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Turma: 11ºE
Ano letivo: 2022/2023
Disciplina: Filosofia
Professora: Professora Cesarina Gouveia
- Índice
1. Introdução……………………………………………………………
………………………….3
2. Tema…………………………………………………………………
……………….……….……4
3. Desenvolvimento……………………………………………..
……………………………...5
3.1 A Automatização
tecnológica……………………………………....……….……5
3.2 A Concentração de
poder…………………………………………………………..7
3.3 Regulação
tecnológica………………………………………………………
………..7
3.5 Deslocalização de
Empregos……………………………………………………….9
3.6 A Utilização
Massiva…………………………………………………………
….……10
4. Conclusão…………………………………………………..…….
……………………………11
5. Biblio/webgrafia…………………….
…………………………………………….…………12
6. Observações do
professor…………………………………………….
………………..13
I - Introdução
3
II – Tema
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III - Desenvolvimento
A Automatização Tecnológica
Com a crescente digitalização e automatização, como efeito do desenvolvimento da
tecnociência, surge uma diversidade de vantagens. A comunicação mais rápida e
eficiente, que permite com que as pessoas se conectem e compartilhem informações
instantaneamente; a maior segurança, proporcionada pela criação de sistemas de
segurança mais avançados; entre muitas outras vantagens.
Por outro lado, impactos desvantajosos, como o desemprego provocado pela
substituição e automatização tecnológica. O surgimento de máquinas e inteligência
artificial, em alguns casos, veio complementar e ajudar os trabalhadores, noutros,
substituí-los, principalmente em empregos industriais que exigem mão de obra menos
qualificada. Isto porque as máquinas aumentam a produtividade, devido à produção em
massa delas derivada e à sua rapidez de produção a custos reduzidos, e porque
proporcionam maior qualidade e menor chance de erro na produção de bens.
É importante referir que o desemprego, por sua vez, leva a problemas sociais
relacionados com a ética e a política. Primeiramente, tem um impacto negativo, quer do
ponto de vista psicológico, quer no que respeita à integração social do individuo, como:
a falta de autoestima, suscetibilidade para problemas familiares, redução da qualidade
de vida, entre outros. Em segundo lugar, o desemprego representa um problema
socioeconómico, na medida em que, como se verifica nos gráficos seguintes, quando a
taxa de desemprego aumenta, aumenta também a taxa de criminalidade relativa ao
roubo e furto.
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Figura 1 – Taxa de desemprego na Área Metropolitana do Porto
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Concentração de Poder nas Empresas de Tecnologia:
Empresas de tecnologia como a Google, a Amazon e o Facebook, a cada dia que passa,
ficam cada vez maiores, e dominam cada vez mais o mercado global da comunicação
social. Este facto pode levar a uma diversidade de impactos positivos e negativos.
Efeitos positivos são, por exemplo, a maior eficiência, a melhor experiência do usuário,
o aumento da inovação, e o maior alcance global. Já os efeitos negativos, podem ser:
um decréscimo drástico na concorrência, visto que existe um domínio de poucas (mas
grandes) empresas no mercado. Para além disto, devido à quantidade massiva de
dados coletados por estas empresas, é possível que elas controlem e manipulem a
opinião política e social da generalidade da população, incitando a sua doutrina
política de escolha, entre outras coisas. Assim, a concentração do poder num pequeno
número de empresas no mercado tecnológico pode levar à influência externa no
resultado de eleições a nível global, bem como pode levar à utilização das plataformas
de comunicação em causa como armas de influência política a nível global, podendo
levar-nos a voltar aos períodos de tensão que decorreram entre a década de 50 e a
década de 90, na guerra fria.
Como é evidente, os vários impactos negativos apresentados – a manipulação
sociopolítica, a influência externa sobre eleições, e a utilização destas plataformas
como armas geopolíticas a nível global – acarretam um número variado de problemas
éticos e políticos por trás deles. Mesmo que um número limitado de grandes empresas
dominar o mercado global da comunicação global (como decorre atualmente), este
facto não lhes dá a autoridade de incitar a sua doutrina política e social de escolha,
muito menos de utilizar a influência que estas plataformas contêm para manipular
resultados eleitorais a nível global.
Logicamente, estas empresas, tendo um poder desmedido, precisam de ser reguladas
de modo a que nenhum destes acontecimentos decorra. Assim, o estado deve prevenir
qualquer tipo de manipulação ou especulação feito por estas plataformas com
intenções pessoais e maliciosas, pois atos como esse seriam gravíssimos a um nível,
não apenas político, mas também ético.
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Regulação da Tecnologia:
O avanço acelerado da tecnologia torna praticamente impossível regulá-la e filtrá-la na
perfeição. Não só isso, mas a existência de uma entidade responsável pela regulação
da tecnologia pode levar ao abuso do poder, censurando certas opiniões, e suportando
outras, mais favoráveis à sua doutrina política. Assim, pelo facto de ser muito difícil
para os governos regularem a tecnologia, ocorre um desenvolvimento desmedido e
descontrolado da mesma, que tem certas vantagens (como é o caso da criação de
inteligências artificiais hiper inteligentes, capazes de facilitar a nossa vida de várias
maneiras, como é visto na atualidade com o ChatGPT), mas também tem uma grande
quantidade de desvantagens (como a maior facilidade para os empregadores em
explorar os trabalhadores, utilizando tecnologias de monitoração e controlo excessivos
para com os mesmos; e a maior falta de privacidade e segurança nos dias de hoje,
devido à recolha massiva de dados. Este último ponto tem se vindo a revelar um
grande problema, uma vez que ameaça os direitos e liberdades da democracia.
Infelizmente, é comum ouvirmos nas notícias que, todos os dias, são cometidos
pequenos (e grandes) crimes contra a privacidade dos quase quatro quintos da
Humanidade que tem acesso à internet, abusando-se inúmeras vezes de um dos trinta
postulados explícitos da Declaração dos Direitos Humanos, através de códigos
informáticos, presentes na maioria dos sites).
Dito isto, é importante que as entidades governamentais de regulamentação e
controle da evolução tecnológica tenham em conta o seguinte: embora seja
importante fomentar e proporcionar um maior desenvolvimento da tecnologia, é
preciso equilibrar esse desenvolvimento de maneira regulada, de modo a que os
impactos negativos do mesmo não sejam proeminentes. Assim, possibilitando ainda o
desenvolvimento tecnológico, o estado tem que garantir a concordância dos vários
empregadores com as regulamentações éticas e legais relativas aos direitos dos
trabalhadores, tem que garantir que as desigualdades económicas não se acentuem, e,
finalmente, tem que garantir que a privacidade e a segurança dos utilizadores das
plataformas tecnológicas não é posta em causa.
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em dia pode ser totalmente substituído pela inteligência artificial. Atualmente,
aptidões que têm visto aumentos na sua demanda são, como por exemplo, a
programação, a análise de dados, e a capacidade de utilização de tecnologias
avançadas.
Mas esta mudança, por muito vantajosa que possa ser para alguns trabalhadores,
pode pôr muitos outros no desemprego. Caso a procura de aptidões se vire total e
exclusivamente para os conhecimentos relacionados com a tecnologia, a maior parte
dos trabalhadores cujas aptidões não se baseiam nessa área vai passar por
dificuldades, visto que as empresas vão deixar de empregar indivíduos formados
noutras áreas (dado que esses empregos poderão ser substituídos e automatizados,
como foi dito no primeiro ponto do trabalho).
Assim, a alteração das habilidades procuradas pode refletir uma grande vantagem para
alguns, mas um grande problema ético e político para outros. Deste modo, é
necessário que, como uma sociedade, saibamos raciocinar normas e regulamentações
que impeçam a substituição total do humano na grande maioria das áreas
profissionais.
Deslocalização de Empregos:
A tecnociência, entre muitas outras coisas, permite a digitalização total do trabalho. Ou
seja, proporciona a realização remota do trabalho. Um exemplo disto, muito evidente na
nossa sociedade atual, é o caso do regime de teletrabalho, cada vez mais utilizado por
empresas desde a pandemia da COVID-19, que proporciona uma maior independência
aos trabalhadores, podendo trabalhar no conforto da sua casa.
Contudo, esta consequência pode levar à deslocalização total ou parcial dos empregos.
Isso significaria que os trabalhadores teriam de competir com pessoas de todo o mundo,
a maior parte das vezes mais qualificados para esse trabalho que elas, mas que,
anteriormente, não tinham a possibilidade de concorrer a estes empregos (devido a
serem exclusivamente locais, entre outros motivos). Para melhor entendimento,
vejamos o seguinte exemplo: Imagine-se uma empresa X em Portugal, cujo os
trabalhadores, residentes no país, têm um determinado nível de qualificação. Imagine-se
agora também trabalhadores que se encontram nos Estados Unidos, com um grau de
qualificação maior que os trabalhadores residentes em Portugal antes citados. Com o
avanço das tecnologias e o aparecimento do regime de teletrabalho começa a ser
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preferível, para a empresa X, contratar os trabalhadores que se encontram nos Estados
Unidos, em vez dos trabalhadores residentes, levando estes últimos a ter de ir procurar
emprego noutro sítio.
Portanto, por muito que o teletrabalho (trabalho remoto) e um aumento na
competitividade profissional sejam vantagens benéficas para o bem-estar de muitos
trabalhadores e para o desenvolvimento da economia a nível global, este pode ter
repercussões a nível social, como é o caso da deslocalização de empregos, que, por sua
vez, pode levar ao desemprego massivo dos menos qualificados.
Figura 5 – O teletrabalho
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suscetível e venerável a fraudes e manipulação, como já se verificou, infelizmente,
mais do que uma vez, atualmente.
IV - Conclusão
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V - Biblio/webgrafia
Figura 1: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/7158/
htm
Figura 2: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/res/article/view/7158/
html
Figura 3: https://fellipelli.com.br/o-que-eu-tenho-que-eles-nao-tem/
Figura 4: https://medium.com/fundação-fhc/os-gigantes-da-internet-frente-aos-
estados-a6d6b5ce13f5
Figura 5: https://pt.dreamstime.com/photos-images/regulamento.html
Figura 6: https://blog.portalpos.com.br/principais-competencias-e-habilidades-
desejadas-pelos-recrutadores/
Figura 7: https://oobservatoriosocial.fundacaolacaixa.pt/-/estao-a-desaparecer-os-
empregos-de-nivel-medio-o-mito-da-polarizacao-do-trabalho-na-europa
Definição de tecnologia:
https://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/4105/2753
Definição de ciência:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-ciencia.htm
A tecnociência:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnociência
Desenvolvimento dos impactos da tecnociência:
https://www2.deloitte.com/pt/pt/hot-topics/futuro-da-regulacao-na-era-da-inovacao-
tecnologica.html
https://expresso.pt/revista/2022-05-02-O-problema-coletivo-da-privacidade-
individual-8460db58
Rodrigues, Ana e Pais, Maria (s/d). ECONOMIA A. (s/l): Texto
Ribeiro, Isabel e Areal, Rui (s/d). ÁGORA. Lisboa: Porto Editora
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VI – Observações do professor
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