada pelo governo federal, “Durante o estado de


calamidade pública, o empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho
presencial para o teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância
e determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da
existência de acordos individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da
alteração no contrato individual de trabalho.”.

Com a MP 927, não será necessário um aditivo contratual, porém, para que não haja
mal-entendido ou má-fé de nenhuma das partes (empregados e empregadores) é uma
boa prática que exista um contrato de trabalho home office, detalhando direitos e
deveres, semelhanças e diferenças no trabalho presencial e no home office.

Crise da Coronavírus

Se olharmos para traz podemos ver como a nossa sociedade foi moldada pelas crises,
exemplo disso é a Crise do Petróleo citada acima. Em 2020, o trabalho home office
passa por um novo crescimento, dessa vez maior e mais intenso, devido a crise
mundial da saúde, provocada pelo COVID-19. O isolamento social é um dos poucos
mecanismos disponíveis para desacelerar o avanço da doença e o impedir o colapso
dos sistemas de saúde pelo mundo. Muitas empresas precisaram fechar suas portas,
mas perceberam que seus funcionários poderiam continuar trabalhando de casa, em
home office.

O trabalho home office cresceu devido à necessidade, não à vontade das empresas.
Muitos ainda tem o pensamento de que no Home Office os funcionários podem fazer o
que quiser, que os gestores não tem controle da sua equipe, etc, mas não é bem
assim. Como tudo na vida, é necessário adaptação, conhecer e utilizar as ferramentas
certas, para conseguir aproveitar o melhor do home office para empresas e
funcionários.

Uma coisa é certa, o trabalho nunca mais será o mesmo depois do COVID-19, muitos
funcionários vão voltar aos seus locais de trabalho convencionais, mesmo assim esse
trabalho será impactado pelo período home office. E muitas empresas vão perceber os
benefícios do Home Office tanto para a empresa, quanto para os funcionários, e ele
continuará sendo uma realidade. Isso dependerá muito do tipo de atividade, do perfil
da equipe e dos líderes, das tecnologias incorporadas, mas o home office seguirá
crescendo.

Os funcionários podem se recusar a comparecer na empresa durante a quarentena?

Apenas as empresas que prestam serviços essenciais podem exigir que os funcionários
compareçam ao escritório no período de quarentena, conforme o Decreto
10.282/2020, que elenca serviços públicos e atividades que não devem ser
interrompidos.

Para os colaboradores que fazem parte do quadro de funcionários de empresas que


prestam serviços essenciais, a empresa precisa tomar todas as precauções de higiene
necessárias para evitar o contágio e seguirem rigorosamente as normas sanitárias. Se
esse não for o cenário, especialmente no caso dos empregados do grupo de risco, o
contrato de trabalho pode ser rescindido.

A MP 927/2020, publicada pelo governo federal, prevê que trabalhadores


pertencentes ao grupo de risco do coronavírus devem ser priorizados para o gozo de
férias, individuais ou coletivas. Se desejar.

Não existe nenhuma lei que obriga o empregador a aceitar que um empregado que se
autodeclara em grupo de risco fique em casa. No entanto, o artigo 157 da CLT prevê a
garantia da proteção da saúde e segurança de seus trabalhadores.

Portanto, é preciso analisar cada caso, levando-se em conta a particularidade do


trabalhador, ou seja, se ele faz parte ou não do grupo de risco, se a atividade é
essencial ou não, o ambiente de trabalho e o grau de risco, se as medidas preventivas
foram adotadas pela empresa, atos do poder legislativo e decretos governamentais
que podem trazer alguma regulamentação específica.

Home Office e a pandemia da Codid-19

Desde que a Organização Mundial da Saúde declarou Covid-19 uma pandemia, o


mercado de trabalho mundial foi forçado a passar por uma revolução de todos seus
sistemas e condutas impostas, o home office foi uma das grandes estratégias adotadas
para o mercado sustentar a crise provocada pela pandemia. Atualmente, as empresas,
observam o home office como algo extremamente normal e necessário para sua
sobrevivência, somente as posições que não conseguem se situar nessa nova logica de
emprego remoto ficam de fora dessa revolução.
Houve grandes dificuldades na implatação do home office, como por exemplo o uso de
novas ferramentas parea comunicação, que muitas vezes eram desconhecidas pelos
usuários; assim como a utilização de novas ferramentas para que os funncionários
tenham acesso aos ambientes virtuais de suas empresas. Além disso, poucas empresas
ofereceram suporte material aos funcionário para implementação do Home Office.[6]
Porém, o teletrabalho também possui pontos positivos. De acordo com uma pesquisa
realizada pelo instituto Ipsos, 49% dos empregados e 55% dos desempregados
preferem trabalhar de casa. Os motivos para essa estatística são diversos: horário mais
flexível, passar mais tempo perto da família, renda extra, evitar o trânsito diário até o
local de trabaho, etc.
Em outra pesquisa realizada pela OWL Labs, os resutlados mostram que, mesmo que
se trabalhe mais, 71% dos entrevistados confirmaram estar mais felizes no novo
modelo de trabalho. Além disso, uma pesquisa realizada pela Pulses mostrou que 78%
dos brasieiros se sentem mais produtivos trabalhando remotamente.

Economia Pública
A instituição do home office para servidores públicos durante a pandemia de
coronavírus gerou economia de aproximadamente R$ 3 bilhões para o governo federal
em 2020. Houve redução nos gastos com água, energia elétrica, copa e cozinha,
passagens aéreas e diárias, telefonia e vigilância.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a estimativa de economia é de Bruno
Funchal, secretário do Tesouro Nacional. Pesquisas feitas pelo governo ao longo de
2020 indicam que 50% dos servidores aderiram ao trabalho remoto, sem considerar as
instituições federais de ensino.
A estimativa leva em conta os resultados do primeiro semestre do ano passado, que
registrou redução de R$ 1,37 bilhão dos custos de funcionamento do Executivo. No
período, a redução com gastos com diárias e passagens foi de 42% em comparação ao
primeiro semestre de 2019. Economia ainda de 41% em serviços de copa e cozinha,
17% em telefonia e 11% em água, esgoto, energia, elétrica e gás.
Os cálculos não consideram o Ministério da Saúde, que ampliou seus gastos devido à
pandemia. No primeiro semestre, a pasta ampliou em 76% as despesas com materiais
de consumo, 41% com apoio administrativo em 28% os serviços terceirizados.

Home Office no pós-pandemia

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 30% das
empresas pretendem adotar o home office mesmo após a pandemia do coronavírus ,
além disso este mesmo estudo mostrou que 54% dos profissionais tem em mente
sollicitar aos chefes que continuem trabalhando remotamente.
Segundo a visão do coordenador do MBA de marketing e inteligência de negócios
digitais da FGV, André Miceli, o home office pode ter um crescimento de até 30% a o
partir do fim da pandemia e na prática envolverá 80% das empresas do Brasil. Nas
palavras dele: “Entre as mudanças que a pandemia acelerou no mercado, o home
office é mais notável porque ele foi onipresente. Esse experimento forçado acabou
com as barreiras culturais que as empresas tinham. Acredito que o que deve acabar
prevalecendo é o modelo híbrido. Minha aposta é que o home office fique entre dois e
três dias por semana”.
Miceli também afirma que esse modelo de trabalho não deve funcionar integralmente
para a maioria dos setores, principalmente pelos seres humanos precisarem de
interação e por ser desafiador para as empresas estimularem um senso de
pertencimento para os seus funcionários à distância.
Uma outra pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA) mostrou
que 94% das empresas brasileiras aprovaram os resultados gerados pelo home office,
mas que mesmo assim, 70% delas pretendem encerrar ou reduzir a pratica para 25%
dos funcionário após a pandemia. Esta decisão se mostra contrária a percepção dos
trabalhadores, uma vez que uma pesquisa pararela realizada também pela FIA, mostra
que 70% dos profissionais gostariam de permanecer traballhando remotamente, em
período integral ou parcial.

Home office é a melhor alternativa em tempos de quarentena?

Se o home office já vinha em franca popularização nos últimos tempos, a pandemia de


COVID-19, que exigiu uma quarentena praticamente global, transformou a tendência
do home office em realidade para milhares de pessoas.

Não se trata de questionar se o home office é a melhor alternativa para a quarentena.


Na verdade, ele se apresenta como a única opção para que muitas empresas
mantenham alguma produtividade nesses tempos.
É claro que nem todo mundo estava preparado para essa nova realidade. Nem todo
mundo dispõe das ferramentas necessárias para manter uma produtividade
satisfatória em casa.

O home office exige uma certa disciplina que nem todos conseguem manter em
situações normais. Em tempos de quarentena essa, rotina fica ainda mais complicada.
Além da preocupação com o COVID-19 em si, o dia a dia das famílias foi
consideravelmente alterado.

Quem tem filhos, por exemplo, tem que se dividir entre o trabalho e a rotina escolar,
na maioria dos casos, também transferida para o ambiente online. Esse é o tipo de
situação que pode gerar interferência no home office e que vai exigir uma dose de
compreensão por parte do gestor e jogo de cintura por parte do colaborador.

Como fazer recrutamento para trabalho a distância?

Por se tratar de um perfil totalmente diferente de um trabalhador presencial,


a contratação de funcionários home office deve ser mais cuidadosa. Antes mesmo de
anunciar a vaga, deixe claro o que é procurado pela empresa.

Procure identificar se o profissional tem a autonomia e responsabilidade para


trabalhar de casa. Outros aspectos como disciplina, capacidade de decisão, facilidade
para resolver problemas e boa comunicação são fatores que fazem a diferença no
sucesso do trabalho home office para a empresa.

Como gerir colaboradores que trabalham home office?

No trabalho home office, o funcionário não é observado de perto pelos gestores. No


entanto, isso não significa que esse trabalho não possa ser acompanhado.

Estabelecer uma rotina de reuniões periódicas pode ajudar muito na gestão de


trabalhadores remotos. Esses encontros podem ser presenciais ou por
videoconferências, por exemplo.

E-mails também são muito úteis para manter a equipe alinhada em relação ao
andamento de projetos e novidades, além de ajudar a controlar o prazo da entrega de
projetos.

É importante que sejam construídos laços entre os funcionários, apesar da distância.


Promova encontros de confraternização para que os trabalhadores home office se
sintam mais entrosados e tenham contato com a cultura organizacional da empresa.
Isso vale principalmente para trabalhadores que, embora sejam contratados,
não trabalham alocados no ambiente corporativo.

Quais as regras do trabalho a distância?


A nova lei trabalhista determina algumas regras para quem atua no sistema home
office e é vinculado a uma empresa. São elas:

 a prestação de serviços é considerada pela conclusão de tarefas e não por


horas trabalhadas, o que exime a empresa do pagamento de horas extras. Em
contrapartida, o empregado está dispensado do controle de jornada;
 o contrato exige a definição das atividades que serão exercidas pelo
funcionário, além das condições de aquisição ou fornecimento dos
equipamentos necessários para o exercício do trabalho;
 os gastos adicionais necessários para o cumprimento das funções deverão ser
totalmente pagos pela empresa contratante.

Ferramentas

Existem diversas ferramentas que podem contribuir para a adaptação ao trabalho


Home Office, uma delas é o Time Web. O Time Web é um software de Gestão de
Equipe, que possui diversas ferramentas para facilitar a comunicação e a gestão do
tempo e da produtividade. Ele permite o controle de metas e métricas, atribuição de
atividades e geração de relatórios automáticos. Esse software é utilizado para
simplificar a gestão do trabalho Home Office. Para quem deseja conhecer melhor suas
funcionalidades, é possível realizar um teste gratuito. Para mais informações,

Como zelar pela produtividade no home office?

O papel do gestor é fundamental para garantir aos colaboradores as melhores


condições para que produzam de forma satisfatória em regime de home office.

Confira algumas medidas que o líder deve tomar para garantir o sucesso do trabalho a
distância de sua equipe.

Invista na tecnologia para otimizar o trabalho

Não basta deslocar a equipe para o trabalho em home office e distribuir as demandas
ao time. É preciso certificar-se de que todos dispõe das ferramentas necessárias para
realizar suas tarefas com se estivessem no escritório.

A integração com a área de TI da empresa é importante para mapear as ferramentas


necessárias e providenciar esses insumos aos colaboradores. Além de garantir as
condições de trabalho, é importante também prezar pela segurança dos dados que
circularão fora da zona de controle da empresa.
Aprimore a comunicação

A falta de comunicação e a sensação de isolamento são fatores preponderantes para a


queda na motivação dos colaboradores durante o home office.

Manter uma comunicação eficiente com a equipe é a melhor forma de garantir


colaboradores engajados e, consequentemente, mais produtivos. É importante
reproduzir no ambiente online o nível de comunicação mantido presencialmente.

O gestor deve mostrar-se interessado em dar todo o suporte que o colaborador


necessita, mesmo a distância, seja por e-mail, seja por telefone ou aplicativo de
mensagem.

É importante manter diferentes canais de comunicação com os colaboradores,


adequando-os às diferentes situações da rotina de trabalho. O líder também deve
promover a integração entre os membros da equipe, mantendo o espirito de time.

Facilite o acesso à informação

Sem o contato direto do escritório, o colaborador em home office pode se ressentir de


informações sobre o status dos projetos em andamento e das atividades dos colegas.
Assim, podem surgir dificuldades que não afetam um time entrosado em sua atuação
presencial.

Fazer a informação circular entre os integrantes da equipe que atuam de casa é


importante para estimular o engajamento e a colaboração entre os integrantes do
time.

Esse cuidado é especialmente importante para os colaboradores que estão iniciando


suas experiências no home office, como vem ocorrendo em virtude da quarentena
pelo COVID-19.

Ofereça suporte emocional

Aliás, especialmente durante os tempos de quarentena, em que a concentração no


trabalho divide espaço com as preocupações com a pandemia, é preciso que os
gestores ofereçam suporte emocional para os colaboradores.

A transição do trabalho presencial para o home office exige uma preparação prévia
que não é possível nesse momento. A insegurança com a nova rotina profissional pode
aprofundar o estresse. Também cabe ao gestor zelar pela saúde emocional dos
colaboradores.
Reconheça os bons resultados

Mesmo no trabalho presencial, muitos gestores têm certa de dificuldade de fornecer


um feedback adequado ao seu time, no entanto, no trabalho em home office esse
processo é especialmente relevante.

Na solidão do seu escritório caseiro, especialmente para os colaboradores iniciantes


nesse modelo de trabalho, é comum que as inseguranças se aflorem e comprometam
o desempenho.

A orientação do gestor é ainda mais importante para manter o rumo, seja por meio de
uma correção de rota pontual, seja pelo reconhecimento dos resultados obtidos.

Faça chamadas em grupo

Diariamente, o líder deve fazer, de preferência no início do expediente, uma chamada


em grupo. Nela, cada membro da equipe pode compartilhar suas tarefas, o que está
fazendo, o que já fez no último dia e até mesmo eventuais obstáculos que está
enfrentando para concluir determinado projeto. É importante deixar esse canal aberto
durante todo o dia para que os funcionários possam trabalhar de forma colaborativa e
para acompanhar as entregas das demandas da área. Nunca, em nenhuma hipótese,
o gestor pode excluir um dos membros da conversa.

Especifique prazos

A prática do home office está relacionada a horários mais flexíveis, no entanto,


existem prazos e metas a serem cumpridos assim como no trabalho presencial. O líder
deve, portanto, passar os prazos, horário de trabalho e objetivos de maneira clara e
direta. As regras devem ser precisas e de fácil compreensão.

Promova encontros periódicos quando possível

Trabalhando longe todos os dias, a equipe deve ter momentos de interação pessoal.
Seja uma reunião semanal, quando possível, ou, em último caso, um encontro anual:
os membros precisam interagir entre si para criarem conexões de valor. Quando o
profissional percebe que possui toda uma equipe do seu lado, fica muito mais
motivado a continuar fazendo bem sua função. Claramente, a periodicidade dependerá
da natureza de cada negócio e da localização de cada funcionário, mas criar
encontros para fomentar o contato entre os membros é mais do que necessário para a
evolução da área como TIM
Como auxiliar na preparação do home office?

Para garantir bons resultados e constituir em uma prática saudável, é importante que
o home office seja precedido de um certo planejamento. Ao implementar a prática em
seu time, o gestor precisa auxiliar na montagem de um ambiente favorável para o
colaborador.

Assim, é importante passar orientações como:

 ambiente de trabalho: o home office precisa simular o ambiente de trabalho


do escritório. Assim, é preciso um espaço confortável com mesa e cadeira
apropriados em uma cômodo silencioso e devidamente iluminado. Nada de
trabalhar no sofá, com o notebook no colo;
 rotina e disciplina: já falamos sobre a liberdade de horários que o home office
proporciona de acordo com a atividade que o colaborador realiza, mas essa
liberdade precisa respeitar uma certa disciplina na manutenção da jornada e
das entregas;
 postura profissional: não é por não estar trabalhando no escritório que o
colaborador vai negligenciar sua postura profissional. Lembre-se sempre de
simular em casa o ambiente da empresa. Antes de iniciar sua jornada, tome um
banho e vista-se como se estivesse no escritório. Isso ajuda a manter o foco;
 anulando as interferências: o trabalho exige concentração e foco. Quanto
menos interferência externa houver, mais produtivo será o home office. Assim,
antes de iniciar a jornada, reduza ao máximo o risco de interrupções.
Estas são alguns dos principais aspectos que sua é preciso levar em consideração para
implementar o home office na sua empresa. Este modelo de trabalho, cada vez mais
popular, pode auxiliar para garantir maior produtividade para sua equipe de trabalho.

Segundo a pesquisa Panorama PMEs, feita em parceria por Resultados


Digitais, Endeavor Brasil e PEGN, 74,3% das Pequenas e Médias Empresas adotaram o
trabalho remoto e horários flexíveis durante a pandemia.
Bibliografia:

https://homeoffice.portaliso.com/historia-do-home-office/

https://homeoffice.portaliso.com/como-surgiu-o-home-office/

https://homeoffice.portaliso.com/a-empresa-deve-fornecer-os-equipamentos-para-o-
home-office/

https://homeoffice.portaliso.com/quais-os-direitos-de-quem-trabalha-home-office/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Home_office

https://kenoby.com/blog/home-office/

https://blog.vee.digital/gestao-hibrida-melhores-praticas/?
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