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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


Curso de Licenciatura em Ciência Política e Relações Públicas

Análise dos desafios éticos e legais enfrentados pelos governos na


implementação de tecnologias de informação e comunicação em suas
políticas internacionais

Salvador Alberto Mariosse: 81232145

Nampula, Março de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Curso de Licenciatura em Ciências Políticas e Relações Públicas

Análise dos desafios éticos e legais enfrentados pelos governos na


implementação de tecnologias de informação e comunicação em suas políticas
internacionais

Trabalho de Campo a ser submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ciências Políticas e
Relações Públicas da UnISCED.
Tutor: Maiden Djento Mário Pereira
Alfinete

Salvador Alberto Mariosse: 81232145

Nampula, Março de 2023


Índice

CAPITULO I: INTRODUÇÃO ...................................................................................... 3

1.1. Introdução ......................................................................................................... 3

1.2. Problema ........................................................................................................... 3

1.3. Metodologia ....................................................................................................... 3

CAPÍTULO II: CONTEXTUALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ................................ 4

2.1. Sociedade de informação ..................................................................................... 4

2.2. As TICs e a sua contribuição para a redução da pobreza .................................... 5

2.3. Desafios éticos e legais enfrentados pelos governos na implementação de


tecnologias de informação e comunicação em suas políticas internacionais .............. 5

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO ...................................................................................... 7

3.1. Considerações finais ............................................................................................ 7

Bibliografia................................................................................................................... 8
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução

As demandas das eras da informação e do conhecimento impuseram, e estão


criando, constantemente, novos desafios à forma com que as organizações
estruturam-se e gerenciam recursos, clientes, fornecedores e tecnologias, chegando
a ser considerado comum, actualmente, o fato de governos, empresas e cidadãos
transaccionarem com/como as chamadas organizações virtuais e ser taxado de
incomum o fato de indivíduos ou parcelas da população serem considerados
analfabetos tecnológicos ou excluídos digitais.

O presente trabalho visa explicar os desafios éticos e legais enfrentados pelos


governos na implementação de tecnologias de informação e comunicação em suas
políticas internacionais.

1.2. Problema

No mundo actual, não se pode falar de desenvolvimento ou comunicação em


qualquer sector, seja público ou privado sem se mencionar as tecnologias de
informação e os seus aspectos éticos.

Neste contexto, surge a seguinte indagação: Quais são os desafios éticos e legais
enfrentados pelos governos na implementação da tecnologia de informação e
comunicação em suas políticas internacionais?

1.3. Metodologia

Para a efectivação deste trabalho, recorreu-se ao método de pesquisa bibliográfica.

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CAPÍTULO II: CONTEXTUALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
2.1. Sociedade de informação

Webster (1999), apresenta cinco perspectivas e abordagens que se fazem sobre a


sociedade da informação:

i. Tecnológica- os elementos centrais e determinantes que caracterizam a


sociedade de informação, são a novas tecnologias, como computadores,
telefones móveis, televisão por cabo e por satélite, a internet e outras;
ii. Económica – destaca a utilização das TIC nas actividades económicas e o
seu impacto no crescimento económico. As análises feita em torno da
sociedade de informação, dão maior ênfase questões económicas, olhando
as TIC como ferramentas de trabalho ou então como um sector;
iii. Ocupacional – segundo os apologistas desta perspectiva, alcança-se a
sociedade de informação quando um número significativo de ocupações
profissionais, está no sector de prestação de serviços.
iv. Espacial – a ênfase é dada na rede de informações que interligam as
sociedades e localidades geograficamente separadas e tem profundo efeito
na organização de espaço e tempo;
v. Cultural – dá destaque aos efeitos culturais, como a disseminação da
informação e a sua contribuição para o entretenimento, tendo como base os
modernos meios de comunicação.

Segundo o Salomon (cit. Ruivo, s/d) a política científica-tecnológica, é mais ampla e


as medidas tomadas por um Governo pode, por um lado, encorajar o
desenvolvimento da investigação científica e tecnológica e por outro lado, explorar
os resultados da investigação tendo em vista os objectivos da política geral.

De acordo com Nelson (2002)

Outro aspecto importante a considerar no âmbito da


necessidade de definição de políticas tecnológica e a sua
implementação para favorecer o desenvolvimento
socioeconómico, é a elaboração do “sistema nacional de
inovação”, por parte dos governos. O sistema nacional de

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inovação, entende-se como um mecanismo paralelo e
complementar às políticas tecnológicas, com vista a ter
resultados positivos de aplicação de ambos (Nelson, 2002).

Considerando os diversos problemas de natureza social e económico que assolam o


continente africano e o atraso da ciência e da tecnologia, faz com que a inovação
com base dos programas de investigação e desenvolvimento sejam seriamente
comprometidas.

Castells (2007), fala do “apartheid tecnológico de África no despontar da era da


informação”, sublinhando os principais problemas do continente, que certamente o
impedem a ter um nível de desenvolvimento científicotecnológico, garantindo assim
o progresso das TIC, conforme outros continentes, para garantir que venha
empreender programas de investigação e desenvolvimento, que facilitem a
inovação.

Face a esta realidade, as empresas e outras instituições recorrem à inovação no


processo, pela importação de tecnologias a se aplicar no processo produtivo, que se
traduz na dependência tecnológica. “As economias atrasadas podem também
inovar, aplicando tecnologia apropriada desenvolvida no exterior.

2.2. As TICs e a sua contribuição para a redução da pobreza

De acordo com André (2006) as TICs podem contribuir para a redução da pobreza,
em primeira instância formando e informando os especialistas na elaboração de
políticas públicas, facilitando as reformas nos sectores públicos, permitindo assim a
modernização e aumento da eficiência dos serviços sociais básicos.

De acordo com o autor, a falta de um eficiente sistema de informação e


comunicação torna as instituições menos eficientes no cumprimento das suas
tarefas.

2.3. Desafios éticos e legais enfrentados pelos governos na implementação de


tecnologias de informação e comunicação em suas políticas internacionais

Um dos desafios deste novo ambiente de trabalho, no sector público, seria o de


gerenciar o processo de redireccionamento e de requalificação da mão-de-obra, a
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ser liberada das actividades meio para o atendimento às actividades finalísticas das
organizações públicas.

As inovações conceituais encontram certas limitações que acabam restringindo seus


resultados e limitando-os a uma perspectiva mais próxima da inovação em serviços
ou na entrega dos serviços e que, consequentemente, os distanciam das
possibilidades de mudanças transformacionais. Uma das principais críticas aos
mecanismos de consultas online e das ferramentas de discussão virtual é que, em
geral, o participante não tem um retorno quanto às propostas enviadas, ou seja, não
sabe se foram levadas em consideração e se contribuíram ou não no processo
decisório. A falta deste tipo de retorno pode desencorajar futuras participações,
reduzindo a credibilidade da ferramenta.

A política de ética em ciências e tecnologias deve ser baseada em direitos humanos


fundamentais e outros princípios internacionais relevantes, e deve procurar
assegurar que os interesses de todos os moçambicanos sejam, a níveis individual,
da comunidade e nacional, tomados em consideração. A política deve ser aplicável a
todos os praticantes da ciência e tecnologia, tanto nacionais como estrangeiros, e
deve incluir pelo menos os princípios básicos seguintes:

 A Ciência e tecnologia devem ser usadas como instrumentos para servir o


bem-estar da população, e para objectivos pacíficos;
 A Ciência e tecnologia devem ser usadas ao serviço da democracia e justiça
social;
 O acesso aos benefícios da ciência e a tecnologia deve ser equitativo. A
ciência e a tecnologia devem ser usadas para o desenvolvimento de
Moçambique (para redução da pobreza e criação de riqueza);
 A pesquisa científica executada em Moçambique que é financiada por
agências internacionais deve ser empreendida com o conhecimento e a
participação da comunidade científica de Moçambique, e os benefícios devem
ser postos à disposição dos moçambicanos;
 A prática da ciência e tecnologia não deve infringir os direitos humanos de
alguém, especialmente a sua integridade, liberdade e dignida;
 A ciência e tecnologia devem ser praticadas com o devido respeito tanto pelo
princípio da liberdade intelectual como pela responsabilidade social;
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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO
3.1. Considerações finais

A análise dos conceitos de “desenvolvimento económico” e “desenvolvimento social”


levam-nos a compreender que, a aplicação das TICs nas actividades económicas,
pode proporcionar o crescimento económico, aumento das riquezas, mas não
necessariamente o desenvolvimento social, pela redução da pobreza e melhoria das
condições de vida das populações. Procuramos analisar se políticas públicas das
TICs pode contribuir para criar uma série de condições necessárias com vista a
possibilitar a melhoria das condições de vida das populações.

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Bibliografia

Castells, Manuel (2007), Informações, Redes e Identidade in as Chaves do Século


XXI, Instituto Piaget, Lisboa

Coelho, Espartaco Madureira (2001). Governo electrónico e seus impactos na


estrutura e na força de trabalho das organizações públicas. Revista do Serviço
Público.

http://www.governoeletronico.gov.br/arquivos/; acesso em 20 de Fevereiro de 2023.

Ruivo, Beatriz (s.d) As Políticas de Ciência e Tecnologia e o Sistema de


Investigação: Teoria e Análise de Caso Português, celta editora, Lisboa.

www.enap.gov.br; acesso em 20 de Fevereiro de 2023.

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