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Conclusão..........................................................................................................................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................8
1. Introdução
As TICs vêm se mostrando cada vez mais presentes no dia-a-dia das empresas e da
comunidade no geral, desempenhando um papel importante na operacionalização das
actividades quer seja de carácter laboral assim como de lazer, fazendo com que os
esforços humanos (mão-de-obra humana) em algumas catividades seja reduzidas ao
máximo. Pode-se referenciar o sector automóvel onde a forca de trabalho humana foi
drasticamente substituída pelas máquinas (robôs automatizados).
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2. O PAPEL DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS BANCÁRIOS NA COMUNIDADE
Segundo Sabbag (2007) citado por Castilho (2015, p.33), “o termo tecnologia da
Informação e comunicação surgiu há cerca de dez anos atrás, substituindo assim a
palavra informática”. O autor explica que o objectivo primordial da tecnologia de
informação e comunicação não era mais somente gerir informação, mas sim
conhecimento, o que provocou uma nova ruptura, devido aos estudos relacionados à
inteligência artificial ligados à cognição. É o peopleware, e o conhecimento humano
como artifício imprescindível na era actual.
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O sector bancário foi um dos mais afectados pela reestruturação tecnológica,
principalmente a associada ao uso das TIC e dos sistemas de informação no
desenvolvimento de serviços e processos.
Ivatury (2006) aponta que, na prática, os canais tecnológicos usados pelas instituições
financeiras são: terminais de auto-atendimento, terminais de vendas, Internet e telefone
celular. O público atendido por terminais de auto-atendimento é a população urbana ou
semi-urbana, em locais com acesso à energia eléctrica e sistemas de telecomunicações
que permitam o acesso do terminal com o servidor central da respectiva instituição
financeira.1
A Tecnologia de Informação, é tida como uma das maiores e mais poderosas influências
a serem consideradas no planeamento das instituições financeiras. O sistema bancário
está a passar, sem dúvida, por uma reestruturação radical. As directrizes fundamentais
da mudança são tecnológicas e irreversíveis. As modernas tecnologias de informação,
de comunicação e avaliação permitem uma melhor qualidade dos diferentes serviços
bancários.
O acesso aos serviços financeiros mais básicos, como uma conta corrente, ainda não é
realidade para mais de 80% de pessoas em grande parte da África e Sudeste Asiático
(Expanding Horizons, 2008, p. 9).
1
Disponivel em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1807-
17752010000300006&script=sci_arttext&tlng=pt>, Acessado em 10/04/2020.
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Disponível em: <https://slideplayer.com.br/slide/1775004/>, acesso em 10/04/2020, pelas 22:02h.
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A desigualdade é um freio no processo de crescimento e uma das razões é a falta de
acesso a serviços financeiros por parte dos mais pobres, que recorrem a modalidades
informais, mais caras. Nalgumas vezes, os cidadãos vêm-se obrigados a recorrer a
instâncias de certa forma inseguras, como por exemplo, os agiotas.
Dessa maneira, as iniciativas para a baixa renda, se bem conduzidas, atingiriam dois
objectivos importantes: (i) excelente oportunidade de negócios, cobrindo um imenso
nicho pouco explorado e (ii) grande impacto social, com reais transformações sociais na
base da pirâmide (Ferreira, 2008).
Com base nas dificuldades que se tem verificado para o fornecimento de serviços
bancários a diversas esferas da comunidade, O desafio, então, é aumentar o alcance
geográfico da oferta dos serviços financeiros, mantendo os custos baixos. Ivatury (2006)
propõe que uma das maneiras de se atingir esse objectivo é por meio da adopção de
novos canais, que devem ser suportados pelo uso intensivo de sistemas e tecnologias de
informação e comunicação (TIC).
Ivatury (2006) também destaca o papel das TIC no provimento de serviços bancários
nos países em desenvolvimento, especialmente para atendimento a populações de baixa
renda, provendo utilização de novos canais de atendimento, como o uso de
correspondentes bancários e disseminação do uso de caixas electrónicos.
Castells e Gerhardt (2000) afirmam que, embora a tecnologia não determine a evolução
histórica e a transformação social, ela incorpora a capacidade de transformação das
sociedades.
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É consensual que as tecnologias digitais podem melhorar a vida das pessoas, qualquer
que seja o local do planeta em que se encontrem. Os custos que estão associados, quer
aos equipamentos, quer aos serviços de transporte de dados (e voz), são cada vez
menores e, por isso, acessíveis a um maior número de pessoas.
Como é sabido, os bancos comerciais somente passarão a investir com maior incidência
na população de baixa renda quando encontrarem maneiras de torná-la rentável. Isso
implica canais de distribuição relativamente baratos, uma gama específica de serviços
financeiros para a população de baixa renda e capacidade de lidar com transacções de
baixo custo.
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As TIC’s podem, até certo ponto, mudar o destino da economia de um país, podendo até
favorecer o bem-estar de uma comunidade sendo a curto ou longo prazo. Mas, como
anteriormente mencionamos, um dos factores mais decisivos para o uso correcto e
concreto das TIC’s nos sistemas bancários seja a alfabetização tecnológica aos membros
da tal comunidade para que possam melhor receber essa nova realidade.
Conclusão
Em feito de conclusão, mediante a pesquisa feita, pode-se constatar que as TIC
desempenham um papel fundamental no dia-a-dia das empresas e dos indivíduos do
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mundo todo, pelo que. Olhando de forma particular para Moçambique, no que diz
respeito ao acesso aos serviços bancários, percebe-se que as TIC desempenham um
papel muito importante na vida dos cidadãos principalmente nas famílias de baixa renda
relativamente ao acesso a serviços da banca que na sua maioria são oferecidos por
agentes móveis, como no caso dos serviços de crédito móvel (M-pesa, M-kesh e e-
mola) fornecidos pelas agencias de telefonias móveis existentes no mercado.
Fazendo uma analise generalizada em relação as TIC nos serviços bancários, nota-se
que as maiores instituições bancárias têm utilizado a Tecnologia de Informação para
interligar todas as suas agências a nível nacional, para processar um número muito
grande de transacções e atender uma grande quantidade de clientes, dentro e fora das
agências, de forma rápida, segura e, muitas vezes, personalizada. Com a introdução do
crédito móvel internacional (cartões visa), hoje é possível transaccionar bens e serviços
sem precisar sair de casa, facto que agora se vive graças ao aprimoramento das TIC,
quer seja pelas instituições bancárias, quer pelas agencias de crédito assim como
operadoras de telefonias móveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CASTELLS, M.; GERHARDT, K. B. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra,
2000.
Expanding Horizons. (2008). Mobile phones can bring banking within everyone’s
reach. Recuperado em 20 dezembro, 2008, de
<http://expandinghorizons.nokia.com/issues/?issue=ExpandingHorizonsQ1200 8.>
HEEKS, R. The ICT4D 2.0 Manifesto: Where Next for ICTs and International
Development? Development Informatics.Manchester, 2009.