Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SHUMPETER E A SOCIEDADE
RESUMO:
1 INTRODUÇÃO
Para que processos se tornem digitais e ocorra num espaço virtual é necessário que o
homem tenha conhecimento tácito e uma habilidade naturalizada, porém adquirida de
interação com a tecnologia multimídia em massa, uma das evidências que isso já está
ocorrendo é um fragmento extraído da obra intitulada 4 ͦ ( Quarta) Revolução Industrial, do
autor SCHWAB KLAUS (2016, p.126), que relata uma inflexão até o ano de 2025 para a
presença digital, ou seja, que até o referido ano, 90% da população acessará regularmente a
Internet, que será um direito básico de acesso por meio de um computador ou smartphone
com capacidade de processamento melhor e maior a cada dia.
Em 2016, 43% da população já esta conectada a Internet e que 1.2 bilhões de
smartphone foram vendidos em 2014, e a cada ano as vendas de processadores se superam, o
que mostra a generalização do serviço e maciça presença digital da população no espaço
virtual. (Reuters, 2019)
Essa extensão do digital como principal meio para mudanças na disponibilidade de
serviços, como por exemplo na educação, na saúde, em todos os âmbitos configuram uma
mudança geral na organização de sociedade, tendo como pilar a internet e a digitalização dos
vários processos, o ensino, por exemplo é um processo que se tronou digital enquanto
modalidade de ensino a distância, mudando o formato de ensino.
A pandemia da Covid-19, está sendo um processo que tem acelerado a expansão dos
variados processos digitais, e mais uma evidencia sobre a penetração da Internet: um estudo
realizado em 2019, de acordo com o Reuters Institute Digital News Report (Reuters, 2019),
que informa a constatação de 57%, da população global tem acesso regular a internet. No
Brasil de acordo com Agência Brasil (2020) Conforme o estudo, 74% dos brasileiros
acessaram a internet pelo menos uma vez nos últimos três meses. Outros 26% continuam
desconectados. Se consideradas as pessoas que utilizam aplicativos que necessitam da
conexão à internet (como Uber ou serviços de delivery de refeições), o percentual sobe para
79%.
Desses estudos já apresentados na referências que são denotações de pesquisas
nacionais e internacionais, esclarece que ocorreu expansão do digital, que é o paradigma atual
em expansão na sociedade.
Para Shumpeter, as causas das mudanças que ocorrem no sistema econômico devem
ser buscadas fora das variáveis preços, quantidade de bens e deve ser consideradas outras
como condições naturais, como os dados socais não econômicos, gosto dos consumidores,
nesse sentido a digitalização dos processos que intensificou sua penetração desde o início da
pandemia da Covid-19 é uma condição que tem se naturalizado a cada dia como perspectiva
de mudança e contribuindo ainda mais para a automação de muitos processos, numa
perspectiva de descontinuidade de processos anteriores. (SHUMPETER, 1960).
Ainda dialogando sobre a teoria de Desenvolvimento, de Shumpeter outro aspecto ao
qual o autor dá importância é o fator inovação, que na perspectiva Shumpertiana surge do
produtor e não do consumidor, o que faz muito sentido, embora o inovador identifique as
necessidades do consumidor, o agente de mudança só de dar através do monopólio do
inovador, ou seja, do seu poder para o investimento. (SHUMPETER, 1960).
No caso especifico dos processos digitais correspondentes ao que Shumpeter
exemplifica como de um novo método de produção e de fato o meio muda na produção
ocasionado pelo digital, como por exemplo no e-commerce, onde todo o processo de compra
é digital, mudando a forma como era feito antes todas as etapas presencialmente.
(SHUMPETER, 1960).
Outro aspecto importante dessa teoria em relação ao paradigma do digital é que o
inovador o causador da mudança, pode ser do empreendedor ao Estado, pois o conceito de
inovador é aquele que financia a inovação, que investe de forma maciça. O Inovador é nesse
caso é diferente do capitalista ele é o criador de um novo método e ele nem visa ao lucro e
nem o prejuízo. (SHUMPETER, 1960).
Em síntese sobre esse aspecto do digital que se relacionou com a teoria de Shumpeter
coloca os processos digitais como método novo de fazer, provocado por esse inovador que é
capaz de condicionar o consumidor a esse novo método criado pela descontinuidade do
processo anterior, criando uma dinâmica natural nesse fluxo.
.2.3 O IMPACTO DO PARADIGMA DIGITAL NA SOCIEDADE
Nesse novo momento da região, que até mesmo os cultivares são transportados e as
regiões não são mais conhecidas, por exemplo, por sua agricultura e devido a migração dos
cultivares para outras regiões, eleva a região da escala cultural globalizada com troca de
diversos saberes, técnicas, e demais transferências entre os lugares e as redes. O papel das
cidades não é mais centralizado ao processo de urbanização e sim ponto de atividade para
integrar e articular lugares no formato de rede, nessa mesma linha conceitual,Moreira, Ruy
(2007, p.59) estabelece que as cidades“diante de um espaço transformado numa grande rede
de nodosidade, vira um ponto fundamental da tarefa do espaço de integrar lugares cada vez
mais articulados em rede”.
“Daí que cada lugar nasce diferente do outro, dando ao todo da globalização
um cunho nitidamente fragmentário, já que “o lugar são todos os lugares”.
Condição que leva Milton Santos (1996) a dizer que é o lugar que existe, e
não o mundo, de vez que as coisas e as relações do mundo se organizam no
lugar, mundializando o lugar e não o mundo”.
Pode-se, então, finalizar a seção deste trabalho, concluindo que a cidade e a região
estão organizadas em rede e, portanto, isso significa que forma uma entidade real, mas
abstrata, que fomenta a transferência em escala mundial.
3 METODOLOGIA
LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3. Ed. São Paulo: Editora 34, 1-272, 2010.
MOREIRA, Ruy.Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar geográfico
sobre o mundo.etc..., espaço, tempo e crítica. N° 1(3), VOL. 1, 1° de junho de 2007, ISSN
1981-3732 55 Recebido para Publicação em 10.05.2007.
MOREIRA, Ruy.Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar geográfico
sobre o mundo.etc..., espaço, tempo e crítica. N° 1(3), VOL. 1, 1° de junho de 2007, ISSN
1981-3732 55 Recebido para Publicação em 10.05.2007, p.59.
SCHWAB, K. The Fourth Industrial Revolution. New York: Crown Business Ed, 2016.