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Curso EFA /Secundário – 2023/2024

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Cultura Língua e Comunicação
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UFCD 1 – Equipamentos: impactos culturais e
comunicacionais
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Formando: Nº: Turma: Data: / /2023

Validação:

Resultados de Aprendizagem
 Conjuga saberes especializados relativos a equipamentos e sistemas técnicos no estabelecimento e
desenvolvimento de contactos profissionais;
 Convoca conhecimentos sobre equipamentos e sistemas técnicos com o objetivo de facilitar a integração, a
comunicação e a intervenção e contextos institucionais.

Ficha Formativa
Tema: Impactos da tecnologia no mundo do trabalho

Textos

Unimate: o primeiro robô operacional de Stamina: robot destinado às tarefas de picking


produção industrial, inventado em 1961 por e organização na produção e armazenamento
George Devol. de componentes na indústria automóvel
(2013).

TEXTO 1: O século XXI e as tecnologias da informação no trabalho

O desenvolvimento científico-tecnológico do final do século XX, em particular das tecnologias da


informação e da comunicação, acelerou a substituição dos processos industriais eletromecânicos pelos
de tecnologia digital de base microeletrónica, levando à criação de novas profissões. Essas
transformações exigiram aos trabalhadores constantes adaptações e qualificações superiores às dos
trabalhadores do século XX. Parte significativa dos processos e dos meios de produção
desmaterializaram-se e foram substituídos por trabalho intelectual. Em várias funções, o trabalhador
continua a estar sujeito a tarefas repetitivas lidando agora com sistemas informáticos, mas em outras
pode intervir nos processos, usar a criatividade e participar nas decisões da empresa.
As tecnologias dão maior liberdade na realização das tarefas, mas permitem maior controlo do
trabalhador. Estas alterações modificam as relações sociais e empresariais. Os horários e os locais de
trabalho são mais flexíveis. É possível trabalhar a partir de casa, mas isso conduz ao isolamento social e
reduz a dependência hierárquica.
As tecnologias e os transportes intensificaram a globalização da economia e todas as empresas –
grandes e pequenas – têm acesso ao mercado mundial. Para usufruir das vantagens comparativas
muitas deslocalizam-se podendo produzir num país, transportar os produtos para outro, controlar a
gestão a partir de outro e, ainda, operar financeiramente a partir de outro.
Com estas facilidades vieram também a precariedade do emprego e o fim do emprego para toda a vida.
Trabalhadores e empresas enfrentam hoje, não a concorrência de uma região, mas a de qualquer outro
onde se verifiquem melhores condições de produção com menores custos.
ALMEIDA, José, et all, Ser Global – Área de Integração, 1ª edição, Porto, Porto Editora, 2013.

TEXTO 2: As tecnologias da informação e da comunicação na economia e no quotidiano

Nas últimas décadas do século XX verificaram-se significativos avanços nos campos científicos e
tecnológicos, destacando-se o grande desenvolvimento das tecnologias ligadas à informação e à
comunicação: as TIC. As TIC referem-se essencialmente a três áreas interligadas:
- o processamento, armazenamento e pesquisa de informação realizados pelo computador;
- o controlo a automatização das máquinas, ferramentas e processos, em particular a robótica;
- a comunicação, nomeadamente a transmissão e a circulação de informação.
As tecnologias da informação e da comunicação introduziram grandes alterações em várias áreas da
vida económica e social, transformando, nomeadamente, a forma como trabalhamos, como
comunicamos e como nos relacionamos.
As TIC estão associadas ao surgimento de novas atividades económicas, como a prestação de serviços
através da Internet, o comércio eletrónico e a área de desenvolvimento de “conteúdos” e de
entretenimento e software. As empresas da designada nova economia digital – informática e
telecomunicações – assumiram uma importância tal que foi constituído um índice bolsista especial para
estas empresas.
As transformações provocadas pelas TIC não se limitam à esfera económica, estendendo-se também à
nossa vida quotidiana. Levantamos dinheiro em caixas ATM, fazemos transações bancárias através do
homebanking, comunicamos através de e-mail e conversamos com amigos através do Facebook. As TIC
têm igualmente originado uma verdadeira revolução nas mais variadas profissões. As barreiras
tradicionalmente existentes entre as tarefas de conceção e de execução, que eram realizadas por
trabalhadores com níveis de formação e remuneração muito diferentes, têm vindo a desaparecer. (...)
A evolução da produção alterou também a natureza do trabalho. A automatização reduziu o trabalho
manual, direto, pouco qualificado, rotineiro e perigoso e exigiu também maior especialização, mais
funções de controlo, supervisão e programação das operações, criando assim novos empregos e novas
funções.
Se, com a introdução de novas tecnologias, há postos de trabalho que se vão extinguindo, outros novos
vão surgindo. Se desaparece a função de operário da linha de montagem, como no caso dos
automóveis, serão necessários trabalhadores que controlem os robôs, engenheiros que os concebam,
programadores informáticos e trabalhadores especializados na reparação dos robôs. De facto,
atualmente, nos países industrializados, grande parte dos trabalhadores ocupa-se da produção,
processamento e transferência de informação.
Estas alterações verificadas na estrutura do emprego devem ser acompanhadas de uma permanente
reciclagem e formação dos trabalhadores, de forma a poderem responder às maiores exigências e
qualificações do mercado de emprego, pelo que a aposta na educação é fundamental.
É um facto que as tecnologias da informação são um fator de progresso e um sinal de visibilidade
económica dos países, mas igualmente importante é a aposta na formação profissional e na educação.
SILVA, Elsa, MOINHOS, Rosa, Área de Integração, Ano 1, Módulo 2, 1ª edição, Lisboa, Plátano Editora, 2013.

TEXTO 3: Conhecimento e Informação

O conhecimento e a informação são armas competitivas no nosso tempo. O conhecimento tem muito
mais valor e é mais poderoso do que os recursos naturais, as grandes fábricas ou as contas bancárias. De
um modo geral, o excesso dos negócios é alcançado pelas empresas que têm a melhor informação ou
que dominam de modo mais eficiente – e não necessariamente pelas empresas mais numerosas.
A Microsoft ou a Toyota não se transformaram em grandes empresas por serem mais ricas do que a
General Motors ou a IBM. Pelo contrário. Tinham, porém, qualquer coisa mais valiosa que os ativos
financeiros ou os meios matriciais. Possuíam o capital intelectual. Com a designação capital intelectual
não se pretende dar a ideia de um grupo de académicos encerrados algures num laboratório. Este é
constituído pelo somatório dos conhecimentos de cada um dos elementos de uma empresa. É composto
pelos conhecimentos de uma força de trabalho. Se quisermos uma definição, podemos dizer que o
capital intelectual – conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência – pode ser usado
para criar riqueza. Na nova era, a riqueza resulta do conhecimento.
Stewart. T., Capital Intelectual, Rio de Janeiro, Campus, 1998 (adaptado

TEXTO 4: Aprender ao longo da vida


Por outro lado, as insuficiências e desadequação da formação proporcionada pelo sistema escolar e a
consciência de novas exigências vindas do próprio dinamismo socioeconómico têm contribuído para o
alargamento dos sistemas pós-escolares de formação profissional: para jovens que deixam a escola sem
competências específicas para uma atividade profissional, em instituições especializadas de formação
(centros, etc.), em aprendizagem nas empresas, ou situações mistas, tais como “estágios de formação”,
“formação em permanência”, para trabalhadores adultos, já inseridos na vida profissional, para efeitos de
reconversão ou reciclagem, aperfeiçoamento, especialização ou aquisição de novas competências, na
própria empresa ou em instituições de ensino ou ainda outros casos.
Freire, J., Sociologia do Trabalho, Lisboa, Afrontamento, 1993 (adaptado)
Questionário
Após a leitura atenta dos textos, responda:

1. A evolução tecnológica eliminou postos de trabalho e criou novas profissões. Enuncie


profissões que desapareceram e profissões que surgiram nas últimas décadas, indicando
os motivos do seu desaparecimento/surgimento.

Profissões que desapareceram

Profissão Motivo

Profissões que surgiram nas últimas décadas

Profissão Motivo

2. Na sua ocupação profissional (atual/anterior), quais as tecnologias que utiliza e com que
finalidades? Que impactos considera que produzem no seu desempenho profissional?

3. Concorda com a ideia expressa no texto 1, relativa a um maior controlo do trabalhador


através das tecnologias? Justifique.

4. O que entende por Globalização? De que forma se reflete na economia? Quais as


principais vantagens e perigos para as empresas?
5. Segundo o texto 2, em que áreas profissionais se refletem, hoje em dia, as tecnologias da
informação e da comunicação? Justifique a frase sublinhada.

6. Apresente, com base nos textos, o novo perfil exigido aos trabalhadores na sociedade da
informação e do conhecimento.

7. O teletrabalho é uma forma de trabalho cada vez mais utilizada. Se, por um lado, apresenta
vantagens, também há quem o considere uma nova forma de exploração e de controlo de
quem trabalha. Pesquise e/ou registe:

 Definição desta forma de trabalho;

 Exemplos de profissões que beneficiam do teletrabalho;


.
 Perfil (características/comportamento) de um teletrabalhador;

 Duas vantagens e dois inconvenientes;

 Na sua opinião: gostaria de ser um teletrabalhador? Justifique.


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