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contribuicoes-para-calculo-do-salario-de-beneficio

Escala de Salário-Base
Antes da lei 9876/99 os então denominados empresários, autônomos,
equiparados a autônomo e facultativos deveriam respeitar uma escala de contribuição,
chamada escala de salário-base. Essa regra surgiu através da lei 5890 de 08 de junho de
1973, que em sua redação original obrigava os segurados a ingressar na primeira classe
e conforme contribuíssem nessa, poderiam subir para a classe seguinte respeitando a
seguinte escala:

Classe de 0 a 1 ano de filiação - 1 salário-mínimo


Classe de 1 a 2 anos de filiação - 2 salários-mínimos
Classe de 2 a 3 anos de filiação - 3 salários-mínimos
Classe de 3 a 5 anos de filiação - 5 salários-mínimos
Classe de 5 a 7 anos de filiação - 7 salários-mínimos
Classe de 7 a 10 anos de filiação - 10 salários-mínimos
Classe de 10 a 15 anos de filiação - 12 salários-mínimos
Classe de 15 a 20 anos de filiação - 15 salários-mínimos
Classe de 20 a 25 anos de filiação - 18 salários-mínimos
Classe de 25 a 35 anos de filiação - 20 salários-mínimos
Como regra, ele passaria a contribuir na sobre 1 (um) salário-mínimo e seguir
respeitando os interstícios mínimos para após migrar para a classe subseqüente. Tal
imposição seria justificada pela forma de cálculo das RMIs do regime da época que, como
já descrito, levava em consideração apenas o último triênio de contribuição para
obtenção do SB. Assim, evitava-se que apenas ao final de sua vida contributiva, o
segurado aportasse altos valores de contribuição, que não guardariam relação com sua
vida contributiva. O segurado não poderia pagar contribuições adiantadas, para subir de
classe e uma vez cumprido o interstício poderia permanecer na classe que se encontrava
ou subir para a subseqüente. Caso não tivesse condições de manter seus pagamentos
numa determinada classe, poderia voltar para qualquer outra, sendo-lhe facultado
retornar à classe de onde regrediu, nela contando o período anterior de contribuição
nesse nível, mas sem direito à redução dos interstícios para as classes seguintes.

Com a entrada em vigor da lei de custeio, lei 8212 de 24 de julho de 1991, as


regras da escala de salário-base se alteraram um pouco. Passou a ser aplicada a
seguinte tabela:

ESCALA DE SALÁRIOS BASE


CLASSE SALÁRIO - BASE NÚMERO MÍNIMO DE MESES DE
PERMANÊNCIA EM CADA CLASSE
Antônio Linhares

(INTERSTÍCIOS)
1 R$ 120,00 12
2 R$ 206,37 12
3 R$ 309,56 24
4 R$ 412,74 24
5 R$ 515,93 36
6 R$ 619,12 48
7 R$ 722,30 48
8 R$ 825,50 60
9 R$ 928,68 60
10 R$ 1.031,87 -
Dentre as principais modificações estão a desvinculação do salário-mínimo e
alterações nos interstícios. Os valores de contribuição de cada classe eram reajustados
na mesma data e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de
prestação continuada da Previdência Social.

Para burlar o sistema os empresários, agindo de má-fé, deixavam de figurar como


sócios e passavam a ser empregados para poder contribuir no teto e jubilar-se com
ganhos elevados, pois os segurados empregados não eram obrigados a respeitar a
interstícios de contribuição.
Os segurados sujeitos à empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso,
que passassem a exercer, exclusivamente, atividade sujeita a salário-base, poderiam
enquadrar-se em qualquer classe até a equivalente ou a mais próxima da média
aritmética simples dos seus seis últimos salários-de-contribuição, atualizados
monetariamente, devendo observar, para acesso às classes seguintes, os interstícios
respectivos.A mesma regra valia para os facultativos.
A extinção da escala de salário base deu-se através da lei 9876/99 com uma regra
de transição. Tal regramento transitório, válido para os já inscritos na data de sua
publicação (29/11/1999), seria a manutenção da escala de salário-base, mas com a
diminuição dos interstícios em 12 (doze) meses a cada ano, até seu completo
exaurimento, que se daria em dezembro de 2003. Antes que fosse “naturalmente”
extinta a lei 10.666/03 em seu art 9º, expressamente, acabou com a escala de salário-
base.

Art. 9o Fica extinta a escala transitória de salário-base, utilizada para fins de


enquadramento e fixação do salário-de-contribuição dos contribuintes individual e
facultativo filiados ao Regime Geral de Previdência Social, estabelecida pela Lei no 9.876, de
26 de novembro de 1999.

Cumpre salientar que o INSS, ao conceder um benefício, fazia uma análise de


toda a vida contributiva do segurado para verificação do cumprimento da escala. Caso
fosse migração indevida para classe superior, a contribuição efetiva era desconsiderada,
passando a valer, para efeito de cálculo das Rendas Mensais Iniciais (RMI) a classe que
seria a correta. Por exemplo: um segurado “pulou” de casse indevidamente, estava na
classe 3 e passou a contribuir na classe 8. Quando da concessão do benefício, não valerá

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Antônio Linhares

o valor da classe 8 e sim o da classe que o segurado deveria estar na época da


concessão do benefício. Essa contribuição efetuada a maior, poderia ser devolvida, caso o
segurado solicitasse. Assim, sempre que se for fazer a análise de uma concessão, é

importante verificar como que se deu o enquadramento. Caso o INSS tenha errado, é
possível entrar com ação revisional para que a RMI seja refeita.

Exemplo de Relatório de Conferência de Contribuições:

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Antônio Linhares

Aposentadoria Por Idade


Retrospectiva do Benefício de Aposentadoria Por Idade

Benefícios com DIB até 5.10.88 – vigência do decreto n.º 83.080/79

Carência – 60 (sessenta) contribuições mensais, sem interrupções que determinem a


perda da qualidade de segurado.

Havendo falha que acarrete a perda da qualidade de segurado, verificar se


posteriormente foi completado novo período de 60 (sessenta) contribuições mensais,
ressalvada a hipótese de terem sido completadas todas as condições exigidas para a
concessão do benefício antes da perda daquela qualidade.

Data de Início do Benefício – DIB – A aposentadoria por idade era devida a contar da:

• data do comprovado desligamento do emprego, quando requerida antes dessa


data, ou até 180 (cento e oitenta) dias após o desligamento, para o segurado
empregado;

• data da entrada do requerimento, quando requerida após o prazo estipulado no


inciso I, para o segurado empregado;

• data da entrada do requerimento para os demais segurados.

Idade – Mínimo de 60 (sessenta) anos para os segurados do sexo feminino e de 65


(sessenta e cinco) anos para os do sexo masculino.

Desligamento do emprego – No caso de segurados empregados sujeitos ao regime da CLT,


era condição indispensável para fixação das características da aposentadoria por velhice, e,
normalmente, deveria ser concretizado quando houvesse a solicitação do Instituto nesse
sentido, o que ocorria somente após a verificação do cumprimento dos demais requisitos
exigidos.

O desligamento era exigível em relação a todos os empregos vinculados à Previdência


Social Urbana, que o segurado estivesse exercendo.

Para os demais segurados (empregadores, autônomos, avulsos e empregados domésticos)


não havia a exigência de afastamento da atividade.

O valor da Renda Mensal Inicial correspondia a 70% (setenta por cento) do SB, mais 1%
(um por cento) deste por ano completo de atividade abrangida pela Previdência Social
Urbana, de contribuição em dobro e do benefício por incapacidade, até o máximo de 25%
(vinte e cinco por cento).

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Antônio Linhares

Art.
rt. 201, § 7º, II, da CF e artigos 48 a 51 da Lei de Benefícios.
Os segurados que não conseguirem completar o tempo de contribuição para a aposentadoria
por contribuição poderão aposentar-se
aposentar por idade.

TITULAR: Segurado, inclusive


inc o especial

IDADE Segurado Homem 65 anos;; 60 anos para o


trabalhador rural*

Segurada Mulher 60 anos;; 55 anos para a


trabalhadora rural*

CARÊNCIA Segurado 180 meses,, com a regra de


transição do art. 142, LBPS.

Segurado especial ZERO (1 salário mínimo; desde


que comprove o exercício rural ainda
ain que
(art. 39, I, LBPS) e descontínuo, no período imediatamente
anterior ao requerimento do benefício, por
Trabalhador rural
período igual a carência, aplicando-se
aplicando
(art. 143, LBPS: REGRA de
também o art. 142).
TRANSIÇÃO até 2010,
conforme art. 2º, da Lei
11.718/08, para o empregado e
o autônomo rural. Não
incluído na regra o rural
avulso) .**

Da Aposentadoria por Idade

Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida
nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. .

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Antônio Linhares

o
§ 1 Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos no caso
de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na
alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.

o o
§ 2 Para os efeitos do disposto no § 1 deste artigo, o trabalhador rural deve comprovar o
efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente
anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição
correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os
o
incisos III a VIII do § 9 do art. 11 desta Lei.

(entressafra, defeso, vereador, sindicato ...)

o o
§ 3 Os trabalhadores rurais de que trata o § 1 deste artigo que não atendam ao disposto no §
o
2 deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição
sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos
de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.

o o
§ 4 Para efeito do § 3 deste artigo, o cálculo da renda mensal do benefício será apurado de
acordo com o disposto no inciso II do caput do art. 29 desta Lei, considerando-se como salário-de-
contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo de salário-de-contribuição da
Previdência Social.

Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991,
bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a
carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela,
levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias à
obtenção do benefício: (Artigo e tabela com nova redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos


1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses

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Antônio Linhares

2007 156 meses


2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses

Art. 49. A aposentadoria por idade será devida:

I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir:

a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 (noventa)
dias depois dela; ou

b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for


requerida após o prazo previsto na alínea "a";

II - para os demais segurados, da data da entrada do requerimento.

Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III deste Capítulo,
especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70% (setenta por cento) do salário-de-
benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo
ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.

Lei 10.666/03

o
Art. 3 A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das
aposentadorias por tempo de contribuição e especial.

o
§ 1 Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não será
considerada para a concessão desse benefício, desde que o segurado conte com, no mínimo, o
tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do
benefício.

§ 2o A concessão do benefício de aposentadoria por idade, nos termos do § 1o,


observará, para os fins de cálculo do valor do benefício, o disposto no art. 3o, caput e § 2o, da Lei
no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo salários de contribuição recolhidos no
período a partir da competência julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei no 8.213, de 24 de
julho de 1991.

Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado
empregado tenha cumprido o período de carência e completado 70 (setenta) anos de idade, se do
sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em
que será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como
data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria.

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Antônio Linhares

Trabalhadores Rurais

Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica
garantida a concessão:

I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de


pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art. 86, desde
que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período,
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à
carência do benefício requerido; ou

II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo


estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma estipulada
no Plano de Custeio da Seguridade Social.

Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-maternidade


no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de
forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.

Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado como segurado obrigatório no Regime Geral de
Previdência Social, na forma da alínea "a" do inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta Lei, pode
requerer aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, durante quinze anos, contados a
partir da data de vigência desta Lei, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que
descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, em número de meses
idêntico à carência do referido benefício

Lei 11.718/08 - Art. 2o Para o trabalhador rural empregado, o prazo previsto no art. 143 da Lei no
8.213, de 24 de julho de 1991, fica prorrogado até o dia 31 de dezembro de 2010.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao trabalhador rural enquadrado na
categoria de segurado contribuinte individual que presta serviços de natureza rural, em caráter
eventual, a 1 (uma) ou mais empresas, sem relação de emprego.

Regra transição da carência para o trabalhador rural: art. 3º da Lei 11.718/2008

Art. 3o Na concessão de aposentadoria por idade do empregado rural, em valor equivalente


ao salário mínimo, serão contados para efeito de carência:

I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade comprovada na forma do art. 143 da Lei no


8.213, de 24 de julho de 1991;

II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada mês comprovado de emprego,


multiplicado por 3 (três), limitado a 12 (doze) meses, dentro do respectivo ano civil; e

III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada mês comprovado de emprego,


multiplicado por 2 (dois), limitado a 12 (doze) meses dentro do respectivo ano civil.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo e respectivo inciso I ao


trabalhador rural enquadrado na categoria de segurado contribuinte individual que comprovar a
prestação de serviço de natureza rural, em caráter eventual, a 1 (uma) ou mais empresas, sem
relação de emprego.

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Antônio Linhares

PEDIDO DE APOSENTADORIA POR IDADE –

- Requerimento do segurado,
segurado, quando completar os requisitos do art. 48 ou pela transformação
da aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença;
auxílio

- Requerimento
ento da empresa,
empresa, quando o segurado completar 70 anos se do sexo masculino ou 65
se do feminino (aposentadoria compulsória). Neste caso, será garantida ao empregado a
aposentadoria compulsória).
indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato
contr de
trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria (art. 51, LBPS);

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