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Artigo
Resumo
Este trabalho busca discutir a relação entre a evolução tecnológica e as diferentes gerações. Para isto apresenta um levantamento
teórico básico e propõe atividades de coleta de informações com a população e de instrução para que o distanciamento não seja
aprofundado nos próximos anos. Considera-se primordiamente o ambiente escolar onde há obrigatoriedade de relação entre pes-
soas com diferenças de idade que variam de 15 a mais de 50 anos. Também é abordada a popularização da tecnologia e o avanço
cada vez mais veloz, onde o mercado influencia diretamente para que os aparelhos sejam trocados com alta frequência, ou seja,
em uma característica de descartáveis mesmo que não tenham apresentado qualquer defeito, mas sim por existirem opções mais
poderosas e com mais funcionalidades. Neste texto é discutida a questão de pesquisa e desdobramentos.
Palavras-chave
Avanço Tecnológico; Gerações Diferentes; Ambiente Escolar; Mercado
Abstract
This paper discuss the relationship between technological evolution and the different generations. For this it presents a basic
theoretical survey and proposes activities of gathering information with the population and of instruction so that the distance be-
tween students and teachers is not deepened in the next years. It is considered primarily the school environment where there is a
mandatory relationship between people with age differences ranging from 15 to more than 50 years. Also discussed is the popu-
larization of technology and the increasingly rapid progress, where the market influences the frequency of exchange devices, in a
feature of disposable even though they have not presented any defect, but because exist more powerful and feature-rich options.
Keywords
Technologic Evolution; Generations; Educational environment; Market.
* Líder do TECGrupo.com. Professor na Universidade Federal Fluminense (TEC - INFES - UFF), email: profdanielpaiva@gmail.com.
** Licenciando em Computação pela Universidade Federal Fluminense, email hugo_verly@id.uff.br
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Introdução
O desenvolvimento da tecnologia se deu com a Revolução científica e industrial, e com
o passar dos anos seus avanços nos mostram que estamos completamente dependentes dela.
De acordo com Marques (2006), alguns estudiosos afirmam estarmos vivenciando o
início de uma terceira revolução industrial que se caracteriza por “uma tríade revolucionária: a
microeletrônica, a microbiologia e a energia nuclear”. Isso significa que grandes alterações no
desenvolvimento da humanidade irão ocorrer, como por exemplo a grande e total dependência
da humanidade pelos produtos tecnológicos.
Desde o período da pré-história que o homem cria algumas técnicas para facilitar a
sua vida e automaticamente a vida da sociedade, como a criação do fogo para espantar o frio e
cozinhar alimentos. A história da evolução humana está diretamente ligada à história da evo-
lução da técnica. Desde o período Paleolítico as pessoas tentam utilizar a técnica para facilitar
sua vida (Cardoso, 2001). Sendo assim é difícil imaginar a sociedade de hoje sem todas essas
facilidades como celular, internet, computador, carro, avião etc. Logo a formação tecnológica
ou o ensino da tecnologia acaba se tornando essencial à vida moderna facilitando às relações
interpessoais.
A tecnologia é um produto da cultura humana, mas sua aplicação não pode ser
considerada neutra, porque a estrutura de poder se utiliza da tecnologia, como de outros
meios, para exercer sobre ela o controle de suas ações e de suas ideologias (...) a escolha
de determinadas máquinas e o controle exercido em nome de uma determinada classe
social institucionalizam a tecnologia (Bastos, 1997:9 apud Cardoso 2001:2018)
Com base no exposto e sabendo que a tecnologia se faz presente na sociedade, na vida
cotidiana de diversas gerações e está em tudo a nossa volta facilitando as relações de trabalho,
de estudo, acesso a informações, este trabalho busca discutir até que ponto essas tecnologias
podem ou não nos fazer bem.
Sendo assim, o objetivo desse trabalho é delinear um projeto de estudo exploratório e
teórico acerca do uso e avanço das tecnologias na contemporaneidade. Justifica-se pela grande
importância que têm as ferramentas tecnológicas para a sociedade moderna, além de áreas e
subáreas correlatadas, sobretudo como elementos para a otimização do processo industrial e
econômico, além da vida cotidiana das pessoas comuns.
Mais do que qualquer outro conjunto de técnicas e ferramentas, as TICs – Tecnologias da
Informação e da Comunicação - acompanham as profundas mudanças do cenário socioeconô-
mico, histórico, político e cultural do mundo contemporâneo. Neste sentido, é claro que o seu
uso é fator que deve ser pensado e que se altera com o curso do tempo. Em linhas gerais, é ne-
cessário um esforço para promover uma conceituação sólida, após o que se dará uma descrição
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1. Estudos Geracionais
Como o nome já diz, este tipo de estudo se dedica à compreensão do comportamento das
gerações, ou seja, como as pessoas realizam suas questões, as mudanças de fatores econômi-
cos, isso tudo influencia no comportamento de acordo com o momento histórico no qual elas
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todo e qualquer processo que auxilie o ser humano no intervalo de suas tarefas cotidianas, se-
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jam elas categoricamente comerciais, industriais, domésticas ou no campo.
Como um dos exemplos mais primordiais das realizações referentes a automatizar, é
possível citar um dos primeiros projetos de uso da roda d’água viabilizada em atividades refe-
rentes à moagem, ou demais ações desenvolvidas em serrarias e em ferrarias e, também, em
organizações que se envolvem com o procedimento de trituração de grãos de forma generali-
zada.
A domótica, conhecida normalmente como automação predial, vem crescendo cada vez
mais em meio aos últimos anos. Conceitos como casas e prédios inteligentes vêm sendo, recor-
rentemente, definidos em função da aplicação de mecanismos automáticos e, em determina-
das vezes, pelo procedimento de aplicabilidade de algumas das técnicas pertencentes à pers-
pectiva da Inteligência Artificial (TAKIUCHI et al., 2004).
Assim, compreende-se que a aplicação da automação predial tem demonstrado, de for-
ma recorrente, que é possível que sejam proporcionados ou ampliados benefícios diversos por
intermédio da melhoria de fatores como: gerenciamento técnico, conforto, economia, preven-
ção de acidentes e falhas de equipamentos, e também, o maior alcance de segurança aos usu-
ários (TEZA, 2002).
Dessa forma, entende-se que a domótica coloca-se como sendo uma tecnologia que pos-
sibilita um melhor gerenciamento de todos os recursos existes em uma habitação. Comple-
mentarmente, é cabível mencionar que o termo “domótica” advém de um resultado direto da
junção da palavra “domus” (casa) com “telemática” (telecomunicações + informática) e, assim,
estes dois quando utilizados em conjunto, fazem com que o sistema rentabilize-se, simplifi-
cando em profundidade a vida diária das pessoas, satisfazendo suas principais necessidades
voltadas à comunicação, ao conforto e à segurança (INTELLIGENT HOME, 2017).
Sendo assim, o que traz a domótica para os processos de automação industrial referem-
-se, necessariamente, à aplicação do recurso inteligente inerente as potencialidades desta tec-
nologia específica nas máquinas e instalações prediais das empresas e complexos industriais.
Neste momento, é importante mencionar, em conformidade com as determinações de
Mota (2003), que o conceito de domótica inteligente se resume, necessariamente ao proces-
so de gerenciamento automático e simplificado de recursos (como por exemplo temperatura,
energia, etc.) e aplicação de técnicas de IA em meio as realizações de prevenção e resolução de
falhas.
O conceito da domótica inteligente diretamente alocada em aplicações industriais e co-
merciais de casas e prédios inteligentes encontra-se como sendo caracteristicamente ainda
mais limitado, resumindo somente à utilização de sistemáticas automáticas sem qualquer
pressuposto referente à adaptabilidade ou ainda a previsão de falhas (MOTA, 2003).
Importa determinar que sistema domótico é, recorrentemente, composto de uma rede
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[...] um sistema de automação poderá, após repetidos comandos ajus tados, “aprender”
a regular a temperatura de refrigeração do ambiente e ligar uma cafeteira, antecipando
o retorno de um morador a sua residência permitindo, assim, que ele encontre a
temperatura de sua residência confortável e o seu café pronto no momento de ser
bebido(DIAS,PIZZOLATO, 2010, p. 16).
É inegável que o futuro da domótica será fascinante, que a praticidade e comodidade que
será oferecida por esta ferramenta gerará uma grande mudança no cotidiano social. Cabe-nos
aqui pensar no processo de absorção das tecnologias pela população em geral, pois muitas das
tecnologias que estão presentes no atual cotidiano social tiveram que passar por um proces-
so de adaptação por parte dos consumidores. Se pararmos para pensar em nossos avós, por
exemplo, muitos deles ainda não se adaptaram as tecnologias que foram lançadas no mercado
nas últimas décadas, porém estas mesmas tecnologias, que podemos já considerar como ultra-
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passadas, foram facilmente incorporadas pelos seus netos. Parece-nos aqui, interessante fazer
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uma breve investigação sobre esta problemática.
Considerações Finais
Apesar de não ser recente o avanço tecnológico, é perceptível a dificuldade que a socie-
dade tem para acompanhá-lo. Aparelhos com qualidade de imagem acima do visível pelo olho
humano já estão disponíveis, assim como automações cada vez mais elaboradas e adaptáveis
as quais surpreendem a população dia após dia.
A velocidade com a qual os dispositivos se tornam descartáveis em função do lançamen-
to de outros mais poderosos e com mais funcionalidades aumenta a dificuldade para que se
acompanhe o nível de conhecimento das gerações mais novas. Diante disto uma questão séria
precisa ser discutida e começamos a fazer isto neste trabalho.
Os “nativos digitais” estão preparados para a próxima geração e para os avanços tecno-
lógicos que estão chegando em alta velocidade dia após dia ou vamos presenciar a mesma difi-
culdade, apenas usando uma nova identificação para as novas gerações?
Neste sentido até aqui está apresentada a questão de pesquisa e um levantamento teórico
básico para que seja possível uma análise com a população e posterior indicação de formas de
intervenção a fim de não reduzirmos o quadro de dificuldade.
Certamente que a instrução para que toda a população ou segmentos como os profissio-
nais que atuam na educação, e portanto onde há o relacionamento obrigatório entre as dife-
rentes gerações, acompanhem a evolução tecnológica é um passo fundamental no sentido de
evitar o distanciamento tecnológico entre as gerações e todas as dificuldades decorrentes dele.
Ações neste sentido fazem parte do trabalho em desenvolvimento que integra esta pesquisa.
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Expediente
São Paulo, v.6, n.1, Julho - 2018
ISSN: 2357-7126
INSS-L: 2357-7126
Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science é produzida pelo Grupo de Pesquisa Tecno-
logia, Comunicação e Ciência Cognitiva, credenciado pela Universidade Federal do Amapá. A revista do TECCCOG
é uma publicação científica semestral em formato eletrônico e foi lançada em setembro de 2013.
A Comunicação Social, enquanto campo do conhecimento pertencente à área das Ciências Sociais Aplicadas, dis-
pende contínuos esforços no sentido de estabelecer e compreender os fenômenos científicos comunicacionais sob
uma perspectiva inter e transdisciplinar. Assim, o foco científico da publicação mira a complexidade das relações
entre ciência e tecnologia e os seus impactos cognitivos no ser humano e na sociedade.
A proposta é acompanhar e compreender cientificamente os caminhos trilhados pela evolução tecnológica no cam-
po da Comunicação Social, construindo ferramentais teórico-metodológicos nas pesquisas na área, se adaptando
também aos instrumentos de verificação desenvolvidos em outras áreas do conhecimento – em especial, na Ciên-
cia Cognitiva.
É, portanto, um campo de profunda investigação científica, de ação e métodos transdisciplinares, para avançar na
compreensão de como as informações são absorvidas, transmitidas e processadas pelo sistema sensorial e pelo
conjunto mente/cérebro do ser humano
Editor
Walter Teixeira Lima Junior
Comissão Editorial
Walter Teixeira Lima Junior (Universidade Federal de São Paulo) * Lúcia Santaella (Pontíficia Universidade Católica
de São Paulo) * Luis Martino (UNB) * João Eduardo Kogler (Universidade de São Paulo) * Ronaldo Prati (Univer-
sidade Federal do ABC) * Ricardo Gudwin ( Universidade Estadual de Campinas) * João Ranhel (Universidade
Federal do ABC) * Eugenio de Menezes (Faculdade Cásper Líbero) * Reinaldo Silva (Universidade de São Paulo) *
Marcio Lobo (Universidade de São Paulo) * Vinicius Romanini (Universidade de São Paulo)
Conselho Editorial
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