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1º SEMESTRE
Ismai
TELETRABALHO
Organização e Gestão de Empresas I
Teletrabalho
Índice
1 Introdução............................................................................................................................3
2 O que é o Teletrabalho?.......................................................................................................4
3 Evolução do Teletrabalho.....................................................................................................5
4 Perfil do teletrabalhador......................................................................................................7
5 Profissões adequadas ao teletrabalho.................................................................................9
6 O teletrabalho no Código do Trabalho...............................................................................11
7 Vantagens e Desvantagens.................................................................................................12
7.1 Vantagens do teletrabalhador....................................................................................12
7.2 Vantagens para as empresas......................................................................................12
7.3 Vantagens para a sociedade.......................................................................................13
7.4 Desvantagens para o trabalhador (potenciais):..........................................................13
7.5 Desvantagens para as empresas:................................................................................14
7.6 Desvantagens para a sociedade:................................................................................14
8 Uma forma de organização do trabalho utilizada?.............................................................15
9 O teletrabalho em Portugal................................................................................................16
9.1 2
Condicionantes...........................................................................................................16
10 Conclusão.......................................................................................................................18
11 Webgrafia.......................................................................................................................19
12 Bibliografia.....................................................................................................................19
1 Introdução
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Cada vez menos será o trabalhador a deslocar-se ao trabalho, e cada vez mais será o
trabalho a ir até ao trabalhador.
Trabalhar a partir de casa parece ser cada vez mais a hipótese acertada numa altura em
que a flexibilidade se tornou num dos assuntos da ordem do dia.
2 O que é o Teletrabalho?
O conceito de teletrabalho é cada vez mais discutido e, embora não tenha uma definição
técnica específica, é usual enquadra-lo como um conjunto de novas formas de trabalhar,
usando as TIC como ferramentas e o teletrabalhador como um individuo que passa, pelo
menos parte do tempo fora do ambiente tradicional da empresa.
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regula as condições laborais e as condições de trabalho, onde e quando se desenvolve
o teletrabalho:
o Forma organizativa: a partir de casa do trabalhador, em centros de
teletrabalho, escritórios satélite, teletrabalho móvel, escritórios partilhados,
etc.
o Modalidade: formal ou informal, tempo inteiro, tempo parcial, em alternância
(alguns dias por semana) ou ocasional.
3 Evolução do Teletrabalho
Não se pode afirmar que o Teletrabalho tenha surgido em algum local ou até mesmo
numa data específica, porem diversos autores atribuem como fatores impulsionadores do seu
surgimento um conjunto de atributos. Destacam-se a globalização da economia, a revolução
tecnológica, os processos de reestruturação organizacional (reengenharia, doirrisinng.
terciarização) e o aumento da competitividade como grandes impulsionadores da flexibilização
do trabalho.
Alguns aspetos tiveram grande contribuição para o surgimento das novas formas de ser e
do novo perfil do trabalhador. De entre elas pode-se destacar as mudanças nos conteúdos do
trabalho, novas exigências de perfis profissionais e novas qualificações, motivadas pelas
inovações tecnológicas e organizacionais (SCHIRIGATTI & KASPRZAK, 2007).
Vale salientar que o uso de telecomunicações, para uma Administração à Distancias foi
identificada já no ano 1857 nos Estados Unidos com a experiência de J. Edgar Thompson,
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proprietário da estrada de ferro Penn, ao descobrir que poderia usar o sistema privado de
telégrafo da sua empresa para gerenciar divisões remotas, ou seja, gerenciar o pessoal que
estava distante do escritório central delegando aos funcionários o controle no uso de
equipamentos e na mão-de-obra. Hoje constantes e vitais no trabalho administrativo, tanto no
setor privado como público, em organizações pequenas e grandes (KUGELMASS, 1996).
Bleyer (2002) afirma que a ideia do Teletrabalho já permeava a Europa desde a década
de 40. Porem, não se pode afirmar exatamente onde se iniciou o processo. De acordo com
alguns estúdios, este teve origem na Inglaterra e hoje estende-se por todo o mundo.
Para a autora, foi na década de 70 com a crise do petróleo e a elevação dos preços dos
combustíveis e dos transportes, e com a redução dos componentes eletrônicos dos
computadores, que se pensou na fusão das telecomunicações e da informática, criando-se o
neologismo telemática.
O Teletrabalho foi iniciado então, quando não existia o computador pessoal nem a
massificação da Internet. Nas décadas de 60 e 70, quando o Teletrabalho despertou a atenção
da sociedade, ele era realizado de outro modo — através da utilização do fac-simile, correio,
telefone convencional, telex e telegrafo.
4 Perfil do teletrabalhador
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Nilles (1997) acredita que o profissional ideal para teletrabalhar deve possuir algumas
caraterísticas essenciais, e justifica-as da seguinte maneira:
Auto motivação;
Auto disciplina;
Conhecimentos específicos e experiência profissional;
Flexibilidade e criatividade,
Contato social;
Fase da vida;
Família;
Hábitos compulsivos;
Ambiente físico para teletrabalhar em casa.
Por ser o Teletrabalho urna nova forma de trabalho, funcionários que têm dificuldades
em se adaptar a novas situações, podem resistir a um novo ambiente de trabalho. Porém,
aqueles criativos e com uma postura flexível provavelmente terão pouca ou nenhuma
dificuldade de adaptação.
Relativo às restrições do convívio social gerado pelo trabalho longe do escritório, até
certo ponto, pode-se considerar uma compensação por meios eletrônicos de comunicação
deste contato, mas é claramente uma situação diferente da encontrada no ambiente
profissional tradicional. Muitas vezes a comunicação informal que ocorre durante o convívio
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social no escritório é tão importante quanto a comunicação formal.
Troppe (1999) reforça a ideia do autor e acrescenta o teletrabalho favorece mais tipos de
trabalho cuja categoria está relacionada a profissões relacionadas com a prestação de serviços.
Fernandéz (1999) destaca algumas tarefas que mais se adaptam a maneira particular de
operar ao teletrabalhador como aquelas que permitam, tanto ao empresário como ao
teletrabalhador controlar rigorosamente o ritmo de trabalho, onde também é fundamental a
programação. Outro tipo refere-se àquelas com escassa necessidade de comunicação e/ ou de
trabalho em grupo. Apesar de a comunicação ser a base do trabalho à distância, quanto menos
necessidade se tenha dela, melhor para os seus utilizadores.
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Direito à privacidade
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O teletrabalhador tem os mesmos direitos que os colegas que se deslocam à empresa:
formação, promoções e progressão na carreira, limites do período normal de trabalho e
reparação de danos por acidente de trabalho ou doença profissional. O empregador deve
proporcionar formação adequada para as tecnologias de informação e comunicação a usar na
atividade e promover contactos regulares com a empresa e os colegas, para o funcionário não
se sentir isolado. Se o contrato nada indicar quanto aos instrumentos de trabalho, parte-se do
princípio de que pertencem ao empregador, que assegura a instalação, manutenção e
despesas. O funcionário só pode usá-los para trabalhar, a menos que a empresa autorize o
contrário.
3 anos à distância
Quem trabalhava em regime "normal" pode chegar a um acordo para que o teletrabalho
tenha uma duração máxima inicial de 3 anos, a menos que a empresa esteja abrangida por um
instrumento de regulamentação coletiva que defina um prazo diferente. Nos primeiros 30 dias,
as partes podem pôr fim a este tipo de trabalho. Quando cessar o regime, o trabalhador
retoma a prestação de trabalho nas instalações do empregador ou noutras acordadas entre as
partes.
1
Art.º nº 165 até Art.º nº171 do Código do Trabalho
7 Vantagens e Desvantagens
As empresas que adotam este sistema de trabalho, têm de possuir cuidados específicos
com a seleção da pessoa certa para desempenhar determinada tarefa, com o local e condições
disponíveis para a realização do trabalho, assim como cuidados na própria organização onde o
colaborador se insere.
Este tipo de trabalho trás aspetos positivos mas também negativos para o colaborador,
uma vez que é este que controla o seu tempo e as tarefas, vai por vezes provocar-lhe algum
stress. Outro dos aspetos negativos é o facto de ele por vezes trabalhar sozinho o que lhe
provoca um certo tipo de isolamento.
Tal como em tudo, e como já foi visto para os teletrabalhadores, não existem apenas
vantagens, existem também desvantagens para ambas as partes intervenientes com o
teletrabalho.
Isolamento social.
Degradação da vida familiar, devida à intrusão do trabalho no lar.
Apagamento da diferenciação entre trabalho e lazer.
Exploração do trabalhador: possibilidade de condições de emprego menos favoráveis,
em termos de regalias económico-social e consequentemente maior dificuldade de
defesa dos seus interesses laborais e profissionais (o contrato de trabalho tende a ser
individual, dificultando ou impedindo as reivindicações coletivas.
Maiores dificuldades na promoção do emprego.
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A nível Europeu, o teletrabalho começa a ser visto como uma forma de abrir novas
oportunidades para aumentar a competitividade, de promover o emprego e melhorar a
qualidade do trabalho.
9 O teletrabalho em Portugal
No nosso país alguns dos empresários e gestores ainda oferecem resistência a este tipo de
sistema de trabalho, não se sabendo muito bem porque não chegam eles a um consenso, para
muitos dos Portugueses o teletrabalho ainda é considerado um trabalho precário.
9.1 Condicionantes
Ao contrário do que era esperado, o teletrabalho não tem tido uma rápida disseminação
em Portugal, possivelmente pelo facto de não se encaixar nas estruturas organizacionais
predominantes, muito hierarquizadas, com controlo rígido do desempenho dos trabalhadores.
O teletrabalho põe em causa os estilos da gestão clássica uma vez que implica atingir
objetivos sem a existência de um controlo direto dos procedimentos e dos tempos de
presença dos indivíduos, o que pressupõem um clima de confiança a que os gestores tem
dificuldade a se adaptar. O teletrabalho é visto ainda como uma diminuição do controlo e
menos como uma perda de poder dos gestores sobre os seus subordinados.
complexa, pois como estes estão isolados, existe a tendência para a criação das próprias regras
e a assumirem uma abordagem diferente perante o trabalho.
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organizacionais existentes dificultam a aprendizagem; incentivos errados ou falta de incentivos
para mudar; etc.
Quanto aos trabalhadores tem um certo medo das mudanças uma vez que, receiam
que o teletrabalho afete a nível físico e/ou psicológico o seu bem-estar; tenham uma perda da
dimensão relacional que decorre da partilha do mesmo espaço de trabalho; receiam ser
marginalizados em relação a colegas que estão presentes na empresa; sejam prejudicados a
nível dos seus direitos; bem como sentirem o seu espaço familiar invadido pelo trabalho.
10 Conclusão
Podemos concluir que nem todas as empresas nem todos os trabalhadores estão à
partida, preparados para adotar situações de teletrabalho, uma vez que este método implicará
algumas mudanças na forma organizativa do trabalho em Portugal. Como podemos analisar
pelas pesquisas o teletrabalho tem vantagens e desvantagens tanto para as empresas como
para os trabalhadores como também para a sociedade em si.
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hábitos de planeamento de tarefas a realizar e de gestão do seu tempo.
Por seu lado, as empresas têm de se adaptar às mudanças inerentes a esta nova forma de
organização do trabalho, tornando-se mais flexíveis e realçando as contribuições individuais
dos trabalhadores que favoreçam a motivação. Porem, a maior parte delas não esta preparada
para alterar o seu estilo de gestão e a utilizar as técnicas de supervisão que o teletrabalho
requer, deixando de ter um elevado controlo sobre o trabalhador.
11 Webgrafia
http://www.deco.proteste.pt
www.apdt.org/
www.cite.gov.pt
12 Bibliografia