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JUAZEIRO – BA
2018
1
KAREM LOHANA MIRANDA SOUZA
LUCAS DE SANTANA SUZENA
JUAZEIRO – BA
2018
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora
À Deus damos graças, por ter nos permitido chegar até aqui. Por ter nos
capacitado ao longo da jornada, nos concedido sabedoria,paciência , força e
ânimo,e por nos ter honrado com essa conquista.
Aos nossos familiares e amigos, somos gratos por sempre estarem na torcida e
vibrando com cada conquista nossa.
Aos nossos amigos Daniel, Joabe e Lenilton que foram nossa equipe fiel ao
longo de toda essa jornada, por todo apoio, torcida e por essa grande parceria,
nossa gratidão.
Enfim, agradecemos a todos que contribuiram para que chegássemos ate aqui,
por toda a torcida, por cada oração, cada desejo de boa sorte, por toda ajuda.
Sem vocês não conseguiriamos obter essa conquista. Gratidão!!!
4
Porque para Deus nada é
impossível. Lucas 1:37 NTLH.
5
Lista de Tabelas
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Lista de Figuras
7
Lista de Quadros
8
RESUMO
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ABSTRACT
The structure is the main element responsible for providing safety to a building.
In this way, structural masonry is a system where the demands arising from the
different types of actions must be supported by the walls that constitute the
building. Despite the evolution of this constructive system, problems generated
during the design, execution and use phases may still be responsible for
pathological manifestations that compromise safety and construction
performance. Although undesirable, it is common for buildings built on structural
masonry to present problems over time, with fissure being one of the most
common. This type of pathological manifestation usually causes discomfort and
insecurity for those who use the building, and in some cases may be
responsible for accidents and collapse of the structure. In this context, this work
arose with the objective of evaluating the main fissures existing in a
condominium located in the city of Juazeiro-BA and, when possible, indicating
its causes and pointing out alternative solutions.
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Sumário
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 14
11
2.7. Fissuras na alvenaria estrutural .......................................................... 29
2.7.2. Classificação................................................................................. 30
3. METODOLOGIA ....................................................................................... 57
12
4. RESULTADOS .......................................................................................... 63
5. CONCLUSÕES ......................................................................................... 89
13
1. INTRODUÇÃO
1.1. Justificativa
Patologia das construções, segundo Thomaz (1990), pode ser entendida como
a ciência que estuda os defeitos dos materiais, dos componentes e dos
elementos de uma edificação, compreendendo uma apreciação dos motivos de
causa, e das possibilidades de manutenção, prevenção e recuperação.
14
Patologias como aquelas citadas anteriormente ao se manifestam em sistemas
de alvenaria podem gerar apenas um incomodo ou desconforto aos usuários
da edificação, assim como podem comprometer a segurança e a estabilidade
da estrutura.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Histórico
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Para piorar, as teorias de cálculo ainda eram utilizadas de forma empírica, o
que não proporcionava uma garantia de segurança para a estrutura durante e
após a sua construção.
17
estrutural, tornando esse sistema eficiente em termos de celeridade, economia,
e capacidade de suportar as cargas.
18
2.4. Alvenaria Estrutural
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2.4.1.1. Alvenaria estrutural não armada
Para Kalil (2005), esse sistema é melhor indicado para residências, edificações
de pequeno porte e prédios com até 8 pavimentos. Nesse tipo de alvenaria a
análise estrutural não deve acusar esforços de tração, pois a estrutura não está
projetada para esse tipo de solicitação.
20
dispositivos de execução, e mão de obra desse sistema o torna pouco viável
dentro padrão construtivo brasileiro (TAUIL; NESE, 2010).
Para Kalil (2005), é indicado que os blocos possuam furos dispostos na direção
vertical, justificado pela diferença no mecanismo de ruptura nas duas
situações. No caso de sobrecargas da estrutura, os blocos com furos verticais
apresentam indícios antes de uma situação de colapso, enquanto os blocos
com furos na horizontal não.
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Resistencia à compressão adequada;
Capacidade de aderir à argamassa tornando homogênea a parede;
Possuir durabilidade frente aos agentes agressivos (umidade, variação
de temperatura e ataque por agentes químicos);
Dimensões uniformes;
Resistência ao fogo.
2.4.2.2. Argamassa
22
resistência dos blocos. Entretanto, uma argamassa que tenha até 50% da
resistência dos blocos dificilmente implicará em um resultado muito prejudicial
à estrutura.
2.4.2.3. Graute
Segundo Roman, Muti e Araújo (1999) para o graute deve ser usado cimento
do tipo Portland de moderada resistência a sulfatos. A cal pode ser utilizada em
alguns casos para se diminuir a rigidez do produto final, em uma porção de
1/10 do volume utilizado de cimento. É recomentado que a areia utilizada tenha
um módulo de finura de 2,3 a 3,1, pois essas dependem de menos cimento e
isso faz com que o graute acabe apresentando uma maior resistência à
compressão além de apresentar menos retração no processo de
endurecimento.
2.4.2.4. Armadura
23
armadura construtiva ou de cálculo. Sua principal função na estrutura é
absorver os esforços de tração e/ou compressão, além de suprir eventuais
necessidades construtivas.
De acordo com Ramalho e Corrêa (2008), a armadura pode ser utilizada para
suprir esforços de compressão também, porém, essa capacidade é muito
pouco aproveitada nas alvenarias estruturais, isso porque a resistência dos
outros materiais constituintes da parede representa um valor muito mais
significativo para a solicitação desses esforços do que o aço. Sendo assim,
usualmente não é interessante utilizar esse material para o aumento de
resistência à compressão da parede, este é melhor indicado quando for
necessário conferir ductilidade à edificação, assim como aumentar o limite de
esbeltes quando for preciso um acréscimo localizado de resistência na
estrutural.
24
2.4.2.6. Vergas e contra vergas
A verga, segundo Kalil (2005), deve ser posicionada na primeira fiada acima da
abertura. Ela está sujeita a incidência de momento fletor causado pela carga
suportada que se concentra acima dela, sendo a sua função absorver e
transferir as reações para as paredes. Essas peças costumam ser pré-
fabricadas de concreto ou então feitas em loco, com a utilização de blocos
canaletas, e devem possuir o seu comprimento prolongado 19 cm (medida
aproximada de um bloco canaleta) em caso de portas, ou 38 cm em caso de
janelas, para ambos os lados.
25
serve para explicar o mecanismo e a causa da ocorrência de determinada
manifestação patológica (OLIVEIRA, 2012).
Para Cremonini (1988), os defeitos podem ocorrer das mais variadas formas e
ter origem em qualquer etapa do processo conceptivo, estando a sua
incidência relacionada com o nível de controle de qualidade executado nas
diversas etapas. As causas das patologias da construção civil podem ser
externas, decorrentes de agentes nocivos do meio ambiente, ou interno, que
possuem origem durante o processo construtivo e podem ser subdivididas em
três tipos:
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Construtivas: originadas na etapa de construção, ocorrem pela falta
de qualidade de materiais ou mão de obra qualificada, e pela
ausência de metodologia para execução dos serviços;
Uso: decorrentes do uso inadequado da estrutura projetada e da falta
de realização de manutenção.
27
Antunes (2010) defende que um projeto bem elaborado é crucial para o
sucesso de uma edificação construída em alvenaria estrutural. A qualidade do
projeto é importantíssima, mas se os profissionais que o desenvolverem não
conhecerem e nem possuírem o domínio do processo de execução da
alvenaria estrutural, a qualidade da edificação certamente será afetada.
28
manutenção adequada, falta de inspeções periódicas, danificação de
elementos estruturais por impactos, erosão por abrasão, retração do cimento,
excesso de deformação das armaduras (PINA, 2013).
2.7.1. Definição
29
2.7.2. Classificação
Essas fissuras podem ser classificadas tendo como orientação alguns critérios,
seguindo como exemplo: a abertura, a atividade, a direção, as tensões
envolvidas, as causas e o tipo (RICHTER, 2007).
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aberturas ainda crescentes. Enquadram-se nessa classificação fissuras
originadas por variações térmicas, recalques diferenciais de fundações
não estabilizadas.
Estabilizadas ou inativas: Fissuras causadas por solicitações externas
que não apresentam variações sejam de intensidade ou sentido ao longo
do temo. Enquadram-se nessa classificação fissuras originadas por
motivos já reparados, seja este algum vazamento, estrutura, fundação
ou outros.
Quanto à forma:
As causas das fissuras em alvenarias podem ter três origens básicas, como
apresentados por Grimm (1988) e Thomaz (1989):
31
2.8. Causas da fissuração na alvenaria estrutural
Os recalques nas estruturas podem ser gerados por diversos motivos, por
exemplo, acomodação de fundação em cortes e aterro, influência das tensões
de fundações vizinhas, assentamento devido à heterogeneidade do solo,
compactação diferenciada de aterros, rebaixamento de lençol freático, falhas
de projeto, entre outros, ilustrados na figura 1 (THOMAZ, 2001 apud SAMPAIO,
2010).
32
Especialmente nos casos de recalques, as alvenarias estruturais apresentam
fissuras geralmente inclinadas ou verticais, confundindo-se às vezes com as
fissuras provocadas por deflexão de componentes estruturais, com variação de
abertura ao longo do seu comprimento. Estas fissuras costumam se localizar
próximas ao primeiro pavimento da edificação inclinando-se em direção ao
ponto onde ocorreu o maior recalque. A fissuração poderá se prolongar através
dos pavimentos, de forma tão intensa quanto no primeiro. Quando o recalque
ocorre de forma intensa, as tensões de cisalhamento resultantes podem
provocar esmagamentos localizados e em forma de escamas. As diversas
configurações dessas fissuras são ilustradas na figura 2 (SAMPAIO, 2010 e
JÂCOME E MARTINS, 2005):
Fonte: GRIMM,1998
33
estrutura é usualmente caracterizada pelo surgimento de fissuras, mesmo sem
atingir as cargas-limite de ruptura (SAMPAIO, 2010).
34
Figura 3: Fissuras verticais induzidas por sobrecargas.
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A atuação de cargas concentradas nas alvenarias, sem o emprego de
dispositivos adequados para redistribuição das tensões, pode provocar o
esmagamento localizado ou a manifestação de fissuras inclinadas a partir do
ponto de aplicação da carga (JÂCOME E MARTINS 2005).
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Nessas regiões onde há concentração de tensões, devido à sobrecarga, pode
haver o esmagamento em pontos específicos, produzindo a ruptura dos
componentes da alvenaria, com formação de fissuras se manifestando de
forma vertical ou inclinada, como a mostrada na figura 7, iniciando a partir do
ponto de sobre carregamento (SAMPAIO, 2010).
37
temperatura, especialmente as lajes de cobertura. As coberturas planas são
mais suscetíveis à exposição solar do que as paredes das edificações,
proporcionando movimentos diferenciados entre estes elementos que podem
gerar fissuras como as demonstradas na figura 8. Além disso, o coeficiente de
dilatação térmica do concreto é, em média, duas vezes maior que o das
alvenarias, considerando tijolos e juntas (VERÇOZA, 1991).
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Figura 10: Fissura horizontal causada por movimentação térmica da laje.
39
por movimentação térmica da laje de cobertura aparecem nas paredes de
alvenaria que tenham orientação paralela ao sentido predominante de dilatação
e contração da laje, ou seja, perpendiculares às fachadas (BASSO et al., 1997;
DUARTE, 1998). Essas fissuras possuem inclinação aproximada de 45 ° em
direção à laje de teto (figura 12), costumam ocorrer em associação às outras
fissuras características de movimentação térmica da laje.
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d) Fissuras verticais por movimentação térmica da laje
Outro fato importante é que existe uma maior tendência de fissuração das
paredes que chegam de topo na fachada (Figura 15). Essas paredes sofrem
41
variações de temperatura muito diferentes das que ocorrem na laje, enquanto
as paredes de fachada estão submetidas a variações de temperaturas
semelhantes às da laje de cobertura.
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que essas fissuras apresentem-se principalmente nas juntas entre as primeiras
e segundas fiadas (CAPORRINO, 2015; THOMAZ, 1989).
Segundo Eldridge (1982), fissuras verticais por expansão da alvenaria se
manifestam em cantos e reentrâncias (figura 17), semelhantemente
representadas pelas fissuras verticais por movimentação térmica da alvenaria.
Este tipo de manifestação patológica ocorre em cantos salientes devido à
expansão das paredes que são consequência da umidade absorvida por elas
(THOMAZ, 1989).
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a) Retração de lajes de concreto armado
Para Duarte (1998), a maior parcela da retração é causada pela perda de água
que não está quimicamente associada no interior do concreto. Esta perda
d’água provoca uma contração dos elementos de concreto do prédio que não é
acompanhada pelas paredes de alvenaria, como exemplo a retração de lajes
de concreto armado.
45
c) Retração de paredes e muros
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Figura 18: Fissura causada por expansão da argamassa de assentamento.
47
que as originaram, pequenas mudanças em sua abertura continuam a
acontecer em função de variações térmicas e higroscópicas da alvenaria e
revestimento, desta forma, os sistemas de recuperação propostos devem
prever essas movimentações para garantir uma boa qualidade no reparo.
Aplica-se então entre seis a oito demãos de resina acrílica até que tela esteja
completamente coberta, esse processo é similar ao indicado para
impermeabilizações de superfícies com telas de poliéster (figura 19). Finaliza-
se então com o mesmo acabamento do restante da alvenaria para que o reparo
seja imperceptível.
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Figura 19: Aplicação da tela de poliéster em uma superfície de vedação.
Fonte: (http://mettapiracicaba.com.br/site/wp-content/uploads/2015/01/Metta-
coloca%C3%A7%C3%A3o-da-tela-de-poliester.jpg , acessado em 09/2018)
Essa bandagem, segundo Thomaz (1989), pode ser feita de saco de estopa,
esparadrapo, fita crepe, plástico, ou até mesmo comprada na forma
autoadesiva, encontrada em lojas de materiais especializados.
Fonte: SAHADE,2005.
Após esse período, aplica-se uma argamassa de emboço com traço de 1:1:6
de cimento, cal hidratada e areia média peneirada. Sahade (2005) destaca que
essa argamassa deve apresentar consistência firme o suficiente para ser
pressionado ao substrato com a desempenadeira, de modo a evitar o
surgimento de eventuais fissuras de retração.
Para que seja garantida uma adequada hidratação da cal indica-se que esta
seja pré-misturada com a areia e água, ficando em repouso por 24 horas até
poder ser incorporado o cimento, no momento da aplicação.
51
seja de no mínimo sete dias para que não haja formação de fissuras de
retração na etapa de reboco.
Antes do acabamento final, Sahade (2005), indica que, caso seja necessário,
aplique-se uma argamassa de reboco ou uma massa fina com um baixo
módulo de deformação e traço 1:2:9 de cimento, cal hidratada e areia fina
peneirada, em volume.
Essa é uma das técnicas mais utilizadas para o reparo de grandes fissuras em
alvenaria, Duarte (1998), porém, destaca que esta é uma forma corretiva
questionável, visto que seria indicada apenas para fissuras completamente
estáveis. A utilização desta técnica em fissuras ativas implica no aparecimento
futuro de novas manifestações em outras regiões da alvenaria.
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Figura 21: Grampeamento da alvenaria.
53
Quando este sistema se mostrar necessário em ambas às faces da parede,
recomenda-se que cada face seja reparada em períodos diferentes, de modo
que a estabilidade dessa não seja prejudicada.
Segundo Sahade (2005), esse sistema pode ser utilizado para o reparo de
fissuras originadas por movimentações térmicas, sendo aplicada também no
encontro entre a alvenaria e a estrutura.
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no interior da junta, que pode ser de neoprene (figura24), pressionando-o.
Indica-se que as bordas adjacentes à junta estejam cobertas com fita crepe
antes da aplicação do selante, para que essa possa ser retirada
posteriormente, permitindo um melhor acabamento.
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após, executa-se a aplicação de uma argamassa de cimento modificada com
polímeros ou micro concreto, também conhecido como graute.
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3. METODOLOGIA
57
3.2. Anamnese
Fonte: Autores.
58
Para o trabalho proposto, analisaram-se inicialmente vários prédios do
condomínio até que se chegasse à escolha dos dois que apresentaram
manifestações patológicas mais relevantes para a abordagem do estudo.
Fonte: Autores.
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3.3. Coleta dos dados
Essa etapa consiste da coleta e análise preliminar dos dados que serão
pesquisados no estudo de caso, evidenciado na Figura 28:
Fonte: Autores.
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Figura 29: Quadro de resultados - Ficha de anomalia.
Fonte: Autores.
a) Identificação da patologia:
b) Causas prováveis
c) Consequências possíveis:
61
d) Sistemas corretivos propostos:
Fonte: Autores.
Sistema corretivo:
1- Membrana acrílica
2- Recuperação com bandagem de dessolidarização
3- Papel de parede ou pintura elástica
4- Substituição do revestimento
5- Recuperação com grampos de fixação
6- Armadura disposta nas fiadas horizontais
7- Selagem
8- Juntas de dilatação ou controle
9- Argamassa armada
10- Encunhamento
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4. RESULTADOS
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Quadro 1: Fissura ativa e disseminada na face exterior da alvenaria
FICHA DE ANOMALIA N° 01
Identificação:
Fissura ativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações mapeadas caracterizadas pela irregularidade de orientação e
de largura, partindo do canto inferior da janela.
Largura variável ao longo da extensão da fissura.
Maior espessura observada: 2 mm.
Causas prováveis:
Concentração de tensões devido à abertura na alvenaria.
Ausência de verga e contra verga.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Exposição à umidade.
Fonte: Autores.
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Quadro 2: Fissura ativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 02
Identificação:
Fissura ativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações mapeadas caracterizadas pela irregularidade de orientação,
de definição e de largura.
Fissuras superficiais, acompanhadas de manchas de umidade e do
empolamento e destacamento da película de pintura.
Causas prováveis:
Movimentação higroscópica.
Consequências possíveis:
Descolamento do reboco; Desconforto visual.
Fonte: Autores.
65
Quadro 3: Fissura ativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 03
Identificação:
Fissura ativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações mapeadas caracterizadas pela irregularidade de orientação,
localizadas na parte inferior da janela.
Trecho de maior abertura 1 mm, com 0,14 m de extensão vertical.
Acompanhada do descolamento do reboco.
Causas prováveis:
Sobrecarga em torno da abertura;
Ausência de verga e contra verga na janela.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Descolamento do reboco; Exposição à umidade.
Fonte: Autores.
66
Fissuras ativas isoladas ou direcionadas, apresentadas no quadro 4 ao 13, que
seguem uma direção predominante e permanecem em atividade, apresentando
variações em suas dimensões.
FICHA DE ANOMALIA N° 04
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Largura de fissuração variando de 0,70 mm a 1 mm, com cerca de 1,50
m de comprimento, partindo do canto inferior da abertura até o chão.
Acompanhada do descolamento do reboco em alguns trechos.
Causas prováveis:
Concentração de tensões devido à abertura na alvenaria.
Ausência de verga e contra verga.
Consequências possíveis:
Descolamento do reboco; Desconforto visual; Exposição à umidade.
Fonte: Autores.
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Quadro 5: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 05
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração vertical no encontro das paredes entre dois blocos (junta de
dilatação).
Extensão correspondendo ao comprimento da fachada do bloco
analisado.
Com variação de abertura ao longo da extensão da fissura.
Acompanhada do descolamento do reboco em alguns trechos.
Causas prováveis:
Realização de juntas de dilatação entre as alvenarias de forma
inapropriada.
Utilização de material não deformável nas juntas de dilatação.
Consequências possíveis:
Exposição à umidade; Desconforto visual; Descolamento do reboco.
Fonte: Autores.
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Quadro 6: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 06
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração horizontal, localizada na parte inferior da parede, com cerca
de 2,00m de extensão.
Atingindo até 1mm de abertura em alguns trechos.
Com surgimento de pequenas ramificações verticais ao longo da
extensão da fissura.
Acompanhada de manchas de umidade.
Causas prováveis:
Movimentações higroscópicas.
Consequências possíveis:
Descolamento do reboco; Desconforto visual.
Fonte: Autores.
69
Quadro 7: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 07
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração horizontal, localizada na parte inferior das paredes. Na junção
entre a parede e o piso.
Acompanhada de manchas de umidade e descolamento do reboco em
alguns trechos.
Causas prováveis:
Movimentações higroscópicas.
Consequências possíveis:
Descolamento do reboco; Desconforto visual.
Fonte: Autores.
70
Quadro 8: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 08
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração inclinada a 45°, iniciada no encontro entre laje e alvenaria, se
estendendo ao longo de toda a parede.
Pouca variação de abertura com espessura predominante 3 mm,
chegando a 4 mm em alguns trechos.
Acompanhada do descolamento do reboco em alguns trechos.
Causas prováveis:
Recalque diferencial da fundação por falta de homogeneidade do solo ou
rebaixamento do lençol freático.
Sobrecargas originadas de reformas irregulares no interior dos
apartamentos.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Redução da capacidade resistente da estrutura;
Descolamento do reboco; Exposição à umidade.
Fonte: Autores.
71
Quadro 9: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 09
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração inclinada a 45°, iniciada na parte inferior da alvenaria do
apartamento 103 (1° andar), se estendendo ao longo dos demais
pavimentos superiores.
No apartamento 103 a fissura ultrapassa a alvenaria, podendo ser
visualizada na parte externa e interna da parede; Localizada no encontro
de paredes perpendiculares.
Causas prováveis:
Recalque diferencial da fundação por falta de homogeneidade do solo ou
rebaixamento do lençol freático;
Sobrecargas originadas de reformas irregulares no interior dos
apartamentos.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Redução da capacidade resistente da estrutura;
Descolamento do reboco; Exposição à umidade.
Fonte: Autores.
72
Quadro 10: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 10
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração vertical no encontro das paredes entre dois blocos (junta de
dilatação).
Extensão compreende toda a altura do bloco analisado.
Com variação de abertura ao longo do comprimento da fissura.
Acompanhada do descolamento do reboco em alguns trechos.
Causas prováveis:
Realização de juntas de dilatação entre as alvenarias de forma
inapropriada.
Utilização de material não deformável nas juntas de dilatação.
Consequências possíveis:
Exposição à umidade; Desconforto visual; Descolamento do reboco.
Fonte: Autores.
73
Quadro 11: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 11
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração horizontal com aproximadamente 1,10 m de comprimento.
Localizada na base da parede, pavimento térreo.
Acompanhada de destacamento da película de pintura.
Causas prováveis:
Movimentações higroscópicas.
Consequências possíveis:
Descolamento do reboco; Desconforto visual; Exposição a umidade.
Fonte: Autores.
74
Quadro 12: Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 12
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração inclinada a 45°, localizada no canto inferior da janela.
Trecho de maior abertura variando de 1mm a 3mm.
Acompanhada do descolamento do reboco.
Causas prováveis:
Sobrecarga em torno da abertura;
Ausência de verga e contra verga na janela.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Descolamento do reboco; Exposição à umidade.
Fonte: Autores.
75
Quadro 13: Fissura ativa e direcionada na face interior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 13
Identificação:
Fissura ativa e direcionada na face interior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração inclinada entre as junções de paredes internas.
Acompanhada de destacamento da película de pintura.
Causas prováveis:
Recalque diferencial da fundação por falta de homogeneidade do solo ou
rebaixamento do lençol freático;
Consequências possíveis:
Descolamento da argamassa; Desconforto visual;
Fonte: Autores.
76
Foram diagnosticadas, tambem, fissuras já estabilizadas e sem direção
predominante, as inativas disseminadas, apresentadas nos quadros 14 a 16.
FICHA DE ANOMALIA N° 14
Identificação:
Fissura inativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações mapeadas caracterizadas pela irregularidade de orientação,
de definição e de largura.
Acompanhadas de manchas de umidade e do destacamento da película
de pintura.
Local da ocorrência próximo a tubulações de água, externas à parede da
área de serviço.
Causas prováveis:
Movimentação higroscópica.
Deficiência do material usado na argamassa de revestimento.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Descolamento do reboco.
Fonte: Autores.
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Quadro 15: Fissura inativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 15
Identificação:
Fissura inativa e disseminada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações mapeadas caracterizadas pela irregularidade de orientação,
de definição e de largura.
Superficiais, apresentam-se nas juntas de assentamento; Contornando
blocos da alvenaria.
Causas prováveis:
Expansão da argamassa de assentamento originada por movimentações
térmicas.
Retração da argamassa de assentamento originada por reações
químicas.
Consequências possíveis:
Desconforto visual.
Fonte: Autores.
78
Quadro 16: Fissura inativa e disseminada na face interior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 16
Identificação:
Fissura inativa e disseminada na face interior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração aproximadamente vertical no canto inferior da janela.
Acompanhada de destacamento da película de pintura.
Causas prováveis:
Sobrecarga em torno da abertura;
Ausência de verga e contra verga na janela.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Descolamento do reboco;
Fonte: Autores.
79
E ainda, fissuras descritas como inativas isoladas ou direcionadas, que não
apresentam variações dimensionais em suas aberturas e possuem uma
orientação predominante. Apresentadas nos quadros 17 a 25 .
FICHA DE ANOMALIA N° 17
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração horizontal, localizada na parte inferior da parede.
Na junção entre a laje e parede de alvenaria.
Causas prováveis:
Expansão da laje, originada por variação térmica no concreto.
Retração da laje, originada por reações químicas que promovem a perda
de água e encurtamento dos materiais.
Consequências possíveis:
Desconforto visual.
Fonte: Autores.
80
Quadro 18: Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 18
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração horizontal, localizada na parte inferior da parede, na junção
entre a laje e parede de alvenaria.
Ao longo de toda a base da fachada do apartamento 301.
Causas prováveis:
Expansão da laje, causada por variação térmica.
Retração da laje, originada por reações químicas que promovem a perda
de água e encurtamento dos materiais.
Consequências possíveis:
Desconforto visual.
Fonte: Autores.
81
Quadro 19: Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 19
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria, revestida com
pasta de gesso.
Descrição/Observações:
Fissuração inicialmente horizontal, com modificações de direção ao longo
de sua extensão.
Iniciada ao lado da janela seguindo até a base da outra parede
perpendicular.
Apresentando reparo com pasta de gesso, executado por morador.
Causas prováveis:
Recalque diferencial da fundação por falta de homogeneidade do solo ou
rebaixamento do lençol freático;
Sobrecarga originada de reformas irregulares no interior dos
apartamentos.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Redução da capacidade resistente da estrutura.
Fonte: Autores.
82
Quadro 20: Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 20
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações escalonadas.
Fissuras superficiais apresentam-se nos locais de juntas de
assentamento.
Contornando blocos da alvenaria.
Causas prováveis:
Expansão da argamassa de assentamento originada por movimentações
térmicas.
Retração da argamassa de assentamento originada por reações
químicas.
Consequências possíveis:
Desconforto visual.
Fonte: Autores.
83
Quadro 21: Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 21
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria, revestida com
pasta de cimento.
Descrição/Observações:
Fissuração predominantemente horizontal, localizada na base da parede.
Abertura ultrapassando a alvenaria, sendo observada na parte externa e
interna da edificação.
Reparo realizado por morador.
Causas prováveis:
Recalque diferencial da fundação por falta de homogeneidade do solo ou
rebaixamento do lençol freático;
Sobrecargas originadas de reformas irregulares no interior dos
apartamentos.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Redução da capacidade resistente da estrutura.
Fonte: Autores.
84
Quadro 22: Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 22
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissuração predominantemente horizontal estende-se entre duas paredes
perpendiculares.
Composta pela fissura iniciada no canto inferior da janela e fissura
localizada na base da parede.
Acompanhada de destacamento da película de pintura.
Causas prováveis:
Expansão da laje, originada por variação térmica no concreto;
Retração da laje, originada por reações químicas que promovem a perda
de água e encurtamento dos materiais.
Consequências possíveis:
Descolamento do reboco; Desconforto visual.
Fonte: Autores.
85
Quadro 23: Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 23
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face exterior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações inclinadas, localizadas no canto inferior da janela.
Acompanhada do descolamento do reboco em alguns trechos.
Causas prováveis:
Sobrecarga em torno da abertura;
Ausência de verga e contra verga na janela.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Descolamento do reboco; Exposição à umidade.
Fonte: Autores.
86
Quadro 24: Fissura inativa e direcionada na face interior da alvenaria.
FICHA DE ANOMALIA N° 24
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face interior da alvenaria.
Descrição/Observações:
Fissurações inclinadas, pouco acentuadas, localizadas próximas a uma
abertura.
Causas prováveis:
Sobrecarga em torno da abertura;
Ausência de verga.
Consequências possíveis:
Desconforto visual; Descolamento do reboco.
Fonte: Autores.
87
Quadro 25: Fissura inativa e direcionada na face interior da alvenaria e laje superior.
FICHA DE ANOMALIA N° 25
Identificação:
Fissura inativa e direcionada na face interior da alvenaria e laje superior.
Descrição/Observações:
Fissuração superficial, predominantemente vertical.
Estende-se da parte superior da parede ao teto.
Causas prováveis:
Expansão da laje, originada por variação térmica no concreto.
Retração da laje, originada por reações químicas que promovem a perda
de água e encurtamento dos materiais.
Consequências possíveis:
Desconforto visual.
Fonte: Autores.
88
5. CONCLUSÕES
89
se manifestou no interior e exterior da construção, atingindo o componente
estrutural da alvenaria e atravessando o bloco em três diferentes faces do
prédio.
90
interferindo em um sintoma e não em uma causa e, por esse motivo, é possível
que futuramente a manifestação patológica volte a se apresentar.
Mais de um sistema pode ser apontado como correção para uma fissura. Em
casos como esse é indicada uma avaliação da viabilidade econômica de cada
um dos sistemas aplicáveis. Cada sistema necessita de processos, materiais
construtivos, equipamentos e disponibilidade de investimento diferente. Cada
um desses fatores implica diretamente no custo benefício associado com a
utilização do sistema corretivo escolhido.
91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
92
CAMACHO, J. S. Projeto de edifícios de alvenaria estrutural. PINI, 2006.
Disponível em:
<http://poteng.com.br/media/a2e1fe6a38486307ffff813fffffd524.pdf>. Acesso
em: 30 março 2018.
93
MAGALHÃES, E. F. de. Fissuras em alvenarias – configurações típicas e
levantamento de incidências no estado do Rio Grande do Sul. Dissertação
(Mestrado). 180p. Mestrado profissionalizante em Engenharia da Escola de
Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2004.
94
THOMAZ, E. Patologia. Manual Técnico de Alvenaria. Editora Pini Ltda., São
Paulo, 1990.
95