Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Barra do Garças – MT
2022
FERNANDA CORTELETI DOS SANTOS
Barra do Garças – MT
2022
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
EM ENGENHARIA CIVIL
Aos quatro dias do mês de julho do ano de dois mil e vinte e dois, às 08h00, em ambiente virtual
via Google meet, link de acesso meet.google.com/jda-agkr-ffk , na cidade de Barra do Garças-MT
foi realizada a sessão pública de apresentação e defesa da Trabalho de Curso do(a)
acadêmico(a) Fernanda Corteleti dos Santos. A banca foi composta pelos seguintes professores:
Prof. Me. Igor Aureliano Miranda Silva Campos – Orientador(a); Profa. Ma. Mariana Corrêa
Posterlli; Prof. Me. Cristopher Antonio Martins de Moura, sob a presidência do (a) primeiro (a). O
Trabalho de Curso tem como título “Comparativo de custo entre alvenaria convencional e sistema
de vedação em EPS- monolítico para uma habitação de interesse social.”. Após explanação no
prazo regulamentar o(a) aluno(a) foi interrogado(a) pelos componentes da banca. Terminada a
etapa, os membros, de forma confidencial avaliaram o(a) aluno(a) e conferiram o(a) mesmo(a) o
seguinte resultado aprovada, proclamado pelo presidente da sessão. Dados por encerrados os
trabalhos, lavrou-se a presente Ata, que será assinada pela banca e pelo(a) aluno(a). Os
requisitos a serem observados estão registrados em folha anexa.
______________________________________________________
ICET/CUA/UFMT
______________________________________________________
ICET/CUA/UFMT
______________________________________________________
ICET/CUA/UFMT
______________________________________________________
The search for new methods that reach the demand and competitiveness in civil
construction resulted in new constructive technologies. Based on this principle, the
present work aims to carry out a budget analysis regarding constructions with a
conventional method of sealing (Model A) and the Monolithic Expandable Polystyrene
(PMDPE – in portuguese) method (Model B) of a model housing unit used in sets HIS
(in portuguese). Thus, based on the literature review and through a budgetary comparison
of a popular residence, it was possible to draw up a comparative chart between the
methods, and despite the various advantages presented about the PMDPE (in portuguese)
it is still not possible to recommend it firmly because there is a gap in studies on their
pathologies, long-term performance, resistances and performance.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................17
1.1 Contextualização .......................................................................................................17
1.2 Problemática da pesquisa ...........................................................................................19
1.3 Objetivos ...................................................................................................................20
1.3.1 - Objetivos específicos ............................................................................................20
1.4 – Justificativas ...........................................................................................................20
2 REVISÃO BIBLIOFRÁFICA ..............................................................................22
2.1 Material .....................................................................................................................22
2.1.2 Tela de aço e conectores .........................................................................................25
2.2 O uso de EPS e a redução de impactos ambientais na construção civil .......................25
2.3 O uso de EPS na construção civil ...............................................................................26
2.3.1 Lajes .......................................................................................................................26
2.3.2 Telhas galvanizadas com EPS ................................................................................27
2.3.3 Nivelamento de piso com EPS ................................................................................28
2.3.4 Elementos Estruturais .............................................................................................30
2.3.5 Paredes de EPS – Painéis Monolíticos ....................................................................30
2.3.6 Normas padronizadas ao uso do EPS na construção civil ........................................32
2.4 SISTEMA CONSTUTIVO DE PAINÉIS MONOLÍTICOS DE EPS .................32
2.4.1 Gerenciamento de Projeto ......................................................................................33
2.4.2 Fundação ................................................................................................................33
2.4.3 Estrutura .................................................................................................................34
2.4.3.1 Malhas de Reforço ...............................................................................................36
2.4.4 Impermeabilização .................................................................................................37
2.4.5 Instalações ..............................................................................................................38
2.4.6 Revestimento e Acabamento ..................................................................................40
2.4.7 Cobertura ................................................................................................................42
2.4.8 Transporte e Armazenamento .................................................................................43
2.4.9 Características do Poliestireno Expandido (EPS) ...................................................43
2.5 Normas e operação técnica ........................................................................................44
2.5.1 Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais – NBR 15575 .....................45
2.5.2 Atendimento à Norma de desempenho para painéis de EPS ...................................47
2.6 SISTEMA CONSTRUTIVO CONVENCIONAL: ...............................................48
2.6.1 Fundação ................................................................................................................49
2.6.2 Estrutura .................................................................................................................51
2.6.3 Alvenaria de vedação ..............................................................................................52
2.6.4 Impermeabilização .................................................................................................55
2.6.5 Instalações Complementares ..................................................................................55
2.6.5.1 Instalações Elétricas ............................................................................................56
2.6.5.2 Instalações hidrossanitárias .................................................................................56
2.6.6 Revestimentos ........................................................................................................57
2.6.7 Esquadrias ..............................................................................................................58
2.6.8 Cobertura ................................................................................................................59
2.7 Orçamento na Construção Civil .................................................................................60
2.8: Habitações de Interesse Social ..................................................................................62
3 METODOLOGIA ...................................................................................................65
3.1 Caracterização do objeto de pesquisa ........................................................................65
3.2 Procedimentos específicos ........................................................................................66
3.3 Análise dos dados ......................................................................................................67
4 RESULTADOS .......................................................................................................68
4.1 Análise orçamentária .................................................................................................68
4.2 Análise de tempo de execução ...................................................................................70
4.3 A sustentabilidade entre alvenaria convencional e painéis monolíticos de EPS
.........................................................................................................................................74
4.4 Comparação do valor do m² gerado com o valor de mercado .....................................76
4.5 Quadro comparativo entre os métodos .......................................................................77
5 DISCUSSÃO ............................................................................................................78
6 CONCLUSÕES .......................................................................................................80
REFERÊNCIAS ............................................................................................................81
APÊNDICE A: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² – MEMORIAL DESCRITIVO ...91
APÊNDICE B: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² - PLANTA ARQUITETÔNICA
.........................................................................................................................................99
APÊNDICE C: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² - PLANTA DA COBERTURA ...99
APÊNDICE D: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² - PLANTA FUNDAÇÃO .........100
APÊNDICE E: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² - PLANTA ESTRUTURAL ......100
APÊNDICE F: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² - PLANTA ELÉTRICA .............101
APÊNDICE G: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² - PLANTA SANITÁRIA ..........101
APÊNDICE H: RESIDÊNCIA POPULAR 36,60M² - PROJETO HIDRÁULICO .....102
APÊNDICE I: PLANILHA ORÇAMENTÁRIA MODELO A ...................................103
APÊNDICE J: PLANILHA ORÇAMENTÁRIA MODELO B ...................................109
17
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
1.3 Objetivos
1.4 Justificativas
2 REVISÃO BIBLIOFRÁFICA
2.1 Material
Para o material atingir seu estágio final, como representado na Figura 2, ele passa
por um processo de produção, que começa pela máquina chamada de Pré-Expansor,
23
conforme mostra a Figura 3, onde perdem densidade e ganham volume com a expulsão
do gás de dentro das esferas.
Fonte:https://portuguese.alibaba.com
24
Figura 5 (a) Silo para armazenamento de EPS e (b) Linhas de metais dos silos
Fonte: https://pt.made-in-china.com
25
Segundo a Revista Casa (2020), o uso de EPS Isopor ® a construção civil vem se
tornando tendência entre arquitetos e engenheiros.
2.3.1 Lajes
Figura 7 - (a) Laje pré-moldada com preenchimento em EPS e 7 (b) Concretagem de laje pré-moldada
com preenchimento em EPS
Popularmente conhecidas como telhas sanduíche, pois são constituídas por três
camadas: uma camada de telha, “recheada” com uma placa de EPS e finalizada com mais
uma camada de telha, ou com uma película (Figura 8). Esse tipo de material é ideal para
uma construção mais sustentável, pois possui conforto térmico, o que reduz o uso de
28
Segundo o Portal Mundo do Isopor (2018) a telha galvanizada com EPS Isopor®
requer menos manutenções que os outros modelos de telha metálica ou de barro. Além
disso, o material possui durabilidade comprovada, com alta resistência contravento, sol,
impactos e corrosões, além de retardar o fogo em casos de incêndio ou raio.
O EPS pode ser usado para nivelamento pois possui capacidade de eliminar
vazios, devido sua estrutura o possibilitar ser moldado em diferentes formas e superfícies,
oferece boa resistência mecânica e não absorve água, o que impede a criação mofos, e
isto dificulta o aparecimento de insetos. Além de dado o seu pouco peso, as placas de EPS
não sobrecarregam as estruturas.
O material possui alta resistência mecânica, conforme demonstra a Tabela 1. E se
usados em estruturas multipavimentos, proporcionará conforto para os moradores e/ou
funcionários devida sua propriedade de isolamento acústico.
29
Na execução as peças são moldadas lado a lado, diretamente sobre a laje (Figura
9). Eventualmente, há a necessidade de pequenos recortes no EPS para encaixe nas
pontas das lajes e após o corte não sobram rebarbas. Em seguida, o material é coberto
por uma lona plástica, e sobre ela, é colocada uma tela metálica, finalizando com contra
piso autonivelante (argamassa bombeada com características especificas).
estrutura como um elemento único, muito resistente, tendo sido desenvolvido para
suportar possíveis intempéries (FÜHR, 2017).
Quando se utiliza o sistema monolite, há uma redução nas dimensões dos alicerces
da obra, reduzindo custos e tornando a execução mais simples, devido ao fato de uma das
características do EPS ser o seu baixo peso. O sistema pode substituir o que existe nos
meios tradicionais de construção, a execução de estruturas de concreto armado, suas
fôrmas e armaduras, alvenarias, gesso, isolamentos horizontais e verticais (BERTOLDI,
2007).
O sistema monolítico de EPS foi difundido no Brasil no início dos anos 90 por
meio de testes e ensaios normativos para comprovação de sua eficiência. As análises
foram realizadas no país pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), as
quais demonstraram resultados favoráveis nos âmbitos estruturais, térmicos e de
impermeabilização (SOUZA, 2009). Apesar dos resultados, a tecnologia não foi utilizada
em grande quantia nos anos seguintes, por ter ficado limitada à apenas algumas empresas
que o utilizavam (GOULART et al., 2018).
Entretanto, nos últimos anos o sistema começou a ser mais implementado no
Brasil, mesmo que em pequena quantidade, diversas empresas aderiram ao sistema
monolítico em decorrência de suas vantagens.
32
2.4.2 Fundação
2.4.3 Estrutura
Segundo Bertoldi (2007), após a devida montagem dos painéis e das escoras, é
fundamental colocar telas de aço da mesma malha dos painéis em pontos específicos,
36
como cantos e encontros com cantoneiras para garantir o devido reforço necessário, e
dessa forma, tornando a estrutura metálica contínua.
Figura 15 - (a) reforço tipo “L” e (b) Armadura de reforço tipo “L”
O reforço tipo “U” (Figura 16) é aplicado em todas as aberturas de portas, janelas
ou passagens. São armaduras com funções análogas as vergas e contra vergas do sistema
convencional, fixadas com arame recozido, impedindo assim que o revestimento dos
37
painéis seja lançado diretamente no bloco de EPS e por fim anular os esforços de corte e
esmagamento localizados (TECHNE, 2009).
Figura 16 - (a) Reforço tipo “U” e 16 (b) Armadura de reforço tipo “U”
Já o reforço de tipo liso (Figura 17) tem função de reforçar cantos de portas e
janelas quando há muitos esforços naquela região.
Figura 17 - (a) reforço tipo “Liso” e (b) Armadura de reforço tipo “Liso”
2.4.4 Impermeabilização
2.4.5 Instalações
Figura 20 - Instalação de dutos elétricos em painéis de EPS com duas camadas de revestimento.
2.4.7 Cobertura
ruídos sonoros provenientes dos vizinhos, entre outros. Entretanto não há limites
estabelecidos para a isolação acústica dentro da própria unidade;
Desempenho lumínico: Leva em consideração parâmetros estipulados pela NBR
5413 quanto a iluminação artificial, e apresenta métodos de medições tanto para
iluminação natural quanto iluminação artificial suficientes para o conforto;
Saúde, higiene e qualidade do ar: A Norma considera a prática de requisitos
dispostos pelo principal órgão de vigilância sanitária, a Anvisa, afim de prover
condições adequadas de salubridade e partículas em suspensão no ar;
Funcionalidade e acessibilidade: Refere-se as medições mínimas de ambientes e pé
direito para garantir a boa experiência do usuário;
Conforto tátil e antropodinâmico: Para o conforto tátil, são estabelecidos critérios
de desempenho que sugerem a forma e o limite necessário para acionamento de
trincos, torneiras e demais dispositivos. Já para o conforto antropodinâmico, são
determinados limites quanto à deformabilidade de pisos, declividade de rampas,
velocidade de elevadores, entre outros itens.
Conforme a habitualidade do uso de métodos convencionais há histórico de
cumprimento do desempenho conforme a vida útil do edifício, entretanto para novas
tecnologias é de suma importância a realização de ensaios para maior afinidade com as
características do material. Afim de conhecimento dos projetistas para execução das
imposições das Normas vigentes, é interessante que haja dados dos fabricantes e
fornecedores, ademais no Brasil ainda não há esta cultura, o que causa obstáculos para o
conhecimento.
De acordo com Possan e Demoliner (2013), os profissionais devem avaliar a vida útil
mínima dos elementos e sistemas ainda na fase de projeto da edificação, procurando
garantir que estes desempenhem suas funções no decorrer da vida útil especificada.
Conforme Balbino (2020), os painéis monolíticos de EPS, atendem as normas da
NBR 15.575 e seguem também, o Sistema de Avaliações Técnicas (SINAT) a partir da
diretriz n°011- Diretriz para Avaliação Técnica de Paredes, moldadas no local,
constituídas por componentes de poliestireno expandido, aço e argamassa, microconcreto
ou concreto. Artigos de ensaios realizados pelo IPT e pelo Laboratório de Materiais de
48
para a edificação de casas e prédios. Faz uso de materiais simples, como o cimento, os
blocos cerâmicos para vedação e aço, mas se torna oneroso nos gastos com mão de obra
e tem baixa produtividade.
O sistema construtivo em alvenaria convencional (Figura 24), faz uso de vários
componentes e diferentes processos executivos. Tem-se o concreto, um composto
homogêneo constituído por cimento, água, agregado miúdo, agregado graúdo e ar, bem
como a vedação, composta por tijolos cerâmicos, argamassa e revestimento (BASTOS,
2006). Os processos fundamentais para o respectivo método construtivo serão abordados
nos tópicos a seguir.
2.6.1 Fundação
Após à cura do concreto, é realizada uma das etapas mais importantes da obra, a
impermeabilização do elemento, conforme Figura 27, pois como são elementos de direto
contato com o solo pode existir a possibilidade de ataques de umidade, e com a
impermeabilização este contratempo pode ser evitado. Dessa forma, impedindo que a
umidade do solo chegue até os pilares, lajes e paredes, através do processo de capilaridade
(TREVEJO, 2018).
51
2.6.2 Estrutura
A estrutura de uma edificação é composta por três elementos: vigas, pilares e lajes e
tem como responsabilidade resistir às cargas impostas sobre eles, conforme a Figura 28
(GARCIA, 2009).
Cada viga é dimensionada para sustentar as cargas recebidas das lajes e então,
distribuir para os pilares até chegar à fundação, com isso, é necessário um engenheiro
capacitado para o desenvolvimento do projeto e cálculo de dimensionamento. Ainda
conforme o autor, normalmente os pilares são posicionados no encontro das paredes, ou no
meio quando o vão for superior a 4 metros, possuindo na maioria das vezes a mesma largura
da parede sem o revestimento, portanto, dessa maneira, não fica aparente na finalização da
edificação (PRACONSTRUIR, 2020).
De acordo com Santos (2013) as fiadas são colocadas uma sobre as outras de modo
que os blocos na vertical estejam descontínuos, assim, garantindo as juntas de amarração.
Ainda conforme o autor, é recomendado iniciar pelos cantos da parede e fazer a utilização
do escantilhão, para então garantir o prumo e alinhamento da alvenaria (Figura 31).
Segundo recomendações da NBR 8545 (ABNT, 1984) as juntas de argamassa entre fiadas
devem possuir no máximo 10 mm e não devem apresentar vazios.
54
2.6.3 Impermeabilização
Essa fase de instalações é a que mais possui desperdício de resíduos, pois para a
instalação elétrica e hidráulica é necessário quebrar algumas regiões das paredes já
confeccionadas, sendo preciso dessa forma o preenchimento com argamassa
posteriormente. As ilustrações a seguir (Figura 33), mostram esse processo
(TREVEJO,2018).
Figura 33 - (a) Rasgo para instalação hidráulica e (b) Rasgo para instalação elétrica
2.6.6 Revestimentos
2.6.7 Esquadrias
2.6.8 Cobertura
caibros e ripas, que se apoiam sobre a armação e, portanto, servindo como apoio para as
telhas (BORGES, 2009).
Um orçamento pode ser definido como a determinação dos gastos necessários para
a realização de um projeto, de acordo com o plano de execução previamente estabelecido,
gastos esses traduzidos em termos quantitativos (CARDOSO, 2009).
Segundo apresentado por Lopes, Librelotto e Avila (2003) a realização do
orçamento está vinculada a atuação de engenheiros e arquitetos e considera a questão da
composição unitária, conforme demonstra a Figura 37.
O orçamento de uma obra, conforme comentado por Goldman (2004) é uma das
informações que o empreendedor quer conhecer. É importante também salientar a
61
afirmação do autor que a construção implica gastos consideráveis e por isso mesmo
devem ser determinados, a fim de que o empreendimento estudado seja viável ou não. No
Brasil o processo orçamentário é regido pela ABNT NBR 12.721/2006 – Discriminação
Orçamentária. Esta norma apresenta detalhes importantes para a elaboração de um
orçamento completo e eficiente.
De acordo com Tisaka (2006) é de extrema importância o profissional engenheiro
conhecer todas as características que envolvem uma obra como um todo, calcular a
remuneração de serviços de Engenharia exige uma série de requisitos que não se
restringem apenas a uma questão eminentemente técnica, envolvendo necessidade de
conhecimentos que vão desde a legislação profissional, legislação tributária e fiscal,
conhecimento do mercado de materiais e de mão-deobra, no seu mais amplo sentido.
É necessário que o profissional ao elaborar o orçamento compreenda todos os
detalhes da obra seguindo cada projeto específico. Cordeiro (2007) confirma esta
afirmação citando os seguintes projetos específicos de uma obra: projeto arquitetônico,
projeto de fundações, projeto de estrutura, projeto de instalações elétricas, projeto de
instalações telefônicas, Projeto de instalações hidrossanitárias, dentre outras
características que são inerentes a qualquer obra de Engenharia.
Avila, Librelotto e Lopes (2003) comentam que os custos unitários, então, são
determinados com relação às unidades de serviço tais como: m², m³, hectare, pontos
elétricos, horas de mão-de-obra ou equipamentos, e outras.
Dentro deste aspecto os autores citados acima mostram os componentes do custo
unitário:
Índice ou coeficiente de aplicação de materiais;
Índice ou coeficiente de produção ou de aplicação de mão-de-obra;
Índice de aplicação de equipamentos com o seu custo horário;
Preços unitários de materiais;
Preços unitários de mão-de-obra;
Taxas de encargos sociais;
Benefícios e Despesas Indiretas (BDI).
Conforme citado por Cardoso (2009) entre 50% e 75% dos custos de uma obra
são considerados diretos, ou seja, tem impacto direto sobre a obra, entre eles estão os
encargos sociais. Também é comentado pelo autor que entre 25% e 50% são considerados
indiretos, ou seja, não tem vinculação direta a obra, a esses custos são conhecidos como
62
o PAR, o que demonstra um indicativo de que o programa está atrelado com o aumento
nos empregos do setor.
Conforme publicação realizada por Fernando Noruiti (2018), através do Portal
Jusbrasil, o déficit habitacional pode ser mensurado por meio de quatro variáveis que,
somadas, resultam na necessidade de habitações sobre uma determinada região:
Precariedade dos domicílios: Ou seja, as habitações improvisadas como pessoas
que moram em carros, barracas, ou mesmo barracos, casas construídas sem
paredes, estruturas rústicas com materiais improvisados e inadequados, ou mesmo
lugares que não foram construídos originalmente para moradia;
Coabitação: Quando duas ou mais famílias convivem juntas em um mesmo
ambiente, também chamada de cortiços, sem privacidade, com divisão de uso
comum do banheiro, lavanderia e outros ambientes;
Ônus excessivo do aluguel: Como parâmetro para essa variável são consideradas
pessoas com renda de até 3 salários mínimos que utilizam mais de 30% da sua
renda para pagar sua moradia;
Adensamento de domicílios: Número excessivo de pessoas por dormitório em
domicílios alugados, ou seja, pensões. Para entrar no cálculo do déficit, considera-
se o dormitório com mais de 3 pessoas.
Segundo pesquisa realizada em janeiro do ano de 2020 em parceria entre o
Ministério do Desenvolvimento Regional e a Fundação João Pinheiro, o déficit
habitacional estimado para o Brasil no ano de 2019 foi de 5,876 milhões de domicílios,
dos quais 5,044 milhões estão localizados em área urbana e 832 mil, em área rural. Em
termos relativos, o número total representa 8,0% do estoque total de domicílios
particulares permanentes e improvisados do país.
Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF, 2009), no decorrer dos anos, diversas
medidas foram idealizadas pelo governo com o objetivo de buscar reduzir tal deficiência.
Contudo, seria criado em 2009 um dos mais eficientes programas assistencialistas
brasileiros da história, o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV).
Objetivando atender a população de baixa renda, apenas na primeira fase do
Programa, foi estabelecida a meta de entrega de um milhão de unidades habitacionais,
com um investimento de 53 bilhões de reais. O PMCMV é um programa do Governo
Federal, coordenado pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela Caixa
Econômica Federal, que se fundamenta na aquisição de terrenos e construção ou
64
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa pode ser considerada exploratória descritiva. Logo, pode-se dizer
que é exploratória pois o levantamento bibliográfico traz maior familiaridade sobre o
assunto abordado. Ainda, é uma pesquisa descritiva pois tem como objetivo descrever as
características principais do método construtivo em alvenaria convencional e do sistema
construtivo com painéis monolíticos.
O modelo escolhido para a realização deste trabalho foi a planta de uma unidade
residencial unifamiliar de padrão baixo fornecida pelo orientador. Essa escolha se deu por se
tratar de um modelo semelhante ao utilizado nas habitações de interesse social já executadas
no estado do Mato Grosso, nos municípios de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Primavera
do Leste. A edificação, conforme Figura 39, possui uma área construída de 36,60m², sendo
uma edificação estilo térrea, com dois dormitórios, banheiro, e sala e cozinhas conjugadas.
A edificação será executada em fundação tipo radier, com laje maciça, sistema de
vedação com blocos cerâmicos de 9cm de espessura, cobertura com telhado de duas águas,
esquadrias do tipo metálica, chapisco com traço 1:8 (argamassa de cimento e areia), reboco
tipo paulista com traço 1:2:8 (argamassa de cimento, cal hidratada e areia). Com os demais
aspectos construtivos descritos no apêndice A.
Para melhor apresentação dos dados, este orçamento foi baseado nas seguintes
principais etapas construtivas, sendo elas:
1. Serviços preliminares e gerais;
2. Infraestrutura;
3. Supraestrutura;
4. Paredes e painéis;
5. Coberturas e proteções;
6. Revestimentos, elementos decorativos e pinturas;
7. Pavimentação;
8. Instalações e aparelhos;
9. Complementação da obra.
68
4 RESULTADOS
21,46%
17,47%
17,37%
17,06%
16,69%
12,58%
12,47%
11,21%
11,11%
10,09%
10%
7,25%
7,18%
3,55%
3,52%
0,44%
0,43%
R$: 10.000,00
R$: 19.023,20
R$: 18.255,84
R$: 11.227,63
R$: 11.227,63
R$: 15.208,46
R$: 15.495,46
R$: 15.726,46
R$: 15.219,85
R$: 391, 14
R$: 391, 14
R$: 9.003,41
R$: 9.003,41
R$: 6.466,24
R$: 6.446,24
R$: 3.170,45
R$: 3.170,46
R$ 10.000,00
Conforme dados apresentados nas Tabelas 5 e 6 que foram obtidos através dos
caminhos críticos representados nas imagens 41 e 42, nota-se que há uma diferença de
tempo total de execução de um pouco além da metade do Modelo A para o Modelo B. As
maiores mudanças de tempo se dão nas etapas 3, 6 e 8.
Para a etapa 3 “Paredes e Painéis” há uma diferença de 8,38 dias para alvenaria
convencional contra 2,24 dias para os painéis de EPS devida facilidade e rapidez de
instalação dos PMDPE. Já a etapa 6 “Revestimentos” com duração de 21,16 dias para o
Modelo A, possui 13,96 dias de duração para o Modelo B devida projeção de chapisco
com projetor pneumático. Por fim, a etapa 8 “Instalações e aparelhos” apresenta menor
tempo de trabalho devida a não necessidade de execução de rasgos no Modelo B.
61,26
59,13
52,44
37,57
26,30
24,96
24,54
21,16
20,92
17,47
15,74
13,96
10,00
10,00
9,99
9,35
8,38
8,41
8,31
7,74
7,00
7,00
4,13
3,44
3,33
3,10
2,66
2,49
2,48
2,24
2,05
1,38
1,10
0,82
0,66
0
1 0 , 0 01 0 , 0 0 7 , 0 0 7 , 0 0 8 , 3 8 2 , 2 4 1 , 3 8 1 , 1 0 3 , 3 3 2 , 6 6 2 1 , 1 61 3 , 9 6 3 , 1 0 2 , 4 9 2 4 , 5 41 5 , 7 4 0 , 8 2 0 , 6 6
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4 ETAPA 5 ETAPA 6 ETAPA 7 ETAPA 8 ETAPA 9
por referir-se a um plástico e por ser bastante leve, assim como origina mínimos resíduos
sólidos ou líquidos (ACEPE, 2009).
Devido as características de isolamento térmico, além do conforto térmico e
acústico, a utilização das paredes em EPS produzem edificações que auxiliam para uma
menor utilização de aparelhos de ar condicionado ou aquecedores, contribuindo para
redução dos recursos energéticos do planeta (PRINTES, 2018).
O Poliestireno Expandido (EPS) não apodrece, não ganha mofo, não é solúvel em
água, não liberta substâncias para o ambiente e quando em contato com o solo não o
prejudica e não contamina o lençol freático. O EPS não constitui substrato ou alimento
para o desenvolvimento de animais ou microrganismos. Em caso de grande acumulação
de dejetos sobre uma placa, poderão surgir bolores, porém, não afetarão o EPS (ACEPE,
2009).
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Plastivida em 2012, o Brasil
reciclou neste mesmo ano, 34,5% do EPS que consumiu, isto é, reaproveitou 13.570
toneladas das 39.340 toneladas de EPS pós-consumo. O EPS se torna prejudicial quando
descartado incorretamente, resultando no acúmulo em rios e oceanos, servindo de
alimento inapropriado para peixes e outros animais.
A reciclagem do EPS pode ocorrer de três maneiras principais:
Energética: Para produção de energia elétrica térmica;
Mecânica: Para fabricação de novos objetos de plástico;
Química: Para fabricação de colas e solventes;
A construção civil possui um amplo mercado para o EPS reciclado, com
aproximadamente 80% do total, sendo misturado em argamassas, fabricação de concreto
leve, lajotas, telhas termoacústicas, rodapés e decks de piscinas. Outras finalidades são
notadas na indústria de calçados, móveis, na fabricação de utilidades domésticas, entre
outros produtos (PLASTIVIDA, 2012).
5 DISCUSSÃO
relação aos detalhes de execução, metodologia dos demais subsistemas como tipos de
revestimentos e tipos de elementos estruturais. Além da carência de informações técnicas
que permitiriam ampla divulgação do sistema construtivo, informações relacionadas
ainda quanto à resistência ao fogo e impactos laterais e também da própria sociedade
desconhecerem este método.
O interesse para o estudo deste trabalho se deu a vivência que a autora possuiu
durante estágio, onde a obra estava orçada para acontecer em alvenaria convencional mas
houve a mudança para o método de vedação com painéis monolíticos de EPS.
Previamente seria efetuado uma revisão bibliográfica acerca de aspectos técnicos do
material, como resistência ao fogo, ao impacto lateral e outros, mas por falta de pesquisas
suficientes para elaboração de uma monografia.
O trabalho não consegue então definir com precisão certos dados, como por
exemplo o traço correto da argamassa para a projeção do chapisco.
Mas como ponto positivo, o trabalho pode ser útil para futuras pessoas
interessadas no método construtivo de EPS, pois detalha as etapas que devem ser seguidas
para sua execução, desde a fundação aos acabamentos.
80
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
CARDOSO, A. L. O Programa Minha Casa, Minha Vida e seus efeitos territoriais. Rio
de Janeiro: Letra Capital, 2013.
CARDOSO, Luiza Moura. Tudo sobre resíduos sólidos da construção civil. 2017.
Disponível em: https://www.sienge.com.br/blog/residuos-solidos-da-construcao-civil/.
Acesso em: 28 de abril 2022.
Como o EPS Isopor revolucionou a engenharia?. Mundo Isopor, 2019. Disponível em:
https://www.mundoisopor.com.br/inovacao/como-o-eps-isopor-revolucionou-a-
engenharia-civil. Acesso em: 19 de maio de 2022.
Construções em EPS: vale a pena investir no material?, Revista Casa, 2020. Disponível
em: https://casa.abril.com.br/construcao/construcoes-em-eps-vale-a-pena-investir-no-
material/. Acesso em: 19 de maio de 2022.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª ed., São Paulo: Atlas, 2010.
GRUPO KNAUF. EPS Isopor®: EPS Isopor®: Mais utilidades e vantagens do que
você pode imaginar. Disponível em: https://www.knauf-
isopor.com.br/produtos/servicos-em-inovacao/eps/. Acesso em: 12 de maio de 2022..
IBDA. Sistema Construtivo Convencional em Alvenaria. 2020. Disponível em:
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=2116. Acesso em: 08
jun. 2022.
MAZUCO, R.; LIMA, M.. Painéis Monolíticos em EPS na Construção Civil. 2018.
TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade São Francisco, São
Francisco, 2018.
2 - TRABALHO EM TERRA
- A limpeza do terreno será completa, oferecendo a área totalmente livre para a construção
e circulação.
- O movimento de terra será adequado a obter o perfil da superfície exigida pelo projeto
de construção, observando a remoção do material excedente.
- Todo o aterro necessário será com material apropiado e compactado em camadas não
superiores a 20 cm, alcançando-se o índice de compactação de no mínimo 95% do proctor
normal.
3 – FUNDAÇÕES
- As fundações serão em radier utilizando concreto fck 20MPa, com cimento CP II F32
da marca Cauê, Votorantin, Itaú ou similar, e malha de aço CA 60 da marca Guerdau,
Açofer, Belgo Mineira ou similar.
- Previamente a execução do radier, o solo receberá uma camada de aproximadamente 5
cm de pedra britada ou seixo rolado nº01 e revestido com lona plástica.
92
4 - ESTRUTURA
- A estrutura será definido pelo projeto estrutural.
- Será executada laje de concreto maciça pré-moldada com espessura definida em projeto,
sendo executada nos ambientes internos.
5 – ALVENARIA
Toda alvenaria será de ½(meia) vez com tijolos cerâmico de boa qualidade.
- As paredes serão assentadas com argamassa de cimento, cal hidratado e areia no traço
1:2:8.
- As fiadas deverão ficar perfeitamente niveladas, alinhadas e aprumadas. Os paineis
deverão ficar rigorosamente planos e com juntas alternadas tipo amarração.
- Sobre vãos de portas e janelas serão executadas vergas em concreto armado, com
sobrepasse além da medida do vão de aproximadamente 30 cm. E também serão
executados com o mesmo sobrepasse as contra-vergas de concreto armado sob os vãos
das janelas.
- A primeira fiada será executada com os furos dos tijolos na posição vertical e
preenchidos com argamassa.
- Será aplicada emulsão asfáltica impermeabilizante sobre a Fundação Radier somente no
perímetro da primeira fiada de tijolo cerâmico.
- Será executada cinta de tijolo maciço com barras de aço CA50 5,0mm
6 – COBERTURA
- Telhado com águas previstas e constantes do projeto de arquitetura, com estrutura
metálica e com recobrimento para telhas de barro tipo plan ou romana.
- A estrutura metálica pré-fabricada receberá pintura Alquímica anti-corrosiva, aplicada
com pistola Airless e terá espessura de camada seca em 40 microns.
- O sistema de montagem será feito parcialmente na industria através da produção de
treliças principais, sendo que as terças serão soldadas no campo. Os reparos nos pontos
de solda serão feitos através de remoção de detritos provocados pela solda e
posteriormente com a aplicação de nova pintura.
- As telhas dos beirais serão fixadas utiizando-se arame galvanizado.
93
7 – FORRO
- Será executado forro de Laje de concreto maciça pré-moldada utilizando concreto fck
20mpa, com cimento CP II F32 da marca Cauê, Votorantin, Itaú ou similar, e malha de
aço CA 60 da marca Guerdau, Açofer, Belgo Mineira ou similar. Receberão laje os
ambientes internos (dormitórios, sala, cozinha, circulação e banheiro).
8 - INSTALAÇÕES
A - Elétricas:
A1 - As instalações de luz e força deverão ser executadas rigorosamente de acordo com
as especificações que se seguem:
*Os eletrodutos serão do tipo mangueira corrugada ou flexível, terão diâmetro mínimo de
1/2” e serão embutidos da marca Plastic, Polietil, Fitoplastou similar.
*As unidades habitacionais serão dotadas de padrão bifásico para entrada de energia.
*A tubulação será instalada de modo a não formar cotovelos, apresentando outrossim,
uma ligeira e contínua declividade para as caixas.
*Os condutores serão dimensionados conforme sua carga e bitola mínima de 2,5 mm², do
tipo anti-chama, da marca Corfio, Cordeiro, Brascopper, Condugel, Conduspar, Braspar
ou similar; sobre o forro serão fixados com roldanas plásticas na estrutura metálica, e para
fixação das roldanas serão utilizados parafusos de rosca soberba ø 4,2mm x 38mm em
furos previamente realizados com furadeira e broca de aço, a fiação dessa maneira
formará uma rede aérea sobre a laje
*Os condutores serão caracterizados por diferenciação de cores.
*Os interruptores serão instalados à 1,10 m do piso acabado e as tomadas baixas serão à
0,30 m, as médias à 1,10 m e as altas à 2,20 m do piso. Deverão ser da marca Apoio,
Insol, Iriel ou similar.
*As diferentes caixas de uma mesma peça serão perfeitamente alinhadas e dispostas de
forma a não apresentarem discrepância sensíveis no seu conjunto.
*As caixas embutidas nas paredes deverão facear o parâmetro de alvenaria de modo a não
resultar excessiva profundidade depois de concluído o revestimento, sendo niveladas e
aprumadas.
*Os pontos de luz no teto serão rigorosamente locados de acordo com o previsto em
projeto.
*Todas as extremidades livres dos tubos serão durante a construção, convenientemente
obturados a fim de evitar a penetração de detritos e umidade.
94
*Serão afixados bocais para colocação de Lâmpadas em todos os pontos de luz previstos.
*Os pontos destinado chuveiro elétrico receberão fiação adequada conforme projeto e
tomadas equivalentes.
B – hidráulicas e sanitárias:
B1 - Hidráulicas
- As instalações hidráulicas serão rigorosamente executadas de acordo com desenhos de
projetos de hidráulica e as especificações que seguem:
*Serão instaladas em todas as unidades habitacionais 01 (uma) caixa de 500 litros da
marca Isdralit, Fortlev, Fibrafort ou similar, com tampa; estará sobre a laje e sob o telhado.
*Toda instalação será de PVC marrom soldável, sendo a tubulação e conexões da marca
Cardinali, Fortilit/Akros, Provinil ou similar.
*As canalizações de distribuição e ramais serão embutidos nas alvenarias.
*Durante a construção até a montagem de aparelhos, as extremidades livres das
canalizações deverão ser vedadas com Plug de PVC.
*Na interligação de tubulação em que uma das extremidades não apresentar bolsa, será
utilizada conexão tipo luva de PVC soldável.
B2 - Sanitárias
- As instalações sanitárias serão rigorosamente executadas de acordo com desenhos de
projetos de hidráulica e as especificações que seguem:
*Toda instalação será de PVC soldável, sendo a tubulação e conexões da marca Cardinali,
Fortilit/Akros, Provinil ou similar.
*Serão observados as declividades das canalizações necessárias ao escoamento para a
rede de esgotamento sanitário.
*Na interligação de tubulação em que uma das extremidades não apresentar bolsa, será
utilizada conexão tipo luva de PVC soldável.
*O esgotamento sanitário será dotado de um conjunto de fossa e sumidouro, com
dimensões e localização definidas em projeto.
9 - ESQUADRIAS
As esquadrias serão de acordo com as tabelas abaixo:
9.1 - Portas
95
9.2 – Janelas
TIPO AMBIENTE MARCA
Janela metálica 1,20x1,00m (6 folhas: 2 Ibraço, Vitralfer,
fixas c/ venezianas, 2 de correr c/ Dormitórios Açofer, Stilo ou
veneziana, 2 de correr p/ vidro. similar
Ibraço, Vitralfer,
Janela metálica 1,20x1,00m (4 folhas: 2
Sala Açofer, Stilo ou
fixas c/ vidro, 2 de correr p/ vidro.
similar
Ibraço, Vitralfer,
Janela metálica 1,00x1,00m (4 folhas: 2
Cozinha Açofer, Stilo ou
fixas c/ vidro, 2 de correr p/ vidro.
similar
Ibraço, Vitralfer,
Basculante metálico 0,60x0,60m (caixílio
Banheiro Açofer, Stilo ou
c/ alavanca p/ vidro)
similar
10 – VIDROS
Será colocado vidro Mini-boreal ou Fantasia 3mm nas janelas da Sala, Dormitórios,
Cozinha e Banheiro e nas portas externas da Sala e Cozinha.
96
11 – REVESTIMENTO
A - Chapisco
- Todas as superfícies lisas de concreto tais como, pilares e outros elementos de estrutura,
inclusive fundo das vigas que devem ser revestidas com argamassa, serão previamente
chapiscados com argamassa de cimento e areia, traço 1:3.
- Todas as paredes que devem receber revestimento serão chapiscadas.
B – Reboco
- Os rebocos serão do tipo paulista com argamassa de cimento, cal hidratado e areia no
traço 1:2:8, iniciados após a pega e a cura das argamassas de alvenarias e chapiscos.
- Os rebocos de cada faixa de parede só serão iniciados após embutidas todas as
canalizações que por ela devem passar.
- Os rebocos serão fortemente comprimidos contra as superfícies a revestir e deverão ser
desempenados a régua e camurçados.
C - Azulejos
- Os azulejos serão aplicados até altura de 1,50m nas paredes adjacentes ao Box
(0,75x1,20x0,75m) e altura de 0,60m sobre as paredes adjacentes ao lavatório,
h=0,60m/larg=1,20m na parede sobre a pia da cozinha, h=0,60m/larg=1,20m na parede
sobre o tanque.
- Os azulejos serão assentados com juntas verticais alinhadas em junta reta.
- Os azulejos serão na cor branca ou coloridos de 1ª qualidade, com dimensões na
horizontal e vertical de 15 a 40cm, da marca Cecrisa, Eliane, Cecafi ou similar.
- Os azulejos serão assentados com argamassa de cimento colante.
- As juntas terão espessura de 2,00 à 5,00 mm e serão rejuntadas com rejunte da marca
Fortaleza, Colatex, Colabem ou similar.
12 - PISOS E PAVIMENTAÇÕES
A – Cerâmica
- A Cerâmica será aplicada no piso da sala, dormitórios, circulação, cozinha, banheiro.
Devido as fundações serem executadas em Radier, este servirá como contrapiso, sendo
executada apenas o piso cerâmico “PEI-4” de 1ª qualidade, nas dimensões na horizontal
de 15 a 40cm e na vertical de 15 a 40cm, da marca Cecol, Cecafi, Cecrisa ou similar. O
97
piso do box terá um rebaixo em relação ao piso do banheiro. O ambiente onde for aplicado
a o piso Cerâmico receberá rodapé com 7cm de altura, exceto onde houver azulejo.
- As cerâmicas serão assentadas com argamassa de cimento colante.
- As juntas terão espessura de 2,00 à 5,00 mm e serão rejuntadas com rejunte da marca
Fortaleza, Colatex, Colabem ou similar.
B – Calçada externa:
- Devido as fundações serem executadas em Radier, este servirá como calçada (largura
de 60cm).
13 – APARELHOS
- O vaso sanitário deverá ser de louça branca, de linha comercial, da marca Icasa, Hervy,
Fiori ou similar.
- O lavatório deverá ser de louça branca de tamanho médio, da marca Icasa, Hervy, Fiori
ou similar .
- As torneiras e registros serão em metal cromado da marca Kelly, Imperatriz, Ico, Rios
e Eco ou similar.
- Na cozinha será instalada uma pia de 1,20x0,55m de mármore sintético da marca
Decoralita, A J Rorato, Marjority ou sinilar.
- O tanque de lavar roupas deverá ser de mármore sintético da marca Decoralita, A J
Rorato, Marjority ou similar.
- Os acessórios do banheiro, porta toalha, porta papel, saboneteira e cabide, serão de
acrílico cromado, da marca Kelly, Angel, Imperatriz, Eco, Cipla, Akros ou similar.
14 – PINTURA
- A pintura será executada no melhor nível de qualidade aceitável p/ o padrão.
- As paredes internas serão pintadas com tinta Látex sobre uma demão de massa corrida,
da marca Tacar, Maxvinil, Eucatex, Lobo ou similar.
- As paredes externas serão pintadas com Textura Acrílica sobre Selador Acrílico, da
marca Tacar, Maxvinil, Eucatex, Lobo ou similar.
- O teto será pintado com textura PVA, da marca Tacar, Maxvinil, Eucatex, Lobo ou
similar.
- As esquadrias metálicas serão pintadas a duas demãos com tinta Esmalte, da marca
Tacar, Maxvinil, Eucatex ou similar, sobre camada anti-óxida.
98
15 – LIMPEZA
- Após o término da pintura e antes da entrega da obra todas as dependências das unidades
habitacionais serão perfeitamente limpas devendo ser retirados todos os respingos de
tintas dos pisos e vidros.
- A limpeza deverá ser completa dotando o imóvel de perfeitas condições de
habitabilidade.
99